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pequena amostra do que os 
alunos do Aprovação têm 
acesso.
Aproveite!
O que você verá:
Inglês: verbos, adjetivos e preposição
PPortuguês: Interpretação de texto, Orações Subordinadas e 
verbos
Matemática: funções afim, logarítimos e polinômios; retas, 
triângulos, estatística, analise combinatória, equações trigo-
nométricas.
FÍSICA: leis de newton, hidrostática, movimento uniforme, 
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17
CAPÍTULO 2
Usamos o Presente simples para descrevermos fa-
tos em geral, que são sempre verdadeiros e perma-
nentes no mundo. Falamos também sobre hábitos e 
rotinas.
Ex.: The best voted president wins the election.
(O presidente mais votado ganha a eleição)
She always has lunch at noon.
(Ela sempre almoça meio-dia.)
• Fatos e verdade gerais.
Usamos o presente simples para falarmos sobre fa-
tos que são sempre verdade ou permanente.
Ex.: Ten times ten makes one hundred. (10 x 10 
= 100)
(Dez vezes dez resulta em Cem.)
There is always a holiday on the last Monday in 
August in the UK.
(Sempre há um feriado na última segunda-feira de 
Agosto no Reino Unido.)
• Eventos habituais
Usamos o presente simples para falarmos de even-
tos habituais, geralmente utilizados os advérbios 
Always(sempre), sometimes (às vezes), often (fre-
quentemente), usually (geralmente), never (nunca).
Ex.: He always watches TV before breakfast.
(Ele sempre assiste TV antes do café da manhã.)
I often walk my dog in the park near mey house.
(Eu frequentemente caminho com meu cachorro 
no parque próximo a minha casa.)
• Instruções e direções.
O presente simples também é utilizado para pro-
ver instruções e direções.
Ex.: A: Excuse me. How can I get to the library 
from here?
(Com licença. Como eu posso chegar na bibliote-
ca daqui?)
B: You take the bus into the city and then you 
walk for 2 minutes until you see the train station.
(Você pega o ônibus para a cidade e então você 
caminha por 2 minutos até ver a estação de trem.)
So you need to heat all the ingredients in a pan 
and wait for 10 minutes until...
(Então você precisa aquecer todos os ingredientes 
em uma panela e esperar por 10 minutos até…)
A estrutura deste tempo verbal é formada por:
Afirmativo Negativo Interrogativo
I work I don’t work Do I work ?
You work You don’t work Do you work ?
He works He don’t work Does he work ?
She works She don’t work Does she work ?
It works It don’t work Does it work ?
We work We don’t work Do we work?
You work You don’t work Do you work ?
They work They don’t work Do they work?
• Verbos regulares adicionando – S (Regra para 3ª 
pessoa do singular.)
Para verbos regulares, em geral, para formarmos 
o presente simples é necessário adicionar – s ao final 
do verbo principal apenas para flexão de 3ª pessoa do 
singular (He/she/it)
Ex.: She likes to read her book at lunch time.
(Ela gosta de ler seu livro na hora do almoço.)
He always visits his family at the end of the year.
(Ele sempre visita sua família no final do ano.)
Simple Present (Presente simples)
CAPÍTULO 2 | SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES)
INGLÊS18
• Verbos regulares adicionando -IES.
Para verbos terminados em consoante + y, é neces-
sário retirar o -Y e acrescentar o – IES.
Ex.: The dog always tries to break the fence when 
it sees the postman.
(O cachorro sempre tenta quebrar a cerca quando 
ele vê o carteiro.)
The baby cries when he’s hungry.
(O bebê chora quando está com fome.)
• Para verbos terminados com -o, -s, -ss, -x, -z, – sh, 
-ch é necessário acrescentar – ES
Ex.: He goes to work by subway.
(Ele vai para o trabalho de metrô.)
The time passes fast in summer.
(O tempo passa rápido no verão.)
* Verbo ‘To have”..
no presente simples, na 3ª pessoa, o verbo “Have” 
não segue as regras de flexão acima. Ex.: She has an 
appointment tomorrow at 3 p.m.
(Ela tem um compromisso amanhã às 3 da tarde.)
He has big black eyes.
(Ele tem grandes olhos pretos.)
VERB TO BE – PRESENT TENSE 
(VERBO SER/ESTAR)
O verbo “to be” é um verbo irregular, que expressa 
o significado de “ser” ou “estar”.
Deste modo, podemos encontrar orações como “ I 
am a student” (Eu sou um aluno) e “He is home right 
now” (ele está em casa agora.)
Pronoun Verb to Be – Afirmativo
Verb to Be – 
Negativo
Verb to Be – 
Interrogativo
I am am not / ‘m not am I ..?
You are are not/ aren’t are you...?
He is Is not /isn’t Is he...?
She is Is not /isn’t Is she...?
It are Is not /isn’t Is it...?
We are are not/ aren’t are we...?
You are are not/ aren’t are you...?
They are are not/ aren’t are they...?
O verbo “to be” pode exercer a função de verbo 
principal de uma oração, ou de verbo auxiliar. Como 
nos exemplos abaixo:
– Como verbo principal.
She is a famous doctor.
(Ela é uma médica famosa)
– Como verbo auxiliar
They are planning to go to new York on their next 
vacation.
(Eles estão planejando ir a nova York nas próxi-
mas férias.)
Present Continuous tense / Present Progressive tense
Present Continuous é o tempo verbal que possibi-
lita descrever ações que estão ocorrendo no momento 
da fala, ações temporárias, eventos temporários repe-
tidos, mudanças e ações futuras planejadas.
A estrutura deste tempo verbal é formada por:
SUJEITO + VERBO TO BE (WAS/WERE) + 
GERÚnDIO DO VERBO PRInCIPAl.
Afirmativo Negativo Interrogativo
I am working I am not / ‘m not working Am I working ?
You are working You are not/ aren’t working Are you working ?
He is working He is not /isn’t working Is he working ?
She is working She is not /isn’t working Is she working ?
It is working It is not /isn’t working Is it working ?
We are working We are not/ aren’t working Are we working?
You are working You are not/ aren’t working Are you working ?
They are working They are not/ aren’t working Are they working?
• Eventos que estão ocorrendo no momento da 
fala:
Usamos o Present Continuous para descrever pro-
cessos que estão em progresso no momento da fala.
Ex.: He is calling her mother, but she isn’t answe-
ring.
(Ele está ligando para sua mãe, mas ela não está 
atendendo).
SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES) | CAPÍTULO 2
INGLÊS 19
The dog is barking at that strange man.
(O cachorro está latindo para aquele homem es-
tranho)
• Eventos temporários:
Usamos o Present Continuous para descrever 
eventos temporários.
Ex.: He is living with his mother during his vaca-
tion time.
(Ele está morando com sua mãe durante suas fé-
rias)
They are waiting for the bus while it doesn’t come.
(Eles estão esperando pelo ônibus enquanto ele 
não vem.)
• Mudanças graduais
Usamos o Present Continuous para descrever mu-
danças graduais.
Ex.: Maria, 37, is getting better and doctors are 
optimistic she will make a full recovery.
(Maria, 37, está melhorando e os médicos estão 
otimistas de que ela fará uma recuperação completa.)
• Planos futuros
Usamos o Present Continuous para nos referir ao 
futuro quando descrevemos a planos e arranjos que 
estão próximos a acontecer.
Ex.: We are traveling to london in november.
(nós estamos viajando para londres em novem-
bro.)
They are moving to a new house this week.
(Eles estão mudando para uma nova casa essa se-
mana.)
• Com os advérbios “always, forever, constantly” 
o uso de presente continuous descreve e reforça 
ações repetidas:
Ex.: Harry and Sally are always arguing! (Harry e 
Sally estão sempre discutindo!)
– Regras
• Para verbos em geral, é necessário acrescentar 
somente o – ING.
Enjoy = enjoyinglisten = listening
• Quando o verbo terminar em “ie” muda-se “ie” 
por “y” e acrescenta-se – ING.
lie = lying
Die = dying
• Quando o verbos de apenas uma sílaba é 
formado por consoante + vogal + consoante 
(exceto verbos terminados em “x”, “y”, “w”.), ou 
palavras com mais de uma sílaba, com a última 
sílaba tônica, dobra-se a consoante final.
Get = getting
Put = putting
Commit = committing
Prefer = preferring
• Quando o verbo terminar em “e”, retira-se o “e” 
e acrescenta-se o -ING.
like = liking
Come = coming
EXERCÍCIOS
1. Mark the right option to fill in the blanks in the 
cartoon, respectively.
a) amazes – spend
b) amazed – spend
c) amazed – spends
d) amazes – spends
e) amazed – spent
CAPÍTULO 2 | SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES)
INGLÊS20
2. Read the text to answer question.
The sentence “Grounding means that they are 
not allowed to go out, after school or on we-
ekends, for a certain period of time”, in bold in 
the text, is in the:
a) Simple Past
b) Future Perfect
c) Simple Present
d) Present Perfect
3.
Helpinq at a hospital
Every year many young peopie finish school and 
then take a year off before they start work or go 
to college. Some of them go to other countries 
and work as volunteers. Volunteers give their 
time to help people. For example, they work in 
schools or hospitais, orthey help with conserva-
tion.
Mike Coleman is 19 and______________in 
Omaha, Nebraska, in the United States. He wants 
to become a teacher but now he ______________ 
in Namibia. He’s working in a hospital near Kati-
ma Mulilo. He says, “ I’m working with the doc-
tors and nurses here to help sick peopie. I’m not 
a doctor but I can do a lot of things to help. For 
example, I help carry peopie who can’t walk. So-
metimes I go to villages in the mobile hospital, 
too. There aren’t many doctors here so they need 
help from peopie like me. I don’t get any money, 
but that’s OK, l’m not here for the money.”
“I’m staying here for two months, and I’m living 
in a small house with five other volunteers. The 
work is hard and the days are long, but I’m en-
joying my life here. I’m learning a lot about life 
in Southern África and about myself! When I fi-
nish the two months’ work, I want to travel in and 
around Namibia for three weeks. For example, I 
want to see the animals in the Okavango Delta 
in Botswana.”
http://vyre-legacy-access.cambridge.org
a) is living / leaves
b) lives / is living
c) is living / lives
d) leaves / is living
e) leaves / is leaving
4. ESPecx Which option completes the sentence 
“She __________ early” correctly?
a) getting usually up
b) usually gets up
c) gets usually up
d) gets up usually
5. Choose the correct option to complete the 
dialogue.
A – Where __________ you from?
B – __________ from Australia, from Darwin.
A – Where`s Darwin? _________ it near 
Sydney?
B – No, it ________. It`s in the north.
A – _________ it nice?
B – Yes, it ________. It`s beautiful.
a) do – It`s – Are – are – Is – is
b) are – I`m – Is – isn`t – Is – is
c) am – I´m – Are – aren`t – Is – is
d) are – You`re – Is – Is – isn`t – is
6. Read the text and answer question.
Sam’s adventure
It’s a very hot Texas night; 35ºC! Sam can’t sleep. 
He’s hot and he’s hungry. He goes to the kitchen. 
He cooks some fried bananas. But he forgets to 
turn off the gas. He leaves the kitchen and goes 
to the pool. His parents are asleep; they don’t 
know about his adventure
He’s in the water-alone!
Mmm, It’s cool! Suddenly he gets cramp in his 
legs and he can’t swim. He looks at the house 
and it’s on fire. Sam’s parents are in there and he 
must help them. He is desperate.
The underlined words in the text are
SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES) | CAPÍTULO 2
INGLÊS 21
a) adjectives.
b) countable nouns.
c) verbs in the simple present tense.
d) verbs in the present continuous tense.
7. Mark the correct option to complete the sen-
tence below.
I’ve just finished reading a short story called 
“Dangerous”. It’s about a woman who ______ her 
husband because she doesn’t want to lose him.
a) was killing
b) killed
c) kill
d) is killing
e) kills
8. ____________ dinner at 7 o’clock?
a) Do he always has
b) Does he always have
c) Does he always has
d) Is he always have
9.
“do”, underlined in the extract, is being used
a) for emphasis.
b) as a modal verb.
c) to avoid repetition.
d) as a question word.
10.
The correct verbs to fill in the blanks are, respec-
tively
a) had / kept
b) has / kept
c) have / keeps
d) will have / keep
11.
The correct verb form to fill in the blank is
a) recommend.
b) recommends.
c) recommended.
d) would recommend.
12.
The underlined verbs, in the text, are in the
a) simple past.
b) past perfect.
c) simple present.
d) present perfect.
13.
CAPÍTULO 2 | SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES)
INGLÊS22
The correct verbs to fill in the blanks are, respec-
tively:
a) buy/ make/ give/ clean
b) buy/ clean/ make/ give
c) give/ buy/ clean/ make
d) make/ give/ buy/ clean
14.
Select the alternative that fills in the blank in the 
text.
a) have
b) am
c) are
d) is
15. Which sequence best completes the text below?
Each naval district_______ at least one base from 
which it and its vessels ____ , but, except for Ara-
tu in the 2nd Naval District, most ______ not lar-
ge. Aratu__________ to be the MB’s number two 
dockyard complex outside Guanabara Bay.
(Adapted from http://www.thinkdefence.
co.uk/2013/12/look--brazilian-navy/)
a) has/operates/is/seems
b) has/operate/are/seems
c) have/operate/are/seem
d) have/are operated/are/seem
e) have/are operating/is/seem
16. Which of the alternatives below completes the 
dialogue correctly?
Paul: Do you have to take him home tonight? Ja-
mes: In fact, I (1)______. He is taking a taxi.
a) have
b) don’t
c) do
d) must
e) mustn’t
17
How to Succeed in High School – Studying at 
Home
In order to be successful, set regular study and 
homework hours. Making this part of your routi-
ne creates a positive pattern for success. Create 
a well-lit study area. _______ a CD player if you 
_______ it helps you stay focused. Otherwise, hi-
ghlight the space with yellow and other upbeat 
hues that may help keep your mind fresh.
(Adapted and abridged form http://teenadvice.
about.com).
Which is the correct option to complete the pa-
ragraph below ?
a) Including/find.
b) Including/will find.
c) Include/find.
d) Include/will find.
e) Include/would find.
18. Julie __________ every day.
a) studies.
b) study.
c) studying.
d) student.
19. Assinale a alternativa correta: Why __________ 
go home now?
a) aren’t we
b) didn’t we
c) haven’t we
d) don’t we
e) wouldn’t we
20. Assinale a alternativa correta: He doesn’t 
__________ anymore.
a) smoking
b) no smoking
c) smokes
d) smoked
e) smoke
21. Indicate the alternative that best completes the 
following sentence:
She __________ his proposal, but she __________ 
a decision for a while.
a) considers – doesn’t need to make
b) is considering – doesn’t want to make
c) has considered – had to take
SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES) | CAPÍTULO 2
INGLÊS 23
d) has been considering – is taking
e) considered – needs to take
22. Indicate the alternative that best completes the 
following sentence:
I __________ when __________ that I have to 
study.
a) don’t like – she says
b) never like – she will tell me
c) can’t like – she says
d) mustn’t like – she speaks
e) don’t like it – she tells me
23.
A: How do you like your coffee?
B: __________
a) Only if you’re having one too.
b) Strong, with 2 spoonfuls of sugar, please.
c) Please do. I’m very hungry.
d) Come on now. You can’t be serious.
e) No, thanks. I’m on a diet.
24. When Carlos has a headache, he __________ 
some tea.
a) is drinking
b) drank
c) used to drink
d) drinks
e) would drink
25. Choose the best alternative to answer the ques-
tion below:
What do you do?
a) We are pilots.
b) I’m fine, thanks.
c) I live in New York.
d) We are 20 years old.
26.
An umbrella __________ a very ordinary object. 
It __________ people against the rain and hot 
sun. You can fold most umbrellas, so itis easy 
___________ them. –
Choose the best alternative to complete the 
blanks in the Paragraph:
a) is – puts – to hide
b) was – keeps – to help
c) was – brings – to buy
d) is – protects – to carry
27.
The companies are expanding their business 
and they __________ all the help they can get. 
So they __________ several people.
a) need – are employing
b) are needing – are employing
c) needed – are employing
d) are to need – employed
e) needing – employ
28.
In “... when it hosts the 2014 World Cup and the 
2016 Olympics.” , (lines 11 and 12), the simple 
present was used to express that
a) Brazil hosts the World Cup and Olympics ev-
ery other year.
b) Brazil will certainly host the next World Cup 
and Olympics.
c) Brazil will probably host the World Cup and 
Olympics in 2014 and 2016.
d) it is expected that Brazil will host the World 
Cup and Olympics the following year.
29.
CAPÍTULO 2 | SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES)
INGLÊS24
The words “is making”, underlined in the text, 
form a verb in the __________.
a) simple past
b) future tense
c) simple present
d) present progressive
30. Which is the correct way to complete the para-
graph below?
A change of habits
In recent years, dairy milk alternatives made from 
almonds, soy, cashews and coconuts ______ in 
popularity. Many people consider them more 
nutritious than cow’s milk. Some people _______ 
them because they have a milk allergy or lacto-
se intolerance. Others choose them for environ-
mental reasons or because they want a vegan 
diet. Some just like the taste. Cow’s m ilk______
once one of America’s most iconic beverages. 
But now Americans ______ less of it.
(Adapted from https ://www.nytimes.com)
a) have exploded/bought/was/are drinking
b) have exploded/buy/was/are drinking
c) have exploded/buys/was/drink
d) exploded/buy/is/have drunk
e) exploded/bought/is/drink
31. Complete the sentence with the appropriate 
word.
“Even though it`s _______, I _______ go to the 
beach”
a) snowing/have 
b) windy/don`t
d) sunny/did
32. Choose the option that correctly completes the 
sentences below, respectively. Due to the influ-
ences of the wind and the sea the vessel can 
make different rotating and linear motions: I – 
when the whole ship moves bodily to starboard 
to port, the vessel is and then to port, the ves-
sel is _________________. lI- when her bow is 
pushed to starboard and then to port, the vessel 
is __________________.
a) I- pitching / II- rolling
b) I- surging / II- heaving
c) I- rolling / II- surging
d) I- swaying / II- yawing
e) I- yawing / II- pitching
33.
The verb tense underlined in the text is
a) simple past.
b) simple present.
c) present perfect.
d) present continuous.
34.
Fill in the blanks with the correct verbs, respec-
tively
a) making / making
b) making / doing
c) doing / making
d) doing / doing
SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES) | CAPÍTULO 2
INGLÊS 25
35.
Which alternative is in the progressive tense?
a) After completing his task, he smiled so hap-
pily.
b) Having perfect set of teeth please more 
American fans.
c) Singers with a perfect smile are making con-
sumers more prone to buy their CDs.
d) Being good-looking seems to be strongly as-
sociated with the so-called beauty premium.
36. What is the correct way to complete the sen-
tence below?
According to this article, everybody in costal ci-
ties _____ (1)find a way to escape from the 2012 
tsunamis.
a) are trying to
b) is trying to
c) trying to
d) have tried to
e) have been trying to
GABARITO
1. Resposta: B
Resolução: A terminação -ed possui sentido pas-
sivo e refere-se ao sentimento de alguém por alguma 
coisa ou pessoa. Enquanto o verbo “spend” se refere 
a “Some types”,
2. Resposta: C
3. Resposta: B
Resolução: É utilizado simple present quando fa-
lamos de um fato. Segundo a regra gramatical, acres-
centa-se -S para os pronomes He/She/It.
