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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDICIPLINAR INDIVIDUAL : Estado de coisas inconstitucional: a vulnerabilidade da população prisional em tempos de Covid-19.

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UNOPAR POLO ALDEOTA
SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA
JOSUÉ PINHEIRO DE SOUSA
PROPOSTA DE TRABALHO INTERDISCIPLINAR VOLTADA PARA O DEBATE SOBRE A VULNERABILIDADE DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19 BEM COMO AS SOLUÇÕES EFICAZES NO COMBATE À SUA DISSEMINAÇÃO
FORTALEZA-CE
2021
JOSUÉ PINHEIRO DE SOUSA
PROPOSTA DE TRABALHO INTERDISCIPLINAR VOLTADA PARA O DEBATE SOBRE A VULNERABILIDADE DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA EM TEMPOS DE PANDEMIA DO COVID-19 BEM COMO A INCONSTITUCIONALIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NESSE CONTEXTO
Trabalho de Portfólio acadêmico apresentado ao curso superior de tecnologia em segurança pública da Unopar Polo Aldeota requisito parcial à obtenção do título de tecnólogo em segurança pública.
Orientador(a): Arthur Félix Sanches
FORTALEZA-CE
2021
Sumário
1	INTRODUÇÃO	4
2	DESENVOLVIMENTO	5
3	DISCUSSÃO DAS MATÉRIAS	6
3.1	EXPANSÃO DA CRIMINALIDADE	6
3.2	Planejamento Estratégico em Segurança	6
3.3	DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA	7
3.4	TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL	7
3.5	TÓPICOS EM DIREITO ADMINISTRATIVOS	8
4	CONCLUSÃO	9
5	REFERÊNCIAS	10
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo abordar a vulnerabilidade da população carcerária em meio a um grande problema no contexto da saúde pública, a pandemia do novo corona vírus- COVID-19, assim como os desdobramentos com vistas ao combate eficiente dessa problemática. A população carcerária vem sendo pauta no que concerne à propagação e difusão do vírus sendo, portanto, um público que se inclui na grande parcela de propagação da doença, tendo em vista à falta de assistência voltada a prevenção desse grupo no que diz respeito à profilaxia do vírus.
 Durante o desenvolvimento será explicitado porque a população prisional tem se tornado um agravante no âmbito de disseminação da COVID-19, tornando-se, portanto, um grupo vulnerável. Por conseguinte será debatido como a inércia do estado, no que diz respeito à ausência de direito fundamentais voltados a esse grupo, tem impactado no desencadear da problemática, e ainda, quais os diversos meios possíveis a serem usufruídos com vistas ao combate e/ou estase da propagação viral.
Em continuidade, durante o tópico de discussão das matérias, será apresentado o papel dessas diversas matérias estudadas no decorrer do período, no combate a situação geradora de problema, de modo que será debatida aplicabilidade de cada uma delas, ao passo em que, usando dos aspectos pertinentes a elas serão apresentadas discussões e respostas aos questionamentos aplicados. As matérias a serem abordadas são: Expansão da Criminalidade; Planejamento Estratégico em Segurança; Diretos Humanos e Cidadania; Teoria geral do Direito Constitucional e Tópicos em Direito Administrativo.
Por fim, durante a conclusão, será analisado com base no que foi exposto, quais os impactos das propostas abordadas no decorrer do presente trabalho, no que diz respeito ao combate à disseminação do vírus da COVID-19 dentro de estabelecimentos prisionais, assim como o papel dos órgãos atuadores que contribuíram de forma conjunta , bem como as implicações daqui por diante dentro do cenário em que o país esta inserido.
