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micoses superficiais, subcutâneas e cutâneas

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Micoses superficiais, 
cutâneas e subcutâneas 
Micoses superficiais 
 
• Induzem pouca ou nenhuma resposta imune 
• Assintomáticas 
• Limitadas ao estrato córneo 
• Interesse estético, em geral 
• Fáceis de diagnosticar e tratar, em geral 
• Prevalente em climas tropical e subtropical 
• Frequentes em adolescentes e adultos 
Doenças relacionadas 
• Pitiríase Versicolor 
• Tinea Negra 
• Piedra Branca 
• Piedra Preta/Negra 
As micoses cutâneas e superficiais estão no tecido 
epiteliais porém em camadas diferentes, 
principalmente na camada lúcida e estrato córneo, 
quando penso em cutânea estará presente no 
espinhoso, granuloso e germinativo, já as subcutâneas 
acometem a derme. 
A cutâneas geram resposta inflamatória: rubor, 
dependendo da espécie fúngica 
As micoses superficiais não tem resposta imune, são 
mais estéticas as lesões, pois atingem camadas de 
células mortas. 
As micoses subcutâneas acometem a derme, tecido 
subcutâneo, músculos e fáscias. NÃO TEM 
CAPACIDADE de causar órgãos e sistemas só se ele 
tiver imunossuprimido. 
 
Pitiríase Versicolor (Tinea Versicolor) 
▪ Agente etiológico: Malassezia furfur 
▪ Levedura lipofílica (dependente de lipídios). “Fator de 
virulência”: LIPASES 
▪ Faz parte da microbiota da pele / Natureza:saprofítico 
▪ Não é contagioso 
▪ Característica da lesão: lesão macular, finamente 
descamativa, de tamanho, forma e cor variáveis 
hipocrômica ou hipercrômica, observada em áreas 
seborreicas do corpo, tórax, ombros, abdome etc. e em 
áreas inusitadas, como pálpebras e pênis. 
HIPOCROMIA pode ser atribuída ao ácido azelaico 
(também com ação sobre bactérias) que interfere na 
melogênese e a hipercromia pode ser estar atribuída 
ao aumento da distribuição de 
 
melanossomas. Hipocromia: Lesões visíveis após 
exposição ao sol. 
▪ Fatores predisponentes: alta temperatura, alta 
umidade relativa do ar, elevada sudorese, terapia 
imunossupressora. 
Existe a Pitiríase alba que não é causada por fungos e 
sim pela radiação solar com a destruição de 
melanócitos. 
 
Dermatite seborreica (famosa “caspa”) 
• Agente etiológico: Malassezia globosa 
• Levedura lipofílica (dependente de lipídios) 
• Fator de virulência: lipases 
• Faz parte da microbiota da pele / natureza: 
saprofítico 
 
Tinea Nigra 
• Agente etiológico: Hortaea werneckii 
• Fungo melanizado 
• Presente no meio ambiente 
• Característica da lesão: lesão macular, pouco 
descamativa, de cor marrom a negro, comum 
em regiões palpar e plantar (outras áreas 
podem ser acometidas) 
• Fatores predisponentes: hiperhidrose, fatores 
ambientais (clima tropical), etc 
• Microbiota transitória. 
• Tratamento com antifúngico 
• Lesão estética; 
 
Piedra 
Conceito: micose que acomete a parte livre dos pelos, 
formando concreções de colorações brancas ou pretas 
São assintomáticas; 
 
Piedra Branca 
▪ Agente etiológico: Trichosporon spp. (Ex.: 
Trichosporon beigelli) 
▪ Presente em haste livre de pelos/cabelos 
▪ Contagioso 
▪ Características: nódulos claros ao redor dos pelos de 
qualquer parte do corpo e cabelos. Nódulos macios, 
pastosos, e por conta da cor branca, são associados à 
caspas; 
 
Piedra Preta/Negra 
▪ Agente etiológico: Piedraia hortae 
▪ Haste livre de cabelos (encontrado somente em 
cabelos) 
▪ Características: nódulos endurecidos de coloração 
escura fortemente aderido. 
 
Micoses cutâneas 
As micoses cutâneas incluem infecções causadas por 
fungos dermatofíticos (dermatofitoses) e fungos não 
dermatofíticos (dermatomicoses). 
 
