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Equipamentos e Cargas

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Prévia do material em texto

Indaial – 2020
EquipamEntos E Cargas
Prof.a Luciana Demarchi
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof.a Luciana Demarchi
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
D372e
Demarchi, Luciana
Equipamentos e cargas. / Luciana Demarchi. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2020.
231 p.; il. 
ISBN 978-65-5663-095-3
1. Equipamentos portuários. – Brasil. 2. Equipamentos. – Brasil. 
3. Cargas. – Brasil. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 380
III
aprEsEntação
Acadêmico, seja bem-vindo! Em um mundo cada vez mais globalizado, 
as relações comerciais se tensionam e expandem. É vital que se desenvolva 
e atinja, de forma rápida e concisa, a eficiência e a eficácia nos processos 
logísticos objetivando a agregação de valores à cadeia logística e a mantença 
da competitividade. Visando contribuir para a formação profissional sólida, 
esta disciplina tem como objetivos apresentar os conceitos dos equipamentos 
e cargas dos portos e suas estruturas e classificação para o seu funcionamento. 
Conhecer as ferramentas e tecnologias que melhoram a movimentação de 
cargas nos portos. Conhecer as instalações e equipamentos portuários, como 
máquinas e equipamentos em relação ao seu funcionamento. Conhecer e 
analisar estratégias para terceirização, bem como a colaboração e cooperação 
dos fornecedores nos processos de movimentação e cargas.
O material didático também conta com vídeos, fóruns, objeto de 
aprendizagem que estão no AVA. Acadêmico, é importante que você 
utilize todas os recursos didáticos-pedagógicos para desenvolver seus 
conhecimentos. Pronto? Então trilharemos, juntos, mais este caminho de 
conhecimento!
Bons estudos!
Prof.a Luciana Demarchi
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
VII
UNIDADE 1 – CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS ...................1
TÓPICO 1 – CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS .....................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS: CONCEITOS ............................................................................3
2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CARGAS ...................................................................................................5
3 PRINCÍPIOS DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS E MATERIAIS ..........................................8
4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA A MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS .....................16
4.1 CENTRO DE GRAVIDADE (CG) ..................................................................................................24
4.2 PRINCÍPIO DA ALAVANCA ........................................................................................................25
4.3 ALAVANCA E ESTABILIDADE ....................................................................................................25
4.4 TAXA DE INCLINAÇÃO ...............................................................................................................26
4.5 FATORES DE ESTABILIDADE FRONTAL .................................................................................26
4.6 ATORES DE ESTABILIDADE TRASEIRA ...................................................................................26
4.7 LIMITAÇÕES DE CAPACIDADE .................................................................................................26
4.8 BASES PARA AS CAPACIDADES TABELADAS .......................................................................27
4.9 COMPONENTES QUE PODEM FALHAR POR SOBRECARGA ...........................................28
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................42
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................43
TÓPICO 2 – PREPARAÇÃO DE CARGAS PARA MOVIMENTAÇÃO .......................................45
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................45
2 SEPARAÇÃO DE CARGA ..................................................................................................................45
3 PEAÇÃO E ESCORAMENTO DE CARGA .....................................................................................49
3.1 PEAÇÃO: O QUE É? ......................................................................................................................49
3.2 ESCORAMENTO ............................................................................................................................50
3.3 SISTEMA DE LINGADAS ..............................................................................................................51
4 AVARIAS DAS CARGAS....................................................................................................................52
4.1 CLASSIFICAÇÃO DE AVARIAS ..................................................................................................53
4.2 SITUAÇÕES QUE PODEM LEVAR À AVARIA ..........................................................................54
4.3 MEIOS DE REDUZIR OU ATENUAR AVARIAS NA CARGA GERAL ..................................55
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................58
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................59
TÓPICO 3 – CARGAS .............................................................................................................................61
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................612 MANUSEIO DE CARGA PERIGOSA ..............................................................................................61
2.1 O IMDG CODE E A ESTIVA DE CARGAS PERIGOSAS ..........................................................62
3 CARGA A GRANEL, SOLTA E CONTEINERIZADA ..................................................................78
4 PLANO DE CARGA E BAY PLAN .....................................................................................................82
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................86
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................89
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................90
sumário
VIII
UNIDADE 2 – EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS ............................................................................93
TÓPICO 1 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS .................95
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................95
2 EQUIPAMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NO PORTO ..............................95
2.1 SAFETY WORK LOAD (SWL) (CARGA DE RUPTURA/FATOR DE SEGURANÇA) ..........97
2.2 EQUIPAMENTOS DE CONTRA-PESO (COUNTERBALANCED) .........................................99
2.3 EQUIPAMENTOS DE PÓRTICO ................................................................................................100
2.3.1 Componentes de um pórtico ..............................................................................................101
2.3.2 Tipos de pórtico ...................................................................................................................104
2.4 SEMIPÓRTICOS .............................................................................................................................108
2.4.1 Semipórtico rolante ..............................................................................................................108
2.4.2 Semipórtico univiga .............................................................................................................108
2.4.3 Semipórtico dupla viga .......................................................................................................109
3 TERNOS ...............................................................................................................................................109
4 VIDA ÚTIL DOS EQUIPAMENTOS ..............................................................................................110
5 BALANÇO ROLL ................................................................................................................................110
5.1 GUINDASTES OFFSHORE ..........................................................................................................114
5.2 OPERAÇÃO DO GUINDASTE EM FPSO (FLOATING PRODUCTION, STORAGE 
AND OFFLOADING) ...................................................................................................................117
6 DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS .......................................................................122
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................130
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................131
TÓPICO 2 – EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇAÕ VERTICAL 
(SHORE EQUIPMENT) ..................................................................................................133
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................133
2 MODELOS DE OPERAÇÃO ............................................................................................................133
3 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO VERTICAL (SHORE EQUIPMENT) ................134
3.1 DESCARREGADORES DE NAVIO (SHIP UNLOADER) ......................................................137
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................138
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................139
TÓPICO 3 – EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO HORIZONTAL .................................141
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................141
2 TRANSFERÊNCIA DE ENCOSTADO ...........................................................................................141
3 EQUIPAMENTOS DE ESTOCAGEM ............................................................................................143
4 EQUIPAMENTOS DE TRANSFERÊNCIA E ESTOCAGEM DE CARGAS ...........................144
5 IMPLEMENTOS .................................................................................................................................145
5.1 MOITÃO OU GATO E BOLA PESO ..........................................................................................145
5.2 CAÇAMBA GRAB ........................................................................................................................146
5.3 CAÇAMBA DE GARRAS .............................................................................................................146
5.4 SPREADER .....................................................................................................................................147
5.5 FERROLHO ....................................................................................................................................148
5.6 LINGA .............................................................................................................................................148
5.7 CABOS DE AÇO ............................................................................................................................154
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................156
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................165
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................166
IX
UNIDADE 3 – ESTRATÉGIAS PORTUÁRIAS, CARGAS, EQUIPAMENTOS, 
MATERIAIS E SERVIÇOS ........................................................................................169
TÓPICO 1 – GESTÃO PORTUÁRIA DE EFICIÊNCIA .................................................................171
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................171
2 GESTÃO PORTUÁRIA DE EFICIÊNCIA .....................................................................................172
2.1 MODELOS DE GESTÃO PORTUÁRIA .....................................................................................176
3 AVALIAÇÃO DINÂMICA DE CAPACIDADE E DESEMPENHO DE TERMINAIS 
PORTUÁRIOS .....................................................................................................................................187
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................189
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................190
TÓPICO 2 – ESTRATÉGIAS DE AQUISIÕES DE MATERAIS, EQUIPAMENTOS E 
SERVIÇOS: TERCEIRIZAÇÃO/QUARTEIRIZAÇÃO ...........................................1911 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................191
2 ESTRATÉGIAS DE AQUISIÕES DE MATERAIS E EQUIPAMENTOS – STRATEGIC 
SOURCING ..........................................................................................................................................191
2.1 O QUE É STRATEGIC RESSOURCING? ....................................................................................192
2.2 RFI, RFP E RFQ: INSTRUMENTOS DE APOIO À DECISÃO DO COMPRADOR .............195
2.3 DEFINIR O CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DAS RFQ’S E AS PROPOSTAS TÉCNICAS .....196
2.4 ANÁLISE E EQUALIZAÇÃO DAS PROPOSTAS COMERCIAIS ..........................................196
3 TERCEIRIZAÇÃO/QUARTEIRIZAÇÃO E SUBCONTRATAÇÃO DA MÃO DE OBRA...198
3.1 O QUE É TERCEIRIZAÇÃO? .....................................................................................................198
3.2 O QUE É QUARTEIRIZAÇÃO OU TERCEIRIZAÇÃO GERENCIADA? ............................202
3.3 SUBCONTRATAÇÃO ...................................................................................................................204
3.4 CUIDADOS FAZER TERCEIRIZAR OU QUARTEIRIZAR ....................................................205
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................209
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................210
TÓPICO 3 – NORMAS PORTUÁRIAS: EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E CARGAS .........211
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................211
2 LEIS PORTUÁRIAS ...........................................................................................................................211
2.1 LEI N° 12.815 ..................................................................................................................................213
2.2 DECRETO N° 9.048/2017 ..............................................................................................................215
3 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO .........................................................216
3.1 NR 11 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO 
DE MATERIAIS ..............................................................................................................................217
3.2 NR 12 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO 
DE MATERIAIS ..............................................................................................................................218
3.3 NORMA REGULAMENTADORA 29 (NR-29) .........................................................................219
3.4 RISCOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR ...................................................221
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................223
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................224
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................225
X
1
UNIDADE 1
CONCEITO E PRINCÍPIOS DE 
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os conceitos e princípios de cargas e movimentação de cargas, 
bem como os equipamentos para a movimentação;
• conhecer os processos de estivagem de carga;
• conhecer e identificar as classes de cargas perigosas e os cuidados com 
seu manuseio;
• identificar e analisar possíveis situações que podem causar avarias nas 
cargas;
• conhecer e identificar questões de estabilidade e centro de gravidade dos 
equipamentos e cargas.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. 
TÓPICO 1 – CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE 
CARGA
TÓPICO 2 – PREPARAÇÃO DE CARGAS PARA MOVIMENTAÇÃO
TÓPICO 3 – CARGAS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
1 INTRODUÇÃO
O processo produtivo em uma empresa requer um fluxo de materiais 
constante, que se estende desde a entrada dos insumos, passando pelos processos 
de armazenagem e modificação e até o seu envio rumo ao seu destino. Todas 
essas etapas devem agregar valor ao produto, por isso, todo o processo deve ser 
pensado, planejado e controlado. Da mesma forma, quando a carga sai da empresa 
e segue ao seu destino, ela deve seguir um planejamento visando agregar valor e 
evitar perdas. 
É preciso conhecer a natureza da carga, por qual material ela é composta, 
qual seu peso, e, assim, verificar quais equipamentos e acessórios são mais 
adequados para a ação de movimentar as cargas. Um erro na análise desses 
fatores pode levar a uma situação de avaria na carga ou ainda de um acidente. 
Neste tópico, portanto, compreenderemos os conceitos que envolvem o processo 
de movimentação de cargas.
2 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS: CONCEITOS
Primeiramente, é importante estabelecermos uma diferenciação entre 
materiais e cargas. Podemos entender materiais como sendo “qualquer coisa, 
qualquer material, volume ou carga unitizada, em qualquer forma – sólido, 
líquido ou gasoso” (MOURA, 2010, p. 19).
Agora, a carga “inclui uma unidade de transporte de carga e significa 
uma carga sobre rodas, veículos, contêineres, paletes planos, tanques portáteis 
empacotados, ou outras cargas e equipamentos de carga ou suas partes, que 
pertencem ao navio e que não estejam fixos ao navio” (HOUSE, 2005, p. 1-2). Por 
exemplo: 
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
4
FIGURA 1 – MATERIAL: CAFÉ
FONTE: <https://www.cb87.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Conhe%C3%A7a-os-tipos-de-
gr%C3%A3os-de-caf%C3%A9.jpg>. Acesso em: 16 mar. 2020.
FIGURA 2 – CARGA DE CAFÉ
FONTE: <http://correiodosul.com/wp-content/uploads/2016/06/sacas-cafe-c1.jpg>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
Então, a carga unitizada pode ser compreendida como “uma unidade que 
pode ser movimentada ou armazenada como uma entidade única de uma única 
vez. Envolvem pallets, contêineres ou sacolas e independem do número de itens 
individuais que compõe a carga” (KUTZ, 2009, p. 4). 
Essa organização dos materiais de modo que fiquem acondicionados 
adequadamente para a movimentação em uma única unidade, é o que chamamos 
de unitizar a carga. 
A carga, portanto, é caracterizada pela unitização de itens menores. 
São unidades com dimensões semelhantes compostas por um ou mais 
itens, visando facilitar o transporte e o armazenamento. As cargas, 
portanto, efetivamente não deixam de ser materiais. Esse raciocínio 
nos permite diferenciar o que é uma ‘carga’ e o que é um ‘material’ 
(ABRAÇADO, 2013, p. 11).
Os principais métodos de unitização de carga, apontado por Nascimento 
(2014) são: amarrados, paletização, pré-lingado, big bag e conteinerização. 
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
5
2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CARGAS
A seguir, veremos como as cargas podem ser classificadas, segundo 
Nascimento (2014):
a) Classificação geral:
• Carga solta ou fracionada: quando embarcados volume por volume, por 
exemplo: caixas, sacos, fardos, cartões, tambores, bobinas de papel etc. 
• Unitizadas: paletes (amarrados), (atados) (skids), slings (estropos) – marine 
sling, contêineres, big bag.
A carga geral é transportada em navios denominados de carga geral, que, 
podem ser: 
• Convencionais: carga fracionada, amarrada ou paletizada. 
• Porta-contêineres: carga estufada emcontêineres. 
• Lash: lighter aboard ship. 
• Porta-barcaças: para carga em barcaças.
b) Classificação das cargas quanto à incompatibilidade:
• Carga geral e a granel: esses tipos de cargas não podem ser misturados, 
devendo ser acondicionadas em espaços, compartimentos distintos. Se, 
contudo, não for possível esse tipo de separação, é necessário providenciar 
um transversal que pode ser de madeira compensada. Pode-se separar 
também a carga geral, do granel, isolando-se uma da outra por forração de 
lona de PVC.
• Cargas leve e pesada: normalmente, as cargas leves são mais frágeis e não 
deverão ser estivadas embaixo das cargas pesadas.
Estiva (stowage): movimentação da mercadoria desde o momento em que 
está suspensa paralelamente ao costado do navio até que esteja definitivamente estocada 
a bordo, de forma que não possa sofrer deslocamentos, danos ou deteriorações, ocupando 
o menor espaço possível e colocada de maneira que a sua posterior movimentação seja 
simples de se efetuar (DICIONÁRIO DE LOGÍSTICA ON-LINE, 2020).
NOTA
• Cargas frágeis e fortes: usando o bom senso, devemos estivar as cargas 
frágeis em cima das cargas fortes, mas devemos ficar atentos e verificar se há 
ou não incompatibilidade entre as cargas.
• Carga úmida: podem vazar, correr e assim avariar outras cargas. Desta 
forma é interessante que sejam estivadas no piso do porão. Alguns exemplos: 
tambores de tintas, de óleo vegetal e o açúcar.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
6
• Carga seca: não podem entrar em contato com água ou umidade. Podemos 
citar alimentos como café, arroz, farinha, como também confecções e papel. 
• Carga limpa: não podem entrar em contato com sujeira e/ou umidade, o que 
poderá contaminá-las ou avariá-las, como, por exemplo, as bobinas de papel 
que facilmente podem ser afetadas tanto por sujeiras quanto pela umidade.
• Carga suja: é toda carga que desprende poeira, por exemplo, o carvão e a 
areia.
• Carga higroscópica: trata-se da carga que desprende umidade. Por exemplo: 
sal, que por sua composição química desprende umidade.
• Carga odorífera: trata-se da carga que desprende odor, por exemplo: produtos 
químicos como o cloro, a amônia e ainda alguns produtos alimentícios como 
o cacau.
• Carga alimentícia: demanda um processo de estiva mais cuidadoso, 
pois destina-se ao consumo humano. Muita atenção para que não seja 
contaminada por outras cargas.
• Carga que requer quarentena: estão sob suspeita e as autoridades exigem 
um período determinado para que sejam feitos análises e testes para verificar 
se a carga pode ou não ser descarregada.
• Carga perigosa: já por sua natureza devem ser acondicionadas e ter o seu 
grau de perigo sinalizado em suas embalagens indicando pelo Código 
Internacional da IMO. Assim poderá ser dado o devido cuidado durante o 
seu manejo e transporte.
Acadêmico, a IMO é a sigla para Organização Marítima Internacional. Trata-
se de um órgão das ONU que é responsável pela segurança e proteção da navegação e 
proteção do mar em relação à contaminação. Acesse o link: http://www.imo.org/es/About/
Paginas/Default.aspx.
DICAS
• Carga venenosa: temos também uma classificação para cargas venenosas 
que são especificadas na SOLAS. É vital ter o conhecimento dessas regras 
para executar um manuseio da carga, bem como seu acondicionamento no 
navio, de forma segura.
Carga também pode ser entendida como “uma mercadoria que, ao ser 
transportada por qualquer veículo, paga frete, sendo este uma remuneração dos 
serviços prestados na condução/transporte das mercadorias de um ponto para o 
outro” (NASCIMENTO, 2014, p. 13).
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
7
Neste livro didático vamos, de acordo com o autor Abraçado (2013), 
compreender por “carga” as unidades de cargas que envolvem um ou mais 
materiais.
Encontramos na literatura acadêmica autores que utilizam a expressão 
“movimentação de materiais” para designar toda a movimentação de materiais 
dentro das fábricas, da planta fabril e “movimentação de carga” em relação ao 
transporte marítimo e aos projetos de terminais de contêineres (ABRAÇADO, 2013). 
Unitização: é importante compreendermos que toda movimentação de 
materiais ou de carga gera custos. Assim, quanto maior a quantidade de carga 
que é possível mover em uma única “viagem”, tanto menor será o nosso curto. 
Aqui nos encontramos com questões simples de contabilidade. Devemos 
realizar o cálculo do custo unitário da movimentação da carga movimentada. Ao 
chegarmos a este valor, podemos perceber que, conforme usamos a capacidade 
total de movimentação, podemos diminuir os custos totais da operação de 
movimentação da carga. Veremos um exemplo ilustrativo:
Uma empilhadeira possui a capacidade de transporte máximo de carga de 
200 quilos de um determinado material X. A quantidade total a ser movimentada 
do material X é 600 quilos. O custo unitário da movimentação da carga é de 
R$10,00 por movimentação do ponto de origem até o ponto de destino.
 
Se o material for unitizado em embalagem adequada que comporte 
a quantidade de material mais próxima a 200 quilos, a tendência é que a 
movimentação ocorra em um menor número de vezes, o que ocasiona um menor 
custo de movimentação possível. Veja a tabela:
TABELA 1 – RELAÇÃO ENTRE A CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA E 
O SEU CUSTO TOTAL
FONTE: A autora
Quantidade total 
de material a ser 
transportado 
(em quilos)
Capacidade máxima 
da empilhadeira por 
movimentação 
(em quilos)
Carga 
carregada
Quantidade 
de viagens 
necessárias
Custo 
Unitário
Custo 
Total
600 200
200 3 R$ 10,00 R$ 30,00
150 4 R$ 40,00
100 6 R$ 60,00
50 12 R$ 120,00
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
8
FIGURA 3 – RELAÇÃO ENTRE A CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 
E O SEU CUSTO TOTAL
FONTE: A autora
Desta forma, pode-se chegar a um grau maior de eficiência.
3 PRINCÍPIOS DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS E MATERIAIS
Ao compreendermos a movimentação de carga como sendo um conjunto 
de operações que resulta na mudança de posição de coisas, o que demanda esforço e 
planejamento, pois toda movimentação gera custos e riscos. Então, temos que, antes 
de realizar qualquer ação, refletir e planejar a movimentação. O primeiro passo é 
entender, segundo Moura (2010), que a movimentação pressupõe uma relação entre 
Tempo, Movimento, Lugar, Quantidade e Espaço. Nessa relação, temos:
• O material do qual a carga é composta (seu volume ou carga unitizada, em 
qualquer forma: sólida, líquida ou gasosa).
• A quantidade a ser movimentada em relação à demanda das operações.
• O tempo, a carga ou o material devem estar disponíveis no momento exato 
em que ela é necessária seja para operação, ou no seu destino. Com relação ao 
lugar, a carga deve estar no lugar certo, esperado, apropriado.
Estocagem: antes dos materiais comporem uma carga, eles são muitas 
vezes, estocados. Se esse processo não for bem feito, em espaço adequado a cada 
forma e especificidade de material, acondicionado de forma correta, pode ocasionar 
danos e perdas. Desta forma, além de um bom planejamento, é importante que 
seja feito um controle cuidadoso de todo o processo de movimentação de cargas. 
Podemos perceber que o processo de movimentação de cargas ou materiais exige 
muita atenção e empenho antes durante o processo. Assim, é importante seguir 
a orientação de alguns princípios que visam contribuir para um processo de 
movimentação mais eficiente e eficaz, tanto economicamente quanto em termos 
de segurança. Veremos esses objetivos, segundo o entendimento de Moura (2010):
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
9
• Princípio do planejamento: é necessário determinar o melhor método do ponto 
de vista econômico, para a movimentação de materiais, considerando-se as 
condições particulares de cada operação. Isso implica em pensar o layout e a 
disposição das cargas e materiais, bem como os equipamentos que devem ser 
usados para a movimentação. Porexemplo: Veículos industriais; Equipamentos 
de elevação e transferência; transportadores contínuos; embalagens; 
recipientes e unitizadores; Estruturas para armazenagem. Atenção: todas as 
pessoas envolvidas direta ou indiretamente na utilização dos equipamentos 
devem participar na elaboração do planejamento. Esse planejamento demanda 
trabalho em equipe, pois o processo de movimentação envolve clientes internos 
e externos, área de tecnologia entre outros. É vital que todo o processo de 
planejamento seja devidamente documentado e compartilhado entre as partes 
interessadas para que possa ser implantado.
• Princípio do sistema integrado: devemos planejar um sistema que integre o 
maior número de atividades de movimentação, coordenando todo o conjunto 
de operação. A identificação e o sistema de controle do material e da carga 
devem garantir o seu rastreio em todo o processo de movimentação.
• Princípio do fluxo de materiais: pensar a direção e a trajetória da carga ou dos 
materiais, pode significar, ou não, a economia de tempo e recursos financeiros. 
Aqui é importante estudar as menores distâncias e os movimentos e trajetórias 
corretos. Por exemplo, a menor distância entre dois pontos sempre será uma 
linha reta. 
Por exemplo: imagine você no comando no cargueiro que se encontra no 
ponto A e deve atracar no porto que fica no ponto C. Há várias rotas possíveis, 
mas qual é a mais rápida? Usaremos a boa e velha geometria para nos ajudar a 
pensar este problema: se nos movermos até o ponto B e depois irmos ao ponto C, 
vamos ter percorrido 5 km.
FIGURA 4 – MENOR DISTÂNCIA A SER PERCORRIDA
FONTE: A autora
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
10
Porém, se formos em linha reta do ponto A ao ponto C, vamos percorrer 
apenas 3,61 km. Sem dúvida, a menor distância. É possível assim estabelecer 
uma economia no tempo e no combustível empregados na movimentação.
• Princípio da simplificação: esse princípio nos alerta para evitarmos movimentos 
desnecessários, bem como a otimizar a utilização de equipamentos. Como 
assim? Trata-se de realmente aplicar o bom senso, evitando movimentos 
desnecessários, lembra do item acima, pensar na melhor rota? Com relação à 
otimização dos equipamentos, pode-se pensar em processos que aproveitem a 
mesma máquina.
• Princípio da gravidade: aproveitar a força natural da gravidade para 
mover a carga. Essa prática garante maior economia. Exemplo: o sistema 
funicular utilizado no modal ferroviário. O sistema ligava Alto da Serra 
(Paranapiacaba) ao pé da Serra, num percurso de 8 km, vencendo a altitude 
de quase 800 m da Serra do Mar. A composição que descia a serra tracionava 
o trem que subia, através de cabos de aço, fazendo, assim, um contrapeso uma 
para a outra. 
• Princípio da utilização dos espaços (Princípio da verticalização): o aproveitamento 
dos espaços verticais contribui para o descongestionamento das áreas de 
movimentação e a redução dos custos da armazenagem. Devemos ter bem 
claro que o espaço que utilizamos para movimentar as cargas é tridimensional, 
ou seja, possui altura largura e profundidade. Utilizar os espaços aéreos para 
movimentação representa a possibilidade de otimizar o processo.
• Princípio do tamanho da carga (Unitização): quanto maior a quantidade de 
materiais puder ser organizada e agrupada em unidades maiores, tanto 
melhor, mais otimizado e econômico será o processo de movimentação e das 
cargas. Assim, podemos perceber que a economia está relacionada ao tamanho 
da carga. Contudo, é preciso usar de critérios rígidos para definir o tamanho 
ideal para cada tipo de material a ser movimentado, para que não ocorram 
problemas e perdas. Devemos estar atentos aos processos de segurança.
• Princípio da segurança: a atenção dada às questões de segurança proporciona 
um aumento da produtividade, posto que se evita entre outras coisas, o 
retrabalho, perdas de materiais, desperdício de tempo, por exemplo. Segundo 
Moura (2010), algumas fontes de acidentes durante a movimentação de 
materiais ocorrem em virtude de:
◦ Condições inseguras (natureza sistêmica): equipamentos de proteção 
inadequados; Equipamentos defeituosos; Arranjos perigosos (pilhas de 
materiais, cargas mal organizadas nos veículos etc.).
◦ Ações inseguras (natureza humana): operar equipamentos sem possuir 
autorização ou competência para tal; Ultrapassar a velocidade permitida ao 
conduzir equipamentos; não fazer uso dos dispositivos de segurança; utilizar 
equipamentos sem a devida manutenção; assumir postura perigosa, por 
exemplo, utilizar o celular enquanto opera um guindaste ou empilhadeira; 
desrespeito as instruções e normas; falta de experiência ou conhecimento 
necessários.
