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3 PRIMEIROS SOCORROS 1. SINALIZAÇÃO DO ACIDENTE A sinalização de um acidente ................................ 5 Calculando a distância para sinalização .............6 Regras de sinalização ............................................7 Como evitar maiores riscos ................................... 7 Acionando o socorro .............................................. 9 Polícia Militar - Ligue 190 ......................................9 Polícia Rodoviária Federal - Ligue 191 ................9 SAMU - Ligue 192 ...................................................9 Bombeiros - Ligue 193 ........................................10 Serviços de Atendimento ao Usuário (SAUS) ...10 2. O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE Primeiros socorros ...............................................11 Equipe de socorro profissional ..........................12 O que fazer em caso de acidente........................12 Como reagimos diante de um acidente de trânsito ......................................12 Sequência de ações .............................................13 Acidentes sem vítima ...........................................13 Infração e crime de trânsito ................................14 Omissão de socorro ............................................14 Como usar o extintor de incêndio ......................15 Como manusear o extintor ................................16 SUMÁRIO 3. PRIMEIROS SOCORROS Equipe de socorro profissional ...........................17 O que fazer para ajudar a vítima ........................18 Não coloque sua vida e segurança em risco ....19 Análise primária ....................................................19 Pulsação ................................................................20 Respiração ............................................................20 Temperatura ........................................................21 Dilatação da pupila ..............................................21 Cor da pele ...........................................................22 Parada cardiorrespiratória .................................22 Desmaios ..............................................................22 Convulsões ...........................................................23 O que não fazer .....................................................24 Cuidados especiais com a vítima motociclista ..25 Parte inferior do corpo .......................................25 Movimentação da vítima ....................................26 Capacete ...............................................................26 REFERÊNCIAS ......................................................27 5 1 Conceitos de direção defensiva1 SINALIZAÇÃO DO ACIDENTE Neste capítulo você verá: � sinalização de acidentes; � como calcular a distância para sinalização; � como acionar o socorro. A SINALIZAÇÃO DE UM ACIDENTE Um acidente pode provocar outros se o local não estiver bem sinalizado. É importante que você esteja atento e, caso tenha sido o responsável pelo acidente ou esteja prestando socorro, peça ajuda a alguém para direcionar o trânsito para longe. Para ser mais eficaz, a sinalização deve estar a uma distância segura. A sinalização depende do tipo de via, da velocidade má- xima permitida e das condições da pista. Uma regra é sempre contar os passos. 1 Sempre siga as regras em vias sem sinalização, pois como você sabe, as velocidades das vias variam conforme determinação do órgão de trânsito local. Atenção! 6 Calculando a distância para sinalização Vias coletoras Velocidade máxima de 40 km/h. Para sinalizar, conte 40 passos largos se a pista estiver seca. Em pista molhada, com chuva, neblina, fumaça ou à noite, conte 80 passos largos. Vias arteriais e estradas Velocidade máxima de 60 km/h. Para sinalizar, conte 60 passos largos se a pista estiver seca. Em pista molhada, com chuva, neblina, fumaça ou à noite, conte 120 passos largos. Vias de trânsito rápido Velocidade máxima de 80 km/h. Para sinalizar, conte 80 passos largos se a pista estiver seca. Em pista molhada, com, chuva, neblina, fumaça ou à noite, conte 160 passos largos. Rodovias de pista dupla Velocidade máxima de 110 km/h. Para sinalizar, conte 110 passos largos se a pista estiver seca. Em pista molhada, com, chuva, neblina, fumaça ou à noite, conte 220 passos largos. 