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SEMINARIO HEMOTERAPIA - REAGENTES IMUNOHEMATO f

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FACULDADE DE SAÚDE E HUMANIDADES IBITURUNA – FASI 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
DAVID EDUARDO DA SILVA 
DIEGO VINICIUS PEREIRA SANTOS SOUZA 
JOSELIA BRAZ CRUZ 
LEANDRA RODRIGUES ROCHA 
MARIO DA SILVA JARDIM 
MELISSA QUEIROZ GONÇALVES 
PAULO CESAR RODRIGUES 
SABRINA OLIVEIRA MAGALHAES 
 
 
 
 
 
 
CONTROLE DE QUALIDADE DOS REAGENTES IMUNO HEMATOLÓGICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTES CLAROS – MG 
2021 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................03 
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................05 
2.1 Antissoros .....................................................................................................................05 
2.2 Lectinas.........................................................................................................................07 
2.3 Reagentes Eritrocitários................................................................................................09 
2.4 Potencializadores...........................................................................................................10 
2.5 Reagente antiglobulina Humana (AGH).......................................................................11 
3 CONCLUSÃO..............................................................................................................14 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Segundo Andrade; Mattia (2016), com base na história da humanidade e com papel de suma 
importância, o sangue era muito utilizado para salvar vidas, sendo preciso muito tempo para 
esclarecer sua principal finalidade no que diz respeito ao seu uso medicinal. A hemoterapia é 
regida por normas e resoluções descrita pelo órgão fiscalizador ANVISA, sobre as devidas 
práticas adotadas para todo o processo de transfusão sanguínea, desde o cadastro do doador, ate 
a dispensação das bolsas de hemocomponentes e derivados. 
 
De acordo com Andrade; Mattia (2016), o controle nas transfusões sanguíneas determina 
adquirir maior segurança, de modo a maximizar o tratamento para o paciente, estando 
proporcionalmente ligada a gestão da qualidade. Nesse modo a construção de políticas de 
gerenciamento de risco, se mostra fundamental, podendo ser dado como exemplos, protocolos 
e diretrizes na organização para obtenção da segurança e qualidade para o paciente. 
 
Os procedimentos padrões e distinção de reagentes que envolvem os testes imuno-
hematologicos desenvolvem função imprescindível para garantir as devidas qualidades na 
transfusão sanguínea, sendo responsabilidade de todos os profissionais envolvidos no serviço, 
o contínuo aprimoramento, validação, adequação das especificações técnicas dos reagentes 
imuno-hematológicos e, sobretudo, a análise dos reagentes recebidos para uso laboratorial. 
Com o surgimento de implementações dos sistemas de qualidade e de padronizações 
internacionais, como a criação da ISO 9000, nasceu a ideia da implementação da garantia de 
qualidade em bancos de sangue, definindo planejamento e ações que promovam o controle de 
todo o sistema de processamento do sangue. De acordo com o que foi descrito, a legislação 
brasileira, se sobressai em relação as estratégias para avaliação da qualidade dos serviços 
hemoterápicos (NOVARETTI, et al., 2009). 
 
Conforme Novaretti, et al., (2009) a garantia de qualidade dos processos transfusionais se da 
pelo controle de qualidade interno dos reagentes, sendo analisados os assuntos das bulas e 
rótulos, os procedimentos técnicos, e desenvolvimento da qualidade dos reagentes imuno-
hematologico e instrumentos utilizados. 
 
Conforme Ministério da Saúde (2014) para facilitar o entendimento, apresentaremos as 
principais características dos reagentes imuno-hematológicos que serão agrupados em: 
Antissoros que são reagentes utilizados para identificar antígenos eritrocitários; Lectinas que 
são reagentes utilizados para identificar antígenos eritrocitários; Reagentes eritrocitários pode 
ser descritas como reagentes utilizados nas provas reversas da fenotipagem ABO e para 
detecção e identificação de anticorpos antieritrocitários irregulares; Potencializadores são 
substâncias adicionadas ao teste com objetivo de facilitar a interação entre o antígeno e o 
 4 
 
anticorpo e aproximar as hemácias, favorecendo dessa forma a aglutinação e encurtando o 
tempo de reação; Reagente antiglobulina humana (AGH), A AGH é um hetero-anticorpo que 
reconhece proteínas humanas. É um artifício imunológico para se visualizar o fenômeno da 
aglutinação. A fração Fab das imu-noglobulinas se liga à fração Fc e/ou às proteínas do sistema 
complemento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Antissoros; Reagentes Imuno-hematológicos / soros identificadores de antígenos 
eritrocitários 
 