Já o tempo verbal present continuous é utilizado 
para indicar que algo está acontecendo no momento 
da fala.
4. Resposta: B
Resolução: Usually, no inglês, é um advérbio de 
frequência. Advérbios de frequência geralmente pre-
cedem os verbos. Com exceção do verbo to be.
5. Resposta: B
6. Resposta: C
Resolução: O verbo auxiliar Must sempre infere a 
sentença o sentido do simple present tense.
7. Resposta: E
Resolução: Usa-se simple present para descrever 
ações. Especialmente em histórias.
8. Resposta: B
Resolução: Em sentenças interrogativas, é neces-
sário utilizar o verbo auxiliar “does” para He/She/It. 
Com a presença do verbo auxiliar, o verbo principal 
não deve ser flexionado.
9. Resposta: C
Resolução: Para evitar repetição, o verbo auxiliar 
pode ser utilizado no lugar do verbo principal.
10. Resposta: C
Resolução: Utiliza-se o simple present para sen-
tenças que indicam fatos ou verdades em geral.
11. Resposta: B
Resolução: Usa-se o tempo verbal simple present 
para prover comentários sobre algo, ou para expressar 
fatos e verdades em geral.
CAPÍTULO 2 | SIMPlE PRESEnT (PRESEnTE SIMPlES)
INGLÊS26
12. Resposta: C
13. Resposta: B
14. Resposta: B
15. Resposta: B
16. Resposta: B
17. Resposta: C
18. Resposta: A Resposta: D
Resolução: Usa-se o simple present quando fala-
mos sobre rotinas ou hábitos.
Para He/She/It, em verbos terminados com con-
soante + y, é necessário retirar – y e acrescentar -ies
19. Resposta: D
20. Resposta: E
21. Resposta: B
22. Resposta: A
23. Resposta: B
Resolução: A alternativa B é a única que se aplica 
ao contexto da pergunta.
24. Resposta: D
25. Resposta: A
Resolução: no português, a pergunta “What you 
do you?” significa “O que você?”, que é utilizada para 
perguntar a profissão de alguém. Portanto, a única 
resposta correta é a letra A.
26. Resposta: D
Resolução: A alternativa D é a única coerente com 
a ideia do texto.
27. Resposta: A
28. Resposta: B
Resolução: A alternativa B é a única coerente ao 
contexto do texto.
29. Resposta: D
30. Resposta: B
31. Resposta: C
32. Resposta: D
33. Resposta: D
34. Resposta: B
35. Resposta: C
36. Resposta: B
Resolução: Pronomes indefinidos como everybo-
dy são considerados singulares, por não se tratar de 
uma pessoa em específico. Portanto, a alternativa cor-
reta é a B.
33
CAPÍTULO 4
Na língua inglesa os artigos definidos e indefini-
dos não possuem gêneros definidos.
Os mesmos artigos serão usados para substantivos 
e adjetivos masculinos e femininos.
• Artigos indefinidos.
“a” e “an” são os artigos indefinidos na língua in-
glesa. São usados somente em sentenças no singular, 
possuem o sentido de “um” ou “uma”, o que permite 
ser usado tanto para substantivos masculinos quanto 
femininos sem haver distinção de uso para gênero.
– O artigo “a” antecede substantivos e adjetivos que 
começam por consoantes ou som de consoante.
Ex.: She is a good doctor.
(Ela é uma boa médica.)
This is a dictionary.
(Isto é um dicionário.)
– O artigo “an” antecede substantivos e adjetivos que 
começam por vogal ou som de vogal.
Ex.: He is an engineer.
( Ele é um engenheiro.)
This is an apple.
(Isto é uma maçã.)
– “a” e “an” também são usados para indicar nu-
meral.
Ex.: They called me an hour ago.
(Eles me ligaram há uma hora.)
I did it a hundred times before.
( Eu fiz isso cem vezes antes.)
• Artigos definidos
Na língua inglesa, o artigo “The” é utilizado tanto 
no singular, quanto plural. Para substantivos e adjeti-
vos no feminino e masculino.
No português ele é traduzido como “o”, “a”, “os” 
e “as”.
Ex.: The book (O livros)
The books (Os livros)
The house (A casa)
The houses (As casas)
– No inglês, utilizamos os artigos definidos para coi-
sas específicas.
a) Nomes Geográficos.
Ex.:She has never been to the South Pole
(Ela nunca esteve no Polo Sul.)
b) Nomes compostos de países de que já integram 
o “The” ao seu nome.
Ex.: The United State of America.
(Os Estados Unidos da América.)
c) Instrumentos musicais.
Ex.:She plays the guitar.
(Ela toca violão)
d) Nomes de família.
Ex.: The Simpsons
(Os Simpsons)
e) Numerais ordinais
Ex.: This is the first time I goto the beach.
(Essa é a primeira vez que eu vou à praia.)
EXERCÍCIOS
1. Which of the options completes the text below 
correctly?
I got into________ accident on my bike
If you have experienced ________ crash on your 
Citi Bike and are injured, call 911 immediately. 
You should also call ________ police depart-
ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS
CAPÍTULO 4 | ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS
INGLÊS34
ment w here_________ crash took place and 
file ________ report with __________officer to 
make sure that all important information is do-
cumented.
(Adapted from https://help.citibikenyc.com)
a) an / a / the / the / a / an
b) an / a / – / a / the / an
c) the / the / a / the / the / a
d) a / the / the / a / a / a
e) a / the / a / a / – / a
2. Read and complete the sentence below.
I’m traveling to ,______ United States next mon-
th. I want to see _____ Hawaii and________ Ro-
cky Mountains (depending on_______money 
and________time!).
Mark the option which best completes the blanks 
respectively.
a) the / X / the / X / X
b) X / the / the / the / the
c) X / the / the / X / X
d) the / the / the / the / the
e) X / X / the / the / X
3. Complete the paragraph below, about Scotland, 
with the missing articles.
For many years, Scotland was ___________ poor 
country. But now things are better for most 
people. There is oil and gas in __________sea 
between Scotland and Norway. Edinburgh is 
____________ important place for money, and 
there are big banks there, like the Royal Bank of 
Scotland. Tourists visit this beautiful country and 
they bring money to Scotland too. Many people 
love living and working there, and more than 20 
million visitors go to Scotland each year.
Now, mark the correct option, from top to bot-
tom:
a) an / a / an
b) a /the /a
c) a / the / an
d) an / a / a
e) a /a /an
5. Read the text to do the question below. Com-
plete with a, the or Ø (no article).
___________ Brazil is a huge country.
In,___________North, there are____________
rain forests and ___________ longest river 
is also situated there. In ___________ Sou-
th, ____________ climate is more European. 
___________ Brazil also has many social differen-
ces.___________ rich own most of____________ 
country’s wealth and ___________ poor often 
live on minimum wage.
Now mark the option which completes the gaps 
respectively.
a) Ø – the – Ø – a – the – the – Ø – a – the – a
b) The – the – Ø – a – Ø – the – the – The – Ø – the
c) Ø – the – Ø – the – the – the – Ø – The – the – 
the
d) The – Ø – Ø – a – Ø-the- The – Ø – a – Ø
e) The – Ø – the – a – Ø – the – The – a – a – a
5.
Complete the text with the right articles. Then 
choose the correct alternative.
a) a – the – the – a – an – the
b) a – the – the – an – a – the
c) an – the – the – an – a – an
d) a – the – the – the – an – an
6. Read the text and answer question
I am from New Zealand, which is _____ coun-
try that is in _____ Pacific Ocean. Wellington is 
_____ name of _____ capital of my country.
Choose the best alternative to complete the 
blanks in the text.
a) a – a – a – the
b) the – a – a – the
c) a – the – the – the
d) the – a – the – the
ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS | CAPÍTULO 4
INGLÊS 35
7. Choose the alternative that correctly completes 
the sentences according to the right use of ar-
ticles:
When we cross the street we must wait for the 
green man on _____ crossing sign, but in one 
Australian city, he no longer wears trousers._____ 
city of Melbourne is now in the news because it 
changed some of the pedestrian lights from men 
to women._____member of the Melbourne city 
board thinks that to see only__ ___male figure is 
not right. She hopes that _____female figure will 
make our world equal.
a) the – the – a – a – the
b) the – the – an – a – a
c) a – a – a – the – the
d) a – a -the – an – an
e) a – the – the – a – the
8. What is the correct option to complete the text 
below?
The current smartphone market
It’s______ brand new year and already there 
have been ______new smartphones released 
onto the market.
Upgrading from your current device can be 
______exciting time, but it can also be______lit-
tle confusing with all of______options available.
(http ://www.news.com.au)
a) a/-/the/-/-
b) the/a/an/the/an
c) a/-/an/a/the
d) an/the/-/the/an
e) the/-/a/a/the
9. Complete the sentences using an article when 
necessary.
I- Is Mario_________ honest man?
II- The students wear_________ uniform here.
III- _________ Smiths live next to the superma-
rket.
IV- __________ Brasília was made the capital in 
1960.
Choose the correct option.
a) a / an / – / -
b) a / an / The / The
c) an / a / The / The
d) a / an / – / The
e) an / a / The / -
10. Choose the alternative that correctly completes 
the sentences according to the right use of ar-
ticles:
I wrote__ letter to my friend yesterday. Today I 
saw_____ letter on ____dinner table. I forgot to 
post it.
a) the – the – the
b) the – the – a
c) a -a -a
d) a – a – the
e) a – the – the
11. What is the correct option to complete the text 
below?
Mosquito Screens to Be Used at Rio Games
Even as athletes grow increasingly concerned 
about _______ outbreak of _______ Zika virus 
in Brazil, _______ organizing committee for the 
August Olympics in Rio de Janeiro said it would 
charge national delegations to have mosquito 
screens on athletes’ rooms.
_____ screens, one measure Brazilians are using 
to help ward off the mosquito that is the primary 
transmitter of Zika, will be installed in commu-
nal areas “where required,” but affixed to lodging 
only if national delegations decide to pay for it, 
said Philip Wilkinson, ______ spokesman for the 
Rio 2016 organizing committee.
(http://www.nytimes.com)
a) an/-/the/-/an
b) the/the/the/the/a
c) the/a/the/the/a
d) an/the/-/the/a
e) the/the/the/the/an
12. Fill in the blanks with the suitable options, re-
spectively:
CAPÍTULO 4 | ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS
INGLÊS36
a) a – a
b) a – the
c) the – a
d) the – the
2012 EEAR – Fill in the blanks with the correct ar-
ticles:
____ year 1665 was very bad for England. _____ 
epidemic of ____ terrible disease, bubonic pla-
gue, killed over seventy thousand people just in 
London.
(Adapted from Password English)
a) The / A / a
b) The / An / a
c) An / The / a
d) A / An / the
Resposta: B
2015 EEAR – Select the alternative that best com-
pletes the dialogue.
a) an – a – an – a
b) a – an – an – a
c) an – an – a – a
d) an – an – an – a
14. Fill in the blanks, in the text, with the appropriate 
articles, respectively:
a) a / a
b) a / the
c) the / a
d) the / the
15. Complete the text with the correct article 
a) (1) the – (2) an – (3) the
b) (1) the – (2) the – (3) a
c) (1) the – (2) a – (3) the
d) (1) a – (2) the – (3) a
16. Which is the correct option to complete the para-
graph below:
“Plan your perfect vacation by reserving (1) ____ 
room at (2)____ Best Western Hotel. Situated 
on (3) ____ Northern Drive, half mile from (4) 
____ downtown, our hotel mixes spacious guest 
rooms and convenient location.”
a) the – Ø – the – Ø
b) a – the – Ø – Ø
c) a – the – Ø – the
d) a – the – the -a
e) the – a – Ø – a
17. Select the alternative that best completes the ex-
tract below.
Workplace Accident Statistics
Every year, millions of people in ___ United Sta-
tes are hurt on the job. Each day 16 workers die 
from injuries at work and more than 17,000 are 
injured. Accidents also cause the companies to 
spend more. Last year, ___ total cost was more 
than $121 billion.
a) the – a
b) a – the
c) the – an
d) the – the
ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS | CAPÍTULO 4
INGLÊS 37
18. Fill in the blank in lines 3 and 6 with the right 
words: 
a) a – an
b) a – the
c) an – the
d) the – the
19. The item that completes the comic strip is -
a) a c) the
b) an d) some
20. Which is the correct option to complete the text 
below?
______(1) last month I spent four days in _______ 
(2) Angra with ______ (3) cousin from _______ (4) 
Paraná. Her father is ________ (5) uncle of mine 
who moved to ______ (6) south 2 years ago.
a) Ø – the – a – the– the – the
b) b) The – Ø – a – Ø – an – the
c) Ø – Ø – a – Ø – an – the
d) The – the – a – the – the – the
e) Ø – Ø – the – Ø – an – Ø
21. ADAPTED In __________ beginning, __________ 
religion played __________ important part in 
__________ history of __________ Brazil.
a) a / the / a / the / *
b) * / the / an / the / *
c) the / the / a / the / *
d) the / * / an / the / *
e) the / the / an / the / *
22. Fill in the blanks of the following sentence with the 
definite article: __________ Brazil is __________ 
most industrial country in __________ South 
America, while __________ United States holds 
__________ same position in North America.
a) the; the; the; the; the; the
b) *; the; the; *; the; *
c) *; the; *; the; the; *
d) *; the; the; the; the; *
e) the; *; *; *; the; the
23. Fred: I’ve been thinking of buying __________. 
Sam: Really? Which make are you considering? 
Fred: That doesn’t matter as long as __________ 
is economical.
a) a car – some car
b) a car – the car
c) some car – car
d) the car – a car
e) car – a car
24. I want __________ can of __________ peaches, 
__________ sugar, and __________ pound of 
__________ raspberry jam.
a) the / the / a / the / *
b) a / * / * / a / *
c) the / * / a / * / *
d) a / the / the / * / the
e) a / the / a / the / a
25. __________ milk and __________ meat are good 
for __________ our health.
a) * / * / *
b) * / the / *
c) The / the / *
d) The / the / the
26. Read the following text and fill in the gaps with 
the correct sequence of articles: The Strokes are 
__________ American rock band formed in 1998 
that rose to fame in __________ early 2000s as 
CAPÍTULO 4 | ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS
INGLÊS38
__________ leading group in __________ garage 
rock revival. Upon __________ release of their 
acclaimed debut album Is This It in 2001, many 
critics hyped __________ group as the “saviors of 
rock” for __________ their stripped down sound, 
heavily influenced by bands such as The Velvet 
Underground. Since then, __________ band has 
maintained __________ large fan base and has 
enjoyed much __________ success, particularly 
in __________ United Kingdom.
Adapted from http://en.wikipedia.org/
a) an – an – a – the – the – the – a – the – a – no 
article – the
b) an – the – an – a – the – the – no article – the 
– a – a – the
c) an – the – a – the – the – the – no article – the 
– a – no article – the
d) an – the – a – the – the – the – no article – the 
– a – no article – no article
e) an – the – a – no article – a – the – no article – 
the – a – a – the
GABARITO
1. Resposta: A
2. Resposta: A
3. Resposta: C
4. Resposta: C
5. Resposta: B
6. Resposta: C
7. Resposta: A
8. Resposta: C
9. Resposta: E
10. Resposta: E
11. Resposta: B
12. Resposta: D
13. Resposta: A
14. Resposta: B
15. Resposta: A
16. Resposta: B
17. Resposta: D
18. Resposta: B
19. Resposta: B
Resolução: Em Inglês a pronúncia da palavra “ho-
nest” começa com a letra “o”, uma vez que a letra “h” 
não é pronunciada. De acordo com a regra grama-
tical, o artigo “an” precede palavras iniciadas com o 
som ou escrita por vogal.
20. Resposta: C
21. Resposta: E
22. Resposta: B
23. Resposta:B
24. Resposta: B
25. Resposta: A
26. Resposta: A
39
CAPÍTULO 5
Apesar de haver muitas maneiras de expressar o 
futuro na língua inglesa. As duas mais importantes 
são formadas pelas seguintes estruturas:
– Will + verbo principal
She will be here in some minutes. (Ela estará aqui 
em alguns minutos)
Usa-se o will para todos os pronomes (I/You/he/
she/ it/we/they). Porém com os pronomes I e We a 
forma Shall também pode ser usada para indicar o 
futuro, geralmente mais utilizado na língua formal, 
no Inglês moderno.
Ex.: We will go to the museum tomorrow. (Nós 
iremos ao museu amanhã)
We shall overcome some day. (Nós venceremos 
um dia)
Will indica uma ação, uma previsão, um aconteci-
mento ou ação do futuro.
É usado, também, para decisões tomadas no mo-
mento da fala.
Ex.: The phone is ringing, I will answer it.
Estrutura:
Afirmativo Negativo Interrogativo
I will/ I’ll I will not/ won’t Will I ?
You will/ You’ll You will/ won’t Will you ?
He will/ He’ll He will not/ won’t Will he ?
She will/ She’ll She will not/ won’t Will she ?
It will/ It’ll It will not/ won’t Will it ?
We will/ We’ll We will not/ won’t Will we ?
You will/ You’ll You will not/ won’t Will you ?
They will/They’ll They will not/ won’t Will they?
– Be + going to + verbo principal
Usamos “To be+going to” para expressar um fu-
turo próximo. Algo que está prestes a acontecer, que 
planejamos ou temos intenção de fazer.
No português podemos aproximar a tradução de 
“to be going to” a: vou viajar, vou ligar, vou cantar.
Ex.: They are going to buy the tickets for the mo-
vie session.
(Eles vão comprar os ingressos para a sessão de ci-
nema.)
I’m going to talk to her about what happened yes-
terday night.)
(Eu vou conversar com ela sobre o que aconteceu 
ontem a noite.)
Estrutura:
Afirmativo Negativo Interrogativo
I am going to I’m not going to Am I going to ?
You are going to You are not/ aren’t going to Are you going to ? 
He is going to He is not/ isn’t going to Is he going to ?
She is going to She is not/ isn’t going to Is she going to ?
It is going to It is not/ isn’t going to Is it going to ?
We are going to We are not/ aren’t going to Are we going to ?
You are going to You are not/ aren’t going to Are you going to ?
They are going to They are not/ aren’t going to Are they going to ?
Uso:
Intenções
Usamos “be going to” para inferir planos e inten-
ções futuras. Geralmente para decisões já tomadas.
Ex.: I’m going to look for a new job next month.
(Eu vou procurar um novo trabalho mês que vem.)
Simple Future/ Immediate Future 
Will/ To be going to
CAPÍTULO 5 | SImPlE FUTUrE/ ImmEdIATE FUTUrE WIll/ To BE GoING To 
INGLÊS40
She is going to travel to her interchange this year.
(Ela vai viajar para seu intercâmbio este ano.)
Previsões
“Be going to “ é usado para prever coisas que certa-
mente acontecerão. Que há evidências que ocorrerão.
Ex.: It’s going to rain again. The sky looks dark.
(Vai chover de novo. o céu está escuro.)
look out! He’s going to break that glass.
(olhe! Ele vai quebrar aquele vidro.)
* Em um contexto informal, podemos encontrar 
“gonna” como uma contração de “going to”. Espe-
cialmente no Inglês falado.
Ex.: She’s gonna be here soon.
