Buscar

Fisiologia - FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

*Produção de moléculas mensageiras que atingem 
órgãos distantes, controlando as diferentes funções do 
corpo 
→ permite o ajuste muito fino das funções e o bom 
funcionamento de todo o organismo 
Funções Endócrinas 
*Crescimento e desenvolvimento 
*Reprodução 
*Regulação do metabolismo 
*Equilíbrio hidroeletrolítico 
*Modulação do comportamento 
*Imunidade 
Glândulas Corporais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
locais anatômicos das principais glândulas 
endócrinas e os tecidos endócrinos do corpo, exceto 
pela placenta (fonte adicional de hormônios sexuais) 
 
 
 
 
Hipotálamo e hipófise 
 
 
 
 
 
 
 
 
*A hipófise é dividida em duas: 
→ porção posterior: NEURO-HIPÓFISE 
→ porção anterior: ADENO-HIPÓFISE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
quase toda a secreção hipofisária é controlada por 
sinais hormonais e nervosos, provenientes do 
hipotálamo 
a secreção efetuada pela região posterior da hipófise 
é controlada por sinais neurais que têm origem no 
hipotálamo e terminam na região hipofisária 
posterior 
a secreção da região anterior da hipófise é controlada 
por hormônios – HORMÔNIOS LIBERADORES e 
HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS INIBIDORES 
(secretados pelo próprio hipotálamo e então levados 
para a região anterior da hipófise por minúsculos 
vasos sanguíneos, os VASOS PORTAIS 
HIPOTALÂMICOS-HIPOFISÁRIOS) 
 
 
Sistema Endócrino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a hipófise posterior (neuro-hipófise) é composta, 
principalmente, por células semelhantes às células 
gliais – os PITUÍCITOS 
os pituícitos não secretam hormônios - agem, 
simplesmente, como estrutura de suporte para 
grande número de fibras nervosas terminais e 
terminações nervosas de tratos nervosos que se 
originam nos NÚCLEOS SUPRAÓPTICO e 
PARAVENTRICULAR do hipotálamo 
esses tratos chegam à neuro-hipófise pelo 
PEDÚNCULO HIPOFISÁRIO – as terminações 
nervosas são botões bulbosos que contêm diversos 
grânulos secretores e se localizam na superfície dos 
capilares, onde secretam dois hormônios 
hipofisários posteriores: o ADH e a OCITOCINA 
a partir de então, esses hormônios são liberados na 
corrente sanguínea para que exerçam seus efeitos ao 
longo do corpo 
a hipófise anterior, por sua vez, é responsável por 
liberar todos os outros hormônios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o hormônio é produzido no corpo celular do 
neurônio 
as vesículas são transportadas e liberadas na 
neuro-hipófise e, posteriormente, chegam à 
corrente sanguínea e alcançam órgãos-alvo 
Hipotálamo 
*Apresenta uma função nervosa (por meio da liberação 
de neurotransmissores), mas também uma função 
endócrina – a NEURO-SECREÇÃO 
→ neurônios especializados produzem e liberam 
hormônios na circulação 
*À medida que o produto de secreção é liberado na 
corrente sanguínea, as células irão (ou não) responder a 
esse estímulo 
→ a resposta das células depende da presença ou da 
ausência de um receptor 
caso haja receptor, a célula responde ao 
estímulo; se ele não existir, não há resposta 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secreção de hormônios 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hormônios hipotalâmicos e hipofisários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o eixo hipotálamo-hipófise-glândulas deve estar 
sempre bem ajustado para que nenhuma 
disfunção ocorra no organismo 
ATUAÇÃO DO HORMÔNIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
um estímulo ativa o hipotálamo, que 
libera os hormônios tróficos 
estes hormônios ativam células 
específicas da adeno-hipófise, que 
também produz hormônios tróficos 
estes, por sua vez, ativam as glândulas 
endócrinas, que individualmente 
liberam seu hormônio específico (cujo 
papel é ativar tecidos-alvo, gerando 
uma resposta) 
esse eixo é autorregulado: 
retroalimentação negativa de alça 
longa 
o hormônio produzido pela 
glândula endócrina tem efeito de 
feedback negativo – atua sobre a 
adeno-hipófise e sobre o 
hipotálamo, inibindo os fatores 
(hormônios) liberadores que os 
ativam 
esse processo promove o ajuste 
fino das funções – não há 
necessidade de produção 
 
 
 
 
 
indiscriminada de determinado 
hormônio se o organismo não 
precisa mais realizar a função que 
o demandava 
 
a retroalimentação negativa de alça curta, por 
sua vez, ocorre quando os hormônios tróficos 
produzidos pela adeno-hipófise inibem a 
produção de hormônios tróficos pelas células 
hipotalâmicas 
Classes de hormônios 
*PROTEÍNAS E POLIPEPTÍDEOS: hidrofílicos 
→ insulina, glucagon, calcitonina, paratormônio, 
ocitocina, ADH, prolactina 
*ESTEROIDES: lipofílicos 
→ cortisol, aldosterona, estrogênio, progesterona, 
testosterona 
*DERIVADOS DO AMINOÁCIDO TIROSINA 
→ tiroxina e tri-iodotironina (tireoide) – caráter 
lipofílico 
→ epinefrina e norepinefrina (adrenal) – caráter 
hidrofílico 
AGONISTAS E ANTAGONISTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
quando um ligante se combina com um receptor, 
podem ocorrer duas situações 
o ligante competidor ativa o receptor e inicia 
uma resposta – AGONISTA do ligante primário 
(desencadeia a mesma resposta que o ligante 
primário é capaz de desencadear) 
 
