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Método Dedutivo e Fenomenológico

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECE
 CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS-CCT
 CURSO DE GEOGRAFIA LICENCIATURA
 TEORIA E MÉTODO
 PROFA ME.: ADRIANA DE SÁ LEITE DE BRITO
 SUELLEN INGRID PEREIRA LIMA
 PROVA FINAL
 FORTALEZA-CEARÁ
 2020
MÉTODO DEDUTIVO
O método dedutivo, raciocínio dedutivo ou dedução é um conceito utilizado em diversas áreas e que estão relacionados com as distintas formas de raciocinar. É um processo de análise de informação que nos leva a uma conclusão. Dessa maneira, usa-se a dedução para encontrar o resultado final. 
O método dedutivo já era utilizado na antiguidade. O filósofo grego Aristóteles contribui para a sua definição por meio do que ficou conhecida como lógica aristotélica, que por sua vez, está pautada na doutrina do silogismo. Isso porque desde de Aristóteles, são encontradas condições necessárias para as proposições verdadeiras, para que, por fim, obtenham-se conclusões verdadeiras. 
Esse método geralmente é usado para testar hipóteses já existentes, chamadas de axiomas, para assim, provar teorias, denominadas de teoremas. Por isso, ele é também denominado de método hipotético-dedutivo.
Vale observar que esse método dedutivo é utilizado na filosofia, nas leis científicas e na educação. Esse tipo de raciocínio é utilizado na resolução de problemas, por exemplo, de física e matemática. Quando o professor demostra um problema na lousa, ele está utilizando o método dedutivo. Isso porque ele parte de uma proposição universal, e através do raciocínio lógico, chega numa conclusão válida.
Sendo assim, nesse tipo de raciocínio lógico, chega-se a uma conclusão a partir das premissas. Assim, o método dedutivo é considerado restrito ou pouco amplo, pois ele não acrescenta informação nova na conclusão, uma vez que ela surge pelo que já está implícito nas premissas. O método dedutivo é utilizado para analisar se a informação é válida ou não. Assim, por meio de premissas e proposições, é analisado se existe uma conclusão válida para o que for afirmado, isso tudo, se as premissas forem verdadeiras.
Nesse método, o argumento é feito do maior para o menor, ou seja, de uma premissa geral em direção a outra, particular ou singular. As conclusões encontradas nesse método já estavam nas premissas analisadas anteriormente e, portanto, ele não produz conhecimentos novos.
Para compreender melhor a aplicação desse método, vamos analisar o exemplo abaixo:
- Premissa 1: Os suspeitos do crime estavam na sala entre 13 e 14 horas. 
- Premissa 2: João não estava na sala entre as 13 e 14 horas.
- Conclusão: Logo. João não é um dos suspeitos do crime.
Vamos citar mais um exemplo referente a esse método:
- Todo homem é mortal (premissa maior);
- Pedro é homem (premissa menor);
- Logo, Pedro é mortal (conclusão).
Esse método dedutivo foi proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O método é racionalista porque a evidência de Descartes parte não é, de modo algum, a evidência sensível e empírica. A dedução limita-se a veicular, ao longo das belas cadeias a razão, a evidências intuitivas das naturezas simples. A dedução nada mais é do que uma intuição continuada, então a intuição é o ato da razão que percebe diretamente os primeiros princípios.
Dentro desse método existem algumas regras, que são: a evidência, análise e a síntese. Vamos agora explicar o que são essas regras que estão dentro do método dedutivo.
A primeira regra é da evidência é não admitir que nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço evidentemente como tal, ou seja, evitar toda precipitação e toda prevenção (preconceitos) e só ter por verdadeiro o que for claro e distintos, isto é, o que eu não tenho a menor oportunidade de duvidar.
A segunda regra é da análise é dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas forem possíveis. 
A terceira regra da síntese que é concluir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para, aos poucos, ascender, como que por meio de degraus, aos mais complexos.
A última é a dos desmembramentos tão complexos, a ponto de estar certo de nada ter omitido. 
Se esse método se tornou-se muito célebre, foi porque os séculos posteriores viram nele uma manifestação do livre exame e do racionalismo. 
Podemos concluir então que esse método dedutivo é proposto por dedução, que usa o raciocino lógico, para que se possa chegar a uma conclusão verídica. 
MÉTODO FENOMENOLÓGICO
A palavra fenomenologia foi empregada por alguns pensadores ao longo da história da filosofia, e pode ser definida nos seguintes termos: “descrição daquilo que aparece ou ciência que tem como objetivo ou projeta essa descrição”. (ABBAGNANO, 200, p. 437).
