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1 FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA ( R E S U M O ) MAURO SÉRGIO F. ARGENTO DANIELLA TANCREDO DE M. ALVES COSTA 2004 - 2 2 FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA – - Importância da Cartografia o Necessidade do Homem conhecer o Mundo em que vive Qual a distância entre 2 pontos na superfície terrestre? Como orientar os deslocamentos? Qual a forma do planeta? o Primeiros mapas = f ( conhecimento das características físicas do mundo). Definições de Cartografia o Etimológica - Descrição de cartas (Barão de Santarém (1791/1856) - A arte de traçado de mapas (1839) A ciência, a técnica e arte de representar a superfície terrestre. Cartografia é a ciência que tem como objetivo a elaboração de plantas e mapas desde o levantamento de dados em campo até a impressão final. o Pela associação Cartográfica Internacional ( ACI) – UNESCO 1966 “ É o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que tendo por base os resultados de observações diretas ou da análise de uma documentação existente, se voltam para a elaboração e a preparação de plantas, mapas e outras formas de expressão, bem como seu estudo e sua utilização.” 3 Objeto da Cartografia o Comunicações de informações geográficas ou ambientais o Informações distribuídas no espaço o Modelo de comunicações simplificadas Clara Informação Precisa Atender qualquer tipo Inequívoca de usuário Compreensiva Modelo de comunicação simplificado Realidade espacial Realidade do Realidade do usuário Cartógrafo Quanto maior a interação maior a qualidade do mapa Como comunicar Cartógrafo Codificação Mapa Decodificação Usuário Transmissor Canal – Meio Receptor Interações entre Sociedade e Natureza ao longo do tempo através de convenções cartográficas 4 o Processo Cartográfico Dados Processamento Informações Restrições Mundo real (organizacional, econômica,técnica) Modelo de Escala Processo cartográfico consiste em: Coleta sistemática dos dados Estudo Análise Composição Representação de fatos, fenômenos e dados Geração de informações Forma da Terra o Histórico Homero – Terra era um disco sobre o oceano e o sol era um coche onde os deuses viajavam diariamente. Aristarco ( Copérnico da antiguidade) – Terra girava em torno do sol e por estas idéias foi punido acusado de sacrilégio. Ptágoras (528 a c), Tales e Aristóteles defendiam a esfericidade da Terra. Erastotenes (276 – 175 a c ) – Primeiro a determinar o raio da terra Picard (1620 – 1682 – Terra é circular 5 Cassine (1677 – 1756 ) Terra achatada no equador Newton (século XVII) – A terra era elipsóide Gauss ( século XVIII) – concluiu que a melhor forma seria a Geoidal Gauss (1777-1855) com base na triangulações geodésicas mediu arcos de meridianos e paralelos em várias regiões do globo, sugerindo que a forma do planeta fosse representada pela superfície delimitada pelo nível médio das marés, não perturbadas por ventos e correntes marítima, dando origem ao Geóide. GEOIDE – é uma superfície de nível ondulada usada para representar a forma da terra. O traçado desta forma leva em conta o nível de altitude igual a zero e coincidente com o nível médio das mares, considerados hipoteticamente em repouso e um imaginário prolongamento através dos continentes. O Geóide é utilizado como referência para os levantamentos altimétricos influindo nas medidas altimétricas e gravitacionais 6 Geóide ( Superfície física) Linha de gravidade o Elipsóide de Revolução achatada nos pólos. Elipsóide de revolução : forma geométrica gerada pela rotação de uma semi- elipse em torno de um de seus eixo denominados de eixo de revolução. a = semi eixo maior = 6378160 m b = semi eixo menor = 6356775 m Achatamento (f) = 1/298.2 aproximadamente 1/300 α = (a-b)/a – Achatamento f = l/α 7 o Superfícies de referência Geram projeções cônicas, planas e cilíndricas em sistemas retangulares A posição do elipsóide de revolução em relação a terra, sua forma e tamanho constituem um conjunto de parâmetros denominados de Datum Geodésico. 8 Imaginado a superfície física da Terra e um determinado elipsóide de revolução, fica definido um “Datum Geodésico” como sendo a colocação deste Elipsóide numa posição rígida em relação à superfície Física da Terra e, conseqüentemente, em relação ao geóide. Na definição de “ data “ locais é mais desejável um encaixe regional do que global. O datum ao qual está referida a rede geodésica fundamental brasileira é o South American Datum of 1969 – SAD –69, que é admitido como sendo a melhor adaptação para o continente sul-americano. Uma nova medição passou a vigorar em novembro de 1996, resultante do Projeto REPLAN desenvolvido pelo IBGE. É conhecida como SAD 69 / 96, por utilizar os mesmos elementos do Elipsóide SAD 69, porém com outras coordenadas para os pontos da Rede. Com o advento do GPS ( Global Position System), sugiram os “data globais” adotados mundialmente como o WGS-84. A determinação do nível médio dos mares (NMM) como superfície de origem define o chamado Datum vertical, ou origem das coordenadas verticais para todas as observações de altitude. O datum vertical oficial do Brasil é o marégrafo de Imbituba, em Santa Catarina. É importante verificar, nas notas marginais das cartas, os data” horizontal e vertical que forma utilizados na sua confecção. 