o ligante competidor ocupa o sítio de ligação e 
impede o receptor de responder (bloqueia a 
atividade do receptor) – ANTAGONISTA do 
ligante primário 
TIPOS DE RECEPTORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CITOSÓLICOS ou NUCLEARES: característicos 
de hormônios lipofílicos 
hormônio se difunde pela membrana e 
se liga ao receptor do citosol ou do 
núcleo 
RECEPTORES DA MEMBRANA CELULAR: 
receptores de moléculas hidrofílicas 
usualmente, gera uma resposta bem 
rápida na célula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HORMÔNIOS ESTEROIDES 
*Em sua maioria, derivam da molécula de colesterol 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Mecanismo de sinalização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
devido à sua condição lipofílica (e incapacidade 
de se solubilizar na corrente sanguínea), o 
hormônio esteroide é normalmente conduzido 
por diferentes proteínas carreadoras 
DIMINUIÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DO 
HORMÔNIO 
*Endocitose do hormônio do receptor (captação pela 
célula-alvo) 
→ hormônio é metabolizado no interior da célula 
e, muitas vezes, o receptor retorna para a 
membrana, a fim de exercer novamente a sua 
função 
*Degradação metabólica do hormônio 
*Excreção urinária ou biliar 
 
AMPLIFICAÇÃO DAS CASCATAS DE SINALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
a partir de uma molécula mensageira, várias são 
alteradas/modificadas 
um ligante se associa a um receptor e 
ativa uma proteína de membrana 
essa proteína resulta na produção e na 
ativação dos segundos mensageiros, que 
ativam inúmeras proteínas no interior da 
célula (grande efeito com uma pequena 
quantidade de ligante) 
 
 
 
 
 
 
GH, Tireoide e Paratireoide 
Hormônio do crescimento (GH) 
LIBERAÇÃO DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o hipotálamo é o centro de percepção das sensações 
internas e externas 
a partir dos estímulos percebidos por ele e de acordo 
com a fase de vida da pessoa, uma mensagem é 
enviada – liberação do HORMÔNIO LIBERADOR 
DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GHRH) no 
eixo hipotalâmico – hipofisário 
esse hormônio ativa células da adeno-hipófise 
para que essas secretem o hormônio de 
crescimento (GH) 
o GH atua em todos os tecidos – fígado, cartilagens, 
ossos 
a partir dele há crescimento das cartilagens, 
aumento da glicose sanguínea e crescimento dos 
ossos e dos tecidos 
*Secretado pela hipófise anterior 
EFEITOS ANABÓLICOS 
*Promove a divisão celular e a proliferação celular em 
todo o corpo 
*Conserva as proteínas e estimula sua síntese 
*Estimulação da lipólise 
*Inibe a utilização de carboidratos 
*Estimula o crescimento das cartilagens e dos ossos 
*Em pré-puberes (antes da puberdade) 
→ deficiência: nanismo 
→ excesso: gigantismo 
*Na vida adulta 
→ excesso: acromegalia(“espessamento” das mãos 
e dos pés, prolongamento do maxilar, língua 
“mais grossa”) 
METABOLISMO PROTEICO 
*Aumento da síntese de proteínas 
*Conservação de proteínas 
*Aumenta o transporte de aminoácidos para o interior 
das células 
METABOLISMO LIPÍDICO 
*Ativa a lipase hormônio sensível 
→ responsável por quebrar o triglicerídeo em 
ácidos graxos e glicerol 
→ consequência: aumento de ácidos graxos no 
sangue e ampliação do seu uso como fonte de 
energia 
*Aumenta a lipólise 
→ maior mobilização de ácidos graxos do tecido 
adiposo 
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 
*Atua na conservação dos carboidratos 
→ diminuição da captação de glicose pelo músculo 
e pelo tecido adiposo 
*Aumenta a produção de glicose hepática (hiperglicemia, 
hiperinsulinemia) 
*Aumenta a secreção de insulina 
→ resistência à insulina: Diabetes Mellitus 
Tireoide 
*Glândula que controla o metabolismo celular 
SECREÇÃO DE HORMÔNIOS TIREOIDIANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o controle da secreção dos hormônios da tireoide 
segue o padrão hipotalâmico-hipofisário-glândula 
endócrina periférica 
o HORMÔNIO LIBERADOR DE TIREOTROFINAS 
(TRH) do hipotálamo controla a secreção do 
hormônio da adeno-hipófise, TIREOTROFINA, 
também conhecida como HORMÔNIO 
ESTIMULADOR DA TIREOIDE (TSH) 
 
