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Contos Populares 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES - 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Letras - Modalidade EAD
Disciplina Pedagógica: Estágio Supervisionado 4
Aluno: Raphael Soares da Silva 
Pólo: Paracambi
Video Aula 
 Contos Populares
	OBJETIVOS
	GERAL:
 Compreender a finalidade da Interpretação de texto como recurso expressivo criativo para a compreensão da língua portuguesa;
	ESPECÍFICOS:
 Refletir sobre a forma textual e inferir sobre os propósitos do autor ao escolher determinada forma textual; 
	PLANO DE AULA
	TEMA: Interpretação de Texto – em cima do Conteúdo Contos Populares 
Texto: A Onça e o Macaco. 
Turma Escolhida: Alunos do 6º Ano
	CONTEÚDO
	Realizar interpretação de Texto e debater o conto “O macaco e a onça”
	METODOLOGIA
	1º Momento: 
 Ler o conto A”O macaco e a onça”. Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto. 
2º Momento: 
 Realizar a contação de história dentro da sala, promovendo a participação dos alunos. 
3º Momento:
 Pedir que cada grupo converse um pouco sobre o que cada aluno achou do texto, qual eles pensam ser o tema do texto e outras perguntas menos dirigidas, uma espécie de "discussão despretensiosa" pós-leitura. 
4º Momento:
 Após esse tempo de reflexão, um representante de cada grupo irá apresentar à classe o que o seu grupo pensa a respeito do texto.
	METODOLOGIA
	5º Momento:
 Explicar aos alunos o que é um conto popular e quais as suas carcteristicas
6º Momento:
 Fazer questionamentos relacionados ao texto fazendo de forma oral e, em seguida, entregar aos alunos uma folha contendo cinco perguntas referentes ao texto, para ser feito em sala, essas perguntas serão lidas e explicadas pelo professor 
7º Momento:
 Corrigir as questões, com a participação dos alunos.
Contos  Populares
 O macaco e a onça
Os bichos fizeram uma festa, e a onça convidou o macaco. 
Ela pensava num jeito de almoçá-lo. Ele, que de besta não tinha nada, 
pensou em recusar.Mas, refletindo, disse:
— Não posso, amiga onça; estou muito doente para caminhar,
 mas se você me deixar montar nas suas costas, eu vou. 
 E  tanto  o  macaco  insistiu  que  a  onça  acabou  aceitando. 
 Aí  o  macaco começou a fazer exigências:
— Então deixa eu botar um bichinho nas suas costas.
— Ah! Já quer me botar sela? Tá bom, eu deixo.
— Agora, deixa eu botar um bichinho na sua boca.
— Ah! Já quer me botar brida pra tirar tirão? Tá bom, eu deixo.
— Agora, deixa eu botar aquele bichinho no meu pé.
— Ah! Já quer calçar espora? Tá bom, eu deixo.
— Agora, deixa eu pegar aquele bichinho que bate nas costas.
—  Ah!  Já  quer  usar  chicote?  —  a  onça  refugou,  mas  também  acabou aceitando: — Tá bom, eu deixo.
E o macaco se mandou para a festa, encalcando a espora na onça.
Quanto  mais  ela  pulava  mais  o  macaco  descia-lhe  o  chicote  no  lombo. 
Quando  chegaram,  a  onça  já  estava  virada  no  bicho.  O  macaco  desceu  e  a amarrou no mourão. O malandro entrou no salão e sambou a noite toda. Depois comeu um grande pedaço de carne e atirou os ossos para a onça, que, retada pelo vexame, começou a chamar:
— Vem logo, amigo macaco!
— Vou hoje, vou amanhã! Vou hoje, vou amanhã!
Quando  o  macaco  resolveu  ir,  o  dia  já  estava  amanhecendo.  Então  ele 
chamou os outros bichos:
— Vem, gente, orear a onça pr’eu montar.
Depois montou e saiu em disparada, tão rápido que bateu num pau, caindo macaco pra um lado, sela pra outro, deixando a onça livre. A onça, então, o ameaçou:
— Vou te esperar na bebida, amigo macaco! — e ficou montando guarda na beira do córrego.
Passou o tempo, e o macaco estava morto de sede, mas não ousava se aproximar do lugar com medo de a onça vingar a desfeita. Aí o macaco achou um jeito de enganá-la de novo: pegou umas cabaças e um machado 
— Aonde vai, amigo macaco?
— Vou ali furar umas abelhas.
— Então traz um pouco de mel pra mim.
— Trago sim, amiga onça.
O macaco encheu as cabaças de mel e a algibeira de espinho.
Chegando à bebida, disse pra onça:
— Fecha os olhos e abre a boca.
Ela desconfiou, mas o macaco despejou um pouco de mel em
sua boca e, assim, enganou a tonta, que pediu mais:
— Mais um pouco, amigo macaco.
— Lá vai! — disse o macaco, e despejou todo o espinho na boca da onça, que,  engasgada,  saiu  em  disparada,  deixando  a  bebida  livre  para  o  macaco, enfim, matar a sede.
Marco Haurélio.Contos e Fábulas do Brasil. São Paulo: Editora Nova Alexandria, 2011.
Em qual cenário se passa o texto?
Em qual dos personagens o conto acontece? 
O texto tem um problema inicial. Esse problema é resolvido de qual forma?
 