9 Datum Horizontal brasileiro – Uberaba – Minas Gerais 10 o Datum Geodésico Lugar definido pelo posicionamento do elipsóide de revolução numa posição rígida em relação a superfície física da Terra e, conseqüentemente, em relação ao geóide; A partir da definição do datum geodésico é que se pode então imaginar a distribuição de pontos da superfície física da Terra, cujas coordenadas, definidas com precisão, dependem do correto posicionamento de elipsóide; Cada país e/ou continente adota um datum Datum adotado por um país e/ou continente requer uma boa adaptação entre o elipsóide e o geóide ao longo da área sobre a qual se estenderá a rede geodésica; Países e/ou continentes estabelecem suas áreas redes geodésicas representadas por um conjunto de pontos materializados no terreno, distribuídos de forma adequada e referido aos respectivos data, nacionais ou continentais; No Brasil é atribuição do IBGE implementar e manter a rede de pontos da rede geodésica, bem como a responsabilidade pela determinação das coordenadas de seus pontos empregando métodos geodésicos de alta precisão Existem vários datum que possamser utilizados no Brasil; são exemplos: 11 o Características do Datum Horizontal - Datum SAD 69 Figura geométrica – Elipsóide UGGI67 cujos parâmetros são: o Semi –eixo a = 6.378.160 m o Semi-eixo b = 6.356.775 m o Achatamento = 1.298,25 Orientação o Geocêntrica Eixo de rotação paralelo ao eixo da Terra Plano do meridiano origem paralelo ao meridiano de Greenwich o Topocêntrica Origem das coordenadas: vértice Chuá da cadeira de triangulação do paralela 200S Φ = 190 45´ 41.6527” S λ = 480 –06´04.0639 “ E Az = 271 30´ 04.05 “ SWNE para VT –Uberaba e N = 0.0 m 12 Datum Vertical : Imbituba Datum horizontal – Uberaba – Minas Gerais o Superfície equipotencial que contém o nível médio dos mares definido por observações maregráficas tomadas na baía de Imbituba no litoral de Santa Catarina. o Sistema de Coordenadas Para representar os pontos sobre a superfície terrestre precisa-se de um sistema de coordenadas No Brasil usa-se principalmente 3 sistemas de coordenadas o Coordenadas Geodésicas o Coordenadas Cartesianas o Coordenadas Plano-Retangulares Levantamentos Geodésicos Geodésia – Ciência aplicada que estuda a forma, as dimensões e o campo de gravidade da Terra Geo = Terra – Daisia = medição Empregada como estrutura básica para mapeamentos e trabalhos topográficos 13 o Coordenadas Geodésicas Baseada em linhas imaginárias que servem de referencia para determinar a posição de um ponto sobre a superfície esférica e, em alguns casos, estabelecer a base para as linhas de referencia do sistema de coordenadas em um plano. sentido Norte/Sul - sentido Oeste /Leste Paralelos ( Latitudes) Meridianos ( Longitude) 14 Lat. 400 S (Sul) Long 40 0 W (Oeste) As linhas dos Meridianos e Paralelos estabelecem um sistema de coordenadas denominado de Sistema de Coordenadas Geodésicas, cuja origem é um ponto situado sobre o Meridiano que passa por Greenwich na Inglaterra, e o Equador Terrestre. As coordenadas definidas por este sistema são denominadas de Latitude( Leste-Oeste) e Longitude ( Norte – Sul) Latitude φ de um ponto da superfície terrestre é o ângulo que forma a normal à superfície neste ponto, com o plano que contém a linha do equador. A Latitude φ quando medida no sentido do pólo norte é chamada de Latitude Norte ou Positiva ( Lat N). Quando medida no sentido Sul é chamada de Latitude Sul ou Negativa ( Lat S) 15 A variação da Latitude é de : 0 0 á 90 0 N ou seja de 0 0 á + 90 0 0 0 à 90 0 S ou seja de 0 0 à - 90 0 Latitude Geográfica φ – é o arco contado sobre o meridiano do lugar e que vai do Equador terrestre até o lugar considerado. Greenwich Oeste (W) Leste (E) Ponto Lat 40 S Long 40 W Longitude Geográfica λ - é o arco contado sobre o Equador e que vai de Greenwich até o meridiano do referido lugar. A longitude pode ser contada no sentido Oeste, quando é chamada de Longitude Oeste de Greenwich (W Gr) ou Negativa. Se contada no sentido Este, é chamada de Longitude Este de Greenwich (E Gr) ou Positiva. A variação da Longitude é de : 0 0 á 180 0 W Gr ou seja de 0 0 á - 180 0 0 0 à 180 0 E Gr ou seja de 0 0 à + 180 0 16 A localização de um ponto P nas coordenadas geodésicas se apresentam conforme o exemplo abaixo, georreferenciado para um ponto na cidade de Juiz de Fora – ( Estação Meteorológica de Juiz de Fora – Retirado de Rocha, C.H.B) Latitude Geográfica φ = 210 46’ 12.23225 (S) Longitude Geográfica λ = 430 21’ 51.37072 (W) 17 o Coordenadas Cartesianas Método empregado para representar as coordenadas terrestres nos eixos ( X, Y, Z) Z = Eixo de rotação da Terra passando pelo Meridiano de Greenwich Centro da Terra X e Y = Plano com o Equador Terrestre O sistema de coordenadas cartesianas possui a sua origem no centro da Terra, os eixos X e Y pertencem ao plano do Equador Terrestre e o eixo Z coincide com o eixo de rotação da Terra e passa pelo Meridiano de Greeenwich. 18 Relação entre as Coordenadas Cartesianas e Geodésicas As relações entre as coordenadas cartesianas e geodésicas são dadas pelas fórmulas seguintes ( Silva et. Al. 1997) Parâmetros utilizados Para coordenadas geodésicas ( φ , λ , h) Para coordenadas cartesianas ( X, Y, Z) OBS: As coordenadas são usadas no posicionamento de satélites. Para medições topográficas em geral, esse sistema não é adequado tendo em vista de não representar convenientemente as altitudes. A coordenada Z é vertical em relação ao plano do Equador, a altura elipsoidal h, porém, é normal à superfície de referencia. Assim, um aumento no valor de h não produzirá um aumento igual em Z. 19 Tendo em vista a necessidade de conversão entre estes sistemas, têm-se na tabela abaixo, os parâmetros de transformação entre os principais sistemas Geodésicos adotados no Brasil Parâmetros de transformação entre os principais sistemas Geodésicos no Brasil Altitudes A elevação de um ponto da superfície topográfica pode ser definida como Ortométrica (H) , Elipsoidal ou de ordenada Z. Na Cartografia, a altitude ortométrica (H) é a mais usada. Trata-se da altitude relacionada ao geóide, a qual é obtida através de nivelamentos topográficos. O sistema GPS (Global Positions System), mede as coordenadas em relação ao sistema de coordenadas Cartesianas (X, Y, Z). Essas coordenadas são, em seguida, transformadas em