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ESTÁCIO CRIMINALÍSTICA 2014

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Palestrante: Ms. Andrei Röehrs Portinho
Perito Criminal
Seção de Reprodução Simulada e Perícias Diversas
Departamento de Criminalística - DC/IGP/SSP/RS
Dúvidas para: andreiportinho@yahoo.com.br
Teoria Geral 
das
CIÊNCIAS FORENSES
CRIMINALÍSTICA 
⇒“É o conjunto de ciências (exatas, humanas, naturais e 
aplicadas) que tem por objetivo o reconhecimento e 
interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao 
crime e/ou à identidade do criminoso” (TOCHETTO);
⇒“É disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do 
conhecimento técnico-científico, auxiliar e informativa das 
atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, 
tendo por objetivo o estudo dos vestígios materiais 
extrínsecos à pessoa física” (RABELLO);
CIÊNCIAS FORENSES
LOCALÍSTICA FORENSE
 e CRIMINALÍSTICA
PURA
MEDICINA 
LEGAL
ENGENHARIA 
LEGAL
BALÍSTICA, FOTOGRAFIA, INFORMÁTICA, FONOAUDIOLOGIA, 
MERCEOLOGIA, 
CONTABILIDADE, DOMUMENTOSCOPIA (...)
FORENSESANTROPOLOGIA
FORENSE
POLÍTICA
CRIMINAL
CRIMINOLOGIA Instituição Pericial
 de Polícia 
Técnico-Científica
DOGMÁTICA 
JURÍDICO-PENAL
APLICADA
História da Criminalística
De uma maneira geral, sempre foi 
conceituada como um conjunto de 
técnicas e procedimentos aplicáveis à 
investigação e ao estudo do caso 
criminal, visando a obtenção da prova da 
ocorrência do delito.
História da Criminalística
Época Antiga: Na primeira metade do 
século XVI, Julio Claurus, em Alexandria 
(EGITO), se refere à investigação de delitos 
com aplicação de conhecimentos 
científicos;
Em 1575 na França, Ambrósio Paré fala 
sobre feridas por armas de fogo em sua 
obra “Os Laudos Periciais e a forma de 
embalsamento de cadáveres”. A obra foi 
continuada por Paolo Sacchias 
História da Criminalística
Em 1563, João de Barros descobre as 
impressões digitais e plantares, sendo este 
considerado até hoje o “pai” da 
Papiloscopia Forense.
História da Criminalística
História da Criminalística
Em 1643, em Florença, na Itália, 
Gopsi lança a obra “II Giuddice 
Criminalista”. Trata-se da primeira 
obra que se conhece sobre a 
Criminalística enquanto ferramenta 
judicial na persecução penal. 
História da Criminalística
Em 1665, em Bologna, na Itália, 
Marcelo Malpighi, Professor da 
disciplina de Anatomia Humana da 
Universidade de Bologna/ITA, começa 
a se dedicar aos estudos dos relevos 
papilares e dos gomos dos dedos, 
realizando valiosos apontamentos 
sobre o estudo das impressões 
digitais. 
História da Criminalística
História da Criminalística
Em 1753, Boucher 
inicia os estudos 
científicos acerca 
da Balística 
Forense, seguido 
por Perey (1792), 
Dufuart (1801) e 
Dupuytren (1820)
História da Criminalística
Em 1823, Johannes Evagelist 
Purkinje apresenta uma tese de 
Doutoramento em Medicina junto à 
Universidade de Breslau/POL, onde 
descreveu os tipos de pegadas, 
classificando-as em nove grupos 
principais, descrevendo os deltas dos 
desenhos papilares dos dedos. 
História da Criminalística
História da Criminalística
Dentro da Época 
Antiga, tivemos a 
“Época do 
Detetivismo”.
Em 1977, em Londres, 
é criado o primeiro 
corpo de detetives da 
História, iniciando-se a 
luta sistemática contra 
o Crime.
História da Criminalística
“Em 1887, a HQ Polícia abraçou números 3, 4, 5, 21 e 22 Whitehall Place, 
números 8 e 9 Grande Scotland Yard, números 1, 2 e 3 Palace Place e vários 
estábulos e anexos, bem como um edifício autônomo no centro de the Yard 
que tinha lojas realizadas sucessivamente, o Gabinete de Transporte Público 
e os escritórios CID.
Essas matrizes foram removidas em 1890 para instalações no Victoria 
Embankment projetados por Richard Norman Shaw e ficou conhecido como 
New Scotland Yard. 
Em 1967, por causa da necessidade de uma sede maior e mais moderna, 
mais um movimento ocorreu com o presente site em
Broadway, SW1, que também é conhecido como 
New Scotland Yard.” 
(fonte://content.met.police.uk)
História da Criminalística
“Tenho investigado muitos 
crimes, mas nunca 
investiguei nenhum até 
hoje que fora cometido por 
uma criatura que voa. Há 
muito tempo, o crime tem 
duas pernas, deixam 
pegadas, produzem 
alguma abrasão ou 
marcas, que possam ser 
detectadas por algum 
pesquisador científico”
História da Criminalística
(Sherlock Holmes, em “A 
Aventura de Peter Black”, de Sir 
Artur Conan-Doyle, em 1904)
História da Criminalística
Françoise Eugene Vidocq foi o primeiro 
grande detetive que teve a Criminalística. 
Tratava-se de um ex-deliquente que, em 
1809, ingressou no serviço secreto da Polícia 
de Paris.
Em 1820, o grupo que havia formado 
juntamente com outros 30 criminalistas havia 
reduzido em 40% o índice de criminalidade 
na cidade.
História da Criminalística
Em 1835, Henry Goddard, um policial 
britânico, observou que em um dois projetis 
que atingiu o corpo de uma vítima havia uma 
pequena protuberância, e a partir deste 
vestígio, iniciou a busca pelo assassino. 
História da Criminalística
Em uma sombria vivenda de um suspeito, se 
descobriu um molde de balas de chumbo 
(utensílio comum nos dias atuais). Porém, o 
artefato possuíra uma peculiaridade: o projetil 
que alvejou a vítima tinha um ajuste perfeito 
ao mesmo. O dono da moldura, preso em 
flagrante, confessou o crime. 
História da Criminalística
Em 1840, o italiano Orfila cria a Toxicologia 
Forense, continuada por Ogier em 1872. Esta 
ciência auxiliou os delitos cometidos com o 
auxílio de veneno, muito comum à época.
História da Criminalística
Em 1866, em Chicago, 
Allan Pinkerton põe em 
prática a Fotografia 
Criminal para 
reconhecimento de 
delinquentes. 
Atualmente, é conhecida 
como Fotografia 
Forense.
História da Criminalística
Em 1882, Alfonso Bertillon 
cria o Serviço de 
Identificação Judicial da 
França, com aplicação direta 
do método antropométrico, 
que se baseia no registro das 
diferentes características 
ósseas métricas e cromáticas 
em pessoas maiores de 21 
anos, em onze diferentes 
partes do corpo. 
História da Criminalística
Ele publicou sua tese 
sobre Retrato Falado 
(Portal Parlé), que 
consiste na descrição 
minuciosa de certos 
caracteres 
morfológicos do 
indivíduo.
História da Criminalística
Em 1895, em 
Londres, Sir Francis 
Galton publica o 
manual “Finger-Print 
Directories”, e 
institui os 
fundamentos para a 
classificação das 
impressões digitais: 
Perenidade, 
Imutabilidade e 
Variedade Infinita.
História da Criminalística
Em 1888, em Tóquio, o 
inglês Henry Faulds fez 
valiosos 
descobrimentos e 
contribuições no campo 
da Papiloscopia. As 
principais delas foram 
as definições de arco, 
presilha e verticilo, junto 
aos desenhos papilares 
dos gomos dos dedos.
História da Criminalística
Em 1891, na 
Argentina, Juan 
Vucetich inaugura a 
oficina de identificação 
e utiliza a 
antropometria e as 
impressões digitais de 
ambas as mãos, 
criando a ficha 
dactilar.
História da Criminalística
História da Criminalística
História da Criminalística
Em épocas passadas, como se individualizava quem havia 
cometido um crime?
Roma: através de marcas de fogo nos corpos dos 
deliquentes;
Idade Média: mutilação das orelhas, nariz ou dedos, 
conforme o delito praticado;
França, até a Revolução: impressão da marca do senhor 
feudal;
Inglaterra: queimadura das mãos;
Rússia: últimos a abandonar a prática de queimadura dos 
delinquentes. Eles marcavam as iniciais KAT nas 
bochechas dos condenados ao trabalho forçado.
História da Criminalística
Época Moderna:
Edmond Locard (França, 1877-1966):
“Os restos microscópicos que revestem 
nossas roupas e nossos corpos são 
testemunhas mudas, seguras e fiéis de 
nossos movimentos e de nossos 
encontros.”
“É impossível que um criminoso atue, 
especialmente na tensão da ação 
delitiva, sem deixar rastros de sua 
presença.”
História da Criminalística
Origem da Criminalística
Locard permite estabelecer que as 
investigações criminais começavam a 
seguir parâmetros científicos, porém com 
uma porcentagem considerávelde 
empirismo, de onde se usa a intuição e o 
senso comum. Logicamente, não se obtém, 
nesse período, resultados muito 
satisfatórios. 
História da Criminalística
Todas as 
investigações e 
pesquisas empíricas 
adquirem um nome 
próprio, dado pelo 
maior criminalista de 
todos os tempos, 
Hans Gross (Áustria, 
1847-1915).
História da Criminalística
Hans Gross era Doutor em Direito pela 
Universidade de Graz/Áustria. Foi Juiz de 
Instrução Stejermark e Professor de Direito 
Penal da Universidade de Graz. 
Em 1892, lança a obra Manual do Juiz, 
trazendo à tona todos os sistemas de 
criminalística existentes à época, fundando, 
destarte, a Criminalística como é hoje 
conhecida.
História da Criminalística
A obra Manual do Juiz levou vinte anos 
para ficar pronta. Nela, foram consagradas 
orientações e procedimentos acerca de 
técnicas de interrogatório, levantamentos 
de planos e diagramas, utilização de 
peritos, interpretação de escritas, 
reconhecimentos de lesões, etc. 
História da Criminalística
A obra dividiu, basicamente, a Criminalística 
nas seguintes sub-áreas:
Antropometria; Fatos de trânsito ferroviário;
Gíria Criminal; Hematologia;
Contabilidade; Incêndios;
Criptografia; Medicina Legal;
Desenho forense; Química Legal;
Documentoscopia; Interrogatório;
Explosivos;
Grafologia;
História da Criminalística
Em 1887, Salvatore Ottolengi apresenta um 
curso de Polícia Científica, juntamente com 
Alongo, onde é fundada a revista “Polizía 
Scientifica”. 
Lombroso, Ferri e Alongo criam, na Itália, a 
Polícia Técnico-Científica;
História da Criminalística
Cesare Lombroso 
(1835-1909)
-Escola Positiva de Direito Penal;
-”Pai” da Antropologia Criminal;
-Evolucioinismo/Darwininsmo;
-Imputabilidade Penal;
-Oposição à Cesare Beccaria e 
ao caráter retributivo e foco no deliquente 
e não no delito;
-3 fases: Lombroso, Ferri e
Garofallo; 
História da Criminalística
-Lombroso ansiou detectar as causas da 
criminalidade, e o fez através de pesquisas 
científico-empíricas das características físicas, 
fisiológicas e psicológicas do indivíduo criminoso. 
-Adepto da escola positivista da Psicologia 
Criminal, procura estabelecer características 
anatômicas, bem como manifestações de traços 
psicológicos comuns e predominantes, ao homem 
delinquente.
História da Criminalística
Em 1900, a Criminalística 
adquire um acentuado 
desenvolvimento. A maioria 
dos países começa a fundar 
gabinetes de Identificação, 
Escolas de Polícia 
Técnico-Científica, Institutos 
de Medicina Legal, criando 
os primeiros laboratórios de 
criminalística independentes 
das Polícias Civis ou 
Militares, ou do Exército.
História da Criminalística
Nos EUA, a Criminalística alcança o mais 
alto grau de desenvolvimento. Em 1904, 
Keneth Ferrier introduziu o emprego da 
Papiloscopia com finalidade forense. Em 
1909, Osborn publica a obra “Questioned 
Documents”, onde a escola 
norte-americana encabeça a investigação 
de documentos.
MEDICINA LEGAL
⇒O conjunto de ciências (exatas, humanas, naturais 
e aplicadas) que tem por objetivo o reconhecimento 
e interpretação dos indícios materiais intrínsecos 
relativos ao crime e/ou à identidade do criminoso;
⇒Ciência Forense pioneira na área pericial; Foi a 1ª 
Instituição de Polícia Técnico-Científica a ser criada 
(IML);
⇒Ou seja, tem como objeto o corpo do delito contra 
a pessoa física;
SUAS SUBDIVISÕES
⇒Antropologia forense* (para alguns autores, a 
parte de Antropologia Física): Ciência que trata 
das formas de identificação humana 
(papiloscopia, DNA, odontologia, etc.);
⇒Traumatologia, Tanatologia, Asfixiologia, 
Sexologia, Toxicologia e Psiquiatria Forenses;
⇒Infortunística (Engenharia Legal);
RESUMINDO: A CIÊNCIA DA CRIMINALÍSTICA :
⇒É disciplina autônoma, embora mista;
⇒Seu objeto de estudo são os vestígios criminais extrínsecos 
;
⇒É profissionalmente multidisciplinar;
⇒É auxiliar das Polícias e do Poder Judiciário;
⇒Conceito de funcionalidade e fundamentabilidade da 
Criminalística
⇒Irrefutabilidade e presunção relativa 
de veracicade;
DEZ MARCOS HISTÓRICOS
1) Velha Roma, Itália. 1º registro de levantamento de local de crime, ordenado pelo 
Imperador César, onde foram achados sinais nítidos de violência;
2) 1560, França. Ambroise Paré leciona sobre ferimentos produzidos por arma de 
fogo;
3) 1563, Portugal. João de Barros e a papiloscopia nos contratos de compra e 
venda dos Chineses;
4) 1651, Roma, Itália. Paolo Zachias publica o seu “Questões Médicas”. Pai da 
Medicina Legal;
5) 1864, Itália. Cesare Lombroso e o sistema antropométrico de identificação 
humana;
6) 1866, Chicago, EUA. Allan Pinkerton cria a Técnica de Fotografia Forense.
7) 1891, Argentina. Juan Vucevitch cria a Icnofalangometria;
8) 1892, Áustria. Hans Gross “funda” a Criminalística;
9) 1933, EUA. A criação do F.B.I.; 
10) 1980, EUA. DNA surge como forma de identificação humana;
Conceitos Básicos em Criminalística
⇒Prova Pericial: Prova jurídica, produzida no curso da investigação policial ou processo judicial, 
apta a formar convencimento sobre determinado fato;
⇒Laudo Pericial: Documento emitido por Perito Oficial, com valor probatório; 
⇒Prova direta: Comprova fato sem a necessidade de exercício de raciocínio;
⇒Prova indireta: Pressupõe um raciocínio indutivo. São os indícios e presunções;
⇒Vestígio: Sinal ou marca, potencialmente apta a demonstrar algo, em uma cena de crime, 
antes de sua análise e interpretação;
⇒Evidência: Vestígio devidamente interpretado e analisado, e que teve sua vinculação com o 
delito comprovada cientificamente; 
⇒Presunção: Fato pressuposto com base em outro fato, incontroversamente existente. Absoluta 
e relativa;
⇒Indício: Vestígio, Evidência ou Presunção indiretas, relativamente a outro fato relevante, que, 
através de um processo dedutivo, chega a uma conclusão probabilística sobre o fato principal.
PRINCIPIOLOGIA
1º) Princípio da Observação. “Todo contanto deixa uma 
marca” (Edmund Locard);
2º) Princípio da Análise pelo Método Científico;
3º) Princípio da Interpretação ou Individualidade;
4º) Princípio da Oficialidade e Documentação;
Ainda:
⇒Fundamentação em leis científicas;
⇒Independência entre conclusões e métodos;
⇒Independência do tempo;
METODOLOGIA DA PESQUISA 
EM CIÊNCIAS FORENSES
1º) Método Indutivo = tendência à generalização;
2º) Método Dedutivo = mais confiável e menos ambicioso;
3º) Método Hipotético-Dedutivo = “risco” e senso crítico;
4º) Método Comparativo = ideal para análise de padrão;
5º) Método Monográfico = “poluído” e pouco objetivo;
6º) Método Observacional = observação direta de um fenômeno ;
Prova Penal e
 Perícia Criminal
• Não-tarifada (Não existe forma nem hierarquia);
• Persuasão Racional (art. 157 CPP);
• Princípio das Cargas probatórias (ônus da prova);
• Vedação à prova obtida por meio ilícito (Princípio da 
Proporcionalidade pro reo);
• Classificação: Plena ou não-plena; direta ou indireta; real, 
pessoal ou documental;
• Espécies: Testemunhal, documental, pericial, outras;
• Prova Pericial Emprestada;
• Indício, vestígio e evidência; Presunções juris tantum e juris 
et de jure;
Prova Penal e
 Perícia Criminal
• Perícia como Verdade Real (Prova Tarifada);
• Desconstrução do sistema de livre 
convencimento motivado;
DIREITO PROBATÓRIO E PERÍCIA 
TÉCNICO-CIENTÍFICA: Localística Forense e RSF
000
MUNDO DOS FATOS CRIMINAIS MUNDO 
PROCESSUAL-PENAL
SUBSUNÇÃO
“Quod non est in actis 
non est in mundo (O que 
não está nos autos, não 
está no mundo).”
Exs:Leis da Física
Relações Sociais
<<< P R O V A S >>>
*TENTATIVA
Iter Criminis = Itinerário do Crime
(cogitação/preparação/execução/consumação)
(art. 14, II, CP = tentativa>>iniciada a execução)
A Prova Pericial no CPP
• Vestígios e crimes materiais;
• Requisitos objetivos das Perícias no CPP:
a) Prazos para entrega do Laudo (art. 160 par. Único); 
b) Fotografias (art. 164); 
c) Divergênciaentre Peritos (art. 180);
d) Formalidades e novo Laudo (art. 181 caput e par. único); 
e) Local alterado; (art. 169 par. Único) 
f) Procedimentos;
• A Cadeia de Custódia;
• Dos Peritos: arts. 251 e seguintes; arts. 275 e seguintes;
• Providências por parte da Polícia: art. 6° do CPP;
DOS PERITOS E DO PRAZO PARA 
ENTREGA DO LAUDO PERICIAL
“Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde 
descreverão minuciosamente o que examinarem, e 
responderão aos quesitos formulados. 
Parágrafo único.  O laudo pericial será elaborado no 
prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser 
prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos 
peritos.”
 “Art. 161.  O exame de corpo de delito poderá ser feito 
em qualquer dia e a qualquer hora.”
DA FORMAÇÃO DO PERITO 
”Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão 
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso 
superior. 
        § 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) 
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior 
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação 
técnica relacionada com a natureza do exame. 
        § 2o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e 
fielmente desempenhar o encargo. 
       
DA FOTOGRAFIA OBRIGATÓRIA
“Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição 
em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, 
todas as lesões externas e vestígios deixados no local do 
crime.”
DIVERGÊNCIA ENTRE PERITOS
“Art. 180.  Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas 
no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou 
cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade 
nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade 
poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.”
       
OMISSÃO, OBSCURIDADE E 
CONTRARIEDADE EM LAUDOS - NULIDADES
“Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de 
omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará 
suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.  
Parágrafo único.  A autoridade poderá também ordenar que se proceda a 
novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.”
O JUIZ E AS CONCLUSÕES DO PERITO – 
PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO 
MOTIVADO 
Art. 182.  O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo 
ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Art. 184.  Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a 
autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, 
quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
AS PARTES E OS ASSISTENTES 
TÉCNICOS
“Art. 159 (...) 
§ 3o  Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente 
de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a 
formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão 
pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do 
laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas 
desta decisão. ”
“§ 5o  Durante o curso do processo judicial, é permitido às 
partes, quanto à perícia: 
    I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova 
ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de 
intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas 
sejam encaminhados com  antecedência  mínima de 10 (dez) 
dias, podendo apresentar as respostas em laudo 
complementar; 
   II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar 
pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em 
audiência. ”
“§ 6o  Havendo requerimento das partes, o material 
probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado  
no  ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua 
guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos 
assistentes, salvo se for impossível a sua conservação. 
 § 7o  Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de 
uma área de conhecimento especializado, poder-se-á 
designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte 
indicar mais de um assistente técnico. ”
    
       
“Art. 280.  É extensivo aos peritos, no que Ihes for 
aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.”
“Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
  I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do 
Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
   II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como 
testemunha;
   III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de 
direito, sobre a questão;
   IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que 
forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o 
terceiro grau, inclusive.”
       
 ”Art. 275.  O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à 
disciplina judiciária.
 Art. 276.  As partes não intervirão na nomeação do perito.
 Art. 277.  O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar 
o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo 
escusa atendível.
 
Parágrafo único.  Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa 
causa, provada imediatamente:
        a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
        b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
        c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja 
feita, nos prazos estabelecidos.”
Art. 278.  No caso de não-comparecimento do perito, sem justa 
causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.
 Art. 279.  Não poderão ser peritos:
        I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito 
mencionada nos incisos I e IV do art. 69 do Código Penal;
        II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou 
opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
        III - os analfabetos e os menores de 21 anos.”
“Art. 281.  Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados 
aos peritos.”
OBRIGAÇÕES POR PARTE DAS POLÍCIAS 
“Art. 6o  Logo que tiver conhecimento da prática da infração 
penal, a autoridade policial deverá:
        I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado 
e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
      II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após 
liberados pelos peritos criminais; 
   III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e 
suas circunstâncias;”
“IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo 
III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas 
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
 VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a 
quaisquer outras perícias;
 VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, 
e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
   IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, 
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e 
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para 
a apreciação do seu temperamento e caráter.”
ROL DE PERÍCIAS ELENCADAS 
PELO CPP
1° )  REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS:
“Art. 7o  Para verificar a possibilidade de haver a infração 
sido praticada de determinado modo, a autoridade policial 
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde 
que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.”;
2º) INCIDENTE DE FALSIDADE (PERÍCIA 
DOCUMENTOSCÓPICA):
“Art. 147.  O juiz poderá, de ofício, proceder à verificaçãoda falsidade.”;
“Art. 174.  No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, 
observar-se-á o seguinte:
        I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada 
para o ato, se for encontrada;
        II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita 
pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu 
punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida;
        III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os 
documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes 
realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados;
        IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os 
exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se 
estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser 
feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será 
intimada a escrever.”
3º) INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL:
“Art. 149.  Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de 
ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, 
descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.”;
*LEI 7.210/84 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEP):
“Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e 
semi-imputáveis referidos no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafo único, do 
artigo 88, desta Lei.
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessários ao tratamento são 
obrigatórios para todos os internados.
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, segunda parte, do Código 
Penal, será realizado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local 
com dependência médica adequada.”
Imputabilidade Penal 
e Medida de Segurança
INIMPUTÁVEIS
(art. 26 CP)
SEMI-IMPUTÁVEIS
(art. 26, §ú, CP)
IMPUTÁVEIS
Internação IPF
 (reclusão) 
 
OU
 
Tratamento
 (detenção) 
Isenção de pena 
(art. 26 caput)
+
Aplicação de
Medida de Segurança
(art. 97 CP)
Pena reduzida de 
1/3 até 2/1 (art. 26, §ú)
OU
Substituição 
por Medida 
De Segurança
Não se aplica
Medida de Segurança
Imputabilidade e Ato Infracional
• Lei n. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente;
• Ato infracional = conduta descrita como crime ou contravenção penal praticado por 
menor de 18 anos na data do fato;
• Medidas sócio-educativas = substiuem as penas; 
 a) Advertência; 
 b) Reparação do dano; 
 c) PSC; 
 d) Liberdade assistida; 
 e) Semiliberdade; 
 f) Internação; 
 g) Outras medidas de proteção (menores abandonados, mal-cuidados ou mal-comportados); 
4º) EXAME DE CORPO DE DELITO:
“Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de 
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do 
acusado.”;
5º) EXAME DE NECROPSIA:
“Art. 162.  A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se 
os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita 
antes daquele prazo, o que declararão no auto.”;
6º) EXUMAÇÃO:
“Art. 163.  Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade 
providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a 
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.”;
7º) EXAME ANTROPOLÓGICO-FORENSE:
“Art. 166.  Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, 
proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e 
Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, 
lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá 
o cadáver, com todos os sinais e indicações.”;
8º) PERÍCIA DE LEVANTAMENTO DE LOCAL DE CRIME 
(LOCALÍSTICA FORENSE):
“Art. 169.  Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a 
infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere 
o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus 
laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.”
9º) PERÍCIAS LABORATORIAIS:
“Art. 170.  Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material 
suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os 
laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, 
desenhos ou esquemas.”;
10º) PERÍCIA PAPILOSCÓPICA EM LOCAIS DE FURTO E ARROBAMENTO: 
“Art. 171.  Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a 
subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os 
vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época 
presumem ter sido o fato praticado.”;
11º) PERÍCIA DE AVALIAÇÃO:
“Art. 172.  Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, 
deterioradas ou que constituam produto do crime.”;
12º) PERÍCIA EM LOCAL DE INCÊNCIO:
“Art. 173.  No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que 
houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o 
patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias 
que interessarem à elucidação do fato.”;
13º) PERÍCIAS EM OBJETOS:
“Art. 175.  Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da 
infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.”;
OUTROS DISPOSITIVOS LEGAIS 
SOBRE PERÍCIA CRIMINAL:
⇒14º) PERÍCIA AMBIENTAL:
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 – LEI DE 
CRIMES AMBIENTAIS:
 Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, 
sempre que possível, fixará o montante do prejuízo 
causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de 
multa.
SENSORIAMENTO REMOTO E 
GEOPROCESSAMENTO APLICADO À PERÍCIA 
CRIMINAL
-“Ciência que deriva informações de um objeto à partir de 
medidas feitas à distância, sem contato físico direito com o 
mesmo” (SCHOWENGERDT, 1983)
-FERRAMENTAS UTILIZADAS: 
GOOGLE EARTH (mais utilizada)
OUTRAS: CATÁLOGO DE IMAGENS; IMAGENS LANDSAT; 
IMAGENS CBERS; IMAGENS SRTM E ASTER GDEM; 
MOSAICOS GEOCOVER LANDSAT; IMAGENS DO SATÉLITE 
ALOS; SPRING; MONITORAMENTO AMBIENTAL; 
QUEIMADAS; DESMATAMENTOS DA AMAZÔNIA;
SENSORIAMENTO REMOTO E 
GEOPROCESSAMENTO APLICADO À PERÍCIA 
CRIMINAL
-“SIG ou GIS
ARQUIVOS VETORIAIS; ARQUIVOS RASTER (PIXELS); TABELAS 
ASSOCIADAS; 
-APLICAÇÕES
TOPOGRAFIA E CÁLCULO DE ÁREA, DE DISTÂNCIAS E DE DECLIVIDADE; 
-GNSS (Global Navigation Satelitte System):
 
GPS (Global Positioning System)
DGPS (Direfencial Global Position System)
GPS RTK (Real Time Kinesic)
GLONASS (Rússia)
GALILEO )Europa)
COMPASS (China)
⇒15ª) Perícia Contábil Forense
⇒ Norma Brasileira de Contabilidade T 13, aprovada 
pela Resolução nº 858/99 do CFC;
⇒Mais operada pelo DPF;
⇒ Crimes da Lei 8.666/93 (Licitações e Contratos);
⇒Escrituração em meio eletrônico: Resolução nº 
1.005/2005 do CFC;
⇒15ª) Perícia Contábil Forense
⇒ Norma Brasileira de Contabilidade T 13, aprovada 
pela Resolução nº 858/99 do CFC;
⇒Mais operada pelo DPF;
⇒ Crimes da Lei 8.666/93 (Licitações e Contratos);
⇒Escrituração em meio eletrônico: Resolução nº 
1.005/2005 do CFC;
⇒Perícia Contábil Forense
⇒ SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
(SIAFI): Administra a contabilidade pública de forma 
eletrônica desde 1987 na esfera federal do setor público 
brasileiro;
⇒ Sistema Público de Escrituração Digital (SPED): Unificou a 
recepção, validação, armazenamento, e autenticação de 
livros e de documentos contábeis e fiscais das sociedades 
empresariais.
⇒Subprojetos:
1) Escrituração Contábil Digital;
2) Escrituração Fiscal Digital;
3) Nota Fiscal Eletrônica; 
⇒Perícia Contábil Forense
⇒ Objetos: 
1) Escrituração Contábil (livros contábeis, livro 
diário, livros sociais e livros fiscais); 
2) Informações tributárias;
3) Contabilidade informal (Caixa 2);
-Exames Periciais realizados:
1) Merceologia (contrabando e descaminho);2) Contábil pura;
3) Econômico-Financeira;
⇒16ª) Perícia Digital (Informática 
Forense)
Lei nº 12.965/2014 – Marco Civil da Internet;
⇒Direitos e garantias dos usuários;
⇒ Neutralidade da Rede;
⇒ Guarda, Proteção e Requisição Judicial de Registros;
⇒ Controle Paretal;
⇒ Tipos penais = Crimes contra a honra; Invasão de dispositivo 
informático (art. 154-A e 154-B CP); Furto e Dano; Violação de 
Direitos Autorais; Pornografia infantil (ART. 241 ECA); Pirataria 
(art. 12 L. 9.609/98); Interceptação informática (art. 10 L. 
9.296/96); 
=> 17º) PERÍCIA DE TRÂNSITO:
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 – CÓDIGO DE 
TRÂNSITO BRASILEIRO: 
Art. 277.  O condutor de veículo automotor envolvido em acidente 
de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser 
submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento 
que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo 
Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância 
psicoativa que determine dependência.     
 Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo 
equipado com registrador instantâneo de velocidade e tempo, 
somente o perito oficial encarregado do levantamento pericial 
poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.
LOCAL DE MORTE
⇒O termo “Local de Crime” seria inadequado, já que a perícia de 
levantamento de local de crime seria encarregada de realizar o 
diagnóstico diferencial entre homicídio, suicídio e acidente em uma 
morte aparentemente violenta;
⇒É toda a área onde, necessária ou presumivelmente, tenham 
ocorrido os atos de execução do delito, e os atos com ele 
diretamente relacionados;
⇒Local imediato: onde se deram os atos de execução;
⇒Local mediato: as adjacências do local imediato, onde se 
encontraram vestígios;
⇒Local aberto e fechado;
⇒Local isolado e não-isolado;
⇒Guarnecimento do local;
⇒Local preservado e não preservado;
OBJETIVOS DO LEVANTAMENTO 
DE LOCAL DE MORTE:
a) Constatar a materialidade do delito;
b) Circunstanciar a infração penal;
c) Coletar vestígios da autoria do delito;
d) Perpetuação do local e dos vestígios coletados, através de:
I. Levantamento descritivo; 
II. Levantamento fotográfico; 
III. Levantamento topográfico; 
IV. Levantamento papiloscópico; 
V. Levantamento dos vestígios em particular;
VI. Levantamento perinecroscópico; 
VII. Moldagens; 
e) Legalização do indício;
IMPLICAÇÃO PROCESSUAL DA 
DETERMINAÇÃO PERICIAL DO LOCAL DE 
CRIME – DA COMPETÊNCIA
“ Art. 69.  Determinará a competência jurisdicional:
I.  o lugar da infração;
II.       a domicílio ou residência do réu;
III.       a natureza da infração;
IV.       a distribuição;
V.       a conexão ou continência;
VI.       a prevenção;
VII.       a prerrogativa de função.
 Art. 70.  A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se 
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for 
praticado o último ato de execução.
        § 1o  Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se 
consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que 
tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
       § 2o  Quando o último ato de execução for praticado fora do território 
nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora 
parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
    § 3o  Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou 
quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada 
nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela 
prevenção.
Art. 71.  Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em 
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela 
prevenção.”
 ”Art. 76.  A competência será determinada pela conexão:
      I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao 
mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em 
concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas 
contra as outras;
        II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar 
ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em 
relação a qualquer delas;
        III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas 
circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
 Art. 77.  A competência será determinada pela continência quando:
        I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
        II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, 
§ 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal.”
A CADEIA DE CUSTÓDIA
=>É toda a seqüencia de posse de vestígios por parte
da autoridade pericial visando sua análise e interpretação;
=>Engloba a coleta, o traslado, o recebimento e o armazenamento 
das evidências, devidamente observados os protocolos científicos 
(recipientes, etiquetagem, lacre, etc);
=> Rastreamento da cadeia de custódia e nulidades processuais;
=>Ausência de normatividade procedimental legislativa;
=>Diagnóstico da Perícia Criminal no Brasil. SENASP, 2012;
“Um dos elementos fundamentais para se 
compreender os processos de trabalho da 
atividade pericial é a existência e o funcionamento 
da cadeia de custódia dos vestígios. Ela é essencial 
para a validação da prova técnica uma vez que 
possibilita a rastreabilidade do vestígio, ou seja, 
assegura o vínculo entre o material periciado e o 
fato investigado. A cadeia de custódia também 
possibilita documentar a cronologia da evidência e 
quem foram os responsáveis por seu manuseio.” 
(Estudo SENASP, 2013, pág. 70);
“O Brasil não tem uma normativa geral sobre 
cadeia de custódia e o mesmo ocorre na grande 
maioria dos Estados, que ainda encontram 
fragilidades na gestão da atividade pericial. 
Apesar da ausência de normas formalizadas é 
possível, porém, identificar elementos que 
demonstram a existência mais ou menos 
consistente de cadeia de custódia nas atividades 
periciais.” (Estudo SENASP 2012, pág. 71);
OBS: Em 2014, o MJ publicou a Portaria nº 82, de 16/07/2014, 
que regulamentou alguns aspectos sobre a Cadeia de Custódia;
• DIRETRIZES SOBRE CADEIA DE CUSTÓDIA
• 1. Da cadeia de custódia
• 1.1. Denomina-se cadeia de custódia o conjunto de todos os 
procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica 
do vestígio, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu 
reconhecimento até o descarte.
1.2. O início da cadeia de custódia se dá com a preservação do local de 
crime e/ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja 
detectada a existência de vestígio.
1.3. O agente público que reconhecer um elemento como de potencial 
interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua 
preservação.
1.4. A busca por vestígios em local de crime se dará em toda área 
imediata, mediata e relacionada.
1.5. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas 
seguintes etapas: a. reconhecimento: consiste no ato de distinguir um 
elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial;
b. fixação: é a descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no 
local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, 
ilustrada por fotografias, filmagens e/ou croqui; 
• c. coleta: consiste no ato de recolher o vestígio que será submetido à análise 
pericial respeitando suas características e natureza;
• d. acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é 
embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, 
químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e 
nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
e. transporte: consiste no ato de transferir o vestígio de um local para o outro, 
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, etc.), 
de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como 
o controle de sua posse;
f. recebimento:ato formal de transferência da posse do vestígio que deve ser 
documentado com, no mínimo, as seguintes informações: número de 
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, 
nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do 
exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem recebeu;
g. processamento: é o exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo 
com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e 
químicas, a fim de se obter o resultado desejado que deverá ser formalizado 
em laudo;
• h. armazenamento: é o procedimento referente à guarda, em condições 
adequadas, do material a ser processado, guardado para
realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação 
ao número do laudo correspondente;
i. descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a 
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
• 2. Das etapas da cadeia de custódia
• 2.1. As etapas da cadeia de custódia se distribuem nas fases externa e 
interna.
2.2. A fase externa compreende todos os passos entre a preservação do 
local de crime ou apreensões dos elementos de prova e a chegada do 
vestígio ao órgão pericial encarregado de processá-lo, compreendendo, 
portanto:
a. preservação do local de crime;
b. busca do vestígio;
c. reconhecimento do vestígio;
d. fixação do vestígio;
e. coleta do vestígio;
f. acondicionamento do vestígio;
g. transporte do vestígio;
h. recebimento do vestígio.
• 2.3. A fase interna compreende todas as etapas entre a 
entrada do vestígio no órgão pericial até sua devolução 
juntamente com o laudo pericial, ao órgão requisitante da 
perícia, compreendendo, portanto:
• a. recepção e conferência do vestígio;
b. classificação, guarda e/ou distribuição do vestígio;
c. análise pericial propriamente dita;
d. guarda e devolução do vestígio de prova;
e. guarda de vestígios para contraperícia;
f. registro da cadeia de custódia.
• 3. Do manuseio do vestígio
•
3.1. Na coleta de vestígio deverão ser observados os seguintes requisitos 
mínimos:
a. realização por profissionais de perícia criminal ou, excepcionalmente, na 
falta destes, por pessoa investida de função pública, nos termos da 
legislação vigente;
b. realização com a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) 
e materiais específicos para tal fim;
c. numeração inequívoca do vestígio de maneira a individualizá-lo.
3.2. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado 
pela natureza do material, podendo ser utilizados: sacos plásticos, 
envelopes, frascos e caixas descartáveis ou caixas térmicas, dentre outros.
3.3. Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração 
individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e idoneidade do 
vestígio durante o transporte.
3.4. O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas 
características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência 
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo.
• 3.5. Todos os vestígios coletados deverão ser registrados individualmente 
em formulário próprio no qual deverão constar, no mínimo, as seguintes 
informações:
a. especificação do vestígio;
b. quantidade;
c. identificação numérica individualizadora;
d. local exato e data da coleta;
e. órgão e o nome /identificação funcional do agente coletor;
f. nome /identificação funcional do agente entregador e o órgão de destino 
(transferência da custódia);
g. nome /identificação funcional do agente recebedor e o protocolo de 
recebimento;
h. assinaturas e rubricas;
i. número de procedimento e respectiva unidade de policia judiciária a que 
o vestígio estiver vinculado.
3.6. O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à 
análise e, motivadamente, por pessoas autorizadas.
3.7. Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de 
acompanhamento de vestígio o nome e matrícula do responsável, a data, 
o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre 
utilizado.
3.8. O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo 
recipiente.
• 4. Da central de custódia
• 4.1. Todas as unidades de perícia deverão ter uma central de custódia 
destinada à guarda e controle dos vestígios. A central poderá ser 
compartilhada entre as diferentes unidades de perícia e recomenda- se que 
sua gestão seja vinculada diretamente ao órgão central de perícia.
4.2. Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverá ser 
protocolada, consignando-se informações sobre a ocorrência/ inquérito 
que a eles se relacionam.
4.3. Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão 
ser identificadas e deverá ser registrada data e hora do acesso.
4.4. Quando da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações 
deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável 
pela tramitação, destinação, data e horário da ação.
4.5. O procedimento relacionado ao registro deverá:
a. ser informatizado ou através de protocolos manuais sem rasuras;
b. permitir rastreamento do objeto/vestígio (onde e com quem se 
encontra) e a emissão de relatórios;
c. permitir a consignação de sinais de violação, bem como descrevê-los;
d. permitir a identificação do ponto de rompimento da cadeia de custódia 
com a devida justificativa (responsabilização);
e. receber tratamento de proteção que não permita a alteração
dos registros anteriormente efetuados, se informatizado. As alterações por 
erro devem ser editadas e justificadas;
f. permitir a realização de auditorias.
• 5. Das disposições gerais
• 5.1. As unidades de polícia e de perícia deverão ter uma central de 
custódia que concentre e absorva os serviços de protocolo, possua local 
para conferência, recepção, devolução de materiais e
documentos, possibilitando a seleção, classificação e distribuição de
materiais. A central de custódia deve ser um espaço seguro, com
entrada controlada, e apresentar condições ambientais que não interfiram 
nas características do vestígio.
5.2. O profissional de perícia poderá devolver o vestígio em caso de não 
conformidade entre o conteúdo e sua descrição, registrando tal situação 
na ficha de acompanhamento de vestígio.
5.3. Enquanto o vestígio permanecer na Delegacia de Polícia deverá ser 
mantido em embalagem lacrada em local seguro e apropriado
a sua preservação. Nessa situação, caso haja necessidade de se abrir o 
lacre para qualquer fim, caberá à Autoridade Policial realizar diretamente 
a abertura ou autorizar formalmente que terceiro a realize, observado o 
disposto no item 3.7
Projeto de Emenda Constitucional (PEC) nº 499/2010:
⇒Foi apensada à PEC nº 325/2009 (inclusão da Perícia 
Oficial nas Funções essenciais à Justiça);
⇒A PEC 499 visa a inclusão da Perícia Oficial (seja ela 
agregada, ou não, a órgão policial) no rol de Instituições 
de Segurança Pública da CF/88 (art., 144, inc. IV);
⇒Sua aprovação teria como conseqüências diretas a 
resolução de conflitos legais existentes, sobretudo quanto 
ao porte legal de arma de fogo e a aquisição de munição 
para uso pericial;
⇒Além da valorização da carreira pericial e normatização 
da cadeia de custódia de evidências criminais;
ORGANOGRAMA 
DO
 INSTITUTO-GERAL
DE PERÍCIAS DO RS
(fonte: http://www.igp.rs.gov.br)
“Mais da metade das unidades centrais de 
Criminalística (Tabela 18) de Medicina Legal 
(Tabela 19) e de Identificação (Tabela 20) 
responderam que os vestígios não são lacrados 
quando coletados no local de crime e não são 
guardados em local seguro e que preserve suas 
características. Não há também rastreabilidade 
dos vestígios na maioria dessas unidades. Em 
conjunto, esses dados apontam para a 
inexistência de procedimentos de cadeia de 
custódia na Criminalística. “ (Estudo SENASP, 
2013, pág. 78);
“O que funciona, enfim, é tão somente a parte 
burocrática pertinente ao protocolo de 
recebimento e encaminhamento dos vestígios 
dentro das unidades.A exceção diz respeito aos 
laboratórios de DNA, que por serem mais 71 
recentes e melhor estruturados apontam um 
pouco mais de robustez nos procedimentos 
pertinentes à cadeia de custódia, conforme se 
verifica na Tabela 22.” (Estudo SENASP, 2012, 
pág., 81);
“A cadeia de custódia é de extrema importância, 
mas por si não assegura a qualidade no 
processamento do vestígio. Para tanto é 
necessária a padronização dos procedimentos 
operacionais e a existência de um sistema de 
aferição da qualidade dos equipamentos 
utilizados. A padronização de procedimentos 
determina a forma correta de se realizar um 
exame e possibilita que eles sejam realizados 
sempre da mesma forma, ou seja, que possam ser 
repetidos por diferentes profissionais e cheguem 
ao mesmo resultado.” (Estudo SENASP 2013, pág. 
82);
O LAUDO PERICIAL
⇒Natureza, quesitos e teses jurídico-penais;
⇒Partes constitutivas;
⇒Laudo, Ofício-informação e Informação;
⇒A dependência do laudo de RSF com dos demais 
laudos periciais; Subjetividade?
⇒A qualidade dos laudos periciais (Estudo 
SENASP, 2013);
⇒É o documento pelo qual o perito 
instrumentaliza suas conclusões nos autos, 
após analisar e interpretar os vestígios 
apresentados;
⇒Deve observar todas as determinações legais, 
visando não incorrer em nulidade. Exs: 1) 
Curso superior e pertinência temática do 
diploma; 2) Fotografia do encontro de cadáver; 
3) Rubrica em fotografia; 4) Laudo inconclusivo 
e conhecimento técnico;
PLANOS DO ATO JURÍDICO PERFEITO Art. 
5º, XXXVI, CF; art. 3º, par. 3º, da LICC;
• Ato Jurídico Perfeito, Coisa Julgada e Direito 
Adquirido = DIREITOS FUNDAMENTAIS;
• EXISTÊNCIA = no mundo JURÍDICO;
• VALIDADE = não contém NULIDADE;
• EFICÁCIA = não contém DEFEITOS (ou seja, apto a 
produzir EFEITOS)
Independência 
das esferas jurídicas e prova emprestada
CÍVEL
=Coisa Julgada Formal 
e Material
PENAL
=Efeitos, no cível, da 
sentença penal 
condenatória
ADMINISTRATIVA
A PROVA PERICIAL EMPRESTADA 
⇒ É aquela prova produzida em um processo ou 
procedimento, e importada documentalmente 
para outro processo ou procedimento;
⇒ (Re)Produção da prova perante a parte 
demandada;
⇒ Prova Ilícita (pura e por derivação) do art. 5º, 
inc. LVI da CF/88;
⇒ Ponderação de valores (Proporcionalidade e 
Razoabilidade:
QUESITOS:
Em geral, podem ser:
=>Específicos: Devem ser apresentados juntamente com o Ofício 
de solicitação do exame; Não impedem o perito de avançar nas 
conclusões, desde que dentro do quesito final genérico (“Outros 
dados que julgar úteis”); ou
⇒Genéricos: Quando a pergunta elaborada é generalizada, ou 
quando não for solicitado nenhum quesito específico, junto à 
solicitação do exame; Restringem o espectro da interpretação à 
descrição do objeto; Bastante comuns em levantamento de cenas 
de crime, pela imediatidade dos fatos ;
⇒Sucessivos: Quando o quesito específico condiciona a resposta a 
uma outra pergunta. “Era falso? Se sim, de que natureza?”;
TESES JURÍDICO-PENAIS E QUESITOS
⇒É de fundamental importância que o perito 
criminal conheça as teses a serem levantadas no 
juízo criminal, sobretudo, no que se refere à 
autoria e materialidade, bem como relativas à 
Teoria Geral do Delito;
⇒Em última análise, o laudo pericial irá sempre 
tentar responder, dentro do possível, às teses 
(quesitos) sustentadas em juízo;
 Ius puniendi : O Estado, enquanto Soberano, detém o 
monopólio do Direito de punir, que abrange a Persecuito Criminis. 
 ➔Persecução Penal 
1) Legislar sobre Crimes (=Legislativo)
2) Investigar (=PC), Reprimir, Previnir (=BM), 
3) Produzir Provas (=IGP) (=Executivo),
4) Denunciar (=MP), Condenar (=Judiciário), 
5) Executar a Pena (=SUSEPE) (=Executivo);
 
Alguns aspectos do fato típico de 
possível quesitação
• Art. 15 CP - Desistência voluntária e 
Arrependimento eficaz: 
 O autor responde só pelos atos já praticados; 
Desistência = tentativa; Arrependimento = 
consumação;
• Art. 16 – Arrependimento posterior: 
 É causa de diminuição de pena; Só para crimes sem 
violência ou grave ameaça; Ato voluntário de reparar 
o dano, até o recebimento da denúncia ou 
queixa-crime;
• Art. 17 CP – Crime Impossível:
 Não se pune a tentativa por ineficácia absoluta do meio;
• Art. 20 CP - Erro de Tipo:
 Erro sobre aspecto elementar do tipo penal; exclui o dolo, mas 
passível de culpa; só erro essencial;
• Erro de Proibição: Erro sobre a ilicitude do fato; Ex: Legitima 
Defesa Putativa;
• Erro na execução (aberratio ictus): responde pelo dolo 
específico; aplica-se o concurso formal do art. 73 CP, se for o 
caso;
• Resultado diverso do pretendido (aberratio delicti): 
responde pelo resultado diverso por culpa; aplica-se o concurso 
formal do art. 73 CP, se for o caso;
• Conflito aparente de normas: Princípios da especialidade, 
subsidiariedade, consunção e alternatividade (ação múltipla); É 
exceção ao concurso formal do art. 70 CP;
 
 
 
Consumação e Tentativa
• Art. 14, I, CP; crimes materiais, formais e de mera conduta = 
RESULTADO;
• Crimes instantâneos e crimes permanentes;
• Não cabe tentativa de crime culposo nem de Contravenção 
Penal;
• Iter criminis:
cogitação preparação execução 
CONSUMAÇÃOFATO IMPUNÍVEL
 TENTATIVA 
(crimes materiais dolosos)
FATO PUNÍVEL
A ANTIJURIDICIDADE (ATO ILÍCITO)
• É o fato típico que não encontra justificativa (excludente de 
ilicitude);
• Consciência (potencial) da ilicitude (é um elemento da 
Culpabilidade);
• Art. 23 CP – Excludentes de ilicitude: 
1) Legítima defesa; 
2) Estado de necessidade;
3) Estrito cumprimento do dever legal; 
4) Exercício regular de direito;
• Dirimentes: “não é punível (...)”; “é isento de pena (...)”; 
Consentimento do ofendido (para direitos disponíveis);
A CULPABILIDADE 
=> Grau de reprobabilidade da conduta praticada
• Teoria psicológica: Dolo ou culpa + imputabilidade + exibilidade de 
conduta diversa;
• Teoria psicológico-normativa: Dolo ou culpa + Reprobabilidade 
(imputabilidade + potencial consciência da ilicitude + exigibilidade de 
conduta diversa);
• Teoria normativa pura (finalista) = Esvazia a Culpabilidade; 
a) Imputabilidade + b) potencial consciência da ilicitude + 
c) exigibilidade de conduta diversa; 
Dolo e Culpa migram para o Tipo Penal;
Imputabilidade
• Capacidade de compreender o caráter ilícito do 
ato praticado ao tempo da ação;
• Maioridade penal: 18 anos (art. 27 CP);
• Doença mental (art. 26 e §ú, CP)
• Embriaguez voluntária (não isenta nem reduz), 
fortuita completa (isenta) e fortuita imcompleta 
(reduz) (art 28, II, CP); actio libera in causa;
• Semi-imputabilidade;
(In)Exigibilidade de Conduta Diversa
• Caso seja inexigível agir-se de outra forma, 
está afastada a Culpabilidade;
Ex: Porte ilegal de arma, por pessoa de idade 
avançada, que reside em local inseguro;
Fixação da Pena Privativa de Liberdade 
(art. 69 CP)
• 1ª. Fase: art. 59 CP, “Pena-Base”:
 Circunstâncias judiciais: culpabilidade, os antecedentes, 
conduta social, motivos, conseqüencias e circunstâncias do 
crime, e o comportamento da vítima;
• 1º) Fixa a pena; 2º) Fixa a quantidade de pena; 3º) Fixa o 
regime inicial de cumprimento; 4º)Substitui a PPL, se 
possível;
 
2ª Fase: art. 61, 62 e 65 CP, “Pena provisória”:
Circunstâncias atenuantes e agravantes (legais);
1) Art. 61 – Agravantes genéricas:
a) (I) Reincidência (art. 63);
b) (II) Motivo fútil, torpe; facilitar, ocultar, assegurar crime; envenenar, 
incendiar, explodir, torturar a vítima; contra parentes; abusando de 
autoridade qualquer ou de profissão, ou contra vilnerável; em desgraça 
particular; premeditadamente embriagado.
c) (Art. 63) Concurso de Pessoas (participação efetiva);
2) Art. 65 – Atenuantes genéricas:
a) (I) Agente menor de 21 anos, na data do fato; (II) desconhecer a lei; 
(III) motivos especiais; arrependimento posterior; coação resistível ou 
ordem ilegal ou sob influencia de violenta emoção; confissão; em 
tumulto não provovocado; 
b)(art. 66) Circunstância especial não prevista em lei; 
3) Art. 67 - Concurso entre atenuantes e agravantes: Verificar 
circunstâncias preponderantes e aproximar a pena do limite indicado; 
3ª Fase: Causas de aumento e diminuição 
de pena (Circunstâncias Legais 
Específicas);
 Estão na parte especial, ao lado do caput 
dos tipos penais. 
 Ex: art 121, § 1º (motivo de relevante valor moral 
ou social); art. 122, §ú (induzimento ao suicídio por 
motivo egoístico);
CONCURSO DE CRIMES
• Concurso material – art. 69 CP; Há pluralidade de 
condutas e de crimes; Aplica-se cumulativamente as penas, a começar 
pela de reclusão; é a regra geral; pode ser homogêneo ou heterogêneo;
• Concurso formal – art. 70 CP; Há unicidade de 
conduta (uma dolosa e outra culposa, ou as duas culposas) e 
pluralidade de crimes; Aplica-se a pena mais grave aumentada de 1/6 
até ½, salvo dolo específico em ambos, caso em que se aplica o 
concurso material; pode ser perfeito ou imperfeito (é o concurso 
material);
• Crime continuado – art. 71 CP; Há pluralidade de 
condutas e de crimes, porém com execução similar em série e 
condições semelhantes; Aplica-se a mais grave aumentada de 1/6 até 
2/3; Pode ser real ou ficto; §ú = Em crimes dolosos, praticados com 
violência ou grave ameaça, pode aumentar a pena do crime mais grave 
até 3 vezes;
 
Concurso de Pessoas
• Art. 29, CP - Co-autoria e Participação; Concurso 
eventual e necessário;
• Vínculo subjetivo entre os agentes;
• Pode ocorrer co-autoria em crime culposo, mas não 
participação. 
• Autoria mediata e imediata: executor e mentor; 
Delação premiada;
Princípios do Direito Processual Penal 
aplicáveis ao Laudo Pericial
• Devido Processo legal (art. 5º, inciso LIV, CF/88);
• Contraditório e ampla Defesa (inc. LV);
• Vedação à prova obtida por meios ilícitos (inc. LVI);
• Proporcionalidade e Razoabilidade (Doutrina e Jurispr.);
• Presunção de Inocência (inc. LVII);
• Publicidade, salvo exceções (inc. LX);
• Juiz Natural (inc. LIII);
• Inércia ou Iniciativa das partes (art. 129, I, CF/88);
• Impulso Oficial (art. 251 CPP);
• Livre Convencimento Motivado;
• Obrigatoriedade ou Oficiosidade;
• Ordem processual (preclusão);
O Inquérito Policial e a Perícia
• Procedimento administrativo prévio, 
facultativo, investigatório e inquisitivo, não 
cabendo Contraditório, mas admitindo Ampla 
Defesa; 
• Presidido pela autoridade Policial = Delegado 
de Polícia; 
• Todas as provas colhidas deverão ser 
renovadas no Processo, quando possível; Ex: 
art. 170 CPP; 
Outros expedientes de investigação aptos a 
solicitar laudo pericial
• Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI;
• Sindicância Administrativa;
• Inquérito Policial Militar – PM e Exército;
• Termo Circunstanciado – PM;
• Procedimento Investigatório do MP; 
• (Poder de Investigação X Controle Externo da 
atividade policial);
PARTES CONSTITUTIVAS DO LAUDO
I – Laudo de Levantamento de Local de morte
1) Dados documentais;
2) Preâmbulo: direcionamento; designação, equipe pericial;
3) Introdução; condições do tempo e de isolamento e 
guarnição do local;
4) Descrição do local;
5) Descrição da vítima;
6) Descrição da via pública;
7) Exames periciais realizados;
8) Considerações técnicas;
9) Resposta aos quesitos (raro);
10) Considerações finais;
11) Fotografias e croquis;
II – Laudo de RSF
1) Dados documentais;
2) Preâmbulo;
3) Considerações Iniciais;
4) Metodologia;
5) Local dos fatos;
6) Versões apresentadas/Hipóteses (fotografias);
7) Exames periciais anteriores;
8) Outros documentos;
9) Considerações técnicas;
10) Conclusões;
11) Resposta aos quesitos;
12) Considerações finais;
III – Laudo de falsificação
1) Dados documentais;
2) Preâmbulo;
3) Descrição do objeto questionado;
4) Descrição do objeto padrão;
5) Objetivo do exame;
6) Equipamento e metodologia utilizados;
7) Identificação do objeto original;
8) Resultados;
9) Conclusões;
10) Resposta aos quesitos;
IV Laudo Pericial Diverso
• Via de regra, vai possuir uma estrutura simplificada, 
tal como: 1- Objeto remetido a exame; 2- 
Metodologia e procedimentos; 3- Resultados; 4- 
Conclusões; 5- Resposta aos quesitos; 6- 
Considerações finais; 
• É todo aquele exame pericial inominado ou atípico, 
que não possui um enquadramento setorial prévio, 
como as armas e os projetis de arma de fogo 
(Balística Forense), ou os documentos e escrituras 
(Documentoscopia Forense).
• CONCLUSÕES
•
• Diante do exposto e a partir dos recursos e 
equipamentos disponíveis nesse Departamento, 
concluímos que o pé esquerdo do par de tênis de nº 
2, descrito no item 1, é compatível com a pegada 
registrada no local dos fatos, pois apresentada 
convergências de tamanho (30 cm) e de formato do 
respectivo molde do soldado, bem como do próprio 
desgaste do solado, apresentado pelo material de 
nº 2, enviado para exame. O material de nº 1 não 
apresenta compatibilidade com a pegada do local 
dos fatos.
Normatividade Interna do órgão 
pericial
• Regramentos internos, normalmente, regulam 
a utilização de padrões em técnicas e 
metodologias periciais;
• São atos administrativos ordinatórios aqueles 
que visam a disciplina do funcionamento da 
Administração e a conduta funcional de seus 
agentes.
São os atos ordinatórios subdivididos em:
• Instruções – são as ordens escritas e gerais 
que emanam do superior hierárquico e que 
visam atingir e orientar seus subordinados 
dentro de suas funções e atribuições;
• Circulares – ordens de serviço escritas que são 
expedidas a todos os funcionários do serviço 
público, visando o ordenamento do serviço;
• Portarias – atos internos determinantes 
pessoal ou genericamente de designação de 
funcionários a determinados cargos e funções;
• Avisos – são aqueles atos emanados dos Ministros de 
Estado tratando de assuntos relativos à sua pasta;
• Ordens de serviço - As ordens de serviço são as 
determinações que visem a autorizar ou desautorizar 
certa e especificamente a pessoas determinadas da 
realização de serviço público;
• Ofícios – Comunicações escritas de autoridades entre si 
ou a subordinados e seus superiores;
• Despachos – decisões proferidas em requerimentos e 
processos administrativos;
O Laudo, o Ofício-informação e a 
Informação
1) Laudo Pericial: É emitido quando o perito 
consegue realizar o exame. Não é 
imprescindível a conclusão, pois o perito 
pode ficar impossibilitado, devido a falta 
subsídios científicos, de aprofundar hipóteses 
e dinâmicas possíveis, sob pena de incorrer 
em imprecisões, parcialidades ou 
preciosismos inúteis;
2) Ofício-informação: O perito não realiza o exame, 
por descumprimento de ordem técnica, oficiando 
a autoridade competente da situação, para 
averiguar eventuais responsabilidades.
 Exemplo: Policiais deixam de guarnecer o local 
durante o exame;
3) Informação: O perito, mesmo realizando exames, 
constata que não há interesse ou matéria 
criminalística a ser analisada;.
 Exemplos: Local de morte alterado ou não 
preservado; Solicitação de exame de falsidade 
sem envio de material padrão; 
O LAUDO DE RSF 
FRENTE ÀS DEMAIS EVIDÊNCIAS DOS AUTOS
⇒ A Reprodução Simulada dos Fatos, enquanto 
perícia posterior a outros exames periciais - 
bem como a outros atos processuais e/ou 
pré-processuais, se norteia não somente pelas 
versões apresentadas. 
⇒ Há que se desenvolver o trabalho calcado nos 
fatos cientificamente comprovados dos autos;
⇒ Nulidades e preclusão lógica; 
Exemplos:
1) RSF sem laudo de levantamento de local de 
morte;
2) RSF com auto de necropsia insuficiente 
(laudo de necropsia);
3) RSF com versões divergentes;
4) RSF em acidentes de trânsito;
A Reprodução Simulada dos Fatos
na prática judiciária
• Art. 7º c/c arts. 13 e 14 CPP;
• Solicitação e cabimento;
• Meio de defesa e meio de acusação;
• Presunção de Inocência e Nemo tenetur se 
detegere;
• Procedimento e metodologia;
1. QUEM PODE SOLICITAR A RSF
• Autoridade Policial (por ela própria, ou por requisiçãodo MP 
ou Judiciário);
• Poder Judiciário;
• Ministério Público;
• Defesa, com deferimento judicial;
“Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
 I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à 
instrução e julgamento dos processos;
 II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
 (...)
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer 
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.”
2. “...desde que não contrarie a moralidade ou a ordem 
pública.” 
=> Conceito jurídico indeterminado;
⇒ Não existem fontes jurídicas precisas do que venha 
a ser esta contrariedade.
⇒ Mas é possível vinculá-la a uma idéia de não 
exposição da Dignidade da Pessoa Humana, nos 
seus direitos fundamentais; 
⇒ Nem cause comoção pública grave; questão do 
tempo decorrido da data dos fatos, para a 
realização da RSF; 
3. FACULTATITIVADE DA RSF
⇒ RSF é uma perícia facultativa. Isso porque, 
primeiramente, o art. 7º usa a expressão 
“poderá”. Quando isso ocorre, há uma 
faculdade concedida pelo legislador ao 
destinatário da norma, no caso, a autoridade 
policial;
⇒ Às partes também é conferido o direito de não 
participar da RSF = Nemo tenetur se detegere;
4. COMPLEMENTARIEDADE DA RSF
=> Por ser realizada, em muitos casos, no 
momento processual em que o MP devolve o 
IP ao Delegado, em diligências (“baixar em 
diligências”), a RSF acaba por ser realizada 
posteriormente aos demais exames periciais 
criminais. Sendo assim, ela se vale de todos os 
fatos incontroversos (indícios e evidências, 
vestígios não!) que, porventura, tenha o IP 
apurado;
5. OBJETIVOS DA RSF
a) Apurar o modus operandi;
b) Apurar evidências;
c) Obter versões íntegras (sem coação);
d) Confrontar versões;
e) Criar hipóteses fundamentadas;
f) Posicionar-se sobre a possibilidade/probabilidade 
às hipóteses;
6. PROVIDÊNCIAS DA DELEGACIA DE POLÍCIA
⇒ A DP deverá providenciar pessoas, para representar as 
partes envolvidas no crime;
⇒ Bem como os objetos supostamente utilizados na ação 
delitiva;
⇒ Garantir o acesso restrito e o guarnecimento ao local da 
RSF (imprensa e terceiros);
⇒ Vara Judicial e RFS; 
⇒ RSF em casas prisionais;
⇒ RSF noturno e segurança;
⇒ RSF e o Assistente Técnico;
7. TEMPO E LOCAL PARA A REALIZAÇÃO DA RSF
⇒ A RSF é realizada, em média, de 2 a 3 anos após o 
crime. Em muitos casos, o local dos fatos fica 
inacessível, obstando a perícia;
⇒ Sempre que possível, nas mesmas condições 
climáticas e de luminosidade ao tempo do crime;
⇒ O ideal seria que ocorresse, no máximo, após 1 
ano do crime;
⇒ E realizada pelos mesmos peritos que atuaram no 
levantamento do local de morte do caso, no 
mínimo como revisores;
⇒ Bem como atuassem no número de 3 (três) 
peritos forenses;
8. A POSTURA DO PERITO NA RSF
a) Não induzir, direcionar ou coagir as partes, em 
hipótese alguma;
b) Verificar as condições de segurança do local, 
como armas, animais, estrutura e etc., bem 
como atestar a ordem pública;
c) Não permitir o contato físico entre as partes e 
suas versões;
d) Verificar a capacidade civil e a imputabilidade 
das partes;
9. RSF COMO MEIO DE DEFESA E MEIO DE 
ACUSAÇÃO
⇒ Art. 5º, LVII, da CF/88: Princípio da Presunção 
de Inocência;
⇒ Nemo tenetur se detegere;
⇒ Participação em caso de única versão;
⇒ Obrigatoriedade da ciência prévia da 
participação por parte da DP (erário público);
⇒ Solicitação por parte da defesa;
10. METODOLOGIA E PROCEDIMENTO
1º) Estudo do caso;
=>A DP, de ofício ou a requerimento do MP ou 
Juiz, remete ao órgão pericial, através de 
Ofício, cópia integral dos autos do IP ou 
processo;
=> A perícia planeja e organiza a realização da 
RSF;
2º) Ofício de agendamento
=> O órgão pericial, então, oficia de volta a DP, 
agendando data para a realização da RSF e 
solicitando as providências necessárias; 
3º) Oitiva das versões
⇒ O perito toma conhecimento in loco das versões a 
serem reproduzidas;
⇒ Pode se valer de recursos audiovisuais;
⇒ Então, imediatamente após, parte para o local dos 
fatos;
4º) RSF propriamente dita;
⇒ Procede-se à tomada de fotos, de acordo com 
as versões apresentadas;
⇒ Também pode se valer de recursos 
audiovisuais nesse momento;
01 02
MUITO OBRIGADO!
• BOA SORTE NAS SUAS RESPECTIVAS 
CARREIRAS, MUITO SUCESSO!!!
Prof. Andrei Röehrs Portinho
Dúvidas para: 
andreiportinho@yahoo.com.br

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