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*Produção de moléculas mensageiras que atingem órgãos distantes, controlando as diferentes funções do corpo → permite o ajuste muito fino das funções e o bom funcionamento de todo o organismo Funções Endócrinas *Crescimento e desenvolvimento *Reprodução *Regulação do metabolismo *Equilíbrio hidroeletrolítico *Modulação do comportamento *Imunidade Glândulas Corporais locais anatômicos das principais glândulas endócrinas e os tecidos endócrinos do corpo, exceto pela placenta (fonte adicional de hormônios sexuais) Hipotálamo e hipófise *A hipófise é dividida em duas: → porção posterior: NEURO-HIPÓFISE → porção anterior: ADENO-HIPÓFISE quase toda a secreção hipofisária é controlada por sinais hormonais e nervosos, provenientes do hipotálamo a secreção efetuada pela região posterior da hipófise é controlada por sinais neurais que têm origem no hipotálamo e terminam na região hipofisária posterior a secreção da região anterior da hipófise é controlada por hormônios – HORMÔNIOS LIBERADORES e HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS INIBIDORES (secretados pelo próprio hipotálamo e então levados para a região anterior da hipófise por minúsculos vasos sanguíneos, os VASOS PORTAIS HIPOTALÂMICOS-HIPOFISÁRIOS) Sistema Endócrino a hipófise posterior (neuro-hipófise) é composta, principalmente, por células semelhantes às células gliais – os PITUÍCITOS os pituícitos não secretam hormônios - agem, simplesmente, como estrutura de suporte para grande número de fibras nervosas terminais e terminações nervosas de tratos nervosos que se originam nos NÚCLEOS SUPRAÓPTICO e PARAVENTRICULAR do hipotálamo esses tratos chegam à neuro-hipófise pelo PEDÚNCULO HIPOFISÁRIO – as terminações nervosas são botões bulbosos que contêm diversos grânulos secretores e se localizam na superfície dos capilares, onde secretam dois hormônios hipofisários posteriores: o ADH e a OCITOCINA a partir de então, esses hormônios são liberados na corrente sanguínea para que exerçam seus efeitos ao longo do corpo a hipófise anterior, por sua vez, é responsável por liberar todos os outros hormônios o hormônio é produzido no corpo celular do neurônio as vesículas são transportadas e liberadas na neuro-hipófise e, posteriormente, chegam à corrente sanguínea e alcançam órgãos-alvo Hipotálamo *Apresenta uma função nervosa (por meio da liberação de neurotransmissores), mas também uma função endócrina – a NEURO-SECREÇÃO → neurônios especializados produzem e liberam hormônios na circulação *À medida que o produto de secreção é liberado na corrente sanguínea, as células irão (ou não) responder a esse estímulo → a resposta das células depende da presença ou da ausência de um receptor caso haja receptor, a célula responde ao estímulo; se ele não existir, não há resposta Secreção de hormônios Hormônios hipotalâmicos e hipofisários o eixo hipotálamo-hipófise-glândulas deve estar sempre bem ajustado para que nenhuma disfunção ocorra no organismo ATUAÇÃO DO HORMÔNIO um estímulo ativa o hipotálamo, que libera os hormônios tróficos estes hormônios ativam células específicas da adeno-hipófise, que também produz hormônios tróficos estes, por sua vez, ativam as glândulas endócrinas, que individualmente liberam seu hormônio específico (cujo papel é ativar tecidos-alvo, gerando uma resposta) esse eixo é autorregulado: retroalimentação negativa de alça longa o hormônio produzido pela glândula endócrina tem efeito de feedback negativo – atua sobre a adeno-hipófise e sobre o hipotálamo, inibindo os fatores (hormônios) liberadores que os ativam esse processo promove o ajuste fino das funções – não há necessidade de produção indiscriminada de determinado hormônio se o organismo não precisa mais realizar a função que o demandava a retroalimentação negativa de alça curta, por sua vez, ocorre quando os hormônios tróficos produzidos pela adeno-hipófise inibem a produção de hormônios tróficos pelas células hipotalâmicas Classes de hormônios *PROTEÍNAS E POLIPEPTÍDEOS: hidrofílicos → insulina, glucagon, calcitonina, paratormônio, ocitocina, ADH, prolactina *ESTEROIDES: lipofílicos → cortisol, aldosterona, estrogênio, progesterona, testosterona *DERIVADOS DO AMINOÁCIDO TIROSINA → tiroxina e tri-iodotironina (tireoide) – caráter lipofílico → epinefrina e norepinefrina (adrenal) – caráter hidrofílico AGONISTAS E ANTAGONISTAS quando um ligante se combina com um receptor, podem ocorrer duas situações o ligante competidor ativa o receptor e inicia uma resposta – AGONISTA do ligante primário (desencadeia a mesma resposta que o ligante primário é capaz de desencadear) o ligante competidor ocupa o sítio de ligação e impede o receptor de responder (bloqueia a atividade do receptor) – ANTAGONISTA do ligante primário TIPOS DE RECEPTORES CITOSÓLICOS ou NUCLEARES: característicos de hormônios lipofílicos hormônio se difunde pela membrana e se liga ao receptor do citosol ou do núcleo RECEPTORES DA MEMBRANA CELULAR: receptores de moléculas hidrofílicas usualmente, gera uma resposta bem rápida na célula HORMÔNIOS ESTEROIDES *Em sua maioria, derivam da molécula de colesterol *Mecanismo de sinalização devido à sua condição lipofílica (e incapacidade de se solubilizar na corrente sanguínea), o hormônio esteroide é normalmente conduzido por diferentes proteínas carreadoras DIMINUIÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DO HORMÔNIO *Endocitose do hormônio do receptor (captação pela célula-alvo) → hormônio é metabolizado no interior da célula e, muitas vezes, o receptor retorna para a membrana, a fim de exercer novamente a sua função *Degradação metabólica do hormônio *Excreção urinária ou biliar AMPLIFICAÇÃO DAS CASCATAS DE SINALIZAÇÃO a partir de uma molécula mensageira, várias são alteradas/modificadas um ligante se associa a um receptor e ativa uma proteína de membrana essa proteína resulta na produção e na ativação dos segundos mensageiros, que ativam inúmeras proteínas no interior da célula (grande efeito com uma pequena quantidade de ligante) GH, Tireoide e Paratireoide Hormônio do crescimento (GH) LIBERAÇÃO DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO o hipotálamo é o centro de percepção das sensações internas e externas a partir dos estímulos percebidos por ele e de acordo com a fase de vida da pessoa, uma mensagem é enviada – liberação do HORMÔNIO LIBERADOR DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GHRH) no eixo hipotalâmico – hipofisário esse hormônio ativa células da adeno-hipófise para que essas secretem o hormônio de crescimento (GH) o GH atua em todos os tecidos – fígado, cartilagens, ossos a partir dele há crescimento das cartilagens, aumento da glicose sanguínea e crescimento dos ossos e dos tecidos *Secretado pela hipófise anterior EFEITOS ANABÓLICOS *Promove a divisão celular e a proliferação celular em todo o corpo *Conserva as proteínas e estimula sua síntese *Estimulação da lipólise *Inibe a utilização de carboidratos *Estimula o crescimento das cartilagens e dos ossos *Em pré-puberes (antes da puberdade) → deficiência: nanismo → excesso: gigantismo *Na vida adulta → excesso: acromegalia(“espessamento” das mãos e dos pés, prolongamento do maxilar, língua “mais grossa”) METABOLISMO PROTEICO *Aumento da síntese de proteínas *Conservação de proteínas *Aumenta o transporte de aminoácidos para o interior das células METABOLISMO LIPÍDICO *Ativa a lipase hormônio sensível → responsável por quebrar o triglicerídeo em ácidos graxos e glicerol → consequência: aumento de ácidos graxos no sangue e ampliação do seu uso como fonte de energia *Aumenta a lipólise → maior mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo METABOLISMO DE CARBOIDRATOS *Atua na conservação dos carboidratos → diminuição da captação de glicose pelo músculo e pelo tecido adiposo *Aumenta a produção de glicose hepática (hiperglicemia, hiperinsulinemia) *Aumenta a secreção de insulina → resistência à insulina: Diabetes Mellitus Tireoide *Glândula que controla o metabolismo celular SECREÇÃO DE HORMÔNIOS TIREOIDIANOS o controle da secreção dos hormônios da tireoide segue o padrão hipotalâmico-hipofisário-glândula endócrina periférica o HORMÔNIO LIBERADOR DE TIREOTROFINAS (TRH) do hipotálamo controla a secreção do hormônio da adeno-hipófise, TIREOTROFINA, também conhecida como HORMÔNIO ESTIMULADOR DA TIREOIDE (TSH) o TSH, por sua vez, cai na circulação e atua na glândula tireoide para promover a síntese hormonal os hormônios da tireoide (T3 – três iodos – e T4 – quatro iodos –) geralmente atuam como um sinal de retroalimentação negativa para evitar a hipersecreção (inibem tanto o hipotálamo quanto a hipófise) sua principal ação é prover substrato para o metabolismo oxidativo são termogênicos e aumentam o consumo de oxigênio na maioria dos tecidos também interagem com outros hormônios para modular o metabolismo das proteínas, dos carboidratos e dos lipídeos HORMÔNIOS TIREOIDIANOS *T4 ou TIROXINA (93%) → convertido em T3 nos tecidos *T3 ou TRI-IODOTIRONINA (7%) → verdadeiro atuante *Apresentam comportamento lipofílico – precisam de proteínas plasmáticas para serem transportados → globulina ligadora de tiroxina (TBG) → albumina *Em geral, têm liberação lenta *Seus efeitos apresentam início lento e longa duração (processo é mais lento porque esses hormônios têm efeito bastante genômico – atuam acima do DNA, levando à transcrição de várias proteínas) FORMAÇÃO DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE a peroxidase é a enzima que faz a adição dos iodos na molécula de tirosina FUNÇÕES *Crescimento, desenvolvimento do Sistema Nervoso Central, metabolismo *Atua na função normal de quase todos os tecidos *Essencial no consumo de oxigênio e no metabolismo celular (T3 e T4 aumentam o metabolismo celular) em caso de dieta pobre em iodo durante a gestação (ou outro problema de formação dos hormônios tireoidianos), a criança pode nascer com retardo mental *Condições anormais → ausência de secreção: metabolismo basal cai em 50% → excesso de secreção: metabolismo basal aumenta de 60-100% *A glândula tireoide tem peso entre de 15-25g → BÓCIO (por exemplo, em caso de ausência de iodo): glândula pode pesar de 50-800g *O fluxo sanguíneo na região é de 4-6 mL/min/g (um dos mais altos do organismo) *Presença de inervação simpática e parassimpática *Primeira glândula endócrina a surgir no embrião humano OBS: • o TRH (hormônio secretor de tireotropina) estimula tanto a secreção de TSH como de prolactina pela adeno-hipófise AÇÕES DO T3 a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3) entram na membrana celular através de um processo de transporte mediado por carregador, dependente de ATP uma grande parte de T4 é deiodada para formar T3, que interage com o receptor de hormônio tireoidiano, ligado como um heterodímero ao receptor de retinoide X, do elemento genético de resposta ao hormônio tireoidiano essa ação aumenta ou reduz a transcrição de genes que levam à formação de proteínas, produzindo, assim, a resposta celular ao hormônio tireoidiano alteração de tecidos, influência no crescimento, desenvolvimento do SNC, ações em âmbito cardiovascular e no metabolismo DOENÇAS TIREOIDIANAS *HIPOTIREOIDISMO → queda nos níveis dos hormônios tireoidianos → sintomas letargia, sonolência, fadiga, ganho de peso, constipação, fraqueza, descamação da pele e perda de cabelos, unhas quebradiças, mixedema (bolsas que se formam abaixo dos olhos por acúmulo de polissacarídeos, que atraem moléculas de água) *HIPERTIREOIDISMO → aumento dos níveis dos hormônios tireoidianos → sintomas estado de alta excitabilidade, intolerância ao calor, perda de peso, diarreia, fraqueza muscular, nervosismo ou transtornos psíquicos, fadiga, insônia, tremor nas mãos, exoftalmia (protusão do globo ocular) CALCITONINA *A tireoide possui células parafoliculares (células C), que secretam o hormônio CALCITONINA → secretada quando os níveis de cálcio aumentam no líquido extracelular (necessidade de manutenção de níveis ideais) → esse hormônio diminui os níveis plasmáticos de cálcio e inibe a reabsorção óssea (liberação de cálcio do osso para a circulação) por meio da inibição dos osteoclastos *Funções da calcitonina → regulação do metabolismo do cálcio → atuação sobre os ossos e rins nos ossos: inibição da atividade dos osteoclastos nos rins: aumento da excreção urinária de cálcio pela redução da reabsorção de cálcio pelos túbulos renais Paratireoides *4 glândulas localizadas no dorso da tireoide *Sua função é secretar o paratormônio PARATORMÔNIO *Efeito oposto ao da calcitonina *Secretado quando os níveis de cálcio diminuem no plasma *Alvo: ossos e rins → nos ossos: aumento da liberação de cálcio (Ca2+) e de fosfato (PO4-) (juntos formam a hidroxiapatita, um sal presente no osso – liberação de um resulta na liberação do outro) → nos rins: aumento da absorção de cálcio e diminuição da absorção de fosfato *Efeitos a diminuição da concentração de íons cálcio resulta em aumento da secreção de paratormônio pelas paratireoides o paratormônio estimula a ressorção óssea, levando à liberação de cálcio para o líquido extracelular (ressorção = perda) o paratormônio aumenta a reabsorção de cálcio e diminui a reabsorção de fosfato pelos túbulos renais, levando à diminuição da excreção de cálcio e ao aumento da excreção de fosfato o paratormônio é necessário para a conversão de 25-hidroxicolecalciferol em 1,25- dihidroxicolecalciferol, que, por sua vez, aumenta a absorção de cálcio pelos intestinos (ativa todos os transportadores de cálcio do epitélio intestinal) em conjunto, essas ações fornecem meios potentes de regulação da concentração do cálcio extracelular o paratormônio regula a concentração plasmática do cálcio por meio de três efeitos básicos: por estimular a reabsorção óssea, por promover a ativação da vitamina D, que aumenta a reabsorção intestinal de cálcio, e por aumentar, diretamente, a reabsorção de cálcio nos túbulos renais *Efeitos do paratormônio na reabsorção óssea o osso passa por deposição contínua de osteoblastos e ininterrupta absorção nos locais onde os osteoclastos estão ativos o paratormônio se liga ao osteoblasto e desencadeia várias vias de sinalização, que culminam na ativação do osteoclasto o osteoclasto libera enzimas, que auxiliam na degradação da parte orgânica do osso (fibras colágenas), e uma secreção ácida que diminui o pH, auxiliando na digestão do cálcio e do fosfato assim, a liberação do cálcio e do fosfato promove o aumento da quantidade cálcio na corrente sanguínea*A concentração de cálcio é fosfato é regulada pela → absorção intestinal → excreção renal → captação e liberação óssea desses elementos CÁLCIO *Desempenha inúmeras funções no organismo → contração muscular → coagulação sanguínea → transmissão de impulsos nervosos *Aproximadamente 0,1% do cálcio do organismo se encontra no líquido extracelular, 1% se encontra nas células e o restante está armazenado nos ossos *Distribuição de cálcio iônico 41% combinado a proteínas plasmáticas (não difusível) 9% combinado a substâncias aniônicas (citrato e fosfato) 50% iônico (difusível) *Trocas de cálcio entre os diferentes tecidos grande parte do cálcio ingerido é, normalmente, eliminada nas fezes, embora os rins tenham a capacidade de excretar quantidades abundantes de cálcio por meio de redução na reabsorção tubular de cálcio FOSFATO *Aproximadamente 85% do fosfato do organismo se encontra armazenado nos ossos, 14% se encontra nas células e 1% está no líquido extracelular FORMAÇÃO E AÇÕES DA VITAMINA D a vitamina D tem potente efeito de aumentar a absorção de cálcio no trato intestinal; além disso, apresenta efeitos significativos na deposição e na absorção ósseas contudo, essa vitamina, em si, não é a substância ativa real indutora desses efeitos – deve passar por uma série de reações no fígado e nos rins, convertendo-se no produto final ativo, o 1,25-di- hidroxicolecalciferol o início do processo começa na pele: por meio dos raios ultravioleta, a vitamina D é ativada a partir de então, esta é encaminhada para o fígado, onde sofre ações de algumas enzimas hepáticas, formando 25-Hidroxicolecalciferol o final do processo de ativação da vitamina ocorre nos rins, por meio da ação do paratormônio, que estimula as enzimas responsáveis pela conversão em 1,25-di-hidroxicolecalciferol posteriormente, essa forma ativa da vitamina D atua no epitélio intestinal, ativando todos os transportadores de cálcio (ampliando a absorção desse íon e aumentando seus níveis séricos) o aumento das concentrações de cálcio inibe a produção do paratormônio MATERIAL EXTRA: TIREOTROPINA (TSH) *Funções → aumento da proteólise da tireoglobulina → aumento da atividade do transportador de iodeto → aumento da iodização da tirosina → aumenta da secreção da tireoide → aumento do número de células tireoidianas a tireoglobulina e a peroxidase tireoidiana, entre outros, são direcionadas à região apical da célula folicular, enquanto o NIS e o receptor de TSH (TSHR) vão para a membrana plasmática do polo basal o processo de biossíntese dos hormônios tireoidianos se inicia na célula folicular (no meio intracelular) e termina no espaço luminal (extracelular), de tal modo que a T3 e a T4, os principais HT elaborados, permanecem no interior do folículo como material coloidal, ligadas à molécula de tireoglobulina até se iniciar o processo de secreção hormonal o acúmulo de coloide no lúmen folicular confere suficiência de hormônio tireoidiano por algumas semanas, garantindo ao organismo níveis adequados de hormônio tireoidiano, mesmo quando não há suprimento contínuo de iodo o TSH estimula a célula folicular da tireoide quando interage com um receptor específico, o receptor de TSH (TSHR) localizado na membrana externa do folículo tireoidiano o TSHR é um receptor com sete domínios transmembrânicos, três alças externas e três internas o TSH se liga à alça extracelular aminoterminal, e a região carboxiterminal localiza-se intracelularmente a ligação de TSH com o domínio aminotermnal i extracelular do TSHR estimula várias vias de sinalização, intermediada pela proteína G que se encontra associada ao receptor a GDP ligada à proteína G é substituída por GTP, o que ocasiona a dissociação da subunidade a da proteína G esta subunidade irá ativar a adenihlciclase, enquanto a proteína Gq fosforila e ativa a fosfolipase C a adenihlciclase estimula a conversão de ATP para cAMP, que, por sua vez, fosforila e ativa a proteinoquinase A (PKA) por outro lado, a fosfolipase C estimula a conversão de fosfatidil inositol 4,5-bifosfato (PIP 2) para inositol l,4,5- trifosfato (IP3) e diacilglicerol (DAG), com consequente liberação do Ca2+ do seu estoque intracelular, o que ativa a proteinoquinase C (PKC) os efeitos do TSH incluem a estimulação nos processos de síntese e secreção do HT e também no crescimento e proliferação celular – adicionalmente, promove o efluxo do iodo, a iodação da TG e a secreção de HT, estimulando a formação de pseudópodes na região promotora dos genes de NIS, TG e TSHR, há locais responsivos à sinalização via cAMP (locais CRE), que, quando ocupados, ativam a transcrição destes genes – por isso, o efeito do TSH na captação do iodo ocorre de modo indireto, isto é, promovendo o aumento da proteína transportadora de iodo (NIS) DOENÇA DE GRAVES a causa mais comum de hipertireoidismo é a doença de Graves nessa condição, o corpo produz anticorpos, chamados de imunoglobulinas estimuladoras da tireoide – esses anticorpos mimetizam a ação do TSH por se ligarem aos receptores de TSH na glândula tireoide e os ativarem o resultado é a formação de bócio, hipersecreção de T3 e T4 e sintoma do excesso desses hormônios a retroalimentação negativa exercida pelos altos níveis de T3 e T4 diminui os níveis de secreção de TRH e TSH, mas não possui ação sobre a atividade semelhante ao TSH exercida pelas TSI na glândula tireoide a doença de Graves é frequentemente acompanhada por exoftalmia, uma aparência de olhos saltados causada pelo aumento dos músculos e tecidos na órbita mediado por reação imune Adrenal Secreção do cortisol ao receber um sinal, o hipotálamo é ativado, liberando o HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTICOTROFINA (CRH) esse hormônio, presente no eixo hipotalâmico- hipofisário, ativa células da adeno-hipófise, que secretam o HORMÔNIO ADENOCORTICOTRÓFICO (ACTH) o ACTH cai na circulação, estimulando as células do córtex na suprarrenal o principal hormônio modulado pela presença do ACTH é o CORTISOL o cortisol possui receptores em vários tecidos – a partir do estímulo ocasionado por ele, ocorre uma resposta específica os hormônios do eixo hipotálamo-hipófise- suprarrenal (HPA) constituem um exemplo de alças de retroalimentação o cortisol, secretado pelo córtex da glândula suprarrenal, retroalimenta inibindo a secreção do CRH e do ACTH pela adeno-hipófise, além de inibir também o hipotálamo (retroalimentação negativa de alça longa) o ACTH também exerce retroalimentação negativa de alça curta sobre a secreção de CRH Adrenal e a secreção de hormônios *As glândulas suprarrenais localizam-se acima dos rins como “pequenos chapéus” *Cada glândula suprarrenal é constituída por dois tecidos embriologicamente distintos que se juntam durante o desenvolvimento: o CÓRTEX e a MEDULA *A medula da glândula suprarrenal ocupa um pouco mais de um quarto da massa interna e é composta por um gânglio simpático modificado que secreta CATECOLAMINAS (principalmente adrenalina) → mediar respostas rápidas em situações de luta ou fuga *Histologicamente, o córtex da glândula suprarrenal é dividido em três camadas ou zonas → CAMADA EXTERNA / ZONA GLOMERULOSA: secreta somente ALDOSTERONA → CAMADA INTERMEDIÁRIA / ZONA FASCICULADA: secreta principalmente GLICOCORTICOIDES (capazes de aumentar as concentrações plasmáticas de glicose) o principal glicocorticoide secretado é o cortisol → CAMADA INTERNA / ZONA RETICULADA: secreta HORMÔNIOSSEXUAIS (principalmente androgênios) a existência de diferentes camadas que produzem hormônios distintos evidencia a ação de enzimas específicas Hormônios das glândulas adrenais CÓRTEX *MINERALOCORTICOIDES → alteram a concentração de eletrólitos (Na+ e K+) → aldosterona *GLICOCORTICOIDES → aumentam a concentração de glicose sanguínea, o metabolismo lipídico e o proteico → cortisol *ANDRÓGENOS → efeitos semelhantes aos da testosterona → desidroepiandrosterona e androstenediona MEDULA *EPINEFRINA E NOREPINEFRINA → ativação simpática → ativação dos mecanismos de defesa do organismo diante de condições como emoções, estresse, choque, dentre outros → preparam o organismo para a fuga ou luta TRANSPORTE DOS HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS *Esses hormônios são lipofílicos, de modo que precisam de proteínas transportadoras para circularem e alcançarem os tecidos-alvo *90% do cortisol está ligado a proteínas plasmáticas – GLOBULINA LIGADORA DE CORTISOL (TRANSCORTINA) e ALBUMINA *A metabolização desses hormônios ocorre, normalmente, no fígado → molécula é conjugada e transformada em outro tipo, a fim de ser mais facilmente eliminada pela vesícula biliar ou pelos rins → doenças renais e hepáticas costumam reduzir a metabolização e a excreção desses hormônios HORMÔNIOS ESTEROIDES todos os hormônios secretados pelo córtex da adrenal são esteroides várias enzimas estão envolvidas na produção desses hormônios – caso haja problemas vinculados a elas, ocorre modificação desse processo de síntese uma vez que o colesterol entra na célula, é transportado para as mitocôndrias, onde é clivado pela enzima colesterol desmolase, formando pregnenolona; essa é a etapa limitante na formação de esteroides adrenais nas três zonas do córtex adrenal, esse estágio inicial da síntese de esteroide é estimulado pelos diferentes fatores que controlam a secreção dos principais produtos hormonais, aldosterona e cortisol Esteroidogênese adrenal *Hormônios adrenocorticais são derivados do colesterol, que é sintetizado a partir de moléculas de acetil-CoA → as células da adrenal são ricas em receptores de LDL, que facilita o processo de captação de colesterol, transportado por essas lipoproteínas *Para que essa captação ocorra, o ACTH é liberado → além disso, esse hormônio regula a hidrólise dos ésteres de colesterol, que passa a ser estocado em vacúolos citoplasmáticos → conforme a necessidade das células, o citosol é disponibilizado para a síntese de hormônios esteroides Aldosterona *Principal mineralocorticoide secretado pelas adrenais *Aumenta a reabsorção tubular renal de sódio e a secreção de potássio → atua também nas glândulas sudoríparas, salivares e intestinais *Aumenta a secreção de íon hidrogênio *Regulação da secreção de aldosterona → elevação dos íons potássio – aumento da secreção de aldosterona → elevação de angiotensina II – aumento da secreção de aldosterona → ACTH: necessário, porém apresenta pequeno efeito no controle da secreção Cortisol e suas funções o eixo HPA (hipotálamo-hipófise-suprarrenal) inicia com o hormônio liberador de corticotrofinas (CRH), que é secretado no sistema porta hipotalâmico- hipofisário e transportado até a adeno-hipófise o CRH estimula a secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) este, por sua vez, atua no córtex da glândula suprarrenal para promover a síntese e a liberação de cortisol o cortisol, então, atua como um sinal de retroalimentação negativa, inibindo a secreção de ACTH e de CRH aumento do volume do LEC e da pressão arterial FUNÇÕES *Atuação sobre o sistema imunitário → inibe a sua função por meio de múltiplas vias → evita a liberação de citocinas e a produção de anticorpos pelos leucócitos, além de inibir a resposta inflamatória pela diminuição da mobilidade e migração dos leucócitos *Promover a gliconeogênese no fígado → aumenta as enzimas necessárias para a conversão de aminoácidos em glicose pelas células hepática → provoca a mobilização de aminoácidos a partir dos tecidos extra-hepáticos, principalmente dos músculos → antagoniza os efeitos da insulina para inibir a gliconeogênese no fígado *Ocasionar o catabolismo de proteínas nos músculos → objetivo de fornecer substrato à gliconeogênese *Aumenta a lipólise → como resultado, há disponibilização de ácidos graxos aos tecidos periféricos para a produção de energia METABOLISMO DE CARBOIDRATOS *Aumento da gliconeogênese pelo fígado → crescimento em quantidade das enzimas necessárias para a conversão de aminoácidos em glicose pelas células hepáticas *Mobilização de aminoácidos a partir dos músculos *Diminuição da utilização da glicose pelas células extra- hepáticas → menor translocação dos transportadores de glicose (GLUT 4) dificulta a entrada da glicose nos tecidos → depressão da oxidação de NADH em NAD+ (glicólise) → aumento dos ácidos graxos, que dificulta a ação da insulina → como consequência, há o aumento da glicemia, resultando num quadro de “diabetes adrenal” METABOLISMO PROTEICO *Diminuição do depósito e da síntese de proteínas e aumento do catabolismo de proteínas em tecidos periféricos (disponibilização para a gliconeogênese) *Aumento da síntese de proteínas pelo fígado e promoção da gliconeogênese *Aminoácidos tornam-se menos disponíveis para as células extra-hepáticas → pessoas que apresentam excesso de cortisol podem exibir fraqueza muscular METABOLISMO LIPÍDICO *Aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo a partir da lipólise (quebra de triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol → esse cenário resulta na utilização, pelas células, de glicerolfosfato para a gliconeogênese *Aumento da expressão da enzima LIPASE HORMÔNIO SENSÍVEL (LHS) responsável por quebrar triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol → aumento da expressão = maior quantidade da enzima *Aumento da concentração de ácidos graxos no plasma e da utilização destes para a energia *Em caso de excesso de cortisol, pode ocorrer um quadro de obesidade → deposição de gordura no tórax e na cabeça RESISTÊNCIA AO ESTRESSE E À INFLAMAÇÃO *Exemplos de estresse: trauma, infecção, calor e frio intensos, cirurgia, restrição de movimentos e doenças debilitantes *Bloqueio de estágios iniciais de inflamação em tecidos lesados → inflamação é resolvida por meio do aumento da velocidade de regeneração tecidual *Efeito sobre os lisossomas → promoção da estabilidade da membrana lisossomal: diminuição da liberação de enzimas proteolíticas no local da lesão → redução da migração leucocitária para a área inflamada *Diminuição da permeabilidade dos capilares – impede a perda de plasma para os tecidos (auxilia na regeneração) *Supressão do sistema imunológico → reduz a produção de linfócitos T, o que resulta em diminuição das reações teciduais que promovem o processo inflamatório *Atenuação da febre → redução da produção de interleucina 1 a partir dos leucócitos *Bloqueio da resposta inflamatória a reações alérgicas, bem como de outros tipos de respostas inflamatórias *Redução do número de eosinófilos e de linfócitos Medula adrenal *O principal hormônio liberado é a epinefrina (adrenalina) → em menor intensidade, a norepinefrina (noradrenalina) também é liberada a medula desenvolve-se a partir do mesmo tecido embrionário que origina os neurônios simpáticos e é uma estrutura neurossecretora essa porção das glândulas suprarrenais é descrita frequentemente como um gânglio simpático modificado os neurônios pré-ganglionaressimpáticos projetam- se da medula espinal para a medula da glândula suprarrenal, onde fazem sinapse contudo, os neurônios pós-ganglionares, denominados CÉLULAS CROMAFINS, não possuem axônios secretam o neuro-hormônio epinefrina diretamente no sangue em resposta a sinais de alerta provenientes do SNC, a medula da glândula suprarrenal libera grandes quantidades de adrenalina para ser distribuída por todo o corpo, como parte da resposta de luta ou fuga estímulos: percepção de perigo ou de lesão, ansiedade, trauma, etc. Anormalidades na secreção da adrenal HIPOADRENALISMO / INSUFICIÊNCIA ADRENAL / DOENÇA DE ADDISON *Resulta da incapacidade do córtex adrenal de produzir hormônios adrenocorticais suficientes – ocasionado, na maioria das vezes, por atrofia primária ou lesão do córtex adrenal *A hipofunção adrenal também é frequentemente causada por destruição tuberculosa das adrenais ou por invasão do córtex por câncer *Caso haja, por alguma razão, comprometimento da função da glândula hipófise, pode ocorrer falha na produção de ACTH de forma suficiente → nesse cenário, a produção de cortisol e aldosterona diminui, e, eventualmente, as glândulas adrenais podem atrofiar devido à falta de estímulo do ACTH *Pode ocorrer deficiência de aldosterona ou deficiência de glicocorticoides HIPERADRENALISMO / SÍNDROME DE CUSHING *Cascata complexa de efeitos hormonais devido à hipersecreção pelo córtex adrenal *Pode ocorrer por múltiplas causas → adenomas da hipófise anterior que secretam grande quantidade de ACTH, o que causa, então, hiperplasia adrenal e secreção excessiva de cortisol → função anormal do hipotálamo, que resulta em altos níveis de hormônio liberador de corticotropina, que estimula a secreção de ACTH → “secreção ectópica” de ACTH por tumor em alguma outra parte do corpo, como no carcinoma abdominal → adenomas do córtex adrenal *A disfunção na adrenal resulta em excesso de cortisol e excesso de androgênios HIPERADRENALISMO / SÍNDROME DE CONN *Também chamada de aldosteronismo primário *Resultado de um pequeno tumor das células da zona glomerulosa que secreta grandes quantidades de aldosterona *Os efeitos mais importantes do excesso de aldosterona são hipocalemia, alcalose metabólica leve, ligeira redução do volume de líquido extracelular e sangue, aumento muito pequeno na concentração plasmática de sódio e, quase sempre, hipertensão HIPERADRENALISMO / SÍNDROME ADRENOGENITAL *Ocasionalmente, o tumor adrenocortical secreta quantidades excessivas de androgênios, causando intensos efeitos masculinizantes em todo o corpo *Caso esse fenômeno ocorra em uma mulher, esta desenvolverá características viris, incluindo o crescimento de barba, a masculinização da voz, ocasionalmente calvície (se tiver o traço genético para essa condição), distribuição masculina dos pelos corporais e pubianos, o crescimento do clitóris (assemelhando-se a um pênis), e a deposição de proteínas na pele e especialmente nos músculos, gerando características masculinas típicas Pâncreas *Dividido em duas porções *PORÇÃO ENDÓCRINA: formada pelas ILHOTAS DE LANGERHANS → secreção de insulina e glucagon → CÉLULAS : secretam insulina no fígado, ocorre a produção de INSULINASE, que degrada insulina, reduzindo seus níveis plasmáticos → CÉLULAS : secretam glucagon → CÉLULAS : secretam somatostatina → CÉLULAS SECRETORAS DO POLIPETÍDEO PANCREÁTICO *PORÇÃO EXÓCRINA: formada pelos ÁCINOS PANCREÁTICOS → secreção de enzimas digestivas e bicarbonato Células do pâncreas as ilhotas de Langerhans contêm quatro tipos distintos de células, cada um associado à secreção de um ou mais hormônios peptídicos a secreção de insulina pode ser iniciada por sinais provenientes do sistema nervoso ou por um hormônio secretado pelo trato digestório após uma refeição aumento da quantidade de glicose no sangue possibilita que os receptores de estiramento do trato digestório enviem uma mensagem para o SNC outra mensagem é enviada ao pâncreas: as células - pancreáticas – o centro integrador para essas vias reflexas – devem, portanto, avaliar sinais de entrada vindos de múltiplas fontes quando “decidirem” secretar insulina a insulina atinge os órgãos-alvo que apresentam receptores, assim, há aumento da captação e da utilização de glicose, com consequente redução da glicose no sangue Insulina *A insulina é secretada a partir de → ingestão alimentar (glicose e aminoácidos) → hormônios gastrointestinais → estímulos colinérgicos *Tecidos dependentes de insulina: músculo, tecido adiposo e fígado *Efeitos da insulina (vias anabólicas) → efeito anabólico e antilipolítico (evita a lipólise) → diminuição dos níveis plasmáticos de glicose, ácidos graxos, cetoácidos, glicerol e aminoácidos → captação de glicose e armazenamento do glicogênio muscular e hepático → conversão de glicose em ácidos graxos → inibição da gliconeogênese hepática → promoção da síntese e do armazenamento de proteínas → captação celular de aminoácidos, potássio, fosfato e magnésio *Deficiência na produção de insulina - consequências → hiperglicemia → perda de massa magra e de tecido adiposo (devido à não utilização da glicose como fonte de energia) → aumento da concentração de colesterol e fosfolipídios plasmáticos → utilização excessiva de gorduras: cetose e acidose metabólica → depleção de proteínas e aumento dos aminoácidos plasmáticos → atraso do crescimento (insulina atua em conjunto com GH para promover o crescimento) NO CÉREBRO *A insulina apresenta pouco efeito na captação ou na utilização de glicose (não é um tecido dependente de insulina) *Os receptores (GLUT) presentes no cérebro têm Km baixo → isso indica que a presença de uma pequena quantidade de glicose já promove a absorção pelo tecido (isso não acontece em outros tecidos) → dessa forma, o cérebro consegue captar a glicose mais facilmente RECEPTOR DE INSULINA para começar a exercer seus efeitos nas células-alvo, a insulina, inicialmente, liga-se e ativa um receptor proteico de membrana – o receptor ativado é o responsável pelos efeitos subsequentes o receptor de insulina é a combinação de quatro subunidades que se mantêm unidas por meio de ligações dissulfeto: duas subunidades alfa, que se situam inteiramente do lado externo da membrana celular, e duas subunidades beta, que penetram através da membrana, projetando-se no citoplasma celular a insulina se acopla às subunidades alfa do lado externo da célula, mas, devido às ligações com as subunidades beta, as porções das subunidades beta que se projetam para o interior da célula são autofosforiladas a autofosforilação das subunidades beta do receptor ativa uma TIROSINA QUINASE local, que, por sua vez, causa fosforilação de diversas outras enzimas intracelulares, inclusive do grupo chamado substratos do receptor de insulina (IRS) o efeito global é a ativação de algumas enzimas e, ao mesmo tempo, a inativação de outras – dessa maneira, a insulina dirige a maquinaria metabólica intracelular, de modo a produzir os efeitos desejados no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas os transportadores de glicose são translocados para a membrana celular, para facilitar a entrada da glicose na célula LIBERAÇÃO DE INSULINA PELAS CÉLULAS mecanismos celulares básicos da secreção de insulina pelas células betapancreáticas, em resposta ao aumento da concentração da glicose sanguínea (controlador primário da secreção de insulina) as células beta contêm um grande número de transportadores de glicose (GLUT 2), que permitem influxo de glicose proporcionalà concentração plasmática na faixa fisiológica uma vez nas células, a glicose é fosforilada pela glicocinase em glicose-6-fosfato – etapa limitante para o metabolismo da glicose nas células beta e principal mecanismo sensor de glicose e de ajuste da quantidade de insulina secretada em relação aos níveis de glicose plasmática a glicose-6-fosfato é, subsequentemente, oxidada, de modo a formar ATP, que inibe os canais de potássio sensíveis ao ATP da célula o fechamento dos canais de potássio promove o aumento da quantidade de potássio na célula, de forma que o aumento de cargas positivas resulta em despolarização da membrana celular, abrindo, consequentemente, os canais de cálcio dependentes de voltagem, que são sensíveis às alterações da voltagem da membrana isso produz influxo de cálcio, que estimula a fusão das vesículas que contêm insulina com a membrana celular e posterior secreção da insulina no líquido extracelular por meio de exocitose Glucagon *Secretado quando os níveis glicêmicos estão baixos *Inibido pelo aumento dos níveis de glicose *Ações → estímulo da glicogenólise hepática → estímulo da gliconeogênese (formação de glicose por meio de intermediários não glicolíticos) → estímulo da -oxidação (por meio da ativação da lipase hormônio sensível – converte triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol) e da cetogênese → estímulo do aumento dos níveis plasmáticos de glicose, ácidos graxos e cetoácidos *Sua secreção é induzida por jejum e exercícios → inibida por aumento dos níveis de glicose, ácidos graxos e insulina Diabetes Melito *Síndrome e do metabolismo defeituoso de carboidratos, lipídios e proteínas, causada tanto pela ausência de secreção de insulina como pela diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina DIABETES TIPO I *Lesão das células beta do pâncreas ou doenças que prejudiquem a produção de insulina (infecções virais e doenças autoimunes) podem levar ao diabetes tipo 1 *A ausência de insulina reduz a eficiência da utilização periférica da glicose e aumenta a produção de glicose, elevando a glicose plasmática → como consequência, há perda de glicose na urina (glicose chega aos túbulos renais em quantidade maior do que pode ser reabsorvida), desidratação, injúria tecidual, aumento da utilização de lipídios e acidose metabólica (devido ao excesso de cetoácidos, que, por sua vez, em associação à desidratação causada pela formação excessiva de urina, pode provocar acidose grave) e depleção de proteínas do organismo *Dependente de insulina *Hereditariedade *Comum que apareça aos 14 anos (“juvenil”), mas pode ocorrer em qualquer idade) DIABETES TIPO II *Associado ao aumento da concentração de insulina plasmática (hiperinsulinemia) → resposta compensatória das células betapancreáticas à resistência à insulina, uma sensibilidade diminuída dos tecidos-alvo aos efeitos metabólicos da insulina (menor número de receptores e problemas nas vias de sinalização) → a redução da sensibilidade à insulina prejudica a utilização e o armazenamento dos carboidratos, elevando o nível da glicose sanguínea e estimulando o aumento compensatório da secreção de insulina *Redução na sensibilidade à insulina (“resistência”) *Mais comum (90% dos casos) *Costuma ocorrer depois dos 30 anos *Prejudica o armazenamento de carboidratos *Vinculado ao excesso de ganho de peso e à obesidade *Alteração na resposta à insulina pode estar vinculada ao acúmulo de lipídios nos tecidos associado ao excesso de peso *Consequências: aterosclerose (mobilização de ácidos graxos e formação de colesterol)
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