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Anatomia genital e mamária feminina

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Anatomia das Mamas e do Sistema 
Genital Feminino 
Referencia Bibliografica:Anatomia Orientada Para 
Clínica Moore 7 ed Capítulos 1 e 3. 
Grays Anatomia Clínica Capítulo 77: sistema Genital 
feminino. 
MAMAS 
As mamas são as estruturas superficiais mais 
proeminentes na parede anterior do tórax, 
sobretudo nas mulheres. As mamas são formadas 
por tecido glandular e tecido fibroso de sustentação 
integrados a uma matriz adiposa, junto com vasos 
sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Homens e 
mulheres têm mamas; normalmente, elas só são 
bem desenvolvidas em mulheres.As glândulas 
mamárias estão localizadas na tela subcutânea, 
sobre os músculos peitorais maior e menor. Na 
parte mais proeminente da mama está a papila 
mamária, circundada por uma área cutânea 
pigmentada circular, a aréola. 
As glândulas mamárias presentes nas mamas 
estão relacionadas com a reprodução nas mulheres. 
Nos homens, são rudimentares e não funcionais 
formadas apenas por alguns pequenos ductos ou 
cordões epiteliais. Em geral, a gordura presente em 
mamas masculinas não é diferente da tela 
subcutânea encontrada em outras partes do corpo, 
mas normalmente não há desenvolvimento do 
sistema glandular. 
Mamas Femininas 
- A gordura ao redor do tecido glandular determina 
o tamanho das mamas não lactantes. O corpo 
aproximadamente circular da mama feminina fica 
apoiado sobre um leito que se estende 
transversalmente da margem lateral do esterno até 
a linha axilar média e verticalmente da costela II a 
VI. Dois terços do leito são formados pela fáscia 
peitoral sobre o músculo peitoral maior; o outro 
terço, pela fáscia que cobre o músculo serrátil 
anterior. Entre a mama e a fáscia peitoral há um 
plano de tecido conjuntivo frouxo ou espaço 
potencial – o espaço retromamário. Esse plano, que 
contém pouca gordura, permite que a mama tenha 
algum grau de movimento sobre a fáscia peitoral. 
Uma parte menor da glândula mamária pode 
estender-se ao longo da margem inferolateral do 
músculo peitoral maior em direção à fossa axilar, 
formando um processo axilar ou cauda de Spence. 
O processo axilar pode aumentar durante o ciclo 
menstrual. 
 
- Durante a puberdade (8 a 15 anos de idade), as 
mamas femininas normalmente aumentam, em 
parte devido ao desenvolvimento glandular, mas 
principalmente por aumento da deposição de 
gordura. As aréolas e as papilas também 
aumentam. O tamanho e o formato da mama são 
determinados, em parte, por fatores genéticos, 
étnicos e alimentares. Os ductos lactíferos dão 
origem a brotos que formam 15 a 20 lóbulos da 
glândula mamária, que constituem 
o parênquima da glândula mamária. Assim, cada 
lóbulo é drenado por um ducto lactífero, esses 
ductos convergem e têm aberturas independentes. 
Cada ducto tem uma parte dilatada, situada 
profundamente à aréola, o seio lactífero, na qual 
uma pequena gotícula de leite se acumula ou 
permanece na lactante. Quando o bebê começa a 
mamar, a compressão da aréola (e do seio lactífero 
abaixo dela) expele as gotículas acumuladas e 
estimula o neonato a continuar mamando enquanto 
ocorre o reflexo de ejeção do leite, mediado por 
hormônios. O leite materno é secretado na boca do 
bebê, e não sugado da glândula por ele. 
As aréolas da mama contêm muitas glândulas 
sebáceas, que aumentam durante a gravidez e 
secretam uma substância oleosa, que atua como 
um lubrificante protetor para a aréola e a papila. A 
aréola e a papila estão particularmente sujeitas a 
fissuras e irritação no início da amamentação. As 
papilas mamárias (também denominadas mamilos) 
são proeminências cônicas ou cilíndricas situadas 
nos centros das aréolas. As papilas mamárias não 
têm gordura, pelos nem glândulas sudoríparas. As 
extremidades das papilas são fissuradas e os ductos 
lactíferos abrem-se nelas. As papilas são formadas 
principalmente por fibras musculares lisas circulares 
que comprimem os ductos lactíferos durante a 
lactação e causam a ereção das papilas em resposta 
à estimulação, como quando um bebê começa a 
mamar. 
As glândulas mamárias são glândulas 
sudoríferas modificadas; portanto, não têm 
cápsula nem bainha. O contorno arredondado e 
a maior parte do volume das mamas são 
produzidos por gordura subcutânea, exceto 
durante a gravidez, quando as glândulas 
mamárias aumentam e há formação de novo 
tecido glandular. Os alvéolos que secretam leite 
são organizados de modo semelhante a cachos 
de uvas. Em algumas mulheres, as mamas 
aumentam de volume e ficam doloridas durante 
a fase lútea do ciclo menstrual. Essas alterações 
se devem, mais provavelmente, à proliferação 
dos tecidos glandulares das mamas causada por 
níveis variáveis dos hormônios estrogênio e 
progesterona. 
 
Vascularização da Mama 
- A irrigação arterial da mama provém das seguintes 
artérias: 
•Ramos mamários mediais de ramos 
perfurantes e ramos intercostais anteriores da 
artéria torácica interna(Artéria mamária), a 
partir da artéria subclávia 
•Artérias torácica lateral e toracoacromial, 
ramos da artéria axilar 
•Artérias intercostais posteriores, ramos da 
parte torácica da aorta nos 2o, 3o e 4o espaços 
intercostais. 
- A drenagem venosa da mama se faz 
principalmente para veia axilar,mas há alguma 
drenagem para veia torácica Interna 
- A drenagem Linfática da mama é importante 
devido ao seu papel na metástase de células 
cancerosas.A linfa passa da papila,da aréola e dos 
lóbulos da glândula mamaria para o plexo linfático 
subareolar.A drenagem linfática a partir desse plexo 
ocorre da seguinte maneira: 
- A maior parte da linfa (> 75%), sobretudo dos 
quadrantes laterais da mama, drena para 
os linfonodos axilares, inicialmente para 
os linfonodos anteriores ou peitorais. 
Entretanto, parte da linfa drena diretamente 
para outros linfonodos axilares ou até mesmo 
para os linfonodos interpeitorais, deltopeitorais, 
supraclaviculares ou cervicais profundos 
inferiores. 
A maior parte da linfa remanescente, sobretudo dos 
quadrantes mediais da mama, drena para 
os linfonodos paraesternais ou para a mama oposta, 
enquanto a linfa dos quadrantes inferiores flui 
profundamente para os linfonodos abdominais 
(linfonodos frênicos inferiores subdiafragmáticos). 
 