(Ela vai estar aqui em breve.)
Are you gonna try that test again?
(Você vai tentar fazer aquele teste novamente?)
They’re not gonna travel this year.
( Eles não vão viajar esse ano.)
Afirmativo Negativo Interrogativo
I am gonna I’m not gonna Am I gonna ?
You are gonna You are not/ aren’t gonna Are you gonna ? 
He is gonna He is not/ isn’t gonna Is he gonna ?
She is gonna She is not/ isn’t gonna Is she gonna ?
It is gonna It is not/ isn’t gonna Is it gonna ?
We are gonna We are not/ aren’t gonna Are we gonna ?
You are gonna You are not/ aren’t gonna Are you gonna ?
They are gonna They are not/ aren’t gonna Are they gonna ?
EXERCÍCIOS
1.
Choose the best verbal form to have the text 
completed correctly:
a) is
b) was
c) will be
d) would be
2
.
The negative form of the sentence “They´ll let 
you take it home” is:
a) They won´t let you take it home.
b) They don´t want to let you take it home.
c) They wouldn´t let you take it home.
d) They would never let you take it home.
3. Para a questão, escolha a alternativa que 
complete a sentença CORRETAMENTE.
“I have a dream that one day, on the red hills of 
Georgia, the sons of former slaves and the sons 
of former slave owners _________________ 
SImPlE FUTUrE/ ImmEdIATE FUTUrE WIll/ To BE GoING To | CAPÍTULO 5
INGLÊS 41
sit down together at the table of brotherhood.” 
(Martin Luther King)
a) would be able to
b) will be able to
c) should have been able to
d) are able to
e) would have been able to
4.
The sentence “We’re going to Robben Island” 
(line3), in the text, refers to the
a) past
b) future
c) present
d) daily action
5. Choose thesequence that correctly completes 
the sentences below.
1- The UK ____ less than 2% of its gas from Russia.
2- Several agreements ________to try to reduce 
water pollution.
3- Some political measures ______ for many ye-
ars.
4- You should take a coat and an umbrella. I he-
ard the weather _______later.
5- Thousands of people _____ every year in stor-
ms and hurricanes.
6- Climate change ______ the weather all over 
the world.
a) gets – have been made – won’t be under-
stood – will change – are killed – is affecting
b) is got – have being made – will understand – 
will be changed – kill – is being affected
c) gets – is made – won’t be understood – is be-
ing changed – are being killed – was affected
d) is got – are made – will understand – will 
change – is killed – affects
e) has been getting – has been made – won’t be 
understood – will change – are killed – is af-
fected
6. Which is the best sequence to complete the 
paragraph?
“If you have to deliver bad news, (1)____ offer un-
necessary details because when you (2)____ every 
single reason for your decision, the other person 
can use those reasons as negotiation points. Your 
decision is firm, and this will come across most 
clearly if you (3)____ short and to the point.”
(Adapted from http://www.wikihow.com/Be-
-Assertive)
a) won’t – will explain – will be
b) doesn’t – explain – be
c) don’t – explain – are
d) won’t – will explain – are
e) don’t – explain – will be
7.
How to Succeed in High School – Studying at 
Home
In order to be successful, set regular study and 
homework hours. Making this part of your routi-
ne creates a positive pattern for success. Create 
a well-lit study area. _______ a CD player if you 
_______ it helps you stay focused. Otherwise, hi-
ghlight the space with yellow and other upbeat 
hues that may help keep your mind fresh.
(Adapted and abridged form http://teenadvice.
about.com).
Which is the correct option to complete the pa-
ragraph below ?
a) Including/find.
b) Including/will find.
c) Include/find.
d) Include/will find.
e) Include/would find.
8. Choose the answer with the verbs that appropri-
ately complete the sentences below.
The children ______________ play outside 
today because of the rain. As a result, they 
_________________ stay home and watch TV. If it 
doesn’t rain tomorrow, they _________________ 
be able to ride their bikes in the street.
a) must – can’t – will
b) will – must – should
c) won’t – can’t – must
d) can’t – should – will
e) won’t – can’t – should
CAPÍTULO 5 | SImPlE FUTUrE/ ImmEdIATE FUTUrE WIll/ To BE GoING To 
INGLÊS42
9. Choose the answer with the verbs that appropri-
ately complete the sentences below:
Anna __________ go to school today because 
she __________ walk. Her mother told her she 
__________ see a doctor.
a) will -- must – should
b) must – can’t – will
c) can’t – should – must
d) won’t – can – must
e) won’t – can’t – should
10. Which sequence best completes the conversa-
tion below?
Jane: Will you colour your hair when it (1) _______ 
to get gray?
Mary: Yes, I will.
Jane: But will you do it yourself or will you go to 
the beauty parlor?
Mary: Oh, I don’t think I’m able to do it myself. I 
(2) _______ my hair (3) _______ .
a) start – will have – colour
b) will start – will have – coloured
c) starts – will have – coloured
d) starts – have – colour
e) will start – have – coloured
11. Which of the alternatives below completes the 
sentence correctly?
Juliet and romeo in the balcony scene: “oh, ro-
meo, if my brother ______ (1) us together, certainly 
he _________ (2) you. Please, go away now.”
a) will see – will kill
b) sees – will kill
c) see – kill
d) will see – kill
e) will see- will kill
12. Assinale a alternativa que preenche correta-
mente a lacuna da frase adiante:
I’ll __________ soccer this afternoon.
a) playing d) play
b) played e) plays
c) to play
13. ADAPTED Na frase “You’ll find some monster sav-
ings on books at amazon.co.uk”, a forma verbal 
em YOU’LL indica:
a) hábito.
b) futuro.
c) necessidade.
d) permissão.
e) vontade.
14. I’m sorry, but I __________ able to meet you for 
lunch tomorrow.
a) haven’t been
b) can’t be
c) don’t be
d) won’t be
e) wasn’t
15. Assinale a alternativa que preenche corretamente 
a lacuna da frase a seguir: – “What __________ to 
do when you get to Rio?” – “I don’t know yet.”
a) are you going
b) were you
c) did you
d) do you
e) you go
16. Choose the correct alternative: A: Brrr. Who 
turned up the air conditioner? It’s really cold 
in here. My nose and my fingers are cold. B: I 
__________ you a hot cup of tea. A: Thanks. That 
sounds good.
a) will bring
b) won’t bring
c) will not break
d) will break
e) won’t break
17. Read the following sentence:
They’re going to have a baby in the spring. – It 
expresses something that:
a) is not probable to take place.
b) is not being planned or expected.
c) suddenly happens.
d) is certain or expected to happen.
e) will not happen without planning.
GABARITO
1. resposta: C
resolução: de acordo com a regra gramatical, usa-
-se o tempo verbal “Will” para previsões.
SImPlE FUTUrE/ ImmEdIATE FUTUrE WIll/ To BE GoING To | CAPÍTULO 5
INGLÊS 43
2. resposta: A
3. resposta: B
resolução: Por se tratar de um evento futuro, a 
única alternativa coerente é a alternativa B.
4. resposta: B
5. resposta: A
6. resposta: C
7. resposta: C
8. resposta: d
9. resposta: E
10. resposta:d
11. resposta:B
12. resposta:d
13. resposta: B
14. resposta: d
15. resposta: A
resolução: Por eliminação, a alternativa correta é 
A.
16. resposta: A
resolução: Por eliminação, a alternativa correta é 
A.
17. resposta:d
45
CAPÍTULO 6
Usa-se o Simple Past para descrever situações ocor-
ridas em um momento específico do passado.
Ex.: I called him yesterday night.)
(Eu liguei para ele ontem a noite)
She didn’t come to class yesterday. What happened?
(Ela não veio à aula ontem. O que aconteceu?)
A estrutura deste tempo verbal é formada por:
Afirmativo Negativo Interrogativo
I worked I didn’t work Did I work ?
You worked You didn’t work Did you work ?
He worked He didn’t work Did he work ?
She worked She didn’t work Did she work ?
It worked It didn’t work Did it work ?
We worked We didn’t work Did we work?
You worked You didn’t work Did you work ?
They worked They didn’t work Did they work?
• Verbos regulares adicionando -ED
Para verbos regulares, em geral, para formarmos o 
passado simples é necessário adicionar – ed ao final 
do verbo principal.
Ex.: We traveled to Los Angeles last year.
(Nós viajamos para Los Angeles ano passado.)
They loved to visit that museum in Berlin.
(Eles amaram visitar aquele museu em Berlim.)
• Verbos regulares adicionando -IED.
Para verbos terminados em consoante + y, é neces-
sário retirar o -Y e acrescentar o – IED.
Ex.: She tried to call me in the morning, but I 
wasn’t home.
(Ela tentou me ligar de manhã mas eu não estava 
em casa.)
The baby cried when he realized his mom wasn’t 
there.
(O bebê chorou quando percebeu que sua mãe 
não estava lá.)
• Para verbos terminados em – E, acrescenta-se 
somente – D
Ex.: They decided to stay. It was raining a lot.
(Ele decidiram ficar. Estava chovendo demais.)
She agreed to travel with us.
(Ela concordou em viajar conosco.)
• Para verbos de uma sílaba terminados em vogal 
e consoante, é necessário dobrar a consoante 
final e adicionar o -ED.
Ex.: No one saw who robbed the car.
(Ninguém viu quem roubou o carro.)
• Para verbos de duas sílabas terminados em 
vogal + consoante e com a última sílaba tônica, 
é necessário dobrar a consoante final e adicionar 
o -ED.
Ex.: They preferred to stay at home.
(Eles preferiram ficar em casa.)
The teacher permitted the student to go to the ba-
throom.
(A professora permitiu ao aluno ir ao banheiro.)
* Verbos Irregulares.
Alguns verbos em na língua inglesa são irregulares 
e não acompanham uma regra para flexão no passado.
Ex.: I went to my grandmother’s house last we-
ekend.
(Eu fui à casa da minha avó no final de semana 
passado.)
Simple Past (Passadosimples)
CAPÍTULO 6 | SImPLE PASt (PASSADO SImPLES)
INGLÊS46
We ate at a nice restaurant last night.
(Nós comemos em um ótimo restaurante noite 
passada.)
Lista de alguns verbos irregulares:
 Infinite simple past form
Eat Ate
Come Came
Sleep Slept
Go Went
Run Ran
Drink Drank
Do Did
Fly Flew
Know Knew
Read Read
Write Wrote
Sing Sang
Wake Woke
Have Had
Take Took
Be Was/Were
Think Thought
Tell Told
Verb to be – Past tense (Verbo Ser/Estar)
Assim como no presente, o verbo “to be” no pas-
sado pode exercer a função de verbo principal de uma 
oração, ou de verbo auxiliar. Como nos exemplos 
abaixo:
– Como verbo principal.
She was at home yesterday.
(Ela estava em casa ontem.)
He was an excellent student.
(Ele era um aluno excelente.)
Pronoun Verb to Be – Afirmativo
Verb to Be – 
Negativo
Verb to Be – 
Interrogativo
I was was not / wasn’t was I ..?
You were were not/ weren’t were you...?
He was was not/ wasn’t was he...?
She was was not/ wasn’t was she...?
It was was not/ wasn’t was it...?
We were were not/ weren’t were we...?
You were were not/ weren’t were you...?
They were were not/ weren’t were they...?
Past Continuous Tense (Passado Progressivo)
Usamos o past continuous é o tempo verbal que 
possibilita descrever ações que estavam em progresso 
em um certo período de tempo no passado.
A estrutura deste tempo verbal é formada por:
SUJEItO + VERBO tO BE (Was/Were) + 
GERÚNDIO DO VERBO PRINCIPAL.
Afirmativo Negativo Interrogativo
I was working I was not / wasn’t working Was I working ?
You were working You were not/ weren’t working Were you working ?
He was working He was not /wasn’t working Was he working ?
She was working She was not /wasn’t working Was she working ?
It was working It was not /wasn’t working Was it working ?
We were working We were not/ weren’t working Were we working?
You were working You were not/ weren’t working Were you working ?
They were working They were not/ weren’t working
 Were they 
working?
Ex.: He was studying for a test last night.
(Ele estava estudando para o teste ontem à noite.)
I was cooking dinner at 7:00 yesterday.
(Eu estava cozinhar o jantar ontem às 7h)
• Usa-se o past continuous para descrever 
uma ação interrompida por outra também no 
passado. Para a ação que desempenha maior 
continuidade, usamos o Past Progressive.
Ex.: She was studying for a test when her mother 
called.
(Ela estava estudando para a prova quando sua 
mãe ligou.)
SImPLE PASt (PASSADO SImPLES) | CAPÍTULO 6
INGLÊS 47
They were coming home when the accident ha-
ppened.
(Eles estavam vindo quando o acidente aconteceu.)
• Usa-se past progressive para prover razões ou 
contexto a um evento.
Ex.: A:I can’t believe you met Fran and Dave in 
Portugal.
(Eu não posso acreditar que você encontrou a Fran 
e Dave em Portugal.)
B:It was funny. They were staying in the hotel 
next to ours.
(Foi engraçado. Eles estavam se hospedando em 
um hotel próximo ao nosso.)
I didn’t make the meeting last week; I was tra-
velling to Rome.
(Eu não fiz a reunião semana passada, eu estava 
viajando para Roma.)
EXERCÍCIOS
1. Read the dialogue below:
A: Hi, Anna!
B: Good morning, Sue!
A: Tell me, dear,___________ you go to Theo’s 
bday party last night?
B: oh, yes, I___________ . It was great! I 
___________ so much fun! But I ___________ 
you there! ___________ you there, sweetie?
A: No, I ___________ . I ___________ at home. 
What time did you get home?
B: It___________ about 11 p.m. when I got there!
A: AII right then! See you around!
B See ya!
Mark the option that completes the dialogue 
correctly.
a) were / was / did / don’t see / Was / not / went 
/ was
b) did / did / had / didn’t see / Were / wasrTt / 
stayed / was
c) will / will / am having / am not see / Do / don’t 
/ am / is
d) were / were / did / saw / Were / weren‘t / were 
/ is
e) did / did / was having / wasn’t / Did / didn’t / 
stayed / got
2. Read the text to answer the question.
The cost of a cigarette
A businesswoman’s desperate need for a ciga-
rette on an 8-hour flight from American Airlines 
________ in her being arrested and handcuffed, 
after she was found lighting up in the toilet of a 
Boeing 747, not once but twice. She ___________ 
because she ______ violent when the plane landed 
in England, where the police subsequently arrested 
and handcuffed her. Joan Norrish, aged 33, yester-
day ______ the first person to be prosecuted under 
new laws for smoking on board a plane, when she 
was fined £440 at Uxbridge magistrates’ court.
Adapted from Innovations , 
by Hugh Dellar and Darryl Hocking.
Choose the best alternative to complete the text 
using verbs in the Simple Past:
a) result / were / turning / become
b) resulted / was / turned / become
c) resulted / was / turned / became
d) result / were / turning / became
3. Read the text and answer questions
Ursula! I whispered
Yes, my darling, she said, without __________ 
her eyes.
What have you got in your basket? I asked. She 
opened her eyes, startled, and looked at me.
What do you mean? she said defensively.
There is something moving in your basket, I said.
Oh, it’s nothing. It’s just a present for somebody. 
She said.
Adapted from, FERGUSON, Kenneth. Read for Me-
aning, Comprehension tests for First Certificate. Ed. 
Evans Brothers, first Published 1975.
Read the text and choose the best response.
The verbs “whispered” and “said” underlined in 
the text refer to
a) past progressive.
b) present perfect.
c) simple present.
d) simple past.
CAPÍTULO 6 | SImPLE PASt (PASSADO SImPLES)
INGLÊS48
4.
Choose the alternative that is NOT in the Simple 
Past:
a) A man has chosen to occupy his free time re-
vitalizing a square.
b) People congratulated the man for the gradual 
changes in the square.
c) He planted a number of pau-brasil, palm and 
banana trees.
d) Residents noticed the square’s changes.
5. This news is about an 84-year-old woman from 
the UK. Her name is Ursula and she left school in 
1944 unable to read. She had no time to learn to 
read because she had to look after her ill parents.
Ursula felt sad that she could not read the papers 
or books like other people. She decided to learn 
to read now, in her 80s. She hopes that she can 
inspire other people to read too.
What is the main verb tense used in the text? 
Choose the correct verb tense.
a) simple past
b) past perfect
c) simple present
d) present perfect continuous
e) presente perfect
6.
Choose the best verbal form to have the text 
completed correctly:
a) arrived
b) had arrived
c) have arrived
d) have been arriving
7. Which option correctly completes the text be-
low?
The Rosetta Stone
“Egyptian hieroglyphic ________________ 
undeciphered until the 19th century. Mem-
bers of Napoleon’s Egyptian expedition of 
1799________________a black basalt stone, 
______________ 114 x 72 cm, at Rashid (Ro-
setta). The stone ___________ with three diffe-
rent scripts: hieroglyphic, the derived demotic 
script,_________________ everyday purposes, 
and Greek. (...)”
(CRYSTAL, David. The Cambridge Encyclopedia 
of Language, 3rd edition, Cambridge University 
Press, 2010.)
a) remained – discovered – measuring – was 
carved – used for
b) remained – had discovered – measuring – 
carved – used to
c) had remained – had discovered – measured – 
is carved – using to
d) had remained – discovered – measured – was 
carved – uses for
e) could remain – discovered – measuring – 
would carve – uses for
8. Which option completes the paragraph below 
correctly?
2017 ESCOLA NAVAL Which is the correct way to 
complete the paragraph below?
A change of habits
In recent years, dairy milk alternatives made from 
almonds, soy, cashews and coconuts ______ in 
popularity. Many people consider them more 
nutritious than cow’s milk. Some people _______ 
SImPLE PASt (PASSADO SImPLES) | CAPÍTULO 6
INGLÊS 49
them because they have a milk allergy or lacto-
se intolerance. Others choose them for environ-
mental reasons or because they want a vegan 
diet. Some just like the taste.Cow’s m ilk______
once one of America’s most iconic beverages. 
But now Americans ______ less of it.
(Adapted from https ://www.nytimes.com)
a) have exploded/bought/was/are drinking
b) have exploded/buy/was/are drinking
c) have exploded/buys/was/drink
d) exploded/buy/is/have drunk
e) exploded/bought/is/drink
9. Complete the sentences with the correct use of 
the Simple Past and the Past Continuous.
– I was waiting for the bus when I___________ 
(see) her.
– The children ___________ (argue) when the te-
acher arrived.
– Everyone___________ (listen) to music when 
the lights ___________. (go) out.
To fill in the gaps respectively, mark the right op-
tion.
a) saw / was arguing / were listening / wentindi-
car
b) was seeing / was arguing / listened / were
c) were weeing / argued / listenned / were
d) saw / were arguing / was listening / went
e) was seeing / argued / listened / were going
10. Mark the option in which all the verbs are written 
in the Simple Past.
a) put – drank – ate – heard – taken
b) knew – brought – wanted – made – was
c) wrote – come – felt – had – flew
d) told – were – begun – gave – read
e) Left – spent – slept – swum – traveled
11. Read the text II in orderto answer item.
My name is Patrick. I ___________ on vacation to 
Brazii last Summer, and I ___________ in a five-
-star hotel in front of the beach in Rio de Janeiro.
I went to Rio by plane and I___________ a mon-
th there, I ___________ a lot of people and 
we____________a great time! I want to go back 
to Brazii as soon as possible.
