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RESUMO CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA

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Conceitos básicos de economia
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
01. Conceito de Economia:
· Etimologicamente, a palavra economia vem do grego oikos(casa) e nomos (norma, lei). No sentido original, seria a “administração da casa”, que pode ser generalizada como “administração da coisa 
pública”.
· “Ciência que estuda como a sociedade administra recursos produtivos (fatores de produção) escassos.” 
· Fatores de produção: Mão-de-obra, terra, capital, matéria-prima.
· “Economia é o estudo das escolhas feitas pelas pessoas diante de situação de escassez. ” 
· Trata-se de uma ciência social, já que objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas, provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção (mão-de-obra, capital, terra, matérias-primas).
02. O termo Escassez:
· Diz respeito ao que está limitado ou ao que é econômico, ao contrário de ilimitado e livre.
· O problema de toda organização econômica est[a na essência, que pode ser representada por:
· Uma empresa .
· Uma nação .
· Uma sociedade .
· Se não houvesse escassez de recursos, não haveria necessidade de estudarmos questões como inflação, crescimento econômico, déficit no balanço de pagamentos, desemprego, concentração de renda etc, pois esses problemas provavelmente não existiriam.
· ECONOMIA, A CIÊNCIA DA ESCASSEZ. Para definir economia primeiro definimos o que é escassez. 
· Escassez, nada mais é que ter recursos insuficientes para atender a uma necessidade.
· Recursos são os meios que se utilizam para produzir algo. Sim, dinheiro é um recurso muito importante, mas recursos também é tempo, matéria-prima, tecnologia, mão de obra, entre outros.
· Economia é então essa escolha que se faz quando se tem recursos escassos. E é dividida na micro e na macroeconomia.
· A microeconomia estuda as organizações e aquilo que está a sua volta, como funcionários, fornecedores e consumidores, e estuda também a forma como suas decisões se relacionam. 
· Ou seja, e microeconomia analisa as ações dos componentes econômicos privados, desde a produção ao consumo e como encontram certo equilíbrio, chamada também como teoria dos preços.
· A macroeconomia analisa a economia como um todo, cuida do que está no externo das empresas, mas que não deixam de influenciar. Por exemplo, o desempenho econômico do país, como PIB, inflação, empregabilidade, renda nacional, etc. influenciam também taxas de juros, impostos, e desenvolvimento social do país.
· A microeconomia enxerga uma árvore e a macroeconomia enxerga toda a floresta.
· A economia não pode ainda ser considerada fechada, uma vez que envolve a ação econômica do homem, é impossível não relacionar com outras áreas da ciência humana, como filosofia, ética, história, sociologia, direito, meio ambiente, e outros.
03. Problemas Econômicos:
· O que e quanto produzir?
· Em relação a o que produzir, primeiro temos que fazer uma análise geral da sociedade, pois a Economia como uma ciência social estuda os interesses de toda uma coletividade. 
· Podemos estudar o comportamento da coletividade, ou seja, saber quais produtos estão satisfazendo as necessidades humanas no mercado e em quais proporções.
· O outro problema é a questão de como serão produzidos os bens, ou seja, os fatores de produção que serão aplicados durante o processo de produção. 
· Tais fatores como: Matéria-prima, bem de capitais tangíveis, Tecnologia, mão-de-obra qualificada (especializada –Divisão do Trabalho). Sendo a maioria dos recursos escassos. 
· Para quem produzir?
· Neste caso concluímos que o preço é o fator de restrição em uma economia de mercado.
04. Mercados: Interações entre indivíduos:
· Uma economia é um sistema que coordena a produção de muitos agentes. Em uma economia de mercado, essa coordenação ocorre sem centralização: cada indivíduo toma sua própria decisão.
· Agentes econômicos: Um agente econômico é qualquer entidade que pertence e atua num determinado sistema econômico (pode ser uma pessoa, uma empresa, cooperativa, órgão governamental, etc )
· Todavia, as decisões individuais não são independentes, pois dependem das decisões dos demais. 
· O resultado da escolha de diversas pessoas pode ser bem diferente daquilo que os indivíduos esperariam. 