Os soros identificadores de antígenos eritrocitários podem ser de natureza policlonal, 
monoclonal (MoAb) ou ainda, lectinas. Até algumas décadas atrás, os soros utilizados em 
imuno-hematologia eram basicamente de natureza policlonal. Entretanto, a partir da descrição 
da produção de anticorpos monoclonais em quantidade ilimitada por Kohler et al, os soros de 
origem MoAb tornaram-se cada vez mais facilmente disponíveis e, atualmente, os policlonais 
são raridade. Dentre as vantagens dos soros MoAb destaca-se a ausência de risco de transmissão 
de agentes infectantes;possibilidade de produção de anticorpos raros;produção de quantidades 
ilimitadas de anticorpos; ausência de reações positivas indesejáveis decorrentes da presença de 
anticorpos contaminantes como anti-T, anti-Tn e outros; e a contribuição ímpar para um maior 
conhecimento dos epítopos (a porção de um antígeno com a qual uma população única e 
específica de moléculas de anticorpos combina) dos antígenos eritrocitários. Dentre as 
desvantagens dos reagentes MoAb, temos reações cruzadas, causadas pela especificidade do 
anticorpo dirigida contra epítopos presentes em diferentes antígenos eritrocitários, alguns 
MoAb são temperatura, pH e tempo de incubação dependentes e certos MoAb não podem ser 
empregados em testes de adsorsão e eluição. 
 
Quanto aos soros policlonais, deve-se lembrar que esses reagentes são produzidos a partir de 
um único indivíduo ou a partir de um pool, mas nem sempre essa informação acompanha o 
produto. Uma grande desvantagem do uso de soros de origem policlonal é de que a produção 
desses reagentes muitas vezes implica na hiperimunização de indivíduos para a produção de 
anticorpos dirigidos contra antígenos eritrocitários. Outro aspecto a ser considerado é de que 
vários fabricantes podem produzir soro a partir de um mesmo indivíduo, aumentando o risco 
de uma interpretação errônea de um resultado (por ex.: confirmação de fenotipagem com soros 
de diferentes procedências pode, na realidade, ser o mesmo reagente). 
A produção de reagentes MoAbanti-A, anti-B e anti-AB foi conseguida logo após a publicação 
dos trabalhos de Kohler et al; e mostrou-se útil na prática hemoterápica; Lubenko e Redman 
em (1989) relataram que certos soros anti-B monoclonais não aglutinavam hemácias A1Bfraco 
e Bfraco podendo, nestes casos, levar a erro na classificação ABO, isto é, essas amostras 
poderiam ser incorretamente classificadas como A e O, respectivamente. Daí ser extremamente 
 6 
 
importante a informação na bula quanto ao clone (ou clones) utilizados para a produção desses 
reagentes. Alguns MoAbanti-B eventualmente detectam antígenos B adquiridos que não são 
detectados por soros anti-Bpoliclonais e nem por outros soros MoAbanti-B, podendo nessas 
circunstâncias levar a erro de classifcação ABOe eventual risco de reação hemolítica. Casos 
de fenótipo A(B) decorrentes de uso de alguns soros MoAbanti-A também já foram reportados. 
 
Um dos problemas mais freqüentemente encontrados com o uso de soro anti-D monoclonal é a 
não aglutinação de amostras D-fraco. Recentemente, foi descrita uma técnica que permite o 
isolamento de variantes de grande afinidade pelo antígeno D, aumentando a potência de 
reagentes anti-D. 
Atualmente são inúmeros os reagentes monoclonais disponíveis para uso em imuno-
hematologia: anti-A, anti-B, anti-Danti-Lea, anti-Leb, anti-M, anti-N, anti-C, anti-c, anti-E, 
anti-e, anti-Cw, anti-K, anti-k, anti-Kpa, anti-Jsbanti-Jka, anti-Jkb, anti-S, anti-P1 e anti-H, 
dentre outros. 
 
É imprescindível que os soros produzidos comercialmente sejam utilizados exatamente como 
o especificado pelo fabricante. Um reagente licenciado para uso pela técnica em tubo pode ser 
inadequado para uso em microplaca. Quando essa informação não for disponível, pode-se 
consultar a empresa fabricante, devendo a resposta ser formalizada por escrito e mantida no 
laboratório para controle documental. 
Os reagentes para teste rápido em lâmina e em tubo geralmente são anticorpos incompletos 
potentes,ressuspensos em meio protéico, usados para potencializar a reação antígeno anticorpo. 
Alguns desses reagentes contem albumina, devendo ser mantidos entre 2 e 8ºC, mas nunca 
congelados. Falsos resultados podem ser observados em pacientes com teste de antiglobulina 
direto positivo. Daí o interesse da indústria em modificar quimicamente reagentes para 
aumentar a sensibilidade dos mesmos. 
Os soros de classe IgG quimicamente modificados são produzidos através de redução por 
compostos sulfidrilas e estabilização por agentes alquilantes (p.ex.: iodoacetamida), permitindo 
a aglutinação de hemácias resuspensas em meio salino, não necessitando de substâncias 
potencializadoras. Isso, evita as reações falso-positivas nas amostras com teste de antiglobulina 
direto (TAD) positivo. Esses reagentes têm as mesmas indicações que os para teste rápido em 
lâmina ou em tubo. São mais caros que os reagentes para teste rápido em lâmina ou em tubo, 
mas podem ser usados em amostras TAD positivas. 
 
 7 
 
Existem ainda soros de classe IgG produzidos após purificação em colunas específicas para 
determinado anticorpo, que adsorvem e depois eluem o anticorpo. Torna-se vantajoso o uso 
desses reagentes, pois não há a necessidade de lavagem das hemácias após a etapa de incubação, 
uma vez que esse soro é virtualmente, livre de outras moléculas de IgG e de outras proteínas. 
Os reagentes antiglobulina são utilizados em grande parte dos testes imuno-hematológicos 
podendo ser de origem policlonal e/ou monoclonal. Os reagentes poliespecíficos podem ter 
coloração esverdeada para facilitar a sua identificação. Ao realizar o controle de qualidade dos 
reagentes anti-IgG, a avaliação da sua potência é crítica, devendo-se ter o cuidado de selecionar 
amostras conhecidas com anticorpos anti-Duffy e anti-Kidd em diluições seriadas. Já para os 
reagentes anticomplementares, a avaliação da qualidade é mais complexa. Para avaliar 
atividade anti-C3, é recomendável o uso do teste em dois estágios com EDTA escolhendo-se 
amostras com anticorpos anti-Lewis, por serem na sua maioria, IgM e ligarem-se ao 
complemento. 
 
2.2 Lectinas 
 
As lectinas começaram a ser investigadas desde que a primeira destas moléculas foi descoberta 
por Stillmark em 1888 que, estudando a toxicidade de extratos de mamona (Ricinuscommunis) 
observou sua capacidade para aglutinar eritrócitos devido à presença de uma proteína extraída, 
a ricina (Sharon; Lis, 1988). Este fato marcou o início de muitas pesquisas envolvendo essas 
moléculas. Um ano depois, em 1889, Hellin observou que o extrato tóxico de jequiriti 
(Abrusprecatorius) também aglutinava células sanguíneas devido à presença de uma proteína 
denominada abrina (Sharon; Lis, 1991). Essas duas lectinas são hoje reconhecidas como 
pertencentes ao grupo de proteínas inativadoras de ribossomos, denominadas RIPs (Bradberry, 
2007; Olsnes, 2004). Essas proteínas, quando presentes em plantas e capazes de aglutinar 
eritrócitos, foram inicialmente denominadas como fitohemaglutininas, hemaglutininas, 
fitoaglutininas ou aglutininas de plantas (Sharon; Lis, 1988). 
 
Lectina é um termo originado do latim “lectus”, que significa selecionado, escolhido; Boyd e 
Shapleigh (1954) utilizaram este termo para designar o grupo de proteínas queapresentam a 
característica comum de seletividade na interação com carboidratos. Este termo foi 
generalizado por Sharon e Lis (1972), englobando todas as proteínas presentes em fontes de 
natureza variada, de origem não imunológica, capazes de ligar-se a carboidratos, com 
especificidade ou não para eritrócitos de um determinado grupo sanguíneo. 
 8 
 
Em 1980, as lectinas foram muito bem definidas por Goldstein et al; como proteínas ou 
glicoproteínas de origem não imunológica, que apresentam dois ou mais sítios de ligação 
capazes de interagir, de forma reversível, com carboidratos, precipitar glicoconjugados e 
aglutinar células de origem animal ou vegetal. 
 
Em 1981, Dixon sugeriu uma nova definição para estas moléculas como sendo proteínas que 
possuem pelo menos um sítio de reconhecimento a carboidratos, desta maneira incluindo as 
demais proteínas semelhantes às lectinas. Ainda em 1981, Kocourek&Horejsi denominaram-
nas como proteínas ou glicoproteínas de origem não imune que se ligam a carboidratos, 
generalizando o termo para proteínas monovalentes, di ou polivalentes capazes de interagir com 
carboidratos. Autores como Barondes (1988) e Sharon e Lis (1990) sugeriram também a 
existência de um sítio adicional de natureza hidrofóbica nas lectinas, o qual determina algumas 
interações entre proteínas.A habilidade de aglutinar células distingue lectinas de outras 
macromoléculas capazes de ligar carboidratos e é por isso geralmente incluída na definição de 
lectinas, de acordo com aquela proposta por Goldstein et al. (1980). A origem não imune das 
lectinas é enfatizada porque serve para distingui-las de anticorpos anti-carboidratos que 
aglutinam células. Enquanto os anticorpos são estruturalmente similares, as lectinas diferem 
entre si quanto à composição aminoacídica,requerimentos de metais, peso molecular e estrutura 
tridimensional. Além disso, as lectinas não são apenas encontradas em animais, mas também 
em outros organismos que não possuem sistema imune, como plantas e bactérias (Moreira et 
al., 1990). 
 
Outra definição bem aceita para as lectinas foi proposta por Kennedy et al. (1995). Estes autores 
apresentam essas moléculas como uma classe de proteínas de origem não imunológica que 
reconhecem carboidratos, livres ou conjugados a superfícies celulares, Através de seus sítios de 
ligação reversível. Peumans e Van Damme (1998; 1995) definiram, de forma mais abrangente, 
as lectinas de plantas como todas as proteínas que possuem no mínimo um domínio não-
catalítico que se liga reversivelmente a um mono ou oligossacarídeo específico, estendendo o 
conceito para proteínas que se comportam de forma completamente diferente com relação às 
suas propriedades de aglutinação e/ou precipitação de glicoconjugados. 
 
2.3 Reagentes Eritrocitários 
 
 9 
 
São utilizados nas provas reversas da fenotipagem ABO e para detecção e identificação de 
anticorpos antieritrocitários irregulares. 
Hemácias para classificação reversa 
Conjunto de reagentes constituído por suspensões de hemácias A1 e B. Deve apresentar 
concentração de 3% a 5% para as técnicas em tubo, ser RhD negativo e não apresentar sinais 
de hemólise. Realizar testes de especificidade e reatividade. 
Especificidade: testar as hemácias A e B com plasmas AB 
Reatividade: testar as hemácias A com plasmas B e as hemácias B com plasmas A 
Hemácias para triagem de anticorpos antieritrocitárosirregulares 
Conjunto de reagentes constituído por no mínimo duas suspensões de hemácias do grupo O, 
com perfil fenotípico conhecido em relação aos principais sistemas, na concentração de 3% a 
5% para as técnicas em tubo; não devem apresentar sinais de hemólise 
As suspensões de hemácias devem ser preferencialmente R1 R1 e R2 R2 e apresentar, pelo 
menos, uma célu- la positiva dos principais antígenos – D, C, c, E, e, K, P1 , Jka , Jkb , Fya , 
Fyb , M, N, S, s, Lea , Leb e Dia –, se possível. 
Análise dos resultados do controle de qualidade de reagentes 
Verificar a cada lote e transporte as condições de recebimento dos reagentes e proceder à análise 
do produto conforme as instruções acima. Todos os ensaios devem ser registrados e julgados 
segundo as especificações estabelecidas pelo serviço; 
• Deve-se elaborar de forma clara o laudo técnico da análise que libera o reagente para 
uso; 
• As não conformidades devem ser descritas em formulário próprio e comunicadas à 
Chefia do Laboratório que deve tomar as ações corretivas e preventivas; 
• Os resultados do Controle de Qualidade devem ser registrados e arquivados por período 
mínimo de cinco anos ou conforme legislações vigentes. 
 
Controle de qualidade externo 
Segundo a Portaria Ministerial nº 2.712/2013, os serviços de hemoterapia devem participar de 
programas de proficiência. 
• São programas elaborados por Institutos de referência para avaliar a adequação dos 
resultados de uma análise e envolve a interação com outras organizações. 
• São compostos por painéis práticos e teóricos. 
 
• Permitem aos serviços participantes: 
 10 
 
-Avaliar a qualidade das atividades imuno-hematológicas; 
– Diagnosticar desempenhos inadequados; 
– Utilizar os resultados como ferramenta de gerência para promover adequações e melhorias; 
 – Melhorar o padrão de desempenho das equipes. 
 
 
 
 
2.4 Potencializadores 
 
Potencializadores: são substâncias adicionadas ao teste com objetivo de facilitar a interação 
entre o antígeno e o anticorpo e aproximar as hemácias, favorecendo dessa forma a aglutinação 
e encurtando o tempo de reação. 
 
Os mais utilizados na rotina imuno-hematológica são: 
• Enzimas proteolíticas – papaína, bromelina, ficina e tripsina; 
A identificação de anticorpos irregulares é obrigatória em pacientes receptores de sangue com 
resultado de pesquisa para anticorpos irregulares positiva. É realizada utilizando-se um painel 
de suspensão de glóbulos vermelhos de grupo sangüíneo O, fenotipados para os antígenos 
eritrocitários de diferentes sistemas de grupos sangüíneos e, pelo menos, uma suspensão Di(a+). 
É constituído por um número variável de frascos (de 11 a 20), podendo ainda ser previamente 
tratado com enzimas proteolíticas (papaína ou ficina). As enzimas potencializam as reações 
para a identificação de anticorpos Rh, Kidd, Lewis, P e Vel e de crioglutininas de especificidade 
anti-I, anti-i e anti-HI. As hemácias tratadas com ficina ou papaína não reagem com a maioria 
das amostras de anti-Fya, anti-M, anti-N e anti-Pr positivas. 
• Meio de baixa força iônica – solução de LISS; 
O reagente LISS pronto para uso é uma solução de baixa força iônica contendo glicina, cloreto 
de sódio e tampão fosfato. O reagente é fornecido em uma diluição ótima, sem a necessidade 
de diluição ou adição posterior. 
Quando usado com as técnicas recomendadas, a solução irá reduzir a força iônica do sistema-
teste, aumentar a taxa de ligação de hemácias antígeno e anticorpo, permitindo uma redução 
substancial do tempo incubação e um aumento na sensibilidade do ensaio com muitos 
anticorpos específicos. 
 11 
 
Dentre os testes relacionados ao controle de qualidade estão: Aparência; ausência de 
precipitado, hemólise: Especificidade; ausência de falsa reação e Sensibilidade; aglutinação 
clara com oantígeno correspondente. 
• Substância macromolecular – albumina bovina 22%; 
A albumina bovina é o mais antigo reagente utilizado para a potencialização de reação antígeno-
anticorpo (34). Para a análise desse reagente, são feitos testes com hemácias não sensibilizadas 
(teste de antiglobulina direto negativo), para verificar se o reagente promove hemaglutinação 
sem a presença de anticorpos específicos e conhecidos para as amostras escolhidas. O reagente 
não pode formar grumos, empilhamento de hemácias (hemácias em "rouleaux") ou promover 
hemólise. Existem inúmeros relatos de autoanticorpos que reagem somente na presença de 
albumina bovina, sendo necessário na análise de qualidade dessa substância potencializadora, 
cuidado especial para avaliar estas situações, que não são incomuns. Para tanto, albumina 
bovina a 22% é adicionada a cinco amostras de suspensão de hemácias não sensibilizadas. 
• Polímero linear solúvel em água – polietilenoglicol (PEG) 10% e 20%. 
O reagente de polietilenoglicol ou P.E.G. foi descrito por Nance e Garraty como potencializador 
de reações antígeno-anticorpo, sendo superior à albumina na identificação de anticorpos 
irregulares. A análise de qualidade das formulações com P.E.G. envolvem testes de reatividade 
e especificidade, sendo utilizadas diferentes suspensões de hemácias para os ensaios de 
reatividade (E+e+), Fy(a+b+) e Le(a+b+) e especificidade (E-e+), Fy(a-b+) e Le(a-b+). 
Amostras selecionadas que contenham anticorpos anti-E, anti-Fya e anti-Leb com título = 1 são 
testadas para verificar a intensidade de aglutinação das reações antígeno-anticorpo. 
 
2.5 Reagente antiglobulina Humana (AGH) 
 
Em 1945, Coombs, Mourant e Race produziram o soro de antiglobulina humana a partir da 
injeção de soro humano ou seus componentes purificados em coelhos. Embora tenham sido 
fundamentais em introduzir o teste de antiglobulina à sorologia de grupos sanguíneos, o 
princípio do teste já tinha sido descrito por Moreschi, em 1908, não sendo divulgado na 
época. A descoberta foi de grande importância para a medicina transfusional, pois a partir daí 
foi possível a detecção de vários anticorpos incompletos que não causavam aglutinação das 
hemácias em meio salino, como os anticorpos do sistema Rh (D) envolvidos na doença 
hemolítica do recém-nascido e do feto e na anemia hemolítica autoimune. 
A IgM e a IgG são os anticorpos de maior importância clínica relacionados aos grupos 
sanguíneos. Anticorpos da classe IgM, têm uma estrutura pentamérica, e são capazes de 
aglutinar diretamente as hemácias em meio salino. Anticorpos da classe IgG sensibilizam as 
hemácias sem causar aglutinação eritrocitária, e são considerados ”incompletos”. A detecção 
 12 
 
de hemácias sensibilizadas por IgG é realizada pela adição de antiglobulina humana (AGH) 
ou anti-IgG, que causa a aglutinação eritrocitária. A utilização da AGH pode ser considerada 
a maior descoberta da medicina transfusional depois do sistema ABO. 
O teste de antiglobulina ao utilizar a anti-IgG humana permite reconhecer a fração Fc do 
anticorpo fixado na membrana das hemácias sensibilizadas, dessa forma, as duas porções Fab 
dos heteroanticorpos contidos no soro AGH, formam uma ligação entre os anticorpos 
humanos, resultando no fenômeno da aglutinação. 
 