O método fenomenológico é um método de pesquisa, ou seja, método cientifico que se define como estudo de um fenômeno tal qual ele se apresenta à percepção, para descobrir a sua significação. Preconizado por Husserl, esse método não é dedutivo e nem indutivo, preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como ela é. A realidade é construída socialmente e entendida como o compreendido, o interpretado, o comunicado.
Então, a realidade não é única: existem tantas quantas forem as suas interpretações e comunicações. O sujeito/ator é reconhecidamente importante no processo de construção do conhecimento, está empregado em pesquisa qualitativa.
O método fenomenológico consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer esse dado, não explica mediante leis nem deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o que está presente à consciência: o objeto, consequentemente, tem uma tendência orientada totalmente para o objeto. Ou seja, o método fenomenológico limita-se aos aspectos essenciais e intrínsecos do fenômeno, sem lançar mão de deduções ou empirismos, buscando compreendê-lo por meio da intuição, visando apenas o dado, o fenômeno, não importando sua natureza real ou fictícia.
Ele é um método que se ocupa de descrever um fenômeno tal qual é percebido pelo pesquisador, procurando ir ao encontro das coisas em si mesmas. Os pesquisadores em fenomenologia entendem que por meio da observação, essa abordagem constitui uma tentativa de explicação neutra de um fenômeno como ele se apresenta à consciência que a pessoa tem do mundo. 
A utilização da fenomenologia como método, era para Husserl uma garantia contra a certeza ingênua dos positivistas, da ciência da base empírica. Daí os pesquisadores fenomenológicos não se apoiarem os em teorias sociológicas, psicológicas nem em explicações de causas do aparecimento do fenômeno. Segundo essa postura, a realidade é múltipla e depende da interpretação que lhes é dada. Trata- se, pois, de um método altamente subjetivo. Husserl propunha então a redução fenomenológica, que se constitui pela suspensão de crenças e teorias para focalizar exclusivamente naquilo que o fenômeno significa para as pessoas. O postulado implicava que, livre de preconceitos, reduziam-se a possiblidade de adulterar a realidade. (MEDEIROS,2019).
O objetivo é entender a relação entre fenômenos e essência, ou seja, busca o entendimento da essência do fenômeno. (MARTINS; THEÓPHILO, 2018). O método fenomenológico, portanto, objetiva compreender os que se põe atrás da realidade, sem se preocupar se trata da realidade propriamente dita ou de uma aparência do real. E faz isso sem a participação de juízos apriorísticos. Entendem, porém, os que a esse método se opõem que dificilmente um pesquisador, ainda que precavido de juízos apriorísticos, observa a realidade destituído de teoria ou conhecimentos que orientam à sua maneira de interpretar o que vê. (MEDEIROS, 2019).
Nas pesquisas realizadas sob o enfoque fenomenológico, o pesquisador preocupa-se emmostrar e esclarecer o que é dado. Não procura explicar mediantes leis, nem deduzir com bases em princípios, mas considera imediatamente o que está presente na consciência dos sujeitos. O que interessa aos pesquisadores não é o mundo que existe, nem o conceito subjetivo, nem uma atividade do sujeito, mas sim o modo como o conhecimento do mundo se dá, tem lugar, se realiza para cada pessoa. 
O objeto de conhecimento para a fenomenologia não é o sujeito nem o mundo, mas enquanto é vivido pelo sujeito. O intenso da fenomenologia é, pois, o de proporcionar uma descrição direta da experiência tal como ela é, sem nenhuma consideração acerca de sua gênese psicológica e das explicações causais que os especialistas podem dar. Para tanto, é necessário orientar-se ao que é dado diretamente à consciência, com a exclusão de tudo aquilo que pode modificá-la, como o subjetivo do pesquisador e o objetivo que não é dado realmente no fenômeno considerado.
As técnicas de pesquisa mais utilizadas são, portanto, de natureza qualitativa e não estruturada. Do ponto de vista fenomenológico, a realidade não é tida como algo objetivo e possível de ser explicado como um conhecimento que privilegia explicações sem termo de causas e efeito. A realidade é entendida como o que emerge da intencionalidade da consciência voltada para o fenômeno. A realidade é o compreendido, o interpretado, o comunicado. Não existe, portanto, para a fenomenologia, uma única realidade, mas tantas quantas forem suas compreensões, interpretações e comunicações. 
Podemos concluir então, que a fenomenologia está voltada mais para a pesquisa e para o estudo para descobrir o significado de certo método cientifico.
Referências Bibliográficas
MACIEL, Willyans. Método Dedutivo. Paraná: InfoEscola, 2010.
ABBGNANO, N. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
DARTIGUES, A. O que é a fenomenologia? São Paulo: Centauro, 2005.

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