· A interação entre indivíduos em uma economia de mercado possui cinco princípios:
· Ganhos de comércio.
· Movimentação dos mercados em direção ao equilíbrio.
· Uso eficiente dos recursos para o alcance dos objetivos da sociedade.
· Mercados rumo à eficiência.
· Ação governamental em prol do aumento de bem-estar.
GANHOS DE COMÉRCIO
· Comércio - ferramenta importante para melhorar a situação de uma sociedade.
· A existência do comércio torna possível que as pessoas dividam tarefas entre si e ofertem bens ou serviços demandados por outras pessoas em troca de bens e serviços que ela deseja. 
· Os ganhos de comércio são oriundos dessa divisão de tarefas, conhecida como especialização: cada indivíduo se ocupa de poucas atividades. 
EXEMPLO
· A moeda tem papel fundamental em uma economia, pois gera ganhos de comércio. Isso é possível porque a moeda permite que trocas indiretas sejam realizadas, acabando com problema da dupla coincidência de necessidades que ocorria em um sistema de escambos.
· A moeda tem três funções:
1. Meio de troca – pois cumpre o papel de um ativo que as pessoas utilizam para trocar bens e serviços.
2. Reserva de valor – pois é uma forma de guardar poder de compra ao longo do tempo.
3. Unidade de conta – que representa uma medida que as pessoas utilizam para fixar preços e fazer cálculos econômicos.
DIAGRAMA DO FLUXO CIRCULAR 
MOVIMENTAÇÃO DOS MERCADOS EM DIREÇÃO AO EQUILÍBRIO
· Uma economia está em equilíbrio quando nenhum indivíduo pode melhorar sua situação adotando uma ação diferente.
· Os mercados, normalmente, alcançam o equilíbrio por meio da mudança de preços, que aumentam ou diminuem, até que todas as oportunidades para melhorar a situação individual tenham se esgotado. 
USO EFICIENTE DOS RECURSOS PARA O ALCANCE DOS OBJETIVOS DA SOCIEDADE
· Uma economia é eficiente quando utiliza todas as oportunidades de melhorar a situação de uma pessoa sem piorar a de outras.
· Quando uma economia está operando de forma eficiente, os ganhos oriundos do comércio são maximizados, dados os recursos disponíveis.
· Quando uma economia é eficiente, a única maneira de melhorar a situação de uma pessoa é piorando a de outra: ou seja, já esgotamos os ganhos de troca.
MERCADOS RUMO À EFICIÊNCIA
· Frequentemente), os mercados levam à eficiência.
· O Estado não precisa gerar eficiência, porque os mercados já cumprem essa função razoavelmente bem.
· “mão invisível do mercado” Adam Smith - os incentivos presentes em uma economia de mercado já garantem que os recursos sejam utilizados da melhor maneira possível, sem que haja desperdício de oportunidades.
· Quando há falhas de mercado, é possível que ações governamentais melhorem o bem-estar da sociedade.
· Alguns agentes econômicos podem ter poder de mercado, como uma firma monopolista, que poderá restringir o uso de recursos por outros indivíduos para maximizar seu lucro individual.
Saiba mais
· O objetivo de um modelo econômico é demonstrar como as variáveis exógenas afetam as endógenas.
· As variáveis endógenas são aquelas que o modelo tenta explicar. Já as variáveis exógenas são as que o modelo toma como dadas.
· As variáveis exógenas são determinadas fora do modelo, servindo como insumo, enquanto as endógenas são determinadas dentro do modelo: são seu resultado.
05. Origem da ciência econômica 
· Nas formas mais rudimentares de civilização, já existia algum tipo de pensamento econômico.
· Na Grécia Antiga, Platão já contribuía para o pensamento econômico tocando alguns conceitos como a divisão do trabalho, a teoria da moeda, a produção como base da riqueza do Estado e até a propriedade comum. 
· A Idade Média representa um período de transformações na sociedade, que costumam vir acompanhadas de novas ideias.
