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Prévia do material em texto

Prof. Me. Adilson Oliveira
Estudos Disciplinares
Formação Específica
 O Modernismo nos Estados Unidos apresenta características semelhantes às desse período 
das artes e da literatura em várias regiões do mundo. Essa escola foi influenciada pelas 
vanguardas artísticas europeias, como o Dadaísmo, o Futurismo e o Surrealismo. Todavia, 
no que compete à literatura estadunidense, é possível verificar não somente influências de 
movimentos externos, mas também a personalização da escrita moderna.
Disponível em http://www.letraslivres.no.comunidades.net. Acesso em: 03 jul. 2014 (com adaptações).
Sobre o Modernismo nos Estados Unidos, avalie as afirmativas a seguir.
I. Os aspectos convencionais e acadêmicos e a norma padrão 
foram eliminados dos textos como forma de protesto contra 
o domínio europeu na literatura.
Questão 1
II. O uso do fluxo de consciência foi incorporado como forma de rompimento com o 
tradicionalismo literário, por mão da livre expressão de sentimentos 
das personagens.
III. A grosseria e a vulgaridade foram eliminadas como temas, com o objetivo de se adequar 
essa literatura aos padrões acadêmicos.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III. 
Questão 1
 O Modernismo – movimento artístico que começou, no Brasil, no início do século XX: ruptura 
com as tradições, as convenções e as perspectivas do pensamento e da produção artística 
vigentes até então. 
 Tendências surgidas na virada do século XIX para o XX eram reflexo de uma crise de valores 
na sociedade e nas artes, contra o historicismo e convencionalismo do modelo artístico 
acadêmico que vinha predominando desde fins do século XVIII, contra os regionalismos e 
nacionalismos que já não faziam sentido em uma era internacionalista de acelerado 
progresso tecnológico e que suscitava grandes sonhos de progresso cultural e social.
Modernismo
 Momento histórico: questionados os valores da religião, do Estado, do comportamento 
burguês e da forma tradicional de se fazer arte, que refletiam uma cultura conservadora 
e já decadente. 
 Havia uma atmosfera geral de intensa agitação, de comoção social, o que abalava 
seriamente um universo cultural que estava à beira de um colapso.
Modernismo
 O Modernismo surgiu na Europa e, posteriormente, propagou-se pelos Estados Unidos nos 
primeiros anos do século XX. 
 Nos Estados Unidos, o movimento apresenta características semelhantes às que teve 
também em outras regiões do mundo. No entanto, no campo literário, é possível notar que, 
nos Estados Unidos, o Modernismo também é resultado dos anseios do povo estadunidense, 
com temáticas voltadas à guerra e à vida do pós-guerra, retratando o povo americano como 
lutador e guerreiro.
Modernismo
 Exposição (1913) em Nova Iorque: Armory Show, organizada pela Association of American 
Painters and Sculptors. Essa exposição mostrou a arte moderna internacional ao grande 
público, acostumado a manifestações artísticas mais “academicistas”. Houve grande 
repercussão da exposição na cidade de Nova Iorque e, depois, também nacionalmente.
Marco inicial nos Estados Unidos
Fonte: https://www.newsweek.com/2013/09/27/armory-show-100-how-1913-exhibit-
changed-art-world-badge-art-238034.html. Acesso em: 7 fev. 2020.
 Outro fato importante: Primeira Guerra Mundial. Longe do terror que se abateu sobre a 
Europa e com uma economia impulsionada fortemente pela indústria, os Estados Unidos 
saíram fortalecidos da guerra, fato que originou um sentimento de otimismo e autoconfiança, 
com a arte tratando de garantir certa autonomia cultural com relação à Europa.
Marco inicial nos Estados Unidos
 Grande liberdade de expressão, provavelmente a maior conquista dos modernistas. 
 Ruptura com os cânones clássicos de fazer arte, como o uso de métrica e rima na poesia, 
por exemplo, demonstra uma nova forma de pensar a criação artística. 