7 Regras de sinalização Se a via for sinalizada, leve em consideração a velocidade indicada na placa. Se a pista estiver seca, calcule 1 passo para cada quilômetro. Se a pista estiver molhada, com neblina ou à noite, calcule 2 passos para cada quilômetro. Para evitar acidentes, veja o que é necessário para sinalizar a via corretamente: � Sinalize o local nos dois sentidos de direção quando for via de mão dupla. À noite ou com neblina, sinalize com objetos luminosos (lanterna, pisca-alerta, faróis de veículo). � Se na contagem dos passos encontrar uma curva, pare a con- tagem. Caminhe até o final da curva e recomece a contar a partir do zero. Faça o mesmo quando o acidente ocorrer no topo de uma elevação, sem visibilidade para os veículos que estão subindo. � Utilize triângulos ou outros objetos do local, como galhos de árvore. � Pessoas também podem sinalizar o aciden- te com uma camisa, desde que: – Estejam posicionadas longe de curvas, lombadas e pontes; – Utilizem roupas que contrastem com o local e agitem um pano colorido para alertar os motoristas; – Fiquem na lateral da pista, antes do local do acidente e sempre de frente ao fluxo de veículos; – Estejam atentas e preparadas se surgir algum carro desgo- vernado. COMO EVITAR MAIORES RISCOS Sinalizar o local de um acidente é uma ação que não apenas serve para alertar outros motoristas, mas também protege a vítima. Por isso, seja consciente: ao ver um acidente, aja para 2 8 preservar vidas! Além da sinalização do local do acidente, outras atitudes evitam riscos. Confira: 1. Proteja-se Evite contato com as secreções ou sangue da vítima. 2. Sinalize o local Na maioria dos casos, você não poderá remover o acidentado da pista, por isso sinalize para os demais motoristas. 3. Chame o socorro Se precisar acionar o socorro, informe o local, número de vítimas, riscos e veículos envolvidos. 4. Reúna extintores Desligue o motor do veículo e reúna todos os extintores que puder. 5. Não fume Não fume no local do acidente. 6. Cuidado com a eletricidade Nunca encoste em cabos ou fios elétricos partidos. 7. Desvie o veículo Coloque o volante e rodas virados para fora da via. Assim, se houver colisão com o seu carro, ele não será arremessado para o local do acidente. 8. Evite risco de combustão Caso exista algum risco de combustão ou explosão, não entre no veículo envolvido no acidente. 9. Evacue a área Em caso de fogo ou de vazamento de produtos que possam causar incêndios e explosões, evacue e isole a área totalmente. Cada informação é importante 9 ACIONANDO O SOCORRO No caso de precisar acionar o socorro para um acidente, fale com calma e pausadamente, relatando o que viu acontecer. In- forme sempre: � Localização: a localização, pontos de referência e se há vias interditadas. � Vítimas: o número de vítimas, gravidade do estado delas e quais providências foram tomadas. � Veículos: quantos e quais são os veículos envolvidos. � Riscos: o tipo de acidente e riscos (incêndios, desmorona- mento, cargas perigosas). Dependendo do tipo de acidente, existe um socorro mais apropriado. A seguir, conheceremos cada um deles. Polícia Militar - Ligue 190 A Polícia Militar deve ser acionada quando um acidente for em vias urbanas. Por mais que não esteja equipada com materiais para atendimento de vítimas, pode auxiliar e garantir a seguran- ça do local e dos envolvidos. Polícia Rodoviária Federal - Ligue 191 A Polícia Rodoviária Federal deve ser acionada quando um aci- dente for em rodovias federais. Por mais que não esteja equipada com materiais para atendi- mento de vítimas, pode auxiliar e garantira segurança do local e dos envolvidos. SAMU - Ligue 192 O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência atende a qual- quer tipo de emergência relacionada à saúde. Pode ser aciona- do para atender vítimas de acidentes de trânsito ou também 3 10 pessoas que passam mal ou se acidentam (queda, torções) em via urbana ou rural. Bombeiros - Ligue 193 Os bombeiros atendem: � Acidentes com vítimas presas em ferragens ou capotamentos. � Quando houver perigo identificado como fogo, fumaça, faís- cas, vazamento de substâncias, gases, líquidos, combustíveis. � Em locais instáveis como ribanceiras, muros caídos, valas etc. Serviços de Atendimento ao Usuário (SAUS) As rodovias possuem Serviços de Atendimento ao Usuário (SAUs) e devem divulgar seus respectivos números aos usuá- rios. Mantenha o número das rodovias que utiliza com frequên- cia sempre atualizado. Algumas rodovias disponibilizam telefones de emergência nos acostamentos a cada quilômetro. Para utilizá-los, basta tirá-los do gancho. 