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Local: Sala 1 - Sala de Aula / Andar / Polo Ilha do Governador / POLO ILHA DO GOVERNADOR - RJ Acadêmico: EAD-IL80004-20204C Aluno: KARLA KOEPPE ROCHA DA COSTA Avaliação: A2- Matrícula: 20201300272 (tel:20201300272) Data: 12 de Dezembro de 2020 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada ! Discursiva " Objetiva Total: 10,00/10,00 1 ! Código: 26307 - Enunciado: A PRODUÇÃO ESCRITA DO ARTIGO DE OPINIÃO A produção escrita na academia se dá em várias direções. Uma dela é o artigo de opinião. A produção de uma opinião sobre determinado tema gera questões controversas que mobilizam e influenciam diversas pessoas. Ao posicionar-se, cada pessoa se coloca em um plano de interpretação e argumentação do seu ponto de vista. Um artigo de opinião propõe-se a discutir diversas temáticas, como: questões sociais, políticas, científicas e culturais, de interesse geral e atual, que incidem direta ou indiretamente sobre a sociedade. Expressa-se como um texto argumentativo que difunde opinião sobre um tema polêmico Um texto acadêmico pode dialogar com várias fontes sobre diversas problemáticas que afetam a nossa sociedade. A denúncia e a crítica às vicissitudes sociais podem ser exemplificadas na forma como enfrentamos as novas identidades e alteridades dentro do mundo pós-moderno. O artigo Comunicação alternativa, redes virtuais e ativismo: avanços e dilemas, de Dênis Moraes, discute a questão do papel da comunicação alternativa em rede (blogs, Facebook...) como uma alternativa às mídias convencionais, permitindo uma crítica ao modelo da sociedade capitalista e maior liberdade de expressão, nesse momento em que refletimos sobre os conflitos de interesses de diferentes grupos envolvidos na construção da cidadania e na veracidade das informações. Veja o resumo e introdução do artigo: Resumo A internet é um ecossistema digital caracterizado por arquitetura descentralizada, multiplicação de fontes de emissão, disponibilização ininterrupta de dados, sons e imagens, utilização simultânea e interações singulares. Em sua impressionante variedade de usos, a rede mundial de computadores tem permitido experiências de produção e difusão informativa com sentido contra-hegemônico — isto é, de questionamento do neoliberalismo e da ideologia mercantilista da globalização, bem como de denúncia de seus efeitos antissociais. O propósito, aqui, é refletir sobre a emergência da comunicação alternativa em rede, de viés anticapitalista, que defende a liberdade de expressão e os direitos da cidadania. Isso significa avaliar discursos e dinâmicas editoriais que procuram romper com crivos e controles da mídia convencional. Significa também concentrar o olhar em práticas comunicacionais que se posicionam na contramão de uma época de midiatização das relações sociais, ao mesmo tempo em que interpelam a síndrome consumista que exalta o exibicionismo, do excesso e do desperdício (BAUMAN, 2006, p. 113). Trata-se conceber a internet como mais uma arena de lutas e conflitos pela hegemonia, vale dizer, de batalhas permanentes pela conquista do consenso social e da liderança cultural-ideológica de uma classe ou bloco de classes sobre as outras. Introdução Eduardo Galeano, ex-diretor de redação das célebres revistas Marcha (Uruguai) e Crisis (Argentina), salienta o lugar imprevisto e instigante que a internet vem ocupando no contexto de dramática concentração dos meios de comunicação e de oligopolização das indústrias culturais: “A internet realmente abriu espaços a vozes que agora encontram possibilidades de difusão incríveis. E isso é uma boa notícia que a realidade deu contra todos os prognósticos, pois a internet nasceu 10,00/ 10,00 20/06/2021 13:38 Página 1 de 4 como uma operação militar do Pentágono para planificar as suas operações. Foi uma coisa nascida da morte, do extermínio do outro, pois a guerra é isso. E depois virou um espaço que contém um pouco de tudo, que não é uma coisa só, mas que inclui muitas expressões, da afirmação da boa energia da vida, da energia multiplicadora do melhor