coordenadas Geodésicas ( φ , λ , h) e, posteriormente, levadas para o sistema de coordenadas plano adotado A altura (h), neste caso, é a altura elipsoidal, a qual não está relacionada com a gravidade e, portanto, pouco útil para os trabalhos em cartografia em geral 20 Para o uso da altura elipsoidal (h), torna-se necessário antes de tudo, transforma-la em altitudes ortométrica (H) . A seguir é apresentado um esquema utilizado nesta transformação:. Este procedimento é feito a partir das fórmulas: h = N + H cos d Onde: h = altura elipsoidal ( altura geométrica ou obtida pelo GPS H = altura ortométrica D = desvio vertical N = Altura geoidal (Carta Geoidal) O valor de “ d “ , entretanto, é sempre menor do que 600 ( erro máximo de 0.4 mm). Considerando-se: Cós d = cós 0 0 = 1 tem-se : h = H + N 21 O valor de N no Brasil não é conhecido com a devida precisão, por esta razão, usa-se valores constantes da Carta Geoidal Global que possui uma precisão absoluta da ordem de 2 metros. OBS Alguns “softwares” de GPS possuem a carta geodail inserida num programa de pós-processamento, permitindo assim calcular o valor de N em função das coordenadas geodésicasdo ponto. A seguir é apresentada a carta Geoidal do Brasil ( Adaptada de Blitzkow, 1995). 22 Coordenadas PLANO RETANGULARES A TERRA É ESFÉRICA, OS MAPAS SÃO PLANOS Assim, mede-se na superfície esférica e representa-se a medição sobre uma superfície plana A maioria das cartas confeccionadas no Brasil por levantamento aerofotogramétrico são utilizando a projeção UTM ( Universal Transversa de Mercator) com representação entre os paralelos 84 0 N a 80 0 S. As calotas polares são mapeadas pela Projeção Universal Polar Stereographic. A projeção UTM (Universal Transversa Mercator) é um sistema de coordenadas retangulares e, por isso, bastante útil para ser aplicado na cartografia É uma projeção cilíndrica conforme ou seja, mantém a forma em detrimento das dimensões. 23 Projeção Cilíndrica Transversa de Mercator 24 Características da Projeção UTM O mundo é dividido em 60 fusos de 6 0 de longitude, numerados de 1 a 60 começando no fuso de 1800 a 174 0 W Gr e continuando para leste: Cada fuso é gerado a partir de uma rotação do cilindro de forma que o meridiano de tangencia divide o fuso em duas partes iguais de 3 o de amplitude. Cilindro Secante 25 Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo 26 O quadriculado UTM está associado a Coordenada Plano retangular tal que o eixo coincide com a Projeção do meridiano Central do Fuso eixo Norte e o outro eixo, com o Equador. Assim: a Latitude de origem = 0 0 Equador a Longitude de origem = Longitude do eixo Meridiano central do Fuso 27 o Exemplo – Localização da UF de Juiz de Fora – Latitude Geográfica φ = 210 46’ 12.23225 (S) Longitude Geográfica λ = 430 21’ 51.37072 (W) Cada fuso é associado um sistema cartesiano métrico de referencia, atribuindo a origem do sistema (interseção da linha do Equador com o Meridiano Central) as coordenadas 500.000 metros para contagem de coordenadas ao longo do Equador e 10.000.000 metros ou 0 (zero) metros para contagem de coordenadas ao longo do Meridiano central, para o hemisfério Sul e Norte respectivamente. Correspondências: Para Latitudes 10.000.000 m Para Longitudes 500.000. m 28 o Exemplo Carta - Santa Cruz - do Serviço Geográfico do Exercito Escala 1:50.000 Eqüidistância das curvas de nível – 20 metros Projeção UTM ( Projeção Universal Transversa de Mercator) Datum vertical - Imbituba – Santa Catarina Datum Horizontal – SAD 69 - Uberaba – Minas Gerais Origem da Quilometragem UTM – Equador e Meridiano 45 0 W Gr Acrescidas as constantes 10.000 km (Equador-) 500 km (Meridiano) 43 0 45 ‘ 630 652 43 0 30 ‘ WGr - 220 45’ - 220 45 ‘ 7482 7482 7446 7446 - 23 0 06’ - 23 0 06 ‘ 43 0 45 ‘ 630 652 43 0 30 ‘ Coordenadas Geodésicas Coordenadas Plano Retangulares 10.000 Km ( Eixo Meridiano) 7482 7446 630 652 500 Km ( Eixo Equador) 29 Longitude da carta – 460 30’ ..................460 15’ Fuso – 23 Meridiano Central – 450 Meridianos Limites – 480 ..................xx....................420 30 Longitude da carta – 460 30 ‘ 480 450 420 M L M C M L 31 FUSOS E RESPECTIVOS MERIDIANOS Fusos Meridiano Central 18 - 75 0 19 - 690 20 - 63 0 21 - 57 0 22 - 51 0 23 - 45 0 24 - 39 0 25 - 33 0 32 QUADRANTE OESTE Longitude da carta – 460 30’ ..................460 15’ Fuso – 23 Meridiano Central – 450 Meridianos Limites – 480 ..................xx....................420 460 30’........................460 15’ Limites UTM da carta 348 ..............................................................354 7372 ............................................................7372 7366 ............................................................7366 33 Longitude da carta – 460 30’ ..................460 15’ Fuso – 23 Meridiano Central – 450 Meridianos Limites – 480 ..................xx....................420 Longitude da carta – 460 30 ‘ 480 450 420 M L M C M L 500 – 354 = 146 km 500 - 348 = 152 km Limites UTM da carta 348 ..............................................................354. 500Km 7372 ............................................................7372 7367 ............................................................7366 34 Longitude da carta – 460 30’ ..................460 15’ Fuso – 23 Meridiano Central – 450 Meridianos Limites – 480 ..................xx....................420 460 30’........................460 15’ Limites UTM da carta 348 ..............................................................354 7372 ............................................................7372 7368 ............................................................7366 35 Longitude da carta – 460 30’ ..................460 15’ Fuso – 23 Meridiano Central – 450 Meridianos Limites – 480 ..................xx....................420 Longitude da carta – 460 30 ‘ 480 450 420 M L M C M L 500 – 354 = 146 km 500 - 348 = 152 km Limites UTM da carta 348 ..............................................................354. 