11 1 Conceitos de direção defensivaO QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE2 Neste capítulo você verá: � o que fazer em caso de acidente; � omissão de socorro; � como lidar com situações de risco. PRIMEIROS SOCORROS Este módulo foi elaborado baseado no anexo II da Resolução 168 de 14/12/2004, alterada pela Resolução 285 de 29/07/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ele traz informa- ções básicas para que você atue com calma e segurança caso presencie um acidente de trânsito. Não é o objetivo desse módulo ensinar primeiros socorros que necessitam de treinamento técnico e prático, mas lhe dei- xar preparado para atuar em uma situação de risco dentro das suas possibilidades e restrições. 1 12 Equipe de socorro profissional Medidas de socorro exigem treinamento específico, oferecido por entidades credenciadas. Mesmo assim, elas não substituem um sistema profissional de socorro. Por isso, lembre-se sempre: caso presencie um acidente de trânsito, mantenha a calma e chame a equipe de socorro profis- sional! O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE Acima de tudo: faça somente o que estiver ao seu alcance. Não coloque sua vida ou de outras pessoas em risco. Como reagimos diante de um acidente de trânsito Ao presenciar/sofrer um acidente de trânsi- to, as pessoas podem ficar em choque, parali- sadas ou em pânico. Procure estar no contro- le da situação e afaste os curiosos do local. Mantenha-se calmo e focado! Depois de ve- rificar se você não está ferido, é importante ter em mente que, se há uma vítima no aci- 2 13 dente, você tem de prestar socorro. Por isso, busque se acalmar e procure ajudar de alguma forma. Sequência de ações Para prestar socorro, exis- te uma sequência de ações que sempre seguirá a mes- ma ordem. 1. Sempre mantenha a calma. 2. Estacione em local seguro e deixe livre a passagem da polí- cia ou do resgate. Ligue o pisca-alerta e sinalize o local com o triângulo. 3. Tente garantir a segurança de todos e mantenha os curio- sos longe. Verifique se existe risco de vazamento de combus- tível ou outros riscos. 4. Peça socorro profissional imediatamente e informe o nú- mero de vítimas e a localização. 5. Verifique a situação das vítimas, tranquilize-as. Se não hou- ver risco de queda ou incên- dio, evite que ela se mova e não retire os equipamentos de segurança. ACIDENTES SEM VÍTIMA � Retire o veículo do local para desbloquear a via e permitir a passagem. � Não chame o resgate (não é necessário). � Faça o Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia mais próxima (a polícia não faz mais o B.O na hora e no local do acidente). 3 Para realizar algumas ações com as vítimas com o objetivo de socorrê-las, você deve ter conhecimento e treinamento em primeiros socorros. Atenção! 14 INFRAÇÃO E CRIME DE TRÂNSITO Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o condutor comete uma infração gravíssima (7 pontos na CNH), passível de multa, ao deixar de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito, sair do local, deixar de sinalizar e afastar o perigo, identificar-se, prestar informações ou acatar de- terminações da autoridade. Na maioria dos acidentes, a vítima necessita de cuidados imediatos que podem salvar a vida dela ou não agra- var o seu estado, tornando a sua ajuda decisiva. Em acidentes de trânsito, não podemos saber o real estado da vítima. Portanto, é fundamental prestar assistência e aguardar o socorro médico. Omissão de socorro Omissão significa deixar de lado, desprezar ou esquecer. Mes- mo as pessoas não envolvidas no acidente devem prestar so- corro. Além da infração, a omissão é considerada um crime e, segundo o Código Penal Brasileiro: “deixar [...] de prestar imediato socorro à vítima ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, dei- xar de solicitar auxílio da autoridade pública”. Também é considerado crime se, por conta da omissão do socorro, o acidentado tiver uma lesão corporal de natureza gra- ve ou morte. A pena pode variar entre detenção de 6 meses a 1 ano ou multa. As penas por omissão de socorro são: � lesão: detenção de 6 meses a 1 ano; � lesão grave: detenção de 9 meses a 1 ano e 6 meses; � morte: detenção de 1 ano e 6 meses a 3 anos. 4 pontos 7 multa 15 COMO USAR O EXTINTOR DE INCÊNDIO Alguns acidentes podem causar incêndios e explosões. Isso porque o tanque de combustível do carro pode ter sido atingi- do.Caso ocorra um princípio de incêndio no acidente, na ausên- cia de especialista, use o seu