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CONTEÚDO 6-MÓDULO 5 - EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE

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Execução por quantia certa contra devedor solvente.
 
- Introdução:
Trata-se da forma mais comum de execução. Aqui, a pretensão do credor é receber
determinada quantia em dinheiro.
O recebimento do credor (exequente) será realizado em pecúnia, através da sub-
rogação como meio de coerção executiva. O Estado, dessa forma, expropriará os bens
do executado, a fim de satisfazer o crédito do credor.
Código de Processo Civil:
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens
do executado, ressalvadas as execuções especiais.
E como ocorre essa expropriação de bens? A resposta está nos incisos do Art. 825,
CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 825. A expropriação consiste em:
I - adjudicação;
II - alienação;
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos
e de outros bens.
Estudaremos, separadamente, cada uma dessas possibilidades.
No entanto, é fundamental não esquecermos que a qualquer tempo, antes de ser 
expropriado de seus bens, o executado pode pagar sua dívida.
Código de Processo Civil:
Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a
todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância
atualizada da dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios.
Feitas essas considerações, passemos a estudar as fases da execução.
Marcus Vinícius Rios Gonçalves passa o seguinte modelo esquemático:
 petição inicial;
 exame da inicial pelo juiz, do qual pode resultar o seu indeferimento ou recebimento, com a determinação de
que o executado seja citado e intimado do prazo para o oferecimento de embargos. No despacho inicial, o juiz
já fixará os honorários advocatícios em 10% para a hipótese de pagamento;
 a citação do devedor, para pagar em três dias sob pena de penhora. Se ele fizer o pagamento dentro do prazo,
os honorários fixados no despacho inicial serão reduzidos à metade. Satisfeita a obrigação, será extinta a
execução. Se não, após os três dias serão feitas a penhora e a avaliação de bens do devedor; 
 com a juntada aos autos do mandado de citação, passa a correr o prazo de quinze dias para embargos,
independentemente de ter ou não havido penhora. Os honorários advocatícios poderão ser elevados até 20%,
quando rejeitados os embargos. Mesmo que não haja embargos, os honorários poderão ser elevados ao final do
procedimento executivo, levando em conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente;
 se os embargos não forem opostos, se forem recebidos sem efeito suspensivo, ou se julgados improcedentes,
passar-se-á à fase de expropriação de bens. Cada uma dessas fases será examinada em item apartado[1].
 
- Petição inicial:
Diante da execução por quantia certa, a petição inicial deve preencher,
cumulativamente, os requisitos dos Arts. 319 e 320, CPC, bem como do Art. 798,
CPC, isto é, deve trazer memória de cálculo a fim de que o executado e o juiz possam
verificar se a quantia executada está correta. Ademais, o exequente pode indicar bens
do executado à penhora já na petição inicial.
 
Código de Processo Civil:
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
I - instruir a petição inicial com:
a) o título executivo extrajudicial;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação,
quando se tratar de execução por quantia certa;
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe
corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for
obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do
exequente;
II - indicar:
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo
puder ser realizada;
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica;
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter:
I - o índice de correção monetária adotado;
II - a taxa de juros aplicada;
III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e
da taxa de juros utilizados;
IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
V - a especificação de desconto obrigatório realizado.
 
- Despacho inicial:
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo#_ftn1
Como primeira providência, o juiz examinará se a petição inicial está em termos.
Caso falte alguma informação elementar ou documento essencial, o juiz determinará
sua emenda, no prazo de 15 dias, conforme Art. 801, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 801. Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está
acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o
juiz determinará que o exequente a corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob
pena de indeferimento.
Por outro lado, se a petição inicial estiver correta, observando todos os requisitos
legais, o executado será citado para realizar o pagamento no prazo de 3 dias, sob pena
de penhora dos bens indicados pelo exequente. 
Os honorários advocatícios serão fixados em 10% do valor da causa, mas se o débito
for adimplido no prazo, cairão para a metade.
Ainda, de acordo com o § 2º, do Art. 827, CPC, os honorários poderão ser majorados
para até 20% do valor da causa, caso o executado oponha embargos e seja vencido
ou, ainda, na ausência de embargos, a depender do empenho do advogado no
processo.
Código de Processo Civil:
Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários
advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado.
§ 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos
honorários advocatícios será reduzido pela metade.
§ 2º O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando
rejeitados os embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos
os embargos, ocorrer ao final do procedimento executivo, levando-se em
conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente.
- Citação:
Após a citação, fluirão dois diferentes prazos para o executado.
 
• Prazo para pagamento do débito:
A dívida deve ser paga no prazo de 3 dias contados da efetiva citação, sob pena de
penhora de bens. Essa regra está inscrita tanto na parte geral, quanto na parte
especial, do CPC. A contagem de prazo para cumprimento de determinação judicial a
partir da data da comunicação, consta no § 3º, do Art. 231, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo
do prazo:
[...]
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem,
de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de
representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da
determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
[...]
Ademais, o Art. 829, CPC, traz regra específica, apontando o prazo de 3 dias para
saudar a dívida e a consequência para o não cumprimento, que estará prevista no
próprio mandado de citação.
Código de Processo Civil:
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três)
dias, contado da citação.
§ 1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a
avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não
pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do
executado.
§ 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se
outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante
demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não
trará prejuízo ao exequente.
 
• Prazo para oposição de embargos:
Caso o executado queira opor embargos, deve fazê-lo no prazo de 15 dias a contar da
juntada do mandado de citação aos autos, conforme Art.231, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo
do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a
intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a
intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por
ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação
ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao
término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação
for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo
esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida,
quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça
impresso ou eletrônico;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art232
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos
autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar
corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput .
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado
individualmente.
[...]
• Modo de realizar a citação e penalidades para não indicação de bens à penhora:
A citação poderá ser realizada via correios, no entanto, a penhora necessariamente
terá de ser efetuada com intermédio de oficial de justiça, assim como todos os atos de
constrição patrimonial.
Na prática, sempre serão emitidos dois mandados, um para a citação, outro para
autorizar o cumprimento da determinação de penhora.
Caso o exequente não tenha apontado os bens do devedor na petição inicial, o próprio
executado deverá fazê-lo, sob pena de cometer ato atentatório à dignidade da justiça,
previsto no Art. 774, V, CPC. Nessa hipótese, o juiz fixará multa de até 20% sobre o
valor do débito atualizado e a quantia será revertida para o exequente.
Código de Processo Civil:
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva
ou omissiva do executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios
artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à
penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se
for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em
montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em
execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos
próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza
processual ou material.
- Arresto:
É possível que o oficial de justiça não encontre pessoalmente o devedor, mas sim
seus bens. O fato pode ocorrer, por exemplo, caso o oficial seja recebido na casa do
executado, por um parente seu, que lhe abre as portas, permitindo o exame daquilo
que o devedor possui.
O arresto executivo constitui ato preparatório para a penhora, antes mesmo da citação
do executado. Ambos devem observar as mesmas formalidades.
Cabe ao oficial de justiça lavrar termo de arresto, nomeando um depositário para os
bens do devedor, o qual, por sua vez, será incumbido de zelar por sua conservação.
O arresto executivo está previsto no Art. 830, CPC.
Depois desse procedimento, no prazo de 10 dias, o oficial voltará ao endereço para
citar o executado, ato que converterá o arresto em penhora. Caso suspeite de
ocultação, para citação por hora certa.
Se o oficial de justiça não encontrar o executado e, ao mesmo tempo, não suspeitar de
ocultação para realizar a citação por hora certa, o exequente deverá requerer a citação
por edital. Nesse caso, igualmente, transcorridos os 3 dias do prazo do edital sem o
pagamento do débito, o arresto será convertido em penhora.
Código de Processo Civil:
Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á
tantos bens quantos bastem para garantir a execução.
§ 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça
procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de
ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando
pormenorizadamente o ocorrido.
§ 2º Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a
pessoal e a com hora certa.
§ 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto
converter-se-á em penhora, independentemente de termo.
- Curador especial:
Caso não seja possível realizar a citação direta do devedor, será nomeado curador
especial a fim de opor embargos, conforme Súmula 196, STJ e Art. 72, II, CPC.
STJ. SÚMULA N. 196 
Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, será
nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos. 
 