· Seguindo a queda do Império Romano, cuja economia era escravocratae latifundiária, o período deu origem ao feudalismo. Trabalho e terra passaram a ser transferidos, e não mais vendidos.
· O desenvolvimento de novas técnicas agrícolas aumentou a produtividade das terras, e a Europa vivenciou um período de estabilidade e crescimento populacional. Essa combinação de fatores deu origem ao mercador independente.
ESCOLÁSTICOS
· Na Idade Média, os escritores cristãos tinham uma abordagem puramente ética do estudo econômico. Sua aversão ao comércio e à propriedade baseava-se na convicção de que a busca pela riqueza os desviaria do “caminho da graça”.
· Seu principal expoente foi Tomás de Aquino.
· Aquino buscou assimilar a filosofia aristotélica ao Cristianismo. Recorrendo aos argumentos de Aristóteles, ele pôde justificar a propriedade privada defendendo obrigações para o proprietário, desde que atendesse aos interesses da comunidade.
· Ele desenvolveu ideias a respeito do valor de um bem, introduzindo uma teoria do salário justo e do preço justo, esboçando uma noção de justiça distributiva e condenou a cobrança dos juros.
· Dentre as principais contribuições dos escolásticos para o pensamento econômico, podemos citar: utilidade como principal fonte de valor e a noção de preço justo.
· Esse período é considerado como a pré-história do pensamento econômico e começou a desaparecer no século XVI com a Revolução Científica.
SURGIMENTO DA ECONOMIA POLÍTICA 
· A classe mercantil enriqueceu, a aristocracia e o clero começaram a perder influência, a expansão do comércio proporcionou o surgimento de centros comerciais e industriais, e universidades foram criadas.
· A esfera de produção se transformou, com os comerciantes deixando de ser apenas fornecedores de matérias-primas e se tornando também detentores de meios de produção empregadores de mão de obra. 
· Nesse período pré-mercantilismo, Jean Bodin esboçou a primeira teoria quantitativa da moeda, afirmando que a principal causa do aumento dos preços era o aumento do ouro e da prata em circulação. 
· Influenciados pelo crescimento dos Estados-Nação e pelos trabalhos de pensadores como Maquiavel, Hobbes e Locke, o pensamento econômico deixou de se preocupar apenas com o comportamento de agentes econômicos individuais e passou a examinar também o Estado.
· Emergiu uma nova disciplina como ciência: a Economia Política, cujo objeto de estudo era a atividade pública, tratando da acumulação e do gerenciamento da riqueza, a fim de aumentar a eficiência do Estado.
· Sir William Petty – pai da economia moderna
MERCANTILISTAS
· Uma segunda fase de transformações ocorreu durante o Mercantilismo. No campo do pensamento econômico, foram propostas ideias de um sistema comercial restritivo com o objetivo de aumentar a prosperidade econômica de uma nação.
· Os pensadores do período podem ser divididos entre bullionistas (ou metalistas) e mercantilistas.
· O primeiro grupo defendia a regulamentação do câmbio, e enxergavam qualquer saída de metais preciosos como uma desvantagem. Desse modo, advogaram pela proibição da exportação de qualquer espécie que tivesse como consequência a saída de ouro e prata da nação, assim como a proibição de importações. Em contrapartida, defendiam a exportação de mercadorias, como bens manufaturados, cujos pagamentos significavam a entrada de metais preciosos em seus países.
· O segundo grupo acreditava que havia a necessidade de incentivar a troca de mercadorias, buscando alcançar uma balança comercial favorável
· A nação passou a ser vista como uma grande empresa comercial, o que acarretou a defesa e adoção de políticas protecionistas.
· O pensamento mercantilista dialogava com o poder do Estado.
ATENÇÃO
· Algumas teorias sobre a conceituação do valor e teorias monetárias sobre o papel dos juros na economia também foram esboçadas nessa época. 
· Principais contribuintes: Thomas Mun, Antonio Serra e Edward Misselden.
· O mercantilismo foi se tornando inadequado frente à acumulação capitalista o que resultou em uma queda dos lucros.
· A intervenção do Estado na economia passou a ser vista com suspeita, e a ideia de que o lucro se originava na esfera de produção começou a se disseminar. 
