Buscar

dir constituciona_completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Bianca Almeida
41
DIREITO CONSTITUCIONAL
Lei fundamental e suprema de um Estado que rege sua organização político jurídico.
-Constitucionalismo e Gerações: O constitucionalismo trata-se do movimento político, jurídico e social, a partir do qual desencadeou-se a evolução do conceito do termo constituição.
· 1º Dimensão ou Geração: (Liberdade do indivíduo), período liberal, são os direitos individuais ou liberdades públicas, como vida, liberdade. O Estado tem o dever de não fazer, de não agir, de não intervir na liberdade publica de cada indivíduo. 
· 2º Dimensão ou Geração: (Igualdade, direitos sociais, primeira guerra), Estado social, direitos sociais, economia, saúde, educação, trabalho, assistência aos desamparados, portanto, o Estado tem o dever de prestação de serviços mínimo existencial.
· 3º Dimensão ou Geração: (Fraternidade, solidariedade, pós segunda guerra), Os direitos da terceira geração surgiram após a segunda guerra mundial, são direitos transindividuais, metaindividuais, que pertencem a uma coletividade determinável ou indeterminável, ambiente equilibrado.
· 4º Dimensão ou Geração: (Democracia), Pluralismo, democracia, proteção à vida através da abordagem genética. 
-Neoconstitucionalismo: trouxe valor para a norma, é uma força normativa da constituição, efetivação de direitos fundamentais. O destinatário do direito fundamental é o brasileiro, estrangeiro quando residente no país, estrangeiro também quando não residente e pessoa jurídica. 
-Evolução das Constituições
· 1824 (Império): Poder Imperial, em que trouxe quatro poderes imperiais e o Poder Moderado.
· 1891 (República): Adoção do sistema federativo, tornando-se a República federativa um sistema autônomo, controle de constitucionalidade, separação entre três poderes. 
· 1934 (Estado Novo): Avanço com relação aos direitos sociais, direitos dos trabalhadores, houve alteração no controle de constitucionalismo, Getúlio Vargas.
· 1937 (Crise): Conhecido como constituição precoce. Caberia ao Congresso analisar o controle, conquistas anteriores. 
· 1946 (Crise e Democratização): Processo de democratização, trouxe os direitos fundamentais, uma constituição democrática. 
· 1967 (Ditadura): Regime da Ditadura
· 1988 (Redemocratização, constituição cidadã): Redemocratização, constituição cidadã, ampliação de direitos, e direitos fundamentais garantidos.
RECEPÇÃO X REPRISTINAÇÃO X DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO
Recepção
Recepção é um processo abreviado de criação de normas jurídicas, pelo qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela compatíveis, dando-lhes validade e evitando o trabalho de se elaborar toda a legislação infraconstitucional novamente. Ocorre em dois planos:
· Plano Formal: quanto ao tipo de lei ou norma jurídica; é automática e imediata, sendo prontamente adaptada ao novo tipo normativo exigido pela nova Constituição. Ex.: se era decreto-lei, continuará com esse nome mas será aplicada com força de lei ordinária ou complementar;
· Plano Materia: quanto a matéria da qual cuida a lei; poderá haver ou não recepção, de acordo com a admissão de vigência da norma anterior em face da atual Constituição.
Repristinação
Repristinação é a restauração de lei revogada. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
A repristinação só é admitida se for expressa. Se a lei revogadora for considerada inconstitucional, ela é nula, inexistente e nenhum dos seus efeitos são considerados, portanto, não houve a revogação da lei anterior, pelo que a declaração de inconstitucionalidade conduz a repristinação da norma jurídica revogada.
Obs.: a Constituição tem efeitos imediatos, mas não retroativos, a não ser que expressamente os preveja. Essa orientação, visa preservar a segurança jurídica das relações havidas sob a ordem constitucional anterior. O art. 5º, XXXVI, protege o direito adquirido.
Desconstitucionalização
Desconstitucionalização ocorre qdo matérias tratadas pela Constituição anterior não haja sido tratadas na nova e nesta nova Constituição não se encontra nada que seja obstáculo àqueles artigos existentes na anterior. Nessas condições, os artigos da Constituição substituída permaneceriam em vigência sob a forma de lei ordinária. No Brasil, prevalece a idéia de que para haver a desconstitucionalização necessitaria de previsão expressa na nova Constituição.
Conflitos de Lei no Tempo
Constituição anterior x Constituição nova
Duas teorias: DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO INTEGRAL.
No Brasil, adota-se a substituição integral, reconhecendo-se a adoção da desconstitucionalização desde que a nova Constituição preveja esse efeito.
Obs.: o controle de constitucionalidade, no modelo difuso, permite a discussão atual da inconstitucionalidade incidental tendo como referência a Constituição anterior;
Lei infraconstitucional anterior x Constituição nova
Se a lei anterior for incompatível com a nova Constituição, então estará revogada por não-recepção. É proibido a conclusão pela inconstitucionalidade.
Se for compatível, será recepcionada no momento da entrada em vigor da nova Constituição, não sofrendo alteração em seu nome, data ou número, sendo apenas sua condição jurídica alterada já que terá que ser adaptada ao que a nova Constituição impõe para a matéria. Adquire nova vigência.
Constituição nova x Lei infraconstitucional posterior
A incompatibilidade resolve-se pelo reconhecimento de sua inconstitucionalidade formal ou material, será portanto nula.
Lei infraconstitucional x Lei infraconstitucional
Uma lei revoga a outra em 3 situações:
· Quando expressamente o declare;
· Quando incompatível com a lei anterior;
· Quando regule inteiramente a matéria da lei anterior.
· Além do exposto acima:
· Lei nova prevalece sobre a mais antiga
· Lei específica prevalece sobre a genérica não revogando necessariamente a lei anterior.
Preâmbulo e características
· Não é parâmetro de controle de constitucionalidade
· Não é norma constitucional
· Não há hierarquia entre as normas do corpo fixo e as normas chamadas de transitórias
· Não tem força normativa
Normas Constitucionais
· Normas Constitucionais Originárias: Não há hierarquia entre as normas constitucionais originárias. São aquelas nascidas em outubro. Gozam de presunção absoluta constitucional e não podem ser declaradas inconstitucionais. 
· Normas Constitucionais Derivadas: São postas pelo Poder Reformador, gozam de presunção relativa de constitucionalidade, nascem com produção de efeitos jurídicos e podem ser declaradas inconstitucionais. 
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
· Conteúdo: (Formal) conjunto de normas escritas além de possuir matéria constitucional possui outros também.
· Forma: (Escrita) chamada de instrumental, é um documento solene, portanto, é uma constituição escrita em um documento único.
· Extensão: (Analítica) chamada de prolixa, extensa, aquilo que trata de vários temas. 
· Alterabilidade e Estabilidade: (Rígida) possui um procedimento mais rigoroso de alteração, mas admite a alteração por meio de processo legislativo por meio de emenda constitucional.
· Origem: (Promulgada) chamada de democrática, votada ou popular, contêm participação do povo, é feito pelos representantes do povo, por meio de eleição, chamada de cidadã.
· Elaboração: (Dogmática) é fruto de um trabalho legislativo, especifico, momento histórico, todas as constituições brasileiras foram dogmáticas, reflete os dogmas do país. 
· Ontológica: (Normativa) com valor econômico jurídico é aquilo perfeitamente adaptado ao fato social, além de válida, tem total consonância com o processo político, roua que veste bem. 
· Ideologia: (Eclética) também chamada de pluralista ou compromissória, diz respeito as causas de várias ideologias, pensamentos. 
· Finalidade: (Dirigente) além de prever os direitos também fixa as metas estatais, ou seja, diz quais são as direções e metas que o Estado tem que seguir, ou seja, é um direcionamento da autuação do governo.
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Não há na Constituição Federal nenhuma norma constitucionaldesprovida de efeitos jurídicos, todas as normas produzem algum efeito. 
· Eficácia Plena: são diretas, imediatas, integrais e auto executáveis, possuem todos os elementos necessários para produzirem a plenitude de seus efeitos. A aplicação e imediata, ou seja, tais efeitos são gerados desde o momento em que as normas entram em vigor, como exemplo os direitos fundamentais. 
· Eficácia Contida: produzem todos os efeitos desde a sua criação, possuem aplicabilidade imediata e não integral, no entanto, tais efeito pode ser reduzidos ou restringidos posteriormente pelo legislador infraconstitucional, como exemplo a restrição ao exercício profissional da advocacia, pois, é reduzido por lei diante da aprovação do exame de ordem. Qualquer um pode exercer a atividade profissional, aplicabilidade imediata, ao mesmo tempo em que restringe tal liberdade ao permitir a possibilidade da existência de lei que torne necessário outros requisitos. 
· Eficácia Limitada: são aquelas que dependem da criação posterior de outras normas para produzir todos os seus efeitos, necessidade de regulamentação por lei de determinado direito, como exemplo o direito de greve sem lei não sabemos como atuar, não há efeito sem regulamentação, portanto, há um mínimo de eficácia, mas depende de regulamentação para produção de todos os efeitos. 
Ações cabíveis para falta de regulamentação:
· Mandado de Injunção (controle difuso): direito subjetivo de alguém, validade somente para o impetrante da ação. 
· Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão (controle concentrado): violação da constituição por não regulamentar determinado direito, validade para todos.
PODER CONSTITUINTE: Responsável pela criação de uma constituição, portanto, elaborar e reformar. A nova constituição REVOGA a anterior, pode existir ou não a recepção de normas. 
Poder Constituinte Originário: Chamado de inaugural, genuíno, 1º grau, é o nome do próprio poder que cria uma constituição. É um poder ilimitado e incondicionado. Não há controle para o texto original da própria constituição, mas é possível o controle para emendas. 
Características do Poder Constituinte Originário
· Soberano: a força e o exercício decorrem dele mesmo.
· Autônomo: não se subordina a nenhum outro poder.
· Inicial: ponto de partida do regramento de um Estado.
· Incondicionado: não está sujeito a qualquer regra ou forma.
· Ilimitado: não está de modo algum limitado pelo direito anterior. 
Poder Constituinte Derivado: Chamado de secundário, 2º grau, remanescente. O poder constituinte originário disciplina como será a alteração posterior do seu texto originário, por isso se chama derivado. A própria constituição estabelece as condições e limites para fins de alteração das suas próprias normas, e de normas que terão natureza constitucional. Esse poder contém, o derivado reformador e derivado revisor. A reformulação pelo poder constituinte derivado reformar se dá através das emendas constitucionais. 
Poder Constituinte Derivado Reformador (emendas constitucionais): é aquele criado pelo poder constituinte para reformar e modificar as normas constitucionais por meio de emendas constitucionais.
Características do Poder Constituinte Derivado Reformador
· Secundário: deriva de outro poder
· Subordinado: por ser vinculado está subordinado a outro poder
· Limitado: é limitado pelas normas e condicionado porque deve seguir normas, regras formais. 
Limitações do Poder Derivado Reformador
· Formais procedimentais
· Materiais
· Circunstanciais 
Limitação Formal Procedimental
· Iniciativa: Presidente da República, 1/3 da Câmara e ou 1/3 do Senado, + da metade das Assembleias por maioria relativa. 
· Aprovação: 2 turnos, cada casa legislativa Câmara e Senado, 3/5 dos votos dos membros. Não há sanção ou veto em emendas. 
· Promulgação: Mesas da Câmara e Senado.
Emendas Constitucionais
Conforme dispõe o art. 60 a Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
· I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
· II - do Presidente da República;
· III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Não poderá ser emendada: § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Votação: § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Promulgação: § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Limitação Material: Pode ser proposta emenda constitucional tratando de algum tema, o que não pode é abolir matérias de cláusulas pétreas. Não será objeto de deliberação tendente a abolir as matérias nas cláusulas pétreas. 
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
· I - a forma federativa de Estado;
· II - o voto direto, secreto, universal e periódico; voto obrigatório não se enquadra, não é cláusula pétrea 
· III - a separação dos Poderes;
· IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
Limitação Circunstancial: Não poderá ser emendada: § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Estado de Defesa: art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
· I - Restrições aos direitos de:
· reunião, ainda que exercida no seio das associações;
· sigilo de correspondência;
· sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
· II - Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
Duração Estado de Defesa: § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior 30 dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
§ 3º Na vigência do estado de defesa:
· I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
· II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;
· III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
· IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 horas vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
Congresso Nacional extraordinariamente: § 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
Estado de Sítio: art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorizaçãopara decretar o estado de sítio nos casos de:
· I - Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; (não poderá ser decretado por mais de 30 dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior)
· II - Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. (poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira)
Autorização ao Congresso Nacional: Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.
§ 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I (Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;), não poderá ser decretado por mais de 30 dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II (Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira) poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
Congresso Nacional extraordinariamente: § 2º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
§ 3º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.
Medidas no Estado de Sítio: art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I (Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa) só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
· I - obrigação de permanência em localidade determinada;
· II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
· III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
· IV - suspensão da liberdade de reunião;
· V - busca e apreensão em domicílio;
· VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
· VII - requisição de bens.
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.
· Poder Constituinte Difuso (Mutação Constitucional): chamado de mutação constitucional, mudança de sentido, de entendimento, mudança informal, é o efeito de alterar a interpretação sem alterar o texto constitucional, portanto, é um processo informal de alteração.
· Poder Constituinte Supranacional: Por outro lado, o poder constituinte supranacional busca a sua fonte de validade na cidadania universal, no pluralismo do ordenamento jurídico, na vontade de integração e em um conceito remodelado de soberania. 
· Poder Constituinte Histórico: é aquele que cria a primeira constituição de um Estado, portanto, é aquele capaz de editar a primeira constituição.
· Poder Constituinte Revolucionário: é aquele que cria uma nova constituição em substituição da anterior, afinal, uma nova constituição sempre surge a partir da ruptura profunda com a ordem anterior.
Diferenças entre Sessões
· Sessão Legislativa: é o período anual de trabalho
· Legislatura: é o período do mandato, formada por 4 anos.
A PEC rejeitada não pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa em que ocorreu a sua rejeição, conforme dispõe o art. 60 § 5º a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
IMPORTANTE: Não há limitação temporal, entendimento majoritário é que a única constituição que teve limitação temporal foi a constituição de 1824, as demais não estabeleceram regras temporais. 
Resumo sobre Emendas:
Legitimados para proposta de emenda:
· 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados
· 1/3 dos membros do Senado Federal
· Presidente da República
· + da metade das Assembleias Legislativas, maioria relativa
Proposta de emendas:
· Cada casa do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal
· 2 turnos
· 3/5 dos votos dos membros 
NACIONALIDADE
Nacionalidade é o vínculo jurídico civil que liga o indivíduo a um determinado Estado. A cidadania é o vínculo político, adquire com o alistamento.
· Apátrida Heimathos: é aquele que não tem nacionalidade por nenhum país desde o nascimento.
· Polipátrida: é aquele que possui mais de uma nacionalidade, aquele com dupla nacionalidade. 
Nacionalidade Originária ou Primária: decorre do nascimento, brasileiro nato.
Nacionalidade Secundária, adquirida ou derivada: decorre de naturalização, brasileiro naturalizado. 
Critério de atribuição de Nacionalidade Originária
· Ius Sanguinis: origem sanguínea;
· Ius solis: origem territorial;
Brasileiros Natos, art.12 I CF
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; Bia nasceu no Brasil + os pais são estrangeiros e estão de férias no BR, ou seja, não estão a trabalho no Brasil a serviço do país deles, Bia será nata. 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; Bia nasceu no Estrangeiro + pai ou mãe é brasileiro estão a serviço do BR no país estrangeiro, ou seja, não estão de férias, estão trabalhando, será nata. 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; Bia nasceu no Estrangeiro + pai ou mãe são brasileiros + Bia é registrada em repartição brasileira dentro do país estrangeiro, será nata. Ou, Bia optou pela nacionalidade brasileira depois que atingiu a maioridade, mesmo que tenha nascido no estrangeiro, será nata porque optou por outra nacionalidade. 
Cargos Privativos Brasileiros Natos
· Presidente e Vice-Presidente da República 
· Presidente da Câmara dos Deputados 
· Presidente do Senado Federal
· Ministro do Supremo Tribunal Federal
· Carreira Diplomática
· Oficial de Forças Armadas
· Ministro de Estado de Defesa
Brasileiros Naturalizados, art. 12 II CF
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um 1 ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de + 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
Perda da Nacionalidade
I - Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
· de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; ocorre quando o indivíduo quer voluntariamente mudar de nacionalidade, é uma decisão administrativa. 
· de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis, como exemplo, Neymar que reside em Barcelona, mas não perde a naturalização originária Brasileira.DIREITOS POLITICOS
Implicam em um conjunto de regras que possibilita a participação dos cidadãos na distribuição do poder do Estado.
· Alistabilidade: capacidade eleitoral ativa, ou seja, ser eleitor.
· Elegibilidade: capacidade eleitoral passiva, ou seja, ser eleito.
· Soberania: a soberania popular resulta no poder, ou seja, todo poder emana do povo.
· Sufrágio: é o direito de escolha, o voto.
· Voto direto e secreto: é ato político materializando o direito do sufrágio.
Alistamento Eleitoral Obrigatório: o alistamento é obrigatório aos maiores de 18 anos de idade.
Alistamento Eleitoral Facultativo
· Analfabeto
· Maiores de 70 anos de idade
· Maiores de 16 anos e menores de 18 anos
Elegibilidade, condições:
· I - Nacionalidade brasileira; (Presidente e Vice-Presidente)
· II - Pleno exercício dos direitos políticos; (Direito de votar e ser votado)
· III - Alistamento eleitoral; (Título de eleitor)
· IV - Domicílio eleitoral na circunscrição; (Para Presidente será para todo o País, Governador, Senador, Deputado Federal ou Estadual será determinado Estado ou Distrito, Prefeitos e Vereadores será o Munícipio. 
· V - Filiação partidária; (Participação em algum Partido Político)
· VI - Idade mínima de:
1. a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
2. b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
3. c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
4. d) 18 anos para Vereador.
Inelegibilidade
Não pode ser eleito para nenhum cargo. O inelegível não pode ser votado. A inelegibilidade refere-se ao estrangeiro, conscrito e analfabeto. (Inelegibilidade absoluta)
Conscrito: o homem em época de serviço militar não vota e não pode ser votado, ano de serviço militar obrigatório, portanto, inalistável e inelegível para qualquer cargo.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
· I - Se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
· II - Se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Soberania: A soberania popular (art.14) será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei. O plebiscito e referendo são consultas ao povo para decidir sobre matéria de relevância para a nação em questão constitucional. São convocadas no âmbito federal por decreto legislativo expedido pelo Congresso Nacional. 
· I – Plebiscito: é uma consulta popular, pré-consulta ao povo.
· II – Referendo: é posterior a consulta, apenas confirma.
· III - Iniciativa Popular: é o momento em que a população apresenta o projeto de lei. A iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município de, pelo menos, 5% por cento do eleitorado. 
Reeleição para Cargos do Executivo: § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. Para Cargos do Legislativo não há essa exigência, sem limites.
Concorrer a outro Cargo deve renunciar, desincompatibilização: § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. Não cabe ao Legislativo. Não se aplica em caso de reeleição. 
*Parentes são inelegíveis (inelegibilidade reflexa - Executivo): art. 14 § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção (família como um todo, exceto tios e sobrinhos), do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Súmula Vinculante nº 18: a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade reflexa.
Impugnação ao mandato eletivo contados da Diplomação: § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
É vedada a cassação de direitos políticos (art. 15), cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
· I - Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
· II - Incapacidade civil absoluta;
· III - Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
· IV - Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
· V - Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
IMPORTANTE: Se um Deputado Federal tiver suspenso seus direitos políticos, caberá a Mesa da Câmara dos Deputados declarar a perda do mandato, sendo Senador caberá a Mesa do Senado. 
PARTIDOS POLÍTICOS
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos (art.17), resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 
· I - Caráter Nacional;
· II - Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
· III - Prestação de contas à Justiça Eleitoral;
· IV - Funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Autonomia dos Partidos: § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: 
· I - Obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um 1/3 terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou 
· II - Tiverem elegido pelo menos 15 Deputados Federais distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação. 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. 
PROCESSO LEGISLATIVO: 
É um fenômeno específico do Poder Legislativo e envolve um conjunto de regras as quais o legislador deve obedecer para a elaboração das leis. O art. 59 é direcionado para a União, mas é aplicável aos Estados e Municípios também. 
O processo legislativo, segundo o art. 59 CF, compreende a elaboração de:
· Emendas à Constituição: são editadas por força do poder constituinte reformador e, tem por objetivo alterar a constituição. A emenda é promulgada pelas casas do Congresso Nacional e não depende de veto ou sanção do Presidente, pois é exercício exclusivo do poder constituinte reformador. (1/3 dos membrosda Câmara dos Deputados, 1/3 dos membros do Senado Federal, Presidente da República, + da metade das Assembleias Legislativa, em cada casa do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal, em 2 turnos por 3/5 dos votos dos membros). 
· Leis Complementares: complementa matérias autorizadas pela constituição, normas mais importantes são disciplinadas por lei complementar, caracteriza-se pelo assunto que deve tratar e pelo quórum de aprovação, votação de maioria absoluta dos membros. Não há hierarquia entre as leis. 
· Leis Ordinárias: regula direito infraconstitucional, votação por maioria simples. Não há hierarquia entre as leis. Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 
*IMPORTANTE: Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
· Leis Delegadas o Congresso Nacional delega ao Presidente a possibilidade de fazer a lei, portanto, o Congresso deve autorizar o Presidente, conforme dispõe art. 68 as leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Se exorbitar o próprio Congresso pode controlar a exorbitância, ou seja, pode sustar.
· Medidas provisórias: atuação do chefe do poder executivo que tem força de lei, se comporta como uma lei. Não é indeterminável o tempo de atuação da medida provisória, o prazo é de 60 dias prorrogável por mais 60 dias para poder ter vigência uma medida provisória. A partir de 45 dias a medida provisória entra em regime de urgência, passou o prazo senão votar a medida ficará sobrestada e todos os demais projetos de leis ordinárias. Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
É vedada a edição de Medidas Provisórias sobre matéria: 
· nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
· direito penal, processual penal e processual civil; 
· organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
· planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares; 
a) II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; 
b) III - reservada a lei complementar; 
c) IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
Perda da Eficácia e Conversão em lei no prazo: § 3º as medidas provisórias, perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes
Apreciação da medida provisória: § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
Iniciativa: § 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. 
Aprovação: sendo aprovada, será convertida em lei ordinária.
Rejeitada: perderá os efeitos.
*Vedação de reedição na mesma sessão legislativa: § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
· Decretos legislativos: são aquelas normas em que a competência é exclusiva do Congresso Nacional, não se sujeitando a sanção ou veto presidencial. A promulgação é realizada pelo Presidente do Senado Federal. Não há participação do Presidente da República, consequentemente, não há veto presidencial. 
· Resoluções: regulamentar as matérias de competência privativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com efeitos internos.
Sanção e Veto do Presidente da República
-Sanção: Prazo de 15 dias para sancionar ou vetar. A sanção é a anuência aquiescência do Presidente da República ao projeto de lei
· Expressa: quando lançada no projeto (art. 66. a Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará)
· Tácita: manifestada pelo silêncio (§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção)
-Veto: é a negação de aquiescência ao projeto de lei sendo motivado por inconstitucionalidade ou contrário ao interesse público.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 48 quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de 30 trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. 
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO/REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
· Transporte intramunicipal (de interesse local) => competência do município
· Transporte intermunicipal (intra-estadual) => competência do estado-membro
· Transporte interestadual ou internacional => competência da União
ATENÇÃO: ao DF foram outorgadas as competências dos Estados e Municípios!
Competências da União
Competência da União Exclusiva
Art. 21: competência exclusiva material da União => são competências administrativas, e sua principal característica é a indelegabilidade, ou seja, não há previsão constitucional para que a União delegue o exercício dessa competência aos Estados, DF ou municípios.
· I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
· II - declarar a guerra e celebrar a paz;
· III - assegurar a defesa nacional;
· IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
· V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
· VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
· VII - emitir moeda;
· VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
· IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
· X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
· XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; 
· XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
1. a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
2. b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
3. c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
4. d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais,ou que transponham os limites de Estado ou Território;
5. e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
6. f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
· XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; 
· XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; 
· XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
· XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
· XVII - conceder anistia;
· XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
· XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; 
· XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
· XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
· XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
· XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
1. a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
2. b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; 
3. c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
4. d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
· XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
· XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
Competência da União Privativa
Art. 22: competência privativa legislativa da União => cabe apenas à União legislar sobre as questões enumeradas. Porém, é possível que os Estados e o DF venham a legislar sobre questões específicas, desde que a União delegue competência por meio de lei complementar. A marca dessa competência é a delegabilidade aos Estados e ao DF.
A União somente poderá delegar a competência para que os Estados legislem sobre “questões específicas” das matérias de sua competência privativa. A delegação, se houver, deverá ser indistinta para todos os entes federados. Não poderá haver delegação para um ou alguns Estados, sob pena de ofensa ao pcp do equilíbrio federativo.
· I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
· II - desapropriação;
· III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
· IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
· V - serviço postal;
· VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
· VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
· VIII - comércio exterior e interestadual;
· IX - diretrizes da política nacional de transportes;
· X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
· XI - trânsito e transporte;
· XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
· XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
· XIV - populações indígenas;
· XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
· XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; 
· XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; 
· XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
· XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
· XX - sistemas de consórcios e sorteios;
· XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
· XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
· XXIII - seguridade social;
· XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
· XXV - registros públicos;
· XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
· XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
· XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
· XXIX - propaganda comercial.
	Art. 21
	Art . 22
	Administrativa
	Legislativa
	Exclusiva
	Privativa
	Indelegável
	Delegável (por meio de lei complementar)
Competência comum (União, Estados, DF e Municípios)
A competência comum é uma competência administrativa (material e NÃO legislativa) e todos os entes federativos exercem-na em condições de igualdade, sem nenhuma relação de subordinação; a atuação de um não exclui a dos outros.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
Parágrafo único: Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a U, E, DF e M, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem em âmbito nacional.
· I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
· II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
· III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
· IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
· V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; 
· VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
· VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
· VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
· IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
· X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
· XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
· XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Competência legislativa concorrente
Também é chamada de sistema de repartição vertical de competência, e merece destaque:
· a competência concorrente NÃO envolve os municípios
· trata-se de competência legislativa
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
· I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
· II - orçamento;
· III - juntas comerciais;
· IV - custas dos serviços forenses;
· V - produção e consumo;
· VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
· VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;· VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
· IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; 
· X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
· XI - procedimentos em matéria processual;
· XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
· XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
· XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
· XV - proteção à infância e à juventude;
· XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
ATENÇÃO - 1º: no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 2º: a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 3º: inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4º: a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
 RESUMÃO DE COMPETÊNCIA
· Competência Exclusiva da União (art. 21): natureza administrativa, não tem natureza legislativa, são indelegáveis.
· Competência privativa da União (art. 22): natureza legislativa, são delegáveis mediante edição de lei complementar, ou seja, delegando aos Estados competências especificas de determinadas matérias, quais sejam: direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, trânsito e transporte.
· Competência comum (União, Estados, DF e Municípios) (art. 23)
A competência comum é uma natureza administrativa (material e NÃO legislativa) e todos os entes federativos exercem-na em condições de igualdade, sem nenhuma relação de subordinação; a atuação de um não exclui a dos outros.
· Competência Concorrente entre União, Estados e Distrito (art. 24): a competência concorrente NÃO envolve os municípios, natureza legislativa, edição de normas gerais, e os Estados e Distrito edição de normas especificas. Havendo omissão da União, os Estados e Distrito poderão ter competência para legislar de forma plena, podendo editar normas gerais e especificas. A União percebendo omissão, edita lei de normas gerais, portanto, a lei Estadual ficará suspensa naquilo que lhe for contrário. Não haverá revogação. Cabimento para direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico, urbanístico e orçamentário. 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Mecanismo de verificação de compatibilidade que necessariamente deve haver entre a constituição federal e as normas infraconstitucionais, tem como fundamento no princípio da supremacia da constituição. Não sendo consoante com o que preconiza na constituição deve, portanto, ser banido do ordenamento jurídico por meio do instituto denominado controle de constitucionalidade. Não há controle para o texto original da própria constituição,mas é possível o controle para as emendas. 
Formas de Inconstitucionalidade (a norma constitucional só pode servir de controle quanto ao poder constituinte reformador, se for fruto do poder constituinte originário não sé cabível). 
Por ação: é a produção de atos legislativos que não estejam de acordo com as normas ou princípios constitucionais
· Inconstitucionalidade Formal: é a inobservância ao procedimento ´revisto na constituição para a elaboração de um ato.
· Inconstitucionalidade Material: ocorre quando o conteúdo da norma fere as disposições e princípios trazidos pela constituição. 
Por omissão: há uma norma constitucional de eficácia limitada que não foi regulamentada, ou seja, existe um direito assegurado na constituição, porém, não é possível exercê-lo em virtude de regulamentação da norma.
Formas de Controle
· Preventivo: ocorre antes do nascimento da lei, impede que o nascimento do projeto de lei adentre no ordenamento jurídico, podendo ser pelo Poder Legislativo realizado pelas Comissões de Constituições e Justiça, e pode ser pelo Poder Executivo por meio do veto presidencial por inconstitucionalidade.
· Repressivo: realizado pelo Poder Judiciário ocorre em momento posterior ao nascimento da norma, tem como objetivo expulsar a norma do ordenamento jurídico, quando acionado, confiado ao Poder Judiciário por meio do controle difuso ou concentrado. 
· Controle Preventivo: caso o projeto de lei seja vetado por razões de inconstitucionalidade, estremos diante do veto jurídico, momento em que o Presidente da República realiza o controle preventivo de constitucionalidade. Entretanto, quando o chefe do Executivo considerar o projeto de lei contrário ao interesse público, estaremos diante do veto político. 
· Controle Repressivo: Difuso (poderá ser exercido por qualquer Juiz ou Tribunal, é uma via pessoa com efeito inter partes. Concentrado (poderá tão somente ser exercido pelo Supremo Tribunal Federal.
· Controle Repressivo Difuso: realizado por qualquer Juiz ou Tribunal que se encontre a lide, a análise é feita sob o caso concreto. O magistrado deverá, indiretamente, fazer constar no dispositivo de sentença sob a inconstitucionalidade da lei. Ocorre dentro do processo judicial comum, e os efeitos da decisão é inter partes, somente para as partes do processo. A declaração de inconstitucionalidade dará pelo Supremo Tribunal Federal por meio de recurso interposto pelas partes. Ao julgar a matéria fará o reconhecimento ou não da inconstitucionalidade, que vai expulsar a norma do sistema, pois, a coisa julgada restringe as partes do processo judicial. Para que haja a suspensão da execução da norma para todos, o Supremo Tribunal Federal deverá comunicar a decisão ao Senado Federal para que tenha efeito erga onmes, ou seja, para todos. 
· Controle Repressivo Concentrado: é aquele exercido por meio de uma ação própria, em que o pedido principal é a declaração de inconstitucionalidade ou constitucionalidade de uma lei ou ato normativo. O Supremo Tribunal Federal que promove a competência para reconhecer o pedido e julgá-lo, os legitimados são apenas do art. 103 CF Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Governador de Estado ou do Distrito Federal, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Partido político com representação no Congresso Nacional, Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Cláusula de Reserva de Plenário: apesar da atribuição de fazer o controle difuso seja dada a qualquer juízo ou tribunal, este último deverá observar o instituto da cláusula de reserva de plenário que dispõe que se o controle de constitucionalidade for realizado por um tribunal, somente pela maioria absoluta dos seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial é que poderá ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo. Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
· Súmula Vinculante nº 10 - Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97 Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. 
Efeitos das Decisões
· Inter partes: os efeitos atingem apenas as partes litigantes do processo judicial, tais efeitos podem ser ampliados para erga omnes por resolução do Senado Federal.
· Erga Omnes: os efeitos são para todos e terão efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e Administração Pública direta e indireta, esfera Federal, Estadual e Municipal.
-Ação Diretade Inconstitucionalidade Genérica: Banir do ordenamento jurídico a lei ou ato normativo Estadual ou Federal, em tese atingido pelo vício de inconstitucionalidade. Admite-se também contra emenda constitucional, medida provisória ou lei distrital que tenha conteúdo Estadual. 
Legitimidade para propositura
· I - Presidente da República;
· II - Mesa do Senado Federal;
· III - Mesa da Câmara dos Deputados;
· IV - Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
· V - Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
· VI - Procurador-Geral da República;
· VII - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
· VIII - Partido político com representação no Congresso Nacional;
· IX - Confederação sindical ou entidade associação de classe de âmbito nacional
Competência: Supremo Tribunal Federal, com quórum de instauração de 8 ministros, 2/3 do Supremo, e aprovação 6 ministros, maioria absoluta.
Efeito da decisão: declarada a inconstitucionalidade a lei torna-se inaplicável, fazendo a decisão coisa julgada com efeito erga omnes e vinculante. Como regra, tem efeito ex tunc, podendo ser dado efeito ex nunc se houver manifestação de 2/3 dos ministros. 
IMPORTANTE: Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa Municipal, segundo a súmula 642 do Supremo Tribunal Federal.
-Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão: ocorre para pleitear a regulamentação de uma norma constitucional de eficácia limitada ainda não regulamentada, portanto, ocorre quando não existir uma lei para regulamentar a aplicabilidade de uma norma constitucional. 
Legitimidade para propositura
· I - Presidente da República;
· II - Mesa do Senado Federal;
· III - Mesa da Câmara dos Deputados;
· IV - Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
· V - Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
· VI - Procurador-Geral da República;
· VII - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
· VIII - Partido político com representação no Congresso Nacional;
· IX - Confederação sindical ou entidade associação de classe de âmbito nacional
Competência: Supremo Tribunal Federal, com quórum 8 ministros e aprovação por 6 ministros. 
Efeitos da decisão: o Supremo Tribunal Federal deverá dar ciência ao órgão competente para que sejam tomadas as medidas necessárias e, em se tratando de órgão administrativo para fazê-lo em 30 dias. 
-Ação Declaratória de Constitucionalidade: ocorre para declarar a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo federal, impugnada em processos concretos, tendo recebido nas instâncias inferiores, a maioria de decisões desfavoráveis, portanto, inconstitucionais frutos de relevante controvérsia judicial. A prova de controvérsia deve acompanhar a petição inicial. Não cabe para objeto de ação rescisória. Cabe embargos de declaração. Demanda irrecorrível quanto aos demais recursos. 
Legitimidade para propositura
· I - Presidente da República;
· II - Mesa do Senado Federal;
· III - Mesa da Câmara dos Deputados;
· IV - Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
· V - Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
· VI - Procurador-Geral da República;
· VII - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
· VIII - Partido político com representação no Congresso Nacional;
· IX - Confederação sindical ou entidade associação de classe de âmbito nacional
Competência: Supremo Tribunal Federal, instauração 8 ministros com aprovação de 6 ministros, maioria absoluta.
Efeitos da decisão: erga omnes, vinculante e ex tunc, cumpre destacar que a decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade é irrecorrível, ressalvado a interposição de embargos declaratórios. Não pode ser objeto de ação rescisória. 
-Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental: ocorre para verificar se uma lei ou ato normativo viola um preceito fundamental previsto na constituição. Cabe quando uma lei ou ato normativo Federal, Estadual ou Municipal bem como norma pré-constitucional, ou seja, normas anteriores a constituição, desde que violem preceito fundamental. Decisão irrecorrível, não cabe ação rescisória, poderá o Advogado Geral da União ser ouvido. 
Legitimidade para propositura
· I - Presidente da República;
· II - Mesa do Senado Federal;
· III - Mesa da Câmara dos Deputados;
· IV - Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
· V - Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
· VI - Procurador-Geral da República;
· VII - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
· VIII - Partido político com representação no Congresso Nacional;
· IX - Confederação sindical ou entidade associação de classe de âmbito nacional
Competência: Supremo Tribunal Federal, instauração 8 ministros com aprovação de 6 ministros. Efeitos da decisão: eficácia erga omnes e vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória.
-Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva: Ocorre para restabelecer o respeito dos princípios constitucionais sensíveis ou expressos, como, forma republicana, sistema representativo, regime democrático, direitos da pessoa humana, autonomia municipal, prestação de contas da administração pública direta e indireta.
Legitimidade para propositura: Procurador Geral da República
Competência: Supremo Tribunal Federal, com quórum de instauração de 8 ministros, aprovação 6 ministros, maioria absoluta.
Efeitos da decisão: restaurar a supremacia constitucional, com efeitos erga omnes e vinculante, além disso, tem efeito ex nunc para a edição do decreto.
-Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva Estadual: restabelecer o respeito dos princípios constitucionais estaduais sensíveis ou expressos desrespeitados por lei municipal.
Legitimidade para propositura: Procurador Geral da Justiça
Competência: Tribunal de Justiça, com quórum de instauração de 2/3 dos Desembargadores do Tribunal de Justiça ou Órgão Especial, com aprovação de maioria absoluta do Tribunal de Justiça ou órgão Especial
Aspectos Comuns de todas as Ações Constitucionais
· Legitimidade, exceto a ação direta de inconstitucionalidade interventiva que a legitimidade é do Procurador Geral da República e a ação direta de inconstitucionalidade interventiva estadual que a legitimidade é do Procurador Geral de Justiça.
· Não tem iniciativa popular em nenhuma das ações
· Não cabe desistência
· Admitem concessão de liminar
· Admitem participação amicus curie
· São irrecorríveis, apenas admitindo embargos de declaração
· Efeitos erga omnes e vinculantes
Aspectos Peculiares de todas as ações ADI, ADC, ADO, ADPF
· ADI - Ação direta de inconstitucionalidade: lei ou ato normativo federal ou estadual que viole a constituição, portanto, declarar a inconstitucionalidade.
· ADC - Ação Declaratória de constitucionalidade: lei ou ato normativo federal para declarar a constitucionalidade, comprovação de controvérsia judicial a respeito daquela lei objeto da ação. Alguns aplicam, outros não, por isso a declaração de constitucionalidade.
