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AGRICULTURA-DE-PRECISÃO

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SUMÁRIO 
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................. 2 
2 AGRICULTURA DE PRECISÃO: HISTÓRICO E CONCEITUAÇÃO . 4 
3 VARIABILIDADE ESPACIAL ........................................................... 13 
4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) ..................... 15 
5 SENSORES ..................................................................................... 18 
6 SENSORIAMENTO REMOTO ......................................................... 21 
7 SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DE DADOS ........................................ 25 
8 SISTEMAS DE GEOREFERECIAMENTO E POSICIONAMENTO . 28 
9 MAPAS DE PRODUTIVIDADE ........................................................ 31 
9.1 Mapeamento de atributos do solo ............................................. 32 
10 GEOESTATÍSTICA ....................................................................... 34 
11 OS DESAFIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO ................... 38 
BIBLIORAFIA ......................................................................................... 44 
12 LEITURA COMPLEMENTAR ....................................................... 49 
 
 
 
 
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Fonte: www.agriculturadeprecisaobrasil.com (2016) 
As tecnologias de Agricultura de Precisão já são uma realidade no 
campo para os técnicos e produtores rurais. Está se difundindo 
progressivamente o conhecimento de que existe uma variabilidade nas áreas 
de produção, que pode ser devido às variações do relevo, solos, vegetação e 
também do histórico de uso. 
O conhecimento da variabilidade da produção e da sua qualidade é útil 
para qualquer cultura, sejam aquelas cultivadas em pequenas áreas como 
aquelas que ocupam grandes extensões de terra. Para isso, basta que o 
produtor ou o técnico inicie este trabalho de observação, medida e registro 
destas variações. Estas diferenças fazem com que os produtores e técnicos 
tratem cada região de modo diferente de acordo com suas potencialidades e 
necessidades. 
Atualmente, as tecnologias de amostragem de solo em grades 
georreferenciadas são as mais utilizadas pelos produtores para mapear as 
propriedades do solo e aplicar corretivos e fertilizantes em taxas variáveis. O 
 
mapeamento da produtividade também está muito difundido para a cultura de 
grãos, pois as colhedoras já vêm equipadas com monitores de colheita que 
possibilitam obter estes mapas. No caso das culturas perenes, como as 
fruteiras, por exemplo, estes mapas podem ser gerados por meio do 
monitoramento de planta ou grupo de plantas. 
Existe ainda uma ideia equivocada de que para utilizar a AP são 
necessários máquinas e equipamentos caros e sofisticados. Estas máquinas e 
equipamentos podem, de fato, auxiliar muito o produtor e o técnico, porém o 
elemento essencial para adotar a AP é a constatação de que há variabilidade 
espacial e a sua intensidade é muito elevada para tratá-la como uniforme. O 
sucesso da implementação traz, além de bons resultados, um processo 
agrícola mais racional, responsável e rastreável, demandante de mão de obra 
qualificada e, consequentemente, de desenvolvimento sustentável. As 
tecnologias disponíveis indicam que há potencial para gerar sistemas de 
recomendação de aplicação de insumos (corretivos, fertilizantes e defensivos) 
e uso de recursos naturais de forma mais eficiente, com alta probabilidade de 
retorno econômico e baixo impacto ambiental. 
 
 
Fonte: www.icaam-projects.uevora.pt (2017) 
 
2 AGRICULTURA DE PRECISÃO: HISTÓRICO E CONCEITUAÇÃO 
Em 1929, num boletim do campo experimental de Illinois, Linsley e 
Bauer recomendavam ao produtor desenhar um mapa com testes de acidez 
em solos amostrados em grade para aplicação decalcário. Segundo a 
literatura, esse é o mais antigo registro de que a variabilidade era conhecida e 
que já se recomendava ao agricultor levá-la em conta. Considerar a 
variabilidade é reconhecer que o campo não é uniforme e nele há aptidões 
agronômicas diferentes, mesmo em uma propriedade cuja dimensão não seja 
extensa. 
Agricultores mais atentos reconhecem essas áreas, que podem se 
mostrar manchadas por ter melhor capacidade de drenagem, ou por ter maior 
quantidade de matéria orgânica, entre outros fatores, fazendo com que opte 
por implantar de pomares a hortas, buscando aproveitar o melhor dos atributos 
agronômicos diferenciados, distribuídos pela propriedade. 
 
 
Fonte: www.agrolink.com.br (2016) 
Em áreas maiores, com cultura extensiva, essa forma de gerenciamento 
da lavoura tornou-se pouco prático. Com as máquinas cada vez maiores e com 
maior capacidade, diferenciar regiões ficou também impraticável e o trabalho 
de Linley e Bauer praticamente ficou esquecido, apesar dos autores terem 
 
advertido que apenas uma amostra pontual ou composta poderia fazer com 
que o produtor tenha de aplicar 60 toneladas a mais de calcário em uma área 
de 16,2 hectares (40 acres), pois o campo apresenta variabilidade. 
Na década de 80 era disseminado o uso da eletrônica embarcada em 
veículos influenciando o desenvolvimento das máquinas agrícolas. No chão de 
fábrica das indústrias metal-mecânica, as máquinas programáveis, veículos 
autoguiados e robôs industriais estabeleciam um novo processo de fabricação 
mais flexível e eficiente. Softwares de desenhos em computadores, assim 
como desenhos de mapas e visualização de imagens de satélite estavam 
sendo desenvolvidos para terminais gráficos, considerados na época de alto 
desempenho. 
 
 
Fonte: www.cotrisoja.com.br (2017) 
O primeiro sistema global de navegação por satélite (Global Navigation 
Satellite Systems - GNSS) desenvolvido pelos EUA e denominado de GPS 
(Global Positioning System) iniciou as primeiras operações em 1978, e 
considerado operacional em 1995. A disponibilização de sinal de satélites GPS, 
viabilizou a instalação de receptores em colhedoras, possibilitando armazenar 
dados de produção instantânea associada à coordenada geográfica. Em 1996, 
surge no mercado colhedoras com capacidade de mapeamento da produção, 
gerando o boom da Agricultura de Precisão no mundo, tornando possível a 
 
prática de mapeamento e aplicação de insumos à taxa variada por meio de 
máquinas. 
No País, ainda na década de 80, muitas das indústrias não puderam 
incorporar, de forma agressiva, o uso dessa tecnologia, talvez pela dificuldade 
de importação de equipamentos informatizados. Na década de 90, abre-se o 
mercado e o setor de veículos inicia a incorporação das tecnologias da 
eletrônica, da informática e da robótica. 
O setor acadêmico inicia atividades em Agricultura de Precisão, em 
1996, com a realização do primeiro simpósio em Agricultura de Precisão. Em 
1999, a Embrapa aprova dois projetos em Agricultura de Precisão, marcando o 
início de seus primeiros trabalhos. 
 
 
Fonte: www.agronegocios.eu (2015) 
Até o final da década de 90, as indústrias de máquinas agrícolas 
brasileiras ainda não acompanhavam a inovação realizada pela integração da 
eletrônica e da informática. A partir de 2000 as montadoras lançaram o que 
havia de mais moderno no mundo em maquinaria agrícola. Nesse período, os 
brasileiros presenciaram o início de produtos com a eletrônica embarcada em 
máquinas agrícolas no mercado nacional. Para a Agricultura de Precisão, a 
 
disponibilidade de tais máquinas no mercado foi um reforço alterando 
definitivamente o seu status no cenário da agricultura. 
A agricultura de precisão é um sistema de manejo integrado de 
informações e tecnologias, fundamentado nos conceitos de que as 
variabilidades de espaço e tempo influenciam nos rendimentos dos cultivos. 
Busca o gerenciamento mais detalhado do sistema de produção agrícola como 
um todo, não somente das aplicações de insumos ou de mapeamentos 
diversos, mas de todo os processos envolvidos na produção. 
 
 
Fonte: www.mecaniza.org (2017) 
O termo agricultura de precisão engloba o uso de tecnologiasatuais 
para o manejo de solo, insumos e culturas, de modo adequado às variações 
espaciais e temporais em fatores que afetam a produtividade das mesmas 
(EMBRAPA, 1997). 
A agricultura de precisão permite a aplicação de insumos agrícolas nos 
locais corretos e nas quantidades requeridas, pois segue uma filosofia de 
gerenciamento agrícola que parte de informações e decisões exatas e 
precisas. Agricultura de precisão, também chamada de AP, é uma maneira de 
gerir um campo produtivo metro a metro, levando em conta o fato de que cada 
pedaço da fazenda tem propriedades diferentes (ROZA, 2000). 
Campo (2000a) considera que agricultura de precisão é o conjunto de 
técnicas e procedimentos que permite conhecer, localizar geograficamente e 
delimitar áreas de diferente produtividade, através do emprego da informática, 
 
programas específicos, sensores, controladores de máquinas e Sistema de 
Posicionamento Global (GPS). 
Conforme citado por Gentil & Ferreira (1999), a agricultura de precisão 
promete grandes benefícios para os usuários deste sistema como: 
- redução do grave problema do risco da atividade agrícola; 
- redução dos custos da produção; 
- tomada de decisão rápida e certa; 
- controle de toda situação, pelo uso da informação; 
- maior produtividade da lavoura; 
- mais tempo livre para o administrador; e 
- melhoria do meio ambiente pelo menor uso de defensivo. 
 
 
Fonte: www.deere.com.br (2017) 
Para Batchelor et al. (1997) a agricultura de precisão pode: 
- melhorar os rendimentos de colheita e lucros; 
- fornecer informações para tomar decisões de manejo mais embasadas; 
- provêr registros de fazenda mais detalhados e úteis; 
- reduzir custos de fertilizante; 
- reduzir custos de praguicida; e 
- reduzir poluição. 
 
 
Ainda Campo (2000b) atribui à agricultura de precisão os seguintes 
benefícios: 
- redução de quantidades de insumos; 
- redução dos custos de produção; 
- redução da contaminação ambiental; e 
- aumento no rendimento das culturas. 
 
 
Fonte: www.pixforce.com.br (2016) 
Com a popularização dos equipamentos GPS (Global Positioning 
System) e o desenvolvimento de diversos equipamentos, dispositivos e 
programas de computador voltados à obtenção e processamento de dados 
georeferenciados, e suas aplicações na agricultura têm se tornado cada vez 
mais comuns. 
A AP compreende um conjunto de técnicas e metodologias que visam 
otimizar o manejo de cultivos e a utilização dos insumos agrícolas, 
proporcionando máxima eficiência econômica. As ferramentas de AP permitem 
o uso racional dos fertilizantes e agrotóxicos garantindo a redução dos 
impactos ambientais decorrentes da atividade agrícola. Sendo assim, a AP 
consiste num sistema de gerenciamento agrícola baseado na variação espacial 
 
de propriedades do solo e das plantas encontradas nas lavouras, visando a 
otimização do lucro, sustentabilidade e proteção do ambiente. 
A AP tem várias formas de abordagem, mas o objetivo é sempre o 
mesmo – utilizar estratégias para resolver os problemas da desuniformidade 
das lavouras e se possível tirar proveito dessas desuniformidades. São práticas 
que podem ser desenvolvidas em diferentes níveis de complexidade e com 
diferentes objetivos. 
Hoje, especialmente no Brasil, as soluções existentes estão focadas na 
aplicação de fertilizantes e corretivos em taxa variável, porém não se deve 
perder de vista que AP é um sistema de gestão que considera a variabilidade 
espacial das lavouras em todos seus aspectos: produtividade, solo 
(características físicas, químicas, compactação etc), infestação de ervas 
daninhas, doenças e pragas. 
 
 
Fonte: www.inquima.com.br (2016) 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento define os 
principais conceitos e expressões utilizados na Agricultura de Precisão. 
Agricultura de Precisão – AP: sistema de gerenciamento agrícola 
baseado na variação espacial e temporal da unidade produtiva, que visa o 
aumento de retorno econômico, a sustentabilidade e a minimização do efeito 
ao ambiente. 
 
 
 
Fonte: www.inceres.com.br (2017) 
Ferramentas e Tecnologias de AP: são as que permitem o uso racional 
dos insumos agrícolas garantindo a redução dos impactos ambientais 
decorrentes da atividade agropecuária. 
Objetivo da AP: detectar, monitorar e manejar a variabilidade espacial e 
temporal dos sistemas de produção agropecuários buscando a sua otimização. 
Variabilidade espacial: são os atributos relacionados à textura do solo, 
fertilidade, controle de pragas e produtividade. Todos esses atributos possuem 
variabilidade espacial, isto é, apresentam valores diferentes nos diversos 
pontos da lavoura, dependendo das dimensões, relevo, material de origem, 
clima local, profundidade, entre outros. 
A aplicação da taxa variada: considera a variabilidade espacial desses 
atributos e prescreve a taxa de insumos de acordo com a necessidade 
específica de cada subárea. O princípio é reduzir a gleba a sub-áreas que 
apresentem homogeneidade, tanto quanto os custos e as tecnologias 
envolvidas o permita. 
 
 
Fonte: www.coopermota.net (2011) 
 
 
Fonte: www.revistagloborural.globo.com (2017) 
3 VARIABILIDADE ESPACIAL 
Os solos variam ao longo da paisagem em virtude da intensidade de 
manifestação de seus fatores e processos de formação. Quanto maior a 
variação desses fatores, principalmente a do material de origem e relevo, maior 
será a heterogeneidade dos solos em uma determinada área. 
 
 
Fonte: www.plantiodireto.com.br (2006) 
Os atributos do solo, além de variarem no espaço, podem variar no 
tempo para cada posição no espaço. Esta variação, decorrente da ação de 
agentes naturais, assim como da ação do homem, deve se manifestar com 
maior intensidade em alguns atributos do que em outros. 
Na agricultura tradicional, essa variação não é levada em consideração, 
uma vez que a homogeneidade dos solos, geralmente, é determinada apenas 
visualmente, considerando apenas a unidade do solo, manejo, topografia, 
enfim, características visuais (GUIMARÃES et al., 1996). 
O manejo do solo pode afetar propriedades químicas, físicas e 
biológicas. Portanto, práticas como aração e gradagem são responsáveis pelas 
alterações da dependência espacial de certos atributos do solo. 
A variabilidade dos atributos dos solos tem sido dividida em aleatória e 
sistemática. Variabilidade sistemática é aquela que pode ser atribuída a uma 
causa conhecida e prevista. Por outro lado, quando a variabilidade não pode 
ser atribuída a uma dada causa, ela é tida como sendo aleatória. 
Para o manejo localizado da produtividade agrícola, o conhecimento da 
variabilidade dos atributos de solo e planta é necessário. Hoje já estão 
disponíveis ferramentas que possibilitam a coleta, armazenamento e análise de 
dados, viabilizando estudos desta natureza. 
 
 
Fonte: www.agrolink.com.br (2016) 
O estudo da variabilidade espacial dos atributos do solo é 
particularmente importante em áreas onde o solo está submetido a diferentes 
manejos, pois a análise geoestatística pode indicar alternativas de manejo não 
só para reduzir os efeitos da variabilidade do solo na produção das culturas, 
mas também para aumentar a possibilidade de se estimarem respostas dos 
atributos do solo em função de determinadas práticas de manejo. 
4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) 
Em agricultura de precisão são utilizados dados oriundos dos Sistemas 
de Informações Geográficas (SIG) que são conjuntos manuais ou 
computacionais de procedimentos desenvolvidos para trabalhar com dados 
referenciados por coordenadas geográficas ou espaciais. Os SIGs consistem 
em sistemas de suporte à decisão, integrando dados referenciados 
espacialmente em um ambiente de respostas a problemas e que podem ser 
trabalhados com ferramentas da geoestatística. 
Os SIGs realizam funções de análises espaciais baseados nos atributos 
das entidades gráficas armazenadas nabase de dados e a partir de módulos 
específicos, geram um conjunto de dados estimados utilizando-se dos pontos 
amostrados de coleta da informação, em que as coordenadas geográficas ou 
locais representaram a posição dos pontos. 
 
Portanto, os SIGs formam um conjunto de ferramentas para armazenar, 
manipular, recuperar, transformar e exibir dados. Desde as últimas décadas é 
utilizado e difundido entre técnicos e pesquisadores que tem grande 
quantidade de dados e necessidade de gerenciá-los com o intuito de analisar, 
cruzar informações e tomar decisões. 
 
 
Fonte: www.agrotecnologica.pt (2017) 
O termo geoprocessamento, de acordo com Rodrigues (1993) é 
caracterizado como a “tecnologia de coleta e tratamento de informações 
espaciais e de desenvolvimento de sistemas que as utilizam”. Para Moreira 
(2005, p.256), o geoprocessamento pode ser entendido como: 
(...) a atualização de técnicas matemáticas e computacionais para 
tratar dos dados obtidos dos objetos ou fenômenos geograficamente 
identificados ou extrair informações desses objetos ou fenômenos, 
quando eles são observados por um sistema sensor. 
Segundo Câmara e Medeiros (1998, p.03) os instrumentos 
computacionais do geoprocessamento são denominados Sistemas de 
Informações Geográficas (SIG’s). De acordo com Mascarenhas & Velasco 
(1984), os SIG’s são constituídos por programas e processos de análise, onde 
sua característica principal é: 
 
(...) focalizar o relacionamento de determinado fenômeno da 
realidade com sua localização espacial; utilizam uma base de dados 
computadorizada que contém informação espacial, sobre a qual 
atuam uma série de operadores espaciais; baseia-se numa tecnologia 
de armazenamento, análise e tratamento de dados espaciais, não-
espaciais e temporais e na geração de informações correlatas. 
Dessa forma, os SIG’s não se caracterizam apenas pela coleta e 
armazenamento de dados, mas também inclui seu tratamento e análise. 
 
 
Fonte: www.inta.gob.ar (2017) 
Em um SIG, o mundo real é estruturado segundo níveis de informação 
digitais (modelo numérico), ajustados a um sistema único de coordenadas, 
permitindo sua integração por meio de algoritmos lógicos, estatísticos e 
matemáticos. O processo pode ser comparado com o de sobreposição de 
mapas em material transparente, para visualização simultânea, como era 
realizado antigamente. A vantagem do sistema digital é a facilidade de 
modificar os níveis de informação ou integrar vários deles, de maneira a 
produzir novas modelagens e simulações, isto é, produzir novas informações, 
de onde surge a expressão “modelagem SIG”. 
 
5 SENSORES 
A velocidade de deslocamento é um dos fatores de extrema importância 
no planejamento das operações agrícolas, influenciando diretamente no 
desempenho dos sistemas mecanizados. A correta determinação da 
velocidade de deslocamento dos conjuntos motomecanizados é fundamental 
para o gerenciamento da qualidade das operações, monitoramento do 
requerimento de potência, patinagem das rodas motrizes e da eficiência de 
tração, dentre outros. Nas operações de distribuição de insumos, em geral, a 
velocidade de deslocamento torna-se indispensável para que ocorra a correta 
dosagem de calcário, fertilizantes e defensivos. 
 
 
Fonte: www.saocarlosemrede.com.br (2015) 
Com o advento das práticas de aplicação de insumos em taxa variada 
como função da variabilidade espacial da demanda, associados a práticas de 
agricultura de precisão, com auxílio de controladores, a detecção da velocidade 
passou a ser ainda mais importante, pois é um dos componentes da definição 
de dosagens. 
 
No gerenciamento de operações agrícolas, os tempos e as distâncias 
têm importância crescente na medida em que técnicas de otimização logística 
passam a ser adotadas rotineiramente e sensores de velocidade, associados a 
um sistema de coleta e registro de dados, são recursos indispensáveis nesse 
processo. 
Os sistemas mecanizados mais avançados contam com monitores ou 
controladores eletrônicos, os quais utilizam informações de velocidade obtidas 
por meio de sensores. Os sensores de velocidade mais utilizados baseiam-se 
em radares ou sensores ópticos ligados às rodas dos tratores. 
 
 
Fonte: www.agriculturaconsciente.com.br (2017) 
Os tipos de sensores proximais mais utilizados e as diferentes 
tecnologias utilizadas para viabilizar estes sensores são: 
a) sensores de posicionamento de campo que permitem a localização 
precisa dentro do talhão (latitude e longitude) e a medição de valores 
altimétricos que possibilitam o cálculo de atributos topográficos (e.g. 
declividade, aspecto, tamanho da pendente, área de contribuição e índice de 
 
encharcamento). São os sensores de posicionamento como GPS,DGPS e 
RTK; 
b) sensores de produtividade que permitem quantificar parâmetros da 
produção em função da área colhida (e.g. massa, umidade, conteúdo de 
açúcar, óleo e proteínas). São os sensores de produtividade por fluxo ou por 
impacto; 
c) sensores das propriedades de solo que quantificam atributos como o 
conteúdo de matéria orgânica, pH, capacidade de troca catiônica, textura, 
umidade, nutrientes e contaminações. Incluem equipamentos como 
espectrômetros de infravermelho, condutivímetros elétricos por contato ou 
indução eletromagnética (EMI) e penetrômetros eletrônicos; 
d) sensores de cultivo que indicam o grau de desenvolvimento das 
plantas (e.g teor de nitrogênio e clorofilômetros). São os sensores ópticos de 
cultivo por infravermelho, laser e radares. Destaca-se o sensor óptico ativo 
terrestre Crop Circle, que trabalha com dois comprimentos de onda sendo 
possívelcalcular o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) e o 
índice de clorofila. 
 
 
Fonte: www.revistagloborural.globo.com (2017) 
 
6 SENSORIAMENTO REMOTO 
O sensoriamento remoto (SR) se caracteriza pela obtenção de 
informações de um objeto sem existir um contato físico com o mesmo, e muitas 
vezes a longas distâncias. As primeiras medições por SR foram realizadas 
através de câmeras acopladas em aeronaves, balões, pipas, foguetes e até 
pássaros. Atualmente, imagens de sensores remotos podem ser obtidas a 
partir de diversas plataformas, como satélites, aeronaves, Veículos Aéreos Não 
Tripulados (VANTs), máquinas agrícolas autopropelidas, etc. 
Várias aplicações podem ser abordadas através de SR, dentre elas, se 
destacam: 
(a) a estimativa da biomassa e produtividade da cultura; 
(b) o monitoramento de estresse hídrico e do vigor nas plantas e 
(c) a avaliação do estádio fenológico. 
 
As imagens adquiridas por Sensoriamento Remoto (SR) e suas técnicas 
de extração de informações a respeito do espaço físico territorial são utilizadas 
para ter conhecimento e detalhamento da superfície física sem ter contato 
físico e ter uma visão sinóptica com a área de estudo (JENSEN, 2000). 
 
 
Fonte: www.parquedaciencia.blogspot.com.br (2013) 
 
Sensoriamento deriva da palavra sensor, que significa captação, 
obtenção. Remoto leva a pensar em algo distante. Dessa forma o 
Sensoriamento Remoto (SR) refere-se à obtenção de dados à distância, ou 
seja, sem contato físico entre o sensor e a superfície terrestre. Dentre as várias 
referências a respeito do assunto, todas convergem para o mesmo discurso, 
que não se trata apenas para a obtenção de dados, mas também do seu 
posterior tratamento. 
Novo (1989, p.2) define Sensoriamento Remoto como: 
a utilização conjunta de modernos sensores, equipamentos para 
processamento de dados, equipamentos de transmissão de dados, 
aeronaves, espaçonaves, etc; com o objetivo de estudar o meio 
ambiente terrestre através do registro eletromagnético e as 
substâncias componentes do planeta terra em suas mais diversas 
manifestações. 
Trata-se, portanto, de uma tecnologia a disposição do homem para 
auxiliá-lo na busca de soluções e manejo do meio ambiente. 
O sistema de aquisição de dados por SR écomposto por três elementos 
fundamentais: fonte de energia eletromagnética, sensor que tem a capacidade 
de transformar a energia proveniente do alvo/objeto em sinal e por um 
analisador que converte as diferentes intensidades de sinais em informações. 
Porém, este sinal depende da interação da energia com a atmosfera e com os 
objetos da superfície; além da configuração do sensor com relação à superfície 
imageada (Novo, 1989). 
 
Fonte: www.parquedaciencia.blogspot.com.br (2013) 
 
Segundo Moreira (2005), os procedimentos para aquisição das 
propriedades espectrais dos alvos da superfície pode ser realizado em três 
níveis: terrestre, suborbital e orbital. O nível terrestre caracteriza-se pela 
obtenção de imagens dentro de laboratórios, ou com os seus sensores fixados 
em nível terrestre. Quanto ao segundo nível, o suborbital, utiliza-se aeronaves 
e no nível orbital, caracteriza-se pelo emprego de satélites artificiais. 
Imagens e produtos de SR possuem diversas aplicações nos mais 
variados campos. Dados de sensores com baixa resolução espacial são 
utilizados para avaliar a temperatura dos oceanos em escala global, sendo 
muito utilizados em estudos climáticos, de eventos como El Niño, e modelos de 
previsão meteorológica e do clima. 
Outras aplicações incluem estudos para fins de planejamento urbano, 
analisando a expansão e a ocupação das terras. Para tais, normalmente são 
utilizadas imagens com maior resolução espacial, dependendo do tema a ser 
estudado. Avaliações da expansão da área urbanizada podem ser realizadas 
utilizando imagens com 30 m de resolução espacial. Já imagens com maior 
resolução podem ser utilizadas para a quantificação da urbanização viária e 
sua relação com a temperatura da superfície; planejamento de sistemas de 
mobilidade urbana além de outras aplicações diversas. 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net (2009) 
O SR é muito utilizado em aplicações relativas a estudos de uso e 
cobertura das terras e de características da vegetação. Neste campo são 
realizados diversos estudos e aplicações, como a avaliação das alterações no 
uso e cobertura das terras em diversos locais, a avaliação de parâmetros 
biofísicos e de evapotranspiração da vegetação e estudos da abrangência de 
áreas agrícolas e de sua dinâmica temporal. 
Sendo assim, as imagens de sensores remotos apresentam diferentes 
características que fazem com que sejam úteis às mais variadas aplicações, 
desde estudos globais, programas de monitoramento contínuo em grandes 
áreas, até estudos pontuais em escalas detalhadas como o ambiente urbano 
ou a agricultura de precisão (AP). 
 
7 SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DE DADOS 
 
Fonte: www.scielo.br (2005) 
Os mais variados tipos de fabricantes têm disponibilizado equipamentos 
e programas capazes de atender com qualidade a solução dos mais diversos 
problemas do campo. Por isso, é importante levar em conta o custo, a 
interoperabilidade e o conhecimento do usuário. São os sensores que 
possibilitam a coleta das mais variadas informações do campo, monitorar os 
mais diversos equipamentos usados no cultivo/coleta, e gerenciar o 
funcionamento de algumas máquinas e equipamentos. 
Para o uso dos sensores, é necessário um sistema de aquisição de 
dados. Para a criação de um sistema de aquisição de dados são necessários: 
um fenômeno do mundo real, sensores, um condicionamento de sinal, um 
hardware para a aquisição de dados e controle dos sensores, um sistema 
computacional, interfaces de comunicação e um programa. Este projeto 
 
viabiliza mecanismos de baixo custo para instalar e configurar os sensores no 
campo. 
A aquisição de dados, segundo Garcia et al. (2003), é uma atividade 
essencial em todo tipo de tecnologia e ciência, e tem como um de seus 
objetivos, apresentar, ao observador, os valores das variáveis ou parâmetro 
que estão sendo medidos. 
 
 
Fonte: www.scielo.br (1999) 
No final da década de 1980 e início da década de 1990 alguns trabalhos 
de desenvolvimento de sistemas de aquisição de dados baseados em 
computadores pessoais começam a surgir. Em muitos tipos de aplicações onde 
a computação está instalada em um veículo, podem ser encontradas 
informações que não estão na forma digital por natureza. Expressõesda 
natureza tais como, temperatura, pressão e umidade estão relacionadas com 
sinais analógicos. 
Arnold (2001) descreve que os sinais analógicos são variáveis 
continuamente em amplitude e devem ser convertidos para valores discretos 
usando, para isso, um processador digital. Os sinais continuamente variáveis, 
 
como o próprio nome sugere, variam em função do tempo, e, portanto, se faz 
necessário amostrar o sinal em um determinado instante, como uma fotografia. 
 
 
Fonte: www.embrapa.br (2013) 
Devido ao grande número de parâmetros e valores a serem avaliados, 
muitas vezes com elevado número de dados coletados em fração de segundo, 
os sistemas automatizados (computadorizados) para controle e racionalização 
em operações vêm se tornando imprescindíveis na agricultura moderna. Além 
disso, controles automatizados e livres de interferência humana ganham em 
rapidez e racionalizam a operação agrícola. 
A tecnologia atual dos computadores possibilita a interação das pessoas 
com grandes quantidades de dados, utilizando um vasto número de funções. 
Os comandos utilizados para o controle e as respostas fornecidas pelo 
computador formam uma interface entre o homem e a máquina, sendo que o 
programa computacional dedicado facilita este procedimento. 
Algumas das vantagens na construção de sistemas orientados a objetos 
são: o alto grau de reutilização, estabilidade, confiabilidade, rapidez no projeto, 
integridade, programação facilitada, melhor desempenho do conjunto, 
independência no projeto. 
 
Atualmente, segundo Garcia et al. (2003), a maioria dos pesquisadores 
utiliza computadores pessoais com placas de expansão para aquisição de 
dados em pesquisas laboratoriais, controle industrial, e em testes e medições; 
e que os sinais provenientes dos sensores, uma vez condicionados, podem ser 
lidos em computadores e armazenados em diferentes formas, como arquivos 
de texto ou planilhas eletrônicas. Essa tendência é devido à versatilidade e a 
facilidade de adaptação dos sistemas modernos para o uso em diferentes 
pesquisas. 
 
 
Fonte: www.nepas.eesc.usp.br (1999) 
8 SISTEMAS DE GEOREFERECIAMENTO E POSICIONAMENTO 
O sistema GPS foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos 
Estados Unidos, sendo um sistema que fornece ao usuário a sua perfeita 
localização na superfície da terra. O sistema GPS é constituído de três 
segmentos: espacial, de controle e do usuário. 
 
 
Fonte: www.revistaagropecuaria.com.br (2014) 
O segmento espacial atualmente é constituído por 24 satélites 
operacionais, com mais três de reserva, distribuídos em seis planos orbitais e 
em órbita de aproximadamente 20200 quilômetros da Terra. Nesta distância, 
cada satélite realiza duas órbitas completas por dia (órbita de 12 horas). Devido 
à elevada altitude dos satélites há pouca resistência atmosférica e sua órbita é 
muito estável. Esta configuração torna possível observar, durante 24 horas por 
dia, pelo menos quatro satélites, simultaneamente, em qualquer parte do 
mundo. 
O segmento de controle é composto pelas estações terrestres que são 
responsáveis pelo funcionamento dos satélites. São doze estações localizadas 
em torno do mundo. As estações de monitoramento captam e processam os 
sinais dos satélites, enviando dados para a estação principal. Estas 
informações são utilizadas para calcular as órbitas exatas dos satélites e 
atualizar os sinais de navegação emitidos por estes. Os resultados são então 
transmitidos, periodicamente, pela estação principal, para cada um dos 
satélites para efetuar as devidas correções. 
Já o segmento do usuário é constituído pelos receptores de GPS, que 
podem ser instalados em veículos, aeronavesou embarcações, ou utilizados 
por pessoas para determinação da posição dos usuários na superfície terrestre. 
Alguns receptores possibilitam também o armazenamento de informações 
sobre cada ponto e a indicação da velocidade e direção de deslocamento. Os 
 
dados obtidos podem ser armazenados no próprio receptor ou, em alguns 
casos, em coletores de dados eletrônicos a eles acoplados. 
 
 
Fonte: www.sacisolucoes.com.br (2017) 
O princípio básico do funcionamento da tecnologia do GPS está na 
trilateração, utilizando os satélites como pontos de referência. O receptor GPS 
determina a sua posição medindo a sua distância dos satélites do sistema no 
espaço. Cada satélite emite, de forma contínua, informações de sua posição e 
um sinal de tempo para sincronismo. O receptor determina o tempo que o sinal 
leva para percorrer a distância entre o satélite e o receptor e, conhecendo-se 
as coordenadas do satélite num sistema de referência adequado, pode-se 
determinar as coordenadas do usuário. 
 
9 MAPAS DE PRODUTIVIDADE 
 
Fonte: mundogeo.com (2017) 
O monitoramento da produtividade de uma lavoura consiste em se 
coletar uma grande quantidade de dados que relacionam a produtividade de 
cada pequena porção da área com a sua posição no campo. Isto é feito por 
meio do denominado monitor de colheita instalado na colhedora. 
O monitor é um conjunto de sensores que medem basicamente o fluxo e 
a umidade dos grãos. Além disso é necessário um sistema de posicionamento 
global (GPS) com correção diferencial (DGPS) para associar o sinal dos 
sensores a uma dada posição. Integrando-se a posição e a quantidade de 
grãos colhidos, tem-se a produtividade de cada pequena área dentro da 
lavoura. Obtém-se então um grande número de pontos com suas respectivas 
produtividades e através de interpolações são definidas as isolinhas de 
produtividade. 
 
Através da análise da variabilidade espacial da produtividade, 
combinada com o conhecimento de aspectos do solo, pode-se inferir sobre a 
necessidade de ajustes no manejo da área. Portanto, o monitoramento da 
produtividade é fundamental para a adoção de práticas de agricultura de 
precisão, pois fornece um grande volume de dados que refletem de modo 
bastante representativo a variabilidade presente na lavoura. 
9.1 Mapeamento de atributos do solo 
 
Fonte: www.senar.org.br (2012) 
Os atributos do solo, assim como as classes de solo são espacialmente 
distribuídos em um padrão previsível devido à existência de relação entre o 
solo e a paisagem. A relação solo-paisagem é a resposta do movimento da 
água sobre e por meio à paisagem, que percorre toda a topografia delineando-
a e sendo responsável pela distribuição espacial dos solos e seus atributos. 
A relação solo-paisagem tem sido a base para o mapeamento tradicional 
de solo em todo o mundo, sendo apresentado no formato de polígono, 
relacionando um valor do atributo do solo ou uma classe de solo para cada 
polígono. Mapas baseados em polígonos consideram que a variação espacial 
ocorre somente no limite entre as classes, tendo cada polígono um valor 
uniforme. 
 
O Mapeamento Digital de Solo (MDS) leva em consideração a existência 
de variação dentro da classe de solo em oposição ao mapeamento tradicional 
de solo, que considera que os solos variam apenas nas bordas entre uma 
classe e outra. As técnicas de MDS se baseiam na relação entre solos e os 
fatores e processos de formação do solo (clima, organismo, relevo, material de 
origem e tempo), que entram nas equações do MDS como covariáveis. 
 
 
Fonte: www.scielo.br (2016) 
Existem vários métodos que têm sido utilizados na tentativa de captar a 
variabilidade dos solos e seus atributos com maior precisão, incluindo modelos 
lineares, classificação e árvores de regressão, lógicas fuzzy, redes neurais e 
geoestatística. Entre os modelos que são bastante estudados e merecem 
destaque temos a geoestatística, que permite mapear os atributos do solo 
baseado na correlação entre dois pontos dependentes espacialmente. 
Outra abordagem que tem sido utilizada para mapeamento de solos e 
predição de seus atributos e que tem apresentado bom desempenho são as 
lógicas fuzzy. Esta técnica tem a vantagem de utilizar uma amostragem de 
solos pequena incorporando a relação solo-paisagem e o conhecimento de 
 
especialistas na modelagem ao invés de usar simplesmente técnicas 
estatísticas. 
10 GEOESTATÍSTICA 
 
Fonte: www.blog.itsgroup.com.br (2017) 
A geoestatística surgiu na África do Sul, quando Krige em 1951, 
trabalhando com dados de concentração de ouro, concluiu que não conseguia 
encontrar sentido nas variâncias, se não levasse em conta a distância entre as 
amostras. Assim, Matheron em 1963 e 1971, baseado nessas observações, 
desenvolveu uma teoria, a qual ele chamou de teoria das variáveis 
regionalizadas, que contém os fundamentos da geoestatística. 
Quando uma determinada propriedade varia de um local para outro com 
algum grau de organização ou continuidade, expresso através da dependência 
espacial, a estatística clássica deve ser abandonada e dar lugar a uma 
estatística relativamente nova que é a Geoestatística. 
A base da geoestatística vem da teoria das variáveis regionalizadas de 
Matheron. Segundo esta teoria, a diferença nos valores de uma dada variável 
 
tomados em dois pontos no campo depende da distância entre eles. Assim, a 
diferença entre os valores do atributo tomados em dois pontos mais próximos 
no espaço deve ser menor do que a diferença entre os valores tomados em 
dois pontos mais distantes. Portanto, cada valor carrega consigo uma forte 
interferência dosvalores de sua vizinhança, ilustrando uma continuidade 
espacial. 
O estudo da dependência espacial de atributos do solo ou da planta, 
através da geoestatística, permite a interpretação e a projeção dos resultados 
com base na análise da estrutura da sua variabilidade natural. Por exemplo, 
permite separar nas respostas das culturas a proporção referente ao 
tratamento ou manejo, daquela correspondente as diferenças de solos entre 
pontos de um mesmo campo. 
 
 
Fonte: www.andersonmedeiros.com (2012) 
O objetivo da geoestatística aplicada à agricultura de precisão é 
pesquisar a variabilidade espacial dos atributos do solo e das plantas e fazer 
estimativa, utilizando o princípio da variabilidade espacial e identificar inter-
relações destes atributos no espaço, além de permitir estudar padrões de 
amostragem adequada. 
 
A Geoestatística é uma metodologia importante para análise de dados 
no âmbito da agricultura de precisão. Segundo Vieira (2000), o objetivo da 
Geoestatística aplicada à agricultura de precisão é caracterizar a magnitude da 
variabilidade espacial dos atributos do solo e das plantas e fazer mapas (pelo 
método de estimação denominado krigagem), utilizando o princípio da 
variabilidade espacial, a fim de se identificarem interrelações desses atributos 
no espaço e, se interessante, também no tempo. 
Com a análise geoestatística é possível organizar os dados disponíveis 
espacialmente de acordo com a semelhança entre vizinhos georreferenciados. 
A geoestatística, bastante consolidada em estudos de solos independente do 
tamanho da área amostrada, tem potencial para diversas outras aplicações 
envolvendo ciências da terra e do ambiente. Portanto, traz grande contribuição 
para a agricultura de precisão principalmente na definição de unidades de 
manejo a partir de mapas de produtividade. 
 
 
Fonte: www.plantiodireto.com.br (2011) 
Na agricultura de precisão novas tendências na análise de dados 
priorizam o desenvolvimento de modelos que levam em consideração a 
 
variabilidade espacial, evitando assim os efeitos de suavização geralmente 
resultantes dos procedimentos de interpolação. 
Um fator primordial para aplicação da geoestatística que a agricultura de 
precisão contempla é a obtenção de dados com as correspondentescoordenadas geográficas. Os dados georreferenciados podem ser obtidos por 
meio de coleta in loco, mapas temáticos, imagens de satélite ou fotografias 
aéreas. 
Deve-se analisar e planejar o número de coletas de dados, 
principalmente através do custo/benefício, pois um grande número de pontos 
amostrais aumenta o custo da operação e podeinviabilizar a implantação do 
processo. Apesar disso as amostragens devem ser suficientemente próximas 
para conseguir caracterizar as possíveis manchas de variabilidade, sendo 
assim, dados auxiliares, informações históricas da área podem ajudar a 
determinar este número adequado de amostras. 
 
 
Fonte: www.scielo.br (2015) 
A análise exploratória dos dados antes de serem submetidos à análise 
geoestatística, é de suma importância e tem o objetivo de identificar 
 
previamente os dados discrepantes, a normalidade de distribuição de 
freqüência e a variação nos dados. Muitas vezes os valores discrepantes 
ocorrem por problemas de erro de amostragem, mau contato do sensor 
utilizado para a medida, análise laboratorial ou simplesmente erro de digitação. 
11 OS DESAFIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO 
É fato que, em 1997, o uso do GPS ofuscou todas as outras tecnologias, 
pois o impacto da inovação causado por essa tecnologia revolucionaria vários 
setores, inclusive a agricultura. Naquela época, ogrande desafio era dominar a 
tecnologia oferecida pelo receptor de GPS na automação, aplicá-la em 
máquinas agrícolas e viabilizá-las para apoiar a gestão operacional da lavoura, 
levando-se em consideração a variabilidade espacial. 
 
 
Fonte: www.tecnologiaetreinamento.com.br (2016) 
Para os setores da agricultura brasileira, enquanto a eletrônica 
embarcada ainda se encontrava inexistente ou em estágio muito inicial, o salto 
tecnológico era demasiadamente alto. Apenas poucas indústrias e instituições 
acadêmicas conseguiram se estruturar para incorporar a base dessa 
 
tecnologia. No primeiro momento, apenas as multinacionais puderam trazer 
seus produtos enquanto existia ceticismo no setor agrícola, observando que, 
nesse momento, até mesmo essas empresas tiveram de formar novas equipes 
de trabalho para incorporar o processo de montagem, uso e manutenção 
dessas novas ferramentas. 
Pode-se considerar que a eletrônica embarcada já é realidade no 
mercado de máquinas agrícolas e essa parte da tecnologia não representa 
mais o maior desafio da AP como há vinte anos. Atualmente o mercado já 
disponibiliza a maioria das ferramentas para o campo e seus desafios agora 
são incrementais. 
Tanto as oportunidades de inovação como a complexidade no 
desenvolvimento de sistemas em máquinas agrícolas avançou para o campo 
da TIC (Tecnologia da Informação e da Comunicação), entretanto, o número de 
empresas nacionais que realmente incorporaram a sua dinâmica ainda é 
reduzido. Em eletrônica embarcada observam-se esforços por parte de 
grandes empresas internacionais em busca de compatibilidade e conectividade 
entre seus produtos. 
 
 
Fonte: www.senar.org.br (2013) 
As máquinas para a AP conhecidas no mercado são as colhedoras de 
grãos, com grande capacidade para mapear a produção, e as aplicadoras de 
 
insumos à taxa variada, por serem utilizadas para ilustrar o uso da AP. São 
dotadas de receptores GNSS e sistema de armazenamento e leitura de dados. 
A descrição do seu uso de forma didática tem aumentado nas literaturas 
internacionais. Essas publicações são dirigidas aos que atuam na agricultura e 
concentram-se em apresentar as ferramentas para praticar a AP. Há muitos 
trabalhos que buscam desenvolver e propor ferramentas para o uso da AP, 
inclusive a robótica, mas apenas alguns estão disponíveis e bem sucedidos 
comercialmente, como as colhedoras, implementos com aplicação à taxa 
variada e amostrador de solo, todos com GNSS. 
É comum organizar e descrever a AP como um sistema controlados e 
estes conceitualmente é apresentado em três etapas. O início determinado 
pela leitura, que consiste no levantamento e obtenção de dados. A segunda 
etapa é a de interpretação dos dados para planejamento das operações de 
campo. A terceira como a de atuação ou de execução do planejamento. Ao 
realizar essas três etapas, e elas reiniciam-se em ciclo. 
 
 
Fonte: www.oestadoonline.com.br (2014) 
O que difere a AP dos demais ciclos de controle convencional é a 
localização da atuação e dos dados, ou seja, a análise e planejamento são 
 
realizados sobre mapas. Muito comum em gestão, o ciclo também é de 
melhoria contínua. 
Se um produtor detectar variabilidade espacial causada por máquinas e 
ele aprimorar o seu uso, o próximo ciclo pode ser o de melhorar o uso de 
fertilizantes e assim por diante. Identificar a variabilidade, analisar a causa é 
fundamental nesse processo. Nem sempre a gestão da variabilidade traz 
retorno econômico, porém, traz subsídios para melhorar o entendimento da 
lavoura. 
Os conhecimentos agronômicos mais apurados como, por exemplo, as 
interações com os tipos de solos e de concentração de matéria orgânica com 
agroquímicos tornam-se muito mais úteis, pois os dados são tratados 
localmente. 
 
 
Fonte: www.julianazh.blogspot.com.br (2012) 
 
O futuro da Agricultura de Precisão depende do sucesso em cada fase 
do processo. O insucesso em qualquer uma dessas etapas leva ao desperdício 
de recursos, à perda de tempo e a um processo de desânimo em relação à 
técnica importante para impulsionar a produtividade na lavoura. O 
desenvolvimento de um bom projeto de AP está associado a um conjunto de 
várias etapas interligadas e sequencialmente dependentes entre si. Além disso, 
o conceito de AP é cada vez mais amplo, aplicado tanto no mapeamento dos 
índices de fertilidade do solo, como na aplicação de agroquímicos e mapas de 
colheita, bem como na georreferência e rastreabilidade dos equipamentos 
durante a operação na lavoura, permitindo avaliar a eficiência de uso das 
máquinas e de insumos. A sincronia dessas informações é fundamental para o 
sucesso das intervenções a taxa variável, sendo uma etapa decisiva dentro de 
um projeto de Agricultura de Precisão. 
 
 
Fonte: www.hexastep.pt (2015) 
 
O conceito da Agricultura de Precisão veio para ficar, não existem 
dúvidas. Entretanto, ainda existem muitas dificuldades a serem vencidas. Uma 
das primeiras já vencidas foi a introdução dos conceitos da AP e do manejo 
sítio específico como uma técnica viável e eficiente dentro do meio agrícola, o 
qual é sempre bastante conservador e criterioso quanto a mudanças. Agora, 
estão sendo feitos ajustes da técnica a cada realidade de manejo. E no futuro 
próximo (já realidade dentro de algumas propriedades) a melhoria das 
intervenções, baseada em informações de melhor qualidade e com 
equipamentos bem calibrados. 
 
Fonte: www.fatecap.blogspot.com.br (2013) 
 
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12 LEITURA COMPLEMENTAR 
Autor: Izaias de Carvalho Filho 
Disponível em: 
https://www.macroprograma1.cnptia.embrapa.br/redeap2/laboratorio-nacional-de-
agricultura-de-precisao/livro-agricultura-de-precisao-um-novo-olhar/5.7 
Acesso: 04 de abril de 2017 
 
 
AGRICULTURA DE PRECISÃO COMO FERRAMENTA PARA 
PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE E COMPETITIVIDADE DO 
AGRONEGÓCIO BRASILEIRO 
 
Resumo: O fomento à Agricultura de Precisão – AP pelo Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento (MAPA) iniciou-se com a criação da Coordenação de 
Acompanhamento e Promoção da Tecnologia Agropecuária (CAPTA) e do Departamento de 
Propriedade Intelectual e Tecnologia Agropecuária (DEPTA) em 2005. A missão de promover o 
desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade 
brasileira, incorporada em todas as ações da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e 
Cooperativismo (SDC), criou um ambiente favorável e inovador para o fomento da AP. Em 
2007, o setor produtivo e academia, sob liderança do MAPA, uniram seus esforços e criaram o 
Comitê Brasileiro de Agricultura de 
Precisão (CBAP). Com caráterconsultivo e propositivo, o CBAP vem buscando as 
soluções para os principais gargalos que restringem o desenvolvimento da AP no Brasil. Neste 
contexto, o MAPA busca promover a divulgação, o uso da tecnologia e o desenvolvimento de 
tecnologia nacional: desenvolvimento do parque de máquinas e equipamentos agrícolas 
adequados às necessidades brasileiras; otimização do uso de insumos e redução de perdas; 
escalonamento de colheita; monitoramento de qualidade e delimitação de indicações 
geográficas; expansão da zootecnia de precisão (indicadores e parâmetros para o bem estar 
animal, entre outras aplicações), da silvicultura de precisão e irrigação de precisão (gestão de 
recursos hídricos); desmistificação, barateamento, difusão da AP; Capacitação e atualização 
de agentes e setores (público e privado); promoção e participação de eventos e intercâmbios 
relacionados ao tema. 
Palavras-chave: competitividade, impactos ambientais, inclusão tecnológica, 
rastreabilidade. 
 
 
Precision Agriculture as a tool to promote sustainability and 
competitiveness of Brazilian agribusiness 
 
Abstract: Fostering Precision Agriculture - AP Ministry of Agriculture, Livestock and 
Supply began with the creation of the Coordination of Monitoring and Promotion of Agricultural 
Technology and the Department of Intellectual Property and Agricultural Technology in 2005. 
The mission to promote sustainable development and competitiveness of agribusiness for the 
benefit of Brazilian society, incorporated in all actions of the Department of Agriculture and 
Cooperative Development, has created an innovative environment for the development of AP. 
In 2007, the productive sector and academia under the leadership of the MAP, have joined 
forces and created the Brazilian Committee on Precision Agriculture - CBAP. With a 
consultative nature and purpose, CBAP has been seeking solutions to major bottlenecks 
restricting the development of AP in Brazil. Precision Agriculture is an extremely important 
technology platform to ensure the sustainability and competitiveness of Brazilian agribusiness, 
especially against the backdrop of high input costs and the need to reduce the environmental 
 
impacts caused by agricultural activity. In this context, the Ministry of Agriculture seeks to 
promote disclosure, the use of technology and the development of national technology: 
development of the park agricultural machinery and equipment appropriate to Brazilian needs, 
optimize the use of inputs and reduce losses, harvest scheduling, quality monitoring and 
delineation of geographical indications; expansion of animal precision (indicators and standards 
for animal welfare, among other applications), forestry accuracy and precision irrigation (water 
management); demystification, cheaper, diffusion of the AP; Training and update agents and 
sectors (public and private), promotion and participation in events and exchanges related to the 
topic. 
Keywords: competitiveness, environmental impacts, including technology, traceability. 
 
 
1. Introdução 
 
O fomento à Agricultura de Precisão – AP pelo Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento (MAPA) iniciou-se com a criação da Coordenação 
de Acompanhamento e Promoção da Tecnologia Agropecuária (CAPTA) e do 
Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia Agropecuária (DEPTA) 
em 2005. Naquela oportunidade, as novas demandas globais e questões 
estratégicas foram inseridas nas competências do MAPA por um processo de 
reestruturação, que foi consolidado pelo Planejamento Estratégico da 
Instituição. 
A missão de promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade 
do agronegócio em benefício da sociedade brasileira, incorporada em todas as 
ações da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo 
(SDC), criou um ambiente favorável e inovador para o fomento da AP. Em 
2007, o setor produtivo e academia, sob liderança do MAPA, uniram seus 
esforços e criaram o Comitê Brasileiro de Agricultura de Precisão (CBAP). Com 
caráter consultivo e propositivo, o CBAP vem buscando as soluções para os 
principais gargalos que restringem o desenvolvimento da AP no Brasil, por 
exemplo, pela criação de um edital especifico para pesquisas na área, 
discussão para viabilização de cursos de capacitação técnica para técnicos e 
operadores de máquinas com tecnologia eletrônica embarcada, apoio à 
projetos que disponibilizem esta tecnologia aos produtores, principalmente aos 
pequenos e médios produtores. 
A AP é uma plataforma tecnológica extremamente importante para garantir 
a competitividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro, sobretudo 
 
frente ao cenário de elevados custos dos insumos e da necessidade de 
redução dos impactos ambientais gerados pela atividade agropecuária. 
Constitui um conjunto de tecnologias que permite uma exploração mais 
racional dos sistemas produtivos, otimizando o uso dos insumos (agrotóxicos, 
corretivos, fertilizantes e combustíveis), reduzindo os impactos ambientais 
aumentando a lucratividade e melhorando a gestão da atividade. 
A existência de uma demanda clara levantada junto aos setores da 
pesquisa, da indústria de máquinas e equipamentos agrícolas e pelo setor de 
serviços, corroborada pelo Comitê Brasileiro de Agricultura de Precisão - CBAP 
evidencia a importância do fomento da tecnologia e do papel do MAPA na 
promoção do desenvolvimento de tecnologia nacional e redução da 
dependência externa. 
 
2. Objetivos (atribuições do MAPA) 
 
• Promover a divulgação, o uso da tecnologia e o desenvolvimento 
de tecnologia nacional; 
• Desenvolvimento do parque de máquinas e equipamentos 
agrícolas adequados às necessidades brasileiras; 
• Otimização do uso de insumos e redução de perdas; 
escalonamento de colheita; monitoramento de qualidade e delimitação de 
indicações geográficas; 
• Expansão da zootecnia de precisão (indicadores e parâmetros 
para o bem estar animal, entre outras aplicações), da silvicultura de precisão e 
irrigação de precisão (gestão de recursos hídricos); 
• Desmistificação, barateamento, difusão da AP; 
• Capacitação e atualização de agentes e setores (público e 
privado); 
• Promoção e participação de eventos e intercâmbios relacionados 
ao tema; 
• Levantar, caracterizar e qualificar as demandas e prioridades 
para o fomento da AP; 
 
• Coordenar o Comitê Brasileiro de Agricultura de Precisão – 
CBAP; 
• Identificar parceiros e recursos, articular cooperação para apoiar 
projetos específicos; 
• Impactos esperados: sustentabilidade e competitividade do 
Agronegócio Brasileiro, inclusão tecnológica, monitoramento dos impactos 
ambientais, gestão da atividade agropecuária, apoio à Defesa Agropecuária e 
Rastreabilidade e apoio ao bem estar animal. 
 
3. Articulação, interlocução e cooperação 
 
3.1. CBAP 
Fórum de articulação, interlocução e proposição que envolve o MAPA 
(coordenador), a academia, as indústrias de máquinas e equipamentos 
agrícolas e setor de serviços. Criado no âmbito do Simpósio Internacional de 
Agricultura de Precisão – SIAP em atendimento da demanda do setor (outubro 
2007), tem caráter consultivo e propositivo na elaboração de políticas públicas. 
 
3.2. Propostas do CBAP 
Promover a desmistificação da AP (elaboração de boletins e material de 
divulgação), a difusão e adoção da AP (redução do custo, desenvolvimento de 
tecnologia nacional), a capacitação de recursos humanos, em todos os níveis 
(de operadores a técnicos de assistência técnica e extensão rural) e eventos de 
sensibilização no MAPA (envolvendo outros ministérios - MCT, MC, MDIC, 
MDA). 
 
3.3. Fundo Setorial do Agronegócio/Ministério da Ciência e Tecnologia 
Parceria e alocação de recursos para apoio aos projetos de agricultura 
de precisão no País. 
 
4. Atividades em andamento 
 
 
• Levantamento de dados e informações setoriais, identificação de 
demandas e projetos prioritários, apresentação desubsídios ao 
estabelecimento de política setorial (discussão no âmbito do CBAP), em 
parceria com a Rede AP da Embrapa; 
• Apoio à projetos de pesquisa em AP através do Edital nº 01/2008 
FINEP/MCT/MAPA, no valor de R$ 10.600.000,00; 
• Re-edição do Boletim Técnico sobre AP, realização de Workshop 
sobre AP; 
• Elaboração de estatísticas do setor: em parceria com Rede AP 
da Embrapa, Grupos de Trabalhos em AP, Academia, e empresas privadas 
(fabricantes de máquinas, equipamentos, softwares e prestação de serviços), 
de acordo com cada segmento; 
• Apoio à Grupos de Trabalho em AP: apoio à Força Tarefa Isobus 
– FTI, grupo de instituições que trabalham na elaboração de um padrão de 
comunicação eletrônica entre máquinas e implementos, sob a coordenação da 
Embrapa. 
 
5. Demandas identificadas 
 
• Capacitação de técnicos e operadores de máquinas e 
equipamentos com tecnologia eletrônica embarcada; 
• Estruturação de programas específicos para Agricultura de 
Precisão junto aos NIT’s (Implementação da Lei da Inovação – envolvimento 
efetivo do setor privado no estabelecimento de parcerias); 
• Levantamento estatístico e estabelecimento de indicadores para 
AP (estatísticas de vendas de equipamentos, área plantada, outros); 
• Ampliação do apoio financeiro à pesquisa, desenvolvimento e 
inovação no setor (Fundos Setoriais, BNDES, PAC C&T); 
• Apoio a projeto de transferência de tecnologia, principalmente 
com foco nos pequenos e médios produtores; 
• Termino da discussão sobre padronização eletrônica entre 
máquinas e equipamentos – FTI; 
• Fortalecimento e estruturação do CBAP. 
 
Nosso grande desafio é disponibilizar esta tecnologia para os pequenos 
e médios produtores, como ferramenta para promover a competitividade e 
sustentabilidade do agronegócio brasileiro, não só pelo uso racional de 
insumos, mas também por ser uma ferramenta importante para a gestão das 
atividades agropecuárias, gestão hídrica, rastreabilidade, defesa agropecuária 
e monitoramento dos impactos ambientais. 
Algumas cooperativas do Rio Grande do Sul já oferecem este serviço 
para seus cooperados, Projeto Cooperativo em Agricultura de Precisão – 
APcoop. Segundo seus diretores é uma forma de permitir o acesso de 
pequenos produtores à tecnologia, uma verdadeira “inclusão tecnológica”. O 
APcoop alia tecnologia (máquinas, equipamentos, eletrônica embarcada, 
geotecnologias, programas computacionais e pessoal especializado) com 
conhecimento e visa estimular a adoção da agricultura de precisão no sistema 
cooperativo do RS. Atualmente fazem parte deste projeto 1850 produtores, 
associados à 19 cooperativas, ou seja, demonstra a verdadeira “inclusão 
tecnológica” de pequenos e médios produtores, promovendo/propiciando uma 
nova forma de se “fazer agricultura”. 
Estimativas da Organização das nações Unidas para Agricultura e 
Alimentação - FAO e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico - OCDE mostram que a população brasileira mundial poderá chegar 
a 8, 3 bilhões de habitantes em 2030. Se considerarmos a área disponível para 
produção de alimentos e o número de habitantes percebemos que cada vez 
mais a área agricultável/habitante vai diminuir. Esse panorama nos mostra que 
o aumento da produtividade será fundamental para atender a demanda mundial 
por alimentos. Por outro lado, os mercados compradores são cada vez mais 
exigentes com relação à segurança alimentar, rastreabilidade, respeito ao meio 
ambiente, mercado justo e sistemas de produção sustentáveis e energia 
renovável, além das barreiras sanitárias e fitossanitárias. Considerando que 
poucos países no mundo têm condições de dar esta resposta à crescente 
demanda para produção de alimentos, o Brasil tem um grande desafio para se 
tornar, num prazo de 10 a 20 anos, um dos principais produtores de alimentos 
do mundo. Os produtores, por outro lado, dada a globalização e margens mais 
apertadas, serão mais exigidos em termos de competitividade e 
 
sustentabilidade. Cada vez mais nossos produtores percebem que a tomada 
das decisões, tanto de gestores como de operadores, por sistemas inteligentes, 
mais que uma tendência, é uma questão se sobrevivência e uma necessidade. 
O Agronegócio Brasileiro é responsável por 26,4% do PIB nacional, 36% 
das exportações brasileiras e 39% dos empregos gerados. Neste contexto, o 
desenvolvimento da AP, o uso de máquinas e equipamentos com tecnologia 
eletrônica embarcada, adaptados para a agricultura moderna é uma realidade e 
a demanda é cada vez maior. Dessa forma, o mercado aponta para a inovação 
e incorporação tecnológica como uma ferramenta fundamental para a 
competitividade e resposta à produção crescente de alimentos e energia 
renovável. A AP caminha para o uso de sensores ópticos para adubação a taxa 
variável em tempo real, semeadura a taxa variada, de acordo com os mapas de 
fertilidade e declividade do terreno, piloto automático e tráfego controlado, 
plantio na mesma linha aproveitando a adubação residual e permitindo a 
semeadura noturna, escarificação à taxa variável. Essas ferramentas 
contribuem para tornar as práticas agropecuárias cada vez mais sustentáveis, 
com decisões mais precisas e acertadas para melhor gerenciamento 
agropecuário. A aplicação desta tecnologia vai muito além das atividades 
agrícolas, pois tem um grande potencial para aplicação na área de zootecnia, 
principalmente na gestão e manejo para bem estar animal, na gestão hídrica 
(irrigação de precisão), na silvicultura, como apoio às ações de defesa 
agropecuária e rastreabilidade e monitoramento dos impactos ambientais. 
Esses conceitos já são usados há algum tempo na agricultura, mas na 
produção animal ainda são poucos difundidos e tem um grande potencial se 
considerarmos a participação brasileira nos mercados mundiais de carne de 
frango e suínos. Poderia trazer grandes incrementos na eficiência das granjas 
ao monitorar as respostas dos animais, aves e suínos, ao manejo visando 
diminuir o stress e melhorar o seu desempenho produtivo e/ou reprodutivo.

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