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RESUMO - FOTOSSÍNTESE EM PLANTAS C3, C4 E CAM A fotossíntese é um processo realizado, principalmente por plantas, para a obtenção de energia necessária para a sobrevivência. Os organismos fotossintetizantes capturam a energia solar para oxidar H2O, liberando O2, e reduzindo CO2, produzindo compostos orgânicos como a glicose. Sendo utilizada para o crescimento e desenvolvimento da biomassa do organismo autotrófico. A fotossíntese é importante não apenas para os seres fotossintetizantes, mas também para os demais organismos vivos. Visto que, constitui a base da cadeia alimentar dos ecossistemas, contribuindo com o fluxo de energia entre os níveis tróficos. A enzima principal da fotossíntese é a RuBP carboxilase-oxigenase (rubisco), que no processo de fixação do carbono a rubisco incorpora CO2. Contudo, algumas vezes pode utilizar o O2 como substrato, iniciando a via da fotorrespiração. A associação entre a fotossíntese e fotorrespiração depende das condições atmosféricas e da temperatura. Quando os estômatos da planta ficam abertos o CO2 se difunde para dentro, e o O2 e vapor de água se difundem para fora, minimizando a fotorrespiração. Entretanto, quando a planta fecha seus estômatos, para reduzir a perda de água pela evaporação, o O2 da fotossíntese se acumula no interior da folha. Com maior disponibilidade de O2, a fotorrespiração aumenta, além disso a rubisco tem uma maior afinidade pelo O2 quando as temperaturas aumentam. Portanto, as condições secas e quentes favorecem o processo de fotorrespiração, existem três tipos de plantas envolvidas neste processo. As plantas do tipo C3 fazem a fixação de dióxido de carbono através do ciclo de Calvin pela rubisco, sendo o primeiro produto da fixação de CO2 o PGA (molécula tricarbonada). Constituem cerca de 85% das espécies existentes, ocorrendo principalmente em regiões tropicais úmidas, incluindo plantas de produção como o arroz, trigo, soja. As plantas deste metabolismo recebem este nome por conta do ácido 3-fosfoglicérico formado após a fixação das moléculas de CO2. As taxas de fotossíntese das plantas C3 são constantemente elevadas, pois atingem as taxas máximas de fotossíntese em intensidades de radiação solar relativamente baixas. É um grupo vegetal altamente produtivo, contribuindo significativamente para o equilíbrio da biodiversidade terrestre. As folhas das plantas com metabolismo C4 têm dois tipos de células fotossintetizantes, as células da bainha perivascular (desprovidas de rubisco, onde ocorre o Ciclo de Calvin) e as células do mesófilo (desprovidas de PEP carboxilase, onde acontecem as reações dependentes da luz). As plantas C4 possuem grande afinidade com o CO2, que é fixado nas células do mesófilo para formar um ácido orgânico com 4 carbonos simples, oxaloacetato, sendo a razão do nome “C4”. Esta etapa de fixação do carbono é realizada pela enzima PEP carboxilase, que não apresenta tendência para se ligar ao O2. O oxaloacetato é convertido em malato, que é transportado para o interior das células da bainha do feixe vascular onde é quebrado, liberando uma molécula de CO2 que é fixado pela rubisco e transformado em açúcares através do Ciclo de Calvin. Devido à alta afinidade com o CO2, as plantas C4 apresentam uma vantagem comparado às plantas C3, podendo sobreviver em ambientes áridos. Pois, as plantas C4 atingem as taxas máximas de fotossíntese sob elevadas intensidades de radiação solar, fixando mais CO2 por unidade de água perdida, perdendo menos água que as C3 durante a fixação e a fotossíntese. Exemplos de plantas C4 seriam a cana-de-açúcar e o milho. O metabolismo ácido das crassuláceas (CAM), descoberto na família Crassulaceae, ocorre em plantas de ambientes secos, como desertos, são exemplos os cactos, abacaxi e lírios. Ao invés de separar as reações dependentes da luz e o uso CO2 no ciclo de Calvin no espaço, as plantas CAM separam estes processos no tempo. Tais plantas possuem uma estratégia adaptativa para o estresse hídrico, a abertura dos estômatos durante a noite evita a perda de água. Com os estômatos abertos à noite o CO2 é absorvido e fixado em oxaloacetato pela PEP carboxilase, sendo posteriormente convertido em malato. O malato é armazenado sob a forma de ácido málico em vacúolos das células do mesófilo, provocando a queda do pH. Por este motivo, as plantas CAM se tornam ácidas à noite e progressivamente mais básicas de dia. Durante o dia, os estômatos se fecham, e os ácidos orgânicos são transportados para fora dos vacúolos e quebrados para liberar CO2, que é utilizado na realização da fotossíntese sob elevadas intensidades de radiação solar. Em suma, a partir da fotossíntese as plantas contribuem para a produtividade dos ecossistemas, através da cadeia alimentar. Além disso, as plantas desenvolveram ao longo do tempo diferentes tipos de mecanismos e adaptações que lhes permitem prosperar até nos ambientes mais inóspitos, como os desertos.
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