 Valorização do cotidiano, do prosaico, do grosseiro e do vulgar, o que remeteu as obras a 
assuntos nunca abordados até então. E todo esse processo teve como base um fundo 
antiacademicista. 
 A linguagem modernista, diferentemente das linguagens de 
outras estéticas artísticas/literárias, passou a ser espontânea e 
coloquial, com palavras comuns e até erros gramaticais. 
Características
 O fluxo da consciência, embora presente em obras de outras escolas literárias, é muito 
usado em obras do movimento modernista, como, por exemplo, “A hora da estrela”, de 
Clarice Lispector, e “Ulisses”, de James Joyce. Ele foi incorporado como forma de 
rompimento com o tradicionalismo literário, por meio da livre expressão de sentimentos das 
personagens, é uma espécie de monólogo interior, ou seja, a crítica da mente da 
personagem que se funde com a mente do narrador.
Características
Fontes: 
https://guiadoestudante.abril.com.br/est
udo/a-hora-da-estrela-analise-da-obra-
de-clarice-lispector/ e 
https://www.jornalopcao.com.br/colunas
-e-blogs/imprensa/portugal-ganha-
segunda-traducao-de-ulysses-de-
james-joyce-editor-avalia-versao-como-
superior-brasileiras-1378/. Acesso em: 
7 fev. 2020.
I – Afirmativa incorreta.
 O movimento modernista traz diversas inovações. No entanto, as diferenças da literatura 
norte-americana do período com relação à produção europeia se dão muito mais pelas 
diferentes circunstâncias sócio-históricas do que por alguma forma de protesto com relação 
ao domínio europeu na literatura. É preciso recordar que, enquanto a Europa era tomada por 
um sentimento de terror pós Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos saem fortalecidos e 
vivem um clima de otimismo, o que se reflete diretamente nas produções literárias dos dois 
lados do Atlântico. 
Análise das afirmativas da questão
II – Afirmativa correta.
 O uso do fluxo de consciência foi incorporado como forma de rompimento com o 
tradicionalismo literário, por meio da livre expressão de sentimentos das personagens. 
Análise das afirmativas da questão
III – Afirmativa incorreta.
 A grosseria e a vulgaridade não foram eliminadas como temas. Além disso, trata-se de uma 
estética literária marcada pela ruptura com os padrões acadêmicos, não pela adequação 
a eles. 
 Resposta: B
Análise das afirmativas da questão
INTERVALO
Questão 2
Disponível em: https://www.ufmg.br. Acesso em: 28 jul. 2014.
TEXTO 1
Questão 2
TEXTO 2
 A própria produção literária atual encaminha-se na direção de uma fusão com vários 
segmentos culturais, de que a chamada cultura de massa, tradicionalmente discutida em
sua diferença negativa, constitui tão somente um dos aspectos de negociação em bases 
renovadas. A defesa exclusiva da literatura clássica e da herança nacional, um casamento 
expresso e legitimado pela construção e manutenção de repertórios recheados de um saber 
cultural canônico, no entanto, parece tão problemática quanto a sua rejeição global. Hoje 
circulam e prevalecem formas culturais mistas, e até os textos canônicos são relidos como 
pontos de cruzamento de discursos amplos, que transcendem as fronteiras tradicionais da 
esfera do literário e do horizonte de pertencimento a espaços nacionais linguística
e geograficamente circunscritos.
OLINTO, H. K. Literatura/cultura/ficções reais. In: OLINTO, H. K.; SCHØLLHAMMER, K. E. Literatura e 
cultura. Rio de Janeiro: EPUC, 2008, p. 75 (com adaptações).
Considerando a imagem e a citação, pode-se afirmar que a relação entre manifestações 
literárias contemporâneas e cultura formadora da identidade nacional:
a) reelabora os valores culturais. Assim, a diversidade é transformada em unidade, à 
semelhança do que se observa na imagem.
b) apresenta começo e fim determinados. Assim, a imagem aponta diversidades culturais que 
existiram por um período preestabelecido.
c) desenvolve a diversidade cultural, à semelhança do que aponta a imagem, mas não 
transcende os valores canônicos tradicionais da esfera do literário.d) estabelece a fusão entre diversos valores culturais. 