 
Tipos de reagentes de antiglobulina humana: 
A) Poliespecíficos: Podem ser policlonais, monoclonais ou mistos. Contêm anticorpos contra 
IgG humana e contra frações do complemento C3 (C3b, C3c e/ou C3d) 
B)Monoespecíficos: Podem ser policlonais ou monoclonais. Contém apenas uma 
especificidade de anticorpos, anticorpos antiIgG, anti-IgM, anti-IgA ou anticorpos para 
componentes específicos do complemento como C3b, C3c ou C3d. 
C) Anti-IgG: Não contém atividade anticomplemento. Contêm anticorpos específicos para o 
fragmento Fc da cadeia pesada gama da molécula de IgG. Está presente nos soros 
monoespecíficos. 
D) Anticomplemento: São reativos apenas contra componentes do complemento, não tendo 
atividade contra imunoglobulinas humanas. Está presente nos soros poliespecíficos.Aplicação do teste de antiglobulina humana: 
 a) Teste da antiglobulina direto (alguns autores: teste direto da antiglobulina) Também 
conhecido como Teste da Antiglobulina Direto (TAD) ou Coombs Direto (CD), é considerado 
um método simples para detectar a sensibilização in vivo de hemácias com IgG e/ou 
componentes do complemento, de acordo com o soro de antiglobulina humana . 
Pode ser realizado pela técnica em tubo ou gel-teste. O método em tubo é realizado após a 
adição de hemácias a serem testadas, previamente lavadas com solução fisiológica por 3 vezes 
a 0,9%, e a adição do reagente de antiglobulina humana. A lavagem das hemácias é uma etapa 
fundamental, pois tem a finalidade principal de remoção de globulinas humanas e evitar a 
neutralização do soro de Coombs. 
O teste da antiglobulina (também chamado teste de Coombs) baseia-se no princípio de que, 
globulinas anti-humanas (AGH) obtidas a partir de espécies não humanas imunizadas, se 
ligam a globulinas humanas, tais como: IgG ou complemento, seja livre no soro ou ligado a 
antígenos nas hemácias. Existem dois tipos principais de anticorpos de grupo sanguíneo, IgM 
e IgG. Devido à sua grande estrutura de pentâmero, os anticorpos IgM ligam-se aos antígenos 
correspondentes suspensos em soro fisiológico e os aglutinam diretamente. Os anticorpos IgG 
 13 
 
são denominados não aglutinantes, porque a sua estrutura é pequena (monômero) e dessa 
forma não possui a capacidade de aglutinar diretamente as hemácias sensibilizadas. A adição 
de AHG contendo anti-IgG permite a aglutinação das células sensibilizadas. O teste de 
antiglobulina contribui diretamente para o diagnóstico da anemia autoimune, pois sua 
positividade confirma que o anticorpo foi fixado in vivo à hemácia do paciente, auxiliando 
dessa forma o diagnóstico diferencial com outras anemias hemolíticas, como as causadas por 
alterações da hemoglobina ou da estrutura da hemácia. É importante também no diagnóstico 
das anemias hemolíticas do recém-nascido e das anemias induzidas por drogas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
 
3 CONCLUSÃO 
Em virtude dos fatos mencionados possibilitam as seguintes conclusões: O controle da 
qualidade de reagentes imuno-hematológicos é essencial para garantir a reprodutibilidade e 
consequentemente a confiabilidade dos resultados dos testes utilizados na rotina transfusional. 
Sendo assim os resultados das inspeções da qualidade dos reagentes no laboratório aumenta a 
margem de segurança das análises imuno-hematológicas. O reagente que estiver fora das 
especificações técnicas de qualquer dos parâmetros é reprovado no controle de qualidade. Nesse 
caso, é preciso registrar o fato e devolver o reagente ao fabricante informando-lhe o motivo da 
reprovação. As amostras controles introduzidas na rotina avalia a reprodutibilidade das análises 
imuno-hematológicas promovendo a diminuição de erros e aumentando a credibilidade de 
resultados dos testes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
NOVARETTI, Marcia C. Z. et al . Controle de qualidade interno de regentes em 
imunohematologia: aspectos práticos. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São José do Rio Preto 
, v. 24, n. 4, p. 270-285, Dec. 2002. 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1516-84842002000400005 
http://www.hemocentro.fmrp.usp.br/wp-content/uploads/oficina2019/dia-23-aula-4-emile.pdf 
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50 liss ready for use - master diagnóstica 
(masterdiagnostica.com.br) 
http://revistas.ufg.br/index.php/ref/index 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/imuno_hematologia_laboratorial.pdf 
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http://www.masterdiagnostica.com.br/produto/liss-ready-for-use
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http://revistas.ufg.br/index.php/REF/index

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