extintor e tente conter o fogo. O primeiro passo é reconhecer um princípio de incêndio. Você pode saber isso observando o tipo de fumaça. Nesses casos, isole a área rapidamente e saia do veículo. Em hipótese alguma, tente apagar o fogo. � A fumaça branca e sem cheiro indica a presença de vapor de água do radiador. � A fumaça escura e com cheiro forte in- dica um princípio de incêndio. Ter um extintor de incêndio no carro não é obrigatório desde 2015. Porém, você pode adquirir um. O indicado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) é o do tipo ABC. Ele é fácil de manusear e é capaz de eliminar pequenos incêndios em mate- riais sólidos, líquidos e equipamentos elétricos. Verifique sempre a data de vencimento do extintor e troque-o se estiver expirado. Como medida de segurança, a frequência recomendada para inspeção dos extintores é mensal ou sem- pre que houver uma suspeita de problema. Você deve verificar: � localização correta dos aparelhos, verifican- do se todos estão nos compartimentos certos; � facilidade de acesso, verificando se não es- tão em compartimentos trancados; � lacres de carga, pinos de segurança e etique- tas de registro de inspeções; � possíveis danos causados por quedas, pan- cadas ou choques. 5 16 Como manusear o extintor 17 1 Conceitos de direção defensiva3 PRIMEIROS SOCORROS Neste capítulo você verá: � como ajudar uma vítima de acidente; � como fazer uma análise primária da vítima; � o que não fazer diante de um acidente. EQUIPE DE SOCORRO PROFISSIONAL Medidas de socorro exigem treinamento específico, oferecido por entidades credenciadas. Mesmo assim, elas não substituem um sistema profissional de socorro. Por isso, lembre-se sempre: caso presencie um acidente de trânsito, mantenha a calma e chame a equipe de socorro profis- sional! Lembre-se que os procedimentos médicos devem ser re- alizados pela equipe de socorro. Enquanto espera pela chegada deles, há alguns procedimentos que podem ser realizados para, simplesmente, ser solidário. 1 18 O QUE FAZER PARA AJUDAR A VÍTIMA Para saber como proceder no auxílio à vítima, é necessário realizar a análise primária. Esta análise tem o objetivo de avaliar o estado geral da vítima e seus sinais vitais para que os devidos procedimentos sejam adotados. O resultado da análise primária será essencial para ter uma visão geral do quadro da vítima. Confira abaixo as eta- pas para que você, motorista, esteja preparado: 1. Fique próximo à vítima Fique próximo à vítimade forma que ela possa vê-lo. Verifique sempre se ela está consciente. 2. Proteja-a Proteja-a contra o frio, sol ou chuva. 3. Verifique sinais vitais Verifique sinais vitais como respiração, pulsação, batimentos cardíacos, além de sangramentos e lesões. Você verá como, mais à frente. 4. Converse com ela, acalmando-a Ouça e aceite suas queixas. Mantenha-a informada do que está fazendo e do que está ocorrendo. 2 19 5. Seja paciente Ao responder perguntas da vítima, seja paciente, não minta e mantenha a calma. Também não dê informações que causem impacto. Aconselhe as vítimas a aguardarem em local seguro, mesmo as que conseguem se movimentar. Se houver mais de uma vítima, a equipe de socorro atenderá primeiro aquela que estiver mais quieta e não conseguir se movimentar, pois isso pode indicar que ela tenha tido uma parada respiratória. Antes de qualquer procedimento, o motorista que prestar socorro deve identificar o estado das vítimas, como verificar os seus sinais vitais. Veja como fazer esta avaliação, a seguir. Não coloque sua vida e segurança em risco Algumas vítimas de acidentes, movidas pelo medo, podem se tornar agressivas, não permitindo o auxílio. Nesse caso, procure apoio de familiares ou conhecidos dela, se houver. Mas afaste se a situação oferecer riscos a você. ANÁLISE PRIMÁRIA Como o objetivo da análise primária é verificar a consciência e os sinais vitais da vítima, deve-se observar: � pulsação; � respiração; � temperatura; � dilatação da pupila; � cor da pele; � parada cardiorrespiratória. 