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Síndrome do intestino curto

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Síndrome do intestino curto 
Ocorre após a ressecção de uma extensa porção 
do intestino e a porção que fica é insuficiente para 
manter uma nutrição adequada e o indivíduo irá 
desenvolver a SIC. Se ele perder até 50% do 
tamanho da extensão do intestino delgado ele 
consegue fazer compensação fisiológica da outra 
parte que foi perdida. Contudo se o intestino 
residual for <2 m já consideram SIC por que não 
vai dar conta (ele perdeu muito e só sobraram 2 
m). A principal causa é a Doença de Chron. 
 Adaptação do intestino após a ressecção: as 
vilosidades ficam maiores mais altas e mais juntas 
após um tempo o intestino remanescente. Isso 
quer dizer que houve uma hiperplasia da 
mucosa intestinal para aumentar a área de 
absorção e compensar a área de absorção que foi 
perdida, isso é um processo de adaptação 
intestinal entre 12 e 48 horas os hormônios e os 
fatores de crescimento passam a ser produzidos 
promovendo a hiperplasia das células e progride 
com o tempo (leva um ano). (Adaptação intestinal 
para compensar a perda 
Alguns nutrientes podem favorecer esse processo 
como arginina, glutamina, AG de cadeia curta e as 
fibras (Terapia nutricional) 
Alterações da funcionalidade – o quimo irá passar 
muito mais rápido por que a extensão do intestino 
foi reduzida, essa rapidez vai depender de quatro 
fatores: do local e extensão da ressecção, se 
preservou ou não a válvula íleo-secal, o grau de 
adaptação do intestino remanescente, e a 
presença da doença intestinal  irão interferir 
diretamente na gravidade dessa síndrome. 
1 fator é saber que parte do intestino foi 
retirada(jejuno, duodeno ou ílion) Se for proximal 
a retirada é duodeno e o ílion (melhor resposta 
hiperplásica nessa região distal) ira compensar a 
sua falta com diversas alterações morfológicas e 
funcionais a longo prazo; se a retirada for do ílion 
é ruim por que duodeno e jejuno não consegue 
fazer isso de forma eficiente , e causando 
desidratação e má absorção de micronutrientes 
(b12) e desequilíbrio eletrolítico . 
Se perder mais que 1 m do íleo terá perda maciça 
de Sais biliares, por que lá no íleo tem a circulação 
entero hepática que é usada para fazer 
reaproveitamento de sais biliares ,e retorna para o 
fígado, como perdeu o ilio a circulação entero fica 
comprometida tendo perda de sair biliares , e isso 
o obriga a produzir sempre sal biliar , que está sem 
reservas e não irá produzir sendo assim não 
absorvendo a gordura . Quando tem a retirada do 
íleo é observado a esteatorreia, menor absorção 
dos AG e de vit lipossolúveis e maior tendência de 
‘’pedra na vesícula’’ 
 
 
 
É o único sítio de absorção de vitamina b12, tendo 
que tomar suplementação intramuscular o resto 
da vida. 
Importância da válvula íleo-secal 
É um esfíncter que fica entre o íleo e o seco, e 
entre o ID e IG. Tem a função de regular o fluxo, e 
vai dar a ritimicidade do conteúdo do ID para o 
IG,vai dizer quanto de material que sobrou do ID 
ira passar para o IG.Sem ela perde a entrada de 
regulação de saída e entrada dos fluidos ,tendo a 
passagem de forma rápida e tendo diarreia e pode 
observar translocação bacteriana partir do refluxo 
do conteúdo ,podendo ter refluxo do material fecal 
para o ID. A preservação dela esta relacionada à 
menor incidência de sepse e de complicações no 
pós-cirúrgico. 
 
