Aula 1 - ANTECEDENTES HISTÓRICOS_ DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA ATÉ O GOVERNO DE 1945

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ANTECEDENTES
HISTÓRICOS: DA
PROCLAMAÇÃO DA
REPÚBLICA ATÉ O
GOVERNO DE 1945
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Apresentação 
Olá, seja bem-vindo (a)! 
Figura 1 - Revolução de 1930
Fonte: Pixabay, 2020.
Nesta Unidade, você estudará os antecedentes históricos da Proclamação da República até
o período de 1945. Também será apresentada uma linha do tempo para explicar as
diferentes variáveis que interferiram no processo de desenvolvimento da economia
brasileira ao longo dos anos. Bons estudos!
Bons estudos!
Para melhor organização e compreensão, os conteúdos estão subdivididos em tópicos:
O período até o fim da I Primeira Guerra Mundial.
Revolução de 1930.
Estratégias e problemas dos dois primeiros governos de Vargas.
Política de Substituição de Importações (PSI) do Estado Novo e a II Guerra Mundial.
Bons estudos!
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Objetivos
Conhecer o período da Proclamação da República até o governo de 1945;
Entender as etapas do crescimento econômico no Brasil no século XX;
Compreender o contexto histórico do processo de industrialização no Brasil.
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Desafio 
Responda aos seguintes questionamentos.
1. Como a política de substituição de importações afetou a economia brasileira?
2. E como a opção de infraestrutura de transportes contribuiu para o desenvolvimento do
Brasil?
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Conteúdo 
O período até o fim da I Primeira Guerra Mundial
Para iniciar o estudo da Economia Brasileira Contemporânea, considere o seguinte
fragmento de Gudin  (1972):
pode-se dizer que até os anos 1930, da Grande Depressão e das ideias de Keynes,
a Macroeconomia limitava-se ao estudo dos fenômenos monetários. Os
problemas do desenvolvimento econômico, do produto nacional bruto, do
emprego constituem uma nova linguagem que só começou a ser falada de 1940
em diante.
Para Furtado (2003), um dos fatos mais contundentes do início da primeira república era
atribuição dos problemas econômicos ao papel-moeda e a sua inconversibilidade. Com o
Ministro da fazenda Rui Barbosa foi possível contar com a criação dos bancos regionais e a
ETAPAS DO CRESCI
Elevadas t
crescimen
 
1900
1930
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criação da Lei da Sociedades Anônimas (S/A) que impulsionaram a economia por meio das
ações na bolsa de valores. Então, veja que esses fatores foram cruciais para o aumento da
circulação do papel-moeda na economia.
Essa política ficou muito conhecida como Rui Barbosa, pois os bancos regionais possuíam
o poder de emissão de cunho forçado. Isso gerou um certo descontrole na economia: o
câmbio caiu, o custo de vida aumentou, a moeda usada como meio de troca depreciou,
ou seja, o dinheiro passou a valer menos. Para Furtado (2003), esse fenômeno ficou
conhecido como o fenômeno do Encilhamento. Isso, na realidade, foi fruto de uma bolha
especulativa da bolsa de valores recém-criada. Esse fenômeno ocorreu até 1897, portanto,
até o governo do presidente Prudente de Moraes. A figura 2 apresenta as características do
governo do presidente Prudente de Moraes
Figura 2 – Características do governo Prudente de Moraes
Segundo Abreu et al . (2014), com o início do governo de Campos Salles, em 1898, por
meio do Ministro Joaquim Murtinho, houve o início da restauração das finanças nacionais.
Para isso, cortou as despesas para obter o equilíbrio orçamentário. Como que isso foi
materializado? Com a redução de circulação fiduciária, ou seja, de moeda. Foram
literalmente incinerados nas fornalhas da alfândega. Outro feito importante foi a suspensão
do serviço da dívida que passou a ser feito por meio de títulos chamados de funding loan
. E isso significou o que exatamente? O pagamento da dívida externa foi estendido por
mais 15 anos. Não se emitiu meios de pagamento pelo governo e isso que é caracterizado
por uma política monetária contracionista colaborou significativamente para a
estabilização da economia nesse período. Outro fator que contribuiu foi a política de
corte de gastos. Uma das consequências naturais foi a redução do deficit público. Outro
ponto positivo para a economia, nesse período, foi o melhoramento da política externa.
