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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA JEAN F MACHADO ANÁLISE MICROESTRUTURAL DOS MATERIAIS Relatório Atividade Prática do dia 20/05/2021 São Leopoldo 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2 2 ANÁLISE METALOGRÁFICA ................................................................................. 3 3 ATAQUE QUÍMICO ................................................................................................. 3 3.1 Ataque com Reagente ......................................................................................... 4 3.1.1 Técnica do Ataque por Imersão ...................................................................... 4 3.1.2 Ácido Nítrico + Álcool (Nital 2%) ..................................................................... 5 4 ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DAS INCLUSÕES ................................................. 5 5 ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DO TEOR DE CARBONO ..................................... 5 6 ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DE ESTRUTURAS NORMALIZADAS E RECOZINDAS ............................................................................................................. 7 7 OBRAS CITADAS ................................................................................................... 7 8 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 8 9 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 9 2 1 INTRODUÇÃO Este relatório aborda os resultados da Análise Microestrutural no Ensaio Metalográfico realizado durante a aula prática no dia 20 de maio de 2021. Onde foram utilizados como corpo de prova dois aços ABNT 1020 (um recozido e outro normalizado) e dois aços ABNT 1045 (um recozido e outro normalizado). As amostras do corpo de prova já estavam previamente pré-preparadas e receberam pelos alunos o polimento, a secagem e o ataque químico para o prosseguimento da aula de análise microestrutural do corpo de prova. Onde foram analisadas e classificadas as inclusões presentes e, também foram diferenciados o teor de carbono, as estruturas e secções presentes nas amostras. 3 2 ANÁLISE METALOGRÁFICA O ensaio metalográfico é considerado um ensaio destrutivo pois apenas uma seção da peça é analisada. Em geral, esta seção é retirada por corte, levada para embutimento para facilitar as etapas posteriores de lixamento e polimento. A análise em si consiste em coletar informações por meio de imagem, principalmente através de Microscopia Óptica (MO) ou Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Dependendo os objetivos da análise, é necessário um ataque químico da superfície para obter contraste na coloração de fases ou inclusões (Centro de Pesquisa e Tecnologia da Rijeza Metalurgia, s.d.). A análise metalográfica permite identificar as fases presentes na microestrutura do material, avaliar a eficácia de tratamentos térmicos como têmpera e revenimento, identificar microconstituintes, inclusões, precipitados e descontinuidades presentes na microestrutura dos materiais metálicos de engenharia. Uma análise correta da microestrutura possibilita identificar desvios no tratamento térmico, regiões com segregação de elementos químicos, desenvolvimento de microtrincas, identificação de precipitados particulares, entre outros (Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais (CCDM) UFSCar, s.d.). 3 ATAQUE QUÍMICO A superfície do metal polido corretamente reflete a luz de forma homogênea e não permite distinguir os microconstituintes de sua estrutura. Para a revelação da estrutura torna-se necessário atacar a superfície previamente polida com soluções reativas apropriadas. Uma superfície polida pode ser observada no microscópio ótico sem necessidade de ataque desde que o polimento revele detalhes que apresentem 10% de diferença em refletividade da luz. Isto acontece em amostras com ases com diferenças em coloração e/ou em dureza. Trincas, poros e inclusões não-metálicas podem ser observadas na condição de polimento. Constituintes com menores diferenças em refletividade podem ser observados sem necessidade de ataque, com uso de iluminação com contraste de fase (campo escuro, luz polarizada) (Borges, 2009, p.37). 4 Alguns grãos e fases serão mais atacados pelo reagente que outros. Isso faz om que cada grão e fase reflita a luz de maneira diferente de seus vizinhos. Isso realça os contornos e grão e dá diferentes tonalidades às fases permitindo sua identificação das mesmas no microscópio (Rohde, 2010, P.20). 