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
11
As Normas de Segurança devem ser seguidas e controladas, ou seja, deve-se 
ter um sistema de controle para garantia do cumprimento das Normas.
IMPORTANT
E
O Brasil possui Normas Reguladoras (NR) que contém uma série de 
requisitos e procedimentos em relação à segurança e a medicina do trabalho. A 
observância dessas normas é obrigatória e a sua não observância acarreta sanções. 
Quem deve observas as NRs? Todas as empresas do ramo privado, público e os 
órgãos do governo que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT). Entre outras, temos:
• NR 11 – que regulamenta o Transporte, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
• NR 12 – que trata da Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
• NR 18 – que regulamenta as Condições e Meio ambiente de Trabalho na 
Indústria de Construção.
• NR 34 – que regulamenta as Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Ind. 
da Construção e Reparação Naval.
Todo profissional deve estar ciente e cumprir as determinações da NR. 
Como as normas passam por atualizações de tempos em tempos, é importante 
que você acesse o site do governo para se atualizar em relação às normas 
regulamentadoras. 
• Princípio da mecanização – automação: os equipamentos mecânicos utilizados 
de forma correta e em bom estado de manutenção reduzem custos, economizam 
tempo e otimizam o processo de movimentação de cargas.
• Princípio da seleção de equipamento: é natureza do material importante saber 
fazer a escolha correta dos equipamentos e acessórios para a movimentação 
das cargas. Para isso, deve-se levar em conta os seguintes pontos:
◦ A natureza do material a ser movimentado (se é solido, líquido, gasoso, por 
exemplo).
◦ A periculosidade que o material apresenta (inflamável, tóxico etc.).
◦ O espaço a ser utilizado para a movimentação e as condições do ambiente.
◦ Os movimentos que devem ser feitos.
◦ E, por fim, os métodos a serem empregados.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
12
Acesse o link a seguir e verifique alguns acidentes ocasionados quando 
não se faz um cuidadoso estudo antes de mover as cargas: https://www.youtube.com/
watch?v=tIi8VSjEXkI.
DICAS
• Princípio da padronização: a padronização acontece após uma cuidadosa 
análise comparativa entre os métodos de trabalhos. De forma simples, o melhor 
método de trabalho é padronizado e replicado. 
• Vantagens da padronização:
◦ Com relação aos equipamentos de movimentação: evita a existência de 
diferentes marcas e tipos de equipamentos para as categorias, evitando 
diferenças de potência e qualidade, por exemplo, o que pode influenciar no 
desempenho da movimentação.
◦ Uniformiza-se os métodos e as técnicas otimizando os treinamentos.
◦ A uniformização também beneficia a ação dos trabalhos de manutenção.
◦ Há uma tendência na redução dos custos, dentre outras vantagens.
Moura (2010) ressalta a importância de se padronizar processos, métodos 
e equipamentos.
• Princípio da flexibilidade: “procurar sempre equipamentos versáteis, pois o seu 
valor é diretamente proporcional a sua flexibilidade” (MOURA, 2010, p. 101).
• Quanto mais versátil e adaptável for o equipamento, mais adaptativo ele será 
às necessidades diversas na movimentação das cargas.Isto implica também na 
redução de custos. 
• Princípio do peso morto: “quanto menor for o peso próprio do equipamento 
móvel, em relação a sua capacidade de carga, mas econômicas serão as 
condições operacionais” (MOURA, 2010, p. 101).
O autor ressalta que, ao se adquirir um equipamento, deve-se observar 
a sua capacidade de transporte de carga, em relação ao seu peso ou tara. Por 
exemplo, um caminhão que pesa 3 toneladas possui uma capacidade de 
transportar até 9 toneladas. Isso significa uma capacidade de movimentação da 
ordem de 3:1 (3 toneladas de carga transportada para cada 1 tonelada de peso 
morto do caminhão). Aqui, Moura (2010) ainda chama a atenção para a questão 
da fadiga. Tanto a máquina quanto a pessoa que a opera devem possuir tempo 
adequado de repouso para evitar a fadiga e manter a produtividade. Para isso, 
é importante que se tenham controles de fadiga de equipamentos que sejam 
simples de manusear. 
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
13
• Princípio do tempo ocioso: “reduzir tempo ocioso ou improdutivo tanto 
do equipamento quanto da mão de obra empregada na movimentação de 
materiais” (MOURA, 2010, p. 101).
• A programação do processo de movimentação das cargas (quais cargas mover, 
quando mover, para onde mover, quantidade a ser movida, equipamentos 
e acessórios a serem usados etc.) deve ser rigorosa. Assim pode-se evitar o 
desperdício de tempo. 
• Princípio da movimentação: “o equipamento projetado para movimentar 
materiais deve ser mantido em movimento” (MOURA, 2010, p. 104).
• Uma vez que a carga está em movimento, ela deve ser conduzida até seu 
destino sem interrupção ou parada. O autor indica a ponte rolante como um 
equipamento de movimentação adequado para o transporte de cargas com 
maior peso.
• Princípio da manutenção: “planejar a manutenção preventiva e corretiva de 
todos os equipamentos de movimentação” (MOURA, 2010, p. 105).
A falta de manutenção ou, ainda, a falta de planejamento e programação 
da manutenção podem representar atrasos e implicar em custos financeiros. A 
manutenção é um importante fator estratégico para a obtenção dos objetivos. 
Acadêmico, a seguir, apresentamos duas sugestões de leituras importantes. 
São estudos realizados sobre a manutenção em equipamentos de movimentação de 
cargas em portos. 
 Texto 1: Gestão da Manutenção de Equipamentos Portuários, link: http://portaldo 
conhecimento.gov.cv/handle/10961/3901. 
 Texto 2: Aplicação de manutenção centrada na confiabilidade em uma sapata 
pantográfica automatizada de um sistema de eletrificação de um pórtico sobre pneus, link: 
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/13909.
DICAS
• Princípio da obsolescência: “substituir os métodos e equipamentos de 
movimentação obsoletos quando métodos e equipamentos mais eficientes 
vierem a melhorar as operações” (MOURA, 2010, p. 106).
Tão importante quanto a manutenção é a ação de trocar equipamentos ou 
processos que estejam ultrapassados. Agora, essa ação não deve acontecer por 
acaso, ela deve ser resultado de um programa de melhoria contínua. Então, é 
necessário que haja uma série de ações e normas (políticas) que cuidem de gerar 
informações de desempenho e melhorias contínuas. Uma importante ferramenta 
que auxilia neste processo de melhoria (que implica em manutenção ou em troca 
de processos ou maquinários) é o PDCA.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
14
Acadêmico, a seguir, temos uma sugestão de leitura que trata da aplicação da 
ferramenta PDCA em um processo de manutenção e melhoria de um equipamento de 
movimentação de carga portuária.
 Texto 1: A utilização do ciclo PDCA para melhoria da qualidade na manutenção 
de shuts. Link: http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/view/v9n1803
DICAS
• Princípio do controle: “empregar o equipamento de movimentação de materiais 
para melhorar o controle de produção, controle de estoques e preparação de 
pedidos” (MOURA, 2010, p. 106).
Como a movimentação das cargas é feita de forma mais linear possível 
(menor distância entre dois pontos é uma linha reta) e sem paradas, essas ações 
auxiliam no controle da carga transportada.
• Princípio da capacidade: “usar equipamentos de movimentação para auxiliar 
a atingir a plena capacidade de produção” (MOURA, 2010, p. 107).
A movimentação de carga deve incrementar, agregar valor ao 
processo logístico e produtivo. Os materiais devem ser unitizados em cargas, 
acondicionados adequadamente em relação à natureza do material, peso e altura 
ideais; depois então movimentados para o local de destino na melhor trajetória e 
tempo possível. Essas ações auxiliam a empresa ou a logística a incrementar os 
processos produtivos. 
• Princípio de desempenho: “determinar a eficiência do desempenho da 
movimentação de materiais em termos de custo por unidade movimentada” 
(MOURA, 2010, p. 107).
Como já vimos anteriormente, quanto maior a quantidade de carga 
movimentada, maior será a economia e menor será o custo total da movimentação. 
Com base nesses princípios, Moura (2010) estabeleceu uma série de axiomas 
que são necessários para se realizar os processos de análise, planejamento e 
gerenciamento das atividades e sistemas de movimentação. 
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
15
Axiomas, palavra derivada do grego axios. Significa algo que é digno ou válido. 
Trata-se de verdades inquestionáveis que são universalmente válidas, e que, muitas vezes 
são utilizadas como princípios na construção de uma teoria ou como base para uma 
argumentação.
NOTA
Conheceremos os AXIOMAS, conforme Moura (2010, p. 109):
1 A máxima economia é obtida em movimentação de materiais pela 
minimização do tempo de utilização dos equipamentos.
2 A economia na movimentação de materiais é obtida quando o 
tamanho das unidades de carga é aumentado.
3 A economia na movimentação de materiais é determinada pelo 
desempenho medido pela despesa por unidade de material 
movimentado.
4 A determinação das melhores práticas sob condições particulares é 
necessária para a máxima economia.
5 Maior economia é obtida quando equipamentos e métodos são 
substituídos por novos, se o investimento na substituição é 
excedido pela economia obtida dentro de um tempo razoável.
6 Maior economia de movimentação de materiais é obtida pelo uso 
de equipamentos e métodos que são capazes de uma variedade de 
usos e aplicações.
7 Maior economia é obtida quando a velocidade da movimentação 
de materiais é aumentada, desde que o custo desse aumento seja 
excedido pela economia obtida.
8 Maior economia é obtida quando a razão entre o peso morto e a 
carga é reduzida.
9 A produtividade do equipamento aumenta com o uso de acessórios 
e outros componentes mais bem situados para as diversas 
condições de operação.
10 A produtividade do equipamento aumenta quando as condições 
de segurança no trabalho são respeitadas.
11 A produtividade do equipamento aumenta com a utilização de 
manutenção preventiva.
12 Maior economia na movimentação é obtida se os materiais são 
movidos em linha reta.
13 A produtividade do homem aumenta se o cansaço for reduzido 
pela utilização de equipamentos mecânicos e outros recursos.
14 O custo por unidade de carga é reduzido com o aumento das 
quantidades a serem movimentadas.
15 O custo por unidade de carga é elevado quando a quantidade a ser 
transportada excede a capacidade.
Esses axiomas devem ser levados em conta quando se busca soluções para 
problemas de movimentação que conciliem a máxima eficiência operacional com 
a maior economia de aquisição, instalação e serviço.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
16
4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA A MOVIMENTAÇÃO 
DE CARGAS
A Logística é um importante elemento na estratégia da organização, não 
somente como fator de vantagem competitiva, mas como elemento fundamental 
para a existência e permanência da organização no mercado. Então, é necessário 
estar em constante movimentode aprendizagem e revendo processos e 
equipamentos. Olharemos de uma forma mais específica para a questão de 
movimentação das cargas em relação aos maquinários utilizados nesta ação. 
Neste tópico, veremos os equipamentos de movimentação de cargas de uma 
forma geral e, na Unidade 2, veremos mais especificamente os equipamentos 
portuários de movimentação de cargas.
Com o avanço tecnológico e o aumento do fluxo de materiais e cargas é 
necessário que se invista em dois fatores alicerçantes: 
1- Investimento em treinamento e qualificação para a operação: ter a melhor 
tecnologia ou maquinários não significa necessariamente ter os melhores 
resultados em eficiência nos processos e ações. Por isso é vital o investimento 
na qualificação permanente dos profissionais.
2- Investimento em equipamentos para movimentação de cargas e materiais: 
temos uma gama de equipamentos para movimentação da carga que variam 
entre equipamentos manuais aos equipamentos que são automatizados. Qual 
equipamento escolher para minha operação? Para responder a essa questão, 
devemos analisar os fatores abaixo descritos e escolher o equipamento que seja 
mais adequado:
• A carga a ser movimentada (a natureza do material que a compõe).
• O percurso pelo qual ela deve ser movimentada e o espaço disponível para a 
movimentação do maquinário.
• A capacidade máxima de carga que o maquinário suporta.
• Tipo de embalagem que acompanha a mercadoria.
• Espaço disponível para a alocação do recurso.
• Layout do local.
• Modo de armazenagem: unitização, paletização ou conteinerização.
• Estrutura do armazém, dentre outros detalhes.
Uma vez analisados os fatores anteriores descritos, temos que fazer 
a escolha do maquinário. É necessário, então, que o profissional conheça as 
características e especificidades dos maquinários. Conheceremos sete grandes 
grupos de equipamentos para a movimentação de cargas:
GRUPO 1: EMPILHADEIRAS
 
As empilhadeiras permitem uma movimentação e carga entre 1.000 kg a 
16.000 kg. São utilizadas com frequência no carregamento e descarregamento de 
cargas. Há modelos que são movidos por combustão de gás liquefeito de petróleo 
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
17
(GLP), esses modelos devem, preferencialmente, ser usados em espaços abertos, 
devido a emissão de gás poluente; e há os modelos movidos por bateria tracionada 
(as mesmas utilizadas em carrinhos de golf e em veículos nos aeroportos), esse 
modelo é ideal para ambientes fechados (MOVIMAK, 2017).
No site a seguir você poderá ver como são compostas as baterias tracionadas: 
https://fragmentum.srv.br/componentes-para-montagem-de-uma-bateria-tracionaria/.
DICAS
Veremos alguns exemplos de empilhadeiras:
• Empilhadeira retrátil, conforme Movimak (2017). Características:
◦ Seu modelo é compacto.
◦ Ideal para o trabalho em ambientes internos pequenos ou de difícil locomoção.
◦ Viabiliza o alcance de locais mais altos.
◦ Possibilita o melhor aproveitamento na relação altura x corredor x 
versatilidade.
◦ É de fácil substituição em casos de quebra.
◦ Não emite agentes poluidores na atmosfera.
◦ Possui uma torre que se movimenta de acordo com as necessidades e dos 
comandos de seu operador, minimizando os esforços humanos. 
• Empilhadeira patolada, conforme Movimak (2017):
◦ Manutenção de baixo custo.
◦ O profissional pode operá-la em pé, andando ou a bordo, conforme for mais 
adequado às condições ergonômicas.
◦ Os controles do garfo são acionados por comandos elétricos, o que reduz os 
esforços humanos.
◦ A coleta, deslocamento e posicionamento dos paletes é feito a partir de 
garfos, os quais precisam ser posicionados adequadamente sob os paletes 
– da mesma forma como ocorre com outros modelos de empilhadeira. 
Além disso, existem as patolas, que funcionam como pés de apoio para o 
equipamento, aumentando a base de contato com o solo e a sua sustentação.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
18
FIGURA 5 – EMPILHADEIRA PATOLADA COM OPERADOR EM PÉ
FONTE: <https://lfmaquinaseferramentas.vteximg.com.br/arquivos/ids/174441-800-800/
empilhadeira-eletrica-patolada-paletrans-pt1645-fast-2_z_large.jpg?v=636983801120500000>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
FIGURA 6 – EMPILHADEIRA PATOLADA COM OPERADOR A BORDO
FONTE: <https://movimak.com.br/wp-content/uploads/2019/07/282774-empilhadeira-eletrica-
patolada-o-que-e-e-como-ela-funciona.jpg>. Acesso em: 16 mar. 2020.
• Empilhadeira Contrabalançada, conforme Movimak (2017): ela recebe o 
nome de contrabalançada pois possui um peso localizado na parte de trás 
do equipamento que é utilizado justamente para equilibrar as solicitações da 
carga, fazendo com que o sistema não perca o equilíbrio. Neste equipamento o 
profissional opera sentado.
As empilhadeiras contrabalançadas são muito utilizadas em ambientes 
largos e externos e para movimentar cargas em grandes distâncias. Encontramos 
este equipamento nos modelos com motor a combustão e a bateria. 
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
19
• Empilhadeiras Semielétricas, conforme Movimak (2017):
◦ É um equipamento de tamanho médio, ideal para almoxarifados, carga e 
descarga de caminhões.
◦ Sua capacidade de até 1.000 kg. 
◦ Também conhecida como empilhadeira patolada, ela possui tração manual e 
elevação por acionamento elétrico, com um exclusivo sistema patolado, com 
operação em paletes abertos. 
◦ Possui plataformas instaladas em sua estrutura, possibilitando ao profissional 
operar a empilhadeira semielétrica em pé e andando.
◦ Baixo custo de investimento inicial, pois a empilhadeira semielétrica possui 
excelente custo-benefício.
◦ Grande funcionalidade, já que a empilhadeira semielétrica pode suportar 
cargas de diferentes tamanhos e pesos. 
◦ Equipamento compacto e facilidade no manuseio, embora seja necessário 
um operador treinado e capacitado para a operação, evitando, assim, falhas 
e acidentes.
◦ Empilhadeira para contêiner: como são equipamentos de dimensões menores 
em relação a guindastes, são de fácil manobra em pátios de contêineres. 
Também são empregadas no carregamento e descarregamento de caminhões. 
Na Unidade 2, veremos com mais detalhes essas empilhadeiras quando 
conheceremos os equipamentos portuários. 
