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NEUROTRANSMISSORES DESCOBERTA DOS NEUROTRANSMISSORES - por Otto Loewi, 1921 - experimento com coração de sapos → um deles era inervado pelo nervo vago (que faz parte do SNA parassimpático → diminuição da frequência cardíaca) e o outro não - conclusão: nos terminais sinápticos, onde o nervo vago fazia sinapse com as céls cardíacas, ocorria a liberação de alguma molécula (que também era passada para o compartimento do outro coração, pois havia comunicação entre eles) → produção do mesmo efeito (causado pela molécula, não diretamente pelo nervo) - neurotransmissores: transmissão de informação de uma célula para outra → céls excitáveis (músc cardíaco e esquelético, vasos sanguíneos - músc liso → contração e dilatação) - dependentes de moléculas para realizarem sua função CRITÉRIOS PARA DEFINIR UM NEUROTRANSMISSOR TÍPICO - estar presente no interior do terminal pré-sináptico (na maioria das vezes armazenado em vesículas) - ser liberado em resposta à despolarização pré-sináptica e ser dependente do influxo de Ca+2 - apresentar receptores específicos na membrana pós-sináptica obs. neurotransmissores/neuromoduladores atípicos - ex. óxido nítrico (gás - não é armazenado em vesículas, é produzido rapidamente no terminal pré-sináptico e já se difunde pelas membranas) ex. CO, H2S (este pode ser encontrado armazenado em vesículas) - gasosos como são gasosos, têm ação em ambas as céls (pré e pós- sinápticas) CLASSIFICAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES → ACETILCOLINA - primeiro neurotransmissor a ser descoberto → NEUROPEPTÍDEOS SUBS P NEUROTENSINA GLUCAGON NPY → AMINOÁCIDOS GLUTAMATO - excitatório, mas pode agir de forma inibitória (visão) ASPARTATO - excitatório GABA - inibitório GLICINA - inibitório → PURINAS - substratos energéticos ATP ADENOSINA → AMINAS BIOGÊNICAS CATECOLAMINAS → modulação do SNA simpático DOPAMINA - prazer NORADRENALINA ADRENALINA INDOLAMINA SEROTONINA - prazer (pós atividade física, por ex.) - os déficits de serotonina podem levar à depressão IMIDAZOLAMINA HISTAMINA → GASES - retrotransmissão (transmissão tanto para a cél pré- sináptica quanto para a pós) NO - vasodilatador (usado em alguns fármacos para ereção peniana); neurotransmissor - relação com a doença de Parkinson (quadro inflamatório e degeneração das céls dopaminérgicas → ação prejudicial do NO) CO H2S - pode ser encontrado armazenado em vesículas obs. CO e H2S modulam juntamente a temperatura corporal → OPIÓIDES - atuação nas sensações dolorosas (controle da dor) ENCEFALINA DINORFINA → ENDOCANABINÓIDES - retrotransmissão - lipídios derivados do ácido araquidônico - produzidos e liberados por neurônios - passam facilmente pela membrana plasmática (lipofílicos) - THC, canabidiol - utilizados para lesões no SNC, para contenção de crises convulsivas, efeito antiemético… obs. utilização na forma medicamentosa, principalmente a nível periférico, não há efeito psicotomimético (uso da planta como cigarro) do THC - diminuição de dor e estresse de pacientes terminais de câncer... obs. uma mesma molécula pode ter ação tanto inibitória quando excitatória - depende do local do receptor (em qual sistema está situado) ex. acetilcolina - diminui a frequência cardíaca e aumenta a contração musculoesquelética → receptores diferentes = efeitos diferentes quem vai determinar a ação da molécula (se excitatória ou inibitória) é o receptor SÍNTESE DE NEUROTRANSMISSORES → NEUROTRANSMISSORES - podem ser produzidos parcialmente no RE e no CG do corpo celular do neurônio - podem ser encaminhados (com enzimas) via fluxo axoplasmático até o terminal pré-sináptico - no terminal pré-sináptico, essas enzimas têm ações específicas em moléculas específicas, as quais serão transformadas em neurotransmissores e armazenadas em vesículas → NEUROPEPTÍDEOS - síntese de enzimas e de precursores de neuropeptídeos - armazenados em vesículas já no CG - também sofrem o transporte axoplasmático e chegam ao terminal pré-sináptico - no terminal pré-sináptico: transformação (ação das enzimas sobre os precursores) do neurotransmissor, que estava armazenado em vesícula, em neuropeptídeo → LIPÍDEOS E GASES - atípicos - produção no terminal pré-sináptico - retrotransmissão obs. transmissores/moduladores - não são produzidos propriamente no neurônio (neuromoduladores), são produzidos nas céls da glia, por ex. INATIVAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES - não é interessante que os neurotransmissores se mantenham na fenda sináptica (para não ocorrer reverberação, ou seja, a continuação do efeito por muito tempo) → pode ocasionar prejuízos para a cél (como internalização dos receptores pós-sinápticos) Formas de inativação: 1. DIFUSÃO DE MOLÉCULAS PARA FORA DA FENDA - não têm mais receptor para se acoplarem - não possuem mais ação nesse sistema 2. AUTORRECEPTORES (terminal pré-sináptico) - onde o neurotransmissor pode se ligar - diminuição da condutância (g) ao cálcio - menos cálcio vai passar para o interior da cél → consequente inibição da exocitose de neurotransmissores - aumento da condutância de potássio → se abertura de canal - a tendência do K é efluxo (sair da cél), visto que é mais concentrado no meio intra do que no extracelular → aumento do efluxo de K - valência positiva → cél: perda de carga positiva - o potencial de membrana hiperpolariza (fica mais difícil de atingir o limiar de excitabilidade) 3. RECAPTAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES - transportação do neurotransmissor da fenda para o interior da cél pré- sináptica - recaptação via cél pré-sináptica 4. CAPTAÇÃO EXTRANEURONAL - neurotransmissor captado por céls da glia 5. DEGRADAÇÃO ENZIMÁTICA - enzimas (tanto presentes na membrana da cél pré quanto da cél pós-sináptica) quebram as moléculas de neurotransmissores - ex. quebra da acetilcolina - a porção colina (que fica na fenda sináptica) é recaptada pela cél pré-sináptica para posteriormente produzir mais acetilcolina (recaptação via cél pré- sináptica) 6. RÁPIDA INATIVAÇÃO DOS RECEPTORES (DESSENSIBILIZAÇÃO) - ocorre em casos de muito estímulo na região da fenda sináptica - ex. excesso de neurotransmissores - dessensibilização e consequentemente internalização dos receptores (na cél pós-sináptica)
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