Código de Processo Civil:
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:
[...]
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora
certa, enquanto não for constituído advogado.
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública,
nos termos da lei.
Caso não haja informações consistentes para oposição da peça, Marcus Vinícius Rios
Gonçalves defende que o curador especial não deverá apresenta-la, porque os
embargos não têm mera natureza de defesa, mas sim natureza de ação, de modo que
não se poderá argumentar pela negativa geral.
- Pagamento:
A execução somente é extinta quando o devedor paga o valor do débito atualizado
com juros, correção monetária, eventuais multas, custas processuais e honorários
advocatícios.
- Penhora e depósito:
• Conceito:
A penhora consiste na individualização e afetação do patrimônio do devedor, com o
fim de realizar o pagamento do débito. Nesse sentido vai a previsão dos Arts. 831 e
832, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o
pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários
advocatícios.
Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera
impenhoráveis ou inalienáveis.
• Preferência legal:
O Art. 835, CPC, traz uma ordem de preferência legal para a penhora que, no entanto,
pode ser superada, caso seja a melhor alternativa para garantir o pagamento do
débito.
Assim, se não houver dinheiro em conta bancária do executado, mas se tiver ciência
de seus veículos, estes poderão ser penhorados, sem a verificação prévia dos títulos
da dívida pública, bem como dos títulos e valores mobiliários.
A seu turno, o Art. 834, CPC, aponta que se não houverem outros bens, pode-se
realizar a penhora dos frutos e dos rendimentos dos bens inalienáveis.
Código de Processo Civil:
Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os
rendimentos dos bens inalienáveis.
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição
financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com
cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivosderivados de promessa de compra e venda e de
alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais
hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias
do caso concreto.
§ 2º Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança
bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do
débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
§ 3º Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa
dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também
será intimado da penhora.
• Papel do oficial de justiça:
Se o credor não conhecer bens do devedor a fim de indica-los à penhora, o oficial de
justiça fará a verificação de quais bens podem ser penhorados a fim de satisfazer o
crédito, excluindo aqueles mencionados no Art. 833, CPC, bem como o bem de
família. No mesmo sentido, o Art. 832 exclui da execução os bens que a lei atribui
inalienabilidade ou impenhorabilidade.
Código de Processo Civil:
Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera
impenhoráveis ou inalienáveis.
Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à
execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a
residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo
se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem
como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao
sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os
honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do
executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem
penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação
compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40
(quarenta) salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político,
nos termos da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime
de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao
próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de
penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua
origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-
mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º ,
e no art. 529, § 3º .
§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os
equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa
física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens
tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a
negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar,
trabalhista ou previdenciária.
• Dever do executado:
Na hipótese de o credor não conhecer bens penhoráveis do devedor e o oficial de
justiça não os encontrar, o exequente poderá requerer que o executado indique os
bens à penhora, sob pena de cometer ato atentatório à dignidade da justiça, como
vimos anteriormente.
• Formalização da penhora:
A realização da penhora depende da prática de dois atos: a lavratura do termo ou auto
e o depósito dos bens.
O termo obedecerá ao disposto no Art. 838, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 838. A penhora será realizada mediante auto ou termo, que conterá:
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I - a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita;
II - os nomes do exequente e do executado;
III - a descrição dos bens penhorados, com as suas características;
IV - a nomeação do depositário dos bens.
Também é necessário que o oficial de justiça proceda à busca e apreensão dos bens e
nomeie um depositário, que ficará por eles responsável.
Código de Processo Civil:
Art. 839. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito
dos bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no
mesmo dia.
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos
individuais.
• Penhora de imóveis e veículos automotores:
Tanto a penhora de imóveis como a de veículos automotores estão no Art. 845, § 1º,
CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a
posse, a detenção ou a guarda de terceiros.
§ 1º A penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, quando
apresentada certidão da respectiva matrícula, e a penhora de veículos
automotores, quando apresentada certidão que ateste a sua existência, serão
realizadas por termo nos autos.
[...]
Chama-se penhora por termo aquela realizada intra muros do fórum, sem a
participação do oficial de justiça. É o caso do § 1º acima transcrito, quando se tem a
certidão do bem, com suas especificações. Ainda que o imóvel ou o veículo
automotor estejam em outra comarca, com a respectiva certidão, é possível realizar a
penhora com os mencionados documentos.
Por outro lado, a penhora é por auto, quando realizada através de oficial de justiça,
que vai ao local, descreve o bem e nomeia seu depositário. É realizada quando a parte
assim o requer.
• Penhora de créditos e penhora no rosto dos autos:
A penhora de crédito é realizada em bem incorpóreo, quando o executado tem
cheques, nota promissória ou algum título de crédito para receber de terceiro,
conforme Arts. 855 e 856, CPC.
Nesse caso, duas condutas podem ser realizadas: se apreende o título de
crédito, quer esteja com o devedor, quer esteja com outra pessoa; ou, então,
caso o terceiro confesse a dívida com o executado, ele será nomeado
depositário da quantia, hipótese em que a penhora será feita com sua intimação
para que não pague ao executado o valor da dívida ou a intimação ao
executado para que não disponha do crédito.
Imaginemos a possibilidade do terceiro negar que tem o débito a solver com o
executado: nessa hipótese, a futura quitação dada pelo executado é considerada
fraude à execução.
Nesse sentido, o juiz pode designar audiência com o fim especial de ouvir o
executado e o terceiro acerca de sua relação jurídico e da existência do crédito.
Código de Processo Civil:
Art. 856. A penhora de crédito representado por letra de câmbio, nota
promissória, duplicata, cheque ou outros títulos far-se-á pela apreensão do
documento, esteja ou não este em poder do executado.
§ 1º Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será
este tido como depositário da importância.
§ 2º O terceiro só se exonerará da obrigação depositando em juízo a
importância da dívida.
§ 3º Se o terceiro negar o débito em conluio com o executado, a quitação que
este lhe der caracterizará fraude à execução.
§ 4º A requerimento do exequente, o juiz determinará o comparecimento, em
audiência especialmente designada, do executado e do terceiro, afim de lhes
tomar os depoimentos.
Havendo a confissão, terceiro que é devedor do executado somente estará
exonerado de sua obrigação caso faça o depósito em juízo, daquilo que pagaria
diretamente ao seu credor[1].
Código de Processo Civil:
Art. 855. Quando recair em crédito do executado, enquanto não ocorrer a
hipótese prevista no art. 856 , considerar-se-á feita a penhora pela intimação:
I - ao terceiro devedor para que não pague ao executado, seu credor;
II - ao executado, credor do terceiro, para que não pratique ato de disposição
do crédito.
A penhora no rosto dos autos, por sua vez, é aquela realizada sobre eventual direito
que o executado tenha a receber em ação judicial.
Se o processo em que o executado tenha a receber for também uma execução de
execução de título extrajudicial, o exequente fica sub-rogado nos direitos do
executado até receber o crédito, conforme Art. 857, CPC. Nessa hipótese, nada
impede que o exequente continue buscando patrimônio a expropriar e satisfazer seu
crédito.
Código de Processo Civil:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art856
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo#_ftn1
Art. 857. Feita a penhora em direito e ação do executado, e não tendo ele
oferecido embargos ou sendo estes rejeitados, o exequente ficará sub-rogado
nos direitos do executado até a concorrência de seu crédito.
§ 1º O exequente pode preferir, em vez da sub-rogação, a alienação judicial
do direito penhorado, caso em que declarará sua vontade no prazo de 10 (dez)
dias contado da realização da penhora.
§ 2º A sub-rogação não impede o sub-rogado, se não receber o crédito do
executado, de prosseguir na execução, nos mesmos autos, penhorando outros
bens.
Uma vez que até a prolação da sentença existe apenas expectativa de direitos por
parte do autor, é possível penhorar essa possibilidade de sair vencedor da demanda.
Caso o executado seja sucumbente, a penhora fica sem efeito.
Nesse caso, o oficial de justiça intima o escrivão do processo em que o executado é
autor, para anotar no rosto dos autos que eventual vitória, o crédito ficará para o
exequente, conforme Art. 860, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 860. Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, a penhora que
recair sobre ele será averbada, com destaque, nos autos pertinentes ao direito
e na ação correspondente à penhora, a fim de que esta seja efetivada nos bens
que forem adjudicados ou que vierem a caber ao executado.
Marcus Vinícius Rios Gonçalves aponta três possíveis atitudes para o exequente, na
penhora no rosto dos autos:
 aguardar o desfecho do processo em que o executado litiga com terceiro;
 tentar alienar o direito litigioso, o que não será fácil diante das dificuldades de encontrar arrematantes;
 sub-rogar-se nos direitos do executado, tornando-se titular do direito litigioso.[2]
 