Respostas:
O texto se passa numa floresta, onde acontece a festa e na beira do rio. 
Com o macaco e a onça.
O problema inicial sempre arranjando meios de escapar da onça. Ele precisa encontrar formas para driblar essa perseguição. Então ele apronta, desde domar a onça ate fazer ela beber aferrão de abelhas. 
Vamos Debater
Perguntas para ler e pensar...
Mas......
O que é um conto  popular?
 
O conto popular é uma expressão que pertence a este contexto de sonho e fantasia, de magia e de mistério; ele é parte da fala do povo, um canto harmonioso dirigido ao mistério das coisas (LEAL, 1895, p. 12).” 
Os contos populares foram transmitidos de geração em geração, apenas na oralidade. Isso quer dizer que as comunidades não usavam a escrita, mas sim, os contos populares para transmitir os seus valores às gerações futuras.
Os contos populares têm como característica o autor anônimo; não se sabe quem foi o “criador” da história, portanto, ela é considerada criação do povo e, então, anônima. Muitos foram os coletores de contos populares ao longo da história; alguns até mesmo modificaram um pouco os relatos que coletaram, porém não são seus criadores.
Relacionada com a temática dos contos. O conteúdo de um conto, contado numa determinada época em um determinado lugar, pode ter sofrido transformações ao longo do tempo, porém sua essência é a mesma de um conto remoto, contado em época e lugar completamente diferentes. 
Antiguidade
Anonimato de autoria
Os contos populares são transmitidos oralmente, contados ou cantados; os contos são transmitidos de pais para filhos, ao longo das gerações. A oralidade não quer dizer simplicidade; os contos respeitam rituais de transmissão e possuem complexidade, arte e capacidade de seduzir seus ouvintes. 
Modo de transmissão
01
02
03
Principais Características
É muito comum encontrar nos contos populares:
Repetições de palavras e expressões;
Uma seleção de palavras ligadas à vida no interior;
Representação da fala popular na escrita.
Traços da Oralidade no 
Conto Popular 
	 No texto, o Macaco resolve pregar uma peça na onça , domando ela. Por que motivo o Macaco fez isso? 
 
Porque a onça estava querendo almoçar o macaco e ele percebeu
Porque o macaco queria ser amigo dela e resolveu brincar
Porque ambos foram convidados para a festa
Porque a onça queria tomar banho no rio
Porque o macaco deu mel para ela comer e ela comeu tudo
Exercicios
Ex. de Respostas: L. 1-2
Os bichos fizeram uma festa, e a onça convidou o macaco. Ela pensava num jeito de almoçá-lo. Ele, que de besta não tinha nada, pensou em recusar.
	Levando em consideração os traços da oralidade no conto popular, retire do texto:
1) Repetições de palavras e expressões;
2) Uma seleção de palavras ligadas à vida no interior;
3) Representação da fala popular na escrita. 
EXP. DE RESPOSTA: Essa resposta fica a critério de escolha do aluno, porém, podemos citar como exemplos:
1) Repetições de palavras e expressões; “deixa eu botar “
2) Uma seleção de palavras ligadasà vida no interior; “Sela, brida, esporas, chicote”
3) Representação da fala popular na escrita. “gente, orear a onça pr’eu montar”
 
A
Obrigado
Ref. Bibliográfica
LEAL, J. C. A natureza do conto popular. Rio de Janeiro: Conquista, 1985.

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