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APS ETAPA 1 APS ETAPA 1 A APS, primeira etapa, cuidará de avaliar os temas abaixo, que foram selecionadosconforme incidência em exames da OAB e outros concursos, devendo a atividade serrealizadaindividualmente. QUESTÃO01) Acerca da responsabilidade civil, assinale verdadeiro ou falso, justificando as alternativas incorretas: a) A fixação judicial do valor da indenização a título de danos morais está vinculada estritamente ao valor do prejuízo efetivamente experimentado e demonstrado pelavítima. Para a adequada fixação do dano moral, há de se levar em conta o poder econômico das partes e o caráter educativo da sanção. R: FALSA – Na reparação por danos materiaisa indenização é fixada com base na extensão da perda de natureza patrimonial sofrida pela vítima, tendo incidência do artigo 944 do Código Civil. b) Não se admite a cumulação de indenização por danos morais e estéticos, em parcelas quantificáveis autonomamente, decorrentes do mesmofato, por configurar um indevido bis in idem (duas vezes sobre a mesma coisa), porque no dano estético estácompreendidoo danomoral. R: FALSA – Pois é possível a acumulação das indenizações de dano estético e moral. Esse é o teor da Súmula 387, aprovada pela 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça. De acordo com o entendimento firmado, cabe a acumulação de ambos quando, ainda que decorrentes do mesmo fato, é possível a identificação separada de cada um deles. c) Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, desaparece aresponsabilidade do agente causador, deixando de existir a relação de causa e efeito entre o ato e o prejuízo experimentado pela vítima. R: FALSA – De acordo com o que aduz o art. 945 do Código Civil, se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. d) O dano deve ser certo, por essa razão não é possível a indenização por dano eventual, decorrente da perda de uma chance. R: FALSA – Pois o autor do dano é responsabilizado quando priva alguém de obter uma vantagem ou impede a pessoa de evitar prejuízo, não se tratando assim de prejuízo direto à vítima, mas de uma probabilidade. A adoção da teoria da perda da chance exige que o Poder Judiciário bem saiba diferenciar o „improvável‟ do „quase certo‟, bem como a „probabilidade de perda‟ da „chance de lucro‟, para atribuir a tais fatos as consequências adequadas. Mera possibilidade, porquanto o dano potencial ou incerto, no âmbito da responsabilidade civil, em regra, não é indenizável. e) Tratando-se de responsabilidade subjetiva contratual, a responsabilidade do agentepode subsistir mesmo nos casos de força maior e de caso fortuito, desde que a lei nãocoíba asuaprevisão. R: VERDADEIRA f) De acordo com o regime da responsabilidade civil traçado no Código Civil brasileiro, inexistem causas excludentes da responsabilidade civil objetiva. R: FALSA – A responsabilidade civil objetiva está prevista no artigo 927, parágrafo único, do Código Civil brasileiro.São excludentes da responsabilidade civil objetiva: a) a culpa exclusiva da vítima; b) a culpa exclusiva de terceiros; c) a força maior; e d) o caso fortuito. g) A extinção da punibilidade criminal sempre obsta apropositura de ação civil indenizatória. R: FALSA – O art. 935 do Código Civil delimita a independência da responsabilidade civil da responsabilidade criminal. Dispõe que são totalmente independentes até que o fato ou a autoria do ilícito sejam decididos no juízo criminal. Então, não poderão mais ser discutidos no juízo cível h) O dano emergente compreende aquilo que a vítima efetivamente perdeu e o que razoavelmente deixou de ganhar com a ocorrência do fato danoso. Na reparação desse dano, procura-se fixar asuaextensão e aexpectativa delucro, objetivando-se arecomposiçãodo patrimônio lesado. R: FALSA –Compreende na definição de dano emergente, também a definição de lucro cessante. O Código Civil, no tópico em que aborda as perdas e danos, explica o conceito do dano emergente e dos lucros cessantes. O artigo 402 do mencionado diploma legal descreve que as perdas e danos abrangem: o prejuízo efetivamente sofrido, chamado de dano emergente; e o que o prejudicado deixou de lucrar em razão, ou seja, os lucros cessantes. i) Na responsabilidade subsidiária, uma das pessoas tem o débito originário e a outratem apenas a responsabilidade por esse débito. Por isso, existe uma preferência naordem de excussão: primeiro, são demandados os bens do devedor; não tendo sidoencontrados ou sendo eles insuficientes, inicia- se, então, a excussão de bens do responsável em caráter subsidiário, por toda a dívida. R: VERDADEIRA j) A legítima defesa putativa é causa excludente de responsabilidade civil pelo prejuízo causado, porque o ofensor acredita encontrar-se diante de uma injusta agressão. Nesse caso, por não constituir ato ilícito, apesar de causar dano aos direitos de outrem, não acarreta o dever de indenizar. R: FALSA – A legítima defesa putativa não exclui o dever de indenizar, pois o agente supõe que está defendendo um direito seu ou de terceiro, o que efetivamente não ocorre. Posto isto, não havendo propriamente uma legítima defesa, remanesce o dever de indenizar, prevalecendo a responsabilidade civil. Já a legítima defesa real exclui o dever de indenizar. l) A responsabilidade por ato de terceiro é objetiva e permite estender a obrigação dereparar o dano a pessoa diversa daquela que praticou a conduta danosa, desde que exista uma relação jurídica entre o causa dordo dano e o responsável pela indenização. R: VERDADEIRA m) A concorrência de culpas do agente causador do dano e da vítima por acidente detrânsito, por exemplo, no caso de colisão de veículos, acarreta a compensação dosdanos, devendo cada parte suportar os prejuízos sofridos. R: FALSA – De acordo com o que aduz o art. 945 do Código Civil, se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. n) Quando inúmeras e sucessivas causas contribuem para a produção do evento danoso, todas essas causas são consideradas como adequadas a produzir o acidente e a gerar a responsabilidade solidária para aqueles que o provocaram. Nessa situação, cabe à vítima escolher a quem imputar o dever de reparar. R: FALSA – De acordo com o princípio do dano direto e imediato ou da casualidade adequada ninguém pode ser responsabilizado pelo que não tiver dado causa, e que somente se considera causa o evento que produziu direta e concretamente o resultado danoso. o) Os atos praticados em legítima defesa, no exercício regular de um direito ou em estado de necessidade, que provoquem danos morais ou materiais a outrem, embora sejam considerados como atos ilícitos, exoneram o causador do dano da responsabilidade pela reparação do prejuízo causado. R: FALSA – De acordo com o art. 188 do Código Civil não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. QUESTÃO02: Imagine a seguinte situação hipotética: José estava conduzindo normalmente seu veículo em uma via de mão dupla quando foi “fechado” pelo carro de Paulo, que dirigia imprudentemente. Em razão desse fato, o veículo de José entrou nacontra mão e atingiu Pedro,que pilotava uma moto. Por conta do acidente, Pedro teve amputada uma das pernas. Ação deindenização Pedro ingressou com ação de indenização contra José cobrando danos materiais, morais e estéticos. No que tange aos danos materiais, o autor pediu que o réu fossecondenadoa custear as despesas com o tratamento de saúde e a pagar uma pensão mensal até o final da vida de Pedro. Contestação Em sua contestação, José alegou que: a) Não foio culpado pelo acidente,tendo agido com base em estado de necessidade; b) Ainda que fosse culpado, não havia fundamento jurídico para que fosse condenado a pagar uma pensão mensal à vítima; c) Ainda que fosse condenado a pagar uma pensão mensal, esta deveria ser fixada até o dia em que a vítima completasse 65 anos; d) Não seria possível a cumulação de danos morais e estéticos, considerando que este estaria necessariamente abrangido por aquele. Responda as perguntas a seguir segundo a jurisprudência do STJ: a) José tem o dever de indenizar avítima, mesmo tendo agido sob estado de necessidade? R: SIM, José tem o dever de indenizar. Segundo aduz o art. 188, II, do Código Civil, o ato praticado em estado de necessidade é lícito. Art. 188 do CC: Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. Porém não afasta o dever do autor do dano de indenizar a vítima quando esta não tiver sido responsável pela criação da situação de perigo mesmo sendo lícito, conforme preconiza o art. 929 do Código Civil. Segundo o art. 930, no caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. Diante disto, o causador do dano, mesmo quando agido em estado de necessidade, deverá indenizar a vítima e após, caso deseje, poderá cobrar do autor do perigo aquilo que pagou: Destarte, considerando que Pedro não foi o autor do perigo mesmo se agido em estado de necessidade, José tem o dever de indenizar, e após pagar a vítima, José poderá ajuizar ação regressiva cobrando de Paulo o que pagou. b) Há fundamento jurídico para que José seja condenado apagar uma pensão mensal à vítima? Sim, conforme esteja previsto no art. 950 do Código Civil: Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. Até quando essa pensão deverá ser paga? Até 70 anos, com base na expectativa de vida da vítima? O art. 950 do Código Civil não estabelece limite de tempo para essa pensão no caso de indenização por dano à saúde da vítima que gerou redução ou impossibilidade permanente de trabalho, . Por tanto, permoriza-se que se trata de uma pensão vitalícia, ou seja, que perdurará até a morte do ofendido. Trata-se de uma solução legal justa e lógica, considerando que, após atingir essa idade-limite (65 ou 70 anos de idade), o ofendido continuará necessitando da pensão e talvez de modo ainda mais agudo, em função da velhice e do incremento das despesas com saúde. Há exceção no caso em que ocorra homicídio, conforme trás o art. 948 do Código Civil: Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. c) É possívela cumulação de danos morais e estéticos? Sim, pois de acordo com a Súmula 387-STJ, é possível a acumulação das indenizações de dano estético e moral. 3- Pesquisar uma ementa recente envolvendo algum dos temas estudados em aula copia-la e escrever um comentário com a opinião jurídica a respeito do tema. “APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO ESTÉTICO. Inocorrência. Prova pericial que demonstrou que a cicatriz existente no abdômen do autor é consequência natural da cirurgia do apêndice. Inexistência de prova capaz de desqualificar o laudo elaborado pelo expert. Ausência de culpa na conduta dos profissionais médicos. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELO HOSPITAL. Inocorrência. Comprovação de que havia médicos de plantão disponíveis no período noturno na data em que o paciente fora atendido. Demonstração de que o autor optou de forma livre e deliberada por se evadir do nosocômio antes que os resultados de seus exames ficassem prontos, assumindo o risco de sua conduta. Inexistência do dever de indenizar. SUCUMBÊNCIA. Fixação de honorários recursais, segundo disposições do art. 85, § 11, CPC/2015. RECURSO DO AUTOR NÃO PROVIDO. RECURSO DO RÉU PROVIDO. (TJ-SP - AC: 10059215520158260564 SP 1005921-55.2015.8.26.0564, Relator: Rosangela Telles, Data de Julgamento: 13/11/2019, 2ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 13/11/2019)” O dano estético é um dano extrapatrimonial, no âmbito da responsabilidade civil e nasceu após os danos materiais e morais, que são elencados no inciso V do artigo 5º da Constituição Federal. O dano estético se caracteriza pela alteração da forma de origem da vítima, o enfeiamento do corpo, a diferença entre o seu estado normal para um estado de inferiorização, o qual, como o dano moral, também causa embaraço, porém de forma visual, estética. A prova cabal do dano estético é o contato visual com a vítima, pessoalmente ou através de imagens, a qual demonstre a diferença visual após o acontecimento danoso e infunde uma sensação extremamente desagradável. Quando se fala em dano estético, a responsabilidade civil estará configurada a partir do momento em que, pela ação ou omissão de outrem, a vítima tenha sofrido transformações em sua aparência física, uma modificação para pior, ou, conforme alguns preferem chamar, ocorra seu “afeamento”. No caso em tela a decisão do recurso foi devidamente julgada não provida, pois a prova pericial demonstrou que a cicatriz existentes no abdômen do autor é consequência natural da cirurgia do apêndice, restou comprovado também que no dia do ocorrido haviam médicos de plantão disponíveis e que o autor optou de forma voluntária a invadir ir embora do hospital antes da chegada dos resultado dos https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730887/inciso-v-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 exames físicos, assumindo assim risco de sua conduta. Com isso inexiste o dever do hospital de indenizar visto que não houvera nem ação e nem omissão para que causasse o dano estético. Primeira Etapa: Entrega da Atividade, sendo uma cópia física diretamente ao professor.
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