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APOSTILA-GEOLOGIA-BASICA-GEOgrafia-VALTER AVELAR12-04-2021

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GRUPO DE PESQUISA GEOdiversidade DO AMAPÁ/GPGEO 
CURSO DE GEOLOGIA BÁSICA 
 
1 
http://www.valteravelar4geos.wordpress.com 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE GEOGRAFIA 
CURSO DE GEOGRAFIA 
 
 
 
 
GRUPO DE PESQUISA GEOdiversidade DO AMAPÁ/GPGEO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE GEOLOGIA BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Valter Gama de Avelar (GEÓlogo 4GEOs) 
 
 
 
 
 
 
Macapá-AP, 2021 
 
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GRUPO DE PESQUISA GEOdiversidade DO AMAPÁ/GPGEO 
CURSO DE GEOLOGIA BÁSICA 
 
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SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3 
CAPÍTULO I - GEOLOGIA HISTÓRICA-TEMPO GEOLÓGICO.......... 5 
CAPÍTULO II – PLANETA TERRA............................................................. 12 
CAPÍTULO III –MINERAIS; ROCHAS E O CICLO DAS ROCHAS....... 
 
18 
CAPÍTULO IV - PROCESSOS GEOLÓGICOS ENDÓGENOS - 
GEOLOGIA ESTRUTURAL E GEOTECTÔNICA .................................... 
 
31 
CAPÍTULO V – PROCESSOS GEOLÓGICOS EXÓGENOS ................... 45 
CAPÍTULO VI - OS RECURSOS MINERAIS ............................................. 54 
CAPÍTULO VII – GEOdiversidade; GEOconservação e GEOturismo...... 59 
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 64 
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CURSO DE GEOLOGIA BÁSICA 
 
3 
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INTRODUÇÃO 
1. O que é GEOlogia? 
 GEO = Terra; LOGUS = Estudo. Portanto, GEOLOGIA é a CIÊNCIA QUE ESTUDA A 
TERRA. 
 - É a ciência da Terra, de seu arcabouço, de sua composição, de seus processos internos e externos e 
de sua evolução. 
- Geologia é a ciência que estuda o Globo Terrestre, desde o momento em que as rochas se formaram 
até o presente. Trata-se de uma ciência histórica fundamentalmente dependente do elemento tempo 
(TEIXEIRA et al. 2003). 
 
2. GEOLOGIA COMO CIÊNCIA: 
- Método Científico: COLETA DE DADOS → TRATAMENTO DOS DADOS → 
FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES → TESTES DAS HIPÓTESES → CONCLUSÕES → 
DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS. 
- Investigação Geológica→ observação dos fenômenos naturais. 
- INFORMAÇÕES DO PRESENTE → RECONSTITUIÇÃO DO PASSADO. 
“O PRESENTE É A CHAVE DO PASSADO” (James Hutton, 1769) 
 O geólogo busca entender fenômenos findados, já há milhares, milhões ou até bilhões de anos 
atrás, pelo exame do Registro Geológico nas rochas, fósseis e estruturas geológicas (TEIXEIRA et 
al. 2003). 
 
3. POR QUE ESTUDAR O PASSADO DA TERRA? 
 Além da curiosidade natural de desvendar a história do nosso planeta, o estudo do passado da 
terra tem outras finalidades, como: reconhecimentos dos recursos naturais da terra; aperfeiçoamento 
das explicações dos fenômenos atuais do planeta; busca de elementos para previsão da evolução do 
planeta. 
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CURSO DE GEOLOGIA BÁSICA 
 
4 
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Os recursos naturais foram formados em determinadas épocas do passado da Terra, fazendo 
com que a presença de determinadas rochas ou eventos sejam indícios razoavelmente seguros para 
sua localização (PRESS et al. 2006) 
A história geológica mostra que a evolução da Terra é resultado das relações entre as forças 
da natureza, sejam elas destrutivas ou criativas, que se manifestam tanto na dinâmica 
interna/PROCESSOS ENDÓGENOS (vulcões, terremotos, dobramentos e etc.), como na dinâmica 
externa/PROCESSOS EXÓGENOS (erosão, sedimentação, movimentos de massa e etc.), (PRESS 
et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003) 
 
Fonte: Notas de Aula (AVELAR, 2018) 
 
 
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CURSO DE GEOLOGIA BÁSICA 
 
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CAPÍTULO I – GEOLOGIA HISTÓRICA -
TEMPO GEOLÓGICO 
 
A Geologia Histórica é o ramo da ciência geológica que busca resgatar a História da Terra. 
Em sentido restrito, trata da reconstituição dos eventos ocorridos no passado, através dos registros 
deixados nas rochas existentes nas camadas mais superficiais da Terra. No sentido amplo, pesquisa a 
evolução global da Terra, desde os primórdios, até os dias atuais, através de teorias e experimentos 
de natureza física e química, buscando correlacionar os fatores externos (exógenos) e internos 
(endógenos) de nosso planeta (SUGUIO 1998). 
 
O termo tempo geológico é também utilizado para referência a todo o intervalo de tempo 
desde que a Terra se formou (PRESS et al. 2006). 
 
Fonte: (modificado de PRESS et al. 2006) 
 
1. OS PRINCÍPIOS GEOLÓGICOS 
Os Registros Estratigráficos - que é a descrição, correlação e classificação dos estratos de 
rochas sedimentares. As rochas sedimentares, entretanto, ainda são o material estratificado mais 
importante que se usa para decifrar a vasta imensidão da história geológica. Denomina-se 
estratificação, ou acamamento, a marca registrada das rochas sedimentares, que constitui a base dos 
princípios geológicos utilizados para interpretar os eventos geológicos deixados nas rochas 
sedimentares (PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003). 
 
 
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1a. PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DE CAMADAS (STENO 1669) – “Em qualquer sucessão 
de estratos/camadas não deformados/(as), os estratos/camadas mais inferiores (Base) são sempre mais 
antigos que aqueles superiores (Topo), que são mais jovens.” Por exemplo, dadas duas camadas, a 
que estiver originalmente abaixo de outra é a mais antiga. (TEIXEIRA et al. 2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte: adaptado de TEIXEIRA et al., 2003) 
 
1b. PRINCÍPIO DA HORIZONTALIDADE ORIGINAL (STENO 1669) – “As partículas de 
sedimentos nas camadas sedimentares tendem a depositar-se originalmente na horizontal, como efeito 
da ação da gravidade. Caso em que os “estratos” ou camadas estejam muito inclinadas são, portanto, 
indicativos de perturbação posterior”, (TEIXEIRA et al. 2003). Imagem de afloramento da Formação 
Irati, na Bacia do Paraná, em Rio Claro-SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(Foto: www.geologiaunesp.blogspot.com ) 
 
1c. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE LATERAL (STENO 1669) – “As camadas sedimentares 
tendem a ter espalhamento lateral por grandes extensões, até que eles afinem azero ou terminem 
contra as margens da bacia de deposição”, (TEIXEIRA et al. 2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: (TEIXEIRA et al., 2003) 
 
