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AULA 03 - PROCESSO SAÚDE E DOENÇA

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1
PROCESSO SAÚDE E
DOENÇA
Determinantes e 
Condicionantes de Saúde
MODELOS EXPLICATIVOS DO 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
 Modelo mágico-religioso ou xamanístico:
- Predominante na Antiguidade;
- Doenças: derivadas tanto de elementos naturais como
de espíritos sobrenaturais;
- Para ter a saúde novamente: era necessário reatar o
enlace com as divindades através dos processos
liderados pelos sacerdotes, feiticeiros ou xamãs
(Herzlich, 2004).
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3
2
MODELOS EXPLICATIVOS DO 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
 Modelo Holístico:
- A saúde: equilíbrio entre os elementos e
humores/fluidos que compõem o organismo humano;
- Doença: seria o desequilíbrio desses elementos;
- A causa do desequilíbrio: os astros, o clima, os
insetos etc. (Alcmeon e Heráclito)
MODELOS EXPLICATIVOS DO 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
 Modelo empírico-racional (hipocrático):
- Os primeiros filósofos (século VI a.C.) tentaram
encontrar explicações não sobrenaturais para a
saúde e a doença;
- Saúde: fruto do equilíbrio dos humores/fluidos;
- Doença: é resultante do desequilíbrio desses
elementos, e o cuidado depende de uma compreensão
desses desequilíbrios para buscar atingir o equilíbrio.
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6
3
MODELOS EXPLICATIVOS DO 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
 Modelo empírico-racional (hipocrático):
- Hipócrates (século VI a.C.): Teoria dos Humores -
teoria a qual defendia que os elementos água, terra,
fogo e ar estavam subjacentes à explicação sobre a
saúde e a doença;
- - Humores: Sangue ( coração); Fleuma ( sistema
respiratório); bile amarela ( fígado); bile negra (baço);
Humor Elemento Nome antigo
Características 
antigas
Bílis Amarela Fogo Colérico Estrategista, 
racional, ousado.
Sangue Ar Sanguíneo Otimista, sentimental 
e instável.
Fleuma Água Fleumático
Sensato, trabalhador, 
realista.
Bílis Negra Terra Melancólico Intenso, profundo, 
analític
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8
9
4
MODELOS EXPLICATIVOS DO 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
 Modelo de medicina científica ocidental
(biomédico):
- Método de Descartes (séculos XVI e XVII);
- Focada na explicação da doença e passou a tratar o
corpo em partes cada vez menores, reduzindo a
saúde a um funcionamento mecânico (Barros, 2002);
- As doenças eram relacionadas às situações
ambientais e as causas passaram a estar num fator
externo ao organismo, e o homem era o receptáculo
da doença;
- Teoria dos Miasmas: a associação entre o
surgimento de epidemias e as condições do ambiente;
“Os miasmas seriam gases decorrentes da putrefação 
da matéria orgânica que produziam doenças quando 
absorvidos pelos seres vivos”
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5
MODELOS EXPLICATIVOS DO 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
• Modelo Sistêmico:
- Final da década de 70;
- Sistema: entendido como “um conjunto de elementos,
de tal forma relacionados, que uma mudança no
estado de qualquer elemento provoca mudança no
estado dos demais elementos”;
MODELOS EXPLICATIVOS DO 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
 Modelo da História Natural das Doenças
(Modelo processual):
- Leavell & Clark (1976);
- Conjunto de processos que cria o estímulo patológico no
meio ambiente ou em qualquer outro lugar: poderá
levar a um defeito, invalidez, recuperação ou morte
(Leavell; Clark, 1976 apud Almeida Filho; Rouquayrol,
2002).
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6
MODELO DA HISTÓRIA NATURAL DAS
DOENÇAS (MODELO PROCESSUAL):
- Acompanha o processo saúde-doença: as inter-
relações do agente causador da doença, do
hospedeiro da doença e do meio ambiente e o
processo de desenvolvimento de uma doença.
- Permite compreender os diferentes métodos de
prevenção e controle das doenças.
1) Período Pré-patogênico:
- A patologia ainda não se manifesta;
- Presença de determinantes intrínsecos ao sujeito:
agentes físicos, químicos, nutricionais, genéticos,
econômicos, culturais, etc.
- Permite ações de promoção à saúde e proteção
específica;
PUTTINI, PEREIRA, OLIVEIRA, 2010
MODELO DA HISTÓRIA NATURAL DAS
DOENÇAS (MODELO PROCESSUAL):
2) Período Patogênico:
- O processo patológico está ativo;
- Alteração no estado de normalidade da saúde devido a
ação do agente patogênico;
- Distúrbio na forma e funções dos órgãos e sistemas;
- Evolução: sequela, cronicidade, cura ou morte
PUTTINI, PEREIRA, OLIVEIRA, 2010
Modelo da História Natural 
das Doenças (Modelo 
processual):
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7
 Sigerist: Definiu 04 tarefas da medicina:
- promoção da saúde,
- prevenção das doenças;
- recuperação dos enfermos;
- reabilitação;
Modelo da História Natural 
das Doenças (Modelo 
processual):
Leavell & Clark (1976): estruturaram as medidas
preventivas
Prevenção: Ação antecipada, baseada no conhecimento da
história natural, a fim de tornar improvável o progresso
posterior da doença.
 Medidas de intervenção nos diferentes estágios da doença;
Medidas Preventivas na 
perspectiva do MHND
1) Prevenção Primária:
- Realizado no período pré-patogênico;
- Conjunto de medidas dirigidas à população sadia: evitar a
ocorrência de novos casos;
- Promoção da saúde: medidas destinadas a desenvolver
uma saúde “ótima”;
- Proteção específica: contra agentes patogênicos ou
criando barreira contra esses agentes
Classificação das Medidas Preventivas
Fases
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21
8
2) Prevenção Secundária:
- Conjunto de medidas dirigidas à população doente;
- Diagnóstico e tratamento precoce;
- Limitação da invalidez;
3) Prevenção Terciária: Reabilitação
Sequelas de doenças ou acidentes e objetivam a
recuperação ou manutenção do equilíbrio funcional
Classificação das Medidas Preventivas
Fases
“A prevenção secundária e terciária, de acordo com a 
História Natural da Doenças de Leavell & Clark 
objetivam a redução dos fatores de risco
relacionados aos agentes patogênicos e ao ambiente, 
propondo medidas educativas e fiscalização para 
adoção ou reforço de comportamentos adequados 
à saúde e de enfrentamento da doença”
Classificação das Medidas 
Preventivas
 Leavell & Clark (1976): criaram 03 níveis de
prevenção.
 Dentro desses 03 níveis de prevenção existiriam pelo
menos 05 níveis distintos;
 As medidas preventivas podem ser aplicadas
dependendo do grau de conhecimento da história
natural de cada doença.
Classificação das Medidas 
Preventivas
22
23
24
9
05 Níveis de Prevenção
1. Promoção a saúde: exemplos
- Educação sanitária;
- Alimentação e nutrição adequada;
- Empregos e salários adequados;
- Condições para satisfação das necessidades básicas do 
indivíduo;
Classificação das Medidas 
Preventivas
Níveis
2. Proteção específica: Exemplos
- Vacinação;
- Exame pré-natal;
- Quimioprofilaxia (prevenir ou impedir adoecimento);
- Eliminação de exposição a agentes carcinogênicos; 
Classificação das Medidas 
Preventivas
Níveis
3. Diagnóstico e tratamento precoce: : Exemplos
- Exame periódico da saúde;
- Auto-exame;
- Intervenções médicas ou cirúrgicas precoces;
Classificação das Medidas 
Preventivas
Níveis
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27
10
4. Limitação do dano/invalidez: : Exemplos
- Acesso facilitado a serviço de saúde;
- Tratamento médico ou cirúrgico adequado;
- Hospitalização em função da necessidade;
Classificação das Medidas 
Preventivas
Níveis
5. Reabilitação: : Exemplos
- Terapia ocupacional, Educação Física, Fonoaudiologia,
Fisioterapia;
- Tratamento da pessoa com deficiência;
- Melhores condições de trabalho para a pessoa com 
deficiência;
- Tecnologia Assistiva: Próteses, órteses e adaptações...
Classificação das Medidas 
Preventivas
Níveis
1º. nível 2º. nível 3º. nível 4º. nível 5º. nível
Promoção 
da saúde
Proteção 
específica
Diagnóstico 
Precoce e 
tratamento 
oportuno
Limitação 
do dano
Reabilitação 
Prevenção 
primária
Prevenção 
secundária
Prevenção 
terciária
Prevenção Cura Reabilitação
Promoção Proteção Recuperação
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FATORES DETERMINANTES E 
CONDICIONANTES DA SAÚDE
O que leva uma doença a ocorrer?
Teorias Causais
FATORES DETERMINANTES
 O HOMEM é um ser dotado de uma GRANDIOSA
CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA, que permite
que viva ou sobreviva em quase todos os ambientes do
continente terrestre.
 O meioonde vive oferece OBSTÁCULOS NATURAIS E/OU
ARTIFICIAIS que se transformam ciclicamente em novas
barreiras, à medida que o homem se adapta à condição existente.
 Esses obstáculos ou barreiras promovem mudanças
permanentes ou transitórias na vida do indivíduo
sendo denominados fatores determinantes do
processo saúde-doença e oferecem a base para
estudos epidemiológicos (BELLUSCI, 1995).
FATORES DETERMINANTES
31
32
33
12
• A PRIMEIRA FASE ou política de saúde foi conhecida como a
FASE DA MAGIA ou DOS ASPECTOS SOCIAIS;
• Na SEGUNDA FASE, imperava os fatores FÍSICO-
QUÍMICOS, os ‘’MIASMAS’’;
• A TERCEIRA FASE, denominada BIOLÓGICA OU
MICROBIOLÓGICA:
Abordagem UNICAUSAL: que relaciona o agravo à saúde a um 
único agente etiológico. As intervenções se direcionavam para um 
único fator determinante da doença.
FATORES DETERMINANTES
• A QUARTA FASE muda a abordagem da doença,
relacionando-a a uma CAUSALIDADE MÚLTIPLA:
- Incorpora os aspectos sociais ou psicossociais no
processo de adoecer;
- Explica o aparecimento e a manutenção da doença
como resultante da interação do homem com os
fatores biológicos, químicos e físicos.
FATORES DETERMINANTES
• Na abordagem MULTICAUSAL, uma única doença é 
proveniente de diversos fatores determinantes, inter-
relacionados e dinâmicos. A intervenção é baseada em 
múltipla direção de modo a abranger os fatores 
MULTICAUSAIS.
FATORES DETERMINANTES
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TEORIAS CAUSAIS
 O processo SAÚDE-DOENÇA é considerado como resultante
de fatores, bio-psíquico-sociais e essa concepção permeia todas
as POLÍTICAS PÚBLICAS para a saúde instituídas após a
Constituição brasileira de 1988, que define a SAÚDE COMO
RESULTANTE DE INÚMEROS FATORES, pois reafirma
que é um direito de todos os cidadãos e um dever do Estado,
garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem a
redução dos riscos de adoecer e o acesso universal e igualitário
às ações e serviços (BRASIL, 1988).
TEORIAS CAUSAIS
TEORIA DA MULTICAUSALIDADE
 Nem toda doença tem origem apenas no agente etiológico;
 Havia infecção sem doença e doenças não infecciosas;
Hospedeiro
Agente Meio 
Ambiente
Tríade Ecológica
 Classificação dos Agentes Etiológicos
- Biológicos – Bactérias, vírus;
- Genéticos – Translocação de cromossomos;
- Químicos – nutrientes, drogas, gases, fumo, álcool;
- Físicos – radiação, atrito e impacto de veículos
automotores, acidentes;
- Psíquicos ou psicossociais – estresse do desemprego;
TEORIAS CAUSAIS
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38
39
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TEORIAS CAUSAIS
 Fatores Ambientais
 Ambiente Físico
- Clima, altitude, umidade relativa do ar, temperatura;
 Ambiente Biológico
- Seres vivos da terra;
 Ambiente Social
- Características sociais, econômicas, políticas e culturais;
TEORIAS CAUSAIS
 Fatores do Hospedeiro
 Herança Genética
- Alterações cromossômicas – Hemofilia e anemia falciforme;
- Doenças: HAS; Diabetes;
 Anatomia e Fisiologia do Organismo Humano
- Imunidade natural e a adquirida
- Idade, sexo, raça.
 Estilo de Vida
- Usuários de drogas injetáveis, fumantes;
- Consumo excessivo de Álcool; 
- Falta de atividade física
 Ações para intervir no processo saúde-doença
 Hospedeiro (homem)
1. Em relação a herança genética
- aconselhamento genético
- diagnóstico pré-natal
2. Em relação à anatomia e fisiologia
- imunização ativa ou passiva
- manutenção do peso corporal em níveis aceitáveis
3. Estilo de vida
- não fumar
- fazer atividade física
TEORIAS CAUSAIS
AÇÕES PARA INTERVIR NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
40
41
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TEORIAS CAUSAIS
AÇÕES PARA INTERVIR NO PROCESSO SAÚDE-
DOENÇA
 Meio ambiente
Meio Físico
- saneamento das águas
- saneamento do ar
- saneamento do solo
Meio Biológico
- controle biológico de vetores
- vigilância de alimento
- eliminação de vetores na cidade
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