· A partir do final do século XVII, a celebração do individualismo, em conjunto com desenvolvimento da ética protestante, legitimou a usura e a atividade econômica.
· Passaram a defender a intervenção do Estado apenas no reconhecimento e na proteção ao direito de propriedade.
· Os autores desse período foram os precursores da Economia Política Clássica
PRECURSORES DA ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA 
· Influenciados pela Política de Sir William Petty, que marcou o início do pensamento da economia política clássica, iniciou-se uma crítica ao pensamento mercantilista prévio. 
· Dudley North e Mandeville atacaram o protecionismo do Estado e defenderam o livre comércio.
· A ideia mercantilista de uma balança comercial positiva também foi criticada: o comércio internacional não poderia ser uma fonte de perda para nenhuma das partes, uma vez que, sendo uma atividade voluntária, não ocorreria se não gerasse ganhos para todos.
· Richard Cantillon propôs que a terra era a principal fonte de riqueza. Além disso, distinguiu o valor de mercado dos bens, o que foi considerado um esboço da teoria de preço e custo.
· Na França do final do século XVIII, os conceitos pós-mercantilistas foram sofisticados por um grupo de pensadores conhecidos como fisiocratas.
· As principais contribuições desta escola para o pensamento econômico moderno: rejeição do conceito mercantilista de riqueza por meio da troca e no reconhecimento da produção como fonte de riqueza.
· Quesnay foi precursor da acumulação de capital, também trazendo também a ideia de interdependência entre os setores da economia. Desse modo, os fisiocratas foram os primeiros a tentar analisar a circulação da riqueza na economia.
· David Hume também fez contribuições, suas principais ideias econômicas envolviam o destaque ao trabalho, bem como a atenção a oscilações e mudanças na economia, e apontou a inter-relação de fatos econômicos com outras forças sociais.
ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA
· Economia clássica é o nome dado ao sistema de teoria econômica que foi desenvolvido a partir do final do século XVIII, iniciado com a publicação do livro Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, de Adam Smith, em 1776. 
· “mão invisível do mercado”, forças que naturalmente convergiriam para um equilíbrio eficiente, sem necessidade de intervenção estatal.
· A visão clássica de um sistema econômico harmonioso destoava das crenças mercantilistas e escolásticas de que o mercado era caracterizado por desequilíbrios que exigiam intervenções e restrições. 
· Visão otimista do funcionamento dos mercados.
· Outra característica é seu interesse no crescimento econômico, o que os levou a estudar os mercados e o sistema de preços sob a ótica da alocação de recursos. 
Teóricos e suas contribuições.
ADAM SMITH
· Se empenhou em construir sua teoria de forma sistemática. 
· Em A Riqueza das Nações, ele lançou as bases da teoria econômica clássica de livre mercado.
· Contribuições:
· Desenvolvimento do conceito de divisão do trabalho e a exposição de que o interesse individual racional e a concorrência podem conduzir ao desenvolvimento econômico. 
· Além disso, suas obras também tocaram temas como a teoria do valor, passando por conceitos de excedente, teoria dos salários e distribuição.
THOMAS MALTHUS
· Mais conhecido por sua teoria da população, Em suas obras, discorreu sobre distribuição de renda e consumo improdutivo, e apontou os riscos de uma crise de superprodução frente à falta de demanda.
DAVID RICARDO E JOHN STUART MILL
· David Ricardo, acrescentou à teoria econômica a noção de que há ganhos na troca internacional para as duas partes que estão comercializando, mesmo que uma seja mais competitiva que a outra.
· Os escritos de Ricardo trataram de muitos outros tópicos, como as teorias do valor, dos salários, lucros e aluguel, da acumulação, do desenvolvimento econômico e de moeda e bancos, tambémlevantou a questão sobre as leis naturais que determinariam a distribuição do produto entre as classes da sociedade.
· Foi ainda nesse período que as noções de utilitarismo (ações que maximizam felicidade e bem-estar são boas) começaram a ser desenvolvidas, sendo posteriormente incorporadas à teoria econômica. 