DESENVOLVIMENTO
A população prisional vem sendo superfalada ao ser inserida dentro do contexto da pandemia da COVID-19, isso porque a superlotação nos presídios é um agravante no que diz respeito a disseminação do vírus, tendo em vista que diante da situação que se encontram, ao serem contaminados a propagação poderia se disseminar facilmente em larga escala, com base no fato de ali se encontrarem funcionários em contato direto, além das visitas íntimas por exemplo. Isso faz dessa parcela, portanto, um grupo vulnerável à contaminação e replicação do vírus, como enfatiza o seguinte trecho:
Doença causada por um novo tipo de coronavírus - foi classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde e acometeu países de todos os continentes, levando a morte de centenas de milhares de pessoas. No Brasil, a doença também se espalhou rapidamente, exigindo medidas de isolamento social. Marcadas pela superlotação e infraestrutura precária, as prisões brasileiras tornaram-se alvo de preocupação de órgãos nacionais e internacionais que demandaram medidas de desencarceramento.1 
A constituição da república federativa é categórica no preâmbulo do artigo 6º onde assegura a saúde como um direito social. Na contramão disso, o Supremo Tribunal Federal- STF vem julgando algumas ações, cujo objetivo é o reconhecimento da violação de direitos dentro de sistemas prisionais, como as condições precárias em que os presos estavam inseridos, o que demonstra que havia de certa forma implícita a morosidade da justiça ao assegurar os direitos desse grupo. Com base nisso, o STF propôs algumas medidas no combate, como, dentre outras, a concessão de prisão domiciliar, regime aberto e/ou semiaberto.
Dessa forma, percebe-se que algumas medidas foram tomadas com vistas a evitar que essa parcela, considerada muitas vezes excluída, esteja menos vulnerável aos impactos oriundos da contaminação pela doença. Assim como a grande maioria das decisões tem seus pros e contras, nesse contexto não é diferente, por um lado é eficaz tendo em vista o isolamento social, por outro, pode agravar o problema da criminalidade, levando-se em consideração as medidas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal. Em conjunto, algumas matérias tem um papel dentro desse debate visando propor ideias que também fundamentem essa ação de combate que são:
DISCUSSÃO DAS MATÉRIAS
EXPANSÃO DA CRIMINALIDADE
Os conselhos penitenciários, órgãos responsáveis por auxiliar tendo função fiscalizadora e consultiva, e os Departamentos Penitenciários, órgão executivo que acompanha e controla a lei de execução penal, são pontos abordados dentro dessa disciplina e trazendo para o viés do combate a disseminação do vírus dentro de estabelecimentos prisionais eles têm uma importante função nesse combate, isso por que, uma de suas funções primordiais é zelar pela justiça, mas principalmente pela integridade do preso. Algumas estratégias podem auxiliar nessa tarefa, como visitas de profissionais da saúde, a fim de garantir o perfeito estado de saúde, bem como detecção precoce de doenças nos presos, distribuição e máscaras de proteção descartáveis, e kits assépticos para esses presos como maneira de profilaxia.
Planejamento Estratégico em Segurança
 (
SAÚDE
) (
HIGIÊNE
) (
AGLOMERAÇÃO
)
 (
FALTA DE ATENDIM. MÉDICO
) (
SUPERLOTAÇÃO
) (
COND.
SANITÁRIAS
 PRECÁRIAS
)
 (
INÉRCIA DO ESTADO
) (
AUSÊNCIA 
USO MÁSCARAS
) (
FALTA DE ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
)
 (
SURTO DO COVID-
19
)
 (
 