 
o TSH, por sua vez, cai na circulação e atua na 
glândula tireoide para promover a síntese hormonal 
os hormônios da tireoide (T3 – três iodos – e T4 – 
quatro iodos –) geralmente atuam como um sinal de 
retroalimentação negativa para evitar a 
hipersecreção (inibem tanto o hipotálamo quanto a 
hipófise) 
sua principal ação é prover substrato para o 
metabolismo oxidativo 
são termogênicos e aumentam o consumo de 
oxigênio na maioria dos tecidos 
também interagem com outros hormônios para 
modular o metabolismo das proteínas, dos 
carboidratos e dos lipídeos 
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS 
*T4 ou TIROXINA (93%) 
→ convertido em T3 nos tecidos 
*T3 ou TRI-IODOTIRONINA (7%) 
→ verdadeiro atuante 
*Apresentam comportamento lipofílico – precisam de 
proteínas plasmáticas para serem transportados 
→ globulina ligadora de tiroxina (TBG) 
→ albumina 
*Em geral, têm liberação lenta 
*Seus efeitos apresentam início lento e longa duração 
(processo é mais lento porque esses hormônios têm 
efeito bastante genômico – atuam acima do DNA, 
levando à transcrição de várias proteínas) 
FORMAÇÃO DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a peroxidase é a enzima que faz a adição dos 
iodos na molécula de tirosina 
FUNÇÕES 
*Crescimento, desenvolvimento do Sistema Nervoso 
Central, metabolismo 
*Atua na função normal de quase todos os tecidos 
*Essencial no consumo de oxigênio e no metabolismo 
celular (T3 e T4 aumentam o metabolismo celular) 
em caso de dieta pobre em iodo durante a gestação 
(ou outro problema de formação dos hormônios 
tireoidianos), a criança pode nascer com retardo 
mental 
*Condições anormais 
→ ausência de secreção: metabolismo basal cai em 
50% 
→ excesso de secreção: metabolismo basal 
aumenta de 60-100% 
*A glândula tireoide tem peso entre de 15-25g 
→ BÓCIO (por exemplo, em caso de ausência de 
iodo): glândula pode pesar de 50-800g 
*O fluxo sanguíneo na região é de 4-6 mL/min/g (um dos 
mais altos do organismo) 
*Presença de inervação simpática e parassimpática 
*Primeira glândula endócrina a surgir no embrião 
humano 
OBS: 
• o TRH (hormônio secretor de tireotropina) 
estimula tanto a secreção de TSH como de 
prolactina pela adeno-hipófise 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÕES DO T3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3) entram na 
membrana celular através de um processo de 
transporte mediado por carregador, dependente de 
ATP 
uma grande parte de T4 é deiodada para formar T3, 
que interage com o receptor de hormônio 
tireoidiano, ligado como um heterodímero ao 
receptor de retinoide X, do elemento genético de 
resposta ao hormônio tireoidiano 
essa ação aumenta ou reduz a transcrição de genes 
que levam à formação de proteínas, produzindo, 
assim, a resposta celular ao hormônio tireoidiano 
alteração de tecidos, influência no 
crescimento, desenvolvimento do SNC, 
ações em âmbito cardiovascular e no 
metabolismo 
DOENÇAS TIREOIDIANAS 
*HIPOTIREOIDISMO 
→ queda nos níveis dos hormônios tireoidianos 
→ sintomas 
letargia, sonolência, fadiga, ganho de peso, 
constipação, fraqueza, descamação da pele e 
perda de cabelos, unhas quebradiças, mixedema 
(bolsas que se formam abaixo dos olhos por 
acúmulo de polissacarídeos, que atraem 
moléculas de água) 
*HIPERTIREOIDISMO 
→ aumento dos níveis dos hormônios tireoidianos 
→ sintomas 
estado de alta excitabilidade, intolerância ao 
calor, perda de peso, diarreia, fraqueza 
muscular, nervosismo ou transtornos psíquicos, 
fadiga, insônia, tremor nas mãos, exoftalmia 
(protusão do globo ocular) 
CALCITONINA 
*A tireoide possui células parafoliculares (células C), que 
secretam o hormônio CALCITONINA 
→ secretada quando os níveis de cálcio aumentam 
no líquido extracelular (necessidade de 
manutenção de níveis ideais) 
→ esse hormônio diminui os níveis plasmáticos de 
cálcio e inibe a reabsorção óssea (liberação de 
cálcio do osso para a circulação) por meio da 
inibição dos osteoclastos 
*Funções da calcitonina 
→ regulação do metabolismo do cálcio 
→ atuação sobre os ossos e rins 
nos ossos: inibição da atividade dos osteoclastos 
nos rins: aumento da excreção urinária de cálcio 
pela redução da reabsorção de cálcio pelos 
túbulos renais 
Paratireoides 
*4 glândulas localizadas no dorso da tireoide 
*Sua função é secretar o paratormônio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARATORMÔNIO 
*Efeito oposto ao da calcitonina 
*Secretado quando os níveis de cálcio diminuem no 
plasma 
*Alvo: ossos e rins 
→ nos ossos: aumento da liberação de cálcio (Ca2+) 
e de fosfato (PO4-) (juntos formam a 
hidroxiapatita, um sal presente no osso – 
liberação de um resulta na liberação do outro) 
→ nos rins: aumento da absorção de cálcio e 
diminuição da absorção de fosfato 
*Efeitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a diminuição da concentração de íons cálcio 
resulta em aumento da secreção de 
paratormônio pelas paratireoides 
o paratormônio estimula a ressorção óssea, 
levando à liberação de cálcio para o líquido 
extracelular (ressorção = perda) 
o paratormônio aumenta a reabsorção de cálcio 
e diminui a reabsorção de fosfato pelos túbulos 
renais, levando à diminuição da excreção de 
cálcio e ao aumento da excreção de fosfato 
o paratormônio é necessário para a conversão de 
25-hidroxicolecalciferol em 1,25-
dihidroxicolecalciferol, que, por sua vez, 
aumenta a absorção de cálcio pelos intestinos 
(ativa todos os transportadores de cálcio do 
epitélio intestinal) 
em conjunto, essas ações fornecem meios 
potentes de regulação da concentração do cálcio 
extracelular 
 
 
 
 
 
o paratormônio regula a concentração plasmática do 
cálcio por meio de três efeitos básicos: por estimular 
a reabsorção óssea, por promover a ativação da 
vitamina D, que aumenta a reabsorção intestinal de 
cálcio, e por aumentar, diretamente, a reabsorção de 
cálcio nos túbulos renais 
*Efeitos do paratormônio na reabsorção óssea 
 
 
 
 
 
 
 
 
o osso passa por deposição contínua de osteoblastos 
e ininterrupta absorção nos locais onde os 
osteoclastos estão ativos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o paratormônio se liga ao osteoblasto e desencadeia 
várias vias de sinalização, que culminam na ativação 
do osteoclasto 
o osteoclasto libera enzimas, que auxiliam na 
degradação da parte orgânica do osso (fibras 
colágenas), e uma secreção ácida que diminui o pH, 
auxiliando na digestão do cálcio e do fosfato 
assim, a liberação do cálcio e do fosfato promove o 
aumento da quantidade cálcio na corrente sanguínea*A concentração de cálcio é fosfato é regulada pela 
→ absorção intestinal 
→ excreção renal 
→ captação e liberação óssea desses elementos 
CÁLCIO 
*Desempenha inúmeras funções no organismo 
→ contração muscular 
→ coagulação sanguínea 
→ transmissão de impulsos nervosos 
*Aproximadamente 0,1% do cálcio do organismo se 
encontra no líquido extracelular, 1% se encontra nas 
células e o restante está armazenado nos ossos 
*Distribuição de cálcio iônico 
 
 
 
 
 
 
 
41% combinado a proteínas plasmáticas (não 
difusível) 
9% combinado a substâncias aniônicas (citrato e 
fosfato) 
50% iônico (difusível) 
*Trocas de cálcio entre os diferentes tecidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
grande parte do cálcio ingerido é, normalmente, 
eliminada nas fezes, embora os rins tenham a 
capacidade de excretar quantidades abundantes de 
cálcio por meio de redução na reabsorção tubular de 
cálcio 
FOSFATO 
*Aproximadamente 85% do fosfato do organismo se 
encontra armazenado nos ossos, 14% se encontra nas 
células e 1% está no líquido extracelular 
FORMAÇÃO E AÇÕES DA VITAMINA D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a vitamina D tem potente efeito de aumentar a 
absorção de cálcio no trato intestinal; além disso, 
apresenta efeitos significativos na deposição e na 
absorção ósseas 
contudo, essa vitamina, em si, não é a substância 
ativa real indutora desses efeitos – deve passar por 
uma série de reações no fígado e nos rins, 
convertendo-se no produto final ativo, o 1,25-di-
hidroxicolecalciferol 
o início do processo começa na pele: por meio dos 
raios ultravioleta, a vitamina D é ativada 
a partir de então, esta é encaminhada para o 
fígado, onde sofre ações de algumas enzimas 
hepáticas, formando 25-Hidroxicolecalciferol 
o final do processo de ativação da vitamina ocorre 
nos rins, por meio da ação do paratormônio, que 
estimula as enzimas responsáveis pela conversão 
em 1,25-di-hidroxicolecalciferol 
posteriormente, essa forma ativa da vitamina D 
atua no epitélio intestinal, ativando todos os 
transportadores de cálcio (ampliando a absorção 
desse íon e aumentando seus níveis séricos) 
o aumento das concentrações de cálcio inibe a 
produção do paratormônio 
 
 
 
 
MATERIAL EXTRA: 
TIREOTROPINA (TSH) 
*Funções 
→ aumento da proteólise da tireoglobulina 
→ aumento da atividade do transportador de 
iodeto 
→ aumento da iodização da tirosina 
→ aumenta da secreção da tireoide 
→ aumento do número de células tireoidianas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a tireoglobulina e a peroxidase tireoidiana, entre 
outros, são direcionadas à região apical da célula 
folicular, enquanto o NIS e o receptor de TSH 
(TSHR) vão para a membrana plasmática do polo 
basal 
o processo de biossíntese dos hormônios 
tireoidianos se inicia na célula folicular (no meio 
intracelular) e termina no espaço luminal 
(extracelular), de tal modo que a T3 e a T4, os 
principais HT elaborados, permanecem no interior 
do folículo como material coloidal, ligadas à 
molécula de tireoglobulina até se iniciar o processo 
de secreção hormonal 
o acúmulo de coloide no lúmen folicular confere 
suficiência de hormônio tireoidiano por algumas 
semanas, garantindo ao organismo níveis adequados 
de hormônio tireoidiano, mesmo quando não há 
suprimento contínuo de iodo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o TSH estimula a célula folicular da tireoide quando 
interage com um receptor específico, o receptor de 
TSH (TSHR) localizado na membrana externa do 
folículo tireoidiano 
o TSHR é um receptor com sete domínios 
transmembrânicos, três alças externas e três internas 
o TSH se liga à alça extracelular aminoterminal, e a 
região carboxiterminal localiza-se intracelularmente 
a ligação de TSH com o domínio aminotermnal i 
extracelular do TSHR estimula várias vias de 
sinalização, intermediada pela proteína G que se 
encontra associada ao receptor 
a GDP ligada à proteína G é substituída por GTP, o 
que ocasiona a dissociação da subunidade a da 
proteína G 
esta subunidade irá ativar a adenihlciclase, enquanto 
a proteína Gq fosforila e ativa a fosfolipase C 
a adenihlciclase estimula a conversão de ATP para 
cAMP, que, por sua vez, fosforila e ativa a 
proteinoquinase A (PKA) por outro lado, a 
fosfolipase C estimula a conversão de fosfatidil 
inositol 4,5-bifosfato (PIP 2) para inositol l,4,5-
trifosfato (IP3) e diacilglicerol (DAG), com 
consequente liberação do Ca2+ do seu estoque 
intracelular, o que ativa a proteinoquinase C (PKC) 
os efeitos do TSH incluem a estimulação nos 
processos de síntese e secreção do HT e também no 
crescimento e proliferação celular – adicionalmente, 
promove o efluxo do iodo, a iodação da TG e a 
secreção de HT, estimulando a formação de 
pseudópodes 
na região promotora dos genes de NIS, TG e TSHR, 
há locais responsivos à sinalização via cAMP (locais 
 
CRE), que, quando ocupados, ativam a transcrição 
destes genes – por isso, o efeito do TSH na captação 
do iodo ocorre de modo indireto, isto é, promovendo 
o aumento da proteína transportadora de iodo (NIS) 
DOENÇA DE GRAVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a causa mais comum de hipertireoidismo é a doença 
de Graves 
nessa condição, o corpo produz anticorpos, 
chamados de imunoglobulinas estimuladoras da 
tireoide – esses anticorpos mimetizam a ação do TSH 
por se ligarem aos receptores de TSH na glândula 
tireoide e os ativarem 
o resultado é a formação de bócio, hipersecreção de 
T3 e T4 e sintoma do excesso desses hormônios 
a retroalimentação negativa exercida pelos altos 
níveis de T3 e T4 diminui os níveis de secreção de 
TRH e TSH, mas não possui ação sobre a atividade 
semelhante ao TSH exercida pelas TSI na glândula 
tireoide 
a doença de Graves é frequentemente acompanhada 
por exoftalmia, uma aparência de olhos saltados 
causada pelo aumento dos músculos e tecidos na 
órbita mediado por reação imune 
 
 
 
 
 
Adrenal 
Secreção do cortisol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ao receber um sinal, o hipotálamo é ativado, 
liberando o HORMÔNIO LIBERADOR DE 
CORTICOTROFINA (CRH) 
esse hormônio, presente no eixo hipotalâmico-
hipofisário, ativa células da adeno-hipófise, que 
secretam o HORMÔNIO 
ADENOCORTICOTRÓFICO (ACTH) 
o ACTH cai na circulação, estimulando as células do 
córtex na suprarrenal 
o principal hormônio modulado pela presença do 
ACTH é o CORTISOL 
o cortisol possui receptores em vários tecidos – a 
partir do estímulo ocasionado por ele, ocorre uma 
resposta específica 
os hormônios do eixo hipotálamo-hipófise-
suprarrenal (HPA) constituem um exemplo de alças 
de retroalimentação 
o cortisol, secretado pelo córtex da glândula 
suprarrenal, retroalimenta inibindo a secreção do 
CRH e do ACTH pela adeno-hipófise, além de inibir 
também o hipotálamo (retroalimentação negativa de 
alça longa) 
o ACTH também exerce retroalimentação negativa 
de alça curta sobre a secreção de CRH 
 
Adrenal e a secreção de hormônios 
 
 
 
 
 
 
 
 
*As glândulas suprarrenais localizam-se acima dos rins 
como “pequenos chapéus” 
*Cada glândula suprarrenal é constituída por dois tecidos 
embriologicamente distintos que se juntam durante o 
desenvolvimento: o CÓRTEX e a MEDULA 
*A medula da glândula suprarrenal ocupa um pouco mais 
de um quarto da massa interna e é composta por um 
gânglio simpático modificado que secreta 
CATECOLAMINAS (principalmente adrenalina) 
→ mediar respostas rápidas em situações de luta ou 
fuga 
*Histologicamente, o córtex da glândula suprarrenal é 
dividido em três camadas ou zonas 
→ CAMADA EXTERNA / ZONA GLOMERULOSA: 
secreta somente ALDOSTERONA 
→ CAMADA INTERMEDIÁRIA / ZONA 
FASCICULADA: secreta principalmente 
GLICOCORTICOIDES (capazes de aumentar as 
concentrações plasmáticas de glicose) 
o principal glicocorticoide secretado é o cortisol 
→ CAMADA INTERNA / ZONA RETICULADA: 
secreta HORMÔNIOSSEXUAIS 
(principalmente androgênios) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a existência de diferentes camadas que produzem 
hormônios distintos evidencia a ação de enzimas 
específicas 
Hormônios das glândulas adrenais 
CÓRTEX 
*MINERALOCORTICOIDES 
→ alteram a concentração de eletrólitos (Na+ e K+) 
→ aldosterona 
*GLICOCORTICOIDES 
→ aumentam a concentração de glicose sanguínea, 
o metabolismo lipídico e o proteico 
→ cortisol 
*ANDRÓGENOS 
→ efeitos semelhantes aos da testosterona 
→ desidroepiandrosterona e androstenediona 
MEDULA 
*EPINEFRINA E NOREPINEFRINA 
→ ativação simpática 
→ ativação dos mecanismos de defesa do 
organismo diante de condições como emoções, 
estresse, choque, dentre outros 
→ preparam o organismo para a fuga ou luta 
TRANSPORTE DOS HORMÔNIOS 
ADRENOCORTICAIS 
*Esses hormônios são lipofílicos, de modo que precisam 
de proteínas transportadoras para circularem e 
alcançarem os tecidos-alvo 
*90% do cortisol está ligado a proteínas plasmáticas – 
GLOBULINA LIGADORA DE CORTISOL 
(TRANSCORTINA) e ALBUMINA 
*A metabolização desses hormônios ocorre, 
normalmente, no fígado 
→ molécula é conjugada e transformada em outro 
tipo, a fim de ser mais facilmente eliminada pela 
vesícula biliar ou pelos rins 
→ doenças renais e hepáticas costumam reduzir a 
metabolização e a excreção desses hormônios 
HORMÔNIOS ESTEROIDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
todos os hormônios secretados pelo córtex da 
adrenal são esteroides 
várias enzimas estão envolvidas na produção desses 
hormônios – caso haja problemas vinculados a elas, 
ocorre modificação desse processo de síntese 
 
 
uma vez que o colesterol entra na célula, é 
transportado para as mitocôndrias, onde é clivado 
pela enzima colesterol desmolase, formando 
pregnenolona; essa é a etapa limitante na formação 
de esteroides adrenais 
nas três zonas do córtex adrenal, esse estágio 
inicial da síntese de esteroide é estimulado pelos 
diferentes fatores que controlam a secreção dos 
principais produtos hormonais, aldosterona e 
cortisol 
Esteroidogênese adrenal 
*Hormônios adrenocorticais são derivados do colesterol, 
que é sintetizado a partir de moléculas de acetil-CoA 
→ as células da adrenal são ricas em receptores de 
LDL, que facilita o processo de captação de 
colesterol, transportado por essas lipoproteínas 
*Para que essa captação ocorra, o ACTH é liberado 
→ além disso, esse hormônio regula a hidrólise dos 
ésteres de colesterol, que passa a ser estocado 
em vacúolos citoplasmáticos 
→ conforme a necessidade das células, o citosol é 
disponibilizado para a síntese de hormônios 
esteroides 
Aldosterona 
*Principal mineralocorticoide secretado pelas adrenais 
*Aumenta a reabsorção tubular renal de sódio e a 
secreção de potássio 
→ atua também nas glândulas sudoríparas, 
salivares e intestinais 
*Aumenta a secreção de íon hidrogênio 
*Regulação da secreção de aldosterona 
→ elevação dos íons potássio – aumento da 
secreção de aldosterona 
→ elevação de angiotensina II – aumento da 
secreção de aldosterona 
→ ACTH: necessário, porém apresenta pequeno 
efeito no controle da secreção 
 
 
 
Cortisol e suas funções 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o eixo HPA (hipotálamo-hipófise-suprarrenal) inicia 
com o hormônio liberador de corticotrofinas (CRH), 
que é secretado no sistema porta hipotalâmico-
hipofisário e transportado até a adeno-hipófise 
o CRH estimula a secreção do hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH) 
este, por sua vez, atua no córtex da glândula 
suprarrenal para promover a síntese e a liberação de 
cortisol 
o cortisol, então, atua como um sinal de 
retroalimentação negativa, inibindo a 
secreção de ACTH e de CRH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
aumento do 
volume do LEC e da 
pressão arterial 
 
FUNÇÕES 
*Atuação sobre o sistema imunitário 
→ inibe a sua função por meio de múltiplas vias 
→ evita a liberação de citocinas e a produção de 
anticorpos pelos leucócitos, além de inibir a 
resposta inflamatória pela diminuição da 
mobilidade e migração dos leucócitos 
*Promover a gliconeogênese no fígado 
→ aumenta as enzimas necessárias para a 
conversão de aminoácidos em glicose pelas 
células hepática 
→ provoca a mobilização de aminoácidos a partir 
dos tecidos extra-hepáticos, principalmente dos 
músculos 
→ antagoniza os efeitos da insulina para inibir a 
gliconeogênese no fígado 
*Ocasionar o catabolismo de proteínas nos músculos 
→ objetivo de fornecer substrato à gliconeogênese 
*Aumenta a lipólise 
→ como resultado, há disponibilização de ácidos 
graxos aos tecidos periféricos para a produção de 
energia 
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 
*Aumento da gliconeogênese pelo fígado 
→ crescimento em quantidade das enzimas 
necessárias para a conversão de aminoácidos em 
glicose pelas células hepáticas 
*Mobilização de aminoácidos a partir dos músculos 
*Diminuição da utilização da glicose pelas células extra-
hepáticas 
→ menor translocação dos transportadores de 
glicose (GLUT 4) dificulta a entrada da glicose 
nos tecidos 
→ depressão da oxidação de NADH em NAD+ 
(glicólise) 
→ aumento dos ácidos graxos, que dificulta a ação 
da insulina 
→ como consequência, há o aumento da glicemia, 
resultando num quadro de “diabetes adrenal” 
METABOLISMO PROTEICO 
*Diminuição do depósito e da síntese de proteínas e 
aumento do catabolismo de proteínas em tecidos 
periféricos (disponibilização para a gliconeogênese) 
*Aumento da síntese de proteínas pelo fígado e 
promoção da gliconeogênese 
*Aminoácidos tornam-se menos disponíveis para as 
células extra-hepáticas 
→ pessoas que apresentam excesso de cortisol 
podem exibir fraqueza muscular 
METABOLISMO LIPÍDICO 
*Aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido 
adiposo a partir da lipólise (quebra de triglicerídeos em 
ácidos graxos e glicerol 
→ esse cenário resulta na utilização, pelas células, 
de glicerolfosfato para a gliconeogênese 
*Aumento da expressão da enzima LIPASE HORMÔNIO 
SENSÍVEL (LHS) responsável por quebrar triglicerídeos 
em ácidos graxos e glicerol 
→ aumento da expressão = maior quantidade da 
enzima 
*Aumento da concentração de ácidos graxos no plasma e 
da utilização destes para a energia 
*Em caso de excesso de cortisol, pode ocorrer um quadro 
de obesidade 
→ deposição de gordura no tórax e na cabeça 
RESISTÊNCIA AO ESTRESSE E À INFLAMAÇÃO 
*Exemplos de estresse: trauma, infecção, calor e frio 
intensos, cirurgia, restrição de movimentos e doenças 
debilitantes 
*Bloqueio de estágios iniciais de inflamação em tecidos 
lesados 
→ inflamação é resolvida por meio do aumento da 
velocidade de regeneração tecidual 
*Efeito sobre os lisossomas 
→ promoção da estabilidade da membrana 
lisossomal: diminuição da liberação de enzimas 
proteolíticas no local da lesão 
→ redução da migração leucocitária para a área 
inflamada 
*Diminuição da permeabilidade dos capilares – impede a 
perda de plasma para os tecidos (auxilia na regeneração) 
*Supressão do sistema imunológico 
 
→ reduz a produção de linfócitos T, o que resulta 
em diminuição das reações teciduais que 
promovem o processo inflamatório 
*Atenuação da febre 
→ redução da produção de interleucina 1 a partir 
dos leucócitos 
*Bloqueio da resposta inflamatória a reações alérgicas, 
bem como de outros tipos de respostas inflamatórias 
*Redução do número de eosinófilos e de linfócitos 
Medula adrenal 
*O principal hormônio liberado é a epinefrina 
(adrenalina) 
→ em menor intensidade, a norepinefrina 
(noradrenalina) também é liberada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a medula desenvolve-se a partir do mesmo tecido 
embrionário que origina os neurônios simpáticos e é 
uma estrutura neurossecretora 
essa porção das glândulas suprarrenais é descrita 
frequentemente como um gânglio simpático 
modificado 
os neurônios pré-ganglionaressimpáticos projetam-
se da medula espinal para a medula da glândula 
suprarrenal, onde fazem sinapse 
contudo, os neurônios pós-ganglionares, 
denominados CÉLULAS CROMAFINS, não possuem 
axônios 
secretam o neuro-hormônio epinefrina 
diretamente no sangue 
em resposta a sinais de alerta provenientes do SNC, 
a medula da glândula suprarrenal libera grandes 
quantidades de adrenalina para ser distribuída por 
todo o corpo, como parte da resposta de luta ou fuga 
estímulos: percepção de perigo ou de lesão, 
ansiedade, trauma, etc. 
Anormalidades na secreção da adrenal 
HIPOADRENALISMO / INSUFICIÊNCIA ADRENAL / 
DOENÇA DE ADDISON 
*Resulta da incapacidade do córtex adrenal de produzir 
hormônios adrenocorticais suficientes – ocasionado, na 
maioria das vezes, por atrofia primária ou lesão do córtex 
adrenal 
*A hipofunção adrenal também é frequentemente 
causada por destruição tuberculosa das adrenais ou por 
invasão do córtex por câncer 
*Caso haja, por alguma razão, 
comprometimento da função da glândula 
hipófise, pode ocorrer falha na produção de 
ACTH de forma suficiente 
→ nesse cenário, a produção de cortisol e 
aldosterona diminui, e, eventualmente, 
as glândulas adrenais podem atrofiar 
devido à falta de estímulo do ACTH 
*Pode ocorrer deficiência de aldosterona ou 
deficiência de glicocorticoides 
 