 
 
- Vascularização da mama. A. A glândula mamária é 
suprida desde sua face medial principalmente por 
ramos perfurantes da artéria torácica interna e por 
vários ramos da artéria axilar (principalmente a 
artéria torácica lateral) superior e lateralmente. B. A 
mama é suprida profundamente por ramos 
originados das artérias intercostais. C. A drenagem 
venosa se faz pela veia axilar (principalmente) e 
pelas veias torácicas internas. 
 
- A linfa da pele da mama, com exceção da 
papila e da aréola, drena para os linfonodos 
axilares, cervicais profundos inferiores e 
infraclaviculares ipsilaterais e, também, para os 
linfonodos paraesternais de ambos os lados. 
A linfa dos linfonodos axilares drena para 
os linfonodos claviculares (infraclaviculares e 
supraclaviculares) e daí para o tronco linfático 
subclávio, que também drena a linfa do membro 
superior. A linfa dos linfonodos paraesternais entra 
nos troncos linfáticos broncomediastinais, que 
também drena linfa das vísceras torácicas. A 
terminação dos troncos linfáticos varia; 
tradicionalmente, esses troncos se fundem um ao 
outro e com o tronco linfático jugular, drenando a 
cabeça e o pescoço para formar um ducto linfático 
direito curto no lado direito ou entrando no ducto 
torácico do lado esquerdo. 
 Nervos da Mama 
- Os nervos da mama derivam dos Ramos Cutaneos 
anteriores e laterais do quarto ao sexto nervo 
Intercostal. 
- Os ramos dos nervos intercostais atravessam a 
fáscia peitoral que cobre o músculo peitoral maior 
para chegar à tela subcutânea superposta e à pele 
da mama. Os ramos dos nervos intercostais 
conduzem fibras sensitivas da pele da mama e fibrassimpáticas para os vasos sanguíneos nas mamas e 
músculo liso na pele e papila mamária 
sobrejacentes. 
Alteração nas Mamas 
- Durante todo o ciclo menstrual e durante a 
gravidez ocorrem alterações nos tecidos mamários, 
como a ramificação dos ductos lactíferos. Embora as 
glândulas mamárias estejam prontas para a 
secreção no meio da gravidez, a produção de leite 
só se inicia logo após o nascimento do bebê. 
O colostro, um líquido cremoso, branco a 
amarelado, que precede o leite, pode ser secretado 
pelas papilas mamárias no último trimestre de 
gravidez e durante episódios iniciais da 
amamentação. Acredita-se que o colostro seja 
especialmente rico em proteínas, agentes imunes e 
um fator de crescimento que afeta o intestino do 
lactente. As mamas das mulheres multíparas (que 
deram à luz duas vezes ou mais) costumam ser 
grandes e pendulares. As mamas das mulheres 
idosas geralmente são pequenas em razão da 
diminuição da gordura e da atrofia do tecido 
glandular. 
Quadrantes mamários 
- A superfície da mama é dividida em quatro 
quadrantes para localização anatômica e descrição 
de tumores e cistos. 
- Por exemplo, o médico pode escrever no 
prontuário: “Foi palpada massa irregular, de 
consistência dura, no quadrante superior medial da 
mama na posição de 2 horas, distante cerca 2,5 cm 
da margem da aréola.” 
 
Carcinoma de Mama 
- O conhecimento da drenagem linfática das 
mamas tem importância prática na previsão da 
metástase das células do carcinoma da mama. Os 
carcinomas da mama são tumores malignos, 
geralmente adenocarcinomas originados nas células 
epiteliais dos ductos lactíferos nos lóbulos das 
glândulas mamárias. As células cancerosas 
metatásticas que entram em um vaso linfático 
geralmente atravessam dois ou três grupos de 
linfonodos. A interferência do câncer na drenagem 
linfática dérmica pode causar linfedema (excesso de 
líquido na tela subcutânea) na pele da mama que, 
por sua vez, pode resultar em desvio da papila 
mamária e aspecto espesso e coriáceo da pele. A 
pele proeminente entre poros deprimidos tem 
aspecto semelhante a casca de laranja. 
- Depressões maiores (do tamanho da ponta do 
dedo ou maiores) resultam da invasão cancerosa do 
tecido glandular e fibrose (degeneração fibrosa), 
que causa encurtamento ou tração dos ligamentos 
suspensores da mama. O câncer de mama 
subareolar pode causar retração da papila mamária 
por um mecanismo semelhante, acometendo os 
ductos lactíferos. 
 
- O câncer de mama costuma se disseminar da 
mama pelos vasos linfáticos (metástase linfogênica), 
que levam células cancerosas da mama para os 
linfonodos, sobretudo aqueles situados na axila. As 
células alojam-se nos linfonodos, produzindo focos 
de células tumorais (metástases). Comunicações 
abundantes entre as vias linfáticas e entre os 
linfonodos axilares, cervicais e paraesternais 
também podem causar metástases da mama para 
os linfonodos supraclaviculares, a mama oposta ou 
o abdome. 
- Como a maior parte da drenagem linfática da 
mama se faz para os linfonodos axilares, eles são o 
local mais comum de metástase de um câncer de 
mama. O aumento desses linfonodos palpáveis 
sugere a possibilidade de câncer de mama e pode 
ser fundamental para a detecção precoce. 
Entretanto, a ausência de linfonodos axilares 
aumentados não garante que não houve metástase 
de um câncer de mama; as células malignas podem 
ter passado para outros linfonodos, como os 
linfonodos infraclaviculares e supraclaviculares, ou 
diretamente para a circulação sistêmica. A retirada 
cirúrgica de linfonodos axilares para os quais o 
câncer de mama metastatizou ou a lesão dos 
linfonodos axilares e dos vasos por radioterapia de 
câncer resulta em linfedema no membro superior 
ipsoslateral que também é drenado pelos 
linfonodos axilares. 
 