Choose the option which completes the gaps in 
text I respectively.
a) traveled / stayed / spend / knew / had
b) traveled / were / spent / knew / did
c) went / stayed / spent / met / had
d) went/were/spend/met/did
e) were / went / stayed / knew / have
12. Write (T) for true and (F) for false according to the 
explanation of the tenses in parenthesis.
( ) When you are looking back from a point in 
past time, and you are concerned with the 
effects of something which happened at an 
earlier time in the past. (Past perfect )
( ) When you are concerned with the present 
effects of something which happened at an 
indefinite time in the past. (past perfect con-
tinuous)
( ) When you are talking about something which 
continued to happen before and after a parti-
cular time. (past continuous)
Choose the alternative that corresponds to the 
right order.
a) T – F – F
b) T – F – T
c) F – T – F
d) F – F – T
13. Which of the alternatives below best completes 
the dialogue? • John:_______you watch the soc-
cer game on channel 4 last night? • George: No: 
_____ it good? • John: Awesome! The visiting 
team_______score a single goal. • George: I’m 
glad I _______ there. I hate to see a visiting team 
lose. • John: I _____ _know you were that crazy !!!! 
Why should the visiting team win?
a) Do – Is – don’t – isn’t – don’t
b) Did – Did – didn’t – didn’t – didn’t
c) Did – Was – didn’t – wasn’t – didn’t
d) Do – Do – don’t – don’t – don’t
e) Were – Was – wasn’t – wasn’t – wasn’t
14. Choose the correct option to complete the 
sentence: “ I _________ you at the party last 
night”.
a) didn`t see
b) didn`t saw
c) don`t saw
d) don`t see
CAPÍTULO 6 | SImPLE PASt (PASSADO SImPLES)
INGLÊS50
15. Read the text and answer question.
April
There was a nice little girl which name was April.
One day, she asked her parents why she was cal-
led April. They answered that it was because she 
was born in April. The little girl liked her name 
and the month April too. Her parents made her a 
party, all her friends celebrated with her, and she 
received a lot of presents.
One day her mother became pregnant and April 
had a little brother. Her brother was born in Fe-
bruary and everybody came and suggested na-
mes for the new baby.
April didn’t understand what the problem was. If 
the baby was born in February, the correct name 
should be February.
In “…One day, her mother became pregnant and 
April had a little brother. Her brother was born 
in February and everybody came and suggested 
names for the new baby”, all the underlined ver-
bs are in the:
a) past progressive
b) simple present
c) simple past
d) future
16. Which is the correct way to complete the text be-
low?
You can now edit and format your Google 
Docs by voice
About six months ago, Google ______ voice ty-
ping for Google Docs on the web ______ you 
to dictate your text into a document. Today it’s 
taking this feature a step further by also allowing 
you to edit and format your text by voice, too.
This ______ you can now say things like “select 
all, “ “align center”, “bold”, “got to end of line”, or 
“increase font size” and Google Docs ______ and 
follow your commands. You can find a full list of 
available commands here .
(http://techcrunch.com/2016/02/24/you-can-
-now-edit-and-format-your-google-docs-by-
-voice/)
a) has introduced/to allow/means/understand-
ing
b) introduces/allowed/meant/has understood
c) has introduced/to allow/is meaning/under-
stood
d) introduced/to allow/means/will understand
e) introduced /allowed /meant /understand
17. Where ______ on vacation last summer?
a) did you go
b) you went
c) did you went
d) went you
18.
Fill in the blanks with the correct options.
a) play – is
b) plays – are
c) played – were
d) has played – was
19.
The correct verbs to fill in the blanks are, respec-
tively
a) find / comes
b) found / came
c) has found / came
d) had found / comes
SImPLE PASt (PASSADO SImPLES) | CAPÍTULO 6
INGLÊS 51
20.
“struck”, underlined in the text, is the past tense of:
a) strucken c) striked
b) struggle d) strike
21.
The verbs, underlined in the text, are in the
a) simple past.
b) simple present.
c) present perfect.
d) past progressive.
22.
Mark the alternative that completes the gaps (li-
nes 04 and 08) correctly.
a) asked / asked
b) told to / said
c) said / tell
d) tell / told to
23.
Investigators trying to find out what happened 
to a Malaysia Airlines jet that disappeared en 
route to Beijing on Saturday morning were exa-
mining the causes of plane crashes: mechanical 
failure, pilot error, bad weather. But the discovery 
that two of the passengers were carrying stolen 
passports also raised the possibility of criminal 
violence.
(Adapted from “Passport Theft adds mystery of 
missing Malaysia Airlines Jet”)GLOSSARY
raised – aumentou, ampliou
The underlined verbs in the text are in the
a) present progressive.
b) past progressive.
c) simple present.
d) future.
24.
Fill in the blanks with the suitable verb forms, res-
pectively
a) is coming / sings
b) comes / is singing
c) was coming / sang
d) came / was singing
CAPÍTULO 6 | SImPLE PASt (PASSADO SImPLES)
INGLÊS52
25.
Many South Africans remain poor and unem-
ployment is high − a factor blamed for a wave 
of violent attacks against migrant workers from 
other African countries in 2008 and protests by 
township residents over poor living conditions 
during the summer of 2009.
Land redistribution is a crucial problem that 
continues existing. Most farmland is still white-
-owned. ________ land acquisition on a “willing 
buyer, willing seller” basis, officials have signaled 
that large-scale expropriations are on the cards. 
The government aims to transfer 30% of farmland 
to black South Africans by 2014. http://news.bbc.
co.uk/2/hi/africa/country_profiles/1071886.stm
Mark the alternative that completes the gap with 
the correct verbal tense.
a) Have c) Had
b) Has d) Having
26. When football _____ professional in South Africa 
in 1959, 12 clubs broke from the amateur ranks. 
However, in the strict days of Apartheid, these 
pioneers _____ whites-only organizations and 
_____ today, all but a few, defunct. One of the 
survivors is Arcadia from Tshwane/ Pretoria, an 
outfit that today competes in the amateur ranks 
and concentrates on junior football.
http://www.fifa.com/worldcup
Mark the alternative which completes the gaps 
from the text correctly.
a) had gone – have been – were
b) went – were – are
c) have been – have been – would be
d) was – hadbeen – will be
27.
All verbs below are in the past, except:
a) died (line 7)
b) built (line 1)
c) come (line 3)
d) took off (line 4)
28. Which of the alternatives completes the sen-
tence correctly?
After she ______ the competition, she _______ a 
professional dancer.
a) has won/became
b) won/became
c) was winning/was becoming
d) has been winning/has become
e) wins/became
29.
The nouns that correspond to the verbs in bold 
type, in the text, are, respectively:
a) take off / explorer
b) take-off / explode
c) take off / exposure
d) take-off / explosion
30. Mark the correct alternative to complete the sen-
tences below:
1) It’s high time you ______________ a new car.
2) Under no circumstances ______________ 
cash the checks.
3) Her aunt suggested ______________ a job in 
a bank.
4) What if 1 _______________ tomorrow instead 
of this evening?
a) buy / we can / getting / came
b) buy / can we / to get / come
c) bought / we can / getting / come
SImPLE PASt (PASSADO SImPLES) | CAPÍTULO 6
INGLÊS 53
d) will buy / we can / to get / came
e) bought / can we / getting / came
31. Choose the option that completes the text be-
low:
I had a really funny evening yesterday, Mary. I got 
talking to this boy in the pub, very nice-looking 
he was, and I could see he _________ me. He said 
he _________ anybody like me before, and he 
felt I _________ a very unusual kind of beauty. 
Oh, yes? I said. Then he asked me if I _________ a 
lift home, so I said no, I _________ hungry, so we 
went out for a curry.
a) was fancying / hadn’t ever met / had / wants / 
was
b) fancying / have never met / have / want / 
wasn’t
c) fancied / had never met / had / wanted / was
d) fancies / have never met / haven’t / wanted / 
am
e) fancied / had never met / hadn’t / wanted / 
was
32. There was no one else at the box office. I _______ 
in a queue.
a) needn’t wait
b) mustn’t wait
c) needn’t have waited
d) didn’t need to wait
e) must wait
33. Which sequence completes the sentences be-
low?
1- Susan ___________ down and closed her eyes.
2- The boss ____________ the papers on the ta-
ble.
3- Don’t _____________ in bed all day. Get up 
and do some work.
4- The lake ___________ beyond this hill.
a) laid – laid – lay – lies
b) laid – lay – lay – lies
c) lay – laid – lie – lies
d) laid – lay – lie – lays
e) lay – lay – lie -lays
34. Choose the option that correctly completes the 
sentence:
As they _________ down the street they 
_________ Amelia.
a) walked – saw
b) were walking – saw
c) walked – were seeing
d) was walking – was seeing
e) were walking – were seeing
35. Choose the alternative that correctly shows the 
past tense of the verbs below:
See – lie – throw – put
a) saw – lied – threw – put.
b) seen – laid – thrown – putted.
c) saw – lain – throwed – put.
d) seen – lied – throwed – putted.
e) seed – laid – threw – put.
36. Which sequence best completes the text below?
Davis beckham_____________(1) in a minor car 
accident on Friday. The football ace _________
(2) near Torrence in Califirnia when he ________
(3) into the back of a stationary vehicle with his 
Cadillac SUV. (Adapted from http://www.thisislon-
don.co.uk)
a) involved – was driving run
b) was involved was driving- ran
c) was involving – drove – was running
d) has been involved – had been driving – run
e) was involved – drove – ran
GABARITO
1. Resposta: A
2. Resultado: C
Resolução: Usa-se o simple past tense para descrever 
eventos ocorridos em passado com tempo específico.
3. Resposta: C
4. Resposta: A
5. Resposta: A
6. Resposta: A
Resolução: De acordo com a regra gramatical, usa-
mos o simple past tense quando trata-se de uma pas-
sado com data específica.
CAPÍTULO 6 | SImPLE PASt (PASSADO SImPLES)
INGLÊS54
7. Resposta: A
8. Resposta: B
9. Resposta: A
Resolução: Usamos Simples Past e Past Conti-
nuous em uma mesma frase para indicar que algo es-
tava em processo quando algo aconteceu.
Geralmente, oração escrita em past continuous é a 
oração de ação mais prolongada. 10. Resposta: B
11. Resposta: C
Resolução: A alternativa c é a opção mais coerente, 
pois tratar-se de conhecer pessoas, como escrito na 
sentença, o verbo utilizado deve ser o “meet”, que no 
simple past é escrito “met”.
12. Resposta: B
13. Resposta: C
14. Resposta: A
15. Resposta: C
16. Resposta: D
17. Resposta: A
18. Resposta: C
19. Resposta: B
20. Resposta: D
21. Resposta: A
22. Resposta: A
23. Resposta: B
24. Resposta: D
25. Resposta: D
26. Resposta: B
27. Resposta: C
28. Resposta: A
29. Resposta: D
30. Resposta: E
31. Resposta: C
32. Resposta: D
33. Resposta: C
34. Resposta: B
35. Resposta: A
36. Resposta: B
89
CAPÍTULO 11
Em geral, não há distinção entre masculino e fe-
minino em substantivos da língua inglesa. No entan-
to, o gênero às vezes é mostrado por diferentes formas 
ou diferentes palavras quando se refere a pessoas ou 
animais. Veja alguns exemplos
MASCULINE FEMININE GENDER NEUTRAL
Man Woman Person
Father Mother Parent
Boy Girl Child
Uncle Aunt
Husband Wife Spouse
Actor Actress
Prince Princess
Waiter Waitress Server
Rooster Hen Chicken
Stallion Mare Horse
Muitos substantivos que se referem a funções ou 
profissões podem ser usados tanto para masculino 
quanto para feminino.
Ex.: Cousin, teenager, teacher, doctor, student, 
friend, colleague.
ADJECTIVES
Adjetivos em inglês possuem a mesma função dos 
adjetivos em português, porém funcionam de manei-
ra um pouco diferente.
Em inglês, os adjetivos são assumem forma no sin-
gular ou plural, o adjetivo usado é o mesmo:
Ex.: This cat is white . —> These cats are white
That baby is cute. —> Those babies are cute.
• No inglês o adjetivo precede a substantivo – quando 
não há um verbo entre eles.
Ex: This is a god book.
(Este é um bom livro.)
Apple smartphones are expensive
(Smartphones da Apples são caros.)
* Adjetivos podem ser formados de maneiras dife-
rentes, mas os sufixos abaixo são os mais comuns para 
podermos identificá-los:
– Able
– Al
– Ed
– Ful
– Ing
– Ive
– Ish
– Less
– Ly
– Ous
– Y
Alguns exemplos:
– ambitious – ambicioso
 arrogant – arrogante
 beautiful – bonito(a)
 big – grande
 boring – chato
 brave – corajoso
 caring – carinhoso
 curious – curioso
 dedicated – dedicado
 dependent – dependente
 envious – invejoso
 fat – gordo
 friendly – amigável
 funny – engraçado
 generous – generoso
 glad – contente
 happy – feliz
 hard-working – trabalhador
 honest – honesto
 huge – enorme
 impolite – mal-educado
 interesting –
 interessante
 jealous – ciumento
Gender
CAPÍTULO 11 | GENdEr
INGLÊS90
 joyful – alegre
 kind – bondoso
 large – muito grande
 lazy – preguiçoso
 loyal – leal
 nice – simpático
 open-minded – liberal
 optimistic – otimista
 outgoing – sociável
 patient – paciente
 pessimistic – pessimista
 reliable – confiável
 responsible – responsável
 sad – triste
 short – baixo
 shy – tímido
 skinny – magricelo
 slim – esbelto
 small – pequeno
 smart – esperto
 tall – alto
 ugly – feio
COMPARATIVE FORM AND SUPERLATIVE FORM
A forma comparativa é utilizada para comparar 
uma ou mais coisas, pessoas, situações, lugares ou 
animais.
Ex.: She is older than her brother.
( Ela é mais velha que seu irmão.)
They are faster than their neighbors.
( Eles são mais rápidos que seus vizinhos.)
regras:
Quando comparamos duas coisas, geralmente usa-
mos than.
Ex.: Math is more difficult than Portuguese.
(Matemática é mais difícil que Português.)
Caso 1:
Para adjetivos com uma sílaba, adiciona-se o sufi-
xo – er ao final.
Ex.: She is older than her sister.
(Ela é mais velha que sua irmã.)
London is calmer than Texas.
(Londres é mais calmo que Texas.)
Caso 2:
Para adjetivos terminados em consoante + y é ne-
cessário retirar o – Y e acrescentar – ier.
Ex.: She is happier than I’ve never seen before.
( Ela está mais feliz do que eu nunca vi antes.)
English is easier than Math.
(Inglês é mais fácil que Matemática.)
Caso 3:
Comparativo de Igualdade é formado pela palavra 
“as” antes e depois do adjetivo.O “as” inicial pode ser 
substituído por“so” apenas na forma negativa.
Estrutura: as + adjetivo + as
so+ adjetivo + as
Ex.: She is as intelligent as her sister.
(Ela é tão inteligente quanto sua irmã.)
Canada is as cold as Alaska.
O Canadá é tão gelado quando Alaska.
She is not so tall as you.
(Ela não é tão alta quanto você)
Caso 4:
Comparativo de Inferioridade É formado pela pa-
lavra less antes do adjetivo e da palavra than após o 
adjetivo com mais de duas sílabas.
Estrutura: Less + adjetivo + than
Ex.: The school is less distant than the supermarket.
( A escola é menos distante que o supermercado.)
Swimming is less dangerous than soccer.
( Natação é menos perigoso que futebol.)
Caso 5:
Comparativo de superioridade é formado pela pa-
lavra “more” antes do adjetivo e da palavra than após 
o adjetivo com mais de duas sílabas.
Estrutura: more + adjetivo + than
Ex.: Listening to music is more exciting than wa-
tching TV
GENdEr | CAPÍTULO 11
INGLÊS 91
(Ouvir música é mais emocionante do que assistir 
TV)
This movie is more boring than the last one.
(Este filme é mais entediante que o outro.)
Forma irregular:
just : more just than
real : more real than
right: more right than
wrong: more wrong than
normal:more normal than
Caso 6:
Comparativo de superioridade com adjetivos de 
uma ou duas sílabas é formado pelo sufixo – er após 
o adjetivo mais a palavra than.
Estrutura: adjetivo er + than
Ex.: He is older than his friend
(Ele é mais velho que seu amigo)
Traveling to India is cheaper than Traveling to Eu-
rope.
(Viajar para a Índia é mais barato que viajar para 
Europa.)
Caso 7:
Para adjetivos de uma sílaba terminados em con-
soante +vogal + consoante é necessário dobrar a con-
soante final.
Ex.: Manaus is hotter than São Paulo.
(Manaus é mais quente que São Paulo)
Caso 8:
Alguns adjetivos muito comuns possuem suas for-
mas comparativas irregulares.
Ex.: Coffee is better than milk.
(café é melhor que leite.)
Adjective Comparative
good better
bad worse
little less
much more
far further / farther
Caso 9:
Os adjetivos de duas sílabas terminados em er, le e 
ow admitem as duas formas.
clever: cleverer than OU more clever than
simple: simpler than OU more simple than
narrow: narrower than OU more narrow than
• Superlative form
Usa-se o superlativo toda vez que queremos ex-
pressar a qualidade de um adjetivo no seu mais alto 
grau. Não comparamos com outros seres, coisas ou 
objetos, uma vez que a intenção é intensificar uma 
determinada característica.
Ex.: Einstein is the most intelligent scientist I’ve 
ever met.
(Eisntein é o cientista mais inteligente que eu co-
nheci.)
Carl is the oldest brother.
(Carl é o irmão mais velho.)
Caso 1:
Para os adjetivos com duas ou mais sílabas, deve-se 
colocar “the most” antes do adjetivo.
Formas irregular
just : the most just
real : the most real
right: the most right
wrong:the most wrong
normal:the most normal
Estrutura: the most + adjetivo
Ex: This is the most modern camera of all.
(Essa é a camera mais moderna de todas.)
He is the most important person in this school
( Ele é a pessoa mais importante nessa escola.)
honest: the most honest
silent: the most silent
tired:the most tired
charming: the most charming
Os adjetivos de duas sílabas terminados em er, le e 
ow admitem as duas formas.
CAPÍTULO 11 | GENdEr
INGLÊS92
clever: the cleverest OU the most clever
simple: the simplest OU the most simple
narrow: the narrowest OU the most narrow
Caso 2:
Para adjetivos de uma ou duas sílabas em geral, 
a formação do superlativo é caracterizada pela utili-
zação do artigo “the” antes do adjetivo e adição do 
sufixo -est no final do adjetivo.
Estrutura: the + adjetivo + est
Ex.:Her house is the smallest one in our neigh-
borhood.
( A casa dela é a menor da vizinhança.)
We all have trees in our yard. My tree is the tallest.
(Todos nós temos árvores em nossos quintais. Mi-
nha árvore é maior.)
Caso 3:
Para adjetivos terminados em consoante + y, a for-
mação do superlativo é caracterizada pela utilização 
do artigo “the” antes do adjetivo e adição do sufixo 
-iest, retirando – y no final do adjetivo
Estrutura: the + adjetivo + iest
Ex.:You are the happiest boy in the party.
(Você é o garoto mais feliz da festa)
She is the prettiest girl in my school.