500Km 7372 ............................................................7372 7369 ............................................................7366 36 QUADRANTE LESTE 490 30’ 49000’ - 150 30 ‘ 662 714 82684 -- 8232 - 160 00’ Longitude da carta – 490 30’ ..................490 00’ Fuso – 22 Meridiano Central – 510 Meridianos Limites – 540 ..................xx....................480 490 30........................490 00’ Limites UTM da carta 662 ..............................................................714 8284 ............................................................8284 8332................................................................ 8232 37 Longitude da carta – 490 30’ ..................490 00’ Fuso – 23 Meridiano Central – 510 Meridianos Limites –540 ..................xx....................480 Longitude da carta – 490 30 ‘ 540 510 480 M L M C M L 500 +214 = 714 km 500 + 162 = 662 km Limite UTM da carta 500 km ........662 ..............................................................714. 8284 ............................................................8284 8232.................................................................8232 38 ESCALAS Introdução Carta ou mapa ? o Carta – não representa um polígono definido e sim uma determinada área representativa da superfície terrestre o Mapa – Apresenta uma forma poligonal definida, como sendo o pais, estados, municípios, etc.. o Ambos são representações convencionais ou digital da configuração da superfície terrestre. o Esta representação consiste em projetar os detalhes da superfície terrestre sobre um plano horizontal Detalhes nas cartas ou mapas o Naturais - elementos existentes na natureza como rios, lagos, montanhas, etc. o Artificiais – Criados pelo Homem como represas, estradas, aeroportos, pontes, edificações. Problemas na elaboração de cartas ou mapas o A necessidade de reduzir as proporções dos acidentes para representar dos detalhes da superfície terrestre, no sentido de tornar possível a representação dos mesmos em um espaço limitado. Solução é o uso de escalas o Porém, determinados acidentes, dependendo da escala, não permitem uma redução acentuada, pois não apresentam resolução satisfatória, no entanto, devem ser representados nos documentos cartográficos Solução – Uso de convenções cartográficas 39 Definição de escala É a relação entre as dimensões de um desenhos e de suas distancias no terreno E = d / D onde D = comprimento no terreno que denomina-se de distancia real natural d = comprimento homólogo no desenho, denominado de distancia prática. o o Relações entre d e D o Maior que a unidade : d > D o Igual a unidade : d = D o Menor que a unidade : d < D Usada em cartografia A distancia gráfica é menor que a real (terreno) Tipos de escalas o Escala Numérica - Indica a relação entre os comprimentos de uma linha na carta e o correspondente comprimento no terreno E = 1 : N Onde N = D/d o As escalas mais comuns tem para numerador a unidade e para denominador um múltiplo de 10 o E = 1 : 100.000 1 mm (carta) = 100 m no terreno ou o 1 cm na carta = 1000 metros no terreno o E = 1 : 50.000 1 mm (carta) = 50 m no terreno ou 1 cm na carta = 500 metros no terreno o E = 1 : 25.000 1 mm (carta) = 25 m no terreno ou 1 cm na carta = 250 metros no terreno Uma escala é tanto maior quanto menor for o denominador 1 : 50.000 é maior do que 1 : 100.000 Escala Geografica 40 o Escala Gráfica – Expressa no mapa a distancia no terreno através de uma linha reta graduada Pode apresentar-se em diferente formas o Deve apresentar o detalhamento compatível com a escala da carta o É composta das partes : o Escala primária ou principal - subdivisão em unidades, dezenas, centenas ou outro múltiplo, graduada a direita da referencia zero. o Talão ou padrão de escala ou escala de fracionamento – subdivisão em décimos da unidade escolhida, graduada da direita para a esquerda Representação de escala gráficas 41 o Finalidade das escalas Permite realizar transformações de dimensões gráficas em dimensões reais sem efetuar cálculos o Utilização da escala gráfica Medir na carta a distancia que pretende-se definir no terreno usando uma régua graduada Transportar a distancia do terreno para a escala gráfica o Escala explicita de 1:100.000 Ex: 1 cm = 1 Km Tamanho relativo das escalas o Pequenas Maiores que 1 : 500.000 o Médias 1 : 25.000 a 1 : 250.000 o Grandes 1 : 500 a 1 : 20.000 Precisão gráfica ou erro grafismo o É a menor grandeza medida no terreno capaz de ser representada em desenho na escala mencionada o A experiência demonstra que o menor comprimento gráfico perceptível a olho nu que pode ser representado em um desenho é de 1/5 de milímetro (mm) ou seja de 0.2 mm. o Este é o erro ao demarcar pontos no terreno, levando-se em cont a acuidade visual e a habilidade manual do desenhista e dos equipamentos de plotagem o Assim, o erro prático tolerável nas medições cujo desenho deve ser feito em determinada escala é dado por: Em = 0.0002 m (metros) x N , sendo Em = erro tolerável em metros 42 o O erro tolerável, portanto, varia na razão direta do denominador da escala e inversa da escala, ou seja, quanto menor for a escala, maior será o erro admissível o Os acidentes cujas dimensões forem menores que os valores dos erros de tolerância, não serão representados graficamente. Em muitos casos é necessário utilizar-se convenções cartográficas, cujos símbolos irão ocupar no desenho, dimensões independentes da escala Escolha de escalas o Da fórmula - Em = 0.0002m x N, tira-se que Em N = 0.0002 m o Considerando uma região da superfície da Terra que se deseja mapear e que possua muitos acidentes de 10 m de extensão. A menor escala que se deve adotar para que esses acidentes tenham representação cartográfica será de: 10 x 10.000 = 100.000. 10 m 100.000 (mm) N = = = 50.000 (mm) 0.0002 m 2 (mm) A escala adotada deverá ser igual ou maior que 1 : 50.000 Na escala 1 : 50.000, o erro prático ( 0.2 mm ou 1/5 mm) corresponde a 10 metros no terreno. Verifica-se então que multiplicando 10 x 5.000 encontrar-se-á 50.000, ou seja, o denominador da escala mínima pra que os acidentes com 10 metros de extensão possam ser representados. 43 CALCULO DOS FUSOS Para saber o meridiano central referente a um determinado fuso, utiliza-se a seguinte formula: 180 – longitude do ponto + 1 = Fuso 6 Exemplo : Qual o fuso correspondente a um ponto localizado a uma longitude de 470 30’ 22 “ Calculo: 180 – 47 + 1 = 23 230 6CÁLCULOS DAS COORDENADAS GEODÉSICAS Calcular o fuso a parir das Coordenadas Geodésicas Exemplo: Dada uma longitude de 470 23’ 56 “ achar o fuso correspondente? Fórmula : 180 – longitude Fuso = + 1 = 6 Fuso = (180 – 47 / 6 ) + 1 = 23 O fuso correspondente é 23 Localização de um ponto notável na carta Exemplo: Ponto 1 – Ilha do Tatu na baía de Sepetiba Carta Santa Cruz – Escala 1 : 50.000 44 Localizar o ponto desejado na carta dentro de uma amplitude de 10 ‘ 430 45’ 10’ = 600 ” 430 35’ 220 50‘ 220 50’ 36,3 cm 430 42’ 09” 220 59’ 10” 3 cm 9,7 cm 23000’ 230 00’ 430 45’ 34 cm 430 35’ Longitude decresce ( - ) Cálculo da Longitude 340 mm ...................... 600 “ 97 mm ..................... x x = 171,17 “ ( segundos) ou seja 2 ‘ 51” 60 – 1minuto 60 – 1 minuto 120 51 - 51 segundos 171 Localização do ponto - 430 45’ 00” equivale 430 44’ 60 “ Diminuindo (-) 2’ 51” 43 042’09” 45 Cálculo da Latitude 363 mm ...................... 600 “ 30 mm ..................... x x = 49.58 “ ( segundos) ou seja aprox 50 ” Localização do ponto - 230 00’ 00” equivale 220 59’ 60 “ Diminuindo (-) 50” 22 059’10” Exemplo: Ponto 2 – Ilha da Pescaria na baía de Sepetiba Carta Santa Cruz – Escala 1 : 50.000 Localizar o ponto desejado na carta dentro de uma amplitude de 10 ‘ 430 45’ 10’ = 600 ” 430 35’ 220 50‘ 220 50’ 36,3 cm 430 43’ 07” 220 58’ 22” 5.9 cm 6,4 cm 23000’ 230 00’ 430 45’ 34 cm 430 35’ Longitude decresce ( - ) Cálculo da Longitude 340 mm ...................... 600 “ 64 mm ..................... x x = 112,94 “ ( segundos) ou seja 1‘ 53” 46 60 – 1minuto 52.94 – 1 segundos aprox. 53” 112,94 Localização do ponto - 430 45’ 00” equivale 430 44’ 60 “ Diminuindo (-) 1’ 53” 43 043’07” Cálculo da Latitude 363 mm ...................... 600 “ 59 mm ..................... x x = 97.52 “ ( segundos) ou seja 1’ 38” 60 – 1 minuto 37.52 segundos ( aprox. 38 “ ) 97,52 Localização do ponto - 230 00’ 00” equivale 220 59’ 60 “ Diminuindo (-) 1’38” 22 0 58’ 22” 47 Localizar o ponto desejado na carta dentro de uma amplitude de 10 ‘ | 430 45’ 10’ = 600 ” 430 35’ 220 50‘ 220 50’ 430 43’ 07” Ponto 2 220 58’ 22” 430 42’ 09” Ponto 1 220 59’ 10” 23000’ 230 00’ 430 45’ 430 35’ Distancia entre os dois pontos 220 50‘ 220 50’ 430 43’ 07” Ponto 2 220 58’ 22” 4. 2 cm 430 42’ 09” Ponto 1 220 59’ 10” 23000’ 230 00’ 430 45’ 430 35’ 48 Distancia entre dois pontos na escala de 1 : 50.000 1cm = 500 metros 1 mm = 50 metros logo 420 mm x 50 metros = 21000 mm ou seja 2100 metros 420 milímetros na carta equivale na escala de 1 : 50.000 a 2100 metrros Considerando a escala gráfica ........................................ 0 1 2 3 4 0.2 cm 500 500 500 500 100 = 2100 metros Cálculo a partir das Coordenadas UTM PONTO 1 – ILHA DO TATU – Folha Santa Cruz – Escala 1:50.000 1 cm = 500 m logo 2 cm = 1 km. 632 634 7458 633 7458 2 cm 0.8 7458.2 4 cm 2 cm 7456 7456 632 4 cm 634 Localização do Ponto 7458 - 0,8 = 7457.2 632 + 1 = 633 49 PONTO 2 – ILHA DAPESCARIA Folha Santa Cruz – Escala 1:50.000 1 cm = 500 m logo 2 cm = 1 km. 630 632 7460 633,7 7460 2 cm 4 cm 7459 2.7 cm 2 cm 7458 7458 630 4 cm 632 633 Localização do Ponto 7460 - 1 = 7459 633 + 0.7 = 633,7 LOCALIZAÇÃO DOS DOIS PONTOS 630 631.700 632 634 7460 7459 Ponto 2 - Pescaria 2100 metros 7458 Ponto 1 - Tatu 7457.2 7457 7456 630 632 634 631 633 Distancias Ponto 2 4.2 cm Ponto 1 Escala 1:50.000 equivale a 2.100 metros ou 2.1 Km. 50 LEVANTAMENTOS Levantamentos – Conjunto de operações destinada à execução de medições para a determinação da forma e dimensões da Terra. GEODÉSIA - o Ciência aplicada que estuda a forma (Geóide), as dimensões e o campo de gravidade da Terra o Sua aplicabilidade básica é na estrutura de mapeamentos e trabalhos topográficos Levantamentos = f ( forma, dimensões, campo gravitacional) Finalidades = f (Estrutura básica do mapeamento e trabalho topográfico) Produtos = f (determinação da forma e dimensões por geóide e elipsóide) CLASSIFICAÇÃO - Levantamentos Geodésicos - de alta precisão (Âmbito Nacional) - de precisão (Âmbito Nacional) - para fins topográficos Levantamentos Topográficos Levantamentos por Posicionamento Tridimensional por GPS Aerolevantamentos 51 LEVANTAMENTO GEODÉSICO Levantamentos geodésicos de alta precisão (âmbito nacional) Científico = f (Precisão Internacional) Fundamental ( Primeira ordem) Fundamental = f (Pontos de amarração controle geodésicos e cartográficos) Produtos – Pontos de Referencias ( Sistema único de Referencia). Levantamentos geodésicos de precisão (âmbito nacional) Precisão nacional Segunda ordem = f (Para áreas mais desenvolvidas em termos sócio-econômico regional) Terceira ordem = f ( Para áreas menos desenvolvidas) Levantamentos geodésicos para fins topográficos (Local) Destina-se ao levantamentos no horizonte topográfico. Tem a finalidade de fornecer apoio básico às operações topográficas de levantamento, para fins de mapeamento com base em fotogrametria. Produtos – Mapeamentos em escalas locais Os levantamentos irão permitir o controle horizontal e vertical Através da determinação de coordenadas geodésicas e altimétricas 52 METODOS DE LEVANTAMENTOS Métodos – Planimétrico - Triangulação = f (vértice) - Trilateração = f (dos lados) - Poligonação = f ( distancias e ângulos entre pontos adjacentes, formando polígonos ou linhas) Métodos – Planimétrico = f ( dos vértices, medições dos lados e ângulos medidos entre pontos adjacentes formando polígonos) Método - Altimétrico - Nivelamento Geométrico - Nivelamento trigonométrico - Nivelamento Barométrico Método - Altimétrico = ( circuitos com até 20 Km) 53 METODO PLANIMÉTRIO Métodos – Planimétrico = f ( dos vértices, medições dos lados e ângulos medidos entre pontos adjacentes formando polígonos) Método planimétrico de Triangulação Método planimétrico de Trilateração Método semelhante à triangulação, baseia-se em propriedade geométricas a partir de triângulos superpostos, sendo que o levantamento será efetuado através das medições dos lado Obtenção de figuras geométricas à partir de triângulos formados através dos ângulos subtendidos por dada vértice. Os pontos de triangulação são denominados de vértice de triangulação (VVTT) É o mais antigo e utilizado método de levantamento planimétrico 54 AB = Base geodésica A,B,...............J = Vértices geodésicos 1,2,.................29 = Ângulos medidos Obs. O controle de qualidade das medição angular é o fechamento angular dos triângulos e a escala, que é garantida através da coleta de pontos de Laplace ou azimutes de controle de base. Pontos de Laplace – são pontos nos quais são realizadas determinações astronômicas de azimute e longitude. Azimute – o É o ângulo formado entre a direção Norte-Sul e a direção considerada, contado à partir do Pólo Norte, no sentido horário. o O Azimute varia de 00 a 3600 e dependendo do Norte ao qual esteja referenciado. Azimute Verdadeiro ou de Gauss ( Az G ) - A partir do pólo norte Azimute Geodésico corresponde ao azimute verdadeiro contado a partir do Pólo sul Azimute da Quadricula ( Az Q) Azimute Magnético ( Az M) OBS:. O Sistema de coordenadas geodésicas ou o UTM permite o posicionamento de qualquer ponto sobre a superfície da Terra, no entanto é comum se desejar posicionamento relativo de direção nos casos de navegação. 55 Assim, ficam definidos três vetores associados a cada ponto: Norte verdadeiro ou de Gauss ou Geográfico-( MG) Com direção tangente ao meridiano ( geodésico) passante pelo ponto e apontado para o Pólo Norte. Norte Magnético (NM) - Com direção tangente à linha de força do campo magnético passante pelo ponto e apontado para o Pólo Norte Magnético Tendo em vista à significativa variação da ordem de minutos de arco anualmente deste pólo ao longo dos anos, torna-se necessária a correção do valor constante da carta/mapa para a data do posicionamento desejado. Norte da Quadrícula –(NQ) Com direção paralela ao eixo N ( que coincide com o Meridiano Central do fuso) do sistema de Projeção UTM no ponto considerado e apontado para o Norte ( Sentido Positivo de N) Declinação Magnética ( δ ) - É o ângulo formadoentre os vetores Norte Verdadeiro e o Norte Magnético associado a um ponto Convergência Meridiana Plana – ( γ. ) – É o ângulo formado entre dos vetores Norte Verdadeiro e o Norte da Quadricula associado a um ponto. Exemplo da Carta de Vassouras – IBGE – Escala 1:50.000 Declinação Magnetica 1963 e Convergência Meridiana do Centro da Folha NQ NM NG 160 19’´ 310 25 ‘ Declinação Magnética Cresce 7 `anualmente 56 OBS:. No caso de se usar bússola, alguns GPS, Magnetômetro, para se posicionar em campo deve-se ajustar declinação magnética em relação a carta ou mapa. Exemplo: Um local de longitude 220 25’, por exemplo na carta de Vassouras onde consta a informação de declinação magnética de 7’ ( sete minutos) por ano, a partir da execução do dado básico da carta ( 1963), terá que ser feito a seguinte correção nos casos acima citados: 1 ano .............................. .....................7’ ( 2004 – 1963 = 41 )..........................41. 281 ‘ equivale a 40 42’ assim o ponto na carta, quando ajustado pela declinação magnética vista no equipamento, terá o valor representativo no terreno de 220 25’ + 40 42’, sendo por conseguinte a localização real no campo, naquela época de 260 25’. 57 Método planimétrico de Poligonação É um encadeamento de distancias e ângulos medidos entre pontos adjacentes formando linhas poligonais ou polígonos. Partindo de uma linha formada por dois pontos conhecidos, determinam-se novos pontos, até chegar a uma linha de pontos conhecidos. 58 MÉTODO ALTIMÉTRICO Desenvolveu-se na forma de circuitos, servindo por ramais às cidades, vilas e povoados à margens das mesmas e distantes até 20 Km. Método de Levantamento Altimétrico por Nivelamento Geométrico Levantamentos de alta precisão que se desenvolvem ao longo de rodovias e ferrovias Pontos cujas altitudes foram determinadas a partir de nivelamento geométrico que são denominados de referencia de nível (RRNN) 59 Método de Levantamento Altimétrico por Nivelamento Trigonométrico Baseia-se em relações trigonométricas É menos preciso que o geométrico Fornece apoio altimétrico para trabalhos topográficos Hb = Há + Di – Do + d cotg Z Onde: Di = altura do instrumento Do = altura do objeto Z = ângulo Zenital Método de Levantamento Altimétrico por Nivelamento Barométrico Baseia-se na relação inversamente proporcional entre pressão atmosférica e altitude. É o método de menor precisão Utilizado em regiões onde é impossível utilizar os outros métodos. 60 MÉTODO GRAVIMÉTRICO Gravimétrico = f (campo gravitacional) Produtos = f ( dimensões, investigação da crosta e prospecção de recursos minerai LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO Levantamento topográfico = f ( posição relativa, círculos com raio de 10 Km) São operações através das quais se realizam medições, com finalidades de se determinar a posição relativa de pontos da superfície terrestre no horizonte topográfico. Corresponde a um circulo de raio igual a 10 Km. Maior parte da rede nacional de triangulação executada pelo IBGE 61 Rede de nivelamento geodésico executado pelo IBGE 62 LEVANTAMENTO POR POSICIONAMENTO TRIDIMENSIONAL POR GPS Sistema com a constelação NAVSTAR ( “ Navigation System With Timing And Ranging") deu origem em1980 do Sistemas de Posicionamento Global – GPS. O sistemas geodésico adotado internacionalmente é o WGS-84 ( World Geodetic System de 1984. Isto acarreta que os resultados dos posicionamentos realizados com o GPS referem-se a esse sistema geodésico, devendo ser transformado para o sistema SAD – 69, adotado no Brasil, através de metodologia própria. O GPS fornece resultados de altitude elipsoidal, tornando obrigatório o emprego do mapa Geoidal do Brasil, produzido pelo IBGE, para a obtenção de altitudes referenciadas ao geóide ( nível médio dos mares). A constelação GPS – Segmento espacial Composta por 24 satélites Existem pelo menos 4 satélites visíveis em relação ao horizonte durante 24 horas por dia Sistema de Controle – Segmento de controle Estação mestra – Base Falcon da USAF em Colorado Spring – Colorado – USA Estação de monitoramento - Hawai - Ilha de Assención, no Atlantic sul - Diego Garcia, no Ocdeano Índico - Kwajalein, no Pacifico Estação de campo – rede de antena de rastreamento dos satélites NAVSTAR Segmento usuário = f (usuário) 63 Método de posicionamento Absoluto – (ponto isolado) – Fornece uma precisão de 100 metros Diferencial – Posições absolutas, obtidas com um receptor móvel, são corrigidas por um outro receptor fixo, estacionado num ponto de coordenadas conhecidas. Estes receptores comunicam-se através de link de radio. Precisão de 1 a 10 metros. Relativo – É o mais preciso. Utilizado para aplicações geodésicas de precisão. Pode-se obter precisão de até 1 ppm. Para aplicações científicas pode atingir até 0.1 ppm, como é o caso da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo – RBMC) AEROLEVANTAMENTOS Aerolevantamentos = f ( aerofotogrametria, aerogeofísica e sensoriamento remoto) Conjunto de operações aéreas e/ou espaciais de medição, computação e registro de dados do terreno, com emprego de sensores e/ou equipamentos adequados, bem como a interpretação dos dados levantados ou sua tradução sob qualquer forma. Baseado na utilização de equipamentos aero ou espacialmente transportados (câmaras fotográficas e métricas, sensores) prestam-se à descrição geométrica da superfície topográfica, em relação a uma determinada superfície de referencia. 64 PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Definição – É a representação cartográfica de cada ponto da superfície da Terra correspondente a um ponto da carta e vice e vera Problema básico - Representação de uma superfície curva em um plano. Sistema de projeções – São os métodos empregados para se obter a correspondência dos pontos da carta ou vice e versa Classificação Quanto ao método - Geométricas - Analíticas Quanto à superfície de projeção - Planas (Azimutais) - Cônicas - Cilíndricas - Poli-superficiais Quanto às propriedades – Eqüidistantes - Conformes - Equivalentes - Afiláticas Quanto ao tipo de contato entre - Tangentes as superfícies de projeção e - Secantes referencia 65 66 Quanto ao método Geométricas = f ( princípios geométricos projetivos) Podem ser obtidos pela interseção, sobre a superfície de projeção, do feixe de reta que passa porpontos da superfície de referencia partindo de um ponto de visada. Analíticos = f ( formulações matemáticas) Obtidas com o objetivo de se atender condições com características previamente estabelecidas. É o caso da maior parte das projeções existentes Quanto à superfície de projeção Planas ( AZIMUTAIS) = f ( três posições básicas em relação a superfície de referencias) - Plana Polar - POLAR – plano tangente no pólo 67 - Plana Equatorial Plana Equatorial – plano tangente no equador Plana Horizontal ou Obliqua 68 Plana Horizontal – plano tangente em um ponto qualquer Cônicas = f ( superfície de projeção é um cone) A sua posição em relação à superfície de referencia pode ser: Normal, Transversa e Oblíqua. - Cônica Normal Cônica Normal – eixo do cone paralelo ao eixo da Terra - Cônica Transversa 69 Cônica Transversa – eixo do cone perpendicular ao eixo da Terra - Cônica Horizontal ou Obliqua Cônica Horizontal – eixo do cone inclinado em relação ao eixo da Terra Cilíndrica = f (superfície de projeção é cilíndrica) A sua posição em relação à superfície de referencia pode ser: Equatorial, Transversa e Horizontal ou Oblíqua. - Cilíndrica Equatorial 70 Cilíndrica Equatorial – eixo do cilindro paralelo ao eixo da Terra - Cilíndrica Transversa Cilíndrica Transversa – eixo do cilindro perpendicular ao eixo da Terra - Cilíndrica Horizontal ou Obliqua 71 Cilíndrica Horizontal – eixo do cilindro inclinado em relação ao eixo da Terra Poli-superficiais = f (mais do que uma superfície de projeção) Servem para aumentar o contato com a superfície de referencia e, portanto, diminuir as deformações. Plano poliédrica Cone-policônica Cilindro-policilindrica Superfícies de Projeção desenvolvidas em um plano , 72 Quanto às propriedades Eqüidistantes = f (não apresentam deformações lineares) - em linhas Os comprimentos são representados em escalas uniformes. Conformes = f (não apresentam deformações angulares em torno de quaisquer pontos) Não deformam pequenas regiões Equivalentes = f (não apresentam deformações em áreas) Seja qual for a porção representada num mapa, ela conserva a mesma relação com a área de todo o mapa Afiláticas = f (apresentam deformações em ângulos, áreas e comprimentos) Não possuem nenhuma propriedade dos outros tipos, isto é, eqüidistância, conformidade, Equivalência. - As propriedades acima são básicas e mutuamente exclusivas. - Elas ressaltam que não existe uma representação cartográfica ideal, mas apenas a melhor representação para um determinado propósito. 