 Penhora “on line”:
Trata-se da pesquisa realizada por meio eletrônico, em que o juiz determina às
instituições financeiras em que o executado tenha conta e dinheiro depositado, que
tornem seus ativos financeiros indisponíveis, nos limites do valor indicado na
execução, conforme Art. 854, CPC.
Essa determinação é feita sem comunicação prévia ao executado que, depois, será
intimado através de seu advogado ou pessoalmente, caso não tenha patrono
constituído.
Se a quantia bloqueada estiver no rol daquelas consideradas impenhoráveis, à luz do
Art. 835, CPC, o executado deverá comunicar o juízo em 5 dias, juntando as devidas
comprovações. A mesma conduta deve ser adotada caso haja bloqueio de quantia
maior do que requerida nos autos.
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Acolhendo o pedido do executado, o juiz determinará ao banco o levantamento da
indisponibilidade sobre o excesso ou, ainda, o desbloqueio de toda a quantia em 24
horas.
Se o crédito for satisfeito de outra forma, como por exemplo, com o depósito judicial
da quantia pelo devedor, o juiz, igualmente, determinará o desbloqueio de suas contas
no prazo de 24 horas, sob pena de responsabilização da instituição financeira.
Caso o pedido do executado para desbloqueio seja negado ou, ainda, na hipótese de
que este permaneça inerte, o bloqueio será convertido em penhora, sem necessidades
de maiores formalizações, como lavratura de termo. Assim, o juiz determinará a
transferência da quantia bloqueada para a conta do juízo.
Código de Processo Civil:
Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação
financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato
ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema
eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional,
que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado,
limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.
§ 1º No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de ofício, o
juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o
que deverá ser cumprido pela instituição financeira em igual prazo.
§ 2º Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será
intimado na pessoa de seu advogado ou, não o tendo, pessoalmente.
§ 3º Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar que:
I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis;
II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros.
§ 4º Acolhida qualquer das arguições dos incisos I e II do § 3º, o juiz
determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade irregular ou
excessiva, a ser cumprido pela instituição financeira em 24 (vinte e quatro)
horas.
§ 5º Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, converter-se-
á a indisponibilidade em penhora, sem necessidade de lavratura de termo,
devendo o juiz da execução determinar à instituição financeira depositária
que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, transfira o montante indisponível
para conta vinculada ao juízo da execução.
§ 6º Realizado o pagamento da dívida por outro meio, o juiz determinará,
imediatamente, por sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do
sistema financeiro nacional, a notificação da instituição financeira para que,
em até 24 (vinte e quatro) horas, cancele a indisponibilidade.
§ 7º As transmissões das ordens de indisponibilidade, de seu cancelamento e
de determinação de penhora previstas neste artigo far-se-ão por meio de
sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro
nacional.
§ 8º A instituição financeira será responsável pelos prejuízos causados ao
executado em decorrência da indisponibilidade de ativos financeiros em valor
superior ao indicado na execução ou pelo juiz, bem como na hipótese de não
cancelamento da indisponibilidade no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
quando assim determinar o juiz.
§ 9º Quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a
requerimento do exequente, determinará às instituições financeiras, por meio
de sistema eletrônico gerido por autoridade supervisora do sistema bancário,
que tornem indisponíveis ativos financeiros somente em nome do órgão
partidário que tenha contraído a dívida executada ou que tenha dado causa à
violação de direito ou ao dano, ao qual cabe exclusivamente a
responsabilidade pelos atos praticados, na forma da lei.
• Penhora de quotas ou das ações das sociedades personificadas:
O tema é regido pelo Art. 861, CPC. Na hipótese de penhora das quotas ou ações de
sócio, tanto em sociedade simples como em sociedade empresária, o juiz estabelecerá
prazo de no máximo três meses, para que seja apresentado balanço, para que as
quotas sejam oferecidas aos demais sócios ou, caso estes não as queiram, para que
elas sejam liquidadas, quando poderá ser nomeado um administrador, para essa
finalidade.
Se as quotasforem de sociedade aberta, elas serão adjudicadas ao exequente ou
vendidas na bolsa de valores.
O prazo de três meses para tomada de providências poderá ser ampliado na hipótese
do procedimento trazer sério risco à saúde financeira da sociedade. Ademais, o juiz
poderá determinar o leilão judicial das quotas ou ações, caso os sócios não queiram a
parte do executado e a liquidação revelar-se muito danosa para a sociedade simples
ou empresária.
Código de Processo Civil:
Art. 861. Penhoradas as quotas ou as ações de sócio em sociedade simples ou
empresária, o juiz assinará prazo razoável, não superior a 3 (três) meses, para
que a sociedade:
I - apresente balanço especial, na forma da lei;
II - ofereça as quotas ou as ações aos demais sócios, observado o direito de
preferência legal ou contratual;
III - não havendo interesse dos sócios na aquisição das ações, proceda à
liquidação das quotas ou das ações, depositando em juízo o valor apurado,
em dinheiro.
§ 1º Para evitar a liquidação das quotas ou das ações, a sociedade poderá
adquiri-las sem redução do capital social e com utilização de reservas, para
manutenção em tesouraria.
§ 2º O disposto no caput e no § 1º não se aplica à sociedade anônima de
capital aberto, cujas ações serão adjudicadas ao exequente ou alienadas em
bolsa de valores, conforme o caso.
§ 3º Para os fins da liquidação de que trata o inciso III do caput , o juiz
poderá, a requerimento do exequente ou da sociedade, nomear administrador,
que deverá submeter à aprovação judicial a forma de liquidação.
§ 4º O prazo previsto no caput poderá ser ampliado pelo juiz, se o pagamento
das quotas ou das ações liquidadas:
I - superar o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem
diminuição do capital social, ou por doação; ou
II - colocar em risco a estabilidade financeira da sociedade simples ou
empresária.
§ 5º Caso não haja interesse dos demais sócios no exercício de direito de
preferência, não ocorra a aquisição das quotas ou das ações pela sociedade e
a liquidação do inciso III do caput seja excessivamente onerosa para a
sociedade, o juiz poderá determinar o leilão judicial das quotas ou das ações.
• Penhora de empresa, de outros estabelecimentos ou de semoventes:
Embora a lista de preferência nos bens que se pode submeter 
à penhora não seja seguida à ferro e fogo, a penhora de empresa, outros
estabelecimentos e semoventes deve ser feita somente quando esgotadas outras
possibilidades, conforme Art. 865, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 865. A penhora de que trata esta Subseção somente será determinada se
não houver outro meio eficaz para a efetivação do crédito.