Polimastia,politelia e Amastia 
- A polimastia (mamas supranumerárias) 
ou politelia (papilas mamárias acessórias) pode ser 
encontrada superior ou inferiormente ao par 
normal, às vezes na fossa axilar ou na parede 
anterior do abdome. 
- As mamas supranumerárias consistem apenas em 
papila e aréola rudimentares, que podem ser 
confundidas com um nevo até mudarem de 
pigmentação, tornando-se mais escuras, junto com 
as papilas mamárias normais, durante a gravidez. 
Entretanto, também pode haver tecido glandular, 
que se desenvolve ainda mais com a lactação. Essas 
mamas supranumerárias podem surgir em qualquer 
ponto ao longo de uma linha (crista mamária) que 
se estende da axila até a região inguinal – a 
localização da crista mamária embrionária (a linha 
láctea) que dá origem às mamas, e ao longo da qual 
surgem as mamas em animais com várias mamas. 
Pode não haver desenvolvimento mamário 
(amastia), ou pode haver uma papila mamária e/ou 
aréola, mas sem tecido glandular. 
 
Órgãos Genitais Femininos Internos 
- Os órgãos genitais femininos internos incluem os 
ovários,as tubas uterinas,o útero e a vagina. 
Ovários 
- Os ovários são as gônadas femininas com formato 
e tamanho semelhantes aos de uma amêndoa, nos 
quais se desenvolvem os oócitos (gametas ou 
células germinativas femininas). Também são 
glândulas endócrinas que produzem hormônios 
sexuais. Cada ovário é suspenso por uma curta 
prega peritoneal, o mesovário. O mesovário é uma 
subdivisão de um meso maior do útero, o ligamento 
largo. 
- Nas mulheres pré-púberes, a cápsula de tecido 
conjuntivo (túnica albugínea do ovário) que forma a 
superfície do ovário é coberta por uma lâmina lisa 
de mesotélio ovariano ou epitélio 
superficial (germinativo), uma única camada de 
células cúbicas que confere à superfície uma 
aparência acinzentada, fosca, que contrasta com a 
superfície brilhante do mesovário peritoneal 
adjacente com o qual é contínua. 
- Depois da puberdade, há fibrose e distorção 
progressiva do epitélio superficial ovariano, em 
razão da repetida ruptura de folículos ovarianos e 
liberação de oócitos durante a oocitação. A fibrose 
é menor em usuárias de contraceptivos orais. 
Tubas Uterinas 
- As tubas uterinas (antigamente chamadas de 
ovidutos ou trompas de Falópio) conduzem o 
oócito, que é liberado mensalmente de um 
ovário durante a vida fértil, da cavidade 
peritoneal periovariana para a cavidade uterina. 
Também são o local habitual de fertilização. As 
tubas estendem-se lateralmente a partir 
dos cornos uterinos e se abrem na cavidade 
peritoneal perto dos ovários. 
As tubas uterinas (cerca de 10 cm de comprimento) 
estão em um meso estreito, o mesossalpinge, que 
forma as margens livres anterossuperiores dos 
ligamentos largos. Na disposição “ideal”, 
normalmente mostrada pelas ilustrações, as tubas 
estendem-se simetricamente em direção 
posterolateral até as paredes laterais da pelve, onde 
se curvam anterior e superiormente aos ovários no 
ligamento largo em posição horizontal. Na 
realidade, observadas à ultrassonografia, muitas 
vezes as tubas estão dispostas assimetricamente e 
uma delas está em posição superior e até mesmo 
posterior em relação ao útero. 
As tubas Uterinas podem ser divididas em quatro 
partes,da região lateral para medial: 
1.Infundíbulo: a extremidade distal afunilada da 
tuba que se abre na cavidade peritoneal através 
do óstio abdominal. Os processos digitiformes da 
extremidade fimbriada do infundíbulo (fímbrias) 
abrem-se sobre a face medial do ovário; uma 
grande fímbria ovárica está fixada ao polo superior 
do ovário 
2.Ampola: a parte mais larga e mais longa da tuba, 
que começa na extremidade medial do infundíbulo; 
a fertilização do ovócito geralmente ocorre na 
ampola 
3.Istmo: a parte da tuba que tem parede espessa e 
entra no corno uterino 
4.Parte uterina: o segmento intramural curto da 
tuba que atravessa a parede do útero e se abre, 
através do óstio uterino, para a cavidade do útero 
no corno do útero. 
 
 
Irrigação Arterial e drenagem venosa dos 
ováriose das tubas Uterinas 
- As artérias ováricas originam-se da parte 
abdominal da aorta e descem ao longo da parede 
abdominal posterior.Na margem da pelve,cruzam 
sobre os vasos ilíacos externos e entram nos 
ligamentos suspensores,aproximando-se das faces 
laterais dos ovários e das tubas uterinas. 
- Os ramos ascendentes das artérias uterinas (ramos 
das artérias ilíacas internas) seguem ao longo das 
faces laterais do útero e se aproximam das faces 
mediais dos ovários e tubas uterinas. Tanto a 
artéria ovárica quanto a artéria uterina ascendente 
terminam bifurcando-se em ramos 
ováricos e tubários, que irrigam ovários e tubas 
uterinas das extremidades opostas e anastomosam-
se entre si, criando uma circulação colateral de 
origem abdominal e pélvica para ambas as 
estruturas. 
 
 
 
- As veias que drenam o ovário formam um plexo 
venoso pampiniforme, semelhante a uma 
trepadeira,no ligamento largo perto do ovário e da 
tuba uterina. As veias do plexo geralmente se 
fundem para formar uma única veia ovárica, que 
deixa a pelve menor com a artéria ovárica. A veia 
ovárica direita ascende e entra na veia cava inferior; 
a veia ovárica esquerda drena para a veia renal 
esquerda. 
- As veias tubaricas drenam para as veias ováricas e 
para o plexo venoso uterino(uterovaginal) 
Inervação do Ovário e das Tubas Uterinas 
- Inervação dos ovários e das tubas uterinas. A 
inervação é derivada em parte do plexo ovárico, 
descendo com os vasos ováricos, e em parte 
do plexo uterino (pélvico).Os ovários e as tubas 
uterinas são Intraperitoneais e,portanto,estão 
localizados acima da linha de dor pélvica. 
- Assim, fibras de dor aferentes viscerais ascendem 
retrogradamente com as fibras simpáticas 
descendentes do plexo ovárico e dos nervos 
esplâncnicos lombares até os corpos celulares nos 
gânglios sensitivos dos nervos espinais T11–L1. As 
fibras reflexas aferentes viscerais seguem as fibras 
parassimpáticas retrogradamente através dos 
plexos uterino (pélvico) e hipogástrico inferior e dos 
nervos esplâncnicos pélvicos até os corpos celulares 
nos gânglios sensitivos dos nervos espinais S2–S4. 
Útero 
- O útero é um órgão muscular oco, piriforme, com 
paredes espessas. O embrião e o feto se 
desenvolvem no útero. As paredes musculares 
adaptam-se ao crescimento do feto e garantem a 
força para sua expulsão durante o parto. O útero 
não grávido geralmente está localizado na pelve 
menor, com o corpo sobre a bexiga urinária e o colo 
entre a bexiga urinária e o reto. 
- Na mulher adulta, o útero geralmente encontra-
se antevertido (inclinado anterossuperiormente em 
relação ao eixo da vagina) e antefletido (fletido ou 
curvado anteriormente em relação ao colo, criando 
o ângulo de flexão), de modo que sua massa fica 
sobre a bexiga urinária. Sendo assim, quando a 
bexiga urinária está vazia, o útero normalmente 
situa-se em um plano quase transversal. 
- Embora seu tamanho varie muito, o útero tem 
cerca de 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 
2 cm de espessura e pesa cerca de 90 g. O útero 
pode ser dividido em duas partes principais: o corpo 
e o colo. 
 
 
 
 
Corpo do Útero 
- O corpo do útero que forma dois terços superiores 
do órgão,Inclui o fundo do útero,a parte 
arredondada situada superiormente aos óstios 
Uterinos. Tem duas faces: anterior (relacionada 
com a bexiga urinária) e posterior (intestinal). O 
corpo do útero é separado do colo pelo istmo do 
útero, um segmento relativamente estreitado, com 
cerca de 1 cm de comprimento. 
Colo do Útero 
- O colo do útero é o terço inferior cilíndrico e 
relativamente estreito do útero, que tem 
comprimento aproximado de 2,5 cm em uma 
mulher adulta não grávida. Para fins descritivos, é 
dividido em duas porções: uma porção 
supravaginal entre o istmo e a vagina, e 
uma porção vaginal, que se projeta para a parte 
superior da parede anterior da vagina. A porção 
vaginal arredondada circunda o óstio do útero e, 
por sua vez, é circundada por um recesso estreito. A 
porção supravaginal é separada da bexiga urinária 
anteriormente por tecido conjuntivo frouxo e do 
reto posteriormente pela escavação retouterina. 
Cavidade do útero 
- Semlhante a uma fenda, tem cerca de 6 cm de 
comprimento do óstio uterino até a parede do 
fundo do útero. Os cornos do útero são as regiões 
superolaterais da cavidade do útero, onde 
penetram as tubas uterinas. A cavidade do útero 
continua inferiormente como o canal do colo do 
útero. O canal fusiforme estende-se de um 
estreitamento no interior do istmo do corpo do 
útero, o óstio anatômico interno, atravessa as 
porções supravaginal e vaginal do colo, 
comunicando-se com o lúmen da vagina através do 
óstio uterino. A cavidade do útero (em particular, o 
canal do colo do útero) e o lúmen da vagina juntos 
constituem o canal de parto que o feto atravessa ao 
fim da gestação. 
A parede do corpo do Útero é formada por três 
camadas: 
 1.Perimétrio – a túnica serosa ou revestimento 
seroso externo – consiste em peritônio sustentado 
por uma fina lâmina de tecido conjuntivo 
 2.Miométrio – a camada média de músculo liso – é 
muito distendido (mais extenso, porém muito mais 
fino) durante a gravidez. Os principais ramos dos 
vasos sanguíneos e nervos do útero estão 
localizados nessa camada. Durante o parto, a 
contração do miométrio é estimulada 
hormonalmente a intervalos cada vez menores para 
dilatar o óstio do colo do útero e expelir o feto e a 
placenta. Durante a menstruação, as contrações do 
miométrio podem causar cólica 
3.Endométrio – a túnica mucosa interna – está 
firmemente aderido ao miométrio subjacente. O 
endométrio participa ativamente do ciclo 
menstrual, sofrendo modificações de sua estrutura 
a cada estágio do ciclo. Se houver concepção, o 
blastocisto implanta-se nessa camada; se não 
houver concepção, a face interna dessa camada é 
eliminada durante a menstruação. 
 
- A quantidade de tecido muscular no colo do útero 
é bem menor que no corpo.O colo do Utero é em 
sua maior parte fibroso e consiste principalmente 
em colágeno com uma pequena quantidade de 
músculo liso e elastina. 
 
 
- O útero é uma estrutura densa situada no centro 
da cavidade pélvica. As principais sustentações do 
útero que o mantêm nessa posição são passivas e 
ativas ou dinâmicas. A sustentação dinâmica do 
útero é propiciada pelo diafragma da pelve. Seu 
tônus nas posições sentada e de pé e a contração 
ativa durante períodos de aumento da pressão 
intra-abdominal (espirro, tosse etc.) são 
transmitidos através dos órgãos pélvicos adjacentes 
e da fáscia endopélvica que o cercam. A sustentação 
passiva do útero é proporcionada por sua posição – 
o modo como o útero 
normalmente antevertido e antefletido fica apoiado 
sobre o topo da bexiga urinária. 
- Quando a pressão intra-abdominal aumenta, o 
útero é pressionado contra a bexiga urinária. O colo 
do útero é a parte menos móvel do órgão em razão 
da sustentação passiva proporcionada por 
condensações de fáscia parietal da pelve 
(ligamentos) fixadas a ele, que também contém 
músculo liso. 
 
 
Resumo das Relações do Útero 
- Anteriormente (anteroinferiormente em sua 
posição antevertida normal): a fossa supravesical e 
a escavação vesicouterina da cavidade peritoneal e 
a face superior da bexiga urinária. A porção 
supravaginal do colo tem relação com a bexiga 
urinária e é separada dela apenas por tecido 
conjuntivo fibroso 
- Posteriormente: a escavação retouterina contendo 
alças de intestino delgado e a face anterior do reto. 
Apenas a fáscia visceral da pelve que une o reto e o 
útero nesse local resiste ao aumento da pressão 
intra-abdominal 
- Lateralmente: o ligamento largo peritoneal 
ladeando o corpo do útero e os ligamentos 
transversos do colo, fasciais, de cada lado do colo 
do útero e da vagina. Na transição entre os dois 
ligamentos, os ureteres seguem anteriormente,um 
pouco superiores à parte lateral do fórnice da 
vagina e inferiores às artérias uterinas, em geral 
cerca de 2 cm laterais à porção supravaginal do 
colo. 
Irrigação Arterial e drenagem Venosa do 
útero 
- A vascularização do útero provém principalmente 
das artérias uterinas, com possível irrigação 
colateral das artérias ováricas. As veias 
uterinas penetram nos ligamentos largos com as 
artérias e formam um plexo venoso uterino de cada 
lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para 
as veias ilíacas internas. 
Vagina 
- A vagina,um tubo musculomembranaceo 
distensível( 7 a 9 cm de comprimento),estende-se 
do meio do colo do útero até o óstio da Vagina que 
é a abertura na extremidade inferior. O óstio da 
vagina, o óstio externo da uretra e os ductos da 
glândula vestibular maior e as glândulas 
vestibulares menores abrem-se no vestíbulo da 
vagina, a fenda entre os lábios menores do 
pudendo. A parte vaginal do colo do útero está 
localizada anteriormente na parte superior da 
vagina. 
- A vagina tem as seguintes funções: 
- Serve como canal para o liquido Menstrual 
- Forma a parte Inferior do canal do parto 
- Recebe o Penis e o sêmen ejaculado durante a 
relação sexual 
- Comunica-se superiormente com o canal do 
colo do útero e inferiormente com o vestíbulo 
da vagina. 
- A vagina situa-se posteriormente à bexiga urinária 
e à uretra, sendo que esta se projeta ao longo da 
linha mediana de sua parede anteroinferior. 
Resumo das Relações Anatômicas da 
vagina: 
- Anteriormente com o fundo da bexiga e Uretra 
- Lateralmente com o musculo levantador do Anus,a 
fascia visceral da pelve e os ureteres 
- Posteriormente (da parte inferior para a superior) 
com o canal anal, o reto e a escavação retouterina. 
Irrigação Arterial e drenagem venosa da 
Vagina 
- As artérias que irrigam a parte superior da 
vagina originam-se das artérias uterinas. As 
artérias que suprem as partes média e inferior 
da vagina são ramos das artérias 
vaginal e pudenda interna. 
- As veias vaginais formam plexos venosos 
vaginais ao longo das laterais da vagina e na 
túnica mucosa vaginal. Essas veias são 
contínuas com o plexo venoso uterino, 
formando o plexo venoso uterovaginal, e 
drenam para as veias ilíacas internas através da 
veia uterina. Esse plexo também se comunica 
com os plexos venosos vesical e retal. 
Inervação da Vagina e do útero 
- Apenas os dois quintos inferiores da vagina 
têm inervação somática. A inervação dessa 
parte da vagina provém do nervo perineal 
profundo, um ramo do nervo pudendo, que 
conduz fibras aferentes simpáticas e viscerais, 
mas não fibras parassimpáticas 
- Apenas essa parte inervada somaticamente é 
sensível ao toque e à temperatura, embora as 
fibras aferentes somáticas e viscerais tenham 
seus corpos celulares nos mesmos gânglios 
sensitivos de nervos espinais (S2–S4). 
- A maior parte da vagina (três quartos a dois 
quintos superiores) tem inervação visceral. Os 
nervos para essa parte da vagina e para o útero são 
derivados do plexo nervoso uterovaginal, que 
segue com a artéria uterina na junção da base do 
ligamento largo (peritoneal) com a parte superior 
do ligamento transverso do colo do útero (fascial). 
O plexo nervoso uterovaginal é um dos plexos 
pélvicos que se estendem do plexo hipogástrico 
inferior até as vísceras pélvicas. Fibras aferentes 
simpáticas, parassimpáticas e viscerais atravessam 
esse plexo. 
 
Infecções do Sistema Genital Feminino 
- Como o sistema genital feminino comunica-se com 
a cavidade peritoneal através dos óstios abdominais 
das tubas uterinas, as infecções da vagina, do útero 
e das tubas uterinas podem evoluir para peritonite. 
Inversamente, a inflamação da tuba uterina 
(salpingite) pode resultar de infecções que se 
disseminam da cavidade peritoneal. Uma 
importante causa de infertilidade em mulheres é a 
obstrução das tubas uterinas, com frequência 
consequente à salpingite. 
Laqueadura das Tubas Uterinas 
- A laqueadura das tubas uterinas é um método 
cirúrgico e permanente de controle de natalidade. 
Os oócitos que são liberados pelos ovários e entram 
nas tubas uterinas dessas pacientes degeneram e 
são logo absorvidos. A laqueadura cirúrgica das 
tubas uterinas é realizada por abordagem 
abdominal ou laparoscópica. A laqueadura tubária 
abdominal a céu aberto geralmente é realizada por 
meio de uma incisão suprapúbica curta na linha de 
implantação dos pelos pubianos e consiste na 
retirada de um segmento ou de toda a tuba uterina. 
A laqueadura tubária laparoscópica é realizada com 
um laparoscópio de fibra óptica inserido por uma 
pequena incisão, em geral perto do umbigo . Nesse 
procedimento, a continuidade tubária é 
interrompida por cauterização, anéis ou grampos. 
Gravidez Ectópica Tubária 
- A gravidez tubária é o tipo mais comum 
de gestação ectópica (implantação embrionária e 
iniciação de desenvolvimento gestacional fora do 
corpo do útero); ocorre em cerca de 1 a cada 250 
gestações na América do Sul. 
- Se não forem diagnosticadas precocemente, as 
gestações ectópicas tubárias podem resultar em 
ruptura da tuba uterina e hemorragia grave para a 
cavidade abdominopélvica durante as primeiras 8 
semanas de gestação. A ruptura tubária e a 
hemorragia são uma ameaça à vida materna e 
causam a morte do embrião. 
- Em algumas mulheres, pode haver acúmulo de pus 
na tuba uterina (piossalpinge), que é parcialmente 
ocluída por aderências. Nesses casos, a mórula 
(primeiro estágio da embriogênese) pode não ser 
capaz de seguir ao longo da tuba até o útero, 
embora os espermatozoides evidentemente 
tenham feito isso. Quando o blastocisto se forma, 
ele se implanta na túnica mucosa da tuba uterina, 
causando uma gravidez ectópica tubária. Embora a 
implantação ectópica possa ocorrer em qualquer 
parte da tuba uterina, o local mais comum é a 
ampola . Gestações ectópicas também ocorrem 
idiopaticamente (sem motivo aparente ou 
explicável) nas mulheres, e há risco aumentado nos 
casos de laqueadura malsucedida das tubas 
uterinas. 
- No lado direito, muitas vezes o apêndice 
vermiforme está próximo do ovário e da tuba 
uterina. Essa proximidade explica por que 
uma gravidez tubária rota e a consequente 
peritonite podem ser erroneamente diagnosticadas 
como apendicite aguda. Nos dois casos, há 
inflamação do peritônio parietal na mesma área 
geral, e a dor é referida para o quadrante inferior 
direito do abdome. 
 Posição do Útero 
- Normalmente, o útero está antevertido e 
antefletido de tal modo que o corpo do útero apoia-
se na bexiga urinária vazia, uma das diversas formas 
de proporcionar sustentação passiva para o útero (. 
Entretanto, o útero pode adotar outras posições, 
inclusive a anteflexão excessiva , anteflexão com 
retroversão e retroflexão com retroversão . Já se 
acreditou que a retroversão e/ou retroflexão, 
quando acentuadas, fossem fatores predisponentes 
ao prolapso uterino ou representassem uma 
complicação potencial durante a gravidez; todavia, 
isso não foi comprovado. 
Alterações da Anatomia Normal do útero 
com a Idade 
- Por ocasião do nascimento, o útero é 
relativamente grande e tem proporções adultas 
(razão corpo:colo = 2:1) em razão da influência pré-
parto dos hormônios maternos . Algumas 
semanas após o parto, alcança dimensões e 
proporções infantis: o corpo e o colo têm 
comprimentos quase iguais (razão corpo:colo = 1:1) 
e o colo tem maior diâmetro (espessura) . Em vista 
do pequeno tamanho da cavidade pélvica durante a 
infância, o útero é um órgão principalmente 
abdominal. O colo do útero permanece 
relativamente grande (cerca de 50% do útero) 
durante toda a infância. Durante a puberdade, o 
útero (principalmente seu corpo) cresce 
rapidamente, assumindo proporções adultas . Na 
mulher pós-púbere, pré-menopáusica, não grávida, 
o corpo do útero é piriforme; os dois terços 
superiores do útero,com parede espessa, situam-se 
na cavidade pélvica . Durante essa fase da vida, o 
útero sofre alterações mensais de tamanho, peso e 
densidade em relação ao ciclo menstrual. 
Durante os nove meses de gravidez, o 
útero grávido se expande muito para acomodar o 
feto, tornando-se maior e com paredes cada vez 
mais finas . Ao fim da gravidez , o feto “desce”, à 
medida que a cabeça se encaixa na pelve menor. O 
útero torna-se quase membranáceo, e o fundo cai 
abaixo de seu nível mais alto (atingido no 9o mês), 
quando se estende superiormente até a margem 
costal, ocupando a maior parte da cavidade 
abdominopélvica . 
Logo após o parto, o útero grande tem paredes 
espessas e edemaciadas , mas seu tamanho diminui 
com rapidez. O útero não grávido de uma 
mulher multípara tem um corpo grande e nodular e 
geralmente estende-se até a parte mais baixa da 
cavidade abdominal, frequentemente causando 
pequena protrusão da parede abdominal inferior 
em mulheres magras . 
Durante a menopausa (45 a 55 anos de idade), o 
útero (mais uma vez, sobretudo o corpo) diminui de 
tamanho. Após a menopausa, o útero involui e 
regride a um tamanho muito menor, assumindo de 
novo proporções infantis . Todos esses estágios 
representam a anatomia normal para a idade e o 
estado reprodutivo da mulher. 
Rastreamento de Câncer do Colo do 
útero 
- O declínio da incidência e do número de mulheres 
que morrem por câncer do colo do útero está 
relacionado à acessibilidade do colo do útero à 
visualização direta e ao exame celular e histológico 
(inventado em 1946 pelo Dr. George Papanicolaou, 
daí esse exame ser chamado esfregaço de 
Papanicolaou) Este exame permite a detecção e o 
tratamento de condições pré-malignas do colo do 
útero (Hoffman et al., 2016). A vagina pode ser 
distendida com um espéculo vaginal para permitir a 
inspeção do colo do útero . Uma espátula é 
“encostada” no óstio do útero . A espátula é girada 
para raspar material celular da mucosa do colo , isso 
é seguido pela inserção de uma escova citológica no 
canal do colo do útero, que é girada para colher 
material celular da mucosa da porção supravaginal 
do colo do útero. O material celular é, então, 
colocado em um líquido conservante para exame 
microscópico . O rastreamento em mulheres de 30 a 
65 anos de idade de câncer do colo do útero 
preferido atualmente inclui citologia cervical e 
pesquisa de papilomavírus (HPV) a cada 5 anos. O 
HPV é a principal causa de câncer de colo de útero 
em mulheres. A pesquisa de HPV não é preconizada 
para mulheres com 21 a 29 anos de idade por causa 
da prevalência elevada de HPV nessa população. 
Para esse grupo de mulheres recomenda-se apenas 
citologia cervical a cada 3 anos. 
 
 
HISTERECTOMIA 
- A histerectomia, excisão cirúrgica do útero, é um 
procedimento relativamente comum realizado 
principalmente no caso de doença uterina, tal como 
grandes miomas uterinos, endometriose ou câncer 
uterino. A incidência de histerectomia por motivos 
não cancerígenos tem diminuído acentuadamente e 
outros métodos têm sido realizados. O 
procedimento interrompe o sangramento uterino 
anormal, mas interrompe também os ciclos 
menstruais e a capacidade de conceber. 
- A histerectomia radical inclui a remoção dos 
ovários além do útero. Na histerectomia subtotal, o 
útero é seccionado no istmo. Quando são realizadas 
histerectomias cervicais ou totais, os fórnices 
vaginais são incisados, circundando o colo do útero 
e, assim, separando o útero da vagina. A 
extremidade superior da vagina é então fechada por 
sutura. A ligadura da artéria uterina é realizada 
distalmente à artéria vaginal e aos ramos vaginais 
para possibilitar fluxo sanguíneo máximo para a 
extremidade superior da vagina para promover a 
cicatrização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distenção da Vagina 
 
 
- A vagina pode ser muito distendida,sobretudo na 
região da parte posterior do fornice.Por exemplo,a 
distenção dessa parte permite a palpação do 
promontório da base do sacro durante um exame 
pélvico.A distenção também acomoda o Penis ereto 
durante a relação sexual.A vagina é distendida pelo 
feto durante o parto. 
Órgãos Genitais Femininos Externos 
- Os órgãos genitais femininos Externos são o monte 
do púbis,os lábios maiores do pudendo(que 
circundam a rima do pudendo),os lábios menores 
do pudendo(que circundam o vestíbulo da 
Vagina),o clitóris,os bulbos do vestíbulo e as 
glandulas vestibulares maiores e menores.Os 
sinônimos vulva e pudendo incluem todas essas 
partes,o termo vulva é usado com freqüência na 
clínica.O pudendo feminino serve : 
- Com tecido Sensitivo e erétil para a excitação e 
relação sexual 
- Para direcionar o fluxo de Urina 
- Para Evitar a entrada de material estranho nos 
sitemas genital e urinario 
OBS- A vulva é a parte externa dos órgãos 
genitais femininos. A vulva inclui a abertura da 
vagina, os lábios maiores, os lábios menores e o 
clitóris. Externamente é revestida por pelos 
pubianos. Em torno da abertura da vagina, existem 
dois conjuntos de dobras da pele. 
Monte do Pubis 
- O monte do púbis é a eminência adiposa, 
arredondada, anterior à sínfise púbica, tubérculos 
púbicos e ramo superior do púbis. A eminência é 
formada por massa de tecido adiposo subcutâneo. 
A quantidade de tecido adiposo aumenta na 
puberdade e diminui após a menopausa. A 
superfície do monte é contínua com a parede 
anterior do abdome. Após a puberdade, o monte do 
púbis é coberto por pelos pubianos encrespados. 
 
 
 
 
Lábios Maiores do Pudendo(Vulva) 
- Os lábios maiores do pudendo são pregas 
cutâneas proeminentes que proporcionam proteção 
indireta para o clitóris e para os óstios da uretra e 
da vagina. Cada lábio maior do pudendo é 
preenchido principalmente por um “prolongamento 
digital” de tecido subcutâneo frouxo contendo 
músculo liso e a extremidade do ligamento redondo 
do útero . Os lábios maiores do pudendo seguem 
em sentido inferoposterior a partir do monte do 
púbis em direção ao ânus. 
- Os lábios maiores situam-se nas laterais de uma 
depressão central (uma fenda estreita quando as 
coxas são aduzidas , a rima do pudendo, no interior 
da qual estão os lábios menores do pudendo e o 
vestíbulo da vagina . As faces externas dos lábios 
maiores da mulher adulta são cobertas por pele 
pigmentada contendo muitas glândulas sebáceas e 
por pelos pubianos encrespados. As faces internas 
dos lábios são lisas, rosadas e não têm pelos. 
Labios Menores do Pudendo( Vulva) 
- Os lábios menores do pudendo são pregas 
arredondadas de pele sem pelos e sem tecido 
adiposo. Estão situados na rima do pudendo, 
circundam imediatamente e fecham o vestíbulo da 
vagina, no qual se abrem os óstios externo da 
uretra e da vagina. Eles têm um núcleo de tecido 
conjuntivo esponjoso contendo tecido erétil em sua 
base e muitos pequenos vasos sanguíneos. 
Anteriormente, os lábios menores formam duas 
lâminas. As lâminas mediais de cada lado se unem e 
formam o frênulo do clitóris. As lâminas laterais 
unem-se anteriormente à glande do clitóris (ou 
muitas vezes anterior e inferiormente, assim 
superpondo-se à glande e encobrindo-a), e formam 
o prepúcio do clitóris. Nas mulheres jovens, 
sobretudo as virgens, os lábios menores estão 
unidos posteriormente por uma pequena prega 
transversal, o frênulo dos lábios do pudendo. 
Clitóris 
- O clitóris é um órgão erétil localizado no ponto de 
encontro dos lábios menores do pudendo 
anteriormente. O clitóris consiste em uma raiz e um 
pequeno corpo cilíndrico, formados por dois ramos, 
dois corpos cavernosos e a glande do clitóris . Os 
ramos fixam-se aos ramos inferiores do púbis e à 
membrana do períneo, profundamente aos lábios 
do pudendo. O corpo do clitóris é coberto pelo 
prepúcio . Juntos, o corpo e a glande do clitóris têm 
cerca de 2 cm de comprimento e < 1 cm de 
diâmetro. 
Ao contrário do pênis, o clitórisnão tem relação 
funcional com a uretra ou a micção. Atua apenas 
como órgão de excitação sexual. O clitóris é muito 
sensível e aumenta de tamanho à estimulação tátil. 
A glande do clitóris é a parte mais inervada do 
clitóris e tem densa provisão de terminações 
sensitivas. 
Vestíbulo da Vagina 
- O Vestíbulo da vagina é o espaço circundado pelos 
lábios menores do pudendo no qual se abrem os 
óstios da uretra e da vagina e os ductos das 
glândulas vestibulares maiores e menores. O óstio 
externo da uretra está localizado 2 a 3 cm 
posteroinferiormente à glande do clitóris e 
anteriormente ao óstio da vagina. De cada 
lado do óstio externo da uretra há aberturas 
dos ductos das glândulas uretrais. 
As aberturas dos ductos das glândulas 
vestibulares maiores estão localizadas nas 
faces mediais superiores dos lábios menores 
do pudendo, nas posições de 5 e 7 horas em 
relação ao óstio da vagina na posição de 
litotomia. 
O tamanho e a aparência do óstio da vagina variam 
com a condição do hímen, uma prega anular fina de 
túnica mucosa, que proporciona oclusão parcial ou 
total do óstio da vagina. Após a ruptura do hímen, 
são visíveis as carúnculas himenais remanescentes . 
Esses remanescentes delimitam a vagina e o 
vestíbulo. O hímen não tem função fisiológica 
estabelecida. É considerado basicamente um 
vestígio do desenvolvimento. No entanto, sua 
condição (e a do frênulo dos lábios do pudendo) 
muitas vezes oferece dados decisivos em casos de 
abuso de crianças e de estupro. 
Irrigação Arterial e drenagem venosa do 
pudendo 
- A irrigação abundante do pudendo provém 
das artérias pudendas externa e interna . A artéria 
pudenda interna irriga a maior parte da pele, os 
órgãos genitais externos e os músculos do períneo. 
As artérias labiais e do clitóris são ramos da artéria 
pudenda interna. As veias labiais são tributárias 
das veias pudendas internas e veias acompanhantes 
da artéria pudenda interna. O ingurgitamento do 
tecido erétil durante a fase de excitação da resposta 
sexual causa aumento do tamanho e consistência 
do clitóris e dos bulbos do vestíbulo da vagina. 
Inervação do Pudendo 
- A face anterior do pudendo (monte do púbis, parte 
anterior dos lábios do pudendo) é inervada por 
derivados do plexo lombar: os nervos labiais 
anteriores, derivados do nervo ilioinguinal, e 
o ramo genital do nervo genitofemoral. 
A face posterior do pudendo é inervada por 
derivados do plexo sacral: o ramo perineal do nervo 
cutâneo femoral posterior lateralmente e o nervo 
pudendo centralmente . Este último é o principal 
nervo do períneo. Seus nervos labiais 
posteriores (ramos superficiais terminais do nervo 
perineal) suprem os lábios do pudendo. Os ramos 
profundos e musculares do nervo perineal suprem o 
óstio da vagina e os músculos superficiais do 
períneo. O nervo dorsal do clitóris supre os 
músculos profundos do períneo e são responsáveis 
pela sensibilidade do clitóris. 
Circuncisão feminina 
- Embora seja ilegal e hoje esteja sendo ativamente 
desestimulada na maioria dos países, a mutilação 
genital feminina (incluindo a circuncisão) ainda é 
uma prática frequente em algumas culturas. A 
cirurgia, geralmente realizada na infância, retira o 
prepúcio do clitóris, e muitas vezes também retira 
parcial ou totalmente o clitóris e os lábios menores 
do pudendo, podendo ainda incluir a sutura do óstio 
vaginal. Há uma falsa crença de que esse 
procedimento desfigurante iniba a excitação e o 
prazer sexuais. 
Traumatismo Vulvar 
- Os bulbos do vestíbulo, bem vascularizados, são 
suscetíveis à ruptura vascular por traumatismo (p. 
ex., lesões atléticas como salto de obstáculos, 
violência sexual e lesão obstétrica). Muitas vezes 
essas lesões resultam em dor 
intensa, hematomas (acúmulo localizado de sangue) 
vulvares nos lábios maiores do pudendo, fibrose e, 
em alguns casos, podem provocar futura obstrução 
no trabalho de parto ou a formação de uma fístula. 
Infecção das Glândulas Vestibulares 
Maiores. 
- As glândulas vestibulares maiores geralmente não 
são palpáveis, mas tornam-se palpáveis quando 
infectadas. A oclusão do ducto da glândula 
vestibular pode predispor o indivíduo à infecção das 
glândulas vestibulares maiores. A glândula é o local 
de origem da maioria dos adenocarcinomas 
vulvares. A bartolinite, inflamação das glândulas 
vestibulares maiores (de Bartholin), pode ser 
causada por vários organismos patogênicos. As 
glândulas infectadas podem aumentar até um 
diâmetro de 4 a 5 cm e invadir a parede do reto. A 
oclusão do ducto da glândula vestibular sem 
infecção pode resultar no acúmulo de mucina (cisto 
da glândula [de Bartholin]) 
 
Bloqueio dos Nervos Pudendo e Ilioinguinal 
- O alívio da dor no períneo durante o parto pode 
ser feito pela anestesia por bloqueio do nervo 
pudendo, injetando-se um anestésico local nos 
tecidos adjacentes ao nervo pudendo . A injeção é 
aplicada no local onde o nervo pudendo cruza a face 
lateral do ligamento sacroespinal, perto de sua 
fixação à espinha isquiática ou na parte inicial do 
canal do pudendo. A agulha é introduzida na pele 
sobrejacente (conforme ilustrado) ou, o que talvez 
seja mais comum, através da vagina paralelamente 
ao dedo que palpa. Como nesse estágio a cabeça do 
feto geralmente está parada na pelve menor, é 
importante que o dedo do médico sempre esteja 
posicionado entre a extremidade da agulha e a 
cabeça do bebê durante o procedimento. 
Para abolir a sensibilidade da parte anterior do 
períneo, é realizado um bloqueio do nervo 
ilioinguinal. Quando as pacientes continuam a se 
queixar de dor após administração apropriada de 
um bloqueio do nervo pudendo ou dos nervos 
pudendo e ilioinguinal, geralmente é consequência 
da inervação superposta pelo ramo perineal do 
nervo cutâneo femoral posterior. 
 
Exercícios para o fortalecimento dos 
Músculos perineais femininos 
- Os músculos transverso superficial do períneo, 
bulboesponjoso e esfíncter externo do ânus, por 
meio de sua inserção comum ao corpo do períneo, 
formam feixes cruzados sobre a abertura inferior da 
pelve para sustentar o corpo do períneo e o 
diafragma da pelve, como nos homens. Como as 
mulheres não têm as demandas funcionais 
relacionadas com micção, ereção peniana e 
ejaculação dos homens, esses músculos são 
relativamente pouco desenvolvidos nelas. 
Entretanto, quando desenvolvidos, contribuem para 
a sustentação das vísceras pélvicas e ajudam a 
evitar a incontinência urinária de esforço e o 
prolapso pós-parto das vísceras pélvicas. Portanto, 
muitos ginecologistas e cursos pré-parto para o 
parto participativo recomendam que as mulheres 
pratiquem os exercícios de Kegel (assim 
denominados em homenagem a A. H. Kegel, um 
ginecologista norte-americano do século XX) usando 
os músculos do períneo, como a interrupção 
sucessiva do fluxo de urina durante a micção. 
Alguns cursos pré-parto enfatizam que, ao 
aprenderem a contrair e relaxar voluntariamente os 
músculos do períneo, as mulheres podem ser 
capazes de resistir à tendência de contrair a 
musculatura durante as contrações uterinas, 
desobstruindo a passagem para o feto e reduzindo a 
probabilidade de ruptura dos músculos do períneo. 
Vaginismo 
- O vaginismo é definido como espasmos 
musculares involuntários (reflexos) que ocorrem 
quando há tentativa de penetração vaginal (quando 
os músculos do períneo estão distendidos). Pode ser 
limitado a situações específicas (p. ex., relação 
sexual) ou em todas as situações em que seja 
tentada penetração vaginal (uso de absorvente 
interno, exames ginecológicos). Pode 
causar dispareunia (dor durante a relação sexual); 
nas formas graves, impede a penetração vaginal. O 
vaginismo é um distúrbio físico que, em algumas 
mulheres, tem um componente psicológico, como 
medo antecipado de dor à penetração. Em outras, o 
vaginismo pode estar ligado a um distúrbio 
ginecológico, umacondição clínica ou um 
medicamento. O tratamento envolve, com 
frequência, técnicas de relaxamento muscular e 
dessensibilização com o uso de dilatadores vaginais 
de diâmetro crescente.

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