(Ela é a garota mais bonita da minha escola)
Caso 4:
Superlativo de Inferioridade é formado com a co-
locação de the least antes de qualquer adjetivo.
Estrutura the least + adjetivo
Ex: He is the least strong of all.
(Ele é o menos forte de todos.)
Caso 5:
Alguns adjetivos muito comuns possuem suas for-
mas superlativas irregulares.
Ex.: The avengers is the best movie I haven ever 
seen.
(Os vingadores é o melhor filme que eu já assisti.)
Adjective Superlative
good best
bad worst
little least
much most
far furthest / farthest
Caso 6:
• Monossílabos formados por CVC (consoante/vo-
gal/consoante) dobra-se a consoante antes de – est.
Ex.: Jupiter is the biggest planet in our solar sys-
tem.
(Júpiter é o maior planeta em nosso sistema solar.)
EXERCÍCIOS
1. Read the article and answer question.
“largest”, (line 2 ), was used in the text as a
a) superlative
b) comparative of equality
c) comparative of inferiority.
d) comparative of superiority.
2. 2018 EEAR
GENdEr | CAPÍTULO 11
INGLÊS 93
Choose the best alternative to have the text 
completed correctly.
a) more low c) much lower
b) the lowest d) the most low
3.
The word “deadliest”, undelined in the text, is a
a) superlative
b) comparative of equality
c) comparative of inequality
d) comparative of superiority
4. Which option completes the tips below correctly?
Leadership
– ______ way to lead is to lead by example. A 
good leader tells you how it’s done, a great one 
shows you how.
– As a leader,________ thing that you can give 
your team members is your time. A lot of them 
will go through a bad phase or will be clueless 
about what to do. At those times, they need to 
know you are there.
– People will look up to you. At times, even for 
things in which they are far________ than you. 
You don’t have to take their decisions, just pro-
vide them your confidence so that they can take 
their decisions.
((Abridged from: https://yourstory.com/
mystory/4b6ce51011-85-things-ilearned-being-
-a-ceo)
a) The better / the bigger / the most skill
b) The better / the bigger / more skilled
c) Better / bigger / most skilled
d) The best / the biggest / more skilled
e) The best / the biggest / most skilled
5.
The adjective form “the best” (line 3) and “nice” 
(line 4), underlined in the text, have as their com-
parative forms, respectively:
a) good and nicer.
b) better and nicer.
c) best and the nicer.
d) the better and the nicest.
6.
Read the cartoon and answer question. 
The word “easier”, in the text, is in the:
a) base form
b) superlative form
c) comparative form
d) past participle form
7. Read the text to answer question.
To tip, or not to tip?
The word tip comes from an old English slang. 
Americans usually tip people in places like res-
taurants, airports, hotels, and hair salons.
People who work in these places often get paid 
low wages. A tip shows that the customer is ple-
ased with service..
usually depends on the service. People such as 
parking valets or bellshops usually get (small) 
_____________ tips. The tip for people such as 
taxi drivers and waiters or waitresses is usually 
(large) _____________.
CAPÍTULO 11 | GENdEr
INGLÊS94
When you’re not sure about how much to tip, do 
what feels right. You don’t have to tip for bad servi-
ces. And you can give a (big) ___________ tip for a 
very good service. Remember, though, your beha-
vior is (important) ___________ than your money. 
Always treat service providers with respect.
Adapted from Interchange
Choose the alternative that completes the text 
with the correct comparatives.
a) smaller – larger – bigger – more important.
b) smaller – the largest – bigger – the most im-
portant.
c) the smallest – the largest – bigger – the most 
important.
d) the smallest – the largest– the biggest – the 
most important.
8. Read the text and answer questions
Ursula! I whispered
Yes, my darling, she said, without __________ 
her eyes.
What have you got in your basket? I asked. She 
opened her eyes, startled, and looked at me.
What do you mean? she said defensively.
There is something moving in your basket, I said.
Oh, it’s nothing. It’s just a present for somebody. 
She said.
Adapted from, FERGUSON, Kenneth. Read for Me-
aning, Comprehension tests for First Certificate. Ed. 
Evans Brothers, first Published 1975.
The word “darling”, line 2, in the text refers to
a) an adjective. c) a noun.
b) an adverb. d) a verb.
9.
The expression “most sensational”, in the carto-
on, is being used as
a) comparative adjective.
b) superlative adjective.
c) preposition.
d) adverb
10. Social media ’destroying how society works’
A former Facebook executive has said social me-
dia is doing great harm to society around the 
world. The executive is a man called Chamath Pa-
lihapitiya. He ___________ Facebook in 2007 a n 
d ___________a vice president. He was responsi-
ble for increasing the number of users Facebook 
had. Mr Palihapitiya said he feels very guilty about 
getting more people to use social networks. He 
said the networks are destroying society becau-
se they are changing people’s behavior. Twenty 
years ago, people talked to each other face to 
face. Today, people message each other and do 
not talk. People also really care about what other 
people think of them. They post photos and wait 
to see how many people like the photo. They get 
very sad if people do not like the photo.
Mr. Palihapitiya said people should take a long bre-
ak from social media so they can experience real 
life. He wants people to value each other instead 
of valuing online “hearts, likes, and thumbs-up”. Pa-
lihapitiya also points out how fake news is affecting 
how we see the world, it is becoming easier for lar-
ge websites to spread lies. It is also becoming ea-
sier to hurt other people online. Anyone can hide 
behind a fake user name and post lies about other 
people. Palihapitiya said this was a global problem. 
He is worried about social media so much that he 
has banned his children from using it. However, he 
did state that Facebook was a good company. He 
said: “Of course, it’s not all bad. Facebook overwhel-
mingly does good in the world.”
A!l the underlined words in text I are adjectives, 
EXCEPT:
a) social. d) executive.
b) global. e) former.
c) long.
11.
GENdEr | CAPÍTULO 11
INGLÊS 95
The adjective “healthier”, underlined in the text, 
is a ____________.
a) superlative
b) comparative of equality
c)comparative of inferiority
d) comparative of superiority
12.
The words “small”, “sweet” e “ornamental”, under-
lined in the text, are __________.
a) nouns
b) adverbs
c) pronouns
d) adjectives
13. Choose the alternative that contains the correct 
answer following the comparative form:
a) Non-smokers usually live longer than smok-
ers.
b) My house is more big then yours.
c) This top model is beautifuler than that one.
d) Which is the very dangerous animal in the 
world?
e) A holiday in the sea is gooder than in the 
mountain.
14. Complete the dialogue using the right form of 
the adjectives.
A: Would you like to go to the beach on Friday?
B: Actually, I think Saturday is __________________ 
for me. Friday is my___________________ day.
Choose the item that respectively completes the 
gaps.
a) the best / busier
b) better / busiest
c) good / the most busiest
d) best / the busiest
e) good / the busier
15. Choose the word that best completes the sen-
tence below.
_________________ place I’ve ever visited was 
the Netherlands.
a) The most
b) The more far
c) The farthest
d) The far most
e) The farest
16. TEXTO I
Ecology and History of the Amazon Rain Fo-
rest
Biodiversity and Symbiosis of South America’s 
Vulnerable Habitat
No place on Earth is as full of diverse life and lan-
dscape as the Amazon Rainforest. It spreads its tall 
trees and rich biodiversity over 40% of the South 
American continent. The Amazon River shares its 
name with its host, and is 11 times the volume 
of the Mississippi river. The massive water sys-
tem begins in the Andes Mountains and winds 
its way 4,080 miles eastward to the Atlantic Oce-
an, rushing through the forests with tremendous 
force. The annual outflow of the river is responsi-
ble for 1/5 of the entire world’s freshwater flow. 
Everything about this habitat is super-sized.
(http://www.suite101.com/content/lungs-of-
-the-earth-a55287)
Em “as full of diverse life and landscape as the 
Amazon Rainforest” há um
a) comparativo de inferioridade;
b) comparativo de igualdade;
c) comparativo de superioridade;
d) superlativo.
17. Read the text and answer question.
April
There was a nice little girl which name was April.
One day, she asked her parents why she was cal-
led April. They answered that it was because she 
CAPÍTULO 11 | GENdEr
INGLÊS96
was born in April. The little girl liked her name 
and the month April too. Her parents made her a 
party, all her friends celebrated with her, and she 
received a lot of presents.
One day her mother became pregnant and April 
had a little brother. Her brother was born in Fe-
bruary and everybody came and suggested na-
mes for the new baby.
April didn’t understand what the problem was. If 
the baby was born in February, the correct name 
should be February.
The underlined word in the text is
a) an adjective c) a noun
b) a pronoun d) a verb
18.
Which of the underlined words in the text is an 
adjective?
a) doing c) running
b) walking d) encouraging
19.
“terrific”, (line 4), is opposite to
a) great. c) excellent.
b) awful. d) wonderful.
GABARITO
1. resposta: A
resolução: Para adjetivos de uma ou duas sílabas 
em geral, a formação do superlativo é caracterizada 
pela utilização do artigo “the” antes do adjetivo e adi-
ção do sufixo -est no final do adjetivo. 
2. resposta: C 
resolução: Por eliminação a alternativa C é a úni-
ca correta. 
3. resposta: A
4. resposta: E
5. resposta: B
6. resposta: C
7. resposta: A
8. resposta: A
9. resposta: B
10. resposta: d 
resolução: A palavra executive exerce função de 
substantivo por tratar-se de uma profissão.
11. resposta: d
12. resposta: d
13. resposta: A 
resolução: de acordo com as regras gramaticais, a 
única alternativa correta é a A.
14. resposta: B
15. resposta: C 
16. resposta: B
17. resposta: A
18. resposta: d
19. resposta: B
107
CAPÍTULO 13
Preposições são parte importante da gramática in-
glesa. Elas são extremamente importantes na constru-
ção de sentenças e orações.
Existem cerca de 150 preposições na língua Ingle-
sa, e por vezes, seu uso e significados são desafiadores 
até para os alunos mais avançados.
As principais preposições na língua inglesa são: In 
,On, At, Of, From, To, For, With, By, About, After, 
Before
• Preposição IN
– Utilizamos o “in” para indicarmos a posição 
de algo dentro de algum espaço (envolvido por 
ele).
Ex.: The girl is in the living room
(A menina está na sala de estar.)
Ou seja, ela está dentro do cômodo, inserido nele.
The notebook is in the box.
(O caderno está na caixa)
– Utilizamos “in” como lugar: Países, continen-
tes, cidades e bairros.
Ex.: I live in Brazil
(Eu moro no Brasil)
She lives in South America
(Ela mora na América do Norte)
(We live in Rio de Janeiro)
(Nós moramos em Rio de Janeiro)
I live in Tatuapé
(Eu moro no Tatuapé)
– Utilizamos IN para indicar os meses do ano, 
anos, partes do dia e estações do ano.
* exceção: At night
Ex.: I’m going to travel in August.
(Eu vou viajar em Agosto.)
In Winter we travel to the Mountains.
(No inverno viajamos para as montanhas.)
The last time we traveled was in 2012.
(A última vez que viajamos foi em 2012.)
She likes to read her book in the morning.
(Ela gosta de ler seu livro pela manhã.)
• Preposição AT
Utilizamos “at” é usado para indicar pontos de re-
ferência de um determinado lugar ou quando algo ou 
alguém está perto de algum objeto.
Ex.: Iforgot the phone at the L store)
(Eu esqueci o celular na loja.)
The phone is at the table.
( O celular está perto da mesa.)
There were many people at the reception.
(Havia muitas pessoas na recepção.)
– Também podemos usar “at” é quando que-
remos indicar um endereço completo, com 
número seguido de uma rua/avenida. Deste 
modo, o endereço fica ainda mais específico.
Exemplo:
She lives at 512 Morumbi Street
(Ela mora na Rua Morumbi, 512.)
– Utilizamos o At para horas
Ex.: See you at 10:30 am, then.
(Vejo você às 10:30, então.)
• Preposição ON
Utilizamos o “on” para a posição de algo sobre 
uma superfície ou linha.
Preposição
CAPÍTULO 13 | PREPOSIçãO
INGLÊS108
Ex.:
I left my keys on the desk
(Eu deixei minhas chaves na mesa.)
There is trash on the floor
(Tem lixo no chão)
– Utilizamos ON para partes do corpo:
There is a mosquito on your face
(Tem um mosquito no seu rosto)
– Ruas e Avenidas (sem o número do local indi-
cado): Please meet me on Rua Leblon
(Por favor, me encontre na rua Leblon.)
• Preposições de tempo
Preposições de tempo podem ser utilizadas para 
indicar que uma situação ocorreu antes ou depois de 
outra. Em alguma data do passado, específica ou não, 
sinalizando o princípio ou o fim de uma ação
• After – depois de
She can’t go with you after her class
(Ela não pode ir com você depois da aula.)
My mom always calls me after work.
(Minha mãe sempre me liga depois do trabalho.)
• Ago – algum período no passado
I moved to Australia four years ago.
(Eu mudei para a Austrália há quatro anos.)
They left the office two hours ago.
(Eles deixaram o escritório duas horas atrás.)
 Around – por volta de
I will study around 7 p.m.
(Eu estudarei por volta das sete horas da noite).
They said they would come around Wednesday.
(Eles disseram que viriam por volta de quarta-feira.)
 Before – antes de
People should check their emails before going to 
work
( Pessoas devem checar seus e-mails antes de ir ao 
trabalho).
 For – pode indicar duração, indicar que algo está 
sendo feito por alguém e propósito.
He worked in that company for five years.
(Ele trabalhou naquela empresa por cinco anos).
I wear these old trousers for painting.
(Eu visto estas calças velhas para pintar)
I bought a teapot for my sister.
(Eu comprei um bule para minha irmã.)
 Since – Usamos Since para nos referirmos a um 
ponto anterior no tempo, com uma data, hora, 
anos, meses específicos.
She has been living in Paris since last year.
(Ela mora em Paris desde o ano passado )
It’s so long since I saw them.
(Já faz muito tempo que eu os vi)
 Until or Till – fim de uma ação
He will be in Brazil until July
(Ele estará no Brasil até julho).
We played chess until midnight.
( Nós jogamos xadrez até meia noite.)
 Preposição de lugar – Place Prepositions
As preposições de lugar são utilizadas para indicar 
um local onde estão pessoas e objetos. São elas:
 Above – acima
Usamos o above para que algo ou alguém está aci-
ma, porém não há contato com superfície.
Read the text above
(Leia o texto acima).
The river flowed gently through the valley, while 
birds flew above. It was a beautiful scene.
(O rio fluía suavemente pelo vale, enquanto os 
pássaros voavam acima. Foi uma cena linda.)
 Across – do outro lado
Across significa do outro lado de algo, ou de um 
lado ao outro de algo que tem lados ou limites, como 
uma cidade, estrada ou rio:
PREPOSIçãO | CAPÍTULO 13
INGLÊS 109
She lives across the street.
(Eu mora do outro lado da rua).
Across the room, ge could see some employees.
(Do outro lado da sala ele conseguia ver alguns 
funcionários)
 Along – Indica movimentar-se em um ponto ou 
por um lugar
He loves to run along the beach
(Ele ama correr pela praia).
I saw three different boats along the bank of the 
river.
( Eu vi três botes diferentes ao longo da margem 
do rio.)
Mais preposições:
about beside near to
above between of towards
across beyond off under
after by on underneath
against despite onto unlike
along down opposite until
among during out up
around except outside upon
as for over via
at from past with
before in round within
behind inside since without
below into than
beneath like through
EXERCÍCIOS
1. The missing words in the text above are, respec-
tively:
Dear Frank,
I am sorry, I missed your party _____ Friday.
I could not come _______ I had to take my cousin 
______ the airport.
I tried to phone you ______ you were out. I hope 
the party went well
Yours, Sammy
a) in – if – on – but
b) on – but – at – so
c) on – because – at – but
d) at – however – to – because
2. Choose the best prepositions to have the text 
completed correctly.
a) from/ through/ across/ into
b) from/ into/ across/ through
c) into/ across/ through/ from
d) across/ into/ through/ from
3. Choose the correct option to complete the sen-
tences below.
I. She congratulated me ______passing the dri-
ving test.
II. My parents discouraged me _____ quitting my 
job.
III. She got married______a foreigner.
IV. Many young people dream______living abro-
ad.
V. The mayor was forced to resign ______ his po-
sition.
a) for / from / with /about / of
b) for / for / with / about / of
c) on / from / to / of / from
d) on / from / to / with / from
e) by / of / to / with / from
4. Observe the city map.
CAPÍTULO 13 | PREPOSIçãO
INGLÊS110
lt’s correct to say that the
a) grocery store is in front of the high school.
b) library is behind the hospital.
c) drugstore is next to the café.
d) barbershop is across from the sports center.
e) the bank is between the shopping center.
5. Read the text to answer question
Across the Atlantic!
_____ Monday May 24, 1976, two Concorde jets 
crossed the Atlantic ocean _____ three hours 
and fifty minutes. The planes took off and landed 
_____ the same time.
Source Bonner, Margaret – Grammar Express – 
Longma
Choose the best alternative to complete the text.
a) in / on / at
b) on / in / at
c) at / on / in
d) on / from / in
6. Leia o texto a seguir e responda à questão.
Many graduates earn ‘paltry returns’ for their 
degree
Mr Halfon, a former skills minister, stated in his 
speech that the nation has “become obsessed 
______(1) full academic degrees”.
“We are creating a higher education system that 
overwhelmingly favours academic degrees, whi-
le intermediate and higher technical offerings 
are comparatively tiny. The labour market does 
not need an ever-growing supply of academic 
degrees. Between a fifth and a third of our gra-
duates take non-graduate jobs. The extra return 
for having a degree varies wildly according to 
subject and institution. For many, the returns are 
paltry.
Mr Halfon said that there is a strong need for in-
termediate skills. “There are skills shortages in 
several sectors. And there are millions ______(2) 
people who want to get on in life – preferably 
without spending £50,000 on academic degre-
es,” he added. “There has been growing concern 
about the amount of debt students are accumu-
lating and the interest being charged on that 
debt.”
A spokesman for UUK (a representative organisa-
tion for the UK’s universities) said: “Official figures 
are clear that, on average, university graduates 
continue to earn substantially more than non-
-graduates and are more likely to be in employ-
ment. A university degree remains an excellent 
investment.
“We must, however, be careful to avoid using gra-
duate salaries as the single measure of success in 
higher education. Many universities specialise in 
fields such ______(3) the arts, the creative indus-
tries, nursing and public sector professions that, 
despite making an essential contribution to so-
ciety and the economy, pay less on average.”
Adapted from http://www.bbc.co.uk/news/educa-
tion-42923529
Choose the alternative containing the correct 
words to respectively complete gaps (1), (2) 
and (3).
a) at, of, to d) in, with, an
b) to, on, a e) with, of, as
c) by, on, that
7. Which is the correct option to complete the text 
below?
Chock-a-block
Today, this adjective means ‘crammedfull with 
people or things’ (the narrow roads are chock-a-
-block with vehicles).
Chock derives ,_____ , chock-full, a Middle En-
glish word______unknown origin meaning 
“very full’. It rhymes nicely______the block in 
question, more fully known as a pulley block, 
part______ a block and tackle. This is a device 
much used______, boats and elsewhere to make 
lifting heavy weights less demanding.
