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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE ARTES
CURSO DE MÚSICA - L
CONCEPÇÃO INTERACIONISTA
Acadêmicos: Egon B. Ribeiro, Matheus C. Zortea, Michel Fellipio, Micheli Artuso, Thiago Lang
Passo Fundo, abril de 2019.
O interacionalismo refere-se a aprendizagem através das novas experiências que temos. Todo conhecimento que possuímos sobre o mundo é concebido através das observações, compreensão e absorção das informações que são apresentadas ao ser humano nas mais diversas situações. 
A concepção interacionista considera que os elementos biológicos e sociais não podem ser desconectados. Um exemplo disso são as crianças, que convivendo com os outros seres humanos, desenvolve a linguagem, compartilha cultura e os hábitos do seu grupo social.
Os principais teóricos do Interacionalismo são Jean Piaget, onde defende que o humano passa por uma série de mudanças previsíveis e ordenadas, e Lev Vygotsky, que interage com Piaget, mas complementa a ideia que as mudanças são influenciadas ao meio em que o sujeito se encontra.
O conhecimento jamais pode ser considerado como algo inato, dado, acabado. O conhecimento nunca fica pronto, ele é uma construção infindável, é uma potência a ser desenvolvida. Essa teoria é, de alguma forma, sustentada pela proposta piagetiana do construtivismo. Jean Piaget foi o teórico mais importante do movimento construtivista, precursor em vários aspectos, e dele trataremos num primeiro momento sobre o construtivismo neste texto.
Piaget tem fortes influências ainda do período iluminista, como cientista que era, baseou todos seus estudos com fundamento nas ciências empíricas. Reflexo disto é a constante necessidade de adaptação as descobertas, lembrando, de alguma forma, a proposta de esclarecimento de Kant. Cabe relembrar que não se fará uma análise e explicação pormenorizada da teoria, apenas aspectos mais fundamentais serão aqui travados, para que possam ser contextualizados na prática docente.
É diante disso que podemos destacar, por exemplo a necessidade da conceituação a assimilação em Piaget, que denota a noção de encontro de uma nova noção com um conhecimento já estabelecido, em que ocorre a assimilação deste novo conhecimento. A acomodação deste novo conhecimento demanda uma reestruturação da organização do pensamento, em que há um câmbio, uma troca de conceitos e o novo conhecimento se acomoda no lugar de um antigo.
É através desta assimilação e acomodação que ocorre a transição do conhecimento, a progressão, em que o novo encontra lugar na estrutura do conhecimento. A relação entre a acomodação e a assimilação produz um equilíbrio majorante dentro da teoria de Piaget, e há a necessidade de que esses conceitos trabalhem em conjunto. As contradições do conhecimento são equilibradas frente ao processo imutável de aprendizado.
Piaget buscou compreender os mecanismos pelos quais as crianças constroem representações internas de conhecimentos construídos socialmente, em uma perspectiva psicogenética, traz uma contribuição para além das descrições dos grandes estágios de desenvolvimento (FERRARI, 2010a).
Assim se constitui a base da teoria piagetiana, que é muito superior a isso, e nem de longe conseguimos sintetizar o seu pensamento. No entanto, essas noções se fazem suficiente para exemplificarmos sua utilização. Piaget explica muito mais do que um processo educativo, é um processo de aprendizado, não exclusivo de jovens estudantes. Durante todos os momentos de nossas vidas estamos assimilando e acomodando novos conhecimentos. 
Nesta teoria, todas as crianças se desenvolvem intelectualmente passando por estágios. Os diferentes estágios por que passam os indivíduos, são descritos no processo de aquisição dos conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência humana e de como o indivíduo se torna autônomo (SANTOS, 2005; COLL, 1992, p. 169)
A linguagem é um importante objeto de estudo para Piaget, também, pois é através dela que socializamos, aprendemos, estruturamos o pensamento e conhecemos o mundo. Não obstante, outros autores construtivistas também baseiam-se em processos linguísticos. Este é o caso de Lev S. Vygotsky, que possuí no âmago de sua teoria construtivista, descendente de Piaget, uma estrutura linguística inevitável e fundamental. Isso veremos a seguir, pois de antemão há necessidade da exposição de alguns conceitos do autor.
Para Vygotsky a educação, ou um princípio dela, está nos processos sociais, já que deles é que vem um primeiro contato que corrobora para o processo de formação das funções psicológicas superiores. Esses processos sociais são fundamentados e fundamentadores de instrumentos e signos. Também relacionam-se com a linguagem, Já que é uma das principais maneiras de mediação da aprendizagem. Portanto, os processos sociais são internalizados pela linguagem, que por sua vez relaciona-se direta e estritamente com a formação e interceptação dos signos. É linguisticamente que, através dos processos sociais, constroem-se signos e na prática os instrumentos.
A partir de suas pesquisas, Vygotsky constata que no cotidiano das crianças, elas observam o que ou outros dizem, porque dizem o que falam, porque falam, internalizando tudo o que é observado e se apropriando do que viu e ouviu. Recriam e conservam o que se passa ao seu redor. Em função desta constatação, Vygotsky afirma que a aprendizagem da criança se dá pelas interações com outras crianças de seu ambiente, que determina o que por ela é internalizado (FERRARI, 2010b; SANTOS, 2005).
A utilização prática da teoria vygotskyana está na percepção do conhecimento já pertencente ao aluno. Isso significa que o professor deve inteirar-se das propriedades que compreendem a teia de conhecimento deste aluno, para que de forma objetiva consiga estipular a potencialidade de um aprendizado novo, de modo que o aluno não se perca no processo e compreenda-no.
Araújo (2009), analisando a teoria criada pelo autor Vygotsky, diz que a aprendizagem na sala de aula é resultado de atividades que proporcionam interação, cooperação social, atividades instrumentais e práticas. Filatro (2008) enfoca que as atividades em sala de aula devam ser colaborativas, possibilitando que o aluno vá além do que seria capaz sozinho.
Nesse sentido, o professor deve mediar à aprendizagem utilizando estratégias que levem o aluno a tornar-se independente, preparando-os para um espaço de diálogo e interação. Essa teoria permite trabalhar com grupos e técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a sensação de isolamento do aluno. Além de permitir que ele construa seu conhecimento em grupo com participação ativa e a cooperação de todos os envolvidos, oferece oportunidades para discussão, reflexão e o encorajamento para arriscar e descobrir em grupo. Possibilita criar ambientes de participação, colaboração e desafiador. Considera o aluno inserido em uma sociedade e facilita a interação dos indivíduos. Essa teoria mostra-se adequada para atividades colaborativas e troca de ideias, como fóruns e chats.
É importante afirmar que essa interação entre homem e meio é considerada uma relação dialética, já que o indivíduo não só internaliza as formas culturais como também intervém e as transforma. (RESENDE, 2009).
O contato que o indivíduo tem com o meio e com seus iguais é mediado por um conhecimento e/ou experiência assimilado anteriormente, uma vez que o indivíduo não tem contato direto com os objetos, e sim mediado. Por isso, ele tem a sua teoria como sociointeracionista, pois percebe que interação é mediada por várias relações, diferentemente do construtivismo, em que o sujeito age diretamente com o objeto (MAGALHÃES, 2007). A mediação, conceito central de sua obra, é a intervenção de um elemento intermediário em uma relação. Para Vygotsky, existem dois elementos mediadores: os instrumentos e os signos. Ambos oferecem suporte para a ação do homem no mundo (STADLER et al). Instrumento é todo objeto (externo) criado pelo homem com a intenção de facilitar seu trabalho e sua sobrevivência, enquanto ossignos são instrumentos psicológicos (internos), que auxiliam o homem diretamente nos processos internos.
São os conceitos mais teóricos dos autores, em consonância com o processo interacionista pressuposto por eles, que facilita a aprendizagem do aluno. Essa concepção leva em conta o meio em que o aluno está envolvido, afetando, inclusiva, a própria noção da prática docente.
Ao conceber uma nova postura no processo de ensino-aprendizagem, os autores ofertam uma proposta que modifica o próprio rumo da psicologia da educação. Isso muda um paradigma que vinha se estruturando com base em um processo comportamental e estabelecendo uma visão construtivista do conhecimento, considerando o meio em que o indivíduo interage.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLL, César. As contribuições da psicologia para a educação: teoria genética e aprendizagem escolar. In: LEITE, Luci Banks (Org). Piaget e a escola de Genebra. São Paulo: Cortez, 1992.
FERRARI, Márcio. Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio. Especial Nova Escola, São Paulo, n. 43, 16 jul. 2012a. Edição especial grandes pensadores. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/edicoes-especiais/022.shtml#>.
MAGALHÃES, Mônica M. G. A perspectiva da Linguística: linguagem, língua e fala. Rio de Janeiro, 2007.
RESENDE, Muriel L. M. Vygotsky: um olhar sociointeracionista do desenvolvimento da língua escrita. Disponível em: <http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1195>. Publicado em: 25/11/2009.
SANTOS, Raquel. A aquisição da linguagem. In: FIORIN, José Luiz (Org). Introdução a linguística: objetos teóricos. São Paulo: Ática, 2002, p. 11-24
STADLER, Gesane; ROMANOWSKI, Joana P.; LAZARIN, Luciane; ENS, Romilda T.; VASCONCELLOS, Sílvia. Proposta pedagógica interacionista. Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2004/anaisEvento/Documentos/CI/TC-CI0087.pdf.>

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