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1. DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS 1 . Direitos sexuais Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições e com respeito pleno pelo corpo do(a) parceiro(a). Direito de escolher o (a) parceiro(a) sexual. Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças. Direito de viver a sexualidade independentemente de estado civil, idade ou condição física. Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual. Direito de expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, entre outras. Direito de ter relação sexual independente da reprodução. Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS. Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação. Sexualidade: conjunto de comportamentos que concernem à satisfação da necessidade e do desejo sexual. 1. DIREITOS REPRODUTIVOS (slide 1) Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas. Assim como, de garantir acesso às informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos. É o direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência ou restrição de qualquer natureza. De acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde também implica no direito de acesso a serviços apropriados de saúde que dêem à mulher condições de passar, com segurança, pela gestação e pelo parto e proporcionem a melhor chance de ter um filho sadio” Essencial também é o direito ao mais elevado padrão de saúde reprodutiva e sexual, tendo em vista a saúde não como mera ausência de enfermidades e doenças, mas como a capacidade de desfrutar de uma vida sexual segura e satisfatória e de reproduzir-se ou não, quando e segundo a freqüência almejada. Inclui-se ainda o direito ao acesso ao progresso científico e o direito à educação sexual. Portanto, clama-se aqui pela interferência do Estado, no sentido de que implemente políticas públicas garantidoras do direito à saúde sexual e reprodutiva. 2. SUS Para efetivação desses direitos, o Estado assegura assistência às mulheres, por meio do Sistema Único de Saúde - SUS, bem como de estratégias de expansão e consolidação do Programa Saúde da Família, e de programas voltados para a assistência integral à saúde da mulher, como os de humanização do parto e nascimento, de prevenção da mortalidade materna e gravidez na adolescência etc. Entre os serviços ofertados, estão os de: ● Assegurar o acesso a laqueaduras e vasectomias ou reversão desses procedimentos no sistema público de saúde, garantindo informações sobre a escolha individual pela realização desses procedimentos. ● Proporcionar às pessoas que vivem com HIV e aids programas e atenção no âmbito da saúde sexual e reprodutiva ● Garantir o acompanhamento multiprofissional a pessoas transexuais que fazem parte do Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde, bem como a suas famílias. ● Apoiar o acesso a programas de saúde preventiva e de proteção à saúde para profissionais do sexo.” Essas ações deverão ser realizadas pelo Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Especiais de Políticas para as Mulheres, de Direitos Humanos e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República Assim, para que as mulheres consigam ter um acesso à saúde reprodutiva adequado e consigam exercer seus direitos plenamente, a informação é crucial para o conhecimento desses instrumentos. Qual o papel do SUS na promoção desses direitos? No Brasil, a Constituição da República estabelece no Artigo 226, Parágrafo 7º, o princípio da paternidade responsável e o direito de livre escolha dos indivíduos e/ou casais e a Lei Federal nº 9.263 de 1.996, que regulamenta este Artigo, estabelece que as instâncias gestoras de Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os níveis, estão obrigadas a garantir à mulher, ao homem ou ao casal, em toda a rede de serviços, assistência à concepção e contracepção como parte integrante das demais ações que compõem a assistência integral à saúde. Legislação Brasileira Constituição Federal 1988 – Planejamento Familiar – É Direito do cidadão • É dever do Estado - através do SUS garantir este exercício – informações e acesso aos métodos. • Garante o direito às consultas, exames e medicamentos que protejam e garantam à saúde sexual e reprodutiva. 3. INFORMAÇÃO E DIREITOS REPRODUTIVOS A saúde das mulheres, por exemplo, é uma das grandes prejudicadas pela falta de acesso à informação. Uma população que não dispõe das informações necessárias não pode decidir conscientemente sobre sua saúde. A Conferência Internacional de Direitos Humanos, que aconteceu em Teerã em 1968, determina que as pessoas têm direito a receber educação e informação adequadas relacionadas aos seus direitos sexuais e reprodutivos. Basicamente, os Direitos Reprodutivos vêm se consolidando no âmbito das normas e políticas de assistência à saúde, com dificuldades em razão de algumas limitações que devem ser superadas no âmbito político e legislativo, como, por exemplo, o tratamento dado à questão da interrupção voluntária da gravidez (aborto). No Brasil, o aborto é um procedimento legal em 3 situações: quando a gravidez é decorrente de estupro, quando há risco de morte para a mãe ou se o feto é anencéfalo. No entanto, poucas são as mulheres que sabem que possuem esse direito. E como proceder em casos de ausência no atendimento a quem deseja fazer a interrupção voluntária da gravidez? O Ministério da Saúde afirma que caso o serviço não esteja sendo disponibilizado, deve-se procurar o Ministério Público para denunciar a ausência de atendimento, bem como comunicar o Ministério da Saúde através da Ouvidoria do SUS, telefone número 136. Além disso, existe o site do órgão, onde os serviços de interrupção da gravidez para casos previstos em lei cadastrados no sistema podem ser visualizados, no Amazonas há 4 lugares de serviço especializado, um deles é em Manaus, no Instituto Dona Lindu. Clique aqui Contudo, mesmo em estabelecimentos que realizam o procedimento legalmente, é comum encontrar funcionários que não sabem prestar informações sobre aborto legal ou que http://cnes2.datasus.gov.br/Mod_Ind_Especialidades.asp?%20VEstado=33&VMun=&VComp=00&VTerc=00&VServico=%20165&VClassificacao=006&VAmbu=&VAmbuSUS=&VHosp=&VHospSUS= fornecem informações erradas às pacientes. Outro problema é que, nos estados que não possuem hospitais que realizam o procedimento, as mulheres que precisam realizá-lo se encontram em um cenário extremamente preocupante. Diante da falta de clareza sobre como proceder nessa situação, muitas mulheres acabam recorrendo a métodos perigosos e ilegais, submetendo-se a procedimentos frequentemente inseguros, ou terminando por viver uma gravidez indesejada e potencialmente perigosa. Dessa forma, a violação aos direitos reprodutivos das mulheres limita dramaticamente suas oportunidades na vida pública e privada, suas oportunidades de acesso à educação e o pleno exercício dos demais direitos. Ou seja, todas têm direito de ter uma gravidez saudável, sadia e segura, mas isso não é o que geralmente acontece. Exemplo disso são os casos de violência obstétrica no Brasil. O que é violência obstétrica? A violência obstétrica é a prática de procedimentos e condutas que desrespeitam e agridem a mulher na hora da gestação, parto, nascimento ou pós-parto. Na prática, se considera violência obstétrica os atos agressivos tanto de forma psicológica quanto física. As práticas violentas com gestantes e mães que estão dando a luz também podem consistir em rotinas e normas que já se sabe que são desnecessárias, mas são feitas mesmo que não respeitem os seus corpos. Um levantamento encomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) feito em 34 países identificou os sete tipos de violência obstétrica e maus-tratosque podem acontecer durante o parto. · Abuso físico (bater ou beliscar, por exemplo) · Abuso sexual · Abuso verbal (linguagem rude ou dura) · Discriminação com base em idade, etnia, classe social ou condições médicas · Não cumprimento dos padrões profissionais de cuidado (por exemplo, negligência durante o parto) · Mau relacionamento entre a gestante e a equipe (falta de comunicação, falta de cuidado e retirada da autonomia) · Más condições do sistema de saúde (falta de recursos) "Embora os maus tratos às mulheres durante o parto ocorram frequentemente no nível da interação entre mulheres e profissionais de saúde, falhas sistêmicas da unidade de saúde e do sistema de saúde também contribuem para sua ocorrência", conclui o estudo. Como denunciar violência obstétrica: Caso a mulher sofra violência obstétrica, ela pode denunciar: · No próprio hospital que a atendeu · Na secretaria responsável pelo estabelecimento (municipal, estadual ou distrital) · Nos conselhos de classe (CRM quando o desrespeito veio do médico, COREN quando do enfermeiro ou técnico de enfermagem) · Ligando no 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou 136 (Disque Saúde). REFERÊNCIAS ● COMO UM PROMOTOR E UM JUIZ ESTERILIZARAM UMA MULHER À FORÇA. El Pais, 2918. Disponivel em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/12/politica/1528827824_974196.html> . Acesso em: 30 de março de 2021 ● DENUNCIAR VIOLÊNCIA FÍSICA OU SEXUAL CONTRA A MULHER. Polícia Civil do Paraná. Disponível em: <https://www.policiacivil.pr.gov.br/servicos/Servicos/Cidadania/Denunciar-violencia- fisica-ou-sexual-contra-a-mulher-0GNA6J38#>. Acesso em: 30 de março de 2021. ● DEUS, Laura. Violência Obstétrica: o que é, tipos e leis. Minha vida. Minha Vida, 2021. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/34875-violencia-obstetrica#:~:tex t=A%20viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20%C3%A9%20a,de%20forma %20psicol%C3%B3gica%20quanto%20f%C3%ADsica.&text=%22Viol%C3%AAnci a%20obst%C3%A9trica%20ainda%20%C3%A9%20um%20conceito%20em%20con stru%C3%A7%C3%A3o.>. Acesso em: 30 de março de 2021 ● DIREITOS SEXUAIS, DIREITOS REPRODUTIVOS E MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Disponível em: https://www.policiacivil.pr.gov.br/servicos/Servicos/Cidadania/Denunciar-violencia-fisica-ou-sexual-contra-a-mulher-0GNA6J38 https://www.policiacivil.pr.gov.br/servicos/Servicos/Cidadania/Denunciar-violencia-fisica-ou-sexual-contra-a-mulher-0GNA6J38 https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/34875-violencia-obstetrica#:~:text=A%20viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20%C3%A9%20a,de%20forma%20psicol%C3%B3gica%20quanto%20f%C3%ADsica.&text=%22Viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20ainda%20%C3%A9%20um%20conceito%20em%20constru%C3%A7%C3%A3o https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/34875-violencia-obstetrica#:~:text=A%20viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20%C3%A9%20a,de%20forma%20psicol%C3%B3gica%20quanto%20f%C3%ADsica.&text=%22Viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20ainda%20%C3%A9%20um%20conceito%20em%20constru%C3%A7%C3%A3o https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/34875-violencia-obstetrica#:~:text=A%20viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20%C3%A9%20a,de%20forma%20psicol%C3%B3gica%20quanto%20f%C3%ADsica.&text=%22Viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20ainda%20%C3%A9%20um%20conceito%20em%20constru%C3%A7%C3%A3o https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/34875-violencia-obstetrica#:~:text=A%20viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20%C3%A9%20a,de%20forma%20psicol%C3%B3gica%20quanto%20f%C3%ADsica.&text=%22Viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20ainda%20%C3%A9%20um%20conceito%20em%20constru%C3%A7%C3%A3o https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/34875-violencia-obstetrica#:~:text=A%20viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20%C3%A9%20a,de%20forma%20psicol%C3%B3gica%20quanto%20f%C3%ADsica.&text=%22Viol%C3%AAncia%20obst%C3%A9trica%20ainda%20%C3%A9%20um%20conceito%20em%20constru%C3%A7%C3%A3o <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/direitos-sexuais-direitos-reprodu tivos-e-metodos-anticoncepcionais/>. Acesso em: 30 de março de 2021. ● FARIA, Claudia. Abuso sexual: o que é, como identificar e como lidar, 2020. Tua Saúde. Disponível em <https://www.tuasaude.com/consequencias-do-abuso-sexual/>. Acesso em: 30 de março de 2021. ● http://www.unfpa.org.br/Arquivos/direitos_reprodutivos3.pdf ● O QUE É VIOLÊNCIA SEXUAL?. Projeto Care. Disponível em: <https://apav.pt/care/index.php/violencia-sexual-contra-criancas-e-jovens/o-que-e-viol encia-sexual>. Acesso em: 30 de março de 2021. ● O que são direitos reprodutivos?. Portal Geledés. Disponivel em: <https://www.geledes.org.br/o-que-sao-direitos-reprodutivos/?gclid=Cj0KCQjwmIuD BhDXARIsAFITC_7aBHq_lA_9LqpUwC6t1VKDSQ9nsfIZ-bw7fEHgo0O-82O7NR cyjfkaAs7FEALw_wcB>. Acesso em: 30 de março de 2021 ● VIOLÊNCIA SEXUAL. Governo Federal, 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/dados-e-ind icadores/violencia-sexual>. Acesso em: 30 de março de 2021. O cidadão que possui acesso as informações tende a fazer uso dos serviços de saúde integral e as ações de planejamento familiar, logo ao não haver o acesso universal profundamos as disparidades sociais em nosso país. Isso, pela ausência de políticas públicas que proporcionem a ampliação desse acesso. O que são direitos sexuais? Refere-se a um conjunto de normas, leis, portanto, direitos de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições e com respeito pleno pelo corpo do(a) parceiro(a). Além do à informação e à educação sexual e reprodutiva. Direitos reprodutivos Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas. Além de terem acesso ao conhecimento das informações, meios, métodos e técnicas para contracepção e concepção. 