1.d. PRINCÍPIO DAS RELAÇÕES DE INTERSEÇÃO OU CORTE (HUTTON 1792) - “Qualquer 
rocha que foi cortada por um “corpo intrusivo ígneo” ou por uma falha geológica é mais antiga que 
o corpo ígneo ou a falha”. Este princípio permite a datação relativa dos eventos em rochas 
metamórficas, ígneas e sedimentares. (TEIXEIRA et al. 2003) 
 
 
 
 
 
Fonte: (TEIXEIRA et al., 2003) 
 
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1.e. PRINCÍPIO DA SUCESSÃO FAUNÍSTICA (W. SMITH 1793) - Os organismos sucederam-
se no tempo, dos mais simples aos mais complexos, e uma determinada espécie ou grupo de 
organismos, após sobreviver durante tempo mais ou menos prolongado, desapareceu do planeta para 
não mais ressurgir. Diversos períodos marcados por extinção de grande parte do conteúdofossilífero 
são conhecidos na história da Terra e levaram ao desenvolvimento da Teoria do Catastrofismo 
postulada por Cuvier, em 1796. Através deste princípio foi possível correlacionar camadas que 
afloravam a longas distâncias em função de seus conteúdos fossilíferos (PRESS et al. 2006; 
TEIXEIRA et al. 2003). 
Fonte: (PRESS et al. 2006) 
Através da Paleontologia, o estudo da história da vida antiga a partir do registro fossilífero, 
ganhou lugar ao lado da Geologia, que é o estudo da história da Terra a partir do registro das rochas. 
Denomina-se fóssil o resto ou vestígios de organismo encontrado nas rochas sedimentares. O fóssil 
constitui evidência de vida no passado geológico, sendo representado por partes duras de animais 
(ossos, dentes, conchas, etc.) ou vegetais (caules, folhas, etc.). 
 
 
 
 
 
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2. ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO 
Nos séculos XIX e XX, os geólogos utilizaram os princípios de datação relativa e reuniram 
informações de afloramentos de todo o mundo para ajustar uma completa escala do tempo geológico, 
um calendário de idades relativas da história geológica da Terra. A Escala do Tempo Geológico é 
dividida em quatro CAPÍTULOS principais de tempo: ÉONS, ERAS, PERÍODOS e ÉPOCAS. Um 
Éon é a maior divisão da história (PRESS et al. 2006). 
ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006) 
 
 
 
 
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A fita do tempo geológico desde a formação do sistema solar até o presente, medida em 
bilhões de anos e marcada por alguns dos principais eventos e transições da história da Terra (PRESS 
et al. 2006). 
Fonte: Press et al. (2006) 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO II - PLANETA TERRA 
2. ORIGEM DO UNIVERSO; SISTEMA SOLAR e dos PLANETAS - A explicação científica 
mais aceita é a teoria da Grande Explosão (Big Bang), a qual considera que nosso Universo começou 
entre 13 a 14 bilhões de anos atrás a partir de uma "explosão" cósmica. 
Fonte: adaptado de Press et al. (2006) 
 
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2.1 CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA SOLAR: 
a) Planetas Interiores (Rochosos, Terrestres ou Telúricos): Mercúrio, Vênus, Terra e Marte; 
b) Cinturão de Asteroides: fragmentos meteoríticos; 
c) Planetas Exteriores (Gasosos, Jovianos ou Gigantes): Júpter, Saturno, Urano e Netuno; 
d) Planetas anões: são menores que muitas luas do Sistema Solar, mas ainda mantêm o status 
de planeta porque giram em torno de uma estrela: Plutão, Éris, 2005FY9, 2003EL61.... 
 
SISTEMA SOLAR: Sol-Mercúrio, Vênus, Terra e Marte; Júpter, Saturno, Urano e Netuno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: modificado de Teixeira et al. (2003) 
 
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Fonte: Notas de Aula (AVELAR, 2018) 
2.2 FORMA DA TERRA: 
Qual(ais) da(s) figura(s) abaixo melhor representa o formato da Terra? A Terra não possui um 
formato perfeito, pois é achatada nos polos e também existem relevos (elevações e depressões), por 
isto exceto a alternativa "a” todas as demais podem representar a forma da Terra, qual seja a forma 
de um GEÓIDE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2.1 ALGUNS DADOS IMPORTANTES SOBRE A TERRA 
CARACTERÍSTICAS DA 
TERRA 
 DADOS 
Forma GEÓide 
Diâmetro Equatorial 12.756,27249 Km 
Raio Equatorial 6.378,2 Km 
Eixo de Inclinação da Terra 23,45o graus 
Área total da Terra 510 milhões de Km2 
Distância Média do Sol 149.600.000 Km 
Satélite Natural Lua 
 
Movimentos da Terra 
Translação 365,2564 dias 
Rotação 23,9345 horas 
Temperatura Média 15 ºC 
Idade da Terra 4,56 bilhões de anos 
Densidade 5,52 g/cm3 
Massa Aproximada 6,0 x 1029 g 
Volume 1,083 x 1012 Km3 
2.3 AS CAMADAS DA TERRA 
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A Terra é formada por camadas exteriores: atmosfera, hidrosfera, biosfera e por camadas 
interiores: LITOSFERA/CROSTA (Continental-SiAl e Oceânica-SiMa); MANTO SUPERIOR OU 
ASTENOSFERA E MANTO INFERIOR/FeMa; e o NÚCLEO EXTERNO E INTERNO/NiFe. As 
interações entre estas camadas são governadas pela energia do Sol e do interior do planeta e 
organizadas em três geossistemas globais: o sistema do clima, o sistema das placas tectônicas e o 
sistema do geodínamo (PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003). Estas camadas e suas interações 
encontram-se representadas nas figuras abaixo. 
Fonte: Press et al. (2006) 
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A Estrutura interna da Terra com as indicações das camadas interiores: CROSTA, MANTO 
E NÚCLEO (externo e interno) e as principais zonas de descontinuidades que marcam a passagem 
entre camadas são ilustradas na imagem abaixo. É possível observar, por exemplo, que a CROSTA 
se separa do MANTO através da DESCONTINUIDADE DE MOHOROVICIC ou MOHO (5 a 
10Km de profundidade na Crosta Oceânica e 30 a 80Km de profundidade na Crosta Continental); o 
MANTO separa-se do NÚCLEO EXTERNO, a 2900Km de profundidade, através da 
DESCONTINUIDADE DE GUTENBERG; e finalmente NÚCLEO EXTERNO separa-se do 
NÚCLEO INTERNO, a 5.100Km de profundidade, através da DESCONTINUIDADE DE INGA 
LEHMAN (PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003). 
As camadas interiores da Terra e as Zonas de Descontinuidades. 
Fonte: adaptado de Teixeira et al. (2003) 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO III –MINERAIS; ROCHAS E O 
CICLO DAS ROCHAS 
 