Os elementos apresentados na imagem são mais 
ou menos destacados, dependendo da literatura
em que são referenciados.
e) torna a literatura contemporânea um modismo a partir dos 
cânones exclusivos das literaturas clássicas. Assim, 
contrapõe-se à imagem que aponta para diversos elementos 
culturais não canônicos.
Questão 2
De acordo com Olinto (2008), no texto 2 fornecido no enunciado, a
produção literária atual encaminha-se na direção de uma fusão com vários segmentos 
culturais, de que a chamada cultura de massa, tradicionalmente discutida em sua diferença 
negativa, constitui tão somente um dos aspectos de negociação em bases renovadas. A defesa 
exclusiva da literatura clássica e da herança nacional (....) parece tão problemática quanto a 
sua rejeição global. Hoje circulam e prevalecem formas culturais mistas (...) que transcendem 
as fronteiras tradicionais da esfera do literário e do horizonte de pertencimento a espaços 
nacionais linguística e geograficamente circunscritos.
Relação entre manifestações literárias contemporâneas e literatura
 Vemos que o autor introduz seu pensamento dizendo que as manifestações literárias da 
atualidade tendem a expressar a fusão entre valores culturais distintos. 
 No caso do Brasil, tal diversidade de segmentos culturais
pode ser representada, pictoricamente, na imagem do
texto 1 que inicia a questão.
Relação entre manifestações literárias contemporâneas e literatura
Disponível em: https://www.ufmg.br. Acesso em: 28 jul. 2014.
TEXTO 1
Na imagem apresentada na questão, vemos tipos faciais de grupos étnicos que compuseram 
nossa miscigenação e, também, observamos variedades de expressões folclóricas típicas e 
particulares de determinadas regiões do país:
 o “bumba meu boi” (dança com origem em tradições africanas, indígenas e europeias e 
bastante comum, sobretudo, no Norte e no Nordeste); 
 a “chula” (dança praticada no Sul, na qual uma lança é colocada no chão e, em um desafio, 
vence quem realizar a coreografia mais complexa em torno do objeto).
Relação entre manifestações literárias contemporâneas e literatura
 Esses e inúmeros outros elementos que encerram referências e repertórios culturais próprios 
de segmentos específicos são amalgamados e relidos pela literatura, que os transforma em 
signos estéticos e os destaca, de modo mais ou menos acentuado, em suas produções.
Literatura e elementos culturais
A literatura, como toda arte e como a arte da palavra em particular, por meio da língua, parte 
de elementos da realidade e de objetos culturais, retira-os do seu lócus habitual, transfigura-os 
e recria-os. Esse processo de reelaboração intrínseco à arte literária não visa à unicidade da 
diversidade. Como dito por Candido (1972):
a arte, e portanto a literatura, é uma transposição do real para o ilusório por meio de uma 
estilização formal da linguagem, que propõe um tipo arbitrário de ordem para as coisas, os 
seres, os sentimentos. Nela, se combinam um elemento de vinculação à realidade natural ou 
social, e um elemento de manipulação técnica, indispensável à sua configuração, e implicando 
uma atitude de gratuidade.
Literatura e elementos culturais
Em relação à análise crítica da transformação da diversidade em unidade, 
segundo Olinto (2008):
 releitura e/ou dissolução de tradições nacionais de caráter exclusivista transformou-se, 
então, em mais um motivo de suspeita diante de uma nova homogeneização nas 
ciências humanas. 
Diversidade/Unidade
 Além do mais, os contínuos processos de inovação e transformação em todas as partes do 
mundo, hoje percebidos e assimilados com mais rapidez, estimularam deslocamentos 
teóricos, rearticulações, novas fundamentações e reflexões críticas sobre a própria tradição, 
no cenário ampliado das discussões internacionais sobre procedimentos e 
estratégias científicas. 