73 Quanto ao tipo de contato entre as superfícies de projeção e referencias Tangente – A superfície de projeção é tangente à referencia Plano – um ponto Cone e cilindro – uma linha Secante – A superfície de projeção secciona a superfície de referencia Plano – uma linha Cone – duas linhas desiguais Cilindro – duas linhas iguais Plano secante a esfera 74 Cone secante a esfera Cilindro secante a esfera 75 PROJEÇÕES MAIS USUAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS PROJEÇÃO POLICÔNICA Superfície de representação : diversos cones Não é conforme nem equivalente (só tem essa características no Meridiano Central) ; O Meridiano Central e o Equador são as únicas retas da projeção. O Meridiano Central é dividido em partes iguais pelos paralelos e não apresenta deformações. Os paralelos são círculos não concêntricos (cada cone tem seu próprio ápice) e não apresentam deformações. Os meridianos são curvas que cortam os paralelos em partes iguais. Pequena deformação próxima ao centro do sistema, mas aumenta rapidamente para a periferia. Aplicações Apropriada para países ou regiões de extensão predominantemente Norte-Sul e reduzida extensão Este- Oeste. No Brasil é utilizada em mapas da série Brasil, regionais, estaduais e temáticos. , 76 Projeção Policônica PROJEÇÃO CÔNICA NORMAL DE LAMBERT (com dois paralelos padrão) Cônica Conforme Analítica Secante Os meridianos são linhas retas convergentes Os paralelos são cilindros concêntricos com centro no ponto de interseção dos meridianos Aplicações A existência de duas linhas de contato com a superfície (dois paralelos padrão) fornece uma área maior com um baixo nível de deformação. 77 Isto faz com que esta projeção seja bastante útil para regiões que se estendem na direção Este-Oeste, porém pode ser utilizada em quaisquer latitudes. AS partir de 1962, foi adotada para a Carta Internacional do Mundo, ao milionésimo. PROJEÇÃO CÔNICA NORMAL DE LAMBERT (com dois paralelos padrão) k = fator de escala 78 PROJEÇÃO CILINDRICA TRANVERSA DE MERCATOR (TANGENTE) Cilíndrica Conforme Analítica Tangente ( a um meridiano) Os meridianos e paralelos não são linhas retas, com exceção do meridiano de tangência e do Equador Aplicações Indicada para regiões onde há predominância na extensão Norte-Sul. É muito utilizada em carta destinada a navegação PROJEÇÃO CILINDRICA TRANVERSA DE MERCATOR TANGENTE 79 PROJEÇÃO CILINDRICA TRANVERSA DE MERCATOR (SECANTE) Cilíndrica Conforme Secante Só o Meridiano Central e o Equador são linhas retas Projeção utilizada no SISTEMA UTM – Universal Transversa de Mercator desenvolvido durante a 2 Guerra. Em essência é uma modificação da Projeção Cilíndrica de Mercator Aplicações Utilizado em cartas topográficas do Sistema Nacional do IBGE e DSG PROJEÇÃO CILINDRICA TRANVERSA DE MERCATOR (SECANTE) 80 PROJEÇÃO UTM – Universal Transversa Mercator com cilindro tangente O mundo é dividido em 60 fusos de 6 graus de longitude Os fusos são numerados de um a sessenta começando no fuso de 180 graus a 174 graus W gr. E continuando para Este. Cada um deste fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro de forma que o meridiano de tangência divide o fuso em duas partes iguais de 3 graus de amplitude. 81 PROJEÇÃO UTM – Universal Transversa Mercator com cilindro secante O quadriculado UTM está associado ao sistema de coordenadas plano-retangulares, tal que um eixo coincide com a projeção do Meridiano Central do fuso (eixo N apontado para norte) e o outro eixo, com o do Equador. Assim cada ponto do elipsóide de referencia (descrito por latitude e longitude) estará biunivocamente associado ao termo de valores do Meridiano Central, coordenadas Este e coordenadas Norte. Cada fuso está associado a um sistema cartesiano métrico de referencia, atribuindo à origem do sistema ( interseção de cada linha do Equador com cada linha do Meridiano Central) as coordenadasde 500.000 metros (500 Km), para contagem de coordenadas ao longo do Equador e 10.000.000 metros (10.000 Km) ou 0 (zero) metros para contagem da coordenadas ao longo de cada Meridiano Central, para o hemisfério sul e norte respectivamente. Isto elimina a possibilidade de ocorrência de valores negativos de coordenadas. No caso do território brasileiro, os valores acima do Equador, seguem a numeração associada ao hemisfério sul, e não iniciando a demarcação com o valor zero. Cada fuso deve ser prolongado até 30 graus sobre os fusos adjacentes criando-se assim uma área de superposição de 1 grau de largura. Esta área de superposição serve para facilitar o trabalho de campo em certas atividades. O sistema UTM é usado entre as latitudes 84 N e 80 S. Além desses paralelos a projeção adotada mundialmente é a Estereográfica Polar Universal. 82 Aplicações Indicada para regiões de predominância na extensão Norte-Sul entretanto mesmo na representação de áreas de grande longitudes poderá ser utilizada. É a mais indicada para o mapeamento topográfico a grande escala, e o Sistema de Projeção adotado para o Mapeamento Sistemático Brasileiro. 83 BIBLIOGAFIA CONSULTADA BAKKER, M.P.R. - Cartografia: noções básicas, Diretoria de Hidrografia e Navegação, 1965 DUARTE, P.A - Fundamentos de Cartografia Universidade Federal de Santa Catarina, 1994 IBGE – Manuais Técnicos de Geociências - Noções básicas de Cartografia – numero 8 – 1999 JULIA STRAUCH – Apontamentos de aula – UERJ, 2002 MELO, M. P. de - Cartografia: uma visão prospectiva. Caderno de Geociências, Rio de Janeiro. N.1 p.7-14,1988 OLIVEIRA, C. de – Curso de Cartografia moderna 2 – Ed. Rio de Janeiro, IBGE, 1995 OLIVEIRA C. de – Dicionário cartográfico 4. ed. Rio de Janeiro: IBGE - 1993
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