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1 UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – A POLITÉCNICA INSTITUTO SUPERIOR E UNIVERSITÁRIO DE TETE- ISUTE Tema: Registo e Visualização de Sinal Registadores galvanométricos e Servo-Registadores Trabalho de resolução de exercícios apresentado ao Instituto Superior e Universitário de Tete, para a cadeira de Medidas Elétricas I, orientado pelo docente da cadeira (Eng. Cristóvão Redenção), no âmbito do curso de Engenharia Eléctrica, 2º ano Discente: Alves Luis Amadeu Isaque Basílio Ivo Sande Nega Fernando Sandulane Tete, Junho de 2021 2 Índice 1. Introdução ......................................................................................................................................... 3 1.1. Registadores galvanométricos e servo-registadores ................................................................... 3 2. Registo e Visualização de Sinal ........................................................................................................ 3 2.1. REGISTADORES SÉRIE SIMPLE LOGGER II ........................................................................... 4 2.2. Pontos-chave:................................................................................................................................. 4 3. Classificação dos instrumentos de medida quanto à apresentação da medida ............................... 5 3.1. Registadores Galvanométricos ..................................................................................................... 5 3.2. Servo-Registadores........................................................................................................................ 7 4. CONCLUSÕES ...................................................................................................................................... 9 5. Bibliografia ...................................................................................................................................... 10 3 1. Introdução 1.1.Registadores galvanométricos e servo-registadores O acto de medir é uma prática quotidiana nas sociedades modernas, quer no plano pessoal quer nas actividades profissionais. Os técnicos, para saberem com o que contar e não terem de especular ou inferir, têm que efectuar medições. Só medindo é possível conhecer com rigor. Assim, especialmente nas áreas da engenharia e em particular na electrotecnia, a utilização de equipamentos de medição é uma necessidade imperiosa. Medir é um dos actos mais praticados por cada um de nós no nosso dia-a-dia. Por exemplo, ao olharmos para um relógio, seja digital ou de ponteiros (analógico) vemos no mostrador o resultado de uma medição de tempo. Comprar fruta no supermercado, abastecer o automóvel com combustível ou fazer uma chamada telefónica são outros actos usuais que têm implícitas medições. Medir uma grandeza física é compará-la com outra grandeza da mesma espécie, sendo a medição o conjunto de operações que têm por objectivo determinar o valor da grandeza. O acto de medir envolve a existência de unidades de medida, bem como instrumentação de medição que podem apresentar diferentes graus de precisão da medida desejada. Na vertente electrotécnica é usual a medição de correntes, tensões, potências, energia, factor de potência, carga harmónica, intensidade luminosa, valor da resistência de terra, resistência de isolamento entre outras. 2. Registo e Visualização de Sinal Os data logger DL150 e DL160 são equipamentos de registo de tensão e corrente TRMS, fáceis de programar e equipados com visor digital de modo a permitir ainda medidas em tempo real. Ambos os modelos podem medir tensões alternas até 600 V e intensidades de corrente até 200 A em intervalos regulares programados pelo utilizador (entre 1 segundo e 24 horas). O visor digital para além do valor em tempo real, pode mostrar ainda valores máximo e mínimo quer de tensão quer de corrente. Adicionalmente o utilizador pode ainda programar valores de alarme (alto ou baixo). 4 Os dados são depois descarregados para PC e analisados diretamente no software fornecido ou então exportar para Excel . 2.1. REGISTADORES SÉRIE SIMPLE LOGGER II 2.2. Pontos-chave: Modos de programação de registo e intervalos de registo programáveis; Capacidade de memória para 240.000 medidas; Alimentação por pilhas alcalinas; Ligação a computador por porta USB; Fornecido com software Data View para visualização de dados em tempo real, configuração do data logger, análise de dados ou ainda para elaboração relatórios de medidas; Possibilidade de visualização e registo em tempo real quando ligado a um computador; Versões para registos de corrente CA, corrente CC, tensão CC, tensão CA, sinais 4-20 mA e temperatura; Medidas TRMS para sinais CA Vasta gama de pinças de corrente para ligação aos data loggers. 5 3. Classificação dos instrumentos de medida quanto à apresentação da medida Instrumentos Indicadores - apresentam o valor da medida no instante em que está sendo feita, perdendo-se esse valor no instante seguinte; Instrumentos Registradores - apresentam o valor da medida no instante em que está sendo feita e registra-o de modo que não o perdemos; Instrumentos Integradores - apresentam o valor acumulado das medidas efetuadas num determinado intervalo de tempo. 3.1.Registadores Galvanométricos Registradores em geral são frequentemente empregados no armazenamento de dados, são utilizados em um sistema digital, o qual nesse caso pode ser uma calculadora. Note que registradores são utilizados para manter os dados provenientes do codificador, que serão enviados para a unidade de processamento. Um registrador também é empregado para armazenar os dados entre a unidade de processamento e o decodificador. Registradores também são utilizados em outros pontos de um sistema digital. O galvanômetro é um instrumento eletromecânico que é, basicamente, um medidor de corrente elétrica de pequena intensidade. Existem basicamente dois tipos de galvanômetros, que são os galvanômetros do tipo bobina móvel e do tipo ferro móvel. De modo geral ambos os tipos de instrumentos se baseiam na interação entre a corrente elétrica que circula em um condutor que está imerso em um campo magnético. O resultado desta interação é um torque que atua no condutor. Na Figura 1 é ilustrado um galvanômetro de ferro móvel. Fig. 1. Galvanômetro de ferro móvel. 