da vida, a liberdade, a vontade de justiça.” A World Wide Web situa-se no vértice de um emaranhado de circuitos infoeletrônicos que conectam o global e o local em um tempo-espaço não linear e instantâneo. Seus nós alastram-se por praticamente todos os campos da vida social, impulsionada pela convergência com tecnologias móveis, pela expansão da banda larga, por interconexões com mídias digitais e pelas ferramentas do so!ware livre (CASTELLS, 2007, p. 246). A web afigura-se como esfera pública em gestação, sem hierarquias ou comandos aparentes, pontuada por diversos anseios e ambições. A teia gigantesca desfaz pontos fixos ou limites predeterminados para o tráfego de dados e imagens; não há centro nem periferia, e sim entrelaçamentos de percursos. As fronteiras entre quem emite e quem recebe podem tornar-se fluidas e instáveis. Os usuários têm a chance de atuar, simultaneamente, como produtores, emissores e receptores, dependendo de lastros culturais e habilidades técnicas. A colagem de interferências individuais põe em circulação ideias e conhecimentos, sem as noções de seleção e estratificação que condicionam os processos midiáticos. A malha hipertextual, em retroalimentação contínua, impulsiona a formação de redes que englobam fluxos informativos, manifestações culturais e interferências cognitivas. Redes distinguem-se como sistemas organizacionais com estruturas flexíveis e colaborativas baseadas em afinidades, objetivos e temáticas comuns entre os integrantes. Ilse Scherer-Warren aponta três peculiaridades das redes na moldura tecnológica: 1) temporalidade: novas formas de comunicação em tempo real, com conexão de diferentes tempos sociais, 2) espacialidade ou criação de territorialidades (do local ao global), 3) sociabilidade ou formas de relações sociais em termos alcance, intencionalidade e conectividade com novas dimensões na esfera pública (SCHERER- WARREN, 2005, p. 80). Tais características se ajustam a um dos paradigmas do mundo atual, conforme Milton Santos: a exigência de fluidez para a circulação de ideias, mensagens, produtos ou dinheiro. As redes disseminam fluxos de informações ubíquas e instantâneas, que passam a exercer o papel de elo entre as demais técnicas, unindo- as e assegurando a presença planetária do novo sistema tecnoinformacional (SANTOS, 1994, p. 218-220). Observando-se o cenário de fluxos na perspectiva de organismos críticos e reivindicantes da sociedade civil, é possível perceber que ambientes compartilhados favorecem convívios participativos e reciprocidades. Em distintas escalas e intensidades, as redes podem ativar conexões, simbólicas e solidárias, de sujeitos e atores coletivos, "cujas identidades vão se construindo num processo dialógico de identificações éticas e culturais, intercâmbios, negociações, resoluções de conflitos e de resistência aos mecanismos de exclusão sistêmica na globalização" (SCHERER-WARREN, 1998, p. 16-29). As aproximações por afinidades eletivas instauram-se, restauram-se e reproduzem-se em comunidades com vínculos duradouros ou coalizões circunstanciais. As junções aparecem em listas de discussão, chats, blogs, facebook, correio eletrônico, mensagens instantâneas, murais, fóruns, bases de dados, arquivos audiovisuais e videoconferências. Ainda que com frequência irregular e às vezes sem explorar adequadamente recursos multimídias, essas redes perseguem uma sociabilidade baseada em aspirações convergentes e tentam contribuir para a organização de forças reivindicantes com presença internacional (ATTON, 2005). MORAES, Dênis. Comunicação alternativa, redes virtuais e ativismo: avanços e dilemas. Revista Eptic. Sergipe, vol. 9, n. 2, mai./ago. 2007. Disponível em: 20/06/2021 13:38 Página 2 de 4 <https://seer.ufs.br/index.php/eptic/article/view/226/224 >. Acesso em: 14 nov. 2017. Sabendo que o autor defende seu ponto de vista baseado em outros autores, produza um artigo de opinião sobre o poder das mídias alternativas na mudança da relação entre os cidadãos e a sociedade brasileira.Busque problematizar as mudanças advindas do papel dos diferentes tipos de mídias, como as redes sociais, e outros agentes, como os movimentos sociais. Procedimentos para elaboração da questão: Seu artigo de opinião deve ser produzido com extensão máxima de uma página. Em seu artigo de opinião, defenda seu ponto de vista diante do problema. Ao construir seu artigo, busque uma estratégia de persuasão do seu leitor. Use exemplos próximos da realidade cotidiana. O artigo de opinião é um texto acadêmico objetivo, simples, que expõe ideias, críticas e reflexões éticas a respeito de certo tema. Escreva um texto próprio, buscando o seu protagonismo como autor. Resposta: As mídias sociais como facebook, instagran, twiter, snapchat dentre outros, desde que adentraram no cotidiano de vida das pessoas , causaram uma completa revolução na comunicação de uns para com os outros. Percebemos que muitos deixaram de lado as relações interpessoais de contato direto, para vivenciarem um espaço onde a liberdade poderia ser aplicada sem medos ou recalques, mas a distância. Isso , com certeza causou um afastamento natural , onde as relações sociais passaram a ser consideradas normais quando eram vivenciadas através das redes sociais. Com o advento da Pandemia, vimos esse quadro se agravar ainda mais, pois isolados em casa, sem que o direito de ir e vir pudesse ser exercido naturalmente, a saída foi mais do que nunca, através dos mecanismos tecnológicos. Foi nesse período que pudemos perceber o lado positivo das mídias alternativas, através de muitos vínculos que foram criados para suprir o isolamento social. Essas mídias se tornaram também canais de comunicação entre clientes e empresas , onde muitos tiveram que se reinventar, para que continuassem no mercado oferecendo seus serviços, sem que fossem tão impactados pelo isolamento social. Plataformas foram criadas para que empresas pudessem chegar até seus clientes, oferecendo estratégias diferenciadas de vendas que atraíssem o interesse de seus consumidores. Já no campo da Educação, as mídias sociais vinham ajudando estudantes de forma flexível e interativa. O conhecimento foi se espalhando pelo espaço cibernético apresentando seus pontos positivos e negativos. O excesso as redes sociais e o mau uso delas podem ser arriscados, quando os estudantes deixam de interagir com o mundo real , para preferirem o mundo virtual. Mas também, nesse período tão atípico, no qual as escolas tiveram que se reinventar, as plataformas e as novas tecnologias foram a grande saída , para que o processo de ensino-aprendizagem não estacionasse. Por um lado foi positivo, pois as instituições educativas também tiveram que se adequar a um ensino voltado para novas maneiras de aprender, certamente com a utilização das tecnologias de forma a proporcionar uma aprendizagem significativa. Enfim, a internet é hoje um dos principais canais para atrair e conquistar amizades, clientes, acessar comunidades de interesse , estudar e adquirir novos conhecimentos, fornecendo um mundo favorável à criatividade e flexibilidade , quebrando barreiras 20/06/2021 13:38 Página 3 de 4 geográficas de forma a disponibilizar mais acesso e menos domínio, com públicos diversificados e respostas rápidas. O importante é que saibamos utilizá-la com bom senso e reponsabilidade. Comentários: O artigo elaborado atende a todas as características inerentes ao gênero textual. Assim, estrutura e argumentos estão elaborados de forma adequada e coerente com a proposta temática. Justificativa: Expectativa de resposta: O aluno deve escrever seu artigo de opinião com extensão máxima de até uma página. Nele, deve defender seu ponto de vista diante do problema. Ao construir seu artigo, será avaliada a estratégia utilizada de persuasão do leitor e será considerado o uso de exemplos próximos da realidade cotidiana. O artigo de opinião é um texto acadêmico objetivo, simples, que expõe ideias, críticas e reflexões éticas a respeito de certo tema. Também será avaliada a escrita de um texto próprio, buscando o seu protagonismo como autor. 20/06/2021 13:38 Página 4 de 4
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