 Em sintonia com essa situação alterada, observamos hoje uma 
tendência geral a pluralizar as fontes e a aceitar com mais 
benevolência, e até com simpatia, a concorrência da mídia, por 
exemplo, dois fatos que, naturalmente, tiveram e terão efeitos 
significativos sobre os cânones tradicionalmente privilegiados 
e, também, sobre os cânones nacionais (e nacionalistas) 
da literatura.
Literatura e pluralidade
 Nesse sentido, o antigo confronto entre a chamada “literatura de massa” e a chamada 
“literatura erudita” é repensado e revisto e, em uma nova visão de relacionamento entre 
produções literárias contemporâneas e cultura, transcendem-se as normas estabelecidas 
pelos valores e padrões canônicos na esfera do literário.
Literatura de massa e literatura erudita
 O surgimento dos meios de reprodução técnico-industriais (jornal, foto e cinema, por 
exemplo) e dos meios eletrônicos de difusão (rádio e televisão) também corrobora para a 
dissolução da polaridade entre o popular e o erudito e para o prevalecimento de formas 
mistas resultantes, segundo Santaella (2010), de “cruzamentos culturais em que o tradicional 
e o moderno, o artesanal e o industrial mesclam-se em tecidos híbridos e voláteis próprios 
das culturas urbanas”.
Dissolução do popular e do erudito
A – Alternativa incorreta.
 A imagem não mostra unidade, mas destaca a diversidade de formação do povo brasileiro e 
a variedade das manifestações culturais da nação. O conceito de unicidade implicaria 
controle de significados do texto literário e noção monolítica de expressão estética. Esse 
conceito é refutado pelas novas críticas. 
B – Alternativa incorreta.
 As concepções de cultura e de literatura variam conforme o 
tempo e as sociedades. As narrativas literárias são entendidas 
de formas diferentes de acordo com cada cultura e, mesmo em 
uma cultura, o significado de literatura não é estável. 
Análise das alternativas da questão 
C – Alternativa incorreta.
 Na alternativa, nega-se a transcendência da literatura canônica. Na verdade, as narrativas 
atuais transcendem os valores canônicos. 
D – Alternativa correta. 
 A literatura faz parte das manifestações culturais de uma sociedade e, na 
contemporaneidade, a cultura converge outras culturas, manipula o sistema digital de 
comunicação e conta com a participação das pessoas. A literatura, então, funde culturas.
E – Alternativa incorreta. 
 Considerar as obras literárias atuais como “modismo” é 
corroborar uma visão tradicional de cultura, dividida em cultura 
de massa, erudita e popular, para a qual a cultura erudita é 
superior às outras. 
Análise das alternativas da questão
INTERVALO
Com relação às estéticas literárias brasileiras, avalie as afirmações a seguir.
I. A mimese da natureza no Arcadismo é fiel e objetiva, o que caracteriza a busca de 
realismo absoluto.
II. A objetividade é um dos aspectos relevantes da estética realista, que, portanto, rejeita o 
subjetivismo vindo do Romantismo ou do Arcadismo.
III. O cientificismo europeu adotado no Realismo foi o responsável por findar com todo o 
êxtase do culto à natureza presente no Romantismo, visto que os escritores daquela 
estética preferiam o ambiente urbano.
IV. A noção de natureza romântica é símile à noção árcade: 
a perfeição e a tranquilidade de um locus amoenus (local 
ameno), em referência, quase sempre, a ambiente bucólico
e pastoril, com o objetivo de amenizar a realidade.
Questão 3
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I,III e IV.
e) II,III e IV.
Questão 3
 As produções literárias são tradicionalmente agrupadas em escolas, de acordo com 
características temáticas e estéticas, inseridas em determinado contexto. Como produção 
simbólica, a literatura não pode ser dissociada das condições históricas em que é produzida. 