GOVERNO 
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Para Abreu et al. (2014), Rodrigues Alves continuou adotando uma política econômica
ortodoxa. E para o bom grado do governo, o país entrou em um período de ascensão do
preço do café. Houve o ciclo da borracha. São vários fenômenos que contribuíram para
um bom ciclo da economia. Para o mercado externo o Brasil passou a ser visto com bons
olhos e gerou crédito com bons fundamentos. Essa pujança na economia estimulou os
produtores de café no Brasil. E pela lei da oferta e demanda, quando há oferta em
excesso o preço cai. O governo brasileiro decidiu que seria oportuno intervir no mercado do
café. O governo foi eficiente no curto prazo para proteger a cafeicultura, mas isso tinha
efeitos negativos no longo prazo. As políticas adotadas foram:
A desvalorização cambial mantinha em moeda nacional a rentabilidade da cafeicultura
e o nível de emprego;
Havia uma política de valorização do café.
Em 1906, houve a primeira intervenção no mercado do café. Nessa época, o mercado
operava livremente e o estímulo da economia fez com que os produtores de café
produzissem o dobro do que realmente seria exportado. Um dos fatores que colaborou para
isso foi o subsídio do governo para a construção de ferrovias pelo país. A operação que
ficou conhecida por Convênio de Taubaté permitiu que o preço do café ficasse
razoavelmente aceitável. As casas de exportação de café viabilizaram essa intervenção. Foi
tão bem-sucedida que ocorreram mais tarde em outras duas ocasiões: 1917 e 1921.
Entre 1889 e 1913, iniciou-se o processo de industrialização no Brasil. Entre 1889 e 1995,
houve o aumento da capacidade produtiva junto com o aumento da exportação. E de 1896 a
1903 teve o período de estagnação. O setor exportador enfrentou dificuldades devido à
política de estabilização de Campos Salles que era de contração monetária e fiscal.
Entre 1903 e 1913, teve um período de expansão econômicado setor exportador. Isso
impactou a produção positivamente. O setor industrial cresceu, pois houve uma facilidade
em importação de insumos produtivos pois havia uma facilidade em se obter crédito
internacional. Outro ponto relevante desse período é a questão da infraestrutura de
transporte. De 1860 a 1913, houve o desenvolvimento das ferrovias como meio de
transporte terrestre. É uma opção que usava menos capital e menos mão de obra para
produzir o mesmo nível de transporte. Então, segundo Summerhill (2018), a
disponibilização das ferrovias teve um impacto positivo na economia uma vez que o Brasil,
até então, possuía um elevado custo de transporte.
Segundo Abreu et al. (2014), houve a consolidação, na literatura econômica, a Teoria dos
Choques Adversos (TCA). Esta teoria diz que não houve a criação de um ambiente industrial,
mas sim, seria o resultado das necessidades da expansão do setor primário exportador.
Assim, há um desenvolvimento tímido da indústria nacional toda vez que há uma dificuldade
em se importar manufaturados. Dessa forma, foi se consolidando a indústria nascente no
Brasil. Havia, nessa época, uma incerteza cambial que estimulou o surgimento dessa
indústria.
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Para Furtado (2003), entre 1914 e 1918, período da Primeira Guerra Mundial, houve a
queda na arrecadação do governo federal, pois a principal fonte de arrecadação era
alfandegária. Logo, surgiram os deficits crescentes que foram resolvidos,
momentaneamente, pela emissão de moeda. Uma vez feito isso, foi uma questão de tempo
para aparecer a inflação. Mas veja que ela foi intensificada por outros fatores como a
escassez de produtos que eram importados e também pelo desvio da produção para o
mercado externo que estava mais atrativo. Indiretamente, houve uma proteção do mercado
interno uma vez que havia uma dificuldade grande em importar. Sabendo disso, os
produtores nacionais aumentaram seus preços.
Segundo Abreu et al. (2014), a indústria nacional teve dificuldades em se expandir, pois não
conseguiam importar máquinas e equipamentos. Isso significa que a expansão da produção
nacional foi fruto da redução da capacidade ociosa das indústrias que já existiam.
O período de 1919 a 1922 foi uma época em que o Brasil foi governado por um nordestino:
Epitácio Pessoa. Era a interrupção do revezamento entre Minas Gerais e São Paulo. Nesse
período, houve o crescimento do deficit público e ao mesmo tempo a retomada do setor
exportador. Ademais, houve o aumento das importações e o aumento da arrecadação do
governo, mas não estancou o deficit do governo.
Em 1921, deflagrou-se outra crise mundial e isso no Brasil significou a queda na demanda
de café. Como o ambiente era promissor, os produtores de café tiveram uma supersafra.
Sendo assim, foi necessária a terceira operação de valorização do café. Como isso ocorreu?