3.1 MINERAIS 
Um mineral é definido como uma substância de ocorrência natural, sólida, cristalina, 
geralmente inorgânica, com uma composição química específica. Os minerais são homogêneos: não 
podem ser divididos, por meios mecânicos, em componentes menores. 
Os minerais são os constituintes básicos das rochas: na maioria dos casos, com ferramentas 
apropriadas, pode-se separar cada um dos minerais que as constituem. Define-se mineral como uma 
substância de ocorrência natural, sólida, cristalina, geralmente inorgânica, com uma composição 
química específica (PRESS et al. 2006). 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS 
Fonte: Press et al. (2006) 
 
 
 
 
 
 
 
Propriedade Relação com a composição e com a estrutura cristalina 
Dureza Fortes ligações químicas resultam em alta dureza. Minerais com ligações covalentes são 
geralmente mais duros que minerais com ligações iônicas. 
Clivagem 
A clivagem é pobre se as ligações na estrutura cristalina forem fortes, e boa se as ligaçõesforem 
fracas. Ligações covalentes geralmente resultam em clivagens pobres ou em ausência de 
clivagem. Ligações iônicas são fracas e, portanto, originam excelentes clivagens. 
Fratura O tipo de fratura é produto da distribuição das forças de ligação ao longo de superfícies irregulares 
não-correspondentes a planos de clivagem. 
Brilho Tende a ser vítreo nos cristais com ligações iônicas e mais variável nos cristais com ligações 
covalentes. 
Cor Determinada pelos tipos de átomos e por traços de impurezas. Muitos cristais com ligações 
iônicas são incolores. A presença de ferro tende a produzir forte coloração. 
Traço A cor do pó é mais característica que a do mineral maciço, pois o pó é formado por grãos de 
pequeno tamanho. 
Densidade 
Depende do peso atômico dos átomos ou Íons e da proximidade do seu empacotamento na 
estrutura cristalina. Minerais de ferro e de metais têm alta densidade; minerais com ligações 
covalentes têm empacotamento mais aberto e, portanto, densidade mais baixa. 
Hábito cristalino Depende dos planos de átomos ou Íons presentes na estrutura cristalina do mineral e da velocidade 
e direção de crescimento específicas de cada cristal. 
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ESCALA DE DUREZA DE MOHS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Notas de Aula (AVELAR, 2018) 
 
 
Fonte: Notas de Aula (AVELAR, 2018) 
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Fonte: Notas de Aula (AVELAR, 2018) 
 
CLASSES QUÍMICAS DE MINERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PRESS et al. (2006) 
 
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3.2 ROCHA - ocorrência natural de um ou mais minerais agregados. Denominam-se afloramentos, 
lugares onde o substrato rochoso está exposto na superfície terrestre e sujeitos aos processos da 
dinâmica externa da Terra (intemperismo e erosão), (PRESS et al. 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006). 
 
Exemplo de afloramento rochoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006). 
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Afloramento Rochoso Magmático Intrusivo: Granito localizado a 5 Km de Oiapoque, margem 
esquerda da rodovia BR-156, sentido Macapá-Oiapoque/Amapá. 
Fonte: Avelar (2002) 
 
Afloramento Rochoso Sedimentar: Formação Barreiras, localizado no entorno da Fortaleza de São 
José de Macapá, em Macapá, Amapá 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Avelar (2018) 
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3.2a ROCHAS ÍGNEAS 
As rochas ígneas (do latim ignis, "fogo") formam-se pela cristalização do magma, uma massa 
de rocha fundida que se origina em profundidade na crosta e no manto superior. Nestas profundidades 
reinam temperaturas 700°C ou mais, que são necessários para fundir a maioria das rochas (PRESS et 
al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003). De acordo com o ambiente de cristalização, existem dois tipos de 
rochas ígneas: 
- As rochas ígneas intrusivas ou plutônicas, como granito, são cristalizadas em 
profundidade na crosta. Podem ser reconhecidas por seus cristais grandes intercrescidos, os quais 
desenvolvem-se lentamente enquanto o magma é gradualmente resfriado. 
- As rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas, como o basalto, são cristalizadas na superfície 
da crosta, a partir do derramamento de lavas vulcânicas. São reconhecidas facilmente por suas 
texturas vítreas ou de granulação fina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PRESS et al. (2006). 
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Fonte: Press et al. (2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Avelar (2002). Corpo Granítico, localizado a 18 Km do rio Cupixi-Amapá. 
 
 
 
 
 
 
 
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3.2b ROCHAS METAMÓRFICAS 
A palavra metamórfica (do grego “meta”, mudança e “morphe”, forma) é utilizada para 
expressar todas as mudanças que os minerais de rochas experimentam, quando submetidos a altas 
Temperaturas e Pressões. Em outras palavras as rochas metamórficas são aquelas produzidas quando 
as altas temperaturas e pressões das profundezas da Terra atuam em qualquer tipo de rocha - ígnea, 
sedimentar ou outra rocha metamórfica, transformando-as numa nova rocha (PRESS et al. 2006; 
TEIXEIRA et al. 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006) 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Avelar (2002). Gnaisse Tonalítico, no leito do rio Água Fria, BR-210, no Amapá. 
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3.2c ROCHAS SEDIMENTARES 
Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares, são encontrados na superfície terrestre 
como partículas soltas/desagregadas, na forma de: areia, silte, argila, restos orgânicos vegetais e 
animais, como nos casos de fragmentos de conchas e outros organismos. Essas partículas formam-se 
na superfície à medida que as rochas vão sendo intemperizadas. As partículas das rochas 
fragmentadas são, então, transportadas pela erosão (conjunto de processos que desprendem o solo e 
as rochas), para os locais, denominados de Bacia Sedimentação, onde são depositados em camadas 
de sedimentos que por compressão e compactação (Diagênese) dão origem as Rochas sedimentares 
(PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003). 
 
Fonte: Press et al. (2006) 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Notas de Aula (AVELAR, 2018) 
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Fonte: Notas de Aula (AVELAR, 2018) – Rochas sedimentares da Formação Barreiras, camada basal de arenito 
ferruginoso (laterita) e camada superior de argilito, (Fortaleza de São José de Macapá) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Notas de Aula (AVELAR, 2018) – Rochas sedimentares da Formação Barreiras, camada basal de arenito 
ferruginoso (laterita), na Fortaleza de São José de Macapá 
 
 
 
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3.3 O CICLO DAS ROCHAS E SUAS INTERAÇÕES COM A TECTÔNICA DE PLACAS 
CICLO DAS ROCHAS: Qualquer rocha - metamórfica, sedimentar ou ígnea - pode ser soerguida 
durante uma orogênese e meteorizada e erodida para formar novos sedimentos. O ciclo das rochas 
relaciona os processos geológicos para a formação de cada um dos três tipos de rocha a partir dos 
outros. Podemos ver os processos iniciando em qualquer ponto do ciclo. Começamos com a formação 
das rochas ígneas pela cristalização do magma no interior da Terra. As rochas ígneas são, então, 
soerguidas para a superfície no processo de formação de montanhas. Desta forma, elas são expostas 
ao intemperismo e à erosão, que produzem sedimentos. Por sua vez, estes sedimentos são 
transportados e depositados na Bacia de Sedimentação, onde darão origem às rochas sedimentares 
atravésda Litificação e Diagênese. O soterramento continuo na Bacia de Sedimentação, 
proporcionará o afundamento/subsidência das camadas mais profundas, levando ao metamorfismo 
ou fusão e, nesse ponto, o ciclo recomeça. A Tectônica de Placas é o mecanismo que faz o Ciclo das 
Rochas operar (PRESS et al. 2006). 
 