Escolas literárias no Brasil
Fonte: Adaptado de: 
https://maisumapagina.com/as-escolas-
literarias/. Acesso em> 7 fev. 2020.
Era Colonial Era Nacional
Quinhentismo
1500-1601
Barroco1601-1768
Arcadismo
1768-1808
Romantismo
1836-1881
Realismo
Naturalismo
Parnasianismo
1881-1893
Simbolismo
1893-1910
Modernismo
1922-1950
Pós-modernismo
1950-hoje
Pré-modernismo
1910-1922
Escolas
literárias
Período de transição
1808-1836
 No Brasil, nos anos de 1500, a produção literária foi dominada por textos informativos, como 
a carta de Pero Vaz de Caminha, e pela produção jesuítica, especialmente de José de 
Anchieta. A literatura brasileira começou a ser formada à medida que a vida na colônia foi se 
estruturando. Para Antonio Candido (2010), nos anos iniciais da colonização, só observamos 
no Brasil manifestações literárias, sem um corpo definido para ser considerado um sistema. 
Somente na segunda metade do século XVIII aparecem indícios da literatura como fato 
cultural configurado. 
Escolas literárias no Brasil
 O Arcadismo, também chamado de Neoclassicismo, surgiu no século XVIII, conhecido como 
Século das Luzes, sob a influência do Iluminismo. Em oposição ao conflito do Barroco, o 
Arcadismo valorizava o equilíbrio das formas e das emoções e buscava inspiração nas obras 
renascentistas e na tradição clássica (greco-romana). 
 Segundo Bosi (2006), o Arcadismo no Brasil pode ser analisado em dois momentos. No 
primeiro, o objetivo é essencialmente poético, com a valorização da natureza e com a 
presença de figuras da mitologia. No segundo, aparece o teor ideológico, com a crítica da 
nascente burguesia aos abusos da Igreja e da metrópole.
Arcadismo
 Bucolismo: os refúgios calmos, com a natureza tranquila, são cenários comuns na poesia 
árcade. Os poetas autointitulavam-se pastores e exaltavam a vida simples e equilibrada, 
próxima da natureza e longe das cidades (fugere urbem).
 Uso de pseudônimos: o fingimento poético era marcado pelo uso de pseudônimos pastoris.
 Ideal do Carpe diem: a expressão latina, que significa “aproveite o dia”, era um lema 
dos árcades.
Marcas do Arcadismo
 Em Portugal, destacou-se o poeta Bocage. 
 No Brasil, são importantes os nomes de Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, 
Basílio da Gama e Santa Rita Durão.
Arcadismo
 O Romantismo é um movimento artístico do final do século XVII e do início do século XIX, 
contexto em que a burguesia se consolidava socialmente, o operariado crescia e a nobreza 
já se encontrava decadente. 
 O Romantismo expressa os sentimentos dos descontentes com as novas estruturas, por isso 
as atitudes saudosistas ou reivindicatórias pontuam todo o movimento.
Romantismo
 valorização do indivíduo;
 sentimentalismo exacerbado;
 presença do amor idealizado;
 evasão no tempo e no espaço;
 culto ao nacionalismo e ao passado;
 presença da natureza no compartilhamento das emoções.
Características do Romantismo
No Brasil, aponta-se como início oficial do Romantismo a obra “Suspiros Poéticos e Saudades”, 
de Gonçalves de Magalhães, publicada em 1836. Identificam-se, na nossa poesia romântica, 
três gerações:
 1ª geração – nacionalismo, valorização da natureza e indianismo. 
 2ª geração – mal do século, também chamado de byronismo ou ultrarromantismo, 
caracterizada pelo sentimentalismo exacerbado, pelo saudosismo e pelo desejo de morte.
 3ª geração – luta social, também conhecida como 
poesia condoreira. 
Gerações do Romantismo
Minha terra tem 
palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui 
gorjeiam,
Não gorjeiam 
como lá.
Nosso céu tem 
mais estrelas,
Nossas várzeas 
têm mais flores,
Nossos bosques 
têm mais vida,
Nossa vida 
mais amores.
Eu deixo a vida 
como deixa o tédio
Do deserto, o poento 
caminheiro,
- Como as horas de 
um longo pesadelo
Que se desfaz ao 
dobre de um sineiro.
Senhor Deus dos 
desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor 
Deus!
Se é loucura... se é 
verdade
Tanto horror perante 
os céus?!
Ó mar, por que não 
apagas
Co'a esponja de tuas 
vagas
De teu manto este 
borrão?...
Astros! noites! 
tempestades!
Rolai das 
imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves
 Na prosa, o Romantismo foi impulsionado pelos folhetins. O nome mais conhecido é o de 
José de Alencar, mas também se destacam Joaquim Manuel de Macedo, Bernardo 
Guimarães e Manuel Antônio de Almeida, cuja obra “Memórias de um sargento de milícias” 
apresenta características diferentes das presentes na estética romântica.
Prosa romântica
 O Realismo, no final do século XIX, procurou representar o modo de vida da época, 
denunciando a hipocrisia da moral burguesa e as desigualdades sociais.
 Deve-se observar que, na época, o cientificismo estava no auge, assim como o pensamento 
positivista e a teoria darwinista. Com esse olhar analítico e racional, o escritor realista busca 
a representação impessoal da realidade, explicando ou revelando costumes, conflitos 
humanos, relações sociais e crises institucionais.
 Machado de Assis é o principal escritor realista brasileiro.
Realismo
 Objetivismo: o escritor mantém uma relação impessoal com o objeto a ser representado.
 Descrições objetivas: o detalhamento de cenários e personagens contribui para a construção 
da referencialidade.
 Subordinação dos sentimentos aos interesses materiais: o amor e os afetos são dominados 
pelas questões sociais e financeiras.
 Presença do herói problemático: os protagonistas realistas apresentam defeitos e fraquezas.
Características do Realismo
 Visão determinista: por questões biológicas ou sociais, os personagens têm um destino 
traçado, do qual não conseguem fugir.
 Não idealização da mulher: no Realismo, a mulher não apresenta a imagem ideal romântica.
Características do Realismo
I – Afirmativa incorreta.
 O Arcadismo não tem a intenção de representar a natureza de forma realista. A natureza 
aparece na descrição de um estilo de vida simples, bucólico e feliz.
II – Afirmativa correta.
 O Realismo valoriza a objetividade, em oposição ao subjetivismo romântico, e pretende 
representar fielmente a realidade.
Análise das afirmativas da questão
III – Afirmativa correta.
 Predomina, no Realismo, a representação da sociedade urbana.
IV – Afirmativa incorreta.
 A noção de natureza romântica difere da noção de natureza árcade, pois expressa os 
sentimentos do eu lírico. 
 Alternativa correta: C.
Análise das afirmativas da questão
INTERVALO
Questão 4
 Na literatura de cordel, o texto narrativo funciona como um recurso de sociabilização dos 
"causos" populares contados através da oralidade e transcritos, com engenhosidade 
artesanal, pelos "poetas do povo", os quais procuram evidenciar situações que levam tanto à 
reflexão quanto ao riso, transformando a mentalidade das pessoas e tornando-as mais 
humanas. O texto a seguir ratifica essa ideia.
O poeta é um repórter
De pensamento ligado
Ouvindo o que o povo diz
Fazendo o todo apanhado
E sai contando na rua
Tudo quanto foi passado.
(SILVA, M. C. Manoel Caboclo. São Paulo: Hedra, 2000).
Questão 4
A respeito da literatura de cordel e do poema de Manuel Caboclo, analise as afirmações que 
seguem:
I. No texto de literatura de cordel é estabelecida uma relação entre manifestação literária e 
manifestação cultural.
