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Curso Processo Civil: Execucao e Cumprimento de Sentenca 11

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO E 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
U4 - DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
U4S2
ÉTTORE DE LIMA
Fase inicial da 
execução –
execução de 
título judicial -
obrigação de 
pagar quantia 
certa
A fase de
cumprimento de
sentença e da execução
de título extrajudicial só
se inicia com o
requerimento do credor,
nesse requerimento deve
se apresentar o cálculo
da dívida que será
matéria de impugnação
pelo devedor.
Observação (p/ cumprimento 
de sentença)
O cumprimento de sentença é uma nova fase do
processo. Em 2005 o processo de execução judicial foi
unificado, se iniciando na petição inicial e finalizando com
o pagamento do devedor, por exemplo. Essa unificação é
conhecida doutrinariamente como processo sincrético, o
qual mistura ambas as fases em um único processo, fase
de conhecimento e fase de cumprimento e sentença.
A vantagem do processo sincrético e evitar duas
citações, antigamente o devedor era citado para a fase
de conhecimento e, após a sentença, ele deveria ser
citado novamente para o processo de execução. Com a
unificação do processo, na fase de cumprimento de
sentença, o devedor é apenas intimado para pagamento.
Essa intimação pode ocorrer tanto na pessoa do devedor,
como na pessoa do advogado, assim, as próximas
comunicações com o devedor se dá na pessoa do
advogado.
Fase inicial da execução –
execução de título judicial 
(cumprimento de sentença)
O juiz, após receber a petição com o
requerimento, intima o devedor para
pagamento em 15 dias, acrescido de custas,
se houver (art. 523, CPC). Caso o devedor
não seja encontrado, a intimação é feita na
pessoa do advogado, que é incumbido de avisar
o devedor para o pagamento em 15 dias.
Fase inicial da 
execução –
execução de 
título 
extrajudicial -
obrigação de 
pagar quantia 
certa
• A petição inicial deverá
se fundar nos arts. 614 a
616 do CPC, contendo:
endereçamento,
qualificação das partes,
demonstração do
inadimplemento e da
existência de título
executivo extrajudicial,
requerimento para a
citação e valor da causa.
Fase inicial da execução –
execução de título extrajudicial
O exequente já pode
indicar, na inicial, bens a
penhorar, inclusive
requerendo a penhora online
(art. 655-A
→ VER CONVÊNIOS DA
JUSTIÇA PARA PENHORAS
ONLINE.
Fase inicial da execução –
execução de título extrajudicial
Se o executado não for
localizado para citação, o art.
653 autoriza que, sendo
localizados bens seus, eles sejam
arrestados.
O oficial de justiça pode
lavrar um termo e nomear
depositário, que terá por
incumbência zelar pela
preservação do bem.
Fase inicial da execução –
execução de título extrajudicial e 
cumprimento de sentença
Recebida a inicial, será
determinada a citação e
intimação para o prazo de
embargos ou impugnação. O
devedor poderá para pagar a
dívida em três dias.
Providências preliminares à 
satisfação do credor
Após o prazo para que seja oferecida a
defesa do executado, tenha ela sido
apresentada ou não, deve o juiz verificar se
alguma das providências preliminares se faz
necessária.
Após, o juiz deverá proferir o
julgamento conforme o estado do processo,
verificando se é caso de extinção do processo
ou de julgamento antecipado da lide.
Providências preliminares à 
satisfação do credor
As providências preliminares são
medidas tomadas pelo juiz logo após a
resposta do réu, encerrando a fase
postulatória e preparando para a fase
saneadora. Com o objetivo de assegurar o
contraditório, estas providências permitem
que as partes tenham a mesma chance de
defesa.
Providências preliminares à 
satisfação do credor
Contra a sentença que julgar
procedentes a defesa do executado caberá
apelação, a ser recebida no “duplo efeito”
(devolutivo e suspensivo).
Já contra a sentença que os extinguir
sem resolução do mérito, ou os julgar
improcedentes a defesa, a apelação será
também o recurso adequado, mas não se
produzirá, neste caso, o efeito suspensivo,
podendo a execução retomar seu curso normal.
Penhora
A penhora consiste na apreensão judicial
dos bens do devedor com finalidade de
garantir o pagamento de uma dívida. Os bens
serão retirados da posse do devedor para
garantir a execução do débito.