(https ://blog.oxforddictionaries.com)
a) of /with / for / of / in
b) of/of / for / in / on
c) from / with / with / from / in
d) from / with / to / of / for
e) from / of / with / of / on
8. Which option completes the paragraph below 
correctly?
In places with electricity, artificial lighting has 
prolonged our experience of daylight, allowing 
us ______ productive for longer. At the same 
time, it has cut nighttime short, and so to get 
enough sleep we now have______it all in one go. 
PREPOSIçãO | CAPÍTULO 13
INGLÊS 111
Now, “normar sleep requires forgoing the periods 
of wakefulness that used______up the night; we 
simply don’t have time for a midnight chat with 
the neighbor any longer. “But people with parti-
cularly strong circadian rhythms continue,____ , 
up in the night.(https ://amp.livescience.com)
a) being / to do / to break / wake
b) be / do / breaking / to wake
c) to be / to do / to break / to wake
d) to be / do / to break / waking
e) being / doing / breaking / wake
9. Which option completes the text below correctly?
School is exhausting! I’m so tired! I can’t keep up 
______all the readings and assignments. It’s too 
much work! But l won’t drop_____. I need this 
degree. I don’t want to put_____my dreams any 
longer. I need to have the money to carry them 
____ as soon as possible, but I’m really looking 
forward_____the spring break. I need to rest a 
little.
a) with / up / away / out / for
b) to /in /away /on /for
c) for / out /off /on /to
d) to /up /up /on /for
e) with /out /off /out /to
10. Considerando o contexto e a gramática da lín-
gua inglesa, assinale a alternativa cuja sequên-
cia de palavras preenche, CORRETA e RESPEC-
TIVAMENTE, as lacunas dos textos 2, 3 e 4.
a) AT / BESIDE / ON
b) IN / FROM / WITH
c) ON / UNDER / WITHOUT
d) AT / FROM / OUTSIDE
e) UNDER / OF / INSIDE
11. Considerando o contexto e gramática da lín-
gua inglesa, assinale a alternativa cuja pala-
vras completam CORRETAMENTE as lacunas 
dos cartuns (textos 2, 3 e 4).
a) ABOUT / BY / LIKE
b) ON / BETWEEN / AFTER
c) UNDER / AT / AFTER
d) BETWEEN / IN / LIKE
e) ABOUT / WITHOUT / UNDER
12. Fill in the blanks with the option that best com-
pletes the text. 
a) over / in
b) in / along
c) at / along
d) on / across
13. Choose the best alternative to complete the 
blank in the text. 
CAPÍTULO 13 | PREPOSIçãO
INGLÊS112
a) on
b) for
c) into
d) until
14. The words “after”, “in”, “of” and “from”, in bold in 
the text, are __________.
a) articles
b) adverbs
c) pronouns
d) prepositions
15. Choose the alternative that correctly completes 
the sentence below.
John wanted_____find a new apartment_______
the city center but they were not____ _ him.
a) to – in – in
b) for to – on – into
c) for-in-onto
d) to – in – for
e) to – on – on
16. Which is the correct way to complete the para-
graph below?
Gaga Monstraparva
Scientists ______Duke University,_____ , the US 
named a new genus of ferns discovered throu-
ghout the Americas ______ pop superstar Lady 
Gaga. When examining the ferns’ DNA, the scien-
tists spotted the base pair sequence G-A-G-A – 
just like the singer. They also noted the ferns dis-
play gender fluidity, a major theme ______Lady 
Gaga’s work.
(Adapted from http: / / blog, oxforddictionaries 
.com)
a) at / in / after / in
b) of /o f /before /at
c) at / on / before / on
d) of/ in /after/at
e) on /of/after/on
17. Complete the paragraph with a proper preposi-
tion.
I’m Hannah and I work _______ an Office in Lon-
don.
During the week, I get up_______six-thirty.
I go_______ work by subway, but_______Sun-
days I like waking up
late because I don’t work_______weekends.
Choose the right option to fill in the gaps with 
the correct prepositions.
a) in / at / to / on / on
b) at / at / to / in / at
c) on / about / at / at / on
d) at / about / at / on / at
e) in /about / to / in / at
18. Fill in the blank with the suitable prepositions.
a) from / from
b) from / to
c) at / from
d) to / from
19. Complete the sentence with the correct re-
sponse.
Frida Kahlo, a master ____the art of surrealism, is 
_____ icon of Mexican popular culture.
a) from – the
b) to – the
c) by – an
d) of – an
20. Choose the correct option to complete the 
blanks.
“My name is Tyler Benson and I work _______ 
an office in New York City. During the week, 
PREPOSIçãO | CAPÍTULO 13
INGLÊS 113
I get up _______ six-thirty. I go _______ work 
_______ train, but _______ Fridays I drive my 
car so I can visit my mother _______ the af-
ternoon. I start work _______ a quarter to 
nine and I have lunch _______ work. _______ 
the summer, I work different hours because 
_______ June 15th, we change to the sum-
mer timetable. It`s very hot in New York City 
_______ August, so most people go on vaca-
tion.”
a) on – at – for – to – on – at – to – on – On – in – 
on
b) for – at – for – by – in – on – on – at – At – on – 
at
c) by – at – to – on – in – in – at – in – In – on – in
d) in – at – to – by – on – in – at – at – In – on – in
21. The opposite of “under” in “under the sea” is:
a) beside.
b) above.
c) at.
d) in.
22. Read the text and answer the question.
Part of New Bicycle Path Collapses in Rio de 
Janeiro Leaving Two Deaths
The Rio Fire Department says two people died 
__ Thursday, April 21, after a part __ the recently 
inaugurated bicycle path on Niemeyer avenue, 
__ the south zone of Rio de Janeiro.
The path was named after Brazilian singer Tim 
Maia and is located between Niemeyer avenue 
and a cliff, hanging over the sea
The path is a connection between Leblon beach 
and São Conrado, both in the city’s south zone. 
The bike path was inaugurated earlier this year, 
on January 17, and cost R$ 44,7 million.
Glossary
Hanging over – suspenso sobre
Fill in the blanks with the appropriate preposi-
tions to complete the text.
a) in – on – of
b) on – of – in
c) of – in – on
d) in – of – on
23. Choose the right option to complete the sen-
tences below.
Is flooding ________ control? Engine room re-
mains ________ stand-by. Rope ______ flooded 
area. Change paper _____ the dataloguer. The 
officer is _____ the bridge.
a) (under)/ (on)/ (off)/(of )/(on)
b) (under)/ (on)/ (on)/ (of )/(on)
c) (under)/ (in)/ (off)/ (in)/ (in)
d) (in)/( on)/ (off)/ (on)/ (in)
e) (in) / (in) / (in) / (of ) / (on)
24. TEXT III
A new Aviation English Test Speaks of Pilots’ 
voices and aviation safety
In addition ___(1) the development ___(2) va-
rious tests ___(3) response ___(4) the ICAO’s lan-
guage proficiency requirement, a new test has 
been designed using flight simulators, ___(5) 
consideration of both the test takers and the 
ICAO’s fundamental focus ___(6) aviation safety. 
The test provides a familiar and work-related tes-
ting environment ___ (7) pilots, an efficient and 
cost-effective test system ___(8) airlines, and in-
ternational credibility and valid evaluation tools 
to states, while fully covering both aviation and 
plain English Assessment needs.
(Jason Park and Tyler Kong ALTEON Training Asia 
LLC Seoul, Korea.)
Choose the option in which all words are cor-
rect to complete TEXT III above.
a) 1 – to 2 – of 3 – as 4 – to 5 – on 6 – in 7 – for 
8 – for
b) 1 – to 2 – of 3 – in 4 – to 5 – in 6 – in 7 – for 8 – 
for
c) 1 – to 2 – of 3 – in 4 – to 5 – in 6 – on 7 – to 8 – 
to
d) 1 – of 2 – of 3 – about 4 – for 5 – on 6 – on 7 – 
for 8 – for
25. Fill in the blank with the suitable preposition. 
a) On
b) At
c) In
d) From
CAPÍTULO 13 | PREPOSIçãO
INGLÊS114
26. Fill in the blanks with the correct prepositions, 
respectively
“Weather ____ north of England will get worse 
___ Friday. The weekend temperature will be ___ 
3 degrees and therewill be snow during the ni-
ght”.
a) on / on / in
b) in / on / at
c) in / in / at
d) at / in / on
27. Fill in the blanks with the suitable options, re-
spectively:
a) by – by
b) to – to
c) for – for
d) from – from
28. Fill in the blank with a suitable option:
a) In
b) For
c) Since
d) During
29. Fill in the blank with the appropriate word to 
complete the text: 
a) One
b) Among
c) Between
d) Considering
30. Choose the correct alternative to fill in the blanks, 
respectively
a) at/ of c) at / to
b) in / at d) in / of
GABARITO
01. Resposta: C
Resolução: De acordo com as normas gramaticais, 
a preposição para dias de semana é a ON. Neste caso, 
a preposição indica NA sexta-feira.
A Preposição BECAUSE é utilizada para indicar a 
razão por qual algo acontece. Enquanto a preposição 
AT é usada para indicar local.
BUT é uma preposição utilizada para linkar ideias 
com contraste
02. Resposta: A
Resolução: Segundo a gramática inglesa, a prepo-
sição from é usada para indicar a original ou ponto de 
partida de alguém ou algo. Portanto, é correto dizer 
que as pessoas escaparam da fumaça utilizando from.
PREPOSIçãO | CAPÍTULO 13
INGLÊS 115
Já a preposição “Through” pode ser traduzido 
como “através”. Neste caso, o texto podemos inferir 
que a lava voava através do air.
A preposição “across” pode ser traduzido como “ 
atravessar de um lado para o outro.” Neste caso, po-
demos inferir que a lava atravessou de um ponto da 
estrada para outro até chegar dentro “into” do oceano.
3. Resposta: E
Resolução: Assim como no português, em inglês 
cada verbo tem sua regência própria.
– Verbo congratulate – congratulate somebody 
(on something)
– Verbo discourage – discourage somebody from 
doing something- Verbo marry – marry (so-
mebody) – pode ser intransitivo ou transitivo 
indireto, portanto. Entretanto, a expressão get 
married exige o complemento to.- Verbo dre-
am – tem várias possibilidades – dream of, dre-
am about, dream that.
– Verbo resign – resign from something ou resign 
over something (também pode ser resign as so-
mething).
Observando as regras acima, vemos que o gabarito 
é a letra C.
4. Resposta: D
Resolução: De acordo com a figura, a única alter-
nativa correta é a D.
5. Resposta: B
Resolução: On é uma preposição que indica datas 
e dias específicos, além de de superfícies de locais.
In é uma preposição utilizada para indicar tempo 
e lugar.
At é uma preposição usada em expressões que 
indicam horários, momentos e locais específicos. 
Dependendo do contexto em que se insere, ela pode 
significar “à(s)”, “em”, “na” e “no”.
6. Resposta: E
Resolução: Em inglês, para dizermos que estamos 
obcecados por alguém ou alguma coisa, usamos a ex-
pressões “obsessed with.”
Assim como no português, onde falamos “Milhões 
de algo” também falamos em inglês “million of”.
Para a expressão “tal como” em inglês é necessário 
utilizar o “such as”.
7. Resposta: E
8. Resposta: C
9. Resposta: E
Resolução: No inglês, a sentença “I won’t drop out 
“ significa “Não quero desistir”.
Enquanto o Phrasal verb Put off significa Adiar e 
Carry out significa realizar.
Desta forma, de acordo com o contexto do texto, 
a alternativa mais coerente é a letra E.
10. Resposta: D
Resolução: No primeiro quadrinho usa-se at para 
indicar horários.
No segundo quadrinho, carta teve origem no pen-
tágono, usa-se from para indicar local de origem
Já no terceiro quadrinho, usa-se outside para indi-
car que os soldados então dormindo do lado de fora.
11. Resposta: A
Resolução: Na língua inglesa, quando queremos 
dizer que estamos confusos sobre algo, dizemos que 
estamos conflited about something.
No segundo quadrinho, usa-se o by para explicar 
como algo foi feito.
Usa-se o look like para indicar uma comparação 
física, geralmente entre duas pessoas.
12. Resposta: B
Resolução: A preposição in deve ser utilizada antes 
de países, continentes, regiões, cidades, bairros.
A preposição along é utilizada para indicar que 
algo veio de ponto ao outro. Pode ser traduzido como 
“ao longo”.
13. Resposta: A
Resolução: Em geral, para veículos de comunica-
ção, a preposição utilizada é on, por exemplo: On 
TV/ On radio/On internet etc.
14. Resposta: D
CAPÍTULO 13 | PREPOSIçãO
INGLÊS116
15. Resposta: D
Resolução:Resolução: A preposição to deve ser 
usada para indicar que o verbo está no infinitivo.
Preposição In deve é usada quando falamos de ci-
dades, estados e países.
16. Resposta: A
Resolução: De acordo com a gramatica inglesa. 
utilizamos a preposição at para indicar um lugar de 
referência. Nesse caso, podemos assumir que Duke 
University seja o local onde os cientistas fieram seus 
estudos.
A preposição In é utilizada para indicar cidades, esta-
dos e países. 17. Resposta: A
Resolução: On é uma preposição que indica datas 
e dias específicos, além de de superfícies de locais.
In é uma preposição utilizada para indicar tempo 
e lugar.
At é uma preposição usada em expressões que in-
dicam horários, momentos e locais específicos. De-
pendendo do contexto em que se insere, ela pode sig-
nificar “à(s)”, “em”, “na” e “no”.
18. Resposta: B
Resolução: Quando utilizadas juntas as preposi-
ções “from...to” podem ser traduzidas como “ De...a”, 
indicando que algo ou alguém pode sair de um lugar 
a outro.
19. Resposta: D
Resolução: Devemos utilizar preposição Of para 
indicar que alguém é mestre em algo.
Segundo as normas gramaticais, o artigo indefinido 
an deve preceder substantivos quando começam com 
vogais ou possuem som de vogal. 20. Resposta: D
Resolução: On é uma preposição que indica datas 
e dias específicos, além de superfícies de locais.
In é uma preposição utilizada para indicar tempo, 
lugar e estações do ano.
At é uma preposição usada em expressões que in-
dicam horários, momentos e locais específicos.
To é uma preposição usada para indicar o local 
para onde vamos.
21. Resposta: B
Resolução: A tradução da preposição “under” sig-
nifica “abaixo”. Portanto, a única alternativa possível 
é a B, que indica o oposto. Above significa “acima”.
22. Resposta: B
Resolução: On é uma preposição que indica datas 
e dias específicos. Na questão, é utilizado para indicar 
“na quinta-feira”.
Usamos a preposição of para “part of”, que em sua 
tradução significa “parte de”.
In é uma preposição utilizada para indicar tempo, 
lugar e estações do ano.
23. Resposta: A
24. Resposta: D
25. Resposta: C
Resolução: In é uma preposição utilizada para in-
dicar países, cidades e estados.
26. Resposta: B
Resolução: In é uma preposição utilizada para in-
dicar países, cidades e estados.
On é uma preposição que indica datas e dias espe-
cíficos. Na questão, é utilizado para indicar “na sexta-
-feira”.
At é uma preposição utilzada para indicar a tem-
peratura, seja do tempo ou alimentos.
27. Resposta: A
Resolução: By é uma preposição usada para mos-
trar que uma pessoa ou coisa que faz algo.
Neste caso, na questão, todas as pessoas e a Argen-
tina devem respeitar.
28. Resposta: A
Resolução: A preposição In é utilizada para indicar 
anos e meses.
29. Resposta: B
Resolução: A proposição among se refere a algo ou 
alguém que está entre várias coisas.
30. Resposta: D
3
Texto Literário: existe a opinião pessoal do autor e é 
transmitida através de figuras, enriquecendo o texto de fa-
tores subjetivos Ex: um romance, um conto, uma poesia... 
(Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal).
Texto Não-Literário: transmite a mensagem da forma 
mais clara e objetiva possível, utilizando-se normalmente de 
sentido real para explicar o leitor. Ex: uma notícia de jornal, 
uma bula de medicamento. (Denotação, Claro, Objetivo, In-
formativo). Esse tipo de texto existe para ampliar o nível de 
conhecimento para o leitor. Por isso, não se utiliza de ideias 
argumentativas e não se pretende persuadir, no entanto, pre-
ocupa-se em informar. Assim como por exemplo os manuais 
e as bulas de caixas de remédios etc.
Informativo: Tem a função de informar o leitor a respei-
to de algo ou alguém, é o textode uma notícia de jornal, de 
revista, folhetos informativos, propagandas. Uso da função 
referencial da linguagem, 3ª pessoa do singular.
Descrição: É um texto utilizado para se fazer um retrato 
de um lugar, uma pessoa, um objeto, utilizando-se de adjeti-
vos para melhor se entender o que está sendo descrito. Numa 
abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou 
sentimentos. Além disso, faz uma descrição minuciosa do 
objeto ou da personagem a que o texto se refere.
Narração: A narração é um tipo de texto em que são 
utilizados 5 fatores para se caracterizar como narrativa. Esses 
fatores são: tempo (quando aconteceu o fato narrado?), lugar 
(onde ocorreu?), personagens (quais são as pessoas que estão 
fazendo parte da história?), enredo (a história em sí) e nar-
rador (quem está contando a história?). Os verbos precisam 
estar no passado para haver narrativa. Alguns exemplos de 
narrações são os contos infantis, histórias contadas por fami-
liares de algum acontecimento no passado etc
Dissertação: A dissertação é um texto em que as ideias 
existem para explicar o leitor sobre determinado assunto. A 
intenção principal é informar o leitor do que está sendo es-
crito.
Argumentativo: Os textos argumentativos têm por in-
tenção principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do 
autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de ex-
plicar, também persuade o interlocutor e modifica seu com-
portamento, temos um texto dissertativo-argumentativo. 
Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de solici-
tação, deliberação informal, discurso de defesa e acusação 
(advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, 
editorial.
Exposição: Apresenta informações, expõe; explica, avalia, 
reflete. Estrutura básica; ideia principal; desenvolvimento; 
conclusão. Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos cien-
tíficos, exposições,etc.
Injunção: Indica como realizar uma ação. É também 
utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. 
Utiliza linguagem objetiva e
simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no 
modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente. 
Ex: Receita de um bolo e manuais.
Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas ou 
mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como 
pausas e retomadas.
Entrevista: é uma conversa entre duas ou mais pessoas 
(entrevistador e o entrevistado), em que perguntas são fei-
tas pelo entrevistador para obter resposta ou informação do 
entrevistado. Os repórteres entrevistam as seus entrevistados 
para obter fontes seguras em função de realizares sua maté-
rias com informações precisar e confiáveis. Além das infor-
mações, o assunto (pauta) sugere o enfoque a ser trabalhado, 
assim como pessoas a serem entrevistadas. Antes da entrevista 
o repórter costuma reunir o máximo de informações disponí-
veis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será 
entrevistada. Com este material, ele cria perguntas a serem 
feitas para oentrevistado com o intuito de obter informações 
novas e relevantes.
Os sinais de pontuação característicos das entrevistas são 
o ponto de interrogação, o travessão, aspas, reticências, pa-
rêntese e as vezes colchetes, que servem para dar ao leitor 
maior informações que ele supostamente desconhece. O tí-
tulo da entrevista é um enunciado curto que chama a aten-
ção do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar 
todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da página. 