Dermatofitoses 
Complexo de doenças causadas por fungos 
filamentosos, denominados dermatófitos, dos 
gêneros: Trichophyton, Microsporum e 
Epidermophyton. 
▪ Invadem a pele, pelos e unhas (camadas 
queratinizadas). 
 ▪ Fator de virulência: queratinase e outras enzimas 
(elastase, colagenase e dnase); 
▪ As várias formas de dermatofitoses são denominadas 
Tinea (Brasil: Tinha); 
 
Classificação das dermatofitoses 
Critério: localização anatômica ou estrutura afetada 
✓ Tinea Capitis (couro cabeludo, sobrancelha e cílios) 
✓ Tinea Barbae (barba) 
 ✓ Tinea Corporis (corpo) 
✓ Tinea Cruris (virilha) 
✓ Tinea Pedis (pé) 
✓ Tinea Unguium (unha). ONICOMICOSE 
 
DERMATOMICOSE: micose cutânea causada por 
fungos não dermatófitos. Ex.: Candida 
 
Classificação dos dermatófitos 
Critério: habitat natural 
 ▪ Geofílicos (vivem no solo e são patógenos 
ocasionais de animais e humanos). Ex.: M. gypseum 
 
▪ Zoofílicos (parasitam pelo e pele de animais, mas 
podem ser transmitidos ao homem). Ex.: M. canis 
(presente em cães, gatos etc); 
▪ Antropofílicos (parasitam os humanos e podem ser 
transmitidos de forma direta ou indireta: mais 
comum). Ex.: T. rubrum, T. mentagrophytes, T. 
tonsuras, E. floccosum. 
❖ Antropofílicos: geralmente são infecções 
relativamente não inflamatórias, crônicas e difíceis de 
curar; 
❖ Geofílicos e zoofílicos: intensa reação inflamatória, 
responde bem à terapia 
LESÕES CARACTERÍSTICAS 
▪ Manchas inflamatórias na pele 
▪ Lesão de tonsura no pelo 
▪ Destruição da lâmina ungueal na unha; 
 
Patogenicidade – fatores de virulência 
 1) Atividade de queratinases, elastases e sulfatases 
são importantes na implantação da micose; 
 2) Alguns lipídeos presentes no fungo são capazes de 
estimular resposta alérgica; 
 3) Lipases observadas em 75% das amostras de 
dermatófitos auxiliam o fungo a superar a ação dos 
ácidos graxos protetores da pele. 
4) Grupos genéticos e T. rubrum– HLA-DQB1*06 
susceptibilidade HLA-B14 resistente. 
Tinea Capitis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração 1: Trichophyton 
tonsurans. Pequenas e 
múltiplas áreas de alopécia, 
geralmente parciais. Exame 
direto do pêlo → 
1 
2 
artroconídios do fungo em seu interior – ENDOTRIX 
 
Ilustração 2: Microsporum canis. Poucas e grandes 
áreas de alopécia. Exame direto do pêlo → 
artroconídios por fora dele - ECTOTRIX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tinea Pedis 
• Conhecido como pé de atleta (dermatofitose 
mais comum); 
• Esporos encontrados em pisos de piscinas, 
vestiários; 
 
Aguda → Tricophyton mentagrophytes 
Eczematóide (vesículas plantares e digitais); 
 
 
Crônica → Tricophyton rubrum. 
Lesões eritematosa descamativas em toda região 
plantar, acompanhadas de discreta ou nenhuma 
inflamação. Comum em diabéticos. 
 
Tinea Unguium (onicomicose) 
Destruição da lâmina ungueal 
Agentes etiológicos 
• Trichophyton rubrum, 
• Trichophyton mentagrophytes 
• Epidermophyton flocosum 
Fungos antropofílicos 
 
 
 
• Patogênese: invasão das hifas – unhas 
amareladas, quebradiças, espessas e 
esfarelada. 
IMPORTANTE HIGIENIZAR CALÇADOS COM lysoform 
em spray. 
 
 
 
Tinea Corporis 
• Agentes etilógicos: Trichophyton rubrum, 
Epidermophyton flocosum 
• Localização preferencial nos braços, face e 
pescoço; 
• Comum em atletas com contato corpo a corpo; 
• Quando contraída de animais, o processo 
inflamatório é maior, por gatos são 
assintomáticos e por cães aprecem mais os 
sinais e sintomas. 
• Em geral, prurido asociado à lesão 
• Lesões anulares, área central clara e 
descamativa, borda avermelhada, isoladas ou 
confluentes, podendo-se observar vesículas ou 
pústulas em sua borda. 
• Lesões extensas → investigar imunodepressão 
 
 
Tinea Cruris 
• Agentes etiológicos: Trichophyton rubrum, T. 
mentagrophytes e Epidermophyton flocosum 
• Pode atingir coxas, períneo, nádegas e região 
pubiana 
• Comum em obesos, DM, imunodeficientes, 
acamados, idosos etc 
. 
 