PENSAMENTO ECONÔMICO SOCIALISTA
· O período em que se desenvolveu a escola clássica e uma época de crescimento econômico e desenvolvimento teórico, e de intenso conflito entre as classes de trabalhadores e capitalistas.
· O fim das guerras napoleônicas, o movimento trabalhista e as revoluções de 1848 influenciaram as correntes de pensamento do período.
· A derrota da classe trabalhadora no movimento de 1848 encerrou um ciclo de luta e inaugurou uma fase de hegemonia cultural burguesa e crescimento econômico.
· Para os trabalhadores da época, essa fase inicial do capitalismo significava arcar com os custos da expansão da produção: condições perigosas ou insalubres de trabalho, desemprego e longas horas de trabalho.
· Duas escolas de pensamento se opuseram à ordem social e econômica vigente (capitalismo):
· Escola Histórica Alemã – crítica radical da economia política clássica;
· Movimento Socialista – que culminou no pensamento social e econômico revolucionário conhecido como marxismo.
· Embora Marx reconhecesse os méritos científicos dos grandes economistas clássicos, considerava a economia clássica como uma expressão da burguesia.
· Marx desenvolveu sua teoria com ênfase na luta de classes.
· Segundo Marx, o sistema clássico se baseou na análise de classe sociais, até que deixasse de ser útil, ou seja, quando a burguesia alcançasse o poder. Nesse sentido, a economia clássica estava comprometida e deveria passar, agora, para a economia socialista.
· Marx não era utilitário, empirista ou baseado em leis naturais da Filosofia. Dentre as críticas feitas por Marx aos economistas clássicos, três se sobressaíram, listando a incapacidade dos clássicos de:
01. Explicar a natureza do lucro e do capital.
02. Reconhecer o caráter histórico do capitalismo.
03. Reconhecer o caráter exploratório do modo de produção capitalista.
06. Revolução marginalista ou utilitarista 
· O final do século XIX testemunhou o nascimento da teoria microeconômica moderna. Essa época foi marcada pela elaboração de um conjunto de ferramentas (análise marginal uma das mais importantes) que transformaram a economia clássica em neoclássica.
ATENÇÃO
· Jevons, Menger e Walras são alguns dos principais nomes associados a essa mudança na forma de conceber a teoria econômica.
· O interesse no crescimento econômico dos economistas clássicos deu lugar ao interesse na alocação dos recursos. 
· O centro do sistema neoclássico girava em torno do problema da alocação de recursos escassos.
· Os marginalistas aceitavam a abordagem utilitarista e, a partir dela, reformularam a análise do comportamento humano, que foi construído visando à maximização da utilidade individual.
· Os clássicos tinham como objeto principal agentes econômicos coletivos, como as classes sociais e o governo. Os marginalistas, por sua vez, se concentravam em agregados sociais mínimos: a unidade tomadora de decisão, como consumidores, famílias ou firmas.
ORTODOXIA NEOCLÁSSICA
· No contexto político-econômico, o ocidente experimentava um momento de desenvolvimento industrial e capitalista. Em conjunto, esses fatores estabeleceram as bases da economia neoclássica.
· Alfred Marshall contribuiu para o pensamento econômico com a publicação de seu livro Princípios de Economia (1890). 
· Sua obra pode ser entendida como uma reformulação da teoria econômica.
· Uma de suas principais contribuições ao campo foi sua análise de equilíbrio parcial, que uniu várias partes da teoria econômica que eram analisadas separadamente.
· Marshall introduziu e aprimorou uma série de conceitos, desde propriedades da curva de demanda, distinção de retornos crescentes e decrescentes, e maximização do bem-estar.
VOCÊ SABIA
· O americano Irving Fisher também utilizou a Matemática em sua análise econômica, voltada para a Macroeconomia. Ele propôs a versão mais conhecida da equação quantitativa da moeda, e sua contribuição central para a teoria econômica foi a teoria sobre juros.
07. Economia Keynesiana 
· Na esfera econômica durante a 1° GM, houveram impactos envolvendo a interrupção do comércio e pagamentos internacionais, e levaram governos a realizar intervenções econômicas. Foi feita uma produção de larga escala para atender necessidades de guerra, gerando enormes dívidas nacionais.
· Eclodiu a crise econômica de 1929. O desemprego atingiu níveis recordes e se tornou persistente. 
· O pensamento neoclássico havia se estruturado em torno da Lei de Say, que previa que o pleno emprego era o estado normal de funcionamento da economia. 
· (Se houvesse um afastamento do nível de emprego considerado normal o próprio sistema econômico retornaria ao seu nível normal).
· No entanto, a realidade parecia bastante distante deste pensamento. Já que haviam poucos indícios de que a situação estava caminhando para se corrigir.
· Porém, segundo os economistas neoclássicos a persistência dos altos níveis de desemprego poderia ser explicada pela rigidez no sistema econômico, que paralisava o mecanismo de ajuste natural.
· Segundo eles, a inflexibilidade dos salários não permitia que a economia seguisse sua trajetória natural.
· No início do século XX, John Keynes, revolucionou as esferas acadêmica e política com as ideias que propôs em seu livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. 
· O pensamento keynesiano, com ênfase na política fiscal, acabou dominando quase todo o Ocidente.
· Porém, diferente dos clássicos, ele não acreditava que a oferta cria sua própria demanda (Lei de Say).
· Dentre as principais ideias expressas em sua Teoria Geral, estão:
01. A teoria da preferência pela liquidez - que ofereceu uma explicação para os determinantes da taxa de juros sob a ótica do mercado de moeda.
02. A teoria da demanda efetiva.
03. A noção de um efeito multiplicador na economia.
04. A relação entre poupança e investimento.
· As ideias de Keynes representaram uma mudança nas políticas públicas: de estabilização dos preços para manutenção do nível de renda e emprego.
ECONOMIA DEPOIS DE KEYNES
· Entre as décadas de 1940 e 1970, muitos economistas discutiram as ideias de Keynes.
· Uma das maiores contribuições foi o livro Fundamentos da Análise Econômica, de Paul Samuelson.
· Outros, no entanto, discordavam de Keynes, como Milton Friedman, um grande defensor da eficiência dos mercados e da interferência mínima dos governos. 
· Durante as décadas de 1970 e 1980, outras teorias ganharam força: a teoria das expectativas racionais, de Robert Lucas, e as ideias da economia pelo lado da oferta. Ambas se utilizam das premissas neoclássicas e desafiam as teorias de Keynes.
CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO (CPP)
· Quais bens e serviços devem ser produzidos?
· Como produzi-los?
· Como distribuí-los?
· Ponto A: Não se está sendo empregado todos os recursos produtivos, capacidade ociosa de produção.
· Ponto B e C: Combinação de dois produtos que estão sendo produzidos com eficiência, porém, não se pode produzir mais de B sem diminuir C
· Ponto D: Está fora da capacidade de produção da empresa.
08. Caminhos da profissão de economista
· A Economia como ciência teve sua origem há muitos séculos. Ao longo dessa trajetória, passou por transformações em seu objeto de análise, método e abordagem teórica, sendo diretamente influenciada pelos contextos sociais e políticos da época em que seus teóricos viveram.
· Mais recentemente, no século XX, a Economia consolidou o ferramental matemático como instrumento de análise, que a distingue das demais Ciências Sociais, subdividindo-se em duas grandes áreas: Macroeconomia e Microeconomia.
· Os economistas modernos, em vez de focarem nas relações econômicas como objeto de estudo, passaram a aplicar as teorias desenvolvidas em áreas, como educação, saúde, política e meio ambiente.
· Essasnovas áreas de pesquisa, muitas vezes, deixam de fazer uma clara distinção entre Macro e Microeconomia.
TEORIA DOS JOGOS
· O campo da Teoria dos Jogos tem como interesse situações em que os indivíduos se comportam estrategicamente, isto é, como os indivíduos vão realizar escolhas quando as escolhas dos outros interferem no resultado.
Um dos exemplos clássicos é o famoso dilema dos prisioneiros.
· Dois criminosos foram presos pela polícia, que os interroga em salas separadas. Caso apenas um dos criminosos confesse individualmente, o confessante é libertado imediatamente pela sua colaboração, e o outro tem uma pena maior. Caso ambos confessem, eles são condenados a uma pena igual. Se nenhum dos dois confessar, eles receberão apenas uma pena por um crime menor.
· Qual será a decisão individual? Claramente, a ação de um dos criminosos influencia no resultado do outro
· Os pioneiros da área são os matemáticos John Von Neumann, John Nash e o economista Oskar Morgenstern.
· JOHN NASH (1928-2015): Ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1994 pelo que ficou conhecido como Equilíbrio de Nash: uma situação que, se alcançada, faz com que nenhum agente veja vantagem em alterar individualmente seu comportamento.
· O desenvolvimento da Teoria dos Jogos foi uma revolução em Economia ao abordar problemas cruciais por meio de modelos matemáticos.
· Além disso, a Teoria dos Jogos tem uma vasta gama de aplicações, sendo usada em Economia, Psicologia, Biologia Evolucionária, Guerras e Política.
09. Economia política
· vertente contemporânea ≠ vertente antiga. 
· Mostrou que é preciso olhar além de preços e renda, analisando, também, a História e a Sociologia.
· Um dos fundadores da área como a conhecemos hoje é o italiano Alberto Alesina.
· Em seus trabalhos, ele atentou para os seguintes aspectos:
· O fato de que ciclos eleitorais podem gerar comportamento cíclico na atividade econômica.
· Como fatores políticos levavam a um acúmulo de dívida pública maior do que o desejável.
· Como a independência dos bancos centrais em relação a pressões políticas era um fator preponderante para a estabilidade macroeconômica.
· Alesina estabeleceu como a desigualdade de renda poderia ser prejudicial ao crescimento econômico, e trouxe o estudo da cultura como um grande determinante de resultados políticos e econômicos.
VOCÊ SABIA
· Assim como Alesina, dois outros italianos, Persson e Tabellini, contribuíram consideravelmente para a área. Eles combinaram o melhor de três áreas - teoria macroeconômica, escolha pública e escolha racional - para sugerir uma abordagem unificada em economia política.
· Assim como em Macroeconomia Moderna, indivíduos se comportam de forma racional, e suas preferências sobre os resultados econômicos induzem suas preferências acerca de políticas.
010. Economia comportamental
· A teoria contemporânea pressupõe que indivíduos são racionais e tomam decisões com base nas informações disponíveis, fazendo as escolhas que geram maiores ganhos com base em alguma medida de benefício.
· Entretanto, se somos realmente racionais, por que tantas pessoas fazem o oposto do que a teoria supõe?
SAIBA MAIS
· Richard Thaler, um economista norte-americano, e Daniel Kahneman, psicólogo israelense, foram pioneiros em unir a economia à psicologia, criando e desenvolvendo o campo da Economia Comportamental. Ambos foram premiados com o Nobel pelas suas contribuições.
· A premissa básica é que os seres humanos nem sempre são racionais. Muitas vezes, suas escolhas podem ser baseadas em questões subjetivas e culturais, que, em alguns momentos, pesam mais que a racionalidade. 
· Thaler explica também o comportamento de manada nos mercados financeiros: quando o mercado está em alta, as pessoas decidem investir nas ações, justificado por um pensamento irracional de que os preços vão subir amanhã porque estão subindo hoje.
· Outro aspecto da economia comportamental é o nudge (um "empurrãozinho") que pode influenciar o processo de decisão de um indivíduo. É mais provável que as pessoas escolham aquilo se ela for a opção padrão.
011. Desenvolvimento econômico 
· A Economia do Desenvolvimento estuda o processo de desenvolvimento dos países de baixa renda. 
· Porém, não foca apenas em fatores que promovam o crescimento econômico e nas mudanças estruturais, mas também na melhora de aspectos que envolvam a população, como condições de saúde, educação e trabalho.
· Os neoclássicos propuseram alguns modelos de desenvolvimento econômico, e, com o passar dos anos, esses modelos foram ficando cada vez mais sofisticados, visando torná-los mais próximos da realidade.
