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Ações do Perito na Análise de uma Cena de Crime · · Primeiro Passo: · Antes da análise dos vestígios, certeza de que o ambiente está seguro. Ele não pode comprometer a sua vida, a sua saúde, a sua integridade física, em um ambiente que não está favorável para isso, garantindo a segurança dos profissionais que estão li presentes- seja no próprio ambiente para não acontecer explosões, desmoronamento, ou seja, evitar confrontos armados. O perito tem que ter alguém em sua retaguarda para que, em uma troca de tiros, alguém o defenda imediatamente, para que ele possa se armar antes de começar e não seja pego desprevenido. · O perito criminal adentra em uma série de ambientes distintos, alguns simples- rua-, outros nem tanto- mata-, algumas vezes podendo subir ou descer barrancos. Não se restringe apenas ao ambiente, tem relação também com a integridade física do perito- possibilidade de troca de tiros. · Ele analisa o local por inteiro e, se for o caso- limitação de mangue, de rio-, juntar uma equipe para fazer a segurança nessa limitação, justamente para que o perito não seja surpreendido, pois uma vez que o perito começar os exames, ele não poderá mais preocupar-se com essas questões- o foco será totalmente na análise da cena do crime. · Locais de incêndio: problemáticos, deve-se analisar se não há um foco do incêndio ainda ali no ambiente, para que aquilo, em meio a perícia, não vire um problema. · Locais onde aconteceram explosões: sempre deve ter cuidado em locais desse tipo- explosões a banco, devendo observar se ainda há explosivos no local e caso ainda haja, chamar o GATI para desarmar, pois o perito não irá fazer medição, não vai recolher vestígios, não irá fazer nada preocupando-se em primeiro lugar com a sua segurança. · Segundo passo: · Estudar sobre o isolamento e preservação da cena de crime, verificando se o local está isolado. · Um local isolado é distinto de preservado. Isolado significa, em termos de aspecto físico, delimitador o local- barreira. Já local preservado é aquele que tal qual o criminoso o deixou após o cometimento do delito- não tem nada a ver com delimitação física. Ou seja, local isolado é aquele que tem a delimitação física- geralmente por fita zebrada, mas não necessariamente, podendo-se utilizar de galhos de árvore, riscos no chão ou cone- e local preservado é aquele que está a mesma maneira que o criminoso deixou · Local Idôneo é aquele preservado e um Local Idôneo é aquele não preservado- que foi mexido, alterado. · Não necessariamente o criminoso que altera o local do crime, por vezes o próprio SAMU que tentou socorrer a vítima e não consegue, pois a vítima já estava em óbito e isso leva a não preservação da cena já que o SAMU irá entrar e tocar, virar o cadáver o cadáver de posição, alterando o local. · Essa não preservação da cena de crime por viés do SAMU é totalmente aceitável, pois o socorro à vítima está acima da preservação do fato. · Outra forma de não preservação da cena de crime é por viés dos familiares e, parentes pois por vezes eles vêm a vítima e se agarram ao cadáver. Isso faz com que o local não esteja mais preservado, pois, se havia manchas de sangue ali, a pessoa já pisou, já modificou a dinâmica das manchas de sangue, alterou, também, a posição do cadáver que indica muito para o perito. · Portanto passa a ser um Local Inidôneo, porém não necessariamente porque a pessoa quis modificar a cena. · Contudo, há pessoas que querem modificar de forma intencional a cena do crime, ou porque querem esconder autoria ou porque de repente acha um objeto que querem esconder da polícia- drogas, por exemplo- e coletou antes. Vale lembrar, no entanto, que alterar a cena de crime é fato criminoso. · No caso de o perito chegar e o local não estiver isolado, ele providenciará para que se isole. No entanto, o artigo 6° do Código de Processo Penal, afirma que o delegado de polícia deve tomar todas essas atitudes, mas na prática viva nem sempre isto acontece. A delimitação de local se faz necessária para garantir o trabalho de forma eficiente, pois essa delimitação vai impedir curiosos, imprensa ou familiares de avançar e atrapalhar o trabalho dos peritos. · O período tem como saber se o local foi mexido- como uma mancha de sangue que não está compatível com o local porque alguém deixou ali de forma intencional ou não, macha fantasma-é quando, de repente, tem-se um sangramento só que se deu por um objeto e, após o sangramento, alguém foi lá e removeu o objeto. · Depois de observar se o ambiente está preservado, em caso de não preservação, o perito deve colocar no laudo, porque, se não for um ambiente preservado, vai ter impacto na dinâmica do evento- que é um dos papéis da perícia falar como o evento criminoso aconteceu. · Terceiro Passo: · O terceiro passo se trata de estudar as Manchas de Sangue do ambiente, que é chamado também de Dinâmica das Manchas de Sangue, e são muito importantes para o trabalho do perito pois através da forma de incidência, da morfologia, diâmetro de uma mancha, consegue-se descobrir informações