Buscar

TRABALHO ANATOMIA SISTEMA DIGESTÓRIO

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Henrique Bezerra Inácio – 202103229662
Joana Pereira Lima Roque – 202102634611
Marcos Aurélio Santos de Almeida – 202103694421
Pablo Lemos Bastos – 201703406541
Rebecca Pereira de Mattos Faro – 202102628792
Vinicius Sarandy Alcantara – 202102193419
TRABALHO DE ANATOMIA DOS SISTEMAS ORGÂNICOS
SISTEMA DIGESTÓRIO
RIO DE JANEIRO 2021
INTRODUÇÃO AO SISTEMA DIGESTÓRIO
Os órgãos do sistema digestório são especializados em digestão e absorção de alimentos. O sistema digestório consiste em um trato gastrointestinal tubular e órgãos digestórios anexos.
Os alimentos são utilizados em nível celular, onde os nutrientes são necessários para as reações químicas que envolvem a síntese de enzimas, divisão e crescimento celular, reparos e a produção de energia térmica.
A maioria dos alimentos que nós ingerimos, entretanto, não é satisfatória para a utilização celular até que seja mecânica e quimicamente reduzida a formas que possam ser absorvidas através da parede intestinal e possam ser transportadas para as células pelo sangue. 
De fato, uma grande porção desses alimentos não é digerida e passa pelo corpo como material dispensável.
A principal função do sistema digestório consiste em preparar o alimento para ser utilizado pelas células. Isso envolve as seguintes atividades funcionais:
• Ingestão - a introdução do alimento na boca
• Mastigação - movimentos mastigatórios para reduzir o tamanho do alimento e misturá-lo com a saliva
• Deglutição - ato de engolir o alimento deslocando-o da boca para a faringe e esôfago
• Digestão - desdobramento mecânico e químico do material alimentar para prepará-lo para a absorção
• Absorção - a passagem das moléculas do alimento através da túnica mucosa do intestino delgado para o sangue ou para a linfa a fim de distribuí-lo às células
• Peristaltismo - contrações rítmicas intestinais semelhantes a ondas que movimentam o alimento através do trato gastrointestinal
• Defecação - a eliminação dos resíduos indigestos, chamados fezes, do trato gastrointestinal.
Membranas serosas e Tunicas do trato gastrointestinal
 
 A membrana serosa, é uma membrana úmida formada por uma delgada camada de células epiteliais, apoiada sobre um fino tecido conjuntivo, sendo responsável por revestir as cavidades do corpo. A camada que forra a parede da cavidade é conhecida como parietal, enquanto que a camada responsável por revestir a superfície externa dos órgãos, é conhecida como visceral. As células da serosa produzem um fluído seroso, que é responsável por lubrificar as superfícies de ambas as camadas (parietal e visceral), fazendo com que diminua o atrito entre os órgãos e a parede da cavidade corporal. Esta membrana recebe o nome de acordo com o local e os órgãos que recobre. Por exemplo, a serosa responsável por revestir as alças intestinais, recebe o nome de peritônio.
 Camadas do trato gastrointestinal 
Mucosa: epitélio + lâmina própria +muscular da mucosa + nódulos linfócitos (as vezes). Sua função é promover uma barreira seletiva e permeável para passagem de nutrientes, promover a absorção de produtos da digestão, produzir hormônios que regulam a atividade do sistema digestivo, produção de motilidade e defesa imune.
Submucosa: suporte da mucosa.
Muscular túnica: movimentos involuntários para funcionamento do sistema.
Serosa: sustenta as camadas anteriores é revestida pelo mesotélio, que é uma camada de tecido conjuntivo frouxo revestida por um epitélio pavimentoso simples.
 Inervação do trato gastrointestinal 
Simpática: formada por 4 gânglios (celíaco, mesentérico superior e inferior, hipogástrico). Ele inerva praticamente todas as partes do tubo gastrointestinal e inibe a atividade do tubo, efeito oposto ao parassimpático, podendo bloquear por completo o trânsito de alimentos. 
Parassimpática: formada pelos plexos mucoso e mioentérico, controla as funções contráteis secretoras e endócrinas do trato gastro intestinal.
Boca faringe e estruturas associadas:
Boca: Responsável por receber o alimento e diminuir o tamanho das partículas para que possa ser digerida e absorvida mais facilmente, além de misturá-lo com saliva. A boca ou cavidade oral, inclui os lábios, as bochechas, os dentes, a gengiva, a língua e o palato. Com exceção dos dentes, a boca é revestida pelo epitélio pavimentoso estratificado, com uma submucosa presente em certas regiões. Os lábios possuem três regiões: (1) a região cutânea, (2) a região vermelha, e (3) a região da mucosa oral.
A região cutânea é revestida por pele delgada (epitélio pavimentoso estratificado queratinizado) e derme com glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos. 
A região vermelha é revestida por epiderme sustentado por papilas dérmicas altas contendo vasos sanguíneos responsáveis pela cor dessa região.
 A região da mucosa oral é contínua com a mucosa das bochechas e das gengivas.
Língua
Órgão localizado na cavidade oral, responsável pela: fala, paladar, mastigação e deglutição. Seus músculos são intrínsecos (longitudinal superior e inferior, transverso e vertical) e extrínsecos (genioglosso, hioglosso, estiglosso e palatoglosso)
Sua inervação é motora (todos os músculos são intervalos pelo hipoglosso, exceto o músculo palatoglosso que é intervalo pelo nervo vago) e sensitiva (nervo glossofaringeo, nervo lingual e nervo facial).
Dentes
Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. 
Glândulas salivares 
As glândulas salivares são órgãos acessórios que fazem parte do sistema digestório dos seres humanos. Os seres humanos possuem três pares de glândulas salivares.
 
Tipos e localização
- parótidas: estão localizadas adiante e abaixo das orelhas, entre o músculo masseter e a cútis.
 - submandibulares: localizadas no soalho da boca, sob a raiz da língua.
 - sublinguais: localizada na região anterior às glândulas submandibulares.
 
Função das glândulas salivares
 Elas possuem a importante função de liberar um líquido chamado de saliva. Esta é formada por 99,5% de água e 0,5% de solutos. A saliva possui uma importante função de atuar na dissolução dos alimentos, possibilitando que estes possam ser degustados. A saliva também dá início ao processo de digestão dos alimentos. Uma das enzimas presentes na saliva é a amilase salivar, que é responsável por começar o processo de digestão dos carboidratos na boca. Outra enzima, também muito importante, presente na saliva é a lisozima. Esta enzima atua no combate às bactérias presentes na boca, protegendo-a contra infecções. A lisozima também é importante para evitar a formação e desenvolvimento de cáries nos dentes. 
 
Faringe 
 A faringe é o órgão que faz a ligação entre o sistema digestório e o sistema respiratório é um tubo muscular e membranoso que se comunica com a boca pelo istmo da garganta e na outra extremidade com esôfago. O alimento depois de mastigado percorre a faringe. No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago. A penetração do alimento nas vias respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que fecha o orifício de comunicação com a laringe.
ESÔFAGO
O esôfago é a porção do trato GI que conecta a faringe com o estômago. É um órgão tubular colapsado, com 25 cm de comprimento, origina-se no nível da laringe e se coloca posteriormente à traquéia. O esôfago está localizado no interior do mediastino do tórax e passa pelo diafragma logo acima de sua abertura no estômago. Essa abertura é chamada de hiato esofágico. O esôfago está revestido com epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, suas paredes contêm ambas as musculaturas esquelética e lisa dependendo da localização. O terço superior do esôfago contém músculo esquelético; o terço médio, uma combinação de músculo esquelético e liso; e a porção terminal, apenas músculo liso.
O esfíncter inferior do esôfago (gastroesofágico) é um simples espessamento dasfibras musculares circulares na junção do esôfago com o estômago. Depois que o alimento ou o líquido passam para o estômago, esse esfíncter contrai para impedir que o conteúdo do estômago volte para o esôfago. 
ESTÔMAGO
O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, imediatamente abaixo do diafragma. Tipicamente em forma de J quando vazio, o estômago é contínuo com o esôfago superiormente e se abre na porção duodenal do intestino delgado, inferiormente. No estômago, que serve como “órgão controle” do alimento ingerido, este é misturado mecanicamente com as secreções gástricas para formar um material pastoso chamado quimo. Uma vez formado, o quimo é removido do estômago para o intestino delgado. O estômago é dividido em quatro regiões: cárdia, fundo, corpo e pilórica. O cárdia é a região superior estreita imediatamente abaixo do esfíncter inferior do esôfago. O fundo é a porção em forma de cúpula à esquerda e em contato direto com o diafragma. O corpo é a porção central grande, e a região pilórica é a porção terminal em forma de funil. O esfíncter pilórico é o músculo circular modificado na extremidade da região pilórica, onde se une com o intestino delgado. Essa junção é justamente a que regula o movimento do quimo para o interior do intestino delgado e impede o refluxo. O estômago tem duas faces e duas margens. As faces amplamente arredondadas são denominadas de anterior e posterior. A margem côncava medial é a curvatura menor e a margem convexa lateral é a curvatura maior. O omento menor se estende entre a curvatura menor e o fígado, e o omento maior está fixo à curvatura maior. A parede do estômago é constituída pelas mesmas quatro túnicas encontradas em outras regiões do trato GI, com duas modificações principais: uma camada muscular oblíqua extra está presente na túnica muscular, e a mucosa apresenta numerosas pregas longitudinais, chamadas pregas gástricas ou rugas gástricas que permitem a distensão do estômago. 
Intestino Delgado 
O intestino delgado é a maior parte do aparelho digestivo. Ele se estende desde o estômago (piloro) até o intestino grosso (ceco) e consiste em três partes: duodeno, jejuno e íleo. As principais funções do intestino delgado são completar a digestão da comida e absorver os alimentos, permitindo que os minerais, as vitaminas e nutrientes sejam aproveitados pelo organismo. 
O intestino delgado se divide em três segmentos onde os nutrientes dos alimentos são absorvidos para a corrente sanguínea. Eles constituem a maior parte do comprimento do intestino delgado: 
O duodeno, por definição, é a primeira parte do intestino delgado. Ele se estende do esfíncter pilórico do estômago, contorna a cabeça do pâncreas em um formato de C e termina na flexura duodenojejunal. Esta flexura está ligada à parede abdominal posterior por uma prega peritoneal denominada músculo suspensório (ligamento) do duodeno. 
O jejuno é a segunda parte do intestino delgado. Ele começa na flexura duodenojejunal e se localiza no quadrante superior esquerdo do abdome. O jejuno é todo intraperitoneal, já que o mesentério o conecta à parede abdominal posterior. 
O íleo é a parte mais longa do intestino delgado. Ele é encontrado no quadrante inferior direito do abdome, enquanto o íleo terminal pode se estender até a cavidade pélvica. O íleo termina no orifício ileal (junção ileocecal), onde o ceco do intestino grosso começa. 
Histologicamente, o intestino delgado tem quatro camadas. De interno para externo, elas são: mucosa, submucosa, musculas externa e serosa. Várias características do intestino delgado agem para aumentar consideravelmente sua superfície de absorção:
· três metros de comprimento do intestino delgado. 
· As pregas circulares são grandes pregas macroscópicas de mucosa 
· Vilos intestinais são extensões de mucosa intestinal em formato de dedos de luva que se projetam no lúmen do intestino delgado. Entre os vilos existem glândulas intestinais que secretam suco intestinal rico em enzimas 
· Microvilos são projeções encontradas na superfície apical de cada célula intestinal (enterócito). 
Intestino Grosso 
O intestino grosso, também conhecido como cólon, representa a última parte do trato gastrointestinal. Ele se estende por toda a cavidade abdominal e pélvica, e possui um comprimento de aproximadamente 1,5 metros. O intestino grosso é o local onde as fezes são formadas através da reabsorção da água presente no conteúdo intestinal. Além de seu papel na formação, armazenamento e subsequente eliminação das fezes, o intestino grosso abriga ainda uma extensa microflora, que é essencial para a nossa sobrevivência. 
O intestino grosso é estruturalmente dividido em ceco, cólon, reto. 
Ceco 
Tem a forma de um saco com cerca de 5 cm, é a primeira parte do intestino grosso, onde os resíduos alimentares, já constituindo o bolo fecal, passam ao cólon. 
Cólon 
É a maior parte do intestino grosso. Se subdivide em 4 partes: o cólon ascendente, o cólon transverso o cólon descendente e a curva sigmoide. 
Reto 
É a parte final do intestino grosso, e termina com o canal anal que se comunica com o exterior através do ânus, por onde são eliminados os resíduos fecais. 
O intestino grosso absorve a água e os sais minerais que o intestino delgado não assimilou na digestão. O material que não foi digerido, forma as fezes que são acumuladas no reto (parte final do intestino grosso) e posteriormente empurradas por movimentos peristálticos para fora, através do canal do ânus.
Fígado, vesícula e pâncreas 
São órgãos essenciais para o processo de nutrientes e eles, com exceção da vesícula, funcionam como glândulas. O fígado processa os alimentos e secreta a bile que é armazenada na vesícula. O pâncreas, basicamente, possui uma função hormonal exócrina e endócrina. 
Sendo o maior órgão interno do corpo humano, o fígado possui aproximadamente 1,3Kg em um adulto. Sua cor é um marrom bem avermelhado, por consequência de sua grande vascularização. O fígado possui 4 lobos (lobo esquerdo, lobo direito, lobo caudado e lobo quadrado) e 2 ligamentos (ligamento falciforme e ligamento redondo do fígado)
A vesícula biliar é um órgão localizado inferiormente ao fígado. A função desse órgão é armazenar e concentrar a bile. A bile é um líquido verde amarelado que contém sais biliares chamados de bilirrubina, colesterol, e outros compostos. A vesícula biliar recebe suprimento sanguíneo através da artéria hepática direita, e o sangue venoso retorna através da veia cística. 
Exposição do Desenvolvimento
 A formação do trato digestivo inicia-se por volta da quarta semana de desenvolvimento embrionário em consequência do dobramento cefalocaudal e lateral do embrião, quando parte da cavidade vitelina, revestida por endoderma, é incorporada ao corpo do embrião, formando o intestino primitivo, dividido, para em intestino anterior, intestino médio e intestino posterior.
. Intestino anterior	
São formados por esôfago, faringe, estômago, uma parte do duodeno, pâncreas, fígado e a vesícula biliar.
O estômago aparece inicialmente como uma dilatação alongada do intestino anterior. A porção caudal do intestino anterior e a porção cranial do intestino médio formam o duodeno. O fígado e o pâncreas originam-se da parede do Duodeno como pequenos brotos hepático e pancreático, respectivamente.
. Intestino médio
O intestino médio apresenta ampla comunicação com o saco vitelino no embrião jovem. À medida que se desenvolve ocorre redução relativa do tamanho do saco vitelino, e o intestino médio forma uma alça em forma de U, persistindo uma diminuta comunicação com o saco vitelino, o chamado pedículo vitelínico. A alçado intestino médio cresce desproporcionalmente ao crescimento do embrião, de tal maneira que os intestinos não cabem na cavidade abdominal.
. Intestino posterior
O intestino posterior estende-se do terço distal do cólon transverso até́ a membrana cloacal, porção inicialmente comum aos sistemas urinário e digestório. Todos os derivados do intestino posterior são supridos pela artéria mesentérica inferior. A junçãoentre o segmento do colo transverso derivado do intestino médio e aquele que se origina do intestino posterior é indicada pela mudança na circulação sanguínea de um ramo da artéria mesentérica superior (artéria do intestino médio) para um ramo da artéria mesentérica inferior (artéria do intestino posterior).

Continue navegando