 
HIPERADRENALISMO / SÍNDROME DE CUSHING 
*Cascata complexa de efeitos hormonais devido à 
hipersecreção pelo córtex adrenal 
*Pode ocorrer por múltiplas causas 
→ adenomas da hipófise anterior que secretam 
grande quantidade de ACTH, o que causa, então, 
hiperplasia adrenal e secreção excessiva de 
cortisol 
→ função anormal do hipotálamo, que resulta em 
altos níveis de hormônio liberador de 
corticotropina, que estimula a secreção de 
ACTH 
→ “secreção ectópica” de ACTH por tumor em 
alguma outra parte do corpo, como no 
carcinoma abdominal 
→ adenomas do córtex adrenal 
 
 
*A disfunção na adrenal resulta em excesso de 
cortisol e excesso de androgênios 
HIPERADRENALISMO / SÍNDROME DE CONN 
*Também chamada de aldosteronismo primário 
*Resultado de um pequeno tumor 
das células da zona glomerulosa 
que secreta grandes quantidades 
de aldosterona 
*Os efeitos mais importantes do 
excesso de aldosterona são 
hipocalemia, alcalose metabólica 
leve, ligeira redução do volume de 
líquido extracelular e sangue, 
aumento muito pequeno na 
concentração plasmática de sódio 
e, quase sempre, hipertensão 
HIPERADRENALISMO / SÍNDROME 
ADRENOGENITAL 
*Ocasionalmente, o tumor adrenocortical secreta 
quantidades excessivas de androgênios, causando 
intensos efeitos masculinizantes em todo o corpo 
*Caso esse fenômeno ocorra em uma mulher, esta 
desenvolverá características viris, incluindo o 
crescimento de barba, a masculinização da voz, 
ocasionalmente calvície (se tiver o traço genético para 
essa condição), distribuição masculina dos pelos 
corporais e pubianos, o crescimento do clitóris 
(assemelhando-se a um pênis), e a deposição de 
proteínas na pele e especialmente nos músculos, gerando 
características masculinas típicas 
Pâncreas 
*Dividido em duas porções 
*PORÇÃO ENDÓCRINA: formada pelas ILHOTAS DE 
LANGERHANS 
→ secreção de insulina e glucagon 
→ CÉLULAS : secretam insulina 
no fígado, ocorre a produção de INSULINASE, 
que degrada insulina, reduzindo seus níveis 
plasmáticos 
→ CÉLULAS : secretam glucagon 
→ CÉLULAS : secretam somatostatina 
→ CÉLULAS SECRETORAS DO POLIPETÍDEO 
PANCREÁTICO 
*PORÇÃO EXÓCRINA: formada pelos ÁCINOS 
PANCREÁTICOS 
→ secreção de enzimas digestivas e bicarbonato 
Células do pâncreas 
 
 
 
 
 
 
as ilhotas de Langerhans contêm quatro tipos 
distintos de células, cada um associado à secreção de 
um ou mais hormônios peptídicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a secreção de insulina pode ser iniciada por sinais 
provenientes do sistema nervoso ou por um 
hormônio secretado pelo trato digestório após uma 
refeição 
aumento da quantidade de glicose no sangue 
possibilita que os receptores de estiramento do trato 
digestório enviem uma mensagem para o SNC 
outra mensagem é enviada ao pâncreas: as células -
pancreáticas – o centro integrador para essas vias 
reflexas – devem, portanto, avaliar sinais de entrada 
 
vindos de múltiplas fontes quando “decidirem” 
secretar insulina 
a insulina atinge os órgãos-alvo que apresentam 
receptores, assim, há aumento da captação e da 
utilização de glicose, com consequente redução da 
glicose no sangue 
Insulina 
*A insulina é secretada a partir de 
→ ingestão alimentar (glicose e aminoácidos) 
→ hormônios gastrointestinais 
→ estímulos colinérgicos 
*Tecidos dependentes de insulina: músculo, tecido 
adiposo e fígado 
*Efeitos da insulina (vias anabólicas) 
→ efeito anabólico e antilipolítico (evita a lipólise) 
→ diminuição dos níveis plasmáticos de glicose, 
ácidos graxos, cetoácidos, glicerol e aminoácidos 
→ captação de glicose e armazenamento do 
glicogênio muscular e hepático 
→ conversão de glicose em ácidos graxos 
→ inibição da gliconeogênese hepática 
→ promoção da síntese e do armazenamento de 
proteínas 
→ captação celular de aminoácidos, potássio, 
fosfato e magnésio 
*Deficiência na produção de insulina - consequências 
→ hiperglicemia 
→ perda de massa magra e de tecido adiposo 
(devido à não utilização da glicose como fonte 
de energia) 
→ aumento da concentração de colesterol e 
fosfolipídios plasmáticos 
→ utilização excessiva de gorduras: cetose e 
acidose metabólica 
→ depleção de proteínas e aumento dos 
aminoácidos plasmáticos 
→ atraso do crescimento (insulina atua em 
conjunto com GH para promover o crescimento) 
NO CÉREBRO 
*A insulina apresenta pouco efeito na captação ou na 
utilização de glicose (não é um tecido dependente de 
insulina) 
*Os receptores (GLUT) presentes no cérebro têm Km 
baixo 
→ isso indica que a presença de uma pequena 
quantidade de glicose já promove a absorção 
pelo tecido (isso não acontece em outros 
tecidos) 
→ dessa forma, o cérebro consegue captar a glicose 
mais facilmente 
RECEPTOR DE INSULINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
para começar a exercer seus efeitos nas células-alvo, 
a insulina, inicialmente, liga-se e ativa um receptor 
proteico de membrana – o receptor ativado é o 
responsável pelos efeitos subsequentes 
o receptor de insulina é a combinação de quatro 
subunidades que se mantêm unidas por meio de 
ligações dissulfeto: duas subunidades alfa, que se 
situam inteiramente do lado externo da membrana 
celular, e duas subunidades beta, que penetram 
através da membrana, projetando-se no citoplasma 
celular 
a insulina se acopla às subunidades alfa do lado 
externo da célula, mas, devido às ligações com as 
subunidades beta, as porções das subunidades beta 
que se projetam para o interior da célula são 
autofosforiladas 
a autofosforilação das subunidades beta do 
receptor ativa uma TIROSINA QUINASE local, 
que, por sua vez, causa fosforilação de diversas 
outras enzimas intracelulares, inclusive do grupo 
chamado substratos do receptor de insulina (IRS) 
o efeito global é a ativação de algumas enzimas e, ao 
mesmo tempo, a inativação de outras – dessa 
maneira, a insulina dirige a maquinaria metabólica 
 