Na maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a le-
tra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo principal da 
entrevista e não vem seguido de ponto final. É um pequeno 
texto e vem em destaque também. A fotografia do entrevista-
do aparece normalmente na primeira página da entrevista e 
pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases 
importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em desta-
que nas outras páginas da entrevista são chamadas de “olho”.
Crônica: Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um 
gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o 
deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cro-
nológica, ou trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. 
Lendo esse texto, você conhecerá as principais características 
da crônica, técnicas de sua redação e terá exemplos.
UNIDADE IInterpretação de Textos 
(Literários e não Literários)
unIdade I | INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) 
PORTUGUÊS4
EXERCÍCIOS
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES.
PARA QUEM QUER APRENDER A GOSTAR
01 “Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nun-
ca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito 
o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. 
Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gos-
tar é tão fácil que ninguém aceita aprender.
02 Tenho visto muito amor por aí. Amores mesmo, bra-
vios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, 
cheios de entrega, doação e dádiva. Mas esbarram na 
dificuldade de se tornar bonitos. Apenas isso: bonitos, 
belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado 
e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos 
jardineiras.
03 Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e desco-
munais de repente se percebem ameaçados apenas e 
tão-somente porque não sabem ser bonitos: cobram, 
exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de 
compreender; necessitam mais do que oferecem; pre-
cisam mais do que atendem; enchem-se de razões. 
Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo do amor. 
Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) 
de reivindicar, de exigir justiça, eqüidade, equipara-
ção, sem atinar que o que está sem razão talvez passe 
por um momento de sua vida no qual não possa ter 
razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral en-
feia o amor, pois é invocado com justiça, mas na hora 
errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.
04 Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que 
está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando 
do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da 
alegria do encontro, da dor do desencontro a maior 
beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, 
você espera do amor apenas aquilo que é exigido por 
suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse 
pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que 
de vez em quando ele pode trazer. Quem espera mais 
do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. So-
frendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança. E sem 
soltar a criança, nenhum amor é bonito.
05 Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião 
alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça 
de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Reco-
mendam-se: encabulamentos, ser pego em flagrante 
gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapa-
lhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se 
possível com beijos, ‘aquela conversa importante que 
precisamos ter’; arquivar, se possível, as reclamações 
pela pouca atenção recebida. Para quem ama, toda 
atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe 
que pouca atenção pode ser toda a atenção possível. 
Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção 
cobrando a que deixou de ter.
06 Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres 
escritores que vemos a vida como a criança de nariz 
encostado na vitrina cheia de brinquedos dos nossos 
sonhos); não teorize sobre o amor; ame. Siga o destino 
dos sentimentos aqui e agora.
07 Não tenha medo exatamente de tudo o que você 
teme, como: a sinceridade; não dar certo; depois vir a 
sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; con-
tar a verdade do tamanho do amor que sente.
08 Jogue por alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, 
espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio 
ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e 
carência, exatamente aquele você que a vida impede 
de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as 
manhãs. Falando besteira, mas criando sempre. Ga-
guejando flores. Sentindo o coração bater como no 
tempodo Natal infantil. Revivendo os carinhos que 
intuiu em criança. Sem medo de dizer eu quero, eu 
gosto, eu estou com vontade.
09 Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fa-
zer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, 
ou amar fazendo o seu amor bonito (a ordem das fra-
ses não altera o produto), sempre que ele seja a mais 
verdadeira expressão de tudo o que você é, e nunca: 
deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.
10 Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se 
preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora 
da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cui-
dado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o su-
ficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim 
poder começar a tentar fazer o outro feliz.”
(TÁVOLA, Arthur da. “Para quem quer aprender a amar”. In: 
COSTA, Dirce Maura Lucchetti et al. “Estudo de texto: estru-
tura, mensagem, re-criação”. Rio, DIMAC, 1987. P. 25-6)
1. Depreende-se pelo texto que:
a) para os pequenos amores, falta somente a beleza
b) todos os amores nunca têm qualquer obstáculo
c) existem grandes amores que são limitados
d) o limite dos grandes amores está no romantismo
2. É característica do amor bonito:
a) haver uma terceira pessoa no namoro
b) dar muitas explicações sobre o relacionamento amoro-
so
c) cobrar muito da pessoa amada
d) dar-se sem preocupação de mais receber
3. “Sem soltar a criança”, parágrafo 4, revela uma atitude de:
a) livre imaginação
b) raciocínio objetivo
c) dedução racional
d) indução imposta
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
Qualquer economia que dependa, em grande parte, de 
exportações agrícolas necessita de um eficiente sistema 
de previsão de safras. Nas bolsas de mercadorias de Nova 
Iorque, Londres ou Chicago, os grupos ou países bem infor-
mados sobre as tendências do mercado vão sempre obter 
mais lucros ou, pelo menos, evitar prejuízos. Diante das difi-
culdades encontradas para a definição de acordos mundiais 
que atendam aos interesses de produtores e consumidores, 
a existência desse sistema constitui um excelente meio de 
valorizar a produção de um país.
INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) | unIdade I
PORTUGUÊS 5
Tal fato é de importância capital para o Brasil, ativo parti-
cipante do mercado internacional de produtos de origem 
agrícola. Uma eficiente previsão de safras permite, não há 
dúvida, um adequado planejamento das culturas de ex-
portação. Mas além desse há outros motivos igualmente 
relevantes que justificam a necessidade de sua existência: o 
suprimento do mercado interno com produtos alimentares 
básicos, como arroz, feijão, milho ou mandioca; o planeja-
mento das importações, sobretudo de trigo, de produção 
nacional insuficiente para atender o consumo interno; e o 
planejamento do consumo energético do país, voltado para 
a produção de álcool a partir da cana-de-açúcar.
4. De acordo com o primeiro parágrafo do texto,
a) a valorização da produção agrícola de um país depende 
do seu sistema de previsão de safras.
b) as bolsas de mercadorias garantem lucros ou, pelo me-
nos, evitam prejuízos aos países que exportam produ-
tos agrícolas em grande escala.
c) acordos mundiais que atendam aos interesses de
produtores e consumidores não devem ser estimulados, 
pelas dificuldades que esses entendimentos implicam.
d) um excelente meio de valorizar a produção de um país 
é competir com produtores do porte dos que atuam em 
regiões como Nova Iorque, Londres ou Chicago.
e) informações privilegiadas no setor de produção agríco-
la para exportação garantem grandes lucros a alguns 
grupos “bem informados”.
5. O segundo parágrafo do texto permite inferir corretamente 
que
a) o Brasil não terá mais problemas de suprimento do mer-
cado interno com produtos básicos quando diminuir a 
exportação de produtos agrícolas.
b) um adequado sistema de previsão de safras permiti-
ria ao Brasil deixar de importar produtos alimentícios, 
como, por exemplo, o trigo.
c) a produção de álcool a partir da cana-de-açúcar coloca 
o Brasil entre os principais participantes do mercado in-
ternacional.
d) um eficiente sistema de previsão de safras agrícolas ga-
rantiria ao Brasil o controle não só de aspectos externos, 
como também de internos, no setor de alimentos e de 
energia.
e) a previsão de safras é importante para todos os países 
no que se refere, unicamente, ao planejamento das cul-
turas de exportação.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
A CASA MATERNA
01 Há, desde a entrada, um sentimento de tempo na casa 
materna. As grades do portão têm uma velha ferru-
gem e o trinco se oculta num lugar que só a mão filial 
conhece. O jardim pequeno parece mais verde e úmi-
do que os demais, com suas palmas, tinhorões e sa-
mambaias que a mão filial, fiel a um gesto de infância, 
desfolha ao longo da haste.
02 É sempre quieta a casa materna, mesmo aos domin-
gos, quando as mãos filiais se pousam sobre a mesa 
farta do almoço, repetindo uma antiga imagem. Há 
um tradicional silêncio em suas salas e um dorido re-
pouso em suas poltronas. O assoalho encerado, sobre 
o qual ainda escorrega o fantasma da cachorrinha 
preta, guarda as mesmas manchas e o mesmo taco 
solto de outras primaveras. As coisas vivem como em 
prece, nos mesmos lugares onde as situaram as mãos 
maternas quando eram moças e lisas. Rostos irmãos se 
olham dos porta-retratos, a se amarem e compreen-
derem mudamente. O piano fechado, com uma longa 
tira de flanela sobre as teclas, repete ainda passadas 
valsas, de quando as mãos maternas careciam sonhar.
03 A casa materna é o espelho de outras, em pequenas 
coisas que o olhar filial admirava ao tempo em que 
tudo era belo: o licoreiro magro, a bandeja triste, o 
absurdo bibelô. E tem um corredor à escuta, de cujo 
teto à noite pende uma luz morta, com negras abertu-
ras para quartos cheios de sombra. Na estante junto à 
escada há um TESOURO DA JUVENTUDE com o dorso 
puído de tato e de tempo. Foi ali que o olhar filial pri-
meiro viu a forma gráfica de algo que passaria a ser 
para ele a forma suprema da beleza: o verso.
04 Na escada há o degrau que estala e anuncia aos ouvi-
dos maternos a presença dos passos filiais. Pois a casa 
materna se divide em dois mundos: o térreo, onde 
se processa a vida presente, e o de cima, onde vive a 
memória. Embaixo há sempre coisas fabulosas na ge-
ladeira e no armário da copa: ROQUEFORT amassado, 
ovos frescos, mangas-espadas, untuosas compotas, 
bolos de chocolate, biscoitos de araruta – pois não 
há lugar mais propício do que a casa materna para 
uma boa ceia noturna. E porque é uma casa velha, 
há sempre uma barata que aparece e é morta com 
uma repugnância que vem de longe. Em cima ficam 
os guardados antigos, os livros que lembram a infân-
cia, o pequeno oratório em frente ao qual ninguém, 
a não ser a figura materna, sabe por que queima às 
vezes uma vela votiva. E a cama onde a figura paterna 
repousava de sua agitação diurna. Hoje, vazia.
05 A imagem paterna persiste no interior da casa mater-
na. Seu violão dorme encostado junto à vitrola. Seu 
corpo como que se marca ainda na velha poltrona da 
sala e como que se pode ouvir ainda o brando ronco 
de sua sesta dominical. Ausente para sempre da casa 
materna, a figura paterna parece mergulhá-la doce-
mente na eternidade, enquanto as mãos maternas 
se fazem mais lentas e as mãos filiais mais unidas em 
torno à grande mesa, onde já agora vibram também 
vozes infantis.
(MORAES, Vinícius. O MELHOR DE VINÍCIUS DE MORAES. SP: 
Companhia das Letras, 1994.)
Na(s) questão(ões) a seguir escreva no espaço apropriado a 
soma dos itens corretos
6. Sobre a crônica “A casa materna”, pode-se dizer que Vinícius 
de Moraes:
01. sugere que a mãe tocava valsas que a faziam sonhar;
02. ressalta a união da família quando se refere às mãos 
filiais mais unidas em torno à grande mesa;
04. utiliza a poesia na sua crônica e ressalta que o verso é 
a forma suprema da beleza;
unIdade I | INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) 
PORTUGUÊS6
08. descrevea casa materna apenas como o lugar em que 
nasceu e viveu parte de sua vida;
16. refere-se à casa materna com palavras que denotam 
lirismo, saudade e emotividade.
 Soma ( )
7. Marque as máximas populares (adágios populares) que se 
adequam ao texto de Vinícius de Moraes.
01. Quem semeia amor colhe saudade.
02. Mudam os tempos, mudam os costumes.
04. Amor com amor se paga.
08. Saudade é a presença dos ausentes.
16. Longe dos olhos, longe do coração.
 Soma ( )
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 7 QUESTÕES.
MEU CARO DEPUTADO
O senhor nem pode imaginar o quanto eu e a minha famí-
lia ficamos agradecidos. A gente imaginava que o senhor 
nem ia se lembrar de nós, quando saiu a nomeação do Ota-
vinho meu filho. Ele agora está se sentindo outro. Só fala no 
senhor, diz que na próxima campanha vai trabalhar ainda 
mais para o senhor. No primeiro dia de serviço ele queria 
ir na repartição com a camiseta da campanha mas eu não 
deixei, não ia ficar bem, apesar que eu acho que o Otavinho 
tem muita capacidade e merecia o emprego. Pode mandar 
puxar por ele que ele dá conta, é trabalhador, responsável, 
dedicado, a educação que ele recebeu de mim e da mãe foi 
sempre no caminho do bem.
Faço questão que na próxima eleição o senhor mande mais 
material que eu procuro todos os amigos e os conhecidos. O 
Brasil precisa de gente como o senhor, homens de reputa-
ção despojada, com quem a gente pode contar. Meu vizinho 
Otacílio, a mulher, os parentes todos também votaram no se-
nhor. Ele tem vergonha, mas eu peço por ele, que ele merece: 
ele tem uma sobrinha, Maria Lúcia Capistrano do Amara, que 
é professora em Capão da Serra e é muito adoentada, mas o 
serviço de saúde não quer dar aposentadoria. Posso lhe ga-
rantir que a moça está mesmo sem condições, passa a maior 
parte do tempo com dores no peito e na coluna que nenhum 
médico sabe o que é. Eu disse que ia falar com o senhor, meu 
caro deputado, não prometi nada, mas o Otavinho e a mu-
lher tem esperanças que o senhor vai dar um jeitinho. É gente 
muito boa e amiga, o senhor não vai se arrepender.
Mais uma vez obrigado por tudo, Deus lhe pague. O Otavi-
nho manda um abraço para o senhor. Aqui vai o nosso abra-
ço também. O senhor pode contar sempre com a gente.
Miroel Ferreira (Miré)
8. O autor dessa carta tem como principais objetivos
a) informar sobre a família, parabenizar pela vitória políti-
ca e dar testemunho de afetividade.
b) agradecer uma nomeação, cobrar realização de antiga 
promessa e condicionar seu empenho futuro ao cum-
primento desta.
c) reforçar um vinculo de favores, fazer novo pedido e ga-
rantir seus préstimos.
d) demonstrar gratidão, hipotecar solidariedade e mani-
festar confiança na imparcialidade do destinatário.
e) reforçar um vinculo afetivo, interpretar a aspiração de sua 
classe profissional e lembrar os bons serviços prestados.
9. O argumento de ordem prática de que se vale o autor da 
carta para obter do destinatário o favor solicitado está na 
frase:
a) “nenhum médico sabe o que é”.
b) “a gente imaginava que o senhor nem ia se lembrar de 
nós”.
c) “o Brasil precisa de gente como o senhor”.
d) “é gente muito boa e amiga”.
e) “meu vizinho Otacílio, a mulher, os parentes todos tam-
bém votaram no senhor”.
10. A convicção manifestada pelo autor da carta na frase “o Bra-
sil precisa de gente como o senhor”, na qual é valorizada a 
defesa das causas coletivas, vem desmentida por esta outra 
frase:
a) “O senhor vai dar um jeitinho”.
b) “O senhor pode contar sempre com a gente”.
c) “A educação que ele recebeu de mim e da mãe foi sem-
pre no caminho do bem”.
d) “É trabalhador, responsável, dedicado”.
e) “Homens de reputação despojada, com quem a gente 
pode contar”.
11. Em relação à frase “O Brasil precisa de gente como o senhor, 
homens de reputação despojada, com quem a gente pode 
contar”, a única afirmação correta é:
a) A expressão “homens de reputação despojada” funcio-
na como aposto de um sujeito.
b) As duas ocorrências de GENTE referem-se ao mesmo 
segmento humano.
c) O termo BRASIL é equivalente a TERRITÓRIO NACIONAL.
d) A regência do verbo CONTAR não foi respeitada.
e) O adjetivo DESPOJADA está empregado inadequada-
mente.
12. Considere as seguintes frases:
I. “O Brasil precisa de gente como o senhor (...) com quem 
a gente pode contar”.
II. “Meu vizinho Otacílio, a mulher, os parentes, todos tam-
bém votaram no senhor”.
III. “Ele tem vergonha, mas eu peço por ele”.
As relações lógicas que o autor da carta pretendeu a estabe-
lecer entre as frases anteriores estão explicitadas em:
a) I decorre de II, tendo ambas como pressuposto o que 
está em III.
b) I tem como conseqüência III, já que é verdade o que se 
diz em II.
c) II é efeito de III, já que é verdade o que se diz em I.
d) III é efeito de II, independentemente de I.
e) III é causa de II, independentemente de I.
13. Considerando-se expressões como “no caminho do bem”, 
“trabalhador, responsável, dedicado” e “o Brasil precisa de 
gente como o senhor”, pode-se afirmar que o remetente 
empregou na carta
a) figuras de linguagem com alguma originalidade.
b) termos concretizantes e precisos.
INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) | unIdade I
PORTUGUÊS 7
c) linguagem enraizada em vivências muito pessoais.
d) lugares-comuns pouco definidores.
e) fórmulas retóricas da linguagem afetiva.
14. Expressões como “eu não deixei, não ia ficar bem”, “ele tem 
vergonha, mas eu peço por ele”, revelam
a) a consciência do autor da carta de que a todo direito 
corresponde uma obrigação.
b) certa consciência do caráter anti-ético do clientelismo.
c) convicções de um eleitor que cumpriu seu dever.
d) respeito à norma liberal da igualdade de direitos.
e) humildade de conduta e observância das normas éticas.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
O termo “Política”, em qualquer de seus usos, na linguagem 
comum ou na linguagem dos especialistas e profissionais, 
refere-se ao exercício de alguma forma de poder e, natu-
ralmente, às múltiplas conseqüências desse exercício. Toda 
maneira pela qual o poder é exercido, se reveste de grande 
complexidade, às vezes não aparente à primeira vista. Por 
exemplo, se o governo decreta um novo imposto, esse ato 
não consiste numa decisão que “vai e não volta”. Ao contrá-
rio, a criação de um novo imposto, cuja decretação constitui 
obviamente um ato de poder, ou seja, um ato político, é pre-
cedida, de forma variável conforme o caso, por uma série 
de outros atos em que tomam parte diversos detentores de 
alguma espécie de poder, tais como governantes, técnicos, 
assessores, grupos de interesse, indivíduos ou entidades in-
fluentes e assim por diante. E também se desencadeia uma 
inter-relação entre a “fonte do poder” (a que criou e implan-
tou o imposto) e os submetidos a esse poder (os que, direta 
ou indiretamente, são afetados pelo imposto). Basta pensar 
um pouco para ver como qualquer ato de poder é comple-
xo e cheio de implicações. E é este o terreno da Política.
Contudo, definir a Política apenas como algo relacionado 
ao poder não chega a ser satisfatório. Se pensarmos bem, 
veremos que a frase “a Política tem a ver com o exercício do 
poder” não quer dizer muita coisa, principalmente porque 
há inúmeras dificuldades para que se saiba o que é “po-
der”. Nada impede, por exemplo, que se diga que o poder 
é um fluido mágico, como já se acreditou e ainda se acre-
dita até hoje. Que significa “ter poder”? Não pode ser sim-
plesmente estar investido em algum cargo, pois acontece 
com freqüência que os ocupantes de um cargo qualquer se 
submetam à vontade de outras pessoas, não ocupantes de 
cargo algum – as chamadas “eminências pardas”. Não basta, 
também, usar expressões como “carisma” ou “magnetismo” 
ou “poder do dinheiro”, pois isto tampouco explica muita 
coisa, ou não explica nada. E, pior ainda, o poder só pode ser 
visto, sentido, avaliado, ao exercer-se. Antes do momento 
em que se exerce, ele é somente uma conjectura, uma pre-
sunção, algo que se acha que vai acontecer. Para usar uma 
comparação fácil,a situação é como a que existe antes do 
jogo de um grande time de futebol com um clubezinho do 
interior. O time grande tem “poder” de sobra para vencer os 
desconhecidos obscuros da cidade pequena. Não obstan-
te, pode ocorrer que, num jogo decisivo, o poderoso perca. 