A proteção legal se justifica porque sua operabilidade não é das fáceis, tampouco das
menos custosas.
Conforme Art. 862, CC, a empresa, indústria, estabelecimento agrícola, ou
administrador do semovente, plantação ou edifício em construção, terá um
administrador-depositário, nomeado pelo juiz, que terá a incumbência de apresentar
em 10 dias o plano de administração.
Com relação aos edifícios em construção, a penhora somente poderá recair sobre
unidades ainda não comercializadas pela incorporadora.
Código de Processo Civil:
Art. 862. Quando a penhora recair em estabelecimento comercial, industrial
ou agrícola, bem como em semoventes, plantações ou edifícios em
construção, o juiz nomeará administrador-depositário, determinando-lhe que
apresente em 10 (dez) dias o plano de administração.
§ 1º Ouvidas as partes, o juiz decidirá.
§ 2º É lícito às partes ajustar a forma de administração e escolher o
depositário, hipótese em que o juiz homologará por despacho a indicação.
§ 3º Em relação aos edifícios em construção sob regime de incorporação
imobiliária, a penhora somente poderá recair sobre as unidades imobiliárias
ainda não comercializadas pelo incorporador.
§ 4º Sendo necessário afastar o incorporador da administração da
incorporação, será ela exercida pela comissão de representantes dos
adquirentes ou, se se tratar de construção financiada, por empresa ou
profissional indicado pela instituição fornecedora dos recursos para a obra,
devendo ser ouvida, neste último caso, a comissão de representantes dos
adquirentes.
Quando estivermos tratando de empresa que funcione mediante concessão ou
autorização do Poder Público, a penhora recairá sobre a renda, alguns bens ou todo o
patrimônio da empresa, sempre a depender do valor do crédito. O depositário,
preferencialmente, será um de seus diretores, que deverá apresentar um plano de
administração e esquema de pagamento. Se a penhora recair sobre todo o patrimônio,
antes da adjudicação ou arrematação, o ente público será ouvido, tudo conforme Art.
863, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 863. A penhora de empresa que funcione mediante concessão ou
autorização far-se-á, conforme o valor do crédito, sobre a renda, sobre
determinados bens ou sobre todo o patrimônio, e o juiz nomeará como
depositário, de preferência, um de seus diretores.
§ 1º Quando a penhora recair sobre a renda ou sobre determinados bens, o
administrador-depositário apresentará a forma de administração e o esquema
de pagamento, observando-se, quanto ao mais, o disposto em relação ao
regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel.
§ 2º Recaindo a penhora sobre todo o patrimônio, prosseguirá a execução em
seus ulteriores termos, ouvindo-se, antes da arrematação ou da adjudicação, o
ente público que houver outorgado a concessão.
Quanto se tratar de penhora realizada em navio ou aeronave, estes poderão continuar
suas operações, desde que façam seguro contra riscos. Vide caso Avianca!!!
Código de Processo Civil:
Art. 864. A penhora de navio ou de aeronave não obsta que continuem
navegando ou operando até a alienação, mas o juiz, ao conceder a autorização
para tanto, não permitirá que saiam do porto ou do aeroporto antes que o
executado faça o seguro usual contra riscos.
• Penhora de percentual de faturamento de empresa:
A penhora de percentual de faturamento de empresa é regulada pelo Art. 866, CPC e,
tal como vimos em relação à penhora da empresa, outros estabelecimentos e
semoventes, no tópico acima, deve ser intentada caso não existam outras alternativas
ou, existindo, não satisfaçam o crédito ou, ainda, caso esta revele-se o modo menos
difícil de se buscar o pagamento do credor.
O juiz fixará um percentual do faturamento da empresa que vá para exequente sem,
no entanto, tornar inviável a atividade empresária.
Para tanto, será nomeado administrador-depositário, que prestará contas mensalmente
e entregará ao juízo as quantias recebidas, com os balancetes mensais.
Código de Processo Civil:
Art. 866. Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os,
esses forem de difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito
executado, o juiz poderá ordenar a penhora de percentual de faturamento de
empresa.
§ 1º O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo
em tempo razoável, mas que não torne inviável o exercício da atividade
empresarial.
§ 2º O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à aprovação
judicial a forma de sua atuação e prestará contas mensalmente, entregando
em juízo as quantias recebidas, com os respectivos balancetes mensais, a fim
de serem imputadas no pagamento da dívida.
§ 3º Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-se-á, no
que couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos e rendimentos
de coisa móvel e imóvel.
• Penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel:
É possível que a penhora recaia sobre os frutos e rendimentos de coisa pertencente ao
executado: seja um imóvel alugado, um estabelecimento empresarial arrendado, um
aparelho voltado à medicina ou estética que esteja alugado,enfim.
Sua previsão legal consta a partir do Art. 867, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 867. O juiz pode ordenar a penhora de frutos e rendimentos de coisa
móvel ou imóvel quando a considerar mais eficiente para o recebimento do
crédito e menos gravosa ao executado.
Com a nomeação de administrador-depositário, o uso da coisa não continuará à
disposição do devedor, até que seja pago o valor do principal, juros, custas –
incluindo-se, aqui, eventual multa - e honorários advocatícios.
Após a averbação na Serventia Registral, a penhora e suspensão dos direitos relativos
à coisa também valerão para terceiro, ex., locador que sub locou o imóvel.
Código de Processo Civil:
Art. 868. Ordenada a penhora de frutos e rendimentos, o juiz nomeará
administrador-depositário, que será investido de todos os poderes que
concernem à administração do bem e à fruição de seus frutos e utilidades,
perdendo o executado o direito de gozo do bem, até que o exequente seja
pago do principal, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.
§ 1º A medida terá eficácia em relação a terceiros a partir da publicação da
decisão que a conceda ou de sua averbação no ofício imobiliário, em caso de
imóveis.
§ 2º O exequente providenciará a averbação no ofício imobiliário mediante a
apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de
mandado judicial.
• Documentação da penhora:
Após a realização da penhora, é preciso que o executado seja intimado através de seu
advogado ou, caso não tenha mandatário, que o seja pessoalmente, conforme Art.
841, CPC. A exceção à regra ocorre quando o executado estiver presente no momento
da penhora.
Código de Processo Civil:
Art. 841. Formalizada a penhora por qualquer dos meios legais, dela será
imediatamente intimado o executado.
§ 1º A intimação da penhora será feita ao advogado do executado ou à
sociedade de advogados a que aquele pertença.
§ 2º Se não houver constituído advogado nos autos, o executado será
intimado pessoalmente, de preferência por via postal.
§ 3º O disposto no § 1º não se aplica aos casos de penhora realizada na
presença do executado, que se reputa intimado.
§ 4º Considera-se realizada a intimação a que se refere o § 2º quando o
executado houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo,
observado o disposto no parágrafo único do art. 274 .
 