6 O galvanômetro de ferro móvel da Figura 1 é composto de: mola fixa (1), parte móvel conectada ao ponteiro (2), elemento de ferro magnético móvel (3) e bobina fixa que recebe a corrente a ser medida (4). O funcionamento do galvanômetro de ferro móvel é como segue: na bobina de excitação (4) é aplicada a corrente a ser medida; o material ferroso, sobre o qual a bobina é enrolada é fixo; quando uma corrente circula na bobina, o material ferroso transforma - se num eletro imã gerando um campo magnético, que aparece ao redor e por dentro do tubo. Este campo magnético provoca o movimento da parte móvel (3) que é inserida dentro da parte fixa, tendo liberdade de girar em seu interior. A parte de ferro móvel (3) é acoplada a um ponteiro que gira na frente de uma escala graduada e a estrutura deste ponteiro é preso a uma mola fixa (1) para amortecimento. Desta forma, quando a corrente é aplicada à bobina de excitação, provocará o giro do ponteiro até o ponto em que a força aplicada ao ferro móvel for equilibrada pela reação da mola. Neste ponto o ponteiro para e a leitura poderá ser feita. Quando a corrente é retirada da bobina de excitação, a mola exercerá uma força no ponteiro, trazendo-o de volta à origem. O galvanômetro de ferro móvel é pouco usado, por ser menos sensível e possuir baixa classe de exatidão quando comparado com o de bobina móvel, mas possui as vantagens de ser maisbarato, mais robusto, e funcionar tanto com corrente contínua como com corrente alternada. É comum encontrá-los nos painéis de geradores elétricos. Na Figura 2 é ilustrado um galvanômetro de bobina móvel de d’Arsonval1 . Este instrumento é constituído de um imã permanente (que gera um campo magnético radial), de uma bobina móvel que pode girar em torno de um eixo e de uma mola cuja função é se opor ao movimento da bobina (movimento resultante da interação entre a corrente e o campo magnético) 7 Fig 2. Galvanômetro de bobina móvel. O funcionamento do galvanômetro de bobina móvel da Figura 2 é como segue: uma bobina de fio muito fino é enrolada em um núcleo de ferro e presa em um eixo que permite esta bobina se movimentar livremente. O conjunto é fixado no entreferro de um imã fixo de campo magnético permanente. Quando circula corrente elétrica pela bobina, se forma um campo magnético que interage com o campo do ímã, ou em outras palavras, aparece uma força magnética na bobina causada pela interação da corrente elétrica e o campo magnético externo. Nesta situação a força causa um giro ou torque na bobina, movendo o ponteiro, ou agulha, sobre uma escala graduada. O ponteiro deve deslocar-se até um ponto em que a força aplicada a bobina seja equilibrada pela reação da mola. Neste ponto o ponteiro para e a leitura poderá ser feita. Quando a corrente é retirada da bobina móvel, a mola exercerá uma força no ponteiro, trazendo-o de volta à origem. Conhecendo a função que relaciona a posição angular do ponteiro com a intensidade da corrente que circula na bobina, é possível calibrar a escala do instrumento de modo a transformá-lo em um medidor de corrente. Através de circuitos apropriados, o galvanômetro pode ler outras grandezas elétricas, como tensão contínua, tensão alternada e resistência. Devido a sua exatidão, versatilidade e aplicabilidade em diversos equipamentos analógicos de medidas elétricas será dado enfoque, nas próximas seções, no desenvolvimento da expressão matemática que relaciona a corrente e o deslocamento angular em instrumentos de bobina móvel. 3.2.Servo-Registadores Os galvanômetros de circuito aberto, ou galvanômetros de espelho ressonante, são usados principalmente em alguns tipos de leitores de código de barras baseados em laser, máquinas de impressão, aplicativos de imagem, aplicativos militares e sistemas espaciais. Seus rolamentos não lubrificados são especialmente interessantes em aplicações que requerem funcionamento em alto vácuo. Um mecanismo galvanômetro (parte central), usado em uma unidade de exposição automática de uma câmera de filme de 8 mm, juntamente com um fotorresistor (visto no orifício no topo da parte esquerda). Mecanismos galvanômetros do tipo bobina móvel (chamados de 'bobinas de voz' pelos fabricantes de disco rígido) são usados para controlar os servos de posicionamento da cabeça em unidades de https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A1cuo 8 disco rígido e leitores de CD / DVD, a fim de manter a massa (e, portanto, tempos de acesso), o mais baixo possível. 9 4. CONCLUSÕES No que diz respeito a instrumentos de medição de grandezas eléctricas existe uma grande diversidade de tipos de equipamentos com diferentes características, campos de aplicação e preços. Hoje é evidente a predominância da instrumentação digital a qual se generalizou e apresenta, globalmente, vantagens significativas, relativamente à instrumentação analógica. No entanto, esta última continua ainda a ter alguns campos de aplicação específicos apresentando, em algumas situações, como grande vantagem competitiva o menor custo de aquisição. 10 5. Bibliografia Capuano, Francisco G, Marino, Mendes, Maria A Marino (2007) Laboratório de eletricidade e electrónica, Érica, São Paulo; Helfrick, A. D., Cooper, D. (1994) Instrumentação eletrônica e técnicas de medição, Prentice Hall, Rio de Janeiro; Jones, Larry D., Chin, A. Foster, Electronic Instruments and Measurements, Prentice- Hall, Rio de Janeiro; Medeiros, Solon (1981)Fundamentos de Medidas Elétricas, Guanabara,Rio de Janeiro;
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