A penhora é o termo jurídico utilizado
para a constrição de um bem em garantia a
uma execução, antes da sua expropriação. E
é, portanto, um instituto comumente visto
tanto na execução de título judiciais
(cumprimento de sentença) quanto de títulos
extrajudiciais (execução propriamente dita).
ARRESTO x PENHORA
ARRESTO x PENHORA:
Realizado antes da citação, o
arresto é uma medida praticada no início
dos processos, por meio da constrição de
bens do patrimônio do devedor,
assegurando a futura penhora. Por outro
lado, a penhora de bens acontece após a
citação do devedor.
Oportuno o destaque inicial de que ambos
tratam de apreensão judicial de bens, valores,
dinheiro, direitos, pertencentes ao devedor,
em quantidade suficiente para, após ser
expropriado, satisfazer o débito.
Penhora
FUNÇÃO DA PENHORA: Direta ou
indiretamente, portanto, essa constrição visa a
resolução do inadimplemento. Por um lado, a
penhora estimula a satisfação da obrigação
dentro do acordado, porque desperta no devedor
o interesse de manter o bem em seu patrimônio.
Afinal, corre contra ele o risco de expropriação
do bem. Ou seja, é, indiretamente, uma forma de
coação ao pagamento.
Por outro lado, contudo, é por si uma forma
de adimplemento da obrigação. Caso o autor não
cumpra com a obrigação nos moldes do contrato,
poderá satisfazer o crédito: através da
adjudicação, em que o bem penhorado é
transferido para o patrimônio do credor;
através da conversão do bem em valor
monetário, após a expropriação, pela venda ou
leilão.
Ordem da penhora
O art. 835 do Novo CPC estabelece uma ordem preferencial de penhora. Ou seja,
uma ordem de bens que, se disponíveis, serão preferencialmente penhorados. Dessa maneira, é
o rol do artigo:
1) dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
2) títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em
mercado;
3) títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
4) veículos de via terrestre;
5) bens imóveis;
6) bens móveis em geral;
7) semoventes;
8) navios e aeronaves;
9) ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
10) percentual do faturamento de empresa devedora;
11) pedras e metais preciosos;
12) direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em
garantia;
13) outros direitos → ROL EXEMPLIFICATIVO E NÃO TAXATIVO
Apesar disso, o juiz poderá alterar a ordem conforme o caso concreto. Como dispõe a 
Súmula 417 do STJ: “na execução civil, a penhora de dinheiro na ordem de nomeação de 
bens não tem caráter absoluto”.
Suspensão
O processo executivo pode passar por crises
transitórias, acarretando em sua suspensão. Essas
crises são muito semelhantes às do processo
executivo (cognitivo) e também seguem a regra de
que, quando o módulo processual estiver suspenso,
este não deve praticar nenhum ato processual, salvo
os de caráter urgente.
O CPC prevê os casos de suspensão do módulo
processual executivo em seus arts. 921 e 922 porém,
não tem uma enumeração exaustiva. Alguns casos não
estão ali presentes, como, por exemplo, a extinção do
módulo por razão de força maior ou da interposição de
embargos de terceiro, dentre outros.
Suspensão
Art. 921. Suspende-se a execução:
I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315 , no que couber;
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução;
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em
15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916 .
§ 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o
qual se suspenderá a prescrição.
§ 2º Decorrido o prazo máximode 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que sejam
encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo forem
encontrados bens penhoráveis.
§ 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, começa a correr o
prazo de prescrição intercorrente.
§ 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício,
reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo.
Art. 922. Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o prazo concedido
pelo exequente para que o executado cumpra voluntariamente a obrigação.
Parágrafo único. Findo o prazo sem cumprimento da obrigação, o processo retomará o seu curso.
Satisfação do Credor
A satisfação do crédito
exequendo far-se-á: pela entrega
do dinheiro; pela adjudicação dos
bens penhorados.
O princípio da satisfação do
crédito exequendo prevê que a
execução deve ser realizada no
interesse do exequente, pois de
nada adiantaria uma execução
menos gravosa ao executado, mas
inútil ao credor. ... Se o depósito é
insuficiente, pode o credor
requerer sua complementação.

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