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Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
43939 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.5, p. 43939-43954 may. 2021 
 
Biossegurança, Biotecnologia e Nanotecnologia: contribuições para os 
processos de ensino 
 
Biosafety, Biotechnology and Nanotechnology: contributions to 
teaching processes 
 
DOI:10.34117/bjdv7n5-016 
 
Recebimento dos originais: 07/04/2021 
Aceitação para publicação: 03/05/2021 
 
Marco Antonio Ferreira da Costa 
Professor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV / FIOCRUZ), 
Doutor em Ciências 
Av. Brasil, 4365, Manguinhos – Rio de Janeiro – RJ - CEP: 21040-360 
E-mail: marco.costa@fiocruz.br 
 
Maria de Fátima Barrozo da Costa 
Pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP / FIOCRUZ), 
Doutora em Saúde Pública 
Av. Brasil, 4365, Manguinhos – Rio de Janeiro – RJ - CEP: 21040-360 
E-mail: mafa@ensp.fiocruz.br 
 
 
RESUMO 
O artigo discute a biossegurança frente às novas tecnologias, especificamente a moderna 
biotecnologia e a nanotecnologia, como contribuição aos processos de ensino, e para isso 
foi realizado um estudo descritivo-bibliográfico. O surgimento de novas tecnologias, 
como as descritas anteriormente pode levar ao surgimento de novos riscos ocupacionais 
e ambientais, além de gerar conflitos acadêmicos, éticos, religiosos, entre outros. Espera-
se que este artigo seja uma base de trabalho para docentes dos níveis Médio e 
Superior das áreas de Física, Química, Biologia, Biossegurança, entre outras, no 
sentido de colaborar para o planejamento das suas aulas, já que textos com a 
integração desses temas – Biossegurança, Biotecnologia e Nanotecnologia, ainda 
não são amplamente disponibilizados. 
 
Palavras-chave: Novas Tecnologias; Educação; Convergência Tecnológica 
 
ABSTRACT 
The article discusses biosafety in the face of new technologies, specifically modern 
biotechnology and nanotechnology, as a contribution to teaching processes, and for this, 
a descriptive-bibliographic study was carried out. The emergence of new technologies, 
such as those described above, may lead to the emergence of new occupational and 
environmental risks, in addition to generating academic, ethical, religious conflicts, 
among others. It is expected that this article will be a working base for teachers from the 
Middle and Higher levels in the areas of Physics, Chemistry, Biology, Biosafety, among 
others, in order to collaborate in the planning of their classes, since texts with the 
integration of themes - Biosafety, Biotechnology and Nanotechnology, are not yet widely 
available. 
 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
43940 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.5, p. 43939-43954 may. 2021 
 
Keywords: New Technologies; Education; Technological Convergence 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Não há consenso completo sobre os setores de tecnologia a serem considerados 
sob o guarda-chuva das novas tecnologias. Isso pode incluir a microeletrônica, 
biotecnologia moderna, nanotecnologia, novos materiais, robótica, novas fontes de 
energia, telemática, aeronáutica, engenharia médica, telecomunicações, novas fontes de 
energia, telefonia móvel, e acima de tudo, o desenvolvimento acelerado da ciência da 
computação (FPRL, 2015). 
De certa forma, a introdução de novas tecnologias está proporcionando uma 
verdadeira revolução que requer a coordenação das ações de todos os setores afetados 
para se obter uma maior qualidade de vida. 
A crescente unificação entre ciência e tecnologia, que em 2020 teve seu auge, 
exemplificado pelo desenvolvimento e produção, nunca vistos, de vacinas contra a Covid-
19, em diferentes plataformas tecnológicas, criando, novas bases para o conhecimento 
científico, também apontou que a biossegurança é um campo estratégico do conhecimento 
e essencial à segurança do ambiente e da saúde humana (ROCHA; BESSA; ALMEIDA, 
2012). 
Na área da saúde (ITODO et al, 2020) não tem sido alheia a essa influência e hoje 
existem inúmeros procedimentos aos quais as novas tecnologias tem sido aplicadas: no 
diagnóstico, monitoramento ou tratamento de doenças, registros médicos online, 
dispositivos móveis para tratamento de doenças, equipamentos de diagnóstico, processos 
automatizados, produção de insumos farmacêuticos, para elaboração de remédios e 
vacinas (IFAs – Insumo Farmacêutico Ativo), e até consultas médicas na internet estão 
entre esses avanços. 
Portanto, este artigo busca realizar uma discussão sobre essa temática, ou seja, a 
biossegurança frente as novas tecnologias, especificamente a moderna biotecnologia e a 
nanotecnologia, como contribuição aos processos de ensino. Não está no escopo deste 
artigo questões relacionadas a biotecnologia tradicional ou clássica, como a utilizada na 
produção de laticínios, pães, bebidas, entre outros. 
Espera-se que este artigo seja uma base de trabalho para docentes dos níveis 
Médio e Superior das áreas de Física, Química, Biologia, Biossegurança, entre 
outras, no sentido de colaborar para o planejamento das suas aulas, já que textos 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
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Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.5, p. 43939-43954 may. 2021 
 