3 20 Pulsação O melhor local do corpo para verificar a pulsação de um adul- to inconsciente é na base do pescoço, onde fica a artéria caró- tida, responsável por levar oxigênio do coração para o cérebro. Para medir a pulsação, coloque 2 ou 3 dedos no ponto arterial. Também é possível realizar a medição pelo pulso da vítima. Esta análise permite verificar e avaliar os batimentos cardíacos. Para avaliar os batimentos cardíacos e sua frequência é neces- sário levar em consideração alguns fatores, como idade, sexo, peso, emoções etc. As crianças pos- suem o batimento cardíaco mais al- tos e os idosos mais baixos. Em um adulto, por exemplo, se os batimentos estiverem acima de 100 por minuto, são considerados altos (taquicardia). Se os batimentos fo- rem abaixo de 40 por minuto, são considerados baixos (braquicardia). Respiração Você pode avaliar a frequência e a qualidade de respiração com passos simples: � Veja os movimentos respiratórios por meio da elevação do tórax/abdome. � Ouça, colocando o ouvido próximo à boca e ao nariz. � Sinta, colocando a mão próximo da boca e do nariz. A frequência respiratória média varia de acordo com o sexo e idade. Em seu estado normal de saúde, um homem adulto respira de 14 a 20 vezes por minuto. Já uma mulher adulta de 16 a 22 vezes. Um bebê de 40 a 50 vezes nos primeiros meses 21 de vida e uma criança de 20 a 26 vezes. Se a vítima não responder a você, isso indica que as vias aéreas estão fechadas. Avise imediatamente o socorrista. Ele tentará desobstruí-las, evitando movimentar a cabeça da vítima, para não ocasionar ou agravar uma lesão na coluna. Caso a vítima esteja com a respiração ofegante, ela pode estar com um quadro de sintoma de asma, estado de choque, em- bolia pulmonar, asfixia devido a inalação de fumaça, intoxica- ção por monóxido de carbono, hemorragia ou lesão do pulmão, pescoço ou tórax. Temperatura Verifique a temperatura da vítima com um termômetro ou po- sicionando a sua mão nas axilas dela. Se a temperatura for: � Menor que 36 graus: pode indicar estado de choque, hemor- ragia interna ou morte. � Maior que 37 graus: pode indicar febre ou exposição prolon- gada ao sol. Dilatação da pupila A pupila é o centro do olho. Ela se adapta conforme a luz: con- trai quando está muito iluminado e dilata quando está escuro. Observe as pupilas da vítima e verifique se elas estão contraídas ou dilatadas. � Ambas as pupilas estão dilatadas: pode indicar estado de choque, parada cardíaca ou morte. � Ambas as pupilas estão contraídas: pode indicar traumatis- mo craniano ou intoxicação. � Uma pupila está dilatada e a outra contraída: pode indicar derrame cerebral. Se a vítima estiver inconsciente, sem movimento respiratório, além de lábios, língua e unhas azuladas, significa que ela teve parada respiratória. Atenção! 22 Cor da pele Observe a cor da pele da pessoa e identifique se ela está arro- xeada, pálida ou avermelhada. � Pele arroxeada: pode indicar exposição excessiva ao frio, estado de choque, para- da cardiorrespiratória ou morte. � Palidez: pode indicar hemorragia, exposi- ção ao frio ou parada cardiorrespiratória. � Pele avermelhada: pode indicar febre, calor ambiente, in- gestão de bebida alcoólica ou início de envenenamento por fumaça. Parada cardiorrespiratória Quando uma pessoa não apresenta o movimento de respira- ção no tórax, ela pode ter tido uma parada cardiorrespiratória. A equipe de socorro atenderá primeiro a vítima mais quieta e que não consegue se movimentar, pois pode indicar parada res- piratória ou cardiorrespiratória. Veja a diferença: � Parada respiratória: perda da respiração. � Parada cardiorrespiratória: perda da respiração e pulsação. A equipe de socorro fará a massagem cardíaca. Principais sintomas da parada cardiorrespiratória: incons- ciência, o peito não mexe, pele arroxeada (cianose), ausência de pulsação e/ou palidez acentuada. Desmaios O desmaio é a perda instantânea ou temporária da consciên- cia e da capacidade de manter-se em pé. Normalmente, os des- maios acontecem por causa da diminuição da circulação sanguí- nea no cérebro. Um dos maiores riscos do desmaio é a queda, pois pode cau- sar traumatismos cranianos ou fraturas ósseas. 23 Uma pessoa apresenta alguns sintomas antes de desmaiar: � Fraqueza e palidez. � Náuseas, enjôo, suor frio e pulso fraco. � Respiração lenta e visão turva. Se você perceber esses sintomas, apoie a vítima antes que ela caia, sente-a e coloque a cabeça dela entre os joelhos. Peça para a vítima respirar profundamente e não permita que ela se levan- te sozinha. Deite a pessoa desmaiada o mais confortavelmente possível, mas não a movimente se isso puder agravar o seu estado. Não tente acordar a vítima do desmaio. Se ela ficar inconsciente por mais de 5 minutos, chame a equipe de socorro imediatamente. Depois que ela recobrar a consciência, mantenha-a deitada até ter certeza de que seu estado de saúde está bom. Convulsões As convulsões são contrações musculares involuntárias de todo o corpo ou parte dele. Podem ser ocasionadas por febre alta, falta de sono, menstruação, estresse, emoções intensas, exercícios vigorosos, determinados ruídos, músicas, odores ou luzes fortes. Os sintomas que surgem antes das convulsões são: � Sensação súbita de medo ou ansiedade. � Enjôo, tontura, alteração na visão. 24 � perda de consciência seguida de confusão, espasmos muscu- lares, salivação saliente; � movimentos rápidos dos olhos, alteração súbita de humor, lábios e dedos arroxeados; � respiração irregular, perda do controle urinário e intestinal. Deite a vítima de lado para evitar que ela se engasgue com a própria saliva. Apoie sua cabeça em algum material macio. Afas- te os objetos ao redor que possam machucá-la. Afrouxe suas roupas, erga seu queixo para facilitar a respiração, jamais tente puxar a língua da vítima para fora e nem coloque objetos em sua boca. O QUE NÃO FAZER NÃO movimente a vítima: você pode agravar uma lesão na coluna ou uma fratura de braço ou perna. Se houver pe- rigos ou riscos imediatos como incêndio, queda do veículo ou explosões, faça a remoção da vítima utilizando técnicas adequadas e peça ajuda. Também peça para a vítima evi- tar se mover. NÃO é permitido que um leigo aplique técnicas de rea- nimação cardiorrespiratória: em caso de parada cardior- respiratória, chame socorro imediatamente. NÃO realizenenhum procedimento que possa dificul- tar a respiração da vítima: como enfaixar o tórax em caso de fraturas de costelas. NÃO tente colocar no lugar membros, vísceras ou ór- gãos expostos: a parte amputada jamais deve ser recolo- cada. A movimentação pode agravar as lesões e provocar o rompimento de vasos sanguíneos ou lesões nos nervos. 4 1 2 3 4 25 NÃO troque curativos: você pode agravar o ferimento, além de correr o risco de contrair alguma doença conta- giosa ou infecção. NÃO aplique torniquetes: atualmente o torniquete só é aplicado por profissionais treinados e, mesmo assim, qua- se nunca é aconselhado. NÃO arranque partes do vestuário grudadas ao corpo por motivo de queimadura: você pode contaminar, infec- cionar e agravar o ferimento. Não aplique produtos nos ferimentos e queimaduras: você pode contaminar e infeccionar o ferimento, agravan- do o estado da vítima. Não dê alimentos ou bebidas para a vítima: a ingestão de qualquer substância, até mesmo água, pode prejudicar os procedimentos hospitalares (com exceção de pessoas cardíacas que podem usar seus medicamentos). Podem ocorrer hemorragias internas e o líquido pode chegar aos pulmões, agravando a situação. Além disso, caso a vítima necessite de uma cirurgia, ela precisará estar de estômago vazio e o líquido ou alimen- to ingerido pode demorar várias horas para ser absorvido pelo organismo. CUIDADOS ESPECIAIS COM A VÍTIMA MOTOCICLISTA Quando a vítima de um acidente é um motociclista, todos os cuidados vistos anteriormente são aplicáveis, além de considerar: Parte inferior do corpo Por causa da queda, é provável que haja uma fratura na parte inferior do corpo da vítima. Por isso, não é recomendável movi- 5 5 6 7 8 9 26 mentar e nem elevar a cabeça ou as pernas, pois geralmente as fraturas de vítimas de moto são graves. Movimentação da vítima Não movimente a vítima e nem a remova do local: você pode agravar o estado geral dela e gerar outras complicações. Neste caso, também não é recomendável elevar a cabeça ou as pernas, como vimos anteriormente. Lembre-se de que as fra- turas de vítimas de moto normalmente são graves. Capacete Não retire o capacete, pois esse movimento pode agravar le- sões no pescoço ou no crânio. Somente o retire se a vítima esti- ver correndo risco de morte ou sem respiração. 27 REFERÊNCIAS ABRAMET. Noções de Primeiros Socorros no Trânsito. São Paulo: ABRA- MET, 2005. Disponível em: <http://www.abramet.com.br/files/cartillha_pri- meiros_socorros.pdf>. Acesso em: 12/01/2016. ANFAVEA. Noções de Primeiros Socorros no trânsito. In: ANFAVEA. Ma- nual Básico de Segurança no Trânsito. [S.I.]: [s.n.], [s.d.]. Disponível em: <http://www.anfavea.com.br/documentos/capitulo5seguranca.pdf>. Aces- so em: 12/01/2016. BRASIL. Lei N° 2.848, de 07/12/1940. Código Penal. Brasília, D.F.: Dispo- nível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>. Acesso em: 12/01/2016. ______. Lei N° 9.503, de 23/09/1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.pla- nalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm>. 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