1.3. Definição pela OMS Desse modo o Estado clama para si a responsabilidade de promover ações que se fazem pelo sistema único de saúde que oferece dentre seus diversos serviços: ●O acesso a laqueaduras e vasectomias no sistema público de saúde https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/direitos-sexuais-direitos-reprodutivos-e-metodos-anticoncepcionais/ https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/direitos-sexuais-direitos-reprodutivos-e-metodos-anticoncepcionais/ http://www.unfpa.org.br/Arquivos/direitos_reprodutivos3.pdf https://apav.pt/care/index.php/violencia-sexual-contra-criancas-e-jovens/o-que-e-violencia-sexual https://apav.pt/care/index.php/violencia-sexual-contra-criancas-e-jovens/o-que-e-violencia-sexual https://www.geledes.org.br/o-que-sao-direitos-reprodutivos/?gclid=Cj0KCQjwmIuDBhDXARIsAFITC_7aBHq_lA_9LqpUwC6t1VKDSQ9nsfIZ-bw7fEHgo0O-82O7NRcyjfkaAs7FEALw_wcB https://www.geledes.org.br/o-que-sao-direitos-reprodutivos/?gclid=Cj0KCQjwmIuDBhDXARIsAFITC_7aBHq_lA_9LqpUwC6t1VKDSQ9nsfIZ-bw7fEHgo0O-82O7NRcyjfkaAs7FEALw_wcB https://www.geledes.org.br/o-que-sao-direitos-reprodutivos/?gclid=Cj0KCQjwmIuDBhDXARIsAFITC_7aBHq_lA_9LqpUwC6t1VKDSQ9nsfIZ-bw7fEHgo0O-82O7NRcyjfkaAs7FEALw_wcB https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/dados-e-indicadores/violencia-sexual https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/dados-e-indicadores/violencia-sexual ●Proporcionar às pessoas que vivem com HIV e aids programas e atenção no âmbito da saúde sexual e reprodutiva ●Apoiar o acesso a programas de saúde preventiva e de proteção à saúde para profissionais do sexo. O que é planejamento reprodutivo? Essa expressão tem a ver com a idade do casamento ou ausência de matrimônio, o espaçamento e o momento das gestações, métodos de concepção e contracepção. Ou seja, dar a família ou indivíduo o direito de ter filhos no momento que lhe for mais conveniente, com toda a assistência e condições necessária para garantir isso integralmente. O acesso aos serviços de saúde integral e às ações de planejamento familiarconstitui um aspecto central e indispensável para a melhoria da qualidade da saúde sexual e reprodutiva das pessoas. Tratando da sua historicidade, nem sempre o planejamento reprodutivo foram discutidos ou visto como tema de saúde e cidadania, e sim em mera questões econômicas, pois acreditava-se que aumento crescente da população levaria a precariedade das condições de vida e problemas de desenvolvimento. Algo que justificava políticas estatais com restrição de direitos e liberdades individuais. Somente com a Conferência Mundial de População e Desenvolvimento (1994) que foi consolidado no plano internacional é que o planejamento familiar e o livre acesso aos métodos contraceptivos, para o controle da natalidade, devem fazer parte de uma política de promoção da liberdade de escolha individual, com fundamento no princípio ético e jurídico da dignidade da pessoa humana. No Brasil Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. Planejamento Reprodutivo na Legislação ●Lei Federal (1996): - Impulsionado pelo movimento de mulheres e sanitário durante o processo pré e pós-constituinte. Nesse período, proliferaram denúncias relacionadas à ausência de alternativas no sistema público para o controle voluntário da fecundidade e do elevado número de esterilizações femininas realizado de forma inadequada. Ressalta-se a CPI da esterilização realizada em 1993 sobre coordenação de Benedita da Silva. Com essa lei Estabeleceu o direito de todo cidadão à controlar livremente sua fecundidade, que é Dever do Estado em promover a orientação e o acesso aos meios e a designado o SUS como órgão responsável por essa medidas. Além de determinar regras para esterilização voluntária (art.10) que envolvem um acompanhamento multidisciplinar e requisitos prévios. Apesar de sua amplitude, a Lei de Planejamento Familiar não dispõe sobre qualquer medida específica para o atendimento de adolescentes. Tal omissão vem gerando dúvidas nas equipes de saúde quanto ao direito de jovens ao acesso a métodos contraceptivos sem consentimento de seus responsáveis. No caso de conflito entre este direito e o direito de tutela dos pais deve prevalecer o direito do/a adolescente ao acesso à assistência integral, inclusive, o acesso às informações corretas e em linguagem adequada e aos insumos para a prática sexual segura. Em relação as pessoas com deficiência, há duas décadas já contamos com a garantia legal dos direitos reprodutivos deste segmento. A Lei Federal n.º 7.853, de 1989, regulamentada pelo Decreto n.º 3.298, de 1999, assegura, dentre outros, à promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento genético e ao acompanhamento da gravidez, entretanto esse ramo, genético, ainda é restrito no SUS e ausente na maioria dos municípios. Ainda sobre a Lei de Planejamento, ela prevê a possibilidade de esterilização cirúrgica em pessoas com deficiência mental ou intelectual grave, somente mediante processo judicial de autorização para realização do procedimento, com todo acompanhamento da extensão da incapacidade do individuo. PONTOS DA FALA ● Ausência de políticas públicas e acesso à informação ● Direitos sexuais ● Direitos reprodutivos ● Estado por meio do SUS oferece esses serviços ● Planejamento reprodutivo - não mais familiar pois há várias estruturas de família
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