com a integração desses temas – Biossegurança, Biotecnologia e Nanotecnologia, 
ainda não são amplamente disponibilizados. 
 
2 BIOSSEGURANÇA, BIOTECNOLOGIA E NANOTECNOLOGIA 
O surgimento de novas tecnologias, como as descritas anteriormente pode levar 
ao surgimento de novos riscos ocupacionais. É fato que todo progresso traz mudanças, e 
influencia a sociedade de maneira geral, e não algumas vezes, gera conflitos acadêmicos, 
éticos, religiosos, entre outros. O que parece, a princípio ser uma fonte de benefícios, 
pode estar repleto de riscos, daí a necessidade de se conhecer amplamente as questões 
que envolvem a biossegurança atrelada a essas tecnologias. Areosa e Raposo (2009, p. 
2) consideram que: 
 
A ciência moderna encontra-se historicamente vinculada à ideia de evolução 
tecnológica, sendo esta última entendida enquanto sinónimo de progresso, 
emancipação, prosperidade, bem-estar social e liberdade, ou seja, no quadro da 
racionalidade científica, a tecnologia surge conotada de forma claramente 
positiva. Na verdade, a produção tecnológica teve a capacidade para 
transformar a sua própria condição, a partir daquilo que seria, aparentemente, 
apenas um fenómeno técnico, num fenómeno social, económico, político e 
simbólico. 
 
A Agência Européia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA, 2019) 
define os riscos novos e emergentes, derivados das novas tecnologias, como algo que não 
existia anteriormente e é causado por novos processos, novas tecnologias, novas relações 
sociais ou organizacionais, que passam a impactar a sociedade, e exigem ações 
mitigatórias, de controle, e muitas vezes, novos marcos regulatórios, como houve com a 
biotecnologia moderna, e atualmente com a nanotecnologia. Esses novos perigos, com 
seus consequentes riscos, tanto locais quanto globais, são criados pelos homens pelos 
próprios mecanismos da modernidade (GIDDENS, 2002; 1991). 
É importante compreender a diferença entre risco e incerteza: o risco é quando 
não se sabe exatamente o que irá acontecer, mas se conhece as chances do que irá 
acontecer, porque existe conhecimento disponível, chances essas subjetivas, porque pode 
não acontecer, e incerteza, é quando não se conhece nem mesmo as chances do que pode 
acontecer, porque não se tem conhecimento disponível. Lembrando que perigo é a fonte 
dos riscos e incertezas, por exemplo, os processos biotecnológicos e nanotecnológicos 
podem ser consideradas perigos (COSTA; COSTA, 2018a; SETZER, 2007; KNIGHT, 
2005). 
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Robert N. Proctor,professor de História da Ciência na Universidade de Stanford 
(USA), em 1969, criou o termo “agnotologia” (PROCTOR, 2008), para definir o processo 
de instaurar dúvidas e incertezas quanto ao desenvolvimento científico para a sociedade 
(MOZER, 2005). A agnotologia provém da palavra grega “agnose” usada para definir a 
ignorância ou "o não saber", e da “ontologia”, ramo da metafísica que trata da natureza 
do ser. A “agnotologia” nada mais é que o estudo do processo de ignorância do 
conhecimento, ou seja, é o não saber, que contrapõe o processo epistemológico do saber. 
As novas tecnologias estão expostas, sobremaneira a essas táticas agnotológicas. 
Schneider (2009, citado por REUSING; WACHOWICZ, 2019), ao analisar a “tática 
agnotológica” lamenta a persistente distorção de informações, os ataques, as falsas 
notícias, e as interpretações unilaterais, pagas por lobbies e corporações públicas ou 
privadas que acrescidas da mídia acabam por retardar o desdobramento do pensamento 
científico. 
Por biotecnologia moderna entendemos os processos industriais e de pesquisa que 
manipulam o DNA de organismos vivos, como plantas, animais ou microrganismos. Para 
isso a biotecnologia moderna conta com uma poderosa ferramenta, a engenharia genética, 
que consiste na manipulação direta dos genes de um organismo, geralmente através de técnicas 
artificiais. Essas técnicas têm como objetivo melhorar ou criar produtos e organismos. 
São vários os produtos gerados pela biotecnologia moderna à disposição da 
sociedade (FLORÊNCIO et al., 2020; REIS et al., 2010), como, por exemplo: 
• No campo da saúde, tanto na medicina humana, como na veterinária, na produção 
de antibióticos, vacinas, hormônios, anticorpos, criação de órgãos para transplante, 
mapeamento genético de microrganismos, moléculas com atividade farmacêutica, entre 
muitos outros. 
• Na agricultura, com a produção de plantas transgênicas, como soja, algodão, 
várias frutas, entre outros, que tornam esses produtos resistentes a pragas e/ou aumentam 
suas características nutricionais. 
• Na pecuária, a criação de embriões e de animais geneticamente modificados, têm 
contribuído para a produção de novos medicamentos. 
• Na indústria são utilizados microrganismos geneticamente modificados (OGMs) 
para produzir inúmeros produtos. A partir desses OGMs são desenvolvidos muitos 
produtos alimentícios, químicos, combustíveis, enzimas, antibióticos, materiais (como 
tecidos) e produtos para a saúde. 
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• No meio ambiente, em processos ambientais de despoluição de águas, por 
exemplo, por meio de microrganismos geneticamente modificados, o mapeamento 
genético de espécies, entre outros. 
No campo da saúde humana, o advento da biotecnologia moderna como área de 
inovação, representa um grande potencial e, ao mesmo tempo, um grande desafio para os 
governos e as agências reguladoras mundiais, porque os novos produtos e processos 
gerados por essa tecnologia, também, podem favorecer o aparecimento de novos riscos. 
No Brasil, as questões que envolvem a manipulação e comercialização de 
Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e seus derivados, estão regulamentados 
pelo decreto nº 5.591 de 22 de novembro de 2005. Este Decreto regulamenta dispositivos 
da Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, que estabelece normas de segurança e 
mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o 
transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a 
comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos 
geneticamente modificados - OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao 
avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde 
humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a proteção do 
meio ambiente, bem como normas para o uso mediante autorização de células-tronco 
embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não 
utilizados no respectivo procedimento, para fins de pesquisa e terapia (BRASIL, 2005). 
Essa mesma lei criou a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), 
uma instância colegiada multidisciplinar, cuja finalidade é prestar apoio técnico 
consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e 
implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa a OGM, bem como no 
estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos referentes à 
proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades 
que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, 
comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGM e derivados 
(BRASIL, 2005). 
Essa biossegurança atrelada aos OGMs, foi classificada em “Biossegurança 
Legal”, porque tem uma lei específica que a regulamenta. Essa expressão foi criada por 
Marco Costa e Fátima Costa, em 2002, que também chamaram de “Biossegurança 
Praticada”, aquela que trata dos riscos ocupacionais (COSTA; COSTA, 2002) nas 
instituições de saúde e que envolve os agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm
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e psicossociais presentes nesses ambientes, e que atualmente se reveste de grande 
importância, haja vista a pandemia de Covid-19 (COSTA; COSTA, 2021a, 2021b; 2018a, 
2018b; TEIXEIRA; VALLE, 2010). 
A primeira discussão sobre os riscos da moderna biotecnologia, ocorreu em 
Londres em 1971, patrocinada pela The British Society for Social Responsibility in 
Science - BSSRS (Sociedade Britânica para a Responsabilidade Social em Ciência) 
(MASSARANI, 2003). 
Em fevereiro de 1975, na reunião de Azilomar, cidade próxima a Monterrey, na 
Califórnia, patrocinada pela Academia de Ciências dos Estados Unidos, e com dezenas 
de personalidades da ciência, a comunidade científica, discutiu os impactos da engenharia 
genética na sociedade (BARINAGA, 2000). Chegou-se ao consenso, nesse encontro, de 
que as pesquisas no campo da engenharia genética deveriam continuar, em função das 
amplas possibilidades da sua aplicação, porém, deveriam ser buscados mecanismos para 
se estabelecer barreiras físicas e biológicas de segurança para os pesquisadores 
envolvidos e o ambiente externo. 
Atualmente as incertezas em relação aos riscos gerados em vários processos da 
moderna biotecnologia ainda continuam, por exemplo, àqueles vinculados aos alimentos 
transgênicos, ou seja, os alimentos produzidos com insumos vegetais (plantas 
transgênicas, como soja, milho, e muitos outros). Esses alimentos estão sendo 
consumidos pela humanidade desde 1994, quando o primeiro alimento contendo 
organismos geneticamente modificados, desenvolvido pela empresa Calgene, chegou aos 
supermercados no EUA: um tomate que possuía um gene que retardava seu 
amadurecimento (AZEVEDO et al., 2000). Até o momento não houve evidências de 
agravos à saúde humana e/ou ambiental, mas, também não há evidências de que eles não 
sejam capazes de provocá-los. 
Outro foco do artigo, a nanotecnologia, é o estudo, desenho, criação, síntese, 
manipulação, aplicação e exploração de materiais, aparelhos e sistemas funcionais através 
do controle da matéria na nano escala (nanômetros) – ver escala a seguir: 
 
 
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Para se ter uma ideia desta escala, um fio de cabelo humano está entre 10.000 a 
100.000nm, as hemácias, que são as células vermelhas do sangue, medem cercade 10 
micra (micra é o plural de mícron) ou 10.000nm, os vírus normalmente têm dimensão 
máxima de 10nm a 100nm e uma molécula de ácido desoxirribonucleico (DNA) tem 
diâmetro de cerca de 2nm (HOHENDORFF, 2018, p.6). 
Os primeiros conceitos de nanotecnologia foram introduzidos pelo físico 
americano Richard Feynman em 1959. Nesta palestra Feynman explorou a ideia de 
escrever toda a enciclopédia britânica na cabeça de um alfinete. Para isso deve-se 
manipular a matéria na escala de átomos e moléculas (COSTA; COSTA, 2020). 
O termo "Nanotecnologia" foi criado em 1974 por Norio Taniguchi, um 
pesquisador da universidade de Tóquio e foi usada, para descrever a habilidade de se criar 
materiais precisos na escala nanométrica. A “paternidade” da tecnologia em si seria do 
primeiro doutor na área, o engenheiro norte-americano Eric Drexler, autor do livro 
Engines of creation: the coming era of nanotechnology (Engenhos da criação: o advento 
da era da nanotecnologia), de 1986, importante na disseminação dessa nova tecnologia 
para o grande público (CERAVOLO, 2015). Atualmente a nanotecnologia é aplicada a 
diversas áreas, o que chamamos de plasticidade das nanotecnologias (COSTA; COSTA, 
2020): 
 
 
 
Especialmente na área da saúde a nanotecnologia já está presente em alguns 
tecidos com características especiais, equipamentos médicos como cateteres, válvulas 
cardíacas, marca-passo, implantes ortopédicos, protetores solares, produtos para limpar 
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materiais tóxicos, sistemas de filtração do ar e da água, vidro autolimpante, curativos 
antimicrobianos, limpadores de piscinas, desinfetantes e muitas outras soluções (LESO 
et al., 2017). 
O Brasil ainda não possui legislação apara a nanotecnologia. Em 2019, os dois 
projetos de lei apresentados em 2013 na Câmara dos Deputados foram arquivados, 
enquanto um novo projeto bastante distinto foi apresentado no Senado Federal. Trata-se 
do PL nº880/2019, que busca instituir o Marco Legal da Nanotecnologia e Materiais 
Avançados, dispondo sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à 
capacitação científica e tecnológica e à inovação na área de nanotecnologia, alterando 
algumas leis vigentes. Ele é a mais recente e única proposição ainda em processo de 
tramitação, no Senado, a fim de regular a nanotecnologia (BAIA, 2020; BRASIL, 2019). 
O uso dos produtos gerados pela nanotecnologia está avançando rapidamente e 
ainda não se tem uma certeza científica sobre a segurança das nanopartículas em relação 
a vida humana e ao meio ambiente e sem marco regulatório específico (HOHENDORFF, 
2018). A mesma autora (2018, p.3) aponta que: 
 
Como as nanopartículas são muito pequenas, [...] são regidas por leis físicas 
muito diferentes daquelas com as quais a ciência está acostumada. Existem 
probabilidades de que as nanopartículas apresentem grau de toxicidade maior 
do que as partículas em tamanhos normais, podendo assim ocasionar riscos à 
saúde e segurança de pesquisadores, trabalhadores e consumidores. 
 
Os efeitos das nanopartículas nos seres humanos e no ambiente são complexos e 
variam com base nas propriedades das partículas, bem como na toxicidade química. 
Devido ao seu pequeno tamanho, as barreiras biológicas nem sempre são um obstáculo 
para as nanopartículas - como a barreira hematoencefálica ou a barreira placentária entre 
mãe e feto (HOHENDORFF, 2018). 
Em função do tamanho, as nanopartículas têm uma grande relação 
superfície/volume, que é responsável por novas propriedades físicas e químicas. Isto 
inclui um aumento da reatividade química na superfície da nanopartícula. Um material 
perfeitamente seguro para ser manuseado em tamanho natural, pode facilmente penetrar 
na pele na forma de nanopartícula ou se tornar um aerossol e entrar no organismo via 
respiratória. O carbono na forma de grafite, é macio e maleável, e na forma nano, pode 
ser mais resistente e 6 vezes mais leve do que o aço; óxido de zinco é branco e opaco, e 
na forma nano, torna-se transparente; o alumínio, o mesmo das latas de refrigerantes, 
pode pegar fogo espontaneamente na forma nano; a platina é inerte, e pode torna-se um 
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potente catalizador. As propriedades elétricas, óticas e magnéticas, também podem sofrer 
alterações significativas (LOPES, 2021; HOHENDORFF, 2018; MARIANO, 2016). 
Hohendorff (2018, p. 13) cita que: 
 
As estratégias de mitigação de risco podem ser focadas na redução da 
toxicidade das partículas ou na redução da exposição, ou preferencialmente 
ambas. Além disso, a exposição pode ocorrer por caminhos diferentes: 
exposição direta (ocupacional, consumidor e / ou ambiente) ou indireta 
(exposição geral da população através do meio ambiente), cada uma com a sua 
própria medidas de mitigação. 
 
3 ENTRE A PRECAUÇÃO E A PREVENÇÃO 
Reichardt e Santos (2019) apontam que a noção de “precaução” tem origem entre 
os gregos e significa “ter cuidado” e “estar ciente” (MYHR; TRAAVIK, 2003). Na 
década de 1970, como resposta à poluição industrial, o conceito é resgatado pelo direito 
germânico de onde emerge o Princípio da Precaução. Vinte anos depois, o Princípio de 
Precaução estava estabelecido em praticamente todos os países da Europa Ocidental e foi 
estendido aos diferentes setores da economia (MACHADO, 2004) Segundo esses autores, 
precaução é um dos princípios que guia as atividades humanas e incorporam parte de 
outros conceitos como justiça, equidade, respeito, senso comum e prevenção (NODARI; 
GUERRA, 2003). 
É importante pontuar a diferença entre o Princípio da Precaução e o Princípio da 
Prevenção. O Princípio da Precaução, indica estratégias para lidar com a incerteza 
decorrente da impossibilidade de se antecipar as consequências de uma atividade 
humana. O Princípio da Prevenção indica estratégias para lidar com as consequências 
danosas de certas atividades para o meio ambiente, consideradas conhecidas (há 
conhecimento científico sobre isso), isto é, antecipáveis. Assim, a distinção 
precaução/prevenção baseia-se na distinção certeza/incerteza em relação às 
consequências de uma dada atividade para o meio ambiente (ZAPATER, 2020). 
Embora o Princípio da Precaução tenha origem no campo ambiental, hoje em dia, 
qualquer situação em que um possível agravo possa ocorrer, por exemplo, uma questão 
que ocorre atualmente em relação ao retorno das aulas frente a pandemia da Covid-19, 
esse Princípio sempre é resgatado. É exatamente o que estamos fazendo, ao evocá-lo 
diante das incertezas em relação a moderna biotecnologia e a nanotecnologia. 
Esses princípios, quando contextualizados às novas tecnologias, que permeiam 
vários campos, com impactos positivos e negativos ao bem-estar do ser humano, e ao 
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planeta, acentuam, sobremaneira, a necessidade cada vez maior de uma atenção a 
biosseguramça. 
 
4 BIOSSEGURANÇA E A CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA 
Por convergência tecnológica, entende-se a ação sinérgica da nanotecnologia, 
biotecnologia, tecnologias de comunicação e informação e ciências cognitivas / 
neurociência (MENEZES, 2020; CAVALHEIRO, 2007). 
 
 
Cavalheiro (2007, p.24) 
 
Diferentes abordagens são colocadas em torno do tema (CAVALHEIRO, 2007): 
• Possibilidade das nanotecnologias se combinarem, no futuro, com outras 
tecnologias (THE ROYAL SOCIETY & THE ROYAL ACADEMY OF 
ENGINEERING, 2004). 
• É o estudo interdisciplinar das interações entre sistemas vivos e sistemas artificiais 
para o desenho de novos dispositivos que permitam expandir ou melhorar as capacidades 
cognitivase comunicativas, a saúde e a capacidade física das pessoas e, em geral, produzir 
um maior bem-estar social (CONSEJO SUPERIOR DE INVESTIGACIONES 
CIENTÍFICAS, 2005). 
• É um rótulo atual que aponta para a emergente interação entre áreas de pesquisa e 
de desenvolvimento tecnológico, anteriormente separadas. Tal mudança resulta em novas 
possibilidades tecnológicas do ponto de vista qualitativo com impactos potencialmente 
revolucionários (DOORN, 2006). 
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A lógica da convergência tecnológica está no fato de que possibilita o estudo e a 
criação de novas estruturas e organismos a partir da interação entre sistemas vivos e 
sistemas artificiais a ponto de falar-se em biologia sintética (GILMAN et al., 2021; 
O`BRIEN; NELSON, 2020). Desenvolvimentos recentes em técnicas de biologia 
sintética estão impulsionando a comercialização de uma ampla gama de produtos para 
saúde humana, meio ambiente, agricultura, entre outros. 
A moderna biotecnologia sempre gerou discussão na sociedade sobre as 
implicações éticas, jurídicas, ambientais e econômicas, basta recordar as seções do 
Supremo Tribunal Federal na análise da Lei de Biossegurança, em março de 2008, no 
questionamento sobre a permissão legal para utilização de células-tronco de embriões 
humanos em pesquisas e terapias (COSTA; COSTA, 2021a). Por outro lado, a 
nanotecnologia tem gerado pouca ou nenhuma discussão no meio acadêmico e mesmo 
fora das universidades, e ressaltando que a nanotecnologia não tem ainda, nenhum 
arcabouço legal (BERGER FILHO, 2009). 
O mesmo autor (BEGER FILHO, 2009, s.p.), resume os questionamentos 
relativos às implicações da nanotecnologia. Acrescentamos que essas dúvidas se 
ampliam, se considerarmos a convergência tecnológica bio-nano: 
Direito Constitucional: Quais vínculos podem ser estabelecidos entre os direitos 
fundamentais e o desenvolvimento da nanotecnologia? Qual deve ser o papel do Estado 
e do mercado no desenvolvimento da nanotecnologia? 
Direito da Propriedade Intelectual: Qual o limite para a apropriação imaterial 
(privatização) da vida e dos elementos da matéria? 
Direito do Consumidor: Como garantir a segurança no consumo de produtos derivados 
da nanotecnologia? Como informar de forma adequada o consumidor? 
Direito Sanitário: Quais critérios devem ser adotados para avaliar a toxicidade dos 
alimentos e dos medicamentos oriundos da nanotecnologia para o ser humano e para 
outros seres vivos? 
Direito do Trabalho: Quais os impactos da nanotecnologia nas relações de trabalho e na 
saúde do trabalhador? 
Direito Internacional: Como regular o comércio de substâncias tóxicas e de resíduos da 
nanotecnologia no plano internacional? Quais instrumentos regulatórios podem ser 
utilizados para fazer frente à produção, uso e comércio ilegal de "nanobiotecnologia"? 
Direito Ambiental: Quais os riscos ambientais aceitáveis da manipulação e uso da 
nanotecnologia? Como responsabilizar os causadores de danos ambientais decorrentes da 
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nanotecnologia? Quais políticas seriam apropriadas para gestão de riscos da 
nanotecnologia? Como aplicar o princípio da precaução de forma adequada à 
nanotecnologia? 
Esses questionamentos mostram que a difusão e a popularização da 
biossegurança, constitui-se em um instrumento fundamental para a identificação de um 
eixo condutor que direcione estas discussões, de tal forma, que os objetivos demandados 
pela sociedade sejam alcançados e suportados pela ciência, pela técnica, e principalmente 
pela ética. Cavalheiro (2007, p.30) cita que: 
 
O certo é que a Convergência Tecnológica abre possibilidades e encerra 
dilemas éticos importantes demais para que seu monopólio pertença a quem 
quer que seja, inclusive a cientistas. Deve, portanto, interessar, implicar e 
mobilizar todos nós. Porque, para além de ser um tema de interesse para a 
ciência de ponta, certamente pressupõe dimensões de uma nova cidadania 
planetária (CAVALHEIRO, 2007, p. 30). 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Novas tecnologias podem trazer muitos benefícios, mas também, vários riscos 
agregados, alguns conhecidos, outros desconhecidos. Essas incertezas, porém, não 
justificam a falta de atenção aos processos e produtos da nanotecnologia, que podem 
gerar danos sérios e irreversíveis no futuro. Devemos observar cotidianamente os 
Princípios da Prevenção e o da Precaução. Esse alerta, somado às incertezas da 
convergência tecnológica, especificamente das interações bio-nano, acentuam ainda mais 
a necessidade da inclusão da biossegurança nessas discussões, que infelizmente não estão 
ocorrendo na velocidade desejada. 
Há necessidade de que a sociedade esteja devidamente esclarecida sobre às 
questões que envolvem essas novas tecnologias, e que as “fake news”, passem longe desse 
processo, embora saibamos que os diversos interesses enraizados, principalmente os 
comerciais, ainda estarão presentes. 
Portanto, é importante que haja o fortalecimento das parcerias universidade-
indústria-sociedade de modo a estabelecer mecanismos e instrumentos de monitoramento 
e rastreamento para que essas novas tecnologias sejam vetores de desenvolvimento e não 
de agravos à saúde humana e ambiental. 
 
AGRADECIMENTO 
Ao CNPq pelo apoio financeiro a vários projetos na área do ensino da biossegurança. 
 
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