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Caminhos para se combater a precariedade no sistema penitenciário brasileiro Na obra “Memórias do Cárcere”, o célebre escritor Graciliano Ramos testemunha acerca das condições desumanadas vividas na cadeia enquanto esteve preso. De maneira análoga, tal realidade não se difere do atual cenário brasileiro, visto que há desafios que impedem o combate à precariedade do sistema penitenciário. Assim, é lícito postular a ineficiência Estatal e o legado histórico como perpetuadores do revés. Diante desse cenário, vale ressaltar que o descaso governamental, quanto a fiscalização dos centros prisionais brasileiros, auxilia para a precariedade do combate dessa repugnante situação em que se encontra o sistema penitenciário brasileiro. Nesse viés, segundo a Carta Magna, promulgada em 1988, todos os cidadãos são iguais perante a lei. Todavia, ao analisar o cotidiano no país, observa-se a presença de uma considerável discrepância em relação à efetividade dos direitos constitucionais, haja vista que indivíduos privados de liberdade sofrem com as dificuldades as que são submetidos nos cárceres, são exemplos a superlotação das celas e a falta de produtos de higiene, questões essas que apresentam potencial para servir como gatilho para futuras rebeliões. Desse modo, a má administração das prisões que, muitas vezes, são fontes da corrupção, contribui para as condições atrozes das unidades de detenção. Ademais, é importante destacar o preconceito arraigado na sociedade como fator que atrapalha a resolução da precariedade no sistema penitencial. Nessa ótica, alude-se ao pensamento de Albert Einstein, o qual argumenta que é mais fácil quebrar um átomo do que um pensamento difundido ao longo dos anos. Nesse sentido, sabe-se que, infelizmente, o processo de ressocialização dos ex-detentos é complicado e desgastante, uma vez que a ideia de “uma vez criminoso, será sempre criminoso”, foi passada de geração em geração, fato que fortificou, na mente da população, uma noção preconceituosa a esses cidadãos. Dessa forma, a constante dúvida em relação ao caráter dos indivíduos recém-libertos coloca em xeque suas personalidades e suas utilidades à sociedade, de forma que as oportunidades de emprego, consequentemente a readaptação, torna-se inexistente, em razão do legado enraizado. Logo, o antigo condenado – sem suporte no tecido social – volta à realização de atividades criminosas. Portanto, pode-se inferir caminhos para amenizar a precariedade do sistema penitenciário brasileiro. Dessa maneira, é função do Governo Federal – instância máxima de Poder Executivo – fiscalizar os recursos destinados às penitenciárias brasileiras, por meio de visitas regulares a essas localidades, nas quais serão conferidas as despesas da prisão no mês, a fim de reduzir os casos de corrupção e, como resultado, melhorar as condições nos cárceres. Além disso, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciário (CNPCP) deve, com urgência, difundir acerca da importância da ressocialização dos ex-detentos no meio social, por intermédio de campanhas informativas nas redes midiáticas — Facebook, YouTube e Instagram —, para que o processo de cárcere traga resultados, reduzindo a superlotação das cadeias. Espera-se, destarte, a efetivação da Carta Magna Redação escrita por Maria Laysa Barbosa Nunes
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