Para Abre et al. (2014), o governo estabeleceu um valor mínimo e comprou o excesso até
que os preços voltassem para a normalidade. E, então, o café era vendido e voltava-se à
normalidade.
Em 1922, foi instituída a Defesa Permanente do Café. Os objetivos eram mais amplos do
que aqueles das intervenções pontuais. Por isso, transformou-se em política de interesse
nacional. Porém, essa política acabou por não ser efetiva quando gerida pelo governo
federal. Até 1930 foi administrada pelo governo de São Paulo. Veja a figura 3.
Figura 3 – Problemas da política do governo para o café
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Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Entre 1922 e 1926, no governo de Artur Bernardes, ocorreram algumas agitações políticas
como foi o caso do episódio dos 18 do Forte de Copacabana e a coluna Prestes. Foi um
governo marcado pela contenção de gastos.
Entre 1926 e 1930, no governo Washington Luís, foi um período de grandes obras e da
reforma financeira. Essa reforma era a introdução da caixa de estabilização e o plano de
introdução do Cruzeiro-Ouro para ficar similar aos países desenvolvidos. Houve a introdução
de novos impostos. Foi um período de expansão econômica e, portanto, de expansão da
produção de café, houve novamente uma produção muito grande de café. Para que essa
produção fosse vendida, ocorreu a expansão da exportação de café.
A caixa de estabilização funcionou até 1929. A partir daí, com a eclosão da crise, a moeda
estrangeira acumulada acabou, tornando a política inefetiva. Veja a figura 4.
Figura 4 – Política de Valorização do Café
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Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Revolução de 1930
Para Abreu et al. (2014), o pano de fundo para a revolução de 1930 foram constituídos
basicamente por dois elementos: profunda crise no setor externo devido à Grande
Depressão mundial e uma superdimensionada capacidade produtiva do café no Brasil.
Segundo Prado Jr. (2011), o Instituto do Café deixou de conseguir comprar café. Este
problema foi uma oportunidade para Vargas conseguir o apoio dos cafeicultores
paulistas. A saída foi a adição de uma política de preços do café um pouco superior ao
praticado no mercado externo. Essa política consolidou-se como a política de sustentação
do preço do café.  Veja a figura 5.
Figura 5 – Crise de 1930
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Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Em relação à dívida externa, Vargas optou por negociar com os credores o prazo de
pagamento da dívida. Em 1934, houve a Constituinte que trouxe a Nova Constituição,
resultado da conjunção da constituição italiana e da constituição norte americana.
A política econômica mudou o seu rumo. Uma das ações desse período foi a proibição do
monopólio cambial que era do Banco do Brasil, pois não respeitava o princípio do livre
comércio. Isso ocasionou a redução dos saldos comerciais.
Estratégias e problemas dos dois primeiros governos de
Vargas
Em 1935, houve uma tentativa de tomada pelo poder por um grupo rebelde. Esse movimento
era a Intentona Comunista, mas os militares debelaram. Em 1937, surgiu a instituição do
Estado Novo. Seria um governo autoritário politicamente, mas que resolveria os problemas
econômicos do Brasil. Nesse período, o Congresso foi fechado.
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Houve uma mudança no direcionamento da política econômica, a estratégia seria voltada
para o incentivo à industrialização e o objetivo era diversificar a economia. Nesse período,
foi criada a empresa estatal CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) em Volta Redonda.
Segundo Abreu et al. (2014), houve também a implantação da legislação social. Isso incluía
a legislação sobre as horas de trabalho, descanso semanal remunerado, férias, salário
mínimo, sindicalização e previdência social. Essas regras eram novidade para o trabalhador
brasileiro. Até, então, era comum jornada de 12 horas diárias de trabalho e não receber
remuneração pelos domingos não trabalhados. É importante destacar que o governo exercia
forte controle sobre os sindicatos que somenteacabou com a Constituição de 1988 com
a instituição do Ministério do Trabalho.
É nesse período, também, que ocorre a expansão da indústria brasileira. O país deixa de ser
rural para ser nascente industrial. O centro da indústria brasileira estava em São Paulo que
possuía centros urbanos crescentes. Veja a figura 6.
Figura 6 – 1930 e a industrialização brasileira
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
A década de 1930 inicia com uma profunda crise no setor externo causada pela crise de
1929, pela exagerada capacidade produtiva de café no Brasil – houve sucessivas
supersafras de café ocasionando a queda de preço, não havia mais fontes de financiamento
interno e externo, criação de capacidade produtiva industrial na década de 1920.
Segundo Abreu et al. (2014), esse arcabouço proporcionou para a indústria nacional um
novo status: ser o carro-chefe da economia. Outro fator que contribuiu foi a moratória,
declarada em 1937. Nesse aspecto, Vargas teve que adotar estratégias para fazer face à
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crise externa. Para isso, realizou um intenso esforço para gerar saldos elevados da balança
comercial.
E assim, com essa medida, o governo poderia priorizar novamente o pagamento da dívida
externa uma vez que saldos maiores na balança de pagamentos possibilitavam a
continuidade dos pagamentos da dívida externa. Porém as medidas adotadas tiveram o
efeito adverso de depreciar o câmbio brasileiro.
Também teve que tomar medidas para que importasse ao máximo tudo o que pudesse. Isso
significa a adoção de uma política cambial de racionamento de divisas, limitando as
importações ao mínimo indispensável. Foram proibidas as importações do que poderia ser
produzido no país.
As escassas divisas disponíveis foram destinadas às importações essenciais ao
funcionamento da economia abrindo espaço para a substituição de importações (1930-
1960). Foi voltada para dentro, pois estava visando o mercado interno. Dependem de
medidas que protegem a indústria nacional:
Desvalorização cambial;
Controles cambiais;
Taxas múltiplas de câmbiio
Tarifas aduaneiras.
Outra medida adotada foi a imposição de tarifas alfandegárias protecionistas, pois o
mercado interno possuía tarifas que beneficiavam o produtor nacional.
Até 1934, durante o governo provisório de Vargas que foi uma fase autoritária, as restrições
às importações foram seguidas com muito rigor. Isso resultou, por exemplo, em situações
em que um dos produtos que podiam ser importados estavam as máquinas e os
equipamentos essenciais à indústria bem como os produtos e materiais que não poderiam
ser produzidos no país.
Para Abreu et al. (2014), assim houve o impulsionamento da produção interna no país. É
relevante observar que esse processo de estímulo à produção interna não teria sido tão
intenso caso não houvesse o estímulo explícito às importações de bens de capital.
Entretanto, essa restrição gerou um descontentamento da população e fortes pressões para
a liberação das restrições à importação. Por esta razão, de 1935 a 1937, na fase do
governo constitucional de Vargas, as restrições acabaram por ser afrouxadas.
Segundo Abreu et al. (2014), a nova constituição que proibia o monopólio do governo sobre
o câmbio dificultou o controle de importação, fazendo com que os saldos da balança
comercial diminuíssem. Agravou-se assim a crise do setor externo.
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No período de 1937 a 1939, com o Estado Novo foi abandonada a política de maximização
de saldos da balança comercial. O controle cambial foi mantido, mas com o objetivo de
importação. Foi declarada a moratória da dívida externa e passou-se a destinar as divisas
arrecadadas pelo país para importar essenciais ao desenvolvimento da economia.
Política de Substituição de Importações (PSI) do Estado
Novo e a II Guerra Mundial
O Estado Novo compreende os anos de 1937 a 1945. E uma das principais características
desse período é a forte presença do Estado na economia. O período da II Guerra Mundial
(1939-1945) foi uma fase de acentuadas dificuldades e restrições impostas pela guerra. As
importações essenciais tornaram-se difíceis em razão da restrição do lado da oferta: os
países industrializados estavam envolvidos na guerra.
Assim, o governo teria que adotar medidas para atenuar a forte redução na receita de
divisas do país causada pela crise. A política adotada foi a sustentação do preço interno
do café visto que era o principal produto exportador do país.
Como uma das maiores causas da crise do setor externo foi a superprodução de café, então
o governo adotou a política de compra e retirada de circulação da mercadoria de
excedentes, sendo que parte deles acabou sendo destruída. Houve também a criação do
Instituto do açúcar e do álcool que só foi acabar com o governo Collor.
Segundo Abreu et al. (2014), em relação à indústria durante a II Guerra Mundial, houve
crescimento da produção, mas com pouca expansão da capacidade produtiva. Essa
situação ocorreu de forma semelhante durante a I Guerra Mundial, entretanto, as
dificuldades maiores foram vivenciadas na II GM. Um dos fatores determinantes para essas
dificuldades foi a importação de produtos básicos e para solucionar essa situação, o Brasil
passou a importar esses insumos dos EUA.
Isso manteve a produção industrial nacional em um patamar razoável. Outra ação relevante
foi a retomada das exportações de manufaturados para a América do Sul e para o sul da
África. Com isso, as exportações têxteis chegaram a atingir mais de 20 % da receita total de
divisas das exportações brasileiras em alguns casos.
A II GM dificultou a importação de bens de capital e esse fato fez com que grande parcela
da indústria nacional se encontrasse em estado de elevada deterioração e obsolescência.
Vale lembrar que a indústria brasileira de bens de capital, ainda, era bem precária.
No período de 1940 a 1942, as políticas macroeconômicas adotadas pelo governo foram
mais restritivas e a indústria nacional apresentou um crescimento modesto. Isso porque
havia um temor em relação à inflação que poderia ficar muito alta, então, restringiram a
expansão monetária. Segundo Abreu et al. (2014), o ano de 1992 possibilitou uma mudança
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de rumo para a economia. Nesse período, ocorreu a aceleração do crescimento industrial, a
acumulação de reservas internacionais e a entrada de investimento direto estrangeiro
norte-americano.
No período de 1943 a 1945, a política adotada pelo governo foi expansionista e as
exportações de manufaturados aumentaram. Como o Brasil conseguiu fornecedores de
insumos básicos, isso possibilitou à indústria nacional um crescimento mais elevado.
No período pós-guerra, o Brasil voltou a apresentar desequilíbrio estrutural no setor externo,
isso afetou a política cambial sobre a indústria que apresentou diversos efeitos. O primeiro
foi a proteção para os produtos da indústria nacional. O segundo foi o subsídio nas
importações de equipamentos e de matérias-primas. E o terceiro a lucratividade que ocorria
graças à elevada proteção e pelos subsídios. O salário mínimo não era reajustado com
frequência regular, resultando no efeito contenção salarial. Veja a figura 7.
Figura 7 – Medidas de proteção à indústria nacional
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Esse período inicial do pós-guerra foi o período em que se iniciou a políticade substituição
de importações de bens duráveis de consumo. Uma das medidas utilizadas para
impulsionar a economia era a disponibilidade de crédito a um custo baixo pelo Banco do
Brasil para as indústrias. Essa medida impulsionou o crescimento e a diversificação da
indústria principalmente após 1947. Veja a figura 8.
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Figura 8- Setores alvo na política de industrialização por substituição de importações
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Finalizando a Unidade 
O objetivo desta Unidade foi apresentar o período da Proclamação da República até o
governo de 1945. Para tanto, os seguintes pontos foram evidenciados: a I Guerra
Mundial, a Revolução de 1930 e seus fatores mediatos e imediatos na economia, as
estratégias e problemas dos dois primeiros governos de Vargas e a Política de
Substituição de Importações (PSI) do Estado Novo.
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Dica do Professor 
Para complementar os estudos leia:
Trilhos do Desenvolvimento de William Summerhill, editora Alfaiatar (2018). Refere-se à
escolha brasileira sobre a construção das ferrovias.
Que saber mais sobre o comércio exterior? Leia o Capítulo 23 do livro de Caio Prado Junior
no livro Formação do Brasil Contemporâneo, 2011..
Quer saber sobre a política cafeeira, leia Furtado no livro Formação Econômica do Brasil,
2003, capítulos XIX e XX, XXV a XXVIII.
Para adquirir mais conhecimentos sobre a origem da indústria brasileira, leia "A controvérsia
sobre a industrialização na Primeira República",  de  Flávio A. M. de Saes, 1989.
http://www.scielo.br/pdf/ea/v3n7/v3n7a03.pdf
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Saiba Mais 
Que saber conhecer algumas estatísticas do Brasil para o período analisado nesta unidade?
Clique aqui. https://brasilfatosedados.wordpress.com/.
Leiam os capítulos 1, 2, 3 e 4 do livro Abreu et. al. (2014).
Assista ao vídeo “Globo Repórter - História das Ferrovias no Brasil”.
Assista, também, “Entrevista com William Summerhill sobre ferrovias no Brasil” sobre as
ferrovias no crescimento econômico brasileiro no período 1854-1913:
Assista ao filme “Gigantes da Indústria Brasileira, episódios 1”.
Assista ao filme “Gigantes da Indústria Brasileira, episódios 2”.
Quer saber os dados sobre a economia brasileira?  Clique aqui.
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Quer conhecer dados relevantes ao cenário econômico nacional? Clique aqui.
https://brasilfatosedados.wordpress.com/
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https://youtu.be/j-5uOoJ9QVk
https://youtu.be/nZRBLHlss6Y
https://www.youtube.com/watch?v=JwQ381fh4ko
https://www.youtube.com/watch?v=0-QSoxECAgU
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_alphacontent&view=alphacontent&Itemid=369
https://www.economiaemdia.com.br/SiteEconomiaEmDia/Publicacoes/Cenario-Economico
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30/05/2021 Versão para impressão - ANTECEDENTES HISTÓRICOS: DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA ATÉ O GOVERNO DE 1945
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