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às
partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do
processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão
ou chefe de secretaria.
Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço
constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado,
se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente
comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do
comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.
Se a penhora recair sobre bem imóvel ou direito real é preciso que o cônjuge do
executado também seja intimado, a menos que o regime de bens do casamento seja o
da separação de bens.
Código de Processo Civil:
Art. 842. Recaindo a penhora sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel,
será intimado também o cônjuge do executado, salvo se forem casados em
regime de separação absoluta de bens.
 
• Lugar de realização da penhora:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art274
A penhora é realizada no local onde se encontrem os bens, ainda que estejam sob a
posse, detenção ou guarda de terceiros. No caso dos bens imóveis e dos automóveis,
será realizada mediante certidão de propriedade.
Código de Processo Civil:
Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a
posse, a detenção ou a guarda de terceiros.
§ 1º A penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, quando
apresentada certidão da respectiva matrícula, e a penhora de veículos
automotores, quando apresentada certidão que ateste a sua existência, serão
realizadas por termo nos autos.
§ 2º Se o executado não tiver bens no foro do processo, não sendo possível a
realização da penhora nos termos do § 1º, a execução será feita por carta,
penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação.
Caso o executado feche as portas da casa criando obstáculo para realização da
penhora dos bens, o fato será relatado ao juiz, que dará ordem de arrombamento.
Nesse caso, dois oficiais de justiça realizarão a ordem e farão constar no auto
circunstanciado toda a ocorrência, que contará com duas testemunhas que estiverem
presentes na diligência. O juiz poderá requisitar força policial e os oficiais entregarão
uma via do auto ao escrivão e outra via às autoridades policiais para apurar eventual
crime de desobediência.
Código de Processo Civil:
Art. 846. Se o executado fechar as portas da casa a fim de obstar a penhora
dos bens, o oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem
de arrombamento.
§ 1 o Deferido o pedido, 2 (dois) oficiais de justiça cumprirão o mandado,
arrombando cômodos e móveis em que se presuma estarem os bens, e
lavrarão de tudo auto circunstanciado, que será assinado por 2 (duas)
testemunhas presentes à diligência.
§ 2º Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar
os oficiais de justiça na penhora dos bens.
§ 3º Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto da ocorrência,
entregando uma via ao escrivão ou ao chefe de secretaria, para ser juntada
aos autos, e a outra à autoridade policial a quem couber a apuração criminal
dos eventuais delitos de desobediência ou de resistência.
§ 4º Do auto da ocorrência constará o rol de testemunhas, com a respectiva
qualificação.
• Averbação da penhora:
Para que o arresto ou a penhora tenham efeitos perante terceiros, com eficácia erga
omnes,é imperioso que as devidas averbações sejam realizadas nos registros
competentes, conforme Art. 844, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 844. Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao
exequente providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro
competente, mediante apresentação de cópia do auto ou do termo,
independentemente de mandado judicial.
O terceiro que adquire a coisa após a averbação da penhora, não pode alegar boa-fé.
Caso a alienação tenha se realizado antes, será preciso demonstrar a má-fé do terceiro
adquirente, conforme Súmula 375, STJ. 
STJ. SÚMULA N. 375 
O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do
bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. 
Conforme explica Marcus Vinícius Rios Gonçalves[1], a averbação da certidão de
admissão da execução é uma exceção à regra, porquanto também constará na
matrícula e registros competentes que há uma execução pendente, conforme Art. 828,
CPC, o que poderá resultar na futura penhora do patrimônio em questão. 
Código de Processo Civil:
Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida
pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de
averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a
penhora, arresto ou indisponibilidade.
§ 1º No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá
comunicar ao juízo as averbações efetivadas.
§ 2º Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida,
o exequente providenciará, no prazo de 10 (dez) dias, o cancelamento das
averbações relativas àqueles não penhorados.
§ 3º O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a
requerimento, caso o exequente não o faça no prazo.
§ 4º Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens
efetuada após a averbação.
§ 5º O exequente quepromover averbação manifestamente indevida ou não
cancelar as averbações nos termos do § 2º indenizará a parte contrária,
processando-se o incidente em autos apartados.
Diferentemente da averbação de admissão da execução, a averbação da penhora
prescinde certidão judicial, bastando a apresentação da cópia do termo ou do auto de
penhora.
• Substituição do bem penhorado:
A substituição da penhora é tratada do Art. 847 ao 853, CPC.
* Substituição da penhora requerida por qualquer das partes:
O Art. 848, CPC, elenca hipóteses em que tanto exequente quanto executado podem
requerer a substituição dos bens penhorados. É o caso de inobservância à ordem
legal, estabelecida no Art. 835, CPC; se forem penhorados bens em outra comarca,
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que não da execução, enquanto houver bens no foro da execução; se forem
penhorados bens que tenham outras penhoras ou gravames, em detrimentos de outros,
disponíveis; etc.
Código de Processo Civil:
Art. 848. As partes poderão requerer a substituição da penhora se:
I - ela não obedecer à ordem legal;
II - ela não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial
para o pagamento;
III - havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados;
IV - havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto
de gravame;
V - ela incidir sobre bens de baixa liquidez;
VI - fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou
VII - o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das
indicações previstas em lei.
Parágrafo único. A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por
seguro garantia judicial, em valor não inferior ao do débito constante da
inicial, acrescido de trinta por cento.
Qualquer das partes requerendo a substituição da penhora, o juiz ouvirá a outra, no
prazo de 3 dias, conforme Art. 853, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 853. Quando uma das partes requerer alguma das medidas previstas
nesta Subseção, o juiz ouvirá sempre a outra, no prazo de 3 (três) dias, antes
de decidir.
Parágrafo único. O juiz decidirá de plano qualquer questão suscitada.
Ademais, a substituição da penhora, em qualquer dos casos, importará na lavratura de
novo termo ou auto, uma vez que será necessário formalizar a constrição do novo
bem ou direito.
Código de Processo Civil:
Art. 849. Sempre que ocorrer a substituição dos bens inicialmente
penhorados, será lavrado novo termo.
* Substituição da penhora requerida pelo executado:
Após ser intimado da penhora, o executado poderá requerer sua substituição, no
prazo de 10 dias. Deverá, no entanto, comprovar que além de ser menos onerosa, não
trará prejuízos ao exequente, conforme Arts. 847, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 847. O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias contado da intimação
da penhora, requerer a substituição do bem penhorado, desde que comprove
que lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente.
§ 1º O juiz só autorizará a substituição se o executado:
I - comprovar as respectivas matrículas e os registros por certidão do
correspondente ofício, quanto aos bens imóveis;
II - descrever os bens móveis, com todas as suas propriedades e
características, bem como o estado deles e o lugar onde se encontram;
III - descrever os semoventes, com indicação de espécie, de número, de
marca ou sinal e do local onde se encontram;
IV - identificar os créditos, indicando quem seja o devedor, qual a origem da
dívida, o título que a representa e a data do vencimento; e
V - atribuir, em qualquer caso, valor aos bens indicados à penhora, além de
especificar os ônus e os encargos a que estejam sujeitos.
§ 2º Requerida a substituição do bem penhorado, o executado deve indicar
onde se encontram os bens sujeitos à execução, exibir a prova de sua
propriedade e a certidão negativa ou positiva de ônus, bem como abster-se de
qualquer atitude que dificulte ou embarace a realização da penhora.
§ 3º O executado somente poderá oferecer bem imóvel em substituição caso
o requeira com a expressa anuência do cônjuge, salvo se o regime for o de
separação absoluta de bens.
§ 4º O juiz intimará o exequente para manifestar-se sobre o requerimento de
substituição do bem penhorado.
Além da hipótese legal, o executado, a qualquer momento, poderá substituir a
penhora de coisa ou direito por penhora em dinheiro, o que sempre será mais
benéfico ao exequente, porque dispensará expropriação. Marcus Vinícius Rios
Gonçalves lembra que a substituição da penhora por dinheiro não se confunde com o
pagamento da dívida, porque, nesse caso, haverá desistência de eventual recurso e
embargos[2].
• Segunda penhora:
A hipótese de segunda penhora está prevista no Art. 851, CPC. Ocorre nos casos em
que a primeira penhora é anulada; quando a primeira penhora não for suficiente para
satisfação do crédito; ou, ainda, quando o exequente desistir dos bens da primeira
penhora.
Código de Processo Civil:
Art. 851. Não se procede à segunda penhora, salvo se:
I - a primeira for anulada;
II - executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento
do exequente;
III - o exequente desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens ou
por estarem submetidos a constrição judicial.
• Alienação antecipada dos bens penhorados:
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Quando houver grande vantagem na venda dos bens penhorados, ou, ainda,
quando estiverem sujeitos à grande desapropriação ou desvalorização, o juiz
pode deferir sua alienação antecipada, conforme Art. 852, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 852. O juiz determinará a alienação antecipada dos bens penhorados
quando:
I - se tratar de veículos automotores, de pedras e metais preciosos e de outros
bens móveis sujeitos à depreciação ou à deterioração;
II - houver manifesta vantagem.
