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FICHAMENTO PSICOTERAPIA DE APOIO CAROL

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA/JF
	
	
	Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica
	
	
	Curso: Psicologia/ Estágio III
	
	
	Professora: Caroline Levate
Aluno: Simone Bosich Rezende
 
	
	CORDIOLI, Aristides Volpato e tal. Psicoterapia de apoio. In.: Psicoterapias: abordagens atuais. Porto Alegre: Artmed, 2008. 3ed. p.188-203
	
O presente texto descreve sobre a psicoterapia de apoio (PA), e que neste capítulo, pretende-se apresentar a psicoterapia de apoio: conceito, objetivos, indicações e contraindicações, bases teóricas, técnicas e intervenções mais comuns, bem como mencionar as pesquisas que confirmam sua eficácia que tem sua práxis desde a Grécia Antiga, que tinha o paradigma de acreditar que a escuta do outro em momentos de crise era um tratamento para aqueles mentalmente doentes, mesmo que seu entendimento não fosse exatamente como o de hoje. Nesta época o apoio sempre esteve presente na medicina e, conforme Freud dizia os médicos, sem saber, já praticavam psicoterapia através da influência que exerciam no paciente.
Johan Reil, um médico alemão, o primeiro a fazer uso do termo psiquiatria e a sistematizar os tratamentos psicoterápicos, sendo o fundador da psicoterapia racional e hoje considerado o fundador da psicoterapia de apoio.
A psicoterapia de apoio é muito utilizada em situações de crise ou descompensações temporárias que tem como foco o aqui e agora, em questões e conflitos objetivos e atuais. A psicoterapia de apoio, na verdade, e visto como elemento essencial em todas as formas de psicoterapia. As psicoterapias de apoio fundamentam-se na teoria psicodinâmica do funcionamento mental.
A estratégia básica da terapia de apoio é mapear as principais áreas de dificuldade na vida do paciente e melhorá-las da maneira que for possível, em vez de tentar descobrir suas causas. Como regra, o terapeuta adota uma postura ativa e se apresenta de forma mais real e disponível do que na terapia de orientação analítica.
0 estabelecimento de um bom vínculo e uma boa aliança de trabalho com o terapeuta, juntamente com a manutenção de uma transferência positiva, são elementos cruciais na psicoterapia de apoio.
Os objetivos da psicoterapia de apoio, são de aliviar os sintomas, mudar o comportamento manifesto/desadaptativo, sem preocupar-se com mudanças na personalidade e resolução de conflitos inconscientes. Seu caráter é eclético, pois é um conjunto de técnicas que se originam de várias escolas de psicoterapias.
Redução ou a eliminação dos sintomas, manutenção ou o restabelecimento do nível de funcionamento anterior a uma crise, melhora da autoestirna.
Melhora da capacidade de lidar com os estresses internos e externos, eventualmente por meio do afastamento das pressões ambientais ou da adoção de medidas que visam ao alívio dos sintomas.
Diminuição de déficits de funcionamento do ego por meio do reforço de defesas consideradas adaptativas
Desenvolvimento de capacidades de lidar com déficits provocados por doenças físicas ou suas sequelas.
Exige do terapeuta uma postura mais ativa, fazendo dele um “espelho” ou objeto idealizado para o paciente, o que faz a transferência não ser um problema.
A psicoterapia de apoio não pode ser resumida à empatia, pois estes são fatores intrínsecos e inerentes a todas as psicoterapias na relação terapêutica e para a facilitação do tratamento. A psicoterapia de apoio pode ser utilizada de forma isolada ou associada ao tratamento psicofarmacológico e, que sua indicação é tanto para pessoas que estejam atravessando momentos de crises agudas como para portadores de transtornos ou déficits crônicos, sendo mais comum para indivíduos com déficits significativos no funcionamento do ego, com teste de realidade deficiente (falta de habilidade para separar a fantasia da realidade), com baixo controle de impulsos, dificuldades nas relações interpessoais, com baixa capacidade de introspecção e dificuldade de comunicar pensamentos ou sentimentos. É contraindicada para pessoas com baixa capacidade de estabelecer uma aliança terapêutica e relação honesta, ou seja, com déficit cognitivo muito grande.
Psicoterapias de apoio de longa duração: destinam-se a pacientes com importantes
incapacitações de ego, tais como: psicóticos, portadores de transtornos psiquiátricos crônicos, problemas caracterológicos graves, ou com atrasos evolutivos acentuados (déficits).
 Psicoterapias de apoio de curta duração: destinadas a controlar crises agudas
que ocorrem isoladamente em indivíduos previamente sadios, no curso de doenças crônicas ou de terapias prolongadas, e restabelecer o nível de funcionamento prévio do paciente. São exemplos dessas psicoterapias as intervenções e os apoios em crises (Sifneos, 1972).
Pode ter duração longa para aqueles com maior comprometimento do ego e duração curta para o controle de crises agudas. Normalmente, as sessões são semanais, mas podem ocorrer quinzenalmente ou mensalmente. A psicoterapia de apoio age reforçando os mecanismos de defesa adaptativos e os aspectos sadios, afastando das pressões ambientais trazendo medidas para alívio dos sintomas e controle de condutas desadaptativas. Além de procurar proporcionar o aumento da autoestima e do autoconhecimento e promover o desenvolvimento do self. Já num terceiro momento, os autores falam sobre a técnica da psicoterapia de apoio que exige uma cuidadosa avaliação clínica que inclui a identificação dos sintomas, os fatores desencadeantes, o diagnóstico nosográfico, aspectos da personalidade e compreensão da psicodinâmica do paciente. Neste sentido, deve-se estabelecer o diagnóstico clínico obtido através do histórico clínico e de exames psiquiátricos; o diagnóstico da personalidade visando identificar déficits no funcionamento do ego; o diagnóstico dinâmico que identifica as lacunas nos processos evolutivos básicos como separação/individuação, aquisição da autonomia e da identidade do ego e controle dos impulsos, entre outros e, predisposição genética e os fatores ambientais. Em seguida, descrevem as intervenções da psicoterapia de apoio que são:
Sugestão: onde se indica novas estratégias, condutas e alternativas para lidar com o problema.
Persuasão: que se induz a uma nova ideia.
Controle ativo: onde o terapeuta assume funções de ego auxiliar objetivando o controle rápido de comportamentos desadaptativos.
 Reasseguramento: melhora de autoestima onde o terapeuta expressa aprovação ou concordância em relação a ideias/atitudes do paciente que considera mais adaptativas e realista:
Aconselhamento: no sentido de recomendar atitudes e decisões para reforçar aspectos sadios da personalidade:
Ventilação (ab-reação ou catarse): que visa aliviar sintomas através da verbalização de emoções intensar;
Psicoeducação: que fornece ao paciente informações sobre a natureza do sintoma:
Clarificação: que é uma nova explicação sobre o material revelado em terapia.
Confrontação: que consiste em chamar a atenção do paciente apontando- lhe semelhanças, diferenças ou detalhes sobre o material trazido promovendo o autoconhecimento e o juízo de realidade.

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