· ADO - Ação direta de inconstitucionalidade por omissão: omissão normativa total ou parcial, quando não há criação de lei, falta de norma regulamentadora para determinado direito.
· ADPF - Ação de Arguição Descumprimento de Preceito Fundamental: natureza residual, se não houver outro eficaz de sanar a lesividade, aplica-se ADPF. Cabendo as demais ações, não caberá ADPF.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
-Habeas Corpus(locomoção): conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
· Gratuito
· Sem Advogado
· Pode ser usado para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilo fiscal e bancário em procedimento criminal.
· Magistrado pode agir de ofício
Legitimidade para Habeas Corpus: pessoa natural física oujurídica, natural ou estrangeira e ministério público. O particular pode atuar no polo passivo da ação de habeas corpus. 
Espécies de Habeas Corpus
· Preventivo: para evitar a consumação da lesão a liberdade de locomoção.
· Repressivo: com propósito de liberar o paciente quando já consumado a coação ilegal ou abusiva, violência a sua liberdade de locomoção. 
Não cabe Habeas Corpus: não cabe a punição disciplinar do militar, não discute mérito quando há ilegalidade, cabe quando a prisão for ilegal, diante da ilegalidade. Competência da Justiça Federal e não Militar. 
-Habeas Data (Informação): conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. Para complementação de dados deve haver indeferimento administrativo ou mais de 10 dias de decurso sem nenhuma decisão. 
Legitimidade para Habeas Data: pessoa natural física ou jurídica, natural ou estrangeira. 
-Mandado de Injunção (omissão de norma regulamentadora): conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Legitimidade para Mandado de Injunção (Individual): pessoa natural física ou jurídica, natural ou estrangeira.
Legitimidade para Mandado de Injunção (Coletivo): Ministério Público, Partido Político com representação, Organização Sindical, Entidade de Classe, Associação por 1 ano de funcionamento, Defensoria Pública. 
IMPORTANTE: Quando existe uma norma constitucional de eficácia limitada ainda não regulamentada, impedindo o exercício de um direito em caso concreto. Teoria concretista, em prol da efetividade das normas constitucionais, estabelecendo as condições para o ativismo judicial, sem ferir a separação dos poderes. 
-Ação Popular (anulação de ato lesivo): qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Atuação do Ministério Público: atua como fiscal da lei havendo; havendo desistência o Ministério Público pode substituir o autor para dar o seguimento; execução de sentença prazo legal o cidadão não executar, o Ministério Público tem o dever de executar a demanda.
Não cabe Ação Popular
· Inalistado
· Inalistáveis
· Ministério Público
· Pessoas Jurídicas
Espécies de Ação Popular:
1. Preventivo: quando houver ameaça de violação ao bem comum e patrimônio. 
2. Repressiva: possui um prazo de 5 anos para ajuizamento contados da lesão. 
PODER LEGISLATIVO
CONGRESSO NACIONAL
Composição do Congresso (mandato de 4 anos): O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (art. 44). Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. O número de Deputados de cada Estado varia conforme o tamanho de sua população, não podendo ser menor que 8 e maior que 70. Cada Território elegerá quatro Deputados.
Composição do Senado (mandato de 8 anos): O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário (art. 46). § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. § 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. § 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Votação: Art. 47 salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. 
IMPORTANTE: A Câmara e o Senado podem convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, configurando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. 
ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL
Competência Legislativa (art.48): é a atribuição de dispor sobre todas as matérias de competência da União, sempre com sanção do Presidente da República, quais sejam:
· I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
· II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;
· III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
· IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
· V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
· VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;
· VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
· VIII - concessão de anistia;
· IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;
· X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; 
· XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; 
· XII - telecomunicações e radiodifusão;
· XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
· XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
· XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Competência Deliberativa (art.49): trata-se de competência exclusiva do Congresso Nacional, aprovações, sustações, autorizações, ou seja, decisões que o Congresso Nacional toma de forma exclusiva, sem a necessidade d sanção do Presidente da República, quais sejam: 
· I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
· II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;
· III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;
· IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
· V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
· VI - mudar temporariamente sua sede;
· VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores. 
· VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado.
· IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
· X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
· XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;
· XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
· XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
· XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
· XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
· XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento derecursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
· XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Compete privativamente à Câmara dos Deputados (art.51):
· I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
· II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
· III - elaborar seu regimento interno;
· IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
· V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
SENADO FEDERAL
Compete privativamente ao Senado Federal (art.52):
· I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; 
· II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; 
· III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
1. a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
2. b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
3. c) Governador de Território;
4. d) Presidente e diretores do banco central;
5. e) Procurador-Geral da República;
6. f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
· IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
· V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
· VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
· VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
· VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
· IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
· X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
· XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;
· XII - elaborar seu regimento interno;
· XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
· XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
· XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. 
IMPORTANTE: Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
DEPUTADOS E DOS SENADORES - LEGISLATIVO
Inviolabilidade: Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (imunidade material)
Julgamento perante o STF desde a expedição de diploma: § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (prerrogativa de foro)
Não cabe prisão, salvo em flagrante delito: § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. 
Crime após a diplomação: § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (imunidade formal quanto ao processo criminal) 
Sustação em 45 dias, e suspende a prescrição:§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (processos que já estavam em andamento antes da diplomação não podem ser suspensos) 
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 
Deputados e Senadores não poderão (art. 54):
I - Proibições desde a expedição do diploma:
· firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
· aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
II - Proibições desde a posse:
· ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
· ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
· patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";
· ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Perderá o mandato o Deputado ou Senador (art.55):
· I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
· II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
· III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
· IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
· V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
· VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva

Continue navegando