 
 
Micoses subcutâneas 
São micoses causadas por fungos que crescem no solo 
e sobre vegetais, e são introduzidas no tecido 
subcutâneo através de um trauma, inoculada na 
derme. 
▪ Dificilmente se disseminam para órgãos distantes 
Manifestação: granuloma ou lesão supurada da pele 
ou tecido subcutâneo. 
▪ Pacientesinfectados não possuem deficiência imune 
de base, geralmente 
▪ Exemplos de doenças relacionadas (curso crônico e 
insidioso) 
▪ ESPOROTRICOSE (Sporothrix schenckii) 
▪ Cromoblastomicose ▪ Feohifomicose ▪ Micetoma 
várias etiologias 
Esporotricose 
• Proveniente do solo, vegetais, madeira 
• Pode estar relacionado à ocupação 
profissional (ex.: jardineiro) 
• Comum em climas quentes 
• Brasil: endemia zoonótica no Rio de Janeiro. 
(1998-2009: 3.000 casos em gatos infectado / 
maior epidemia de transmissão zoonótica) 
• Animais podem agir como vetores do fungo 
(gatos, principalmente) 
 
Esporotricose 
 
• Agente etiológico: Sporothrix schenckii. Há 
outras espécies 
• Fungo dimórfico – fator de virulência 
• Temperatura ambiente (25 ºC): fungo 
filamentoso (vida saprofítica) 
• Temperatura corpórea (37 ºC): levedura 
pleomórfica (vida parasitária) 
• Morfologia (utilizada para diagnóstico) 
 
Microscopia direta: células leveduriformes pequenas, 
ovoides ou com forma de charuto 
 
Microscopia após cultivo: hifas delicadas, septadas e 
conídios periformes ou esféricos, isolados ou 
agrupados como pétalas de uma flor. 
 
 
Cultura (ágar Sabourad destroxe): colônia 
acinzentada, com halo branco ao redor . 
 
Cromoblastomicose 
• Caracterizada pelo desenvolvimento de 
nódulos ou placas verrucosas de crescimento 
lento; 
• Mais comumente observada nos trópicos, 
onde o calor e o ambiente úmido, associados à 
falta de calçados protetores e roupas, 
predispõem as pessoas à inoculação direta 
com solo ou matéria orgânica infectados. 
• Os organismos mais comumente associados à 
cromoblastomicose são fungos pigmentados 
(dematiáceos) dos 
gêneros Fonsecaea, Cladosporium, Exophiala, 
Cladophialophora, Rhinocladiella e Phialophor
a. 
• Células muriformes, hifas pigmentadas 
também podem estar presentes. As células 
fúngicas podem estar livres no tecido, mas 
muitas vezes estão no interior de macrófagos 
ou de células gigantes. 
• Trabalhadores em áreas rurais dos trópicos. 
Cromoblastomicose do pé e da perna. 
 
 
 
Feo-hifomicose Subcutânea 
Feo-hifomicose é um termo utilizado para descrever 
um conjunto heterogêneo de infecções fúngicas 
causadas por fungos pigmentados (dematiáceos) 
presentes nos tecidos como hifas irregulares. 
Feo-hifomicose subcutânea. Células leveduriformes 
dematiáceas e hifas septadas de Exophiala spinifera 
com material de Splendore-Hoeppli (seta) 
circundante (hematoxilina e eosina, ampliado 250 
vezes). 
Agentes etiológicos: Exophiala jeanselmei, Exophiala 
dermatitidis, Alternaria spp., Chaetomium spp., 
Curvularia spp., Phialophora spp., entre outros. 
Morfologia: Hifas pigmentadas (marrons), 2-6 μm de 
diâmetro, ramificadas ou não, frequentemente 
constritas nas septações proeminentes; formas de 
leveduras e clamidoconídios podem estar presentes 
Veja a Figura acima. 
Reação Comum do Hospedeiro: Granulomas 
subcutâneos císticos ou sólidos; epiderme 
sobrejacente raras vezes afetada. 
 
Micetoma Eumicótico 
Agentes etiológicos: 
Phaeoacremonium spp., Fusarium spp., Aspergillus 
nidulans, Scedosporium 
boydii, Madurella spp., Exophiala jeanselmei, entre 
outros. 
Morfologia no tecido: Grânulos com 0,2 a vários mm 
de diâmetro, compostos de hifas septadas grandes (2-
6 μm), hialinas (grãos claros) ou dematiáceas (grãos 
pretos) que se ramificam e formam clamidoconídios. 
Reação comum no hospedeiro: Supurativa com 
abscessos múltiplos, fibrose e tratos sinusais; material 
de Splendore-Hoeppli. 
A, Grânulo de micetoma por Curvularia geniculata. 
B, Hifas dematiáceas compactas e clamidoconídios 
embebidos em substância semelhante a cimento.

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