 
Importância da preservação do Cólon 
Individuo com SDC pode perder o ID e o IG que 
fica o cólon. 
Nele ocorre a fermentação dos carboidratos 
levando a formação dos AGCC, nos pacientes que 
fazem uma colectomia a quantidade de substrato 
residual será maior sendo ainda mais importante 
a ação das bactérias colônicas. A quantidade de 
CHO residual será ainda maior sendo importante 
a ação das bactérias colonicas, para haver sua 
fermentação. 
O paciente com SDC terá muita DIARREIA, bem 
como aumento das secreções (saliva, muco ,suco 
gástrico , bile , suco pancreático ) por que o 
paciente não tem mais o intestino com o tamanho 
de antes e não consegue reabsorver tanto)+ 
aumento da motilidade gástrica + secreção de 
água devido a hiperosmolaridade . Terá que usar 
muito soro intravenoso para repor os eletrólitos 
perdidos e utilização de drogas que diminuam a 
motilidade intestinal. 
 Recomendações nutricionais para 
a diarreia 
 Aumentar o número de refeições por dia(6-
8) -> melhor aproveitamento dos nutrientes 
e não provoca uma hiperosmolaridade 
 Mastigar bem os alimentos, evitar os 
flatulentos causando mais desconforto 
 Evitar os alimentos que estimulem s 
peristaltismos intestinal – as fibras insolúvel 
 Aumentar o consumo de fibra 
solúvel(pectina\goma) 
 Preferir pães, carnes vermelhas, carnes 
brancas e ovos (proteicos e não estimulam 
a peristalse) 
 Evitar alimento contendo a sacarose e 
lactose – pois puxam agua e aumentam a 
diarreia 
 Preferir líquidos a temperatura ambiente 
(os extremos alteram a motilidade) 
 Evitar a ingestão de bebidas carbonatas ou 
alcoólicas 
 Se necessário suplementar vitaminas e 
minerais 
 Incluir suplementos nutricionais com alta 
densidade calórica e proteica de baixa 
osmolaridade. 
Paciente com SDC 
A ingestão oral deve ser entre 200% a 419% maior 
do gasto energético basal, muita comida. Dieta 
hiperproteica, hipercalórica, maior demanda de 
nutrientes. Iniciar a via oral quando a diarreia 
estiver controlada. 
Dieta 
Não será tão hipolípidica, melhorar a qualidade do 
TG sendo o de cadeia média, não precisa dos sais 
biliares para ser absorvidos. A introdução de 
lípidio é iniciada pelo TCM, introduzido de forma 
pequena e bem fracionada (30 g) e vai 
aumentando até atingir valores de 50 a 60 g de 
tcm, isso e na realimentação, depois de anos ele 
tolera melhor o lípidio. O óleo de coco tem o TCM 
e o TCL – cuidado. 
Na fase intermediaria os carboidratos é bom usar 
os mais hidrolisados: maltodextrina, amido 
hidrolisado, dissacarídeos e evitar a sacarose e 
lactose pois piora a diarreia. 
Suplementar fibras solúveis para estimular a 
produção de AGCC, para estimular o processo de 
adaptação intestinal. 
A absorção média dos indivíduos com a SIC é 
65%do que é ingerido e para compensar isso tem 
que aumentar a ingestão. 
Recomenda-se 
A oferta de energia 32 kcal\kgpeso\dia> valor 
pouco para muitos pacientes podendo precisar de 
2 x mais, se teve perda intestinal ainda maior, 
Casos de 70 kcal só para manter. Pode usar a 
nutrição enteral para complementar a oferta de 
nutrientes. A TNE contra indicada na presença de 
vômitos irritáveis, obstrução intestinal ou diarreia 
refrataria ao tratamento. Na fase de adaptação o 
valor energético pode ser 60 kcal\kgpeso e a 
necessidade proteica atem 1,5 -3,0g\kgpeso ,para 
compensar as perdas oriundas da má absorção 
intestinal. 
Na fase tardia (1 ano), já passou pelo processo 
adaptativo intestinal, já recuperou ou manteve o 
peso, observar a reposição dos fluidos se não está 
desidratada, reposição das vitaminas 
principalmente as lipossolúveis (ADEK, B12 e 
ácido fólico) devido à dificuldade de absorver 
gordura e depende da parte que foi retirada para 
ter mais ou menos complicações, sendo 
monitorado por exames bioquímicos. 
Recomendações de energia para manter o peso 
25-30 kcal\kg com limitações..... 
Ptn: 1,5-2 ;tcm com tcl ;Maior fracionamento da 
dieta e refeições pouco volumosas e soluções de 
hidratação oral volumes pequenos e frequentes 
600- 1000ml\24horas. 
Recomendações: 
CHO: 60% das calorias totais, preferir os 
complexos ricos em fibras solúvel e evitar a 
sacarose e a lactose. 
Proteína: Hiperprotéica -> 15-20% 
Gordura: 20-25% 
Aumentar o consumo de água e combinar o TCM 
com o TCL, por que só os de cadeia media não 
traz os AG essências. 
Evitar alimentos ricos em oxalato :chocolate, chás, 
ovo maltine, cerveja, sucos com bagaço, limonada 
etc.

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