Fonte: modificado do google (AVELAR, 2018) 
 
 
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Fonte: Avelar (2018) – as Rochas magmáticas e metamórficas são rochas do Amapá; a rocha sedimentar é do sul do 
Maranhão 
 
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CICLO DAS ROCHAS 
Fonte: Press et al. (2006) 
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CAPÍTULO IV - PROCESSOS GEOLÓGICOS 
ENDÓGENOS - GEOLOGIA ESTRUTURAL E 
GEOTECTÔNICA 
 
Em 1915, Alfred Wegener, um meteorologista alemão, escreveu um livro sobre a 
fragmentação e deriva dos continentes. Nele, apresentou as semelhanças marcantes entre as rochas, 
as estruturas geológicas e os fósseis dos lados opostos do Atlântico. Nos anos seguintes, Wegener 
postulou um supercontinente, que denominou de Pangéia (do grego "todas as terras"), que se 
fragmentou nos continentes como os conhecemos hoje. O encaixe de rochas cristalinas muito antigas 
é mostrado em regiões adjacentes da América do Sul e da África, e da América do Norte e da Europa, 
na proposição inicial de Alfred Wegener, conforme apresentado por Press et al. (2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006). 
 
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A litosfera (crostas Continental e Oceânica) é fragmentada em cerca de 13 grandes "placas". Estas 
placas movem-se ao longo da superfície da Terra com taxas de alguns centímetros por ano. 
Fonte: Press et al. (2006) 
 
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4.1 AS PLACAS TECTÔNICAS E AS VELOCIDADES DE MOVIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (TEIXEIRA et al., 2003) 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Maia & Bezerra (2020) 
 
 
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Formação de ilhas vulcânicas a partir de Pontos Quentes (HOT SPOTS): 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em a) O Hot Spot produz a primeira Ilha Vulcânica; em b) com o movimento da placa e o Hot Spot 
fixo a Ilha Vulcânica 2 irá se formar em outro lugar; em c) as ilhas 1 e 2 se deslocam e a ilha vulcânica 
3 se forma; e em d) Arquipélago do Havaí formado por ação de Hot Spot desde 5,6 milhões de anos 
atrás. (TEIXEIRA et al. 2003) 
 
4.2 MECANISMO DE MOVIMENTO DAS PLACAS. O que determina a movimentação das 
Placas Tectônicas? 
O mecanismo que permite a dinâmica destas placas é conhecido com CORRENTES DE 
CONVECÇÃO NO MANTO. Cada placa atua como uma CAPÍTULO rígida distinta, arrastando-se 
sobre o manto superior (astenosfera), o qual também está em movimento. O material quente que 
ascende do manto solidifica-se onde as placas da litosfera se separam (PRESS et al. 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
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A explicação mais aceita para o deslocamento das placas tectônicas, sugere que a astenosfera 
é levemente agitada por correntes de convecção. Nesse caso, o material quente do manto sobe nos 
eixos de expansão e urna pequena parte desse material escapa formando a nova litosfera. O restante 
flui sob a litosfera, esfriando lenta e progressivamente. Com isso ele arrasta consigo a litosfera 
sobrejacente, causando a contínua abertura nos eixos de espalhamento. Com o resfriamento 
progressivo, o material que flui toma-se mais denso e afunda no manto, possibilitando a formação de 
zonas de subducção (TEIXEIRA et al., 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
 
De acordo com Press et al. 2006 e Teixeira et al. (2003) em conjunto com as correntes de 
convecção no manto, ocorrem: 
a) Criação de nova litosfera oceânica nas dorsais, empurrando as placas nas duas direções 
opostas; 
b) Mergulho da litosfera (subducção) para o interior do manto, puxada pela crosta oceânica 
descendente mais densa; 
c) Espessamento da placa litosférica mais distal, tornando o limite entre litosfera e astenosfera 
inclinado, causando um esforço gravitacional que também possibilita o movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
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4.3 AS MARGENS CONTINENTAIS E OS LIMITES ENTRE PLACAS TECTÔNICAS 
 
4.3.1. MARGEM CONTINENTAL ATIVA (PLACAS CONVERGENTES): situada nos limites 
convergentes de placas tectônicas, onde ocorrem as zonas de subducção ou falhas transformantes. 
Apresenta intensa atividade vulcânica e formação das cadeias montanhosas. Ex. Margem Andina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Wyllie (1979) 
 
Margem continental ativa: situada nos limites convergentes de placas tectônicas, onde ocorrem as 
zonas de subducção ou falhas transformantes. Apresenta intensa atividade vulcânica e formação das 
cadeias montanhosas. Ex. Margem Andina 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PRESS et al. (2006). 
 
Quando duas placas se aproximam a se chocam (Placas Convergentes), uma delas submerge 
sob a outra em direção ao manto, originando na área de choque os geossinclinais, os sismos, 
magmatismos (vulcanismos), dobramentos rochosos e posteriormente cadeias montanhosas. 
 
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4.3.2. MARGEM CONTINENTAL PASSIVA (PLACAS DIVERGENTES): Quando duas placas 
estão se afastando uma da outra, surgiriam cadeias vulcânicas mesoceânicas (dorsais mesoceânicas) 
entre elas. 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
Margem continental passiva: desenvolvidas durante a formação de novas bacias oceânicas no início 
do processo de fragmentação dos continentes. Este processo é denominado “rifteamento”. Estas 
margens situam-se ao longo dos limites divergentes de placas tectônicas e não são afetadas por 
atividades tectônicas. 
 
 
 
 
 
 
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4.4. PROCESSOS GEOLÓGICOS ASSOCIADOS A TECTÔNICA DE PLACAS 
4.4.1. OROGÊNESE ou OROGENIA – (do grego “oros”, montanha e “gênese”, origem), refere-
se ao conjunto de movimentos tectônicos (colisão de placas) que levam a formação de cadeias de 
montanhas, como por exemplo, as Cadeias Andina, Himalaias e as Montanhas Rochosas-EUA 
(SUGUIO, 1998). 
Fonte: Press et al. (2006). 
 
4.4.2. ATIVIDADES SÍSMICAS OU TERREMOTOS – súbito tremor em uma área, ocasionada 
pelo repentino alívio de esforço lentamente acumulado,associado frequentemente a falhamentos ou 
atividade vulcânica. Comumente, as áreas de colisões de placas estão mais propensas às atividades 
ou abalos sísmicos (SUGUIO, 1998). 
Os movimentos das placas tectônicas levam a formação de falhas, que são descontinuidades 
planares nas rochas ao longo da qual ocorre o deslocamento de um lado em relação ao outro. Quando 
a fricção entre as rochas de ambos os lados da falha é de tal ordem que a rocha não desliza, uma 
deformação elástica irá ocorrer antes do falhamento. Quando o esforço excede a resistência de ruptura 
da rocha (subducção ou falha trnsformante), ela quebra (separação de placas) e um movimento súbito 
corre ao longo da falha causando os abalos, ou TERREMOTOS (PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et 
al. 2003). Os três tipos de falhas (Normal, Inversa e Transcorrente) que dão início aos terremotos. 
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Fonte: Press et al. (2006). 
 