3.1 Ataque com Reagente O ataque químico depende do processo de oxidação e/ou redução que ocorre na superfície do corpo de prova. Os reagentes químicos para a revelação da estrutura de um metal ou liga metálica podem ser soluções simples ou misturas complexas orgânicas e inorgânicas. Os reagentes são geralmente compostos de ácidos com solventes apropriados, tais como álcool, água etc. Na sua quase totalidade os reagentes para revelação das estruturas metálicas na metalografia são diluídos em solução alcoólica (Borges, 2009, p.38). 3.1.1 Técnica do Ataque por Imersão O corpo de prova deve estar seco e aquecido com a ajuda de um secador e álcool. O reagente (Ácido Nítrico + Álcool) é então despejado em uma pequena cuba de vidro e a amostra é imersa na solução. Deve-se tomar cuidado para não permitir o contato da amostra com o fundo da cuba (Borges, 2009, P.40). O corpo de prova é movimentado para o completo espalhamento do reagente até que seu brilho se torne opaco. Após o ataque, quando já ocorreu a revelação da textura, lava-se a amostra em água corrente para eliminar o progresso da corrosão; leva-se a peça até o secador. Durante a secagem, passa-se seguidamente algodão embebido em álcool sobre a mostra, para evitarem-se manchas de secagem (Borges, 2009, P.41). 5 3.1.2 Ácido Nítrico + Álcool (Nital 2%) Dada a grande incidência do preparo de amostras de ferro e aço na metalografia, a preferência pela utilização do nital como reagente para a revelação de microestruturas se dá mais pela razão do seu fácil preparo e inoculação à mancha. Entretanto, o seu emprego indiscriminado para a revelação das estruturas de todos os produtos siderúrgicos comuns parece-nos discriminatória e perigosa. Nos Laboratórios de Metalografia existe uma tabela na qual constam os principais reagentes para a micro-revelação, sua composição, o que revelam e o tempo de ataque (Borges, 2009, P.43). 4 ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DAS INCLUSÕES As inclusões não metálicas são materiais compostos inseridos durante o processo de fabricação. As inclusões possuem origem química diferente e atribuem propriedades mecânicas diferentes ao aço, como formabilidade, tenacidade, usinabilidade e resistência à corrosão. Normalmente, quanto menor ou menos significativa for a inclusão, melhor é a qualidade do aço. Por isso, avaliar e documentar as inclusões não metálicas é importante para controlar a qualidade (Olympus, s.d.). Após as amostras serem preparadas adequadamente, sob análise da superfície no microscópio com o recurso de luz refletida, foram observadas as seguintes inclusões de tipos morfológicos: • Tipo A Sulfeto, séries fina e grossa e nível 1 e Tipo D Óxido Globular, séries fina e grossa e nível 2 nas amostras de aço ABNT 1020. • Tipo D Óxido Globular, séries fina e grossa e nível 2 nas amostras de aço ABNT 1045. 5 ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DO TEOR DE CARBONO Na análise microestrutural foi diferenciado as amostras com 0,20% Carbono e 0,45% Carbono de acordo com a quantidade de Cementitaencontrada entre os grãos do material. 6 Na figura abaixo vemos um exemplo da microestrutura encontrada nas amostras 1 e 4 que correspondem ao Aço ABNT 1020 pela presença de pouca Cementita entre os contornos dos grãos e alta concentração de Ferrita. (Guimarães, Siqueira, & Costa, 2008) Na figura abaixo temos um exemplo da microestrutura encontrada nas amostras 2 e 3 que correspondem ao Aço ABNT 1045 pela alta concentração de Cementita nos contornos de grão e pouca presença de Ferrita. (Bezerra & Machado, 2008) 7 6 ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DE ESTRUTURAS NORMALIZADAS E RECOZINDAS Nas amostras 1 e 2 de respectivamente Aço ABNT 1020 e Aço ABNT 1045 encontrou-se microestrutura heterogênea com grandes áreas de Perlita e Ferrita em grãos maiores e a Perlita mais concentrada caracterizando o tratamento térmico recozido. Enquanto nas amostras 1 e 4 de respectivamente Aço ABNT 1020 e Aço ABNT 1045 encontrou-se microestrutura mais homogênea com a Perlita bem distribuída e grãos finos caracterizando o tratamento térmico normalizado. 7 OBRAS CITADAS Bezerra, D. C., & Machado, I. F. (2008). AVALIAÇÃO DA USINABILIDADE EM TORNEAMENTO DE AÇO ABNT. Borges, J. N. (2009). Preparação de Amostras para Anlise Microestrutural. Santa Catarina: UFSC. Fonte: Pavanati's: http://pavanati.com.br/doc/Apostila%20Ana%20Maliska%20- %20Preparacao%20Microestrutural.pdf Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais (CCDM) UFSCar. (s.d.). CCDM UFSCar. Fonte: http://www.ccdm.ufscar.br/: http://www.ccdm.ufscar.br/materiais-metalicos-ensaios- tecnologicos/avaliacoes-micro-e-macroestruturais/analise-metalografica/ Centro de Pesquisa e Tecnologia da Rijeza Metalurgia. (s.d.). Rijeza Metalurgia. Fonte: Rijeza Metalurgia: https://rijeza.com.br/blog/metalografia-o-que-e-e- para-que-e-utilizada-essa-analise/ Guimarães, C., Siqueira, C., & Costa, A. (2008). INFLUÊNCIA DO CAMINHO DE AQUECIMENTO NAS PROPRIEDADES. 