• Redução ou ampliação da penhora:
Com a avaliação, tópico que estudaremos mais adiante, será possível constatar
se os bens penhorados são suficientes, estão aquém ou além do valor do débito.
Nessa hipótese, a requerimento de uma das partes, aberto o contraditório, o juiz
poderá reduzir ou ampliar o valor da penhora, conforme Art. 874, CPC:
Código de Processo Civil:
Art. 874. Após a avaliação, o juiz poderá, a requerimento do interessado e
ouvida a parte contrária, mandar:
I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o
valor dos bens penhorados for consideravelmente superior ao crédito do
exequente e dos acessórios;
II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o
valor dos bens penhorados for inferior ao crédito do exequente.
O Art. 850, CPC, ratifica essa possibilidade, admitindo a redução ou ampliação
da penhora, bem como sua transferência para outros bens, a depender de
alteração significativa no valor de mercado dos bens penhorados:
Código de Processo Civil:
Art. 850. Será admitida a redução ou a ampliação da penhora, bem como sua
transferência para outros bens, se, no curso do processo, o valor de mercado
dos bens penhorados sofrer alteração significativa.
• Pluralidade de penhoras sobre o mesmo bem:
É possível que um único bem sofra diferentes penhoras. Nessa hipótese, receberão as
ordens de preferencial legal ou, não as havendo, quem houver realizado a primeira
penhora.
Código de Processo Civil:
Art. 908. Havendo pluralidade de credores ou exequentes, o dinheiro lhes
será distribuído e entregue consoante a ordem das respectivas preferências.
§ 1º No caso de adjudicação ou alienação, os créditos que recaem sobre o
bem, inclusive os de natureza propter rem , sub-rogam-se sobre o respectivo
preço, observada a ordem de preferência.
§ 2º Não havendo título legal à preferência, o dinheiro será distribuído entre
os concorrentes, observando-se a anterioridade de cada penhora.
Vale lembrar que a noçãoda ordem de preferência decorre da Lei de Falências:
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e
cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de
trabalho;
II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de
constituição, excetuadas as multas tributárias;
IV – créditos com privilégio especial, a saber:
a) os previstos no art. 964 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição
contrária desta Lei;
c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa
dada em garantia;
d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das
microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014)
V – créditos com privilégio geral, a saber:
a) os previstos no art. 965 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição
contrária desta Lei;
VI – créditos quirografários, a saber:
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens
vinculados ao seu pagamento;
c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o
limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais
ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
VIII – créditos subordinados, a saber:
a) os assim previstos em lei ou em contrato;
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
§ 1º Para os fins do inciso II do caput deste artigo, será considerado como
valor do bem objeto de garantia real a importância efetivamente arrecadada
com sua venda, ou, no caso de alienação em bloco, o valor de avaliação do
bem individualmente considerado.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art965
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp147.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp147.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp123.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp123.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art964
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.101-2005?OpenDocument
§ 2º Não são oponíveis à massa os valores decorrentes de direito de sócio ao
recebimento de sua parcela do capital social na liquidação da sociedade.
§ 3º As cláusulas penais dos contratos unilaterais não serão atendidas se as
obrigações neles estipuladas se vencerem em virtude da falência.
§ 4º Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados
quirografários.
• O depositário:
A penhora é realizada pela busca e apreensão do bem, somada à sua penhora.
Código de Processo Civil:
Art. 839. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito
dos bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no
mesmo dia.
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos
individuais.
O auto de penhora conterá o nome do depositário, que deverá assina-lo. No entanto,
se o depositário não quiser o encargo, poderá recusar a nomeação, conforme aduz a
Súmula 319, STJ:
STJ. SÚMULA N. 319 
O encargo de depositário de bens penhorados pode ser expressamente
recusado. 
E quem será o depositário de cada bem? A resposta vem do Art. 840, CPC.
Quantia em dinheiro, papeis de crédito, pedras e metais preciosos serão depositados
no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, em outo banco em que o Estado ou
Distrito Federal tenha mais da metade do capital ou, em sua falta, em instituição de
crédito designada pelo juiz.
Os móveis, imóveis urbanos e seus respectivos direitos aquisitivos, bem como os
semoventes, ficarão em poder do depositário judicial. Se não houver depositário
judicial, referidos bens ficarão em poder do exequente ou com o executado, se forem
de difícil remoção ou caso assim concorde o exequente.
Os imóveis rurais, seus direitos aquisitivos e tudo o que envolve o meio rural ficará
em poder do executado que, no entanto, deverá prestar caução idônea.
Código de Processo Civil:
Art. 840. Serão preferencialmente depositados:
I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os metais
preciosos, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em banco do
qual o Estado ou o Distrito Federal possua mais da metade do capital social
integralizado, ou, na falta desses estabelecimentos, em qualquer instituição de
crédito designada pelo juiz;
II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos
sobre imóveis urbanos, em poder do depositário judicial;
III - os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as
máquinas, os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade
agrícola, mediante caução idônea, em poder do executado.
§ 1º No caso do inciso II do caput , se não houver depositário judicial, os
bens ficarão em poder do exequente.
§ 2º Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de
difícil remoção ou quando anuir o exequente.
§ 3º As joias, as pedras e os objetos preciosos deverão ser depositados com
registro do valor estimado de resgate.
• Responsabilidade do depositário:
O depositário é responsável pela guarda e conservação dos bens penhorados,
incumbindo-lhe o dever de entrega-los ao adquirente, na hipótese de adjudicação ou
arrematação. O depositário é mero detentor do bem, de modo que não tem a posse
para fins jurídicos. Caso o depositário não entregue os bens espontaneamente ao
adquirente, no mesmo processo da execução este poderá requerer a busca e apreensão
dos mesmos ou a imissão na posse, o que se realizará com mandado judicial.
- Avaliação de bens:
A avaliação é tema dos Arts. 870 a 875, CPC.
Em princípio, quem faz a avaliação é o oficial de justiça e, para cumprir seu
desiderato, poderá lançar mão de qualquer meio idôneo de pesquisa, como por
exemplo verificar anúncios e classificados, fazer pesquisas em imobiliárias e até
mesmo aproveitar informações trazidas pelas partes. 
Todavia, caso verifique que a avaliação do bem em questão deve ser realizada por
quem tenha conhecimentos específicos, informará o fato ao juiz, que, por sua vez,
nomeará avaliador:
Código de Processo Civil:
Art. 870. A avaliação será feita pelo oficial de justiça.
Parágrafo único. Se forem necessários conhecimentos especializados e o
valor da execução o comportar, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo
não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo.
Tanto na avaliação realizada por oficial de justiça, quanto na avaliação feita por perito
devem constar informações mínimas sobre os bens, como sua descrição, suas
características, o estado em que se encontram e o valor de mercado, conforme Art.
872, CPC. 
Se o bem em questão for imóvel, levando em consideração o valor do crédito, se for
possível sua divisão, será realizada a avaliação de cada uma das partes e apresentada
proposta de desmembramento, sobre o qual as partes deverão se manifestar em 5 dias.
Código de Processo Civil:
Art. 872. A avaliação realizada pelo oficial de justiça constará de vistoria e de
laudo anexados ao auto de penhora ou, em caso de perícia realizada por
avaliador, de laudo apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo-se, em
qualquer hipótese, especificar:
I - os bens, com as suas características, e o estado em quese encontram;
II - o valor dos bens.
§ 1º Quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, a avaliação, tendo
em conta o crédito reclamado, será realizada em partes, sugerindo-se, com a
apresentação de memorial descritivo, os possíveis desmembramentos para
alienação.
§ 2º Realizada a avaliação e, sendo o caso, apresentada a proposta de
desmembramento, as partes serão ouvidas no prazo de 5 (cinco) dias.
- Dispensa de avaliação:
É possível, no entanto, que não seja necessário proceder à avaliação. Veremos essa
hipótese na prática quando os valores forem incontroversos, seja porque uma parte
aceita a estimativa apontada pela outra; seja porque o bem penhorado – o que abrange
ações e títulos de crédito negociável na bolsa, tenha cotação na bolsa de valores, seja
porque o preço médio de mercado do bem em questão, como os veículos
automotores, é tabelado oficialmente ou em anúncios, conforme Art. 871, CPC.
Código de Processo Civil:
Art. 871. Não se procederá à avaliação quando:
I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;
II - se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa,
comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;
III - se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos
de crédito negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia,
comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;
IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de
mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos
oficiais ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso
em que caberá a quem fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de
mercado.
Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do inciso I deste artigo, a avaliação
poderá ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real
valor do bem.
- Nova avaliação:
É possível que haja nova avaliação, caso se verifique a valorização ou desvalorização
do valor da coisa, caso fique demonstrada o erro ou dolo no procedimento do
avaliador ou, ainda, se o juiz tiver fundado erro no valor atribuído ao bem, nos termos
do Art. 873, CPC.
 
Código de Processo Civil:
Art. 873. É admitida nova avaliação quando:
I - qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na
avaliação ou dolo do avaliador;
II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou
diminuição no valor do bem;
III - o juiz tiver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem na primeira
avaliação.
Parágrafo único. Aplica-se o art. 480 à nova avaliação prevista no inciso III
do caput deste artigo.
 
 
Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a
realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente
esclarecida.
§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu
a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos
resultados a que esta conduziu.
§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a
primeira.
§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o
valor de uma e de outra.
 
- Intimação do executado:
Conforme vimos anteriormente, a intimação do executado será feita na pessoa de seu
advogado ou sociedade de advogados ou, ainda, caso esteja sem patrono,
pessoalmente, tão logo ocorra a penhora.
- Outras intimações:
Quando se tratar de bens imóveis, além do cônjuge, como vimos em momento
anterior, todo e qualquer interessado deverá ser intimado sobre a penhora, a fim de
evitar nulidades processuais. São exemplos o credor com garantia real, bem como
qualquer outra pessoa que tenha relação de direito real com a coisa, tais como
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art480
usufrutuário, titular de direito real de habitação, promitente comprador de
compromisso registrado, etc, conforme Art. 799, CPC:
Código de Processo Civil:
Art. 799. Incumbe ainda ao exequente:
I - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou
fiduciário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca,
anticrese ou alienação fiduciária;
II - requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a
penhora recair sobre bem gravado por usufruto, uso ou habitação;
III - requerer a intimação do promitente comprador, quando a penhora recair
sobre bem em relação ao qual haja promessa de compra e venda registrada;
IV - requerer a intimação do promitente vendedor, quando a penhora recair
sobre direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda registrada;
V - requerer a intimação do superficiário, enfiteuta ou concessionário, em
caso de direito de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de
moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre
imóvel submetido ao regime do direito de superfície, enfiteuse ou concessão;
VI - requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de
superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou
concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre direitos do
superficiário, do enfiteuta ou do concessionário;
VII - requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social
ou de ação de sociedade anônima fechada, para o fim previsto no art. 876, §
7º ;
VIII - pleitear, se for o caso, medidas urgentes;
IX - proceder à averbação em registro público do ato de propositura da
execução e dos atos de constrição realizados, para conhecimento de terceiros.
X - requerer a intimação do titular da construção-base, bem como, se for o
caso, do titular de lajes anteriores, quando a penhora recair sobre o direito
real de laje; (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
XI - requerer a intimação do titular das lajes, quando a penhora recair sobre a
construção-base. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
A ausência de intimação dos interessados compromete a eficácia da alienação
judicial, nos termos do Art. 804, CPC:
Art. 804. A alienação de bem gravado por penhor, hipoteca ou anticrese será
ineficaz em relação ao credor pignoratício, hipotecário ou anticrético não
intimado.
§ 1º A alienação de bem objeto de promessa de compra e venda ou de cessão
registrada será ineficaz em relação ao promitente comprador ou ao
cessionário não intimado.
§ 2º A alienação de bem sobre o qual tenha sido instituído direito de
superfície, seja do solo, da plantação ou da construção, será ineficaz em
relação ao concedente ou ao concessionário não intimado.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art57
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art57
applewebdata://9595F541-4A82-438B-AF44-14F4429AC3F4#art876%C3%82%C2%A77
applewebdata://9595F541-4A82-438B-AF44-14F4429AC3F4#art876%C3%82%C2%A77
§ 3º A alienação de direito aquisitivo de bem objeto de promessa de venda, de
promessa de cessão ou de alienação fiduciária será ineficaz em relação ao
promitente vendedor, ao promitente cedente ou ao proprietário fiduciário não
intimado.
§ 4º A alienação de imóvel sobre o qual tenha sido instituída enfiteuse,
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real
de uso será ineficaz em relação ao enfiteuta ou ao concessionário não
intimado.
§ 5º A alienação de direitos do enfiteuta, do concessionário de direito real de
uso ou do concessionário de uso especial para fins de moradia será ineficaz
em relação ao proprietário do respectivo imóvel não intimado.
§ 6º A alienação de bem sobre o qual tenha sido instituído usufruto, uso ou
habitação será ineficaz em relação ao titular desses direitos reais não
intimado.
Por fim, após a penhora e a avaliação tem início afase de expropriação dos bens.
Código de Processo Civil:
Art. 875. Realizadas a penhora e a avaliação, o juiz dará início aos atos de
expropriação do bem.
 