FIGURA 7 – EMPILHADEIRA PARA CONTÊINER 
FONTE: <https://img.nauticexpo.com/pt/images_ne/photo-mg/30627-12652648.jpg>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
20
GRUPO 2: TRANSPALETES
O transpalete movimenta materiais horizontalmente, o que implica em 
dificuldade em relação aos trabalhos em altura. Com relação ao seu desempenho, 
devemos estar atentos aos rolamentos de suas rodas. Em situação de pisos lisos, 
com baixo atrito, recomenda-se o uso de rodas em nylon. Em situações de pisos 
pintados e usinados, recomenda-se o uso de rodas em poliuretano (MOVIMAK, 
2017).
Tipos de transpaletes:
• Transpalete manual: ideal para a descarga de produtos em armazéns e docas. 
Capacidade de carga até 2.500 kg. Pode ser utilizado na movimentação 
de mercadorias paletizadas com segurança e eficiência por um operador 
(MOVIMAK, 2017). 
• Transpalete elétrico: para manuseá-lo, seu operador deve ficar de pé e andando. 
É indicado para a movimentação de cargas a médias distâncias horizontais. É 
muito utilizado em indústrias e docas de todo o país. Custos de manutenção 
reduzidos (MOVIMAK, 2017). 
GRUPO 3: GUINDASTES
Também conhecidos como gruas e pau de carga, no emprego náutico, os 
primeiros guindastes foram inventados ainda na Idade Antiga (PIEVE; SANTOS, 
2017).
Exemplos de guindastes: dentre os modelos de guindastes temos os que 
são maciçamente utilizados em operações portuárias, como, por exemplo, para 
o carregamento ou descarregamento de cargas como o sal, a soja entre outros. 
Esses modelos de guindastes nós estudaremos na Unidade 2 no tópico que trada 
de equipamentos portuários.
Grua Guindaste – Torre universal: esse equipamentorobusto é capaz de 
mover a carga tanto no sentido horizontal quanto no vertical. Seu processo de 
montagem ou de desmontagem é facilitado pelo fato de que as gruas ou torres 
são compostas por peças pré-montadas de grande (MOVIMAK, 2017).
Acadêmico, acesse os links e veja como são montadas as gruas ou torres: 
https://www.youtube.com/watch?v=y39152VWCPk&feature=youtu.be.
https://www.youtube.com/watch?v=5U2eRDsoQCA.
DICAS
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
21
Pinça ou multiangular: pode ser desmontada apesar de ter grandes 
dimensões e pesado. A base se divide em duas extremidades: a primeira é 
composta pela pinça elevatória ascendente e/ou descendente e na segunda, há 
um contrapeso para estabilizar o guindaste (MOVIMAK, 2017). 
Pórticos: os pórticos são mais usados para movimentar grandes volumes 
maiores de cargas. Essa ferramenta tem força suficiente para carregar até 12 
contêineres de 20 m cúbicos cada um. Em alguns casos, suportam mais do que 
isso (MOVIMAK, 2017).
FIGURA 8 – GUINDANTES DE PÓRTICO
FONTE: <https://www.pgtalhas.com.br/imagens/informacoes/guindaste-portico-movel-02.jpg>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
FIGURA 9 – GUINDASTES DE PÓRTICO
FONTE: <http://portuguese.travellingoverheadcrane.com/photo/pd16057409-50_ton_
container_double_beam_gantry_crane_with_spreader_overload_protection.jpg>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
22
Grua florestal: tipicamente empregado na movimentação de madeiras. 
Muito utilizado para fornecer matéria prima às indústrias de transformação para 
a produção de papel e celulose, carvão vegetal e para o abastecimento de caldeiras 
(MOVIMAK, 2017).
FIGURA 10 – GRUA FLORESTAL
FONTE: <https://img.directindustry.com/pt/images_di/photo-mg/17585-12267261.jpg>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
Munk: esse modelo de guindaste é bem aceito nas operações na construção 
civil, bem como nas montagens de estruturas metálicas, ou ainda no processo de 
descarga de máquinas e movimentação de silos, de tanques etc. Estre guindaste 
é alocado sobre caminhões de chassi alongado ou fabricado especialmente 
para esta função. Quando utilizar esse tipo de equipamento? Para responder 
a esse questionamento, devemos analisar a carga a ser movimentada, bem 
como as condições do local da operação. Devemos também analisar o peso e as 
dimensões dos equipamentos e das cargas que serão movimentadas. Pois esses 
fatores impactam diretamente na capacidade de içamento do guindaste. Deve-
se também analisar a distância do equipamento que fará o içamento, pois isso 
implica na definição mais acertada da máquina que é a melhor para executar o 
serviço (MOVIMAK, 2017).
FIGURA 11 – MUNK
FONTE: <https://nortecguindastes.com.br/wp-content/uploads/2017/11/diferencas-guindaste-e-
munk.jpg>. Acesso em: 16 mar. 2020.
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
23
É vital que, ao operar um guindaste realizemos o processo de estabilização 
do maquinário. Para isso, o primeiro passo é o conhecimento do terreno no qual o 
equipamento vai operar. Isso porque o equipamento somente conseguirá suportar 
a carga se o primeiramente, o solo suportar o guindaste. Assim, é importante 
verificar se o solo pé compactado e nivelado o suficiente para a operação do 
guindaste. O patolamento, que é a ação de nivelar e estabilizar o equipamento, e 
deve ser feita e planejada com muita atenção para evitar acidentes. Abrão (2011) 
alerta que são necessários alguns cuidados básicos como: 
• Verificar o local de fixação das sapatas: o local apresenta galerias fluviais, cabos 
de energia, gás, unidade, entradas subterrâneas, bueiros etc.
• Patolas abertas: aplicar a tabela de cargas sobre patolas. Caso uma ou mais 
patolas não estejam totalmente abertas, deve-se aplicar a tabela de carga meia 
patola ou sobre pneus. Atenção: quando a patola não está totalmente aberta, a 
perda da capacidade do equipamento pode ultrapassar 50%. É preciso verificar 
se o fabricante disponibilizou uma tabela de carga que contenha o número de 
série do equipamento.
• Estabilização do Guindaste com o solo: no caso do guindaste sob rodas, os 
pneus devem estar em contato com o solo, pois isso “assegura que o eixo de 
tombamento está estabilizado e o chassi do cavalo é usado para maximizar o 
contrapeso” (ABRÃO, 2011, p. 63).
• Estabilização do equipamento – uso de Mats: os Mats são dispositivos utilizados 
sob as patolas coma finalidade de distribuir o peso em uma área maior, devendo 
ser usados em todas as patolas! Sigamos as seguintes orientações dadas por 
Abrão (2011):
◦ O calçamento deve estar nivelado e a patola deve estar no eixo de 90º 
em relação ao cilindro. O calçamento tem que ser resistente a choques, 
dobramentos e a cisalhamentos, deve ter ao menos três vezes a área da 
patola. Por sua vez, a patola deve estar apoiada no calçamento. 
FIGURA 12 – ESTABILIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
FONTE: Abrão (2011, p. 63)
Patolamento direto Patolamento com Mats
A força aplicada é dividida por 3
Testes Destrutivos
Sapata destruída com 
95.256 Kg (100%)
Sapata destruída com 
63.504 Kg (70%)
Sapata destruída com 
49.896 Kg (50%)
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
24
• Tabela de carga: são dados e especificações técnicas que indicam as condições e 
a capacidade de carga do equipamento. Veremos, no exemplo a seguir, a tabela 
de carga com estabilizadores abertos e semiabertos, referente a um guindaste 
hidráulico sobre rodas, cuja capacidade é de 46.000 kg a 3 m, e, logo após, 
entenderemos melhor os elementos que compões a tabela de cargas. 
Acesse o link a seguir para visualizar as tabelas de cargas: http://www.
idealguindastes.com.br/tabelas/GR-550XL-2%20Port.pdf.
DICAS
Acadêmico, a seguir, trabalharemos os elementos e os conceitos necessários 
para a compreensão e leitura da tabela de cargas. Pronto? Então vamos lá!
4.1 CENTRO DE GRAVIDADE (CG)
O centro de gravidade pode ser entendido como sendo o “ponto de 
um objeto, no qual pode ser considerado que todo o peso está ali concentrado” 
(ABRÃO, 2011, p. 67).
 
Para uma Movimentação de Carga Segura devemos prestar atenção 
nos equipamentos que são acoplados no guindaste, por exemplo, pois podem 
mudar o CG deste, além disso, temos que prestar atenção no CG da carga a ser 
movimentada. 
FIGURA 13 – CENTRO DE GRAVIDADE
FONTE: <https://consultoriaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2017/05/CG3.png>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
Carga Instável
Gancho não está 
alinhado com C.G.
Carga se desloca 
até que o C.G esteja 
alinhado com Gancho
Carga Estável
Gancho está 
alinhado com C.G.
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
25
Acadêmico, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=_uft2wH4Oxk 
e analise um exemplo de acidente que apresenta uma série de falhas de movimentação e 
planejamento, dentre elas, uma movimentação que deslocou a carga do centro de gravidade.