18º CBECiMat - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais. Porto de Galinhas, PE. Martins, M., Casteletti, L., Bonavina, L., & Forti, L. R. (2008). Análise microestrutural de aços inoxidáveis altamente ligados: da amostragem à interpretação. São Paulo. Materiais Júnior. (05 de Outubro de 2019). Materiais Júnior.com.br. Fonte: https://materiaisjr.com.br/ensaios-de-microscopia/ 8 Olympus. (s.d.). olympus ims. Fonte: olympus ims: https://www.olympus- ims.com/pt/nonmetallic-inclusion-analysis-in-steel/ Rohde, R. A. (outubro de 2010). https://edisciplinas.usp.br/APOSTILA_METALOGRAFIA. Fonte: https://edisciplinas.usp.br: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4313798/mod_resource/content/1/AP OSTILA_METALOGRAFIA.pdf Teclago Indústria e Comércio Eireli-ME. (19 de Setembro de 2016). Veja as etapas do processo da preparação de amostras para metalografia. Fonte: https://www.teclago.com.br/: https://www.teclago.com.br/veja-as-etapas-do- processo-da-preparacao-de-amostras-para-metalografia/ 8 REFERÊNCIAS Bezerra, D. C., & Machado, I. F. (2008). AVALIAÇÃO DA USINABILIDADE EM TORNEAMENTO DE AÇO ABNT. Borges, J. N. (2009). Preparação de Amostras para Anlise Microestrutural. Santa Catarina: UFSC. Fonte: Pavanati's: http://pavanati.com.br/doc/Apostila%20Ana%20Maliska%20- %20Preparacao%20Microestrutural.pdf Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais (CCDM) UFSCar. (s.d.). CCDM UFSCar. Fonte: http://www.ccdm.ufscar.br/: http://www.ccdm.ufscar.br/materiais-metalicos-ensaios- tecnologicos/avaliacoes-micro-e-macroestruturais/analise-metalografica/ Centro de Pesquisa e Tecnologia da Rijeza Metalurgia. (s.d.). Rijeza Metalurgia. Fonte: Rijeza Metalurgia: https://rijeza.com.br/blog/metalografia-o-que-e-e- para-que-e-utilizada-essa-analise/ Guimarães, C., Siqueira, C., & Costa, A. (2008). INFLUÊNCIA DO CAMINHO DE AQUECIMENTO NAS PROPRIEDADES. 18º CBECiMat - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais. Porto de Galinhas, PE. Martins, M., Casteletti, L., Bonavina, L., & Forti, L. R. (2008). Análise microestrutural de aços inoxidáveis altamente ligados: da amostragem à interpretação. São Paulo. 9 Materiais Júnior. (05 de Outubro de 2019). Materiais Júnior.com.br. Fonte: https://materiaisjr.com.br/ensaios-de-microscopia/ Olympus. (s.d.). olympus ims. Fonte: olympus ims: https://www.olympus- ims.com/pt/nonmetallic-inclusion-analysis-in-steel/ Rohde, R. A. (outubro de 2010). https://edisciplinas.usp.br/APOSTILA_METALOGRAFIA. Fonte: https://edisciplinas.usp.br: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4313798/mod_resource/content/1/AP OSTILA_METALOGRAFIA.pdf Teclago Indústria e Comércio Eireli-ME. (19 de Setembro de 2016). Veja as etapas do processo da preparação de amostras para metalografia. Fonte: https://www.teclago.com.br/: https://www.teclago.com.br/veja-as-etapas-do- processo-da-preparacao-de-amostras-para-metalografia/ 9 BIBLIOGRAFIA Bezerra, D. C., & Machado, I. F. (2008). AVALIAÇÃO DA USINABILIDADE EM TORNEAMENTO DE AÇO ABNT. Borges, J. N. (2009). Preparação de Amostras para Anlise Microestrutural. Santa Catarina: UFSC. Fonte: Pavanati's: http://pavanati.com.br/doc/Apostila%20Ana%20Maliska%20- %20Preparacao%20Microestrutural.pdf Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais (CCDM) UFSCar. (s.d.). CCDM UFSCar. Fonte: http://www.ccdm.ufscar.br/: http://www.ccdm.ufscar.br/materiais-metalicos-ensaios- tecnologicos/avaliacoes-micro-e-macroestruturais/analise-metalografica/ Centro de Pesquisa e Tecnologia da Rijeza Metalurgia. (s.d.). Rijeza Metalurgia. Fonte: Rijeza Metalurgia: https://rijeza.com.br/blog/metalografia-o-que-e-e- para-que-e-utilizada-essa-analise/ Guimarães, C., Siqueira, C., & Costa, A. (2008). INFLUÊNCIA DO CAMINHO DE AQUECIMENTO NAS PROPRIEDADES. 18º CBECiMat - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais. Porto de Galinhas, PE. 10 Martins, M., Casteletti, L., Bonavina, L., & Forti, L. R. (2008). Análise microestrutural de aços inoxidáveis altamente ligados: da amostragem à interpretação. São Paulo. Materiais Júnior. (05 de Outubro de 2019). Materiais Júnior.com.br. Fonte: https://materiaisjr.com.br/ensaios-de-microscopia/ Olympus. (s.d.). olympus ims. Fonte: olympus ims: https://www.olympus- ims.com/pt/nonmetallic-inclusion-analysis-in-steel/ Rohde, R. A. (outubro de 2010). https://edisciplinas.usp.br/APOSTILA_METALOGRAFIA. Fonte: https://edisciplinas.usp.br: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4313798/mod_resource/content/1/AP OSTILA_METALOGRAFIA.pdf Teclago Indústria e Comércio Eireli-ME. (19 de Setembro de 2016). Veja as etapas do processo da preparação de amostras para metalografia. Fonte: https://www.teclago.com.br/: https://www.teclago.com.br/veja-as-etapas-do- processo-da-preparacao-de-amostras-para-metalografia/
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