 
 
 
intracelular, de modo a produzir os efeitos desejados 
no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas 
os transportadores de glicose são translocados 
para a membrana celular, para facilitar a entrada 
da glicose na célula 
LIBERAÇÃO DE INSULINA PELAS CÉLULAS  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mecanismos celulares básicos da secreção de 
insulina pelas células betapancreáticas, em resposta 
ao aumento da concentração da glicose sanguínea 
(controlador primário da secreção de insulina) 
as células beta contêm um grande número de 
transportadores de glicose (GLUT 2), que permitem 
influxo de glicose proporcionalà concentração 
plasmática na faixa fisiológica 
uma vez nas células, a glicose é fosforilada pela 
glicocinase em glicose-6-fosfato – etapa limitante 
para o metabolismo da glicose nas células beta e 
principal mecanismo sensor de glicose e de ajuste da 
quantidade de insulina secretada em relação aos 
níveis de glicose plasmática 
a glicose-6-fosfato é, subsequentemente, oxidada, de 
modo a formar ATP, que inibe os canais de potássio 
sensíveis ao ATP da célula 
o fechamento dos canais de potássio promove o 
aumento da quantidade de potássio na célula, de 
forma que o aumento de cargas positivas resulta em 
despolarização da membrana celular, abrindo, 
consequentemente, os canais de cálcio dependentes 
de voltagem, que são sensíveis às alterações da 
voltagem da membrana 
isso produz influxo de cálcio, que estimula a fusão 
das vesículas que contêm insulina com a 
membrana celular e posterior secreção da insulina 
no líquido extracelular por meio de exocitose 
 
Glucagon 
*Secretado quando os níveis glicêmicos estão baixos 
*Inibido pelo aumento dos níveis de glicose 
*Ações 
→ estímulo da glicogenólise hepática 
→ estímulo da gliconeogênese (formação de 
glicose por meio de intermediários não 
glicolíticos) 
→ estímulo da -oxidação (por meio da ativação da 
lipase hormônio sensível – converte 
triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol) e da 
cetogênese 
→ estímulo do aumento dos níveis plasmáticos de 
glicose, ácidos graxos e cetoácidos 
*Sua secreção é induzida por jejum e exercícios 
→ inibida por aumento dos níveis de glicose, ácidos 
graxos e insulina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diabetes Melito 
*Síndrome e do metabolismo defeituoso de carboidratos, 
lipídios e proteínas, causada tanto pela ausência de 
secreção de insulina como pela diminuição da 
sensibilidade dos tecidos à insulina 
DIABETES TIPO I 
*Lesão das células beta do pâncreas ou doenças que 
prejudiquem a produção de insulina (infecções virais e 
doenças autoimunes) podem levar ao diabetes tipo 1 
*A ausência de insulina reduz a eficiência da utilização 
periférica da glicose e aumenta a produção de glicose, 
elevando a glicose plasmática 
→ como consequência, há perda de glicose na urina 
(glicose chega aos túbulos renais em quantidade 
maior do que pode ser reabsorvida), 
desidratação, injúria tecidual, aumento da 
utilização de lipídios e acidose metabólica 
(devido ao excesso de cetoácidos, que, por sua 
vez, em associação à desidratação causada pela 
formação excessiva de urina, pode provocar 
acidose grave) e depleção de proteínas do 
organismo 
*Dependente de insulina 
*Hereditariedade 
*Comum que apareça aos 14 anos (“juvenil”), mas pode 
ocorrer em qualquer idade) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIABETES TIPO II 
*Associado ao aumento da concentração de insulina 
plasmática (hiperinsulinemia) 
→ resposta compensatória das células 
betapancreáticas à resistência à insulina, uma 
sensibilidade diminuída dos tecidos-alvo aos 
efeitos metabólicos da insulina (menor número 
de receptores e problemas nas vias de 
sinalização) 
→ a redução da sensibilidade à insulina prejudica a 
utilização e o armazenamento dos carboidratos, 
elevando o nível da glicose sanguínea e 
estimulando o aumento compensatório da 
secreção de insulina 
*Redução na sensibilidade à insulina (“resistência”) 
*Mais comum (90% dos casos) 
*Costuma ocorrer depois dos 30 anos 
*Prejudica o armazenamento de carboidratos 
*Vinculado ao excesso de ganho de peso e à obesidade 
*Alteração na resposta à insulina pode estar vinculada ao 
acúmulo de lipídios nos tecidos associado ao excesso de 
peso 
*Consequências: aterosclerose (mobilização de ácidos 
graxos e formação de colesterol)

Outros materiais