DICAS
FIGURA 14 – MOVIMENTO DE PÊNDULO
FONTE: <https://consultoriaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2017/05/CG-4.png>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
4.2 PRINCÍPIO DA ALAVANCA
O princípio da alavanca foi estruturado por Arquimedes (Século II a.C.). 
Neste princípio, são utilizadas barras que giram apoiadas sobre um ponto (ponto 
de apoio). As alavancas aumentam a força aplicada em um objeto. Assim sendo, 
este princípio possibilita que o guindaste movimente cargas pesadas. 
4.3 ALAVANCA E ESTABILIDADE 
O centro de gravidade do guindaste muda juntamente com seu 
tombamento, conforme o movimento é realizado. “O movimento do centro de 
gravidade do guindaste aumenta a alavanca exercida pela carga no guindaste faz 
com que diminua a capacidade de carga do mesmo” (ABRÃO, 2011, p. 67). Por 
exemplo: em guindastes montados sobre cavalos, a sua capacidade máxima está 
na traseira e, quando o movimento da carga é lateral sua capacidade reduz pois, 
há o deslocamento do seu centro degravidade (ABRÃO, 2011).
Errado Correto
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
26
4.4 TAXA DE INCLINAÇÃO
Enquanto ocorre a inclinação do guindaste, o peso da carga vai aumentando 
e o peso do guindaste vai diminuindo (ABRÃO, 2011).
4.5 FATORES DE ESTABILIDADE FRONTAL 
Podemos entender a estabilidade frontal, ou dianteira, como sendo 
a capacidade que o equipamento possui para resistir a tombamento frontal 
(ABRÃO, 2011). 
QUADRO 1 – MARGEM DE ESTABILIDADE
FONTE: Adaptado de Abrão (2011)
Guindaste de Esteira.............................75%
Guindaste sobre cavalo.........................85%
Guindaste sobre caminhão comercial....85%
4.6 ATORES DE ESTABILIDADE TRASEIRA
Quando falamos em estabilidade traseira nos referimos a capacidade 
do equipamento, guindaste, em não tombar para trás, ou seja, nos referimos a 
sua capacidade de não tombar quando não está com a carga (ABRÃO, 2011). As 
margens de estabilidade traseira, em condições gerais, são: 
QUADRO 2 – MARGENS DE ESTABILIDADE TRASEIRA
FONTE: Adaptado de Abrão (2011)
De lado
Nivelamento de 1% em solo firme; 
Todos os tanques com pelo menos, 1/2 da capacidade
Outros níveis de fluídos conforme normas técnicas
4.7 LIMITAÇÕES DE CAPACIDADE
Todo equipamento possui a uma estrutura que delimita a sua capacidade 
movimentação de carga. Uma vez que não se observa os dados estruturais do 
equipamento, pode-se incorrer no ERRO de SOBRECARGA, o que resultará em 
falha no equipamento, sua quebra e/ou acidente. 
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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FIGURA 15 – CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA/EQUIPAMENTO
FONTE: Adaptado de Abrão (2011)
4.8 BASES PARA AS CAPACIDADES TABELADAS
A capacidade de carga que estão descritas nas tabelas de carga são 
calculadas sobre a resistência estruturas e a estabilidade do equipamento, no 
caso, do guindaste. Na tabela de carga, a representação gráfica da capacidade 
é feita por meio de asterisco, linhas pretas ou ainda com sombreamento de área 
(ABRÃO, 2011). 
TABELA 2 – TABELA DE CARGA
FONTE: Abrão (2011, p. 70)
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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4.9 COMPONENTES QUE PODEM FALHAR POR 
SOBRECARGA 
Abrão (2011) nos chama a atenção para um fato importante: muitos pensam 
que o tombamento é a única falha que ocorre com guindastes, esquecendo-se que 
a questão estrutural também pode apresentar problemas, principalmente com 
sobrecargas. Desta forma, deve-se seguir todas as especificações. O autor ainda 
indica nove itens que entram no cálculo da capacidade de elevação do guindaste, 
que são:
• Áreas de operação: os quadrantes de operação referem-se a uma área circular 
na qual o guindaste realiza seu trabalho. Os quadrantes mais comuns são: lado, 
traseira e frente. Como a área de operação varia de modelo para modelo, deve-
se estar atento às especificações na tabela de carga.
• Comprimento da lança: nem sempre o entendimento que a tabela de carga 
traz sobre o comprimento de lança é padronizado. Sendo assim, Abrão (2011) 
indica, a seguir, com exemplos, como pode ser abordado este entendimento. 
• Raio da carga: o raio da carga é a distância entre o centro de gravidade do 
equipamento e o centro de gravidade da carga.
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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FIGURA 16 – CENTRO DE GRAVIDADE DA CARGA X CENTRO DE GRAVIDADE 
DO EQUIPAMENTO
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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FONTE: Abrão (2011, p. 74-75)
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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• Ângulo da lança
FIGURA 17 – ÂNGULO DA LANÇA
FONTE: Abrão (2011, p. 76)
• Guindaste de lança telescópica: é o ângulo entre a linha de centro da lança base 
e a horizontal após o içamento da carga (ABRÃO, 2011). 
• Guindastes treliçados: o ângulo da lança é o espaço entre a linha de centro da 
lança e a horizontal após o içamento da carga (ABRÃO, 2011).
FIGURA 18 – ÂNGULO DA LANÇA: GUINDASTES TRELIÇADOS
FONTE: Abrão (2011, p. 76)
• Capacidade bruta: também conhecida como capacidade tabelada, não designam 
a capacidade máxima das cargas a serem içadas. São calculadas conforme o 
cumprimento das lanças, o angulas das lanças e o raio. 
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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FIGURA 19 – CAPACIDADE MÁXIMA DAS CARGAS A SEREM IÇADAS
FONTE: Abrão (2011, p. 76)
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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• Deduções na capacidade e carga dinâmica: acadêmico, atenção a esta questão: ao 
adicionarmos componentes a máquina para içarmos as cargas, a sua capacidade 
é reduzida! Assim, todos os acessórios utilizados para o içamento devem ser 
considerados como parte da carga e devem ser deduzidos da capacidade bruta. 
Desta forma, devemos efetuar movimentação suave e controlada das cargas, 
pois os cálculos da Tabela de Carga são feitos tendo em conta a carga estática 
(ABRÃO, 2011).
• Capacidade de içamento: a capacidade de içamento está relacionada ao 
devido preparo e equipagem do guindaste. Caso este não esteja devidamente 
equipado, sua capacidade líquida de içamento é reduzida. Nesta situação, 
a carga total não pode exceder a capacidade do componente mais fraco da 
máquina (ABRÃO, 2011).
• Número de pernas: é a quantidade de cabos de carga que diretamente suportam 
o moitão.
FIGURA 20 – MOITÃO X NÚMERO DE CABOS DE CARGA
FONTE: Abrão (2011, p. 76)
• Cargas críticas: entendemos que uma carga é crítica quando seu peso for 75% 
maior que o peso estabelecido na Tabela de Carga. Abrão (2011) apresenta 
alguns cuidados a serem tomados quando se tem uma situação de carga crítica: 
em relação ao solo, deve ser compacto e estável; os calços sob patolas devem 
ser usados quando o solo não for estável; o guindaste de estar nivelado; deve-
se determinar o peso da carga; o gancho deve ser posicionado no centro de 
gravidade da carga; calcular o raio da carga; calcular o cumprimento da lança; 
o ângulo da lança deve ser calculado para que se possa conhecer o raio e a 
influência que causará no içamento da carga; ponderar o comportamento do 
vento, pois este pode comprometer a operação; os cabos devem ser postos de 
forma simétrica; é necessário verificar o correto uso da lingada e o seu peso, 
pois ele será somado à carga; os controles de movimentação da carga devem 
ser executados de forma suave; o treinamento e a capacitação de todos os 
profissionais envolvidos no processo de movimentação de carga devem ser 
priorizados. Nenhuma pessoa não capacitada deve fazer parte das operações.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
34
PLANO DE RIGGIN
Podemos entender o plano de Riggin como sendo um planejamento 
essencial para as operações de movimentação de cargas ocorrem com o máximo 
de eficiência e segurança. Ele colabora com a simulação da movimentação de 
carga, tendo em conta elementos como os equipamentos e acessórios que deverão 
ser utilizados na operação, as condições de solo, vento, carga içada entre outros. O 
plano de Riggin é obrigatório para as atividades que utilizem Gruas e Guindastes, 
conforme rege a NR 18.14.24.17. Os profissionais que podem elaborar os Planos 
de Rigging são Engenheiros e Técnicos, que apresentam CREA ativo. 
Acadêmico, acesse o site da Rigging do brasil e baixe um guia completo para a 
elaboração do plano: https://www.riggingbrasil.com.br/central-de-downloads.php.
DICAS
Reforçamos a importância do estudo e planejamento em preparação às 
operações de movimentação de carga afim de evitar perdas, danos, avarias, e prejuízo 
ao meio ambiente e por vidas em perigo. Há vários softwares que executam o plano de 
rigging, acesse os links a seguir dispostos a seguir no UNI para ver sua utilização: 
Softwares atuando no plano de rigging:
Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=9CvKVkvjl5g
Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=sUzsxaJCr8s&feature=emb_logo
Vídeo 3: https://www.youtube.com/watch?v=tP_dQizhQBM&feature=emb_logo
Vídeo 4: https://www.youtube.com/watch?v=aLd4SJyXUVI&feature=emb_rel_pauseDICAS
GRUPO 4: TRANSELEVADOR
Os transelevadores são plataformas eletronicamente controladas 
que são utilizadas para apanhar e armazenar os materiais e as 
mercadorias, geralmente paletizadas, a partir de endereços alocados 
nas estantes, sendo projetados para maximizar o espaço físico e 
reduzir a necessidade de mão de obra (MILAN; PRETTO; BASSO, 
2007, p. 2017).
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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FIGURA 21 – TRANSELEVADOR PARA PALETES
FONTE: <https://mecaluxbr.cdnwm.com/armazens-automaticos-para-paletes/transelevadores/
img1.1.2.jpg?imageThumbnail=3>. Acesso em: 16 mar. 2020.
FIGURA 22 – TRANSELEVADOR PARA CAIXA
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcT-god3L2shhFQSW4llfS
gdDLsjEpFX0nHC1yaXKXd4psHV6T4d>. Acesso em: 16 mar. 2020.
Esse equipamento possui vários modelos que visam atender às 
necessidades de cada operação e espaço, como, por exemplo: 
• Unit load: criados para manipular mercadorias em paletes que, nesse caso, 
podem ser um pouco mais pesadas.
• Mini load: esse tipo foi desenvolvido para armazenar produtos em unidades 
ou caixa, de peso menor e tamanhos reduzidos.
GRUPO 5: PONTES ROLANTE
A ponte rolante é empregada nos trabalhos que demandem tanto a 
elevação quanto a transferência das cargas volumosas, pesadas e de difícil manejo, 
percorrendo distância menores. Modelos: ponte rolante apoiada, suspensa, uni-
viga ou dupla-viga. A opção pelos modelos deve levar em conta o espaço físico do 
local, o material a ser movimentado e a velocidade desejada para a movimentação.
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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FIGURA 23 – PONTE ROLANTE AMBIENTE INTERNO 1
FONTE: <https://www.wikiartigos.com.br/wp-content/uploads/2018/03/1493380979.jpg>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
FIGURA 24 – PONTE ROLANTE AMBIENTE INTERNO 2
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/36/c4/a2/36c4a22563af9b39d346110a318ecd60.jpg>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
GRUPO 6: COMBOIOS
Este maquinário lembra uma locomotiva em ação, pois é composto por 
um carro que puxa diversos compartimentos, sendo útil para a movimentação de 
cargas volumosas em pequenas distâncias. Possui baixo custo.
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
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FIGURA 25 – LOCOMOTIVA: COMBOIO
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/36/c4/a2/36c4a22563af9b39d346110a318ecd60.jpg>. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
GRUPO 7: ESTEIRAS TRANSPOERTADORAS
As esteiras são projetadas para dinamizar a movimentação de cargas. 
São muito utilizadas também na movimentação de minérios. Na Unidade 2, 
trataremos deste assunto no item equipamentos portuários. A racionalização dos 
processos e a redução dos custos são suas principais vantagens.
FIGURA 26 – ESTEIRAS CARREGANDO O NAVIO
FONTE: <http://www.portosma.com.br/paginas/tpm_08.jpg>. Acesso em: 16 mar. 2020.
Acadêmico, acesse o link a seguir e assista um importante vídeo sobre a 
movimentação de cargas. Trata-se de um vídeo bem completo e vital para o desenvolvimento 
de nossos estudos: https://www.youtube.com/watch?v=yQ5cAnhskrI.
DICAS
UNIDADE 1 | CONCEITO E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
38
OS MODAIS FÉRREO E RODOVIÁRIO MOVIMENTADORES DE 
CARGA
Podemos entender os modais de transporte como meios de movimentação 
das cargas, meio este de suma importância, pois viabiliza a geração de riquezas, 
o comércio etc. Temos cindo modais de transporte: o rodoviário, o ferroviário, o 
aéreo, o dutoviário e o aquaviário. Cada qual com suas singularidades no tocante 
ao transporte de cargas. Pensar em um sistema de transporte implica um olhar 
sistêmico e integrador que abranja a infraestrutura, os equipamentos, as cargas 
e suas características, os volumes de movimentação e nível de serviço, as redes 
de transporte e suas interligações etc. (RIBEIRO; FERREIRA, 2002). Algumas 
características dos modais na movimentação e cargas no país:
• Modal Ferroviário: muito utilizado no transporte de protos homogêneos em 
longas distâncias, como, por exemplo, os minérios de ferro, carvões minerais, 
cereais em grãos (transportados a granel) (RIBEIRO; FERREIRA, 2002).
“Além da baixa oferta de infraestrutura de transporte, o sistema ferroviário 
apresenta também problemas relacionados com a viabilidade econômica de 
algumas ferrovias que permanecem fortemente subutilizadas” (CEL/COPPEAD, 
2006, p. 41). “O sistema ferroviário brasileiro possui uma baixa disponibilidade, 
limitando o crescimento de sua participação na matriz de transportes” (CEL/
COPPEAD, 2006, p. 41). “As ferrovias, como negócio, possuem como principais 
características, a alta dependência de capital e a baixa rentabilidade. Demanda, 
portanto, altos investimentos com retorno de longo prazo” (CEL/COPPEAD, 
2006, p. 47). O Centro de Estudos em Logística (CEL/COPPEAD, 2006, p. 44), 
ainda alerta para a questão da segmentação geográfica feita no leilão de concessão 
e a “deficiente regulamentação do direito de passagem dificultam a operação 
ferroviária intermodal que viabilizaria o transporte em grandes distâncias”:
A malha ferroviária concessionada foi subdividida em diversas 
submalhas regionais conforme apresentado no quadro ao lado.
• Deve-se considerar que o modelo de concessão adotado implica na 
necessidade de regular-se adequadamente a garantia do tráfego 
mútuo e o direito de passagem entre as concessionárias, visando, 
desta forma, atingir a eficiência almejada para o sistema ferroviário 
como um todo e não de suas subpartes.
• A ausência de uma definição prévia de níveis mínimos de serviço e 
máximos de tarifa que garantam, na prática, o direito de passagem 
entre concessionárias, é considerado um entrave à adoção mais 
frequente do transporte ferroviário entre empresas e por longas 
distâncias (CEL/COPPEAD, 2006, p. 44).
• Modal Rodoviário: este modal é o mais amplamente difundido no Brasil, pois 
na década de 1950, grandes montadoras de carros instalaram suas plantas no 
Brasil, estrategicamente na região do ABC paulista, que são cidades próximas 
ao porto de Santos. Com a chegada das grandes montadoras de carro, o 
governo passa a investir em infraestrutura rodoviária, posto que para se vender 
carros, é necessário se ter estradas para estes rodarem. Infelizmente, o modal 
TÓPICO 1 | CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
39
férreo não recebeu grandes investimentos o que de certa forma, prejudicou 
a movimentação de cargas e pessoas, que ficam mais dependentes do modal 
rodoviário. Ocorre que os valores de frete e custos de transportes em geral são 
maiores que o modal férreo... sim, este fato acaba por encarecer o processo em 
toda a cadeia logística e para o cliente final. O custo fixo é baixo, porém o custo 
variável (combustível e manutenção, por exemplo). Desta forma, é um modal 
que deve visar mais as mercadorias de alto valor ou perecíveis, sendo que se 
deve evitar as cargas de produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo 
para este modal (RIBEIRO; FERREIRA, 2002).
Contudo, o modal rodoviário ainda carece de cuidados e investimentos é 
o que aponta o Centro de Estudos em Logística:
A disponibilidade de rodovias pavimentadas no Brasil é ainda 
pequena conforme percebemos no gráfico da página anterior. Em 1999 
eram cerca de 164,213 mil km pavimentados sobre um total de 1,725 
milhão de km de rodovia. Soma-se a este fato a baixa qualidade da 
infraestrutura existente, cujo estado de conservação é avaliado como 
péssimo, ruim ou deficiente em 78% da sua extensão segundo estudo 
da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
A baixa qualidade da infraestrutura da malha rodoviária de transportes 
de carga não é um problema exclusivo do Modal Rodoviário, existem 
problemas também no Modal Ferroviário, o que tem provocado 
índices de acidentes bastante elevados em comparação com outros 
países (CEL/COPPEAD, 2006, p. 20).
• Modal Hidroviário: “o transporte hidroviário é utilizado para o transporte de 
granéis líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor 
(operadores internacionais) em

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