PROPAGAÇÃO VIRAL
) (
 
IMUNIDADE
) (
 
CONTÁGIO
)
 (
POUCA CIRCULAÇÃO
) (
VISITA ÍNTIMA
) (
CARÊNCIA DE NUTRIENTES
)
 (
AMBIENTE
) (
ALIMENTAÇÃO
) (
CONTATO 
EXTERNO
)
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Os Direitos Humanos são o conjunto de normas e procedimentos que possibilitam uma pessoa ter direitos considerados inalienáveis, como o direito à Vida, à liberdade e à igualdade. Dessa forma, a carta magna elege o princípio da dignidade humana, abraçando-o como valor essencial, garantindo, portanto, a integridade dos direitos sociais, que decerto se estendem para todas as classes sociais inclusive a população carcerária, não menos importante.
 A constituição é categórica ao afirmar que os presos têm direito a integridade física. Em consonância, ela frisa o princípio da isonomia, onde todos são iguais perante a lei e sem distinção de qualquer natureza e partindo desse pressuposto, o direito a saúde é uma forma de preservar a integridade física desse grupo, aplicando com eficiência os direitos fundamentais, que nada mais são do que os direitos humanos, garantindo, portanto a aplicabilidade da lei sob essa escala de pessoas que muitas vezes passam despercebidas em meio às leis que resguardam a população em geral.
TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL
Com base na situação problema apresentada, diante mão, o preso pode interpor um dos remédios constitucionais,sendo o mais viável o habeas corpus, remédio constitucional que visa proteger alguém que sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, sendo nesse caso o direito à saúde, partindo da ideia de que, nos compartimentos limitados os quais os presos se encontram há possibilidade iminente de agravamento do quadro, ademais, a propagação tornando a contaminação exponencial. Em consonância com o que foi apresentado, vale ressaltar a resolução de N° 62 do CNJ- Conselho Nacional de Justiça, que recomenda aos Tribunais e magistrados a adoção de medidas preventivas à propagação da infecção pelo novo corona vírus – COVID -19 no âmbito dos sistemas de justiça penal e socioeducativo.
TÓPICOS EM DIREITO ADMINISTRATIVOS
Em um contexto de danos causados a terceiros, o Estado, mais precisamente todas as pessoas de direito público bem como privado, podem sofrer responsabilidade civil que se subdivide em objetiva e subjetiva. Na responsabilidade objetiva, existe uma conduta ilícita, um dano, um nexo causal, entretanto, a responsabilidade independe de culpa, enquanto que na subjetiva a culpa, provada e presumida é imprescindível para ensejar o direito do Estado de reparar o dano.
Diante da situação problema apresentada, o Estado certamente se encaixaria em uma possível responsabilidade civil, com vistas a reparar os danos morais causados as famílias dos presos acometidos, com base na violação dos direitos fundamentais os quais os presos estavam “amparados” constitucionalmente, mas que por negligência do Estado tiveram esse direito alienado estando Este incumbido a reparar as consequências danosas causadas.
CONCLUSÃO
Com base no que foi exposto durante o presente trabalho, fica evidente a vulnerabilidade das pessoas privadas de liberdade, mais precisamente a população prisional, diante do cenário de pandemia em que o país esta inserido. Dessa forma, as iniciativas esboçadas geram um impacto e decerto essas diversas medidas transcendem às expectativas de uma população sedenta por garantia de direitos.
O papel dos direitos humanos na aplicabilidade das normas constitucionais é de fundamental importância para a garantia da não violação dos direitos dos presos, assim como, o papel das diversas autoridades com propostas e resoluções criadas que inserem esse grupo no contexto de cidadão, garantindo, portanto, a aplicação da isonomia que a carta magna assegura, e consequentemente garante o eficaz controle de contaminação, levando-se em consideração a perfeita aplicabilidade das medidas apresentadas, uma vez que o principal objetivo é esse: garantir a integridade do preso em meio à pandemia da COVID-19.
Em suma, é notório que, garantida às diversas propostas apresentadas, a população carcerária, muitas vezes esquecida e rotulada como não merecedora de direitos, poderá ser inserida dentro do contexto social, sendo, portanto, reconhecidas como grupos vulneráveis, em especial decorrente do cenário de superlotação e condições precárias que se encontra, o que de certa forma, acelera a contaminação da doença.
Logo, fica evidente que daqui por diante, melhoras dentro do cenário de vulnerabilidade dos presos serão efetivadas, assim como o nível de propagação viral até mesmo nos limites externos aos presídios, o que comprova um benefício não só a nível do sistema prisional, mas também a nível populacional em geral.
REFERÊNCIAS
COSTA, J.S et al. COVID-19 no sistema prisional brasileiro: da indiferença como política à política de morte. Belo Horizonte, 2020.
CARVALHO, S.G et al. A pandemia no cárcere: intervenção no superisolamento. Rio de janeiro, 2020.
NUNES, V.S; et al. O sistema prisional e a responsabilidade civil do Estado diante da situação de calamidade pública decorrente da pandemia da Covid-19. Revista Humanidade e Inovações, v. 7, n. 17 (2020). Disponível em: <https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/3654>. Acesso em: 01 de maio de 2021.

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