sobre o evento criminoso. · Consegue-se descobrir se aquela mancha caiu enquanto a pessoa estava parada, se o sangue caiu da vítima quando ela estava caminhando, além de descobrir se a vítima estava caminhando- gotejamento em trilhas-, sentada- manchas saturadas ou manchas do tipo poça-, em pé, sobre algum anteparo. Consegue-se descobrir também qual foi o instrumento causador, se foi um instrumento de baixa, média ou alta- projétil de arma de fogo, que gera manchas bem específicas que são as manchas impactadas- velocidade. · Na morfologia de uma mancha de sangue viva pode-se Indicar se uma artéria da vítima foi atingida, pois há um tipo específico de mancha que é denominado de mancha do tipo arterial. · Inclusive, ao estudar a incidência das manchas de sangue- graus-, pode-se descobrir em que posição a vítima estava quando foi atingida · Pode-se descobrir também a temporalidade do crime, pois se já faz tempo que o crime foi cometido algumas manchas irão estar secas, dependendo do nível de radiação- solar-, da umidade. · Local de crime, bem como as manchas de sangue, falam com o perito. As manchas de sangue mostram como aconteceu e dizem toda a dinâmica do crime. · Quarto Passo: · Coletar e armazenar os vestígios coletado na cena de crime, com todo o cuidado devido, respeitando a cadeia de custódia. Ao encontrar manchas de sangue e quer solicitar um exame de DNA ou verificar se aquela mancha de sangue é humana, coleta-se aquela mancha sanguínea, pega-se uma amostra seguindo procedimentos padrões, justamente para que não ocorra contaminação daquela amostra- coloca em um recipiente lacrado pelo perito para demonstrar que apenas ele pegou naquela amostra. · Pode ser encontrado também projéteis de arma de fogo no ambiente que será coletado, podendo ser importante para um confronto balístico- identificação da arma do crime-, pode encontrar estojos de munição que podem ser coletados, nestes, impressões papilares, DNA de quem alimentou aquela arma. · O perito vai numerar devidamente aqueles vestígios e encaminhar para laboratórios específicos se for o aos, para exames complementares- balística, DNA, papiloscopia etc. · Quinto Passo: · O quinto passo é o exame perinecroscópico, ou seja, a análise externa do cadáver que ocorre no próprio local de crime sendo o cadáver a última coisa que se mexe. Primeiro o perito analisa todo o ambiente- pois ele mostra o que aconteceu com o cadáver-, porque se ele analise primeiro o cadáver, isso influencia no ambiente. · Haverá momentos em que, ao olhar o cadáver, haverá alguma lesão, algo que o perito não percebeu no ambiente e ele irá fazer a busca daquilo. Contudo, o cadáver deve ser deixado por último, pois ao manipular o cadáver pode-se alterar as manchas de sangue. Pode haver vestígios que estariam ali próximos ao cadáver ou embaixo- projétil, estojos balísticos- e, quando se move o cadáver, o perito torna inidôneo o ambiente, por isso faz-se necessário a coleta antes, além de fotografar. · Todos os passosanteriormente citados, devem ser fotografados, não se pode tocar no ambiente, não coleta vestígios, não mexe no cadáver, não faz estudo das manchas sem antes fotografá-lo. Fotografa-se sobre ângulos diversos, distanciamento diversos, para que tudo seja demonstrada tal qual foi encontrado pelo perito. · No cadáver, o perito irá ver todas as lesões que apresenta: lesões perfuro-contusas, lesões perfurocortantes, lesões cortantes, lesões contusas unicamente, lesões de defesa, lesões no pescoço- que podem indicar a ocorrência de um enforcamento, de um estrangulamento, de uma esganadura- e após o cadáver é encaminhado ao IML. Lá, irá ocorrer o exame necroscópico, que irá confirmar tudo que foi observado externamente no cadáver e inclusive trazer mais informações. O trabalho do IML é fundamental para complementar o estudo do perito. · Se o cadáver estiver em putrefação, haverá uma certa dificuldade em encontrar as lesões, porém no IML, trabalhar esse cadáver para enxergar tudo. Se o cadáver está com diversas perfurações ele sangra muito- o que dificulta a observação do perito em todas as lesões. · Por vezes, as lesões são na cabeça, havendo um comprometimento total do couro cabeludo, e o cabelo atrapalha o perito enxergar as bordas da lesão, então o trabalho do IML também é de importância fundamental para auxílio do perito local. · · Resumo: · O perito chega ao local, analisa sobre a segurança local e caso não haja, irá providenciar, verificar se o local está preservado, faz anotações necessárias sobre a cena que vão constar no laudo, fotografa tudo antes de começar a mexer na cena, estuda as manchas de sangue- pois pode ser que o perito toque em um vestígio que esteja impregnado com sangue e acabe alterando a morfologia-, coleta os vestígios que serão de interesse policial e, só então, manipula o cadáver sem comprometer o restante da cena porque ela já foi completamente analisada. Ações do Perito na Análise de uma Cena de Crime Primeiro Passo: Z Antes da análise dos vestígios, certeza de que o ambiente está seguro. Ele não pode comprometer a sua vida, a sua saúde, a