SAIBA MAIS
· Alguns dos economistas mais importantes a elaborar modelos de desenvolvimento são: Roy Harrod, Evsey Domar, Robert Solow e Paul Romer.
· Características como crescimento populacional, progresso tecnológico, capital humano, e o papel e a qualidade das instituições foram incorporados nas equações.
· Daron Acemoglu e James Robinson são dois economistas contemporâneos que mostraram evidências empíricas sustentando a tese do papel desempenhado pelas instituições no desenvolvimento econômico, com ênfase nos direitos de propriedade.
· Outros economistas apontam, entre outros tantos fatores que impactam o crescimento, para:
· A importância da organização dos sistemas financeiros nacionais;
· O desenho de Constituições;
· O tipo de regime de um país (democrático ou autoritário);
· O grau de liberalização comercial de um país.
· O grande desafio da área é a dupla causalidade que esses fatores costumam apresentar com o crescimento econômico. Nesse caso, é difícil responder:
· Instituições melhores levam a mais crescimento econômico, ou países que têm mais crescimento econômico estabelecem melhores instituições?
· Outra camada do desenvolvimento econômico é a do impacto das culturas e das crenças no crescimento. 
012. Economia da pobreza
· Outro campo que se propôs a investigar a economia de baixa renda é o de Economia da Pobreza.
SAIBA MAIS
· Michael Kremer, Esther Duflo e Abhijit Banerjee, fizeram contribuições com uma abordagem experimental para aliviar a pobreza global.
· Os três economistas publicaram uma série de artigos, utilizando um método bastante empregado na Medicina: os Randomized Controled Trials (RCTs), ou Estudos Aleatorizados Controlados. 
· Resumidamente, essa abordagem experimental consiste em dividir a população do estudo em grupos aleatorizados de controle e tratamento para testar a efetividade de determinada política.
· O sucesso dessa abordagem influenciou consideravelmente a forma de avaliar políticas de nossa geração. 
· Outra vantagem é que, pelo fato de serem estudos controlados, há a possibilidade de verificar possíveis efeitos colaterais, colocando na balança, os benefícios e os custos não antecipados das intervenções.
013. Economia da desigualdade
· Existe uma grande variedade de tipos de desigualdade econômica, muitas vezes medida na forma de distribuição de renda ou de riqueza. Também pode ser avaliada como desigualdade entre países, regiões ou grupos de pessoas.
· O economista francês Thomas Piketty escreveu o livro O Capital no Século XXI , sobre o crescimento da desigualdade da riqueza mundial. A obra causou rebuliço no meio acadêmico ao trazer à tona o debate sobre taxação progressiva e tributação da riqueza global como único caminho eficiente para combater a concentração da renda, que segundo o autor, seria consequência do capitalismo.
014. Outras áreas voltadas à economia
· Listamos aqui uma série de áreas que têm se expandido nas últimas décadas.
· Existem muitos outros campos que um economista pode estudar e nos quais pode atuar. Campos mais clássicos como Macroeconomia e Microeconomia seguem igualmente trazendo novidades.
· A Economia do Trabalho, por exemplo, procura entender o funcionamento e a dinâmica dos mercados de trabalho assalariado.
· A Economia Ambiental dedica-se a estudar a escassez dos recursos ambientais, propondo minimizar o impacto causado no meio ambiente.
· A Economia do Crime usa o raciocínio econômico para explicar a tomadade decisões em condutas ilícitas.
· A Economia da Saúde - utilizam como ferramental as teorias do consumidor, do produtor e da escolha social para entender o comportamento dos indivíduos, dos provedores de saúde e de organizações públicas e privadas.
· A Economia da Educação - estuda questões relacionadas à Educação, sejam elas de demanda pela mesma, seu financiamento e sua provisão, ou relacionadas à eficiência entre diferentes programas e políticas.
· A Econometria desenvolve um ferramental mais aplicado do que diversas áreas e pesquisas citadas aqui. Sendo assim, a gama de possibilidades é praticamente infinita.

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