Os HIPOCENTROS (pontos de origem dos terremotos) e EPICENTROS (projeções 
verticais dos hipocentros na superfície) estão localizados preferencialmente em zonas limítrofes de 
placas tectônicas, onde elas se chocam e sofrem subducção e enrugamento, formando, 
respectivamente, fossas oceânicas e cordilheiras continentais, ou onde elas se separam, nas cadeias 
dorsais mesoceânicas. Ocorrem terremotos também nos limites neutros, onde as placas se movem 
lateralmente em sentidos opostos (falhas transformantes-Falha de Santo André-EUA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
 
 
 
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MAPA GLOBAL DE PERIGO SÍSMICO – as áreas onde ocorrem as colisões de placas (em 
vermelho, no mapa) representam áreas mais susceptíveis aos terremotos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PLANETA TERRA. 2009. 
 
 
Terremotos no Brasil (1955 a 2012) - Registro até de tremor com 'pequenos tsunamis' 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-43671313 
 
 
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4.5. DEFORMAÇÕES MOTIVADAS PELAS FORÇAS TECTÔNICAS: Falhamentos e 
Dobramentos 
As forças tectônicas que deformam as rochas podem ser de três tipos: FORÇAS 
COMPRESSIVAS, que apertam e encurtam um corpo; FORÇAS EXTENSIONAIS, que alongam 
um corpo e tendem a segmenta-lo; e FORÇAS DE CISALHAMENTO, que empurram cada um dos 
dois lados de um corpo em direções opostas. 
 
Fonte: Press et al. (2006). 
 
4.5.1. FALHAMENTOS – processo de deformação das rochas da crosta terrestre, que consiste no 
deslocamento relativo de blocos rochosos de ambos os lados de uma fratura (fissura). As rochas com 
maior competência estão mais sujeitas ao falhamentos do que ao dobramento (SUGUIO, 1998). 
Fonte: Press et al. (2006). 
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 Na Falha de Cavalgamento, um dos blocos (capa) sobe em relação a outro (lapa) em função 
de esforços compressivos na crosta, via de regra associado a dobramentos (SUGUIO, 1998) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006). 
 
As falhas transformantes, como a de Santo André, na Califórnia, os rejeitos horizontais que 
medem o deslocamento relativo de duas placas, pode alcançar a centenas de quilômetros em dezenas 
de milhões de anos. 
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Fonte: Press et al. (2006). 
 
4.5.2 DOBRAMENTOS – processo de deformação de rochas da crosta terrestre, que consiste na 
formação de uma sucessão de ondulações de várias escalas, em consequência do encurtamento de 
rochas em um determinado lugar da crosta terrestre, muito comum nas zonas de colisão de placas 
tectônicas, podendo inclusive formar Cadeias de Montanhas, (SUGUIO, 1998). 
Fonte: Press et al. (2006). 
 
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CAPÍTULO V – PROCESSOS GEOLÓGICOS 
EXÓGENOS 
Os materiais dispostos na superfície da Terra, em sua maioria são produtos das transformações 
que a crosta terrestre sofre na interação com a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera. Ao conjunto de 
modificações de natureza física (desagregação/desintegração/); química (reações químicas) e 
biológicas (alterações físicas e químicas) que os materiais terrestres (rochas e minerais) sofrem ao 
aflorar na superfície da Terra dá-se o nome de INTEMPERISMO OU METEORIZAÇÃO (PRESS 
et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003). 
Dentre os principais fatores que controlam o Processo de Intemperismo sobre os materiais 
terrestres citam-se: as Propriedades da rocha original; o Clima, o Relevo e o Tempo de Exposição 
(PRESS et al. 2006). 
Fonte: Press et al. 2006) 
 
Assim, em função dos mecanismos que predominam nas transformações dos materiais 
terrestres existem três tipos principais de intemperismo: Físico, Químico e Biológico (Biofísico e 
Bioquímico), (PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003). 
 
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5.1 INTEMPERISMO FÍSICO – Aquele em que as modificações/transformações/desintegrações 
dos materiais terrestres se dão através de mecanismos modificadores das propriedades físicas dos 
minerais e rochas (forma ou morfologia; resistência do material, modificação na textura e etc.), 
(TEIXEIRA et al. 2003; SUGUIO, 1998). 
 Entre alguns dos processos de intemperismo físico tem-se a dilatação ou contração térmicas; 
congelamento de água contidas nas fraturas dos corpos rochosos; cristalização de sais; juntas de alívio 
de pressão; esfoliação e etc. 
a) Congelamento de água contidas nas fraturas dos corpos rochosos – A água ao congelar 
expande-se em 9% do seu volume. O processo repetitivo de congelar/descongelar da água nas fendas 
dos corpos rochosos promove a desagregação da rocha. Por exemplo, o arenito decomposto, que tem 
25% de seu volume composto por orifícios ou poros, ao longo de três congelamentos gerará uma 
quantidade de 2,7g/m2 de fragmentos. 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
 
b) Juntas de Alívio de Pressão - em função da expansão do corpo rochoso sujeito a alívio de pressão 
pela erosão do material sobreposto. Estas descontinuidades servem de caminhos para a percolação 
das águas, promovendo alteração química. (TEIXEIRA et al. 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
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c) Cristalização de Sais - Em climas áridos e semi-áridos (pouca chuva), os sais das rochas solúveis 
em água não são carreados para as drenagens, podendo ficar retidos nos poros (orifícios) ou nas 
fendas. Estes sais quando precipitados tendem a alargar os poros/fendas e promovem a desagregação 
das rochas. TEIXEIRA et al. (2003). 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
 
d) Alteração/Disjunção Esferoidal - resultante do diaclasamento e decomposição (hidratação + 
hidrólise) através da percolação da água. 
Fonte:Teixeira et al. (2003) 
e) Esfoliação e alteração esferoidal – processo em que grandes lâminas planas ou curvas da rocha 
fraturam-se e são destacadas do afloramento (PRESS et al. 2006). 
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Fonte: Press et al. 2006) 
f) Fragmentação das rochas pelo crescimento das raízes (Intemperismo Biofísico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
 
5.2 INTEMPERISMO QUÍMICO – quando as rochas afloram, elas entram em contato com 
condições de P-T diferentes daquelas em que foram formadas. Em função disto os minerais 
constituintes da rocha entram em desequilíbrio, e através de uma série de reações químicas, 
transformam-se em outros minerais mais estáveis, nesse novo ambiente. A rocha é alterada 
quimicamente, havendo a destruição da estrutura cristalina dos minerais, através das reações 
químicas. Sendo as mais comuns: Oxidação; Hidratação; Hidrólise; Carbonatação; Troca de Bases; 
Quelação TEIXEIRA et al. (2003). 
Hidratação - é o fenômeno da incorporação da água à estrutura cristalina. 
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Fonte: Press et al. (2006); Teixeira et al. (2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Avelar (2018) – Afloramento sedimentar – BR-156, trecho Calçoene-Oiapoque. 
 
 
 
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Fonte: Teixeira et al. (2003) 
 
Trocas iônicas promovidas pelas raízes das plantas com o solo induzem ao intemperismo 
Bioquímico. 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
 
5.2 INTEMPERISMO BIOLÓGICO OU BIOINTEMPERISMO (FÍSICO E QUÍMICO) – 
transformações de natureza física e química ocasionadas nas rochas e minerais resultantes das 
interações dos seres vivos (vegetais e animais) 
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 Fonte das Imagens: Avelar (2018) 
 
Fonte: Avelar (2018) – Rocha granítica sendo intemperizadas (física, química e biologicamente). 
 
 
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5.3. SOLO: PRODUTO FINAL DO INTEMPERISMO 
 O Solo também denominado regolito ou manto de intemperismo corresponde a cabertura 
mais superficial da crosta terrestre, resultante das transformações geradas durante o intemperismo de 
rochas sedimentares, ígneas e metamórficas, aflorantes na superfície. Contém substâncias orgânicas 
e inorgânicas e sua natureza é dependente da rocha matriz, do relevo, do clima. O Solo encontra-se 
em constante transformação, sendo os seus estágios genéticos registrados, nas características texturais 
e estruturais do perfil de solo (PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003; SUGUIO, 1998). 
A espessura do perfil de solo depende do clima, do tempo de formação do solo e da 
composição da rocha-matriz. A transição de um horizonte para outro é geralmente gradativa. 
Fonte: Press et al. (2006) 
Fatores que atuam na formação do solo (PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003): 
1. Clima: diferentes rochas podem produzir o mesmo solo, dependendo do clima. A mesma rocha original 
pode produzir solos diferentes, em climas diferentes; 
2. Tipo de Rocha: ricas em solúveis, pobres em resíduos, etc. 
3. Vegetação: cobertura, proteção contra a erosão, fornecimento de ácidos húmicos, facilita a infiltração 
de água. 
4. Relevo: inclinado, dificulta a penetração de água e facilita a solifluxão e destruição do solo. 
5. Tempo: é necessário muito tempo (milhares de anos) para a evolução do solo. 
 
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Fonte: Avelar (2018, notas de aulas) 
 
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CAPÍTULO VI - OS RECURSOS MINERAIS 
 Tratam-se dos recursos da Terra que não são renováveis, tais como o petróleo, o carvão, os 
nódulos polimetálicos (minerais de minérios) e etc. (SUGUIO, 1998). Por não ser recursos 
renováveis, o uso dos recursos minerais deve ser seguido com cautela e racionalidade, afim de garantir 
o uso e benefícios as futuras gerações. 
 
6.1. MINERAIS DE MINÉRIOS 
Os depósitos ricos de minerais, a partir dos quais podem-se recuperar lucrativamente metais 
valiosos são denominados de minérios; os minerais que contêm esses metais são chamados de 
minerais de minério. Os principais grupos de minerais de minério são os sulfetos (covelita-CuS), os 
óxidos (hematita-Fe203), e os silicatos (garnierita-Ni3Si20s(OH)4). Além disso, alguns metais, como 
o ouro, são encontrados no estado nativo, isto é, não combinados com outros elementos (PRESS et 
al. 2006). 
 Estes depósitos minerais são criados por vários tipos de processos geológicos. De acordo com 
Press et al. (2006), um depósito mineral forma-se quando três condições são satisfeitas: 
1. Os minerais encontram-se em um local acessível a um mecanismo natural de transporte; 
2. Um mecanismo natural de transporte está disponível para mover os minerais para fora da 
fonte; 
3. Existe um sítio onde o agente transportador pode depositar os minerais. Não é a sorte que 
coloca os depósitos minerais próximo à superfície terrestre, onde os humanos podem 
alcançá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: Avelar (2018, notas de aulas) 
DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS A PROCESSOS ENDOGENÉTICOS (AMBIENTES 
DA TECTÔNICA GLOBAL) 
Fonte: 
Teixeira et al. (2003) 
 
DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS A PROCESSOS EXOGENÉTICOS 
Fonte: Teixeira et al. (2003) 
 
- JAZIDA - É qualquer depósito mineral que contenha reservas economicamente desejáveis de 
alguma substância útil. O termo jazida é utilizado a uma área que contém o depósito mineral, mas 
que ainda não sofreu processos de exploração 
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- MINA - É uma jazida em produção econômica de um ou mais bens minerais. 
 
Lavra por desmonte hidráulico de depósito de cassiterita em aluviões (Oriente Novo, RO), 
Press et al. (2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006). 
Depósito de veio hidrotermais de quartzo (com cerca de 1 cm de espessura), formados a partir 
de soluções quentes que ascendem de intrusões magmáticas contendo minérios de ouro e de prata, 
em Oatman, Arizona (EUA), (PRESS et al. 2006) 
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Fonte: Press et al. (2006 
6.2. COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS 
 Denomina-se combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural e etc.) o produto 
originado da decomposição de restos de plantas e animais soterrados juntamente com os sedimentos 
que formam as rochas sedimentares (TEIXEIRA et al. 2003). Segundo os autores, o tipo de 
combustível produzido depende da matéria orgânica original e da sua história geológica.6.2.1. PROCESSO DE FORMAÇÃO DO CARVÃO MINERAL 
A principal matéria-prima para formação do carvão é a celulose (C6H10O5), que sob certas 
condições de pressão e temperatura e também do tempo, pode transformar-se progressivamente em 
turfa, linhito, carvão (betuminoso) e antracito (PRESS et al. 2006; TEIXEIRA et al. 2003). O 
carvão é formado pela compactação e alteração química da vegetação de pântanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006) 
 
 
 
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6.2.2. PETRÓLEO E GÁS NATURAL 
O Petróleo é um líquido oleoso resultante da decomposição da matéria orgânica soterrada 
juntamente com sedimentos de plataformas rasas, como os lacustres e marinhos, ou seja, os ambientes 
de rápida sedimentação que impedem a oxidação da matéria orgânica (TEIXEIRA et al. 2003). Sob 
calor e alta pressão, o carbono orgânico é transformado em hidrocarbonetos (que são compostos de 
carbono e hidrogênio) líquidos e gasosos. O petróleo e o gás acumulam-se em armadilhas geológicas, 
que confinam os fluidos dentro de barreiras impermeáveis. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Press et al. (2006) 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO VII - GEOdiversidade; GEOconservação e 
GEOturismo 
 
7.1 GEOdiversidade 
O termo “Geodiversidade” foi empregado, oficialmente, na Conferência de Malvern sobre 
“Conservação Geológica e Paisagística”, realizada em 1993, no Reino Unido (BRILHA, 2005; 
NASCIMENTO & SOBRINHO, 2020). 
Em 2004, foi publicado o livro Geodiversity Valuing and Conserving Abiotic Nature (GRAY, 
2004), o primeiro com foco inteiramente voltado para o tema geodiversidade. Neste livro o autor 
define o termo, examina o valor da geodiversidade para a sociedade, as ameaças que existem para o 
planeta, e avalia as abordagens que devem ser levadas para conservá-lo. 
De acordo com Brilha (2005), a definição proposta pela Royal Society for Nature 
Conservation do Reino Unido, diz que “a Geodiversidade, consiste na variedade de ambientes 
geológicos, fenômenos e processos ativos que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos 
e outros depósitos superficiais que são suportes para a vida na Terra”. O autor supra, discute a relação 
indissociáveis da biodiversidade (biótico) à geodiversidade (abiótico), uma vez que os diferentes 
organismos (bióticos) de uma região, apenas encontram condições de subsistência quando se reúnem 
uma série de condições abióticas (geológicas) indispensáveis aquela existência. 
Ressalta-se, segundo Costa e Oliveira (2018), que o termo Biodiversidade teve seu marco 
temático em 1986, definido por Walter G. Rosen, por ocasião do National Forum on Biodiversity, 
realizado em Washington. Segundo, os autores, a popularização do termo ocorreu no ano de 1988, 
com a publicação do livro Biodiversity, do biólogo Edward O. Wilson, ressaltando a diversidade da 
natureza viva ou diversidade biológica. 
O termo geodiversidade passou a ser mais empregado e divulgado no mundo, a partir da 
década de 1990 (SHARPLES, 1993; DUFF, 1994; EBERHARD, 1997; STANLEY, 2001; GRAY, 
2004 e 2005; BRILHA 2005; BRILHA et al., 2010). Estes autores introduziram o conceito de 
Geodiversidade com viés, intrinsecamente associado à Geologia e à Conservação Natural, 
restringindo assim, o conceito de geodiversidade à diversidade geológica dos terrenos. No Brasil 
destacam-se os trabalhos de CPRM (2006); Silva (2008); Nascimento, Montosso Neto (2008), Dantas 
et al. (2015). 
Stanley (2001), apresentou uma concepção mais ampla para o termo Geodiversidade, onde as 
paisagens naturais ou a variedade de ambientes e processos geológicos, estariam relacionadas com 
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seu povo e sua cultura. Estabeleceu, com isso, uma interação entre a diversidade natural dos terrenos 
e a sociedade. 
No Brasil, a Companhia de Pesquisa e de Recursos Minerais, o Serviço Geológico do Brasil-
CPRM/SGB, aponta o conceito de geodiversidade que engloba “O estudo da natureza abiótica (meio 
físico) constituída por uma variedade de ambientes, composição, fenômenos e processos geológicos 
que dão origem às paisagens, rochas, minerais, águas, fósseis, solos, clima e outros depósitos 
superficiais que propiciam o desenvolvimento da vida na Terra (biótico, grifo meu), tendo como 
valores intrínsecos a cultura, o estético, o humano econômico, o científico, o educativo e o turístico” 
(CPRM 2007; 2014, 2015). 
Neste sentido, no entendimento de Mansur 2018, a geodiversidade representa a variedade de 
elementos geológicos (abióticos) que suportam a vida (bióticos) e funcionam como substrato para o 
desenvolvimento humano. Em outras palavras, Nascimento & Sobrinho (2020) indicam que a 
geodiversidade inclui estreitas relações entre os processos geológicos e biológicos. Ou ainda, a 
Geodiversidade é a base físico-geográfica, com forte apelo geológico, associada aos elementos 
geomorfológicos das paisagens para o sustentáculo da vida. Eles entendem a geodiversidade ou 
diversidade geológica como sendo a variedade de elementos e processos geológicos que deram 
origem ao planeta Terra e continuam o transformando. 
Brilha (2005) introduziu o termo Patrimônio Geológico como “Conjunto de geossítios ou 
pontos de interesse geológicos de certa região que sejam inventariados e classificados”. A Figura a 
seguir, ilustra o posicionamento do patrimônio geológico em relação à geodiversidade e a 
geoconservação e a relação deste trinômio com biodiversidade, conservação da natureza e o meio 
natural. 
 
 
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Fonte: Brilha (2005) e CPRM 2015 
 
 Recentemente, GeoHereditas (2021a), acentuou que os estudos da Geodiversidade e 
Patrimônio Geológico, englobam as pesquisas associadas a inventários e avaliação de locais de 
interesse geológico e às ações e políticas necessárias para gerir estes locais em diferentes níveis 
governamentais e em áreas protegidas. Inclui também as estratégias relacionadas à geodiversidade in 
situ e ex situ. Por meio destas pesquisas é possível identificar locais relevantes e que devem ser 
conservados para o uso de todos nós, desta e das gerações futuras. 
De acordo com Brilha et al (2010), um inventário de geossítios deve ter em conta quatro 
questões prévias essenciais: i) o objeto a inventariar (assunto ou o tema que se pretende inventariar, 
por exemplo: o património geológico, lato sensu, o património geomorfológico, o património mineiro, 
o património paleontológico); ii) o valor (científico, estético, pedagógico, econômico, cultural); iii) o 
âmbito (área geográfica onde vai decorrer a inventariação) e iv) a utilidade (uso que se pretende 
atribuir aos geossítios inventariados, por exemplo: apoiar uma estratégia de valorização e divulgação 
de geossítios, promover o geoturismo ou a educação). 
Os valores da Geodiversidade para Gray (2004) são: 
 
 Valor Intrínseco ou Existencial, valor associado à simples existência das coisas (neste caso 
da geodiversidade) e não à utilidade que podem ter para o Homem; 
 Valor Cultural, valor atribuído pela sociedade em algum aspecto do ambiente físico devido 
ao seu significado cultural e comunitário; 
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 Valor Estético,valor associado à atratividade visual do ambiente físico; 
 Valor econômico, relacionado com a dependência da sociedade na utilização de materiais 
geológicos; 
 Valor Funcional, relacionado com o valor utilitário que a geodiversidade pode ter no seu 
contexto natural e com o seu valor no suporte dos sistemas físicos e ecológicos; 
 Valor Científico e Pedagógico/Educativo, na medida em que a geodiversidade é 
imprescindível para a investigação científica e para a educação em Ciências da Terra. 
 
7. 2 GEOCONSERVAÇÃO 
CPRM (2015) “A importância de conservar o patrimônio geológico e os resultados alicerçam 
o desenvolvimento do turismo geológico, o denominado geoturismo, de forma a perpetuar estes 
elementos da geodiversidade”. 
Segundo Martins (2017), as estratégias de geoconservação partem de dois aspectos: 
reconhecimento da geodiversidade e do patrimônio geológico do ponto de vista científico e definição 
de estratégias específicas a ele. “A divulgação e valorização do patrimônio geológico são importantes 
elementos para sua conservação”, ressalta a autora. “Ela tem maior respaldo junto a uma sociedade 
que reconhece qual o valor ou a importância de determinado elemento e o porquê de sua conservação” 
Sydow (2021), citando a socióloga, Profa. Vânia dos Santos, afirma que: “Qualquer projeto 
de geoconservação exige, como pré-requisito essencial, o conhecimento do patrimônio que precisa 
ser protegido. Logo, não se faz geoconservação sem a cooperação da sociedade e é por meio das 
escolas que é possível fazer um trabalho de preservação e divulgação desse patrimônio”. 
 
7.3 GEOTURISMO 
Inicialmente, a denominação Geoturismo foi dada por Thomas Hose, em 1995, mas, desde a 
segunda metade do século dezenove, já se tinha notícias de práticas relacionadas ao turismo 
envolvendo aspectos geológicos na Austrália. Segundo CPRM (2006; 2015), o termo GEOturismo 
em seu significado literal, é o “turismo geológico e foi utilizado para expressar: “O interesse 
específico na geologia e na formação da paisagem de uma determinada região”. 
Durante o Congresso Internacional de Geoturismo, em 2011, ocorrido na cidade de Arouca-
Portugal, foi redigida a Declaração de Arouca, que definiu Geoturismo como sendo: turismo que 
sustenta e incrementa a identidade de um território, considerando a sua geologia, ambiente, cultura, 
valores estéticos, patrimônio e o bem-estar dos seus residentes. Como nota-se, trata-se de uma 
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definição muito mais abrangente, que aquelas antes propostas, incluindo aspectos geológicos, 
ambientais, culturais e históricos de um lugar (IGC-USP, 2021). 
O geoturismo vincula-se diretamente à conservação e à promoção da geodiversidade e do 
patrimônio geológico e ao conhecimento do meio ambiente. Como ferramentas fundamentais, utiliza 
a Educação Ambiental e a Interpretação e, como premissa básica, está o benefício socioeconômico 
da população envolvida. O geoturismo permite, assim, o reconhecimento dos elementos da 
geodiversidade, ajudando e promovendo a sua proteção e conservação. O geoturismo pode ser feito 
em áreas naturais ou urbanas. 
 
7.4 GRUPO DE PESQUISA GEOdiversidade do AMAPÁ/GPGEO (Coord. Prof. Dr. Valter 
Gama de Avelar) 
 
O Estado do Amapá abrange uma área de 143.453 km2, apresentando 91,2% de sua 
cobertura vegetal composta por florestas. Faz fronteira com o estado do Pará, Guiana 
Francesa e Suriname. Com uma população estimada em torno de 670.000 habitantes, com 
90% concentrada na área urbana e apresentando uma densidade demográfica de 3,34 
habitantes/km² (IBGE, 2010). 
Do total da área do estado, 72% estão reservados a Unidades de Conservações/UC 
nos âmbitos: Federal, Estadual e Municipal. Ao todo, 25 UC estão legalmente registradas 
e em usos diversos. As potencialidades ou os patrimônios geológicos do Estado do Amapá 
ainda são muito pouco conhecidas e identificadas. Somente em 2015 é que o Serviço 
Geológico Nacional, elaborou o Mapa de Geodiversidade do Estado do Amapá, ainda 
assim, em uma escala de semidetalhe. 
Neste contexto, o Grupo de Pesquisa GEOdiversidade do Amapá/GPGEO-AP se 
coaduna as diretrizes nacionais na busca de identificar e descrever as potencialidades 
geológicas do Estado do Amapá, de modo a contribuir com a geração de 
GEOconhecimentos que permitam a identificação de Sítios Geológicos com potencial para 
o desenvolvimento do GEOturismo nesta região. 
Pelo menos três subgrupos de pesquisas estão atrelados ao GPGEO e concorrem 
diretamente na promoção e geração de GEOconhecimentos no Estado do Amapá, são eles: 
1. Grupo de Pesquisas Áreas de Riscos Naturais e Prevenção/GP-ARNP; 2. Projeto Série 
GEOambiental/PSGEO; e 3. Projeto GEOciências nas Escolas do Amapá/GEAP. 
O Grupo de Pesquisa GEOdiversidade do Amapá, surgiu com a premissa de 
desenvolver projetos de pesquisas que facilitem a compreensão de sistemas 
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socioambientais, baseados na geodiversidade, que envolvam a inventariação de patrimônio 
geológico e a difusão de seu valor científico, educativo e cultural, bem como sua 
conservação, além de projetos de extensão que visem a difusão do conhecimento gerado. 
O objetivo principal do GPGEO é: identificar e mapear os Patrimônios 
Geológicos e/ou sítios geológicos representativos da história geológica-minerária 
(Geodiversidade) do Estado do Amapá. Com isto, busca-se fomentar e desenvolver, 
numa perspectiva futura, a geoconservação e o fortalecimento do geoturismo nesta região, 
que tem grande potencial natural para este fim. 
De modo específico o GPGEO visa: 
(1) Oferecer alternativas para a geoconservação do patrimônio geológico do Estado do 
Amapá; 
(2) Difundir os fundamentos da geoconservação do patrimônio geológico do Estado do 
Amapá, através da divulgação acadêmico-científica e para a sociedade em geral; 
(3) Fomentar o uso compartilhado dos recurso geológicos do Estado do Amapá, por meio 
de utilização e adequações ao geoturismo; 
(4) Dar à UNIFAP a possibilidade de contribuir, junto aos órgãos oficiais dos governos 
federal, estadual e municipal, com a otimização do mapa de Geodiversidade do Amapá, de 
modo a suscitar condições de propostas de criação de Geoparque frente a UNESCO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Logomarcas do GPGEO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camisa do GPGEO 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
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Implicações para a Evolução Geodinâmica do Setor Oriental do Escudo das Guianas”. Tese de Doutorado (Geoquímica 
e Petrologia/Geocronologia). Centro de Geociências da Universidade Federal do Amapá. 2002. 213 p. 
 
AVELAR, V. G. Notas de aula da disciplina Geologia Básica, ministrada pelo Prof. Dr. Valter Gama de Avelar 
para turmas do Curso de Geografia da UNIFAP. Macapá-AP. 2018. 
 
BRILHA J. 2005. Patrimônio Geológico e Geoconservação: a conservação da natureza na sua vertente geológica. 
Braga, Portugal: Palimage Eds. 190p 
 
BRILHA, José; ARAÚJO, Alexandre; AZERÊDO, Ana Cristina; AZEVEDO, Maria Rosário; BARRIGA, Fernando.... 
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GRAY, M. 2004. Geodiversity: valuing and conserving abiotic nature. New York: John Wiley & Sons. 434p. 
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2021b. Disponível em: https://geohereditas.igc.usp.br/geoturismo/ . Acesso em fevereiro de 2021. 
 
MAIA, Rubson; BEZERRA, Francisco. Structural Geomorphology in Northeastern Brazil. SpringerBriefs in Latin 
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MANSUR, Katia Leite. Patrimônio Geológico, Geoturismo e Geoconservação: Uma Abordagem da Geodiversidade 
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Notícias. 2017. 
 
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WYLLIE, P. 1979 – A Terra: nova geologia global. Fundação Callouste Gulbenkian. 
 
 
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