sua integridade física, em um ambiente que não está favorável para isso, garantindo a segurança dos profissionais que estão li presentes - seja no próprio ambiente para não acontecer explosões, desmoronamento, ou seja, evitar confrontos armados. O perito tem que ter alguém em sua retaguarda para que, em uma troca de tiros, alguém o defenda imediatamente, para que ele possa se armar antes de começar e não seja pego desprevenido. Z O perito criminal adentra em uma série de ambientes distintos, alguns simples - rua - , outros nem tanto - mata - , algumas vezes podendo s ubir ou descer barrancos. Não se restringe apenas ao ambiente, tem relação também com a integridade física do perito - possibilidade de troca de tiros. Z Ele analisa o local por inteiro e, se for o caso - limitação de mangue, de rio - , juntar uma equipe para f azer a segurança nessa limitação, justamente para que o perito não seja surpreendido, pois uma vez que o perito começar os exames, ele não poderá mais preocupar - se com essas questões - o foco será totalmente na análise da cena do crime. Z Locais de incêndio: problemáticos, deve - se analisar se não há um foco do incêndio ainda ali no ambiente, para que aquilo, em meio a perícia, não vire um problema. Z Locais onde aconteceram explosões: sempre deve ter cuidado em locais desse tipo - explosões a banco, devendo obser var se ainda há explosivos no local e caso ainda haja, chamar o GATI para desarmar, pois o perito não irá fazer medição, não vai recolher vestígios, não irá fazer nada preocupando - se em primeiro lugar com a sua segurança. Segundo passo: Z Estudar sobre o iso lamento e preservação da cena de crime, verificando se o local está isolado. Z Um local isolado é distinto de preservado. Isolado significa, em termos de aspecto físico, delimitador o local - barreira. Já local preservado é aquele que tal qual o criminoso o d eixou após o cometimento do delito - não tem nada a ver com delimitação física. Ou seja, local isolado é aquele que tem a delimitação física - geralmente por fita zebrada, mas não necessariamente, podendo - se utilizar de galhos de árvore, riscos no chão ou co ne - e local preservado é aquele que está a mesma maneira que o criminoso deixou Z Local I dôneo é aquele preservado e um Local Idôneo é aquele não preservado - que foi mexido , alterado. Z Não necessariamente o criminoso que altera o local do crime, por vezes o próprio SAMU que tentou socorrer a vítima e não Ações do Perito na Análise de uma Cena de Crime Primeiro Passo: Antes da análise dos vestígios, certeza de que o ambiente está seguro. Ele não pode comprometer a sua vida, a sua saúde, a sua integridade física, em um ambiente que não está favorável para isso, garantindo a segurança dos profissionais que estão li presentes- seja no próprio ambiente para não acontecer explosões, desmoronamento, ou seja, evitar confrontos armados. O perito tem que ter alguém em sua retaguarda para que, em uma troca de tiros, alguém o defenda imediatamente, para que ele possa se armar antes de começar e não seja pego desprevenido. O perito criminal adentra em uma série de ambientes distintos, alguns simples- rua-, outros nem tanto- mata-, algumas vezes podendo subir ou descer barrancos. Não se restringe apenas ao ambiente, tem relação também com a integridade física do perito- possibilidade de troca de tiros. Ele analisa o local por inteiro e, se for o caso- limitação de mangue, de rio-, juntar uma equipe para fazer a segurança nessa limitação, justamente para que o perito não seja surpreendido, pois uma vez que o perito começar os exames, ele não poderá mais preocupar-se com essas questões- o foco será totalmente na análise da cena do crime. Locais de incêndio: problemáticos, deve-se analisar se não há um foco do incêndio ainda ali no ambiente, para que aquilo, em meio a perícia, não vire um problema. Locais onde aconteceram explosões: sempre deve ter cuidado em locais desse tipo- explosões a banco, devendo observar se ainda há explosivos no local e caso ainda haja, chamar o GATI para desarmar, pois o perito não irá fazer medição, não vai recolher vestígios, não irá fazer nada preocupando-se em primeiro lugar com a sua segurança. Segundo passo: Estudar sobre o isolamento e preservação da cena de crime, verificando se o local está isolado. Um local isolado é distinto de preservado. Isolado significa, em termos de aspecto físico, delimitador o local- barreira. Já local preservado é aquele que tal qual o criminoso o deixou após o cometimento do delito- não tem nada a ver com delimitação física. Ou seja, local isolado é aquele que tem a delimitação física- geralmente por fita zebrada, mas não necessariamente, podendo-se utilizar de galhos de árvore, riscos no chão ou cone- e local preservado é aquele que está a mesma maneira que o criminoso deixou Local Idôneo é aquele preservado e um Local Idôneo é aquele não preservado- que foi mexido, alterado. Não necessariamente o criminoso que altera o local do crime, por vezes o próprio SAMU que tentou socorrer a vítima e não
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