PORQUE
II. As situações narradas são capazes de tornar os sujeitos mais lúdicos.
A respeito dessas afirmativas, assinale a alternativa correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não 
justifica a I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma 
proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma 
proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
 O cordel é uma manifestação da cultura popular característica da região Nordeste, que 
chegou ao Brasil por meio dos colonizadores portugueses. Sua origem remonta às tradições 
medievais na Península Ibérica. 
Literatura de cordel
Fonte: https://www.todamateria.com.br/literatura-de-cordel/.Acesso em: 7 fev. 2020.
 Trata-se de composições em versos com estrutura narrativa, construídas de acordo com 
base em um vasto repertório de formas poéticas fixas, que delimitam a quantidade de sílabas 
poéticas, de versos e a disposição das rimas na estrofe. São também denominadas de 
“folhetos”. A nomenclatura “de cordel” deve-se ao fato de os pequenos livros ficarem 
pendurados em cordas nas feiras populares.
Literatura de cordel
Diniz (2012), metalinguisticamente, usa o próprio gênero para defini-lo, como se vê a seguir.
Literatura de cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita para ler ou cantar 
(...)
O cordel é uma expressão
Da autêntica poesia
Do povo da minha terra
Que luta para que um dia
Acabem a fome e a miséria,
Haja paz e harmonia.
Literatura de cordel
 O cordel é herdeiro da tradição oral e guarda suas marcas. Essa literatura, especialmente 
comum nas pequenas cidades, reproduz histórias preservadas pela memória coletiva e 
transmitidas oralmente entre os moradores. 
 O poeta de cordel aproxima-se, em certa medida, do narrador tradicional, apontado por 
Benjamin (1994), pois retira da experiência o que narra, e os fatos narrados são 
incorporados à experiência dos ouvintes leitores.
Literatura de cordel
 As narrações de cordel também se aproximam do gênero épico quando abordam grandes 
feitos, como os de Lampião e de Padre Cícero, figuras míticas na história e no 
imaginário regional. 
Literatura de cordel
Fonte: 
<https://www.pintere
st.at/pin/690458186
593139601/> e 
<https://www.pintere
st.de/pin/554787247
837785366/>. 
Acesso em: 7 fev. 
2020.
Autor desconhecido
Ato I
No coração do nordeste
Num abençoado lugar
Fenômenos se sucederam
Foram coisas de espantar
A mão de Deus se moveu
No sertão do Ceará.
Cordel em homenagem a Padre Cícero (Ciço)
Rouxinol do Rinaré & Klévisson Viana
Nosso Deus onipotente
Traga-me a luz infinita
Para buscar na memória
Minha pena precipita
Pra falar de Lampião
Com sua Maria Bonita.
De modo particular
Meu gênio poético quis
Nestes versos revelar
A sina um tanto infeliz
Do bravo cabra da peste
Aqui do nosso País...
Cordel em homenagem a Lampião
I – Asserção correta.
 A literatura de cordel, além de ser considerada uma manifestação da cultura nordestina, 
expressa outros aspectos culturais em suas narrativas.
II – Asserção correta.
 As narrativas da literatura de cordel apresentam componente lúdico e muitas vezes 
provocam, no público, a reflexão pelo riso.
Análise das asserções da questão
 O fato de as narrativas serem capazes de tornar os leitores mais lúdicos não é uma causa 
para que haja relação entre a manifestação literária e a manifestação cultural.
 Alternativa correta: B.
Análise das asserções da questão
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 
São Paulo: Brasiliense, 1994.
BOSI, A. História concisa da Literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006.
CANDIDO, A. Iniciação à literatura brasileira. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2010.
CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. 24 (9): 803-809, set, 
1972.
DINIZ, F. O que é Literatura de Cordel? Disponível em: http://literaturadecordel.vila.bol.com.br. 
Acesso em 27 ago. 2012.
SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. 4. ed. 
São Paulo: Paulus, 2010.
Referências
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