Claro que não é uma coisa “normal”, é uma exceção expli-
cável de mil formas. Mas acontece, da mesma maneira que 
em situações equivalentes na vida social, na coletividade, 
na administração pública.
A tarefa de procurar entender o que é realmente o poder 
deve ser deixada a cargo de gente como os filósofos e teó-
ricos, que têm por ocupação examinar a realidade para além 
dos interesses imediatos das pessoas. É uma tarefa muito 
importante (...). Entretanto, para quem está preocupado com 
problemas mais próximos, como nós, deve-se levar em conta 
que é inútil, em termos práticos, a curto prazo, discutir sobre 
o que é o poder, pois este só se torna visível ao manifestar-se.
Ou seja, é em ação que se analisa o poder. É no processo, na 
interrelação, não na elaboração intelectual abstrata.
Estendendo a analogia futebolística, neste caso muito ilus-
trativa: só se sabe quem ganhou depois que o jogo acaba. 
Antes, tudo está sujeito a fatores no mais das vezes imprevi-
síveis. Assim é também, em tudo, o jogo disso que chama-
mos vagamente de “poder”.
RIBEIRO, João Ubaldo. POLÍTICA; quem manda, por que 
manda, como manda. 2• ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 
1986. p.13-15.
15. O título mais apropriado para o texto é
a) O jogo do poder.
b) O poder e a glória.
c) Os disfarces do poder.
d) Poder: fluido mágico.
e) Querer é poder.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES.
“Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro do ciclo de 
graves crises que ocupa a energia desta nação. A frustração 
cresce e a desesperança não cede.
Empresários empurrados à condição de liderança oficial se 
reúnem em eventos como este, para lamentar o estado de 
coisas. O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica 
pungente ou a auto-absolvição?
É da história do mundo que as elites nunca introduziram 
mudanças que favorecessem a sociedade como um todo.
Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lide-
ranças empresariais aqui reunidas teriam a motivação para 
fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação 
equilibrada precisa ter. Aliás, é ingenuidade imaginar que 
a vontade de distribuir renda passe pelo empobrecimento 
da elite. É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos 
riqueza suficiente para distribuir. Faço sempre, para meu 
desânimo, a soma do faturamento das nossas mil maiores e 
melhores empresas, e chego a um número menor do que o 
faturamento de apenas duas empresas japonesas. Digamos, 
a Mitsubishi e mais um pouquinho. Sejamos francos. Em ter-
mosmundiais somos irrelevantes como potência econômi-
ca, mas ao mesmo tempo extremamente representativos 
como população. “
(“Discurso de Semler aos Empresários”, Folha de S. 
Paulo, 11/09/91)
16. Segundo se depreende do texto, é possível afirmar que:
a) toda mudança social provém do esforço conjunto das 
elites do país;
b) nenhum povo é capaz de alterar suas estruturas sem o 
apoio das elites;
unIdade I | INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) 
PORTUGUÊS8
c) as elites empresariais, produzindo riquezas, aceleram as 
mudanças sociais;
d) em qualquer tempo, as elites sempre se dispõem a par-
ticipar do processo de distribuição de renda;
e) não é próprio das elites lançar projetos que estimulem 
mudanças na sociedade como um todo.
17. Segundo o espírito do texto, pode-se dizer também que, no 
Brasil, só não há melhor distribuição de renda:
a) por falta de uma política econômica melhor dirigida;
b) porque não é do interesse das elites, nem têm elas pos-
sibilidades de favorecer essa distribuição;
c) porque as elites estão sempre com um pé atrás, descon-
fiadas do poder público;
d) porque os recursos acumulados, embora suficientes, 
são manipulados pelas elites;
e) porque, se assim fosse feito, as elites reagiriam ao pro-
cesso de seu empobrecimento.
18. O texto permite afirmar que:
a) potência mundial de peso, o Brasil está entre as maiores 
economias do primeiro mundo;
b) economicamente, o Brasil não tem relevo como potên-
cia de primeira ordem;
c) as dificuldades do Brasil são conjunturais e se devem 
especialmente às pressões internacionais;
d) as indústrias de ponta no Brasil estão entre as que têm 
mais alto faturamento universal;
e) só o idealismo do empresariado brasileiro pode reer-
guer nosso potencial econômico.
19. O ciclo de crises vivido pelo Brasil, segundo o texto, constitui:
a) um componente instigante para vencer nossas dificul-
dades;
b) fator conhecido e repetitivo, desimportante de nossa 
história;
c) algo que não passa de invenção de pessimistas desocu-
pados;
d) recurso eficaz para chamar a atenção para a nossa reali-
dade;
e) outra forma de desgaste e de consumo de nossas energias.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES.
As questões a seguir referem-se ao texto adiante. Analise-as 
e assinale, para cada uma, a alternativa incorreta.
Hino Nacional
Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas, 
com a água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado. 
Precisamos colonizar o Brasil.
O que faremos importando francesas 
muito louras, de pele macia,
alemãs gordas, russas nostálgicas para 
garçonnettes dos restaurantes noturnos. 
E virão sírias fidelíssimas.
Não convém desprezar as japonesas.
Precisamos educar o Brasil. 
Compraremos professores e livros, 
assimilaremos finas culturas,
abriremos dancings e subvencionaremos as elites.
Cada brasileiro terá sua casa
com fogão e aquecedor elétricos, piscina, 
salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.
Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores
do que quaisquer outras; nossos erros também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões…
os Amazonas inenarráveis… os incríveis João-Pessoas…
Precisamos adorar o Brasil.
Se bem que seja difícil caber tanto oceano e tanta solidão 
no pobre coração já cheio de compromissos…
se bem que seja difícil compreender o que querem esses 
homens,
por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus so-
frimentos.
Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado, ele 
quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil. 
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?
Carlos Drummond de Andrade
20. 
a) Geograficamente se denomina uma região com a água 
dos rios no meio (v.3) de ‘mesopotâmica’.
b) ‘E nossas virtudes?’ (v.24) não tem sentido de indagação 
apenas.
c) Quando o Autor afirma ‘Precisamos adorar’ (v.26), ele 
não quer dizer que não o fazemos, só que o fazemos er-
radamente; isto se comprova com a afirmação ‘terríveis 
carinhos’.
d) A proposta de educação para o Brasil (segunda estrofe) 
traz desnacionalização.
e) A Nação rejeita seus componentes (última estrofe).
21. 
a) Não são propriamente as japonesas (v.15) quesão reti-
centes e sim o julgamento que sobre elas se faz.
b) O poema não parece confirmar a lenda das amazonas 
(v.25).
c) A carência brasileira não é só de bem-estar físico.
d) Nesse Hino os versos são brancos.
INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) | unIdade I
PORTUGUÊS 9
e) Através de ‘Precisamos’ (no início de quase todas as 
estrofes) são introduzidos verbos que, no decorrer do 
poema, vão num crescendo cujo clímax está na estrofe 
final.
22. 
a) Esse hino não tem o tom épico do Hino Nacional brasi-
leiro.
b) Nesse hino predomina a função conativa (ou imperati-
va), ele é normativo.
c) O hino de Drummond é tão ufanista quanto o Hino Na-
cional brasileiro.
d) Diferentemente do Hino Nacional brasileiro, este não 
tem estribilho.
e) O ritmo também marca distância entre o Hino Nacional 
do Brasil e o de Drummond.
TEXTOPARA A PRÓXIMA QUESTÃO (...)
Da garrafa estilhaçada, 
no ladrilho já sereno 
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue... não sei. 
Por entre objetos confusos, 
mal redimidos da noite, 
duas cores se procuram, 
suavemente se tocam, 
amorosamente se enlaçam, 
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.
Carlos Drummond de Andrade
23. No fragmento anterior, Carlos Drummond de Andrade 
constrói, poeticamente, a aurora. O que permite visualizar 
este momento do dia corresponde:
a) a objetos confusos mal redimido da noite.
b) à garrafa estilhaçada e ao ladrilho sereno.
c) à aproximação suave de dois corpos.
d) ao enlace amoroso de duas cores.
e) ao fluir espesso do sangue sobre o ladrilho.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
“Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também 
estar imóvel no meio dos céus. Ptolomeu dá argumentos 
astronômicos para tentar mostrar isso. Para entender esses 
argumentos, é necessário lembrar que, na Antigüidade, 
imagina-se que todas as estrelas (mas não os planetas) esta-
vam distribuídas sobre uma superfície esférica, cujo raio não 
parece ser muito superior à distância da Terra aos planetas. 
Suponhamos agora que a Terra esteja no centro da esfera 
das estrelas. Neste caso, o céu visível à noite deve abranger, 
de cada vez, exatamente a metade da esfera das estrelas. E 
assim parece realmente ocorrer: em qualquer noite, de ho-
rizonte a horizonte, é possível contemplar, a cada instante, 
a metade do zodíaco. Se, no entanto, a Terra estivesse longe 
do centro da esfera estelar, então o campo de visão à noi-
te não seria, em geral, a metade da esfera: algumas vezes 
poderíamos ver mais da metade, outras vezes poderíamos 
ver menos da metade do zodíaco, de horizonte a horizonte. 
Portanto, a evidência astronômica parece indicar que a Ter-
ra está no centro da esfera de estrelas. Ese ela está sempre 
nesse centro, ela não se move em relação às estrelas.”
(Roberto de A. Martins, Introdução geral ao Commentarius 
de Nicolau Copérnico)
24. O terceiro período (“Para entender esses... da Terra aos pla-
netas.”) representa, no texto,
a) o principal argumento de Ptolomeu.
b) o pressuposto da teoria de Ptolomeu.
c) a base para as teorias posteriores à de Ptolomeu.
d) a hipótese suficiente para Ptolomeu retomar as teorias 
anteriores.
e) o fundamento para o desmentido da teoria de Ptolo-
meu.
25. Expressões que, no texto, denunciam subjetividade na 
apresentação dos fatos são:
a) parece também estar imóvel – dá argumentos – é ne-
cessário lembrar.
b) é necessário lembrar – imaginava-se – suponhamos.
c) imaginava-se – esteja – deve abranger.
d) tentar mostrar – suponhamos – parece realmente ocor-
rer.
e) parece realmente ocorrer – é possível contemplar – não 
se move.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
– Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber, 
têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as pos-
sui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se 
puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos co-
nhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo con-
tacto com outros homens, é como se eles não existissem. Os 
frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto 
como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não 
valem nada; ou, por outras palavras mais enérgicas, não há 
espetáculo sem espectador. Um dia, estando a cuidar nes-
tas coisas, considerei que, para o fim de alumiar um pouco o 
entendimento, tinha consumido os meus longos anos, e, ali-
ás, nada chegaria a valer sem a existência de outros homens 
que me vissem e honrassem; então cogitei se não haveria 
um modo de obter o mesmo efeito, poupando tais traba-
lhos, e esse dia posso agora dizer que foi o da regeneração 
dos homens, pois me deu a doutrina salvadora.
(Machado de Assis, O segredo do bonzo)
26. De acordo com o texto,
a) os homens que sabem ouvir e contemplar tornam-se 
sábios e virtuosos.
b) a virtude e o saber adquirem existência quando com-
partilhados pelos homens.
c) a virtude e o saber existem no espírito do homem que 
consegue perceber a dualidade da existência.
d) a virtude e o saber, por terem realidades paralelas, de-
vem ser conquistados individualmente.
e) o homem sábio e virtuoso, para iluminar-se, deve bus-
car uma vida isolada e contemplativa.
unIdade I | INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) 
PORTUGUÊS10
27. No texto, ao afirmar “então cogitei se não haveria um modo 
de obter o mesmo efeito, poupando tais trabalhos”, a perso-
nagem:
a) expressa a intenção de divulgar seus conhecimentos, 
aproximando-se dos outros homens.
b) procura convencer o leitor a poupar esforços na busca 
do conhecimento.
c) demonstra que a virtude e o saber exigem muito traba-
lho dos homens.
d) resume no conceito da doutrina salvadora, desenvolvi-
da no parágrafo.
e) exprime a idéia de que a admiração dos outros é mais 
importante do que o conhecimento em si.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
Os principais problemas da agricultura brasileira referem-
-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo 
caráter truncado da modernização, do que à persistência de 
segmentos que dela teriam ficado imunes. Se hoje existem 
milhões de estabelecimentos agrícolas marginalizados, isso 
se deve muito mais à natureza do próprio processo de mo-
dernização, do que à sua suposta falta de abrangência.
(Folha de S. Paulo, 13/09/94, 2-2)
28. Segundo o texto,
a) o processo de modernização deve tornar-se mais abran-
gente para implementar a agricultura.
b) os problemas da agricultura resultam do impacto cau-
sado pela modernização progressiva do setor.
c) os problemas da agricultura resultam da inadequação 
do processo de modernização do setor.
d) segmentos do setor agrícola recusam-se a adotar pro-
cessos de modernização.
e) os problemas da agricultura decorrem da não moderni-
zação de estabelecimentos agrícolas marginalizados.
29. No trecho “à persistência de segmentos que dela teriam fi-
cado imunes.”, a expressão teriam ficado exprime:
a) o desejo de que esse fato não tenha ocorrido.
b) a certeza de que a imunidade à modernização é própria 
de estabelecimentos agrícolas marginalizados.
c) a hipótese de que esse fato tenha ocorrido.
d) a certeza de que esse fato realmente não ocorreu.
e) a possibilidade de a imunidade à modernização ser de-
corrente da persistência de certos segmentos.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
– Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
– Esquece.
– Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o 
certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Mo diga.
Ensines-lo-me, vamos.
– Depende.
– Depende. Perfeito. Não o sabes.
 Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
– Está bem. Está bem. Desculpe. Fale como quiser.
(L.F. Veríssimo, Jornal do Brasil, 30/12/94)
30. O texto tem por finalidade
a) satirizar a preocupação com o uso e a colocação das for-
mas pronominais átonas.
b) ilustrar ludicamente várias possibilidades de combina-
ção de formas pronominais.
c) esclarecer pelo exemplo certos fatos da concordância 
de pessoa gramatical.
d) exemplificar a diversidade de tratamentos que é co-
mum na fala corrente.
e) valorizar a criatividade na aplicação das regras de uso 
das formas pronominais.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que tinha ele 
feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de 
estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de 
contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua 
mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava 
na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, 
como ela o condecorava? Matando-o. E o que não deixara de 
ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não 
pandegara, não amara – todo esse lado da existência que pa-
rece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele 
não provara, ele não experimentara.
Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por 
ele fizera a tolice de estudar inutilidades.Que lhe impor-
tavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em que lhe 
contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do 
Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. 
Foi? Não. Lembrou-se das suas causas de tupi, do folklore, 
das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua 
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
Lima Barreto
31. O trecho acima pertence ao romance O TRISTE FIM DE PO-
LICARPO QUARESMA, de Lima Barreto. Da personagem que 
dá título ao romance, podemos afirmar que:
a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com 
afinco as coisas brasileiras.
b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado 
com a realidade brasileira.
c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida 
toda e foi condenado à morte justamente pelos valores 
que defendia.
d) foi considerado traidor da pátria, porque participou da 
conspiração contra Floriano Peixoto.
e) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pes-
soas que o cercavam.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
GOLS DE COCURUTO
O melhor momento do futebol para um tático é o minuto 
de silêncio. É quando os times ficam perfilados, cada joga-
dor com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que 
lhes foi designado no esquema – e parados.
Então o tático pode olhar o campo como se fosse um qua-
dro negro e pensar no futebol como alguma coisa lógica 
e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os 
jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido 
INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) | unIdade I
PORTUGUÊS 11
pelo imponderável, esse inimigo mortal de qualquer es-
trategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas 
cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exem-
plo. Tático exemplar, planejava todo o jogo numa mesa de 
botão. Da entrada em campo até a troca de camisetas, in-
cluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico de sucesso mas 
nunca conseguiu uma reputação no campo à altura de sua 
reputação no vestiário. Falava um jogo e o time jogava ou-
tro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus botões 
eram mais inteligentes do que seus jogadores.
(L. F. Veríssimo, O Estado de São Paulo, 23/08/93)
32. A tese que o autor defende é a de que, em futebol,
a) o planejamento tático está sujeito à interferência do 
acaso.
b) a lógica rege as jogadas.
c) a inteligência dos jogadores é que decide o jogo.
d) os momentos iniciais decidem como será o jogo. a dinâ-
mica do jogo depende do planejamento que o técnico 
faz.
33. No texto, a comparação do campo com um quadro negro 
aponta
a) o pessimismo do tático em relação ao futuro do jogo.
b) um recurso utilizado no vestiário.
c) a visão de jogo como movimento contínuo.
d) o recurso didático preferido pelo técnico Tim.
e) um meio de pensar o jogo como algo previsível.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES.
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não co-
nheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e 
nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha,ou antes, a 
culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efei-
to, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que 
serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de 
jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não 
vêm, ou vêm muito numerosas – e a folha permanece meio 
escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que 
me desagradam. Não vale a pena tentar corrigilas.
Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam – inquietação terrível, de-
sejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, 
como fazíamos todos os dias, e esta hora. Saudade? Não, 
não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas 
palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de 
fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não 
consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, 
deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vul-
tos indistintos na escuridão.
Lá fora os sapos arengavam, o vento gemia, as árvores do 
pomar tornavam-se massas negras.
– Casimiro!
Casimiro Lopes estava no jardim, acocorado ao pé da janela, 
vigiando.
– Casimiro!
A figura de Casimiro Lopes aparece à janela, os sapos gri-
tam, o vento sacode as árvores, apenas visíveis na treva. 
Maria das Dores entra e vai abrir o comutador. Detenho-a: 
não quero luz.
O tique-taque do relógio diminui, os grilos começam a can-
tar. E Madalena surge no lado de lá da mesa. Digo baixinho:
– Madalena!
A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. 
Também já não a vejo com os olhos.
Estou encostado na mesa, as mãos cruzadas. Os objetos 
fundiram-se, e não enxergo sequer a toalha branca.
– Madalena...
A voz de Madalena continua a acariciar-me. Que diz ela? Pe-
de-me naturalmente que mande algum dinheiro a mestre 
Caetano. Isto me irrita, mas a irritação é diferente das ou-
tras, é uma irritação antiga, que me deixa inteiramente cal-
mo. Loucura estar uma pessoa ao mesmo tempo zangada 
e tranqüila. Mas estou assim. Irritado contra quem? Contra 
mestre Caetano. Não obstante ele ter morrido, acho bom 
que vá trabalhar. Mandrião!
A toalha reaparece, mas não sei se é esta toalha que tenho 
sobre as mãos cruzadas ou a que estava aqui há cinco anos.
Rumor do vento, dos sapos, dos grilos. A porta do escritório 
abre-se de manso, os passos de seu Ribeiro afastam-se. Uma 
coruja pia na torre da igreