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TCC - BULLYING (3)

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BULLYING E O CYBERBULLYING NAS ESCOLAS: UM PERIGO PARA A SOCIEDADE
 
 
 
	
PARNAÍBA-PI
2020
BULLYING E O CYBERBULLYING NAS ESCOLAS: UM PERIGO PARA A SOCIEDADE
PARNAÍBA-PI
2020
RESUMO
O presente trabalho tem como maior escopo a concepção de evidenciar uma perspectiva sobre bullying e o cyberbullying (bullying virtual), em que foram entrevistados 56 discentes de uma escola privada, da cidade de Parnaíba-Piauí no período de março de 2020, onde estes alunos estavam cursando o 9º Ano nos turnos matutino e vespertino. No decorrer deste trabalho, foram propostos: contexto histórico do bullying, saber o que é o bullying e o cyberbullying, seus principais personagens analisando se os alunos têm conhecimento sobre o Bullying e o Cyberbulying, o que os pais, responsáveis e instituição de ensino fizeram quando ficaram sabendo da situação que se encontram vários desses alunos, visto que esse é um dos principais assuntos da atualidade, pois alunos estão sendo humilhados, aterrorizados e até mesmo espancados por outros adolescentes que se acham melhores do que eles. Como metodologia adotada, foi realizado um questionário de 12 (doze) questões de múltipla escolha sobre o tema de bullying e Cyberbullying, para analisar como a escola, pais ou responsáveis se comportam perante esse tema e quais foram suas atitudes tomadas quando informados.
PALAVRAS- CHAVES: violência; humilhação; valores; bullying; cyberbullying.
ABSTRACT
This work has the most scope to design shows a perspective on bullying and cyberbullying ( bullying virtual ) , in which 56 students were interviewed private School, the Parnaíba - Piauí from March 202- , where these students were attending the 9th year in morning and afternoon shifts. In this work , we proposed: historical context of bullying , know what is bullying and cyberbullying , its main characters analyzing whether students have knowledge about bullying and the Cyberbulying , which parents, guardians and educational institution made when they learned of the situation are several of these students , as this is a major issue today, because students are being humiliated , terrorized and even beaten by other teenagers who are better than them . As adopted methodology , a questionnaire of twelve (12 ) multiple choice questions on bullying theme and Cyberbullying was conducted to analyze how the school , parents or guardians behave before this issue and what were their attitudes taken when informed.
KEY-WORDS: violence; humiliation ; values; bullying ; cyberbullying 
 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	10
1 BULLYING	13
1.1 O que é Bullying?	13
1.2 Qual o critério adotado pelos agressores para a escolha de suas vítimas?	13
1.3 Histórico do Fenômeno	16
1.4 Leis brasileiras referentes ao Bullying	17
1.5 Consequências	18
2 CYBERBULLYING OU BULLYING VIRTUAL	21
2.1 O que é Cyberbullying?	21
2.2 Tipos de Cyberbullying e Personagens	21
2.3 Consequências	22
3 OS CAMINHOS PERCORRIDOS NA INVESTIGAÇÃO	26
3.1 Um preâmbulo	26
3.2 Análise e discussão dos dados	26
3.2.1 O conhecimento sobre o Bullying	26
3.2.2 O conhecimento sobre o Cyberbullying	27
3.2.3 Atos de bullying que aconteceram no ano	28
3.2.4 Informação sofre Bullying para o responsável da turma.	29
3.2.5 Atitude dos docentes ao serem informados das ocorrências de bullying.	29
3.2.6 Atos de Bullying, encaminhados para a direção da escola	30
3.2.7 Atitude da direção da escola ao tomar conhecimento das ocorrências	31
3.2.8 Informação aos responsáveis	32
3.2.9 Atitude dos pais ao serem informados das ocorrências	33
3.2.10 Resultados e soluções após os pais serem informados das ocorrências	34
3.2.11 Iniciativas da instituição para enfrentar a problemática do bullying	34
3.2.12 Sofrimentos e constrangimentos causados por meio de rede social – cyberbullying	35
CONSIDERAÇÕES FINAIS	37
REFERÊNCIAS	39
22
1
INTRODUÇÃO
No decorrer de nossa vida acadêmica temos algumas lembranças não muito agradáveis, como apelidos que nos deixavam constrangidos, seja pela nossa aparência física ou até mesmo pelo jeito de nos vestir ou falar. Enquanto criança, não há tanto impacto em saber se alguns de nossos brinquedos têm uma perna faltando ou mesmo algum arranhão. Adoramo-los simplesmente por querer algo ou um amigo para brincar. No entanto, a sociedade estabelece um padrão perfeccionista, em que para sermos aceitos pela mesma temos que nos adequar ao estilo de vida proposto. Percebemos esse padrão em programas de televisão, propagandas de cosméticos, roupas, entre outros. Vivemos para ter uma boa qualidade de vida, um corpo perfeito.
Ao longo que vamos crescendo, somos encaminhados para uma escola com a finalidade de aprofundar nossos conhecimentos e aprender a viver em sociedade. Porém, quando entramos na vida escolar, observamos todos os tipos de pessoas tanto as boas, como as más, as que nós simplesmente não gostamos por algum motivo e aquelas extrovertidas que todos querem ter como amigos. Nem sempre é assim: às vezes somos mais baixos ou altos, gordos, magros, gagos ou com algum distúrbio, seja ele físico ou psicológico, e a partir daí começam as ofensas, apelidos de mau gosto, até agressões físicas e psicológicas. O Bullying, porém, tem uma diferença muito grande de algum apelido que colocamos de forma carinhosa, como por exemplo: “... Você conhece o Alexandre Rodrigues da Silva, o Paulo Henrique Chagas de Lima e a Miraldes Maciel Mota?”. Pode ser que você conheça, mas com certeza com esses nomes, a maioria das pessoas não sabe quem são. E se tivéssemos perguntado se você conhece o Pato, o Ganso e a Formiga? (Santana, 2013, p.11).
Esses são jogadores de futebol famosos que todos já ouviram falar, mais em nenhum momento isso foi uma forma de bullying, pois não foi colocado para ofender e tampouco ridicularizar uma dessas pessoas.
Esse trabalho tem como principal objetivo falar o que sofrem alunos de ensino fundamental II de uma escola pública tradicional da cidade de Parnaíba no decorrer do ano letivo sobre o Bullying e o Cyberbullying, visto que esse tema está em alta na atualidade depois de uma série de chacinas em escolas públicas no mundo todo. No entanto, nunca tinha acontecido no Brasil até o dia 07 de Abril de 2011, por volta das 08h30min, na Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo na cidade do Rio de Janeiro. Um jovem de 23 anos entrou na instituição de ensino e matou 11 adolescentes com idades entre 13 e 16 anos e depois tirou a própria vida. (informações tiradas do site G1-Globo.com)
Segundo Silva (2010, p. 25), “A pratica de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes trazem prejuízos irreversíveis”. Podemos notar que adolescentes que sofrem bullying tendem a querer se enquadrar nos padrões estabelecidos pela sociedade, como por exemplo, no caso de meninas que são acima do peso que acabam adquirindo bulimia ou até anorexia.
Entretanto, não são apenas essas pessoas que sofrem isso, todos os dias têm crianças e adolescentes que são muito inteligentes, os chamados “nerds” que geralmente são pessoas tímidas, bem magras e daí já fogem dos padrões aceitos. Estes, muitas vezes, são espancados, forçados a fazer trabalhos e lições de casa de seus agressores e alguns se recusam a voltar para a escola, inventando doenças ou até mesmo saem de casa dizendo que vão para escola e nem chegam a seu destino. Com isso, o desempenho escolar acaba por cair. O livro Bullying Mente perigosas nas escolas cita vários casos e sintomas que vítimas de bullying sofrem.
A violência nas escolas está fazendo com que adolescentes cheguem ao seu extremo, pois não sabemos o que somos capazes de fazer quando estamos acuados. Uma parte dessas vítimas chegam a fazer coisas horríveis, como entrar em escolas portando uma arma e acabam por tirar vidas de pessoas, desestabilizando famílias, tanto as das vítimas quanto do assassino, pois estas terão que convivercom o que eles fizeram, mesmo sem aprovar; outra parte chega a seu extremo e acaba por tirar suas vidas em atos grandes de desespero e, além disso, também existem vitimas que desistem e abandonam seu estudo. Esse trabalho tem como abordagem analisar o conhecimento dos alunos sobre esse tema tão cruel e cheio de “sangue” até, bem como esclarecer o que a escola e os pais estão fazendo para tentar erradicar tais atos.
No que diz respeito ao Cyberbullying, temos a certeza que os avanços tecnológicos, que são para melhorar a vida da população mundial como trabalhos, informação e publicidade, também foram contaminados pelo bullying Virtual ou Cyberbullying, que é tão perigoso quanto o bullying convencional. Todavia, com uma ressalva, uma vez que há fotos ou vídeos íntimos publicados na internet que não tem como remover, já que os celulares e redes sociais compartilham para um e outro e é impossível saber a proporção com que se propagam. Contudo, suas vítimas não veem outra saída a não ser a morte, e uma vez que não cometem esse ato nunca mais são os mesmos. 
CAPÍTULO 1
BULLYING
1.1 O que é Bullying?
Segundo o Controle Nacional de Justiça (CNJ), o Bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil é utilizado para qualificar comportamento agressivo no âmbito escolar, praticado tanto por meninos quanto por meninas. 
	Segundo a revista Veja, um em cada cinco adolescentes pratica esse tipo de comportamento no Brasil. A prática mais comum em grupo e entre meninos, tem como vítima 7,2% dos estudantes consultados em nova pesquisa do IBGE feita com alunos do 9º ano. (Pesquisa realizada em 19/06/2013). Se fôssemos falar de Bullying na última década, a maioria nem saberia conceituá-lo, mas na atualidade os psiquiatras e policias temem mais atentados, chacinas ou suicídios.
	Importamos objetos tecnológicos, porém estamos importando coisas terríveis também como isto, assistimos em filmes americanos pessoas populares que humilham os outros, batem, ridicularizam, trancam no armário e nós começamos a importar essa ideia por achar que é o certo a fazer, já que os Estados Unidos são uma potência mundial, porém, isso está levando a problemas muitos graves: crianças revoltadas, que não aguentam mais e que já chegaram ao seu limite. Entram nas escolas armados e matam aqueles que um dia os fizeram abusos e depois tiram a própria vida.
1.2 Qual o critério adotado pelos agressores para a escolha de suas vítimas?
 	Os agressores escolhem os alunos que estão em desigualdade de poder, seja por situação socioeconômica, situação de idade, de porte físico ou até mesmo porque numericamente estão desfavoráveis (Informações tiradas do CNJ).
	Pessoas tímidas, com anomalias genéticas, ou diferentes fisicamente e, geralmente com autoestima baixa são as principais vítimas de bullying, pois a maioria gosta de menosprezar e humilhá-las.
Segundo Santana em seu livro Bullying e Cyberbullying: Agressões dentro e fora das escolas, existem vários formas de agressão e personagens tais como:
Verbal 
· Insultar; 
· Ofender; 
· Xingar;
· Fazer gozações; 
· Colocar apelidos pejorativos;
· Fazer piadas ofensivas;
Físico e Material 
· Bater;
· Chutar;
· Espancar; 
· Empurrar; 
· Ferir; 
· Beliscar;
· Roubar, furtar ou destruir; 
· Atirar objetos contra as vítimas; 
Social
· Colocar amigos da vítima contra a mesma;
· Constranger;
· Espalhar rumores maliciosos;
· Excluir do grupo;
· Fofoca;
· Pichar com dizeres maldosos;
· Praticar o Cybebullying;
Personagens
1) Agente (Agressor);
2) Vítima (paciente);
3) Expectador (Plateia, testemunha).
 Segundo Santana (2013, p. 19-20), “os agressores do bullying podem ser de três tipos: ativos, passivos e vítima”, onde os ativos são os chamados valentões, os passivos aqueles que são inseguros, autoestima baixa e infeliz ou vítima que são aqueles que já sofrerão bullying e se cansaram e resolveram se juntar ao time dos agressores, geralmente são fisicamente fracos.
Segundo Santana (2013, p.21), “existem sete tipos de vítimas, onde são: típica ou passiva, provocadora, silenciosa, agressora, vingativa, perpétua e vencedora”, onde vamos comentar cada uma individualmente: as provocadoras que se comportam de forma a atrair reações agressivas que não aceitam e respondem à altura; podem ser silenciosas, aceitam tudo que fazem com elas e não denunciam, pois são ameaçadas e sentem medo; podem ser do tipo agressor que reage e por fim geralmente acaba se juntando ao agressor; também há o tipo vingativo, o qual é mais perigoso que pode agir sozinha ou acompanhada e acaba reagindo de forma agressiva e que podem até a causar homicídios; podem ser do tipo perpétua, que sofre agressões permanentes, ao longo da vida, com possibilidade até de desenvolver uma mentalidade de vítima, mesmo tendo cessado as agressões e nunca se esquece do sofrimento que teve ao longo dos anos; e por fim o tipo vencedora, que nunca se deixa abater e que dá a volta por cima, sendo éticas, se colocam nos lugares dos outros, indagando ‘será que gostaria que fizessem isso comigo?’. E são pessoas que chegam ao futuro brilhante profissionalmente e que colaboram com o movimento antibullying, como o caso de Bill Clinton, David Beckham, Guilherme Berenguer, Sérgio Loroza, Kate Winslet, Lady Gaga, Madonna entre outros.
Segundo Santana (2013, p. 23-24), “há quatro tipos de espectadores onde são eles passivo, neutro, ativo e agente.” No que se refere aos espectadores temos quatros tipos como o passivo que vê e fica em silêncio, mesmo que vá com pensamento opostos, o neutro que fica “anestesiado”, como se não sentisse nada, o ativo que adora o que está acontecendo, dando risada e grita apoiando os agressores, embora não se envolva diretamente, e por último o agente, que não concorda com o que está acontecendo, repreendendo ou dando conselho, orienta a vítima a denunciar de forma nominal ou anônima. 
1.3 Histórico do Fenômeno
	O primeiro pesquisador que percebeu o fenômeno bullying foi o professor Dan Olweus e seus estudos realizados na Universidade de Berger, Noruega (1978 a 1993) obtiveram grande repercussão. Porém, o governo norueguês atentou seu olhar para essa violência institucional apenas após o suicídio de três crianças entre 10 e 14 anos, que provavelmente foi influenciado por atos de maus tratos dos colegas. A partir desse fato, a autoridade norueguesa, pressionada pela população, realizou em escala nacional a Campanha Anti-Bullying nas escolas, que teve início em 1993. 
Voors (2000) afirma que a campanha Nacional Norueguesa Anti-Bullying reduziu índices de bullying e a evasão escolar, viabilizando a melhora no desempenho acadêmico. 
Ele encontrou benefícios para todos os alunos quando o programa antibullying reduziu o comportamento agressivo na escola. Não só uma redução de bullying leva a um menor incidente de violência, mas a moral escolar foi elevada, a evasão escolar foi reduzida, e o desempenho acadêmico geral melhorou. (VOORS, 2000, p. 29, tradução nossa)
A autora Cleo Fante (2005) enfatiza a importância do pesquisador norueguês por ter desenvolvido critérios para diagnosticar o bullying. 
Dan Olweus, pesquisador da Universidade de Berger, desenvolveu os primeiros critérios para detectar o problema de forma específica, permitindo diferenciá-lo de outras possíveis interpretações, como incidentes e gozações ou relações de brincadeiras entre iguais, próprias do processo de amadurecimento do indivíduo. (FANTE, 2005, p. 45)
 	O questionário proposto pelo pesquisador para ser respondido pelas crianças consistia em um total de 25 questões com respostas de múltiplas escolhas, onde se verificavam os tipos de agressão, a frequência, os locais que elas ocorriam, as percepções individuais quanto ao número de agressores. A pesquisa era baseada no olhar da criança, o professor não desenvolveu pesquisas em prol de analisar a visão do corpo docente. Este questionário foi adaptado por diversos países, facilitando uma análise do bullying entre culturas. No Brasil, houve adaptaçãopela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e a Adolescência – ABRAPIA. 
 	Entre os anos de 2000 a 2004, a ABRAPIA pesquisou e constatou que 40,5% dos alunos admitiram estar envolvidos em bullying, revelando também que este fenômeno se faz presente com índices superiores aos países europeus. Nesta pesquisa foram ouvidos 5.800 alunos de instituições cariocas, duas particulares e nove públicas, de 5ª a 8ª série do antigo ensino fundamental. Desse total, 40,5% dos estudantes admitiram que estiveram diretamente envolvidos em atos de bullying em 2002, sendo que 16,9% se identificaram como alvos, 12,7% como autores e 10,9% autores e alvos. Os outros 57,5% negaram ter participado de situações de bullying.
 
1.4 Leis brasileiras referentes ao Bullying
Em nossa sociedade, segundo Lopes Neto (2005, p. 165), existem: 
(...) três documentos legais que formam a base de entendimento com relação ao desenvolvimento e educação de crianças e adolescentes: A Constituição da República Federativa do Brasil, o Estatuto da Criança e do adolescente e a Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas. Em todos esses documentos, estão previstos os direitos ao respeito e à dignidade, sendo a educação entendida como um meio de prover o pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para a cidadania. 
De acordo com esse autor, a Constituição da República Federativa do Brasil, o Estatuto da Criança e do adolescente e a Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas, garantem o direito ao desenvolvimento pleno da criança e do adolescente. 
 No artigo 18º do Estatuto da Criança e do adolescente, observamos que “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.” (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990). Portanto, cabe também à classe docente, foco principal desta pesquisa, primar pelo bem estar social dos alunos. 
Observamos no artigo 227 da Constituição Federativa do Brasil de 1988, que é:
(...) dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010).
 
No entanto, compreendemos ser obrigação do Estado, da sociedade e da família garantir todas as condições necessárias para o crescimento sadio das crianças e dos adolescentes. Destacamos, então, que o direito à dignidade, ao respeito, à liberdade, à saúde, à vida, se encontram ausentes em atos de bullying, ferindo assim a Constituição Brasileira. A Convenção sobre os Direitos da Criança é o instrumento de direitos humanos mais aceitos na história universal: 193 países ratificaram a carta magna para crianças de todo mundo, excluindo-se apenas dois países, a Somália e os Estados Unidos. Em seu artigo 19º, afirma que: 
1 – Os Estados Partes adotarão todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educacionais apropriadas para proteger a criança contra todas as formas de violência física ou mental, abuso ou tratamento negligente, maus-tratos ou exploração, inclusive abuso sexual, enquanto a criança estiver sob a custódia dos pais, do representante legal ou de qualquer outra pessoa responsável por ela. (Convenção sobre os Direitos da Criança, 20 de novembro de 1989).
Portanto, se a educação é legalmente entendida como facilitadora do pleno desenvolvimento do aluno, a escola deve prezar pelo respeito aos direitos da criança, possibilitando-lhe um crescimento físico e psicológico saudável e o pleno exercício da cidadania. Nesse sentido, entendendo que o bullying é uma forma de violência e legalmente lesa os direitos da criança e do adolescente, não devemos nos calar e sim buscar uma ação coletiva, que envolva a escola, a sociedade e a família, quando notarmos a ausência dos direitos: a vida, ao respeito, ao desenvolvimento, a liberdade, a dignidade e a saúde física e mental dos nossos alunos. 
1.5 Consequências
	O bullying pode trazer reações nocivas tanto para os agressores quantos para as vítimas, pois muitas vezes os agressores têm uma baixa autoestima, o que acaba gerando comportamentos agressivos, pois há muitos que já sofreram com isso e como um ditado peculiar diz: ‘se não pode com eles, junte-se a eles’; e também há outros que isolam os agressores que não acham certo o que eles fazem e com isso acabam-no deixando de lado.
	As consequências das vítimas também são visíveis quando se refere a padrões de beleza, como meninos ou meninas acima do peso acabam querendo tanto se enquadrar e acabam tomando medidas sérias, adquirindo anorexia e bulimia[footnoteRef:1] que prejudica sua saúde e também há aqueles que não se deixam abater com isso e dão a volta por cima e acabam vencendo na vida profissional, como o caso de Madonna, cantora, atriz, compositora, dançarina, escritora e produtora também sofreu com o bullying durante o período escolar e também vários outros como o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, o jogador David Beckham, os atores brasileiros Guilherme Berenguer e Sérgio Loroza. [1: Transtornos relacionados à alimentação.] 
 No entanto, muitos desistem de estudar por não aguentarem mais tais agressões, sentem dores de cabeça, de estômago e muita raiva e irritabilidade, mas o que fazem com essa raiva é o que preocupa a sociedade atual, pois muitos se sentem tão desesperados que acabam tomando medidas extremas, como cometer homicídio e até mesmo cometem suicídios. 
· Escola de Colônia[footnoteRef:2] [2: Estas informações foram tiradas do site http://lista10.org/diversos/os-10-piores-massacres-em-escolas/] 
Em 11 de junho de 1964, no dia de seu aniversário de 42 anos, Walter Seifert invadiu uma escola primária católica localizada em Colônia, na Alemanha e matou oitos estudantes e dois professores. Ao sair do local do crime, Seifert ingeriu inseticida e faleceu no dia seguinte devido ao seu próprio envenenamento. 
Mortos: 11 | Feridos: 22
· Universidade do Texas
Os alunos da Universidade do Texas, presenciaram um dos piores ataques a escolas do País. Ocorrido no dia 1º de agosto de 1966, e protagonizado por Charles Whitman, um antigo major da marinha (fuzileiro naval) e estudante desta universidade. Whitman subiu numa torre e começou a atirar fazendo dezenas de vítimas. Só parou quando foi morto por policiais.
Mortos: 14 | Feridos: 31
· Escola Politécnica de Montreal
Marc Lepine, de 25 anos, matou 14 mulheres e feriu mais 13 pessoas, além de tirar sua própria vida no dia 6 de dezembro de 1989 no pior massacre escolar da história do Canadá.
Mortos: 15 | Feridos: 13
· Instituto Columbine
O massacre de Columbine aconteceu no dia 20 de abril de 1999 no Condado de Jefferson, Colorado, Estados Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17 anos, mataram e feriram diversos alunos e professores. O grande final ocorreu quando os dois se suicidaram.
Mortos: 15 | Feridos: 24
· Virginia Tech
O sul-coreano Cho Seung-hui, de 23 anos de idade, foi o responsável pelo pior massacre em uma universidade americana. No dia 16 de abril de 2007, munido com duas armas o jovem entrou atirando no campus da universidade fazendo diversas vítimas fatais. Logo após, Cho Seung-hui tirou sua própria vida.
Mortos: 32 | Feridos: 21
· Cerco à escola de Beslan
Terroristas chechenos colocaram explosivos no prédio da Escola Número Um, da cidade russa de Beslan, na Ossétia do Norte e, fizeram mais de 1200 reféns entre crianças e adultos no dia 1 de setembro de 2004. No terceiro dia as forças de segurança russas entraram na escola e atacaram os sequestradores, que detonaram explosivos e atiraram nos reféns.
Mortos: 386 | Feridos: 700	
CAPÍTULO2
CYBERBULLYING OU BULLYING VIRTUAL
2.1 O que é Cyberbullying?
Cyberbullying é um tipo de violência contra uma pessoa praticada através da internet ou de outras tecnologias relacionadas. Praticar cyberbullying significa usar o espaço virtual para intimidar e hostilizar uma pessoa (colega de escola, professores, ou mesmo pessoas desconhecidas), difamando, insultando ou atacando covardemente. (Internet, site http://www.significado.com.br acessado em 15/03/2020) às 16:39)
O termo é formado a partir da junção das palavras “cyber”, termo associado a todo o tipo de comunicação virtual usando mídias digitais, como a internet, e bullying que é o ato de intimidar ou humilhar uma pessoa. Assim, a pessoa que comete esse tipo de ato é conhecida como cyberbully.
Considerado mais perigoso que o bullying comum, pois suas vítimas não veem saída e com isso o índice de suicídio é maior. A maioria das vítimas são pessoas tímidas que vêm às redes sociais para serem outra pessoa, pois o que elas ficam constrangidas de fazer pessoalmente já se sentem menos intimidadas em sala de bate papo, porém, os agressores gostam de utilizar as redes sociais com perfis falsos para inventar histórias ou expor vídeos íntimos para destruir suas vítimas, onde torna público aqui que elas queriam esconder e as vítimas não conseguem ver saída a não ser a morte.
Um filme nomeado no Brasil de Bullying Virtual conta a história de Taylor, uma menina que ganha um computador de aniversário e acaba se tornando vítima de Bullying Virtual quando seu irmão menor, muda sua senha e posta coisas desagradáveis sobre ela, o que acaba causando enorme repercussão, pois seus "colegas" de escola acham que foi ela, e passam a persegui-la pela rede social, e no colégio, a menina fica tão perturbada que tenta se matar. Depois disso, sua mãe tenta fazer com que assinem uma lei para o Bullying Virtual.
2.2 Tipos de Cyberbullying e Personagens
1) Escrito
· Mensagens de texto para:
· Fofocar;
· Espalhar mentiras e rumores maliciosos;
· Enviar e-mails com difamação;
· Postar mensagens ofensivas em nomes de vítimas
· Dar notícias falsas com nomes de celebridades.
2) Imagens
· Postagens de fotos constrangedoras (montagens)
· Postagens de vídeos
3) Personagens
a) Agentes(Agressores);
b) Vítimas(Paciente);
c) Espectador (Plateia);
Os agressores do Cyberbulliyng utilizam de nomes falsos ou de famosos para enviar suas difamações via celulares ou computadores, onde suas vítimas ficam sem saber o que fazer, porque não tem com excluir e tentam de todas as formas se defenderem dizendo que aquilo não é verdade e a outras que não reagem ficam em silêncio. Já no que se refere a expectadores, que são aqueles que recebem os vídeos ou mensagens, há indivíduos que riem, outros não gostam e existem aqueles que não fazem absolutamente nada. E a plateia que vê, envia para outros e, com isso, vira uma bola de neve que, uma vez na rede, para excluir é quase impossível. Infelizmente, o meio que deveria conectar o mundo de forma positiva está sendo usado para humilhar e destruir pessoas.
2.3 Consequências 
	
Considerado mais perigoso que o bullying, pois as vítimas entram em depressão sentem-se incapazes, porque não tem como saber quem fez as postagens e ficam isoladas em casa, ficam constrangidas em frente de pessoas e por conta disso não veem saídas e acabam chegando ao fundo do poço. Umas se mudam de cidade, de aparência, por medo de serem reconhecidas e esperam que o tempo faça as pessoas esquecerem os vídeos ou mensagens, mas jamais esquecem o que acontece e há casos que a pessoa não consegue ver outra saída a não ser o suicídio. Vejamos alguns casos reais encontrados em livros e/ou divulgados na mídia.
· "Um dia, do nada, meu melhor amigo me chamou de falsa e começou a me difamar na escola, dizendo que eu falava mal de todo mundo... Não demorou para todos começarem a me xingar no orkut e no twitter. Todo dia, na minha página havia alguém falando mal de mim. O pior é que, na internet, até pessoas que eram mais tímidas ao vivo aproveitavam para me ofender! Eu tentava deletar todos, mas nada os fazia parar. Até que não aguentei e contei para os meus pais. Minha mãe quis falar com a diretora, mas não deixei. A única saída que encontrei foi mudar de escola! Mesmo assim o bullying virtual continuou por um tempo. Isso já faz dois anos, mas a dor continua a mesma. (Trecho da Internet)
Taís , 15 anos, São Paulo (SP)
· Amanda Todd, de 15 anos, teria começado a ser vítima de bullying aos 12 anos, segundo seu relato, depois de ter sido convencida a mostrar os seios para uma pessoa com quem conversava na Internet. Uma página do Facebook foi criada para expor a foto da menina de topless e a imagem foi distribuída para seus colegas de escola. Amanda mudou de casa e de escola, mas o assédio continuou pela internet, o que a teria levado a se enforcar na semana passada. No dia 7 de setembro, a adolescente publicou no YouTube um vídeo no qual relata o bullying e a depressão resultante da perseguição dos colegas. Na gravação de nove minutos, que já foi vista por milhões de pessoas, o rosto de Amanda não aparece. A adolescente também não fala, mas conta sua história com uma sequência de mensagens escritas em pequenos cartazes, identificando-se no fim do vídeo. Ela diz que, por causa do bullying, mergulhou em uma depressão e começou a ter medo de sair de casa, buscando conforto em drogas, álcool e antidepressivos. Também conta que bebeu água sanitária em uma tentativa anterior de suicídio após apanhar de uma menina na escola. Nem depois disso, no entanto, teria tido o apoio de colegas. Pelo contrário, segundo ela relata em seu vídeo, na ocasião, teria recebido mensagens pela internet de ódio incentivando seu suicídio. "Todo dia penso por que ainda estou aqui'", a menina escreveu. "Não tenho ninguém. Preciso de alguém." O vídeo termina com uma imagem dos braços de Amanda repletos de cortes. No fim do vídeo, ela também explica que não fez a gravação porque queria atenção, mas para ser uma "inspiração" para outros adolescentes.
Amanda vivia em Port Coquitlam, em British Columbia, mas a notícia de sua morte causou comoção em todo o Canadá e também em outros países - principalmente nos Estados Unidos. Os parentes da menina criaram uma página do Facebook em homenagem a ela que já foi "curtida" por mais de 800 mil pessoas. Sua família recebeu centenas de mensagens de apoio - embora mensagens ofensivas também tenham aparecido na internet. Manifestações e vigílias estão sendo organizadas no Canadá e em algumas cidades dos EUA para lembrar o drama de Amanda e pedir políticas contra o bullying mais firmes. No Parlamento canadense, deputados pretendem aprovar uma moção que abra espaço para uma estratégia nacional para impedir o bullying. Segundo a emissora CTV, o projeto, proposto pelo deputado Dany Morin, criaria um comitê multipartidário para avaliar o problema.
Mas o pai de Amanda disse à emissora que o país precisa de "mais ação" e não de mais estudos sobre cyberbullying. Alguns especialistas defendem a criminalização do bullying pela internet no Canadá e mais empenho em identificar os responsáveis por esse tipo de assédio. A polícia canadense continua a investigar as circunstâncias que levaram ao suicídio de Amanda e diz ter recebido "mais de 400 pistas" de pessoas querendo contribuir com as investigações. De 20 a 25 policiais foram destacados para o caso em uma tentativa de mostrar que ele realmente está sendo levado a sério. O objetivo da investigação seria identificar aqueles que tiveram algum contato com Amanda "antes de ela tomar sua trágica decisão", nas palavras do porta-voz da polícia local, o sargento Peter Thiessen. (BBC Brasil - Caso retirado da Internet)
· Megan Taylor Meier foi uma adolescente estadunidense da cidade de Dardenne Prairie, Missouri, que cometeu suicídio por enforcamento aos 13 anos e 11 meses de idade. Seu suicídio foi atribuído ao cyberbullying ocorrido na rede social MySpace. O perpetrador, supostamente um adolescente de 16 anos chamado "Josh Evans", era na verdadeLori Drew, mãe de uma ex-amiga de Megan Meier, que depois admitiu ter criado a conta no MySpace com sua filha e sua funcionária Ashley Grills, na época com 18 anos. Várias pessoas contribuíram atuando na conta falsa, incluindo a própria Lori Drew. Testemunhas afirmaram que as mulheres planejavam usar os e-mails de Megan Meier com "Josh" para obter informações sobre ela e posteriormente humilhá-la, em vingança a Megan ter supostamente espalhado rumores a respeito da filha de Lori. Um júri federal abriu um processo contra Lori Drew em 15 de Março de 2008 sob três acusações de acesso a computadores protegidos sem autorização para obter informações com o intuito de causar dano emocional, e um sob conspiração criminal. Lori Drew foi julgada culpada de três acusações em 26 de Novembro de 2008. O caso causou grande comoção e provocou várias jurisdições no sentido de criarem leis de combate ao cyberbullying. (Trecho retirado do site http://www.wikipedia.org)
CAPÍTULO 3
OS CAMINHOS PERCORRIDOS NA INVESTIGAÇÃO
	Nesse capítulo serão apresentadas a análise e a interpretação dos dados obtidos a partir da aplicação do questionário com 56 alunos do 9º Ano (antiga 8º Serie) de uma escola privada da cidade de Parnaíba do estado do Piauí.
	Os informantes desta pesquisa são alunos da rede privada de ensino, com idade entre 13 e 16 alunos, são estudantes dos turnos matutino e vespertino do ano de 2020. Este trabalho tem a finalidade de investigar o conhecimento e a ocorrência de atos de bullying e cyberbullying dos alunos e se há intervenção de professores e diretores quando são informados de tais fatos dentro da instituição de ensino. 
3.1 Um preâmbulo
 A coleta de dados foi realizada a partir de um questionário com 12 (doze) pergunta de múltipla-escolha referente ao Bullying e Cyberbullying na concepção dos alunos do 9º Ano do fundamental na escola citada, localizada na cidade de Parnaíba estado do Piauí.
	Buscou-se fazer um estudo de caso sobre o conhecimento dos alunos referente ao tema citado e o que a instituição de ensino faz para evitar que tais atos se repitam e com isso conscientizar os alunos e com isso evitar que isso continue acontecendo nas escolas onde abordamos 56 discentes do ano de 2020, nos turnos manhã e tarde, onde foram 3 (três) turmas: duas no turno manhã e uma no turno vespertino.
	Agora iremos analisar e discutir os dados desta pesquisa, especificando cada questão utilizada no questionário.
3.2 Análise e discussão dos dados
3.2.1 O conhecimento sobre o Bullying
De acordo com as analise de dados 92,86% dos alunos entrevistados sabem o que é o Bullying, apenas 5,36% não tem conhecimento desse fenômeno que afligem milhares de estudantes o mundo.
Gráfico 01. O conhecimento sobre o Bullying.
	A maioria dos entrevistados tem algum conhecimento sobre o bullying, quanto mais alunos se conscientizarem dos perigos que o bullying causa, melhor será a vivencia em sala de aula e menos morte e chacinas acontecerão em escolas.
3.2.2 O conhecimento sobre o Cyberbullying
	Conforme o gráfico abaixo 58,93% dos entrevistados não sabem ou não quiseram demonstrar o seu conhecimento sobre o Cyberbullying e 41,07% dos discentes afirmam que sim 
Gráfico 2. O conhecimento sobre o Cyberbuying.
	O cyberbullying em comparação ao bullying não é muito conhecido, porém, é tão perigoso quanto e precisamos conscientizar os alunos que rede sociais não são espaços para humilhar pessoas, pois uma vez fotos ou vídeos é impossível controlar a visualização e com isso a maioria das vítimas cometem suicídio.
	No que diz respeito à legislação do Brasil sobre Cyberbullying, ainda não existe nenhuma punição para pessoas que divulgassem fotos, vídeos de pessoas em posições intimas até o dia 02/04/2013, pois nessa data foi criada uma lei – a Lei Carolina Dieckmann, após uma atriz entrar na justiça por ter suas fotos divulgadas na mídia após ter o seu computador invadido por um hacker.
	Os delitos previstos na Lei Carolina Dieckmann são: 
1) Art. 154-A - Invasão de dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. Pena - detenção, de 03 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
2) Art. 266 - Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública - Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
3) Art. 298 - Falsificação de documento particular/cartão - Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
3.2.3 Atos de bullying que aconteceram no ano
	De acordo com as considerações dos alunos 55,36% dos entrevistados afirmam não terem sofrido nenhum tipo de agressão física e psicológica e 26,78% dos discentes afirmam que sofreram algum tipos de bullying e 17,86% dos alunos não quiseram expressar sua opinião.
Gráfico 3. Atos de bullying que aconteceram no ano.
 	A maioria dos alunos que sofrem atos de bullying tem vergonha ou são ameaçados pelos seus agressores e ficam apáticos e não reagem e nem denunciam o que acontece 
	 
3.2.4 Informação sofre Bullying para o responsável da turma.
	
Conforme o gráfico abaixo 19,64% das vítimas contaram para os professores o que estava acontecendo e alarmantes 80,36% das vítimas não falaram para os mesmos. 
Gráfico 4. Informação sofre Bullying para o responsável da turma.
	É comum vítimas de Bullying não contarem para seus professores que está acontecendo, pois os mesmos sofrem ameaças diárias, então os docentes devem estar atentos.
Segundo Silva (2010 p.38) “crianças ou adolescentes ‘estampam’ facilmente as suas inseguranças na forma de extrema sensibilidade, passividade, submissão, falta de coordenação motora”.
Vítimas precisam de apoio e perceber que tem alguém por eles e assim tentar amenizar os terrorismos que sofrem diariamente para se tornarem pessoas confiantes no futuro.
3.2.5 Atitude dos docentes ao serem informados das ocorrências de bullying.
	De acordo com o gráfico abaixo 17,85% dos entrevistados afirmam que o problema foi solucionado e 67,87% dos discentes confirmam que o mesmo não foi solucionado e apenas 10,71% dos docentes encaminharam para a diretoria da instituição.
Gráfico 5. Atitude dos docentes ao serem informados das ocorrências de bullying.
A vida dos docentes não é fácil, sua agenda é lotada e eles não têm muito tempo, porém, sabendo que apesar disso cada professor deve conhecer seus alunos, pois tem que aplicar metodologia adequada para cada turma, com isso os professores devem conhecer quem são os mais tímidos, diferentes para padrões normais, alunos que sofrem Bullying. Em vista disso, o professor deve estar atento, pois colocar apelidos nos alunos ou até mesmo ver alunos fazendo isso às claras deve ter punição e quando o discente chega ao ponto de denunciar, o professor deve ter pulso com o ele e fazer algo a respeito e, quando chegar ao limite, encaminhá-lo para a direção. Porém o que vemos é o descaso com essa vítima, pois apenas 17,85% tiveram seus problemas resolvidos e a maioria continua sofrendo com tais atos.
3.2.6 Atos de Bullying, encaminhados para a direção da escola
Com relação à análise dos dados, dos alunos que relataram o ocorrido para os docentes apenas 28,78% dos entrevistados disseram que foram encaminhados para a direção da escola e 71,42% dos discentes afirmam que não.
Gráfico 5. Atos de bullying, encaminhados para a direção da escola.
	Na maioria das vezes quando informados, os responsáveis da turma, como vimos no gráfico anterior, percebemos que apenas 28,78% dos docentes encaminharam para a direção. Como vamos conseguir conscientizar tais alunos com o perigo desse fenômeno que infelizmente cresce todos os dias se os próprios pais não querem proteger seus filhos e as vítimas se sentem ainda mais aflitas por não terem com quem contar e daí começa o perigo, pois se não veem a devida atenção, se sentemsozinhas e com isso ficam se sentindo acuados e sem saída. 
3.2.7 Atitude da direção da escola ao tomar conhecimento das ocorrências
	
Conforme o gráfico abaixo, depois que encaminhados os casos para a diretoria, os entrevistados afirmam que 69,95% que a direção da instituição não fez nada e apenas 17,85% dos alunos afirmam que a direção fez alguma coisa com os agressores.
	
Gráfico 7. Atitude da direção da escola ao tomar conhecimento das ocorrências.
	 
Como podemos notar com informações tiradas da analise dos dados, a direção da escola tenta resolver, porém na maioria das vezes não consegue controlar, tem que haver punição, pois caso contrário os agressores não vão se sentir intimidados a pararem com tais atos e com isso a solução fica longe de ser ideal. 
3.2.8 Informação aos responsáveis
	De acordo com o gráfico abaixo depois que a diretoria da instituição foi informada 26,78% dos casos a coordenação comunicou aos responsáveis e 73,22% dos alunos não tiveram seus responsáveis informados.
Gráfico 8. Informação aos responsáveis
	A maioria das vitimas do bullying não tiveram seus pais informados e isso é essencial para que tais atos não volte a acontecer, no entanto podemos observar que referente ao gráfico anterior a escola também não está fazendo quase nada para erradicar tais atos e com isso as vitimas podem se sentirem mais acuadas e acabarem por desistir da escola, pois segundo Silva (2010, p.26) “Caracteriza-se pelo medo intenso de frequentar a escola, ocasionando repetências por faltas, problemas de aprendizagem e / ou evasão escolar.”
3.2.9 Atitude dos pais ao serem informados das ocorrências
	Conforme o gráfico abaixo depois que os pais formam informados apenas 23,21% dos responsáveis se dirigiram a instituição e 76,79% dos responsáveis não foram à escola.
Gráfico 9. Atitude dos pais ao serem informados das ocorrências
	
Os responsáveis têm suas atividades diárias seja com afazeres domésticos ou em seus empregos, no entanto, deixar seus filhos sem o devido apoio nos momentos que mais necessitam é um descaso, pois é um momento que as vítimas estão pedindo socorro e 76,79% dos entrevistados se sentem sem chão, onde ficam cada vez mais desesperados por ajuda e não sabemos o que somos capazes de fazer quando estamos acuados.
	
3.2.10 Resultados e soluções após os pais serem informados das ocorrências
	De acordo com o gráfico abaixo depois que os pais foram à instituição de ensino apenas 16,07% dos casos foram solucionados e 71,42% dos relatos ficarão sem solução.
Gráfico 10. Resultados e soluções após os pais serem informados das ocorrências.
Mesmo com denúncia, os alunos ainda continuaram sem ter seu problema solucionado, na sua maioria onde está a conscientização dessas crianças para fazer com que esses agressores se sintam intimidados a pararem com tais atos e como essas vítimas devem estar pensando? Escolas devem ter assistência psicológica para que não levem tais frustações para sua vida adulta e que traga estragos nesse adolescentes.
 Segundo Silva(2010, p. 25) “A prática de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadro graves de transtorno psíquicos e /ou comportamentais que, muitas vezes trazem prejuízos irreversíveis.”
3.2.11 Iniciativas da instituição para enfrentar a problemática do bullying
	Conforme o gráfico abaixo, 26,78% dos alunos disseram que o colégio já fez algum tipo de campanha com relação ao tema citado e 60,71% dos entrevistados afirmam que nada é feito referente ao tema.
Gráfico 11 Iniciativas da instituição para enfrentar a problemática do bullying.
	A maioria dos entrevistados afirma que não houve campanha para conscientizar os alunos de tal assunto e, ao longo do trabalho, vimos que tanto não há campanhas quanto não estão fazendo quase nada para que as vítimas consigam um pouco de paz e que a escola volte a ser um lugar para aprendizado não só de ciências, matemática, entre outras, pois deve ser um lugar de respeito para que possamos conviver em sociedade e onde as diversidades sejam aceitas, vimos que a sociedade está perdendo os valores e onde a escola é um lugar de maior temor para adolescentes.
3.2.12 Sofrimentos e constrangimentos causados por meio de rede social – cyberbullying
	De acordo com o gráfico abaixo 91,08% dos alunos nunca sofreram com o Cyberbullying e 8,92% afirmam que sim.
Gráfico 12. Sofrimento e constrangimentos causados por meio de rede social.
 Dos entrevistados, apenas 8,92% afirmam que já sofreram com o temido Cyberbullying, porém quando estávamos aplicando o questionário, notamos que a maioria nem ao menos sabia o que era de fato o Cyberbullying.
 Na atualidade, a maioria dos adolescentes tem acesso a redes sociais para falar com amigos ou até mesmos fazer novos, porém há adolescentes que só usam para fazer calúnias, postar fotos ou vídeos constrangedores para fazer uma “brincadeira” e uma vez na rede é impossível retirar, pois uma compartilha para o outro e com isso gera um grande problema, pois, no mundo inteiro números alarmantes de vitimas se veem sem saída e acabam por cometer um atentado contra sua própria vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos ao longo deste trabalho que muitas coisas horríveis aconteceram com vítimas e agressores. As pessoas têm um limite e é normal sentir raiva, mas o que nos diferencia é o que fazemos com ela, seja fazer dela um suporte para subirmos na vida como vimos os casos de artistas bem sucedidos. Porém, infelizmente nem sempre é assim, haja vista que vimos também que o incide de suicídios também é alto, e o homicídio, massacres em escolas também acontece.
Os pais têm seu papel muito importante em saber conversar com seus filhos e saber o que está acontecendo com eles no período que está na escola e com isso falar sobre o que ele deve fazer para tentar acabar com esses tormentos que sofrem todos os dias.
As escolas devem fazer campanhas antibullying para amenizar tais atos dentro das instituições, conscientizar esses adolescentes do perigo que é esse assunto na atualidade.
Já no cyberbullying, no que diz respeito a ele, temos que conscientizar os adolescentes que uma vez algo postado nunca mais pode ser tirado, pois com o avanço tecnológico os sites de relacionamento que compartilham fotos, vídeos, áudios entre outros podem deixar uma pessoa em um constrangimento e algo que era para facilitar a vida dos seres humanos está fazendo pessoas há tirarem sua vida ou tentar até mudar sua aparecia física para não serem reconhecidas.
Uma parte das pessoas são ruins e acham engraçado fazerem piadas na tentativa de humilhar outros, pais têm o direito de fiscalizar os que os filhos postam, pois tem que educá-los para conhecer a tecnologia e saber como utilizá-las para não se arrependerem depois e com isso diminuir o número de mortes de adolescentes.
Notamos que na escola quase nada é feito, os alunos estão pedindo ajuda e não veem nada ser feito e isso não pode continuar desse jeito essas vítimas de bullying vão continuar sofrendo e podem acabar desistindo dos estudos ou coisa pior.
Precisamos conscientizar essas crianças para tentar amenizar tais efeitos e elas precisam de informação necessária campanhas, conversas francas, vimos que na Holanda deu certo e o índice diminui.
O bullying e o Cyberbullying é um perigo para a sociedade como um todo não apenas nas escolas, pois esses adolescentes vão crescer e se tornarem adultos acuados, com distúrbios psicológicos que pode afetar sua vida profissional e os agressores vão se tornarem adultos mesquinhos, rude e violentos.
Precisamos viver bem em sociedade e sem violência, onde a paz deve reinar dentro e fora de nossas casas devemos exterminar tais crueldades e em quaisquer lugares devemos educa-los para tentar melhorar seu conhecimento e seus valores a cada dia e, com isso, esse fenômeno bullying e cyberbullying vai deixar de existir.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA SAGRADA. Ave Maria Edição Claretiana, 2010.
CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade - bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores.São Paulo: Editora Gente, 2008.
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas: Verus, 2005.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa 5. ed. São Paulo: Atlas 2010.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas,1991.
MALDONADO, Maria Teresa. A fase oculta: uma história de Bullying e cyberbullying. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia cientifica: guia eficiência nos estudos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
SANTANA, Edésio T. Bullying e Cyberbullying: agressões dentro e fora das escolas: teoria e prática que educadores e pais devem conhecer. 1 ed. São Paulo: Paulus, 2013. 
SILVA, Ana Beatriz B. Bullying: mente perigosas nas escolas. Rio de janeiro: Objetiva, 2010.
Endereços eletrônicos (sites) – Acesse em:
<http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/bullying.pdf>
<http://www.significados.com.br/cyberbulliyng/>
<http://lista10.org/diversos/os-10-piores-massacres-em-escolas/>
<http://infopediacmbhgrupamentoc.blogspot.com.br/2013/04/depoimentos-de-cyberbullying.html (depoimento de Taís)>
<http://www.oped.com.br/index.php/geral/item/308-ciberbullying-provoca-suic%C3%ADdio-no-canad%C3%A1 (depoimento Amanda Todd)>
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Megan_Meier (depoimento de Megan Meier) >
O conhecimento sobre o Bullying	Sim	Não	Parcialmente	0.92859999999999998	5.3600000000000002E-2	1.78E-2	
Vendas	Sim	Não	Parcialmente	0.41070000000000001	0.42859999999999998	0.16070000000000001	
Vendas	Sim	Não	Não responderam	0.26779999999999998	0.55359999999999998	0.17860000000000001	Vendas	Sim	Não	0.19639999999999999	0.80359999999999998	
Vendas	Sim	Não	Parcialmente	Encaminhou à direção	0.17849999999999999	0.67869999999999997	3.5700000000000003E-2	0.1071	
Vendas	Sim	Não	0.2878	0.71419999999999995	
Vendas	Sim	Não	Parcialmente	0.26779999999999998	0.69650000000000001	3.5700000000000003E-2	
Vendas	Sim	Não	0.26779999999999998	0.73219999999999996	
Vendas	Sim	Não	0.2321	0.76790000000000003	
Vendas	Sim	Não	Parcialmente	0.16070000000000001	0.71419999999999995	0.12509999999999999	
Vendas	Sim	Não	Parcialmente	0.26779999999999998	0.60709999999999997	0.12509999999999999	
Vendas	Sim	Não	8.9200000000000002E-2	0.91080000000000005	
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