[1]GONÇALVES, Marcus Vinícius. Direito processual civil esquematizado. 11ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020,
p. 864.
[2]GONÇALVES, Marcus Vinícius. Direito processual civil esquematizado. 11ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020,
p. 865.
[1]GONÇALVES, Marcus Vinícius. Direito processual civil esquematizado.11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2020, p. 862.
[2]GONÇALVES, Marcus Vinícius. Direito processual civil esquematizado.11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2020, p. 862.
[1]GONÇALVES, Marcus Vinícius. Direito processual civil esquematizado. 11ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020,
p. 858.
Exercício 1:
Assinale a alternativa INCORRETA.
A)
O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o 
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
B)
applewebdata://D39069C8-F480-49D2-B519-217E34C8724F#_ftnref1
applewebdata://19BA44E4-4427-42B9-99DC-4A18EF24EF0C#_ftnref2
applewebdata://19BA44E4-4427-42B9-99DC-4A18EF24EF0C#_ftnref1
applewebdata://87415159-52D0-4A1B-8D9C-954238401E49#_ftnref2
applewebdata://87415159-52D0-4A1B-8D9C-954238401E49#_ftnref1
No processo de execução, a citação é feita, propriamente, para convocar o 
demandado a defender-se.
C)
Após a provocação do credor (petição inicial) e a convocação do devedor 
(citação para pagar), os atos que integram o procedimento em causa 
“consistem, especialmente, na apreensão de bens do devedor (penhora), sua 
transformação em dinheiro mediante desapropriação (arrematação) e entrega 
do produto ao exequente (pagamento)”.
D)
O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado
da citação.
E)
n.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
Assinale a alternativa INCORRETA
A)
A execução por quantia certa contra o devedor dito solvente consiste em 
expropriar-lhe tantos bens quantos necessários para a satisfação do credor . A
sanção a ser realizada in casu é o pagamento coativo da dívida documentada 
no título executivo extrajudicial.
B)
A inicial será sempre instruída: com o título executivo extrajudicial; com o 
demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação; e 
indicará os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
C)
Acolhida a inicial, o órgão judicial providencia a expedição do mandado 
executivo, que consiste na ordem de citação do devedor, intimando-o a, em 
cinco dias, cumprir a obrigação, sob pena de penhora.
D)
A memória de cálculo sempre analítica, de modo a demonstrar com precisão a 
composição do débito.
E)
n.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3:
Assinale a alternativa INCORRETA
A)
O exequente que promover averbação manifestamente indevida ou não 
cancelar as averbações , indenizará a parte contrária, processando-se o 
incidente em autos do mesmo processo.
B)
O mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação 
a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento 
no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado.
C)
Se o credor exerceu a faculdade de indicar na petição inicial os bens a serem 
penhorados, o oficial de justiça fará com que a constrição recaia sobre ditos 
bens.
D)
Passado o prazo, verificará em juízo se o pagamento ocorreu ou não. 
Permanecendo o inadimplemento, procederá à penhora, lavrando-se o 
respectivo auto, com imediata intimação do executado.
E)
n.d.a
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 4:
Assinale a alternativa INCORRETA
A)
Não havendo tal nomeação, penhorará os que encontrar, quantos bastem para
garantir a satisfação do crédito e acessórios.
B)
A intimação para indicar bens à penhora pode ser feita ao advogado, se o 
executado já estiver representado nos autos. Será, entretanto, pessoal ao 
devedor, se não tiver, ainda, constituído advogado
C)
Consumada a penhora, a intimação do executado será feita imediatamente e, 
em regra, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que 
ele pertença
D)
Ocorrendo dificuldade na localização de bens penhoráveis, o juiz, de ofício, ou 
a requerimento do exequente, poderá determinar que o executado seja 
intimado a indicar bens passíveis de constrição, com especificação dos 
respectivos valores, prova de propriedade, e certidão negativa de ônus
E)
A intimação da penhora será feita ao advogado do executado ou à sociedade 
de advogados a que aquele pertença, até mesmo quando a constrição se 
realize na presença do executado.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 5:
Assinale a alternativa INCORRETA
A)
Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens 
quantos bastem para garantir a execução.
B)
A medida cautelar preparatória da penhora poderá incidir em qualquer bem do
executado, desde que penhorável. Admite a jurisprudência do STJ que o 
arresto possa, inclusive, ser efetuado sobre saldo bancário, sob a modalidade 
on-line.
C)
O arresto elimina o direito de o devedor pretender substituição do bem 
arrestado.
D)
Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça 
procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita 
de ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando 
pormenorizadamente o ocorrido.
E)
n.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 6:
Assinale a alternativa INCORRETA
A)
O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando 
rejeitados os embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos 
os embargos, ocorrer ao final do procedimento executivo, levando-se em 
conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente. 
B)
A verba poderá ser elevada, também, mesmo não havendo oposição de 
embargos, se o trabalho realizado pelo advogado do exequente for tal que 
assim o justifique.
C)
No caso de integral pagamento no prazo de 15 (quinze) dias, o valor dos 
honorários advocatícios será reduzido pela metade.
D)
Na execução por quantia certa, o devedor se libera mediante pagamento da 
“importância atualizada da dívida acrescida de juros, custas e honorários 
advocatícios”; e, com ou sem embargos, a verba honorária de sucumbência 
será fixada nos termos do art. 85, § 1º.
E)
n.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 7:
Em relação à execução por quantia certa,
A)
o exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, 
com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no 
registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto 
ou indisponibilidade.
B)
ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de 
15%, a serem pagos pelo executado, reduzindo-se esse valor a 5% em caso 
de pagamento integral no prazo de três dias.
C)
o executado será intimado para pagar a dívida em três dias, ou nomear bens 
suficientes à satisfação do crédito.
D)
se o oficial de justiça não encontrar o executado, devolverá o mandado em 
cartório, que intimará o exequente para indicar bens à penhora.
E)
no prazo para oferecimento de embargos à execução, impreterivelmente, 
poderá o executado remir a execução pagando o débito com os encargos e 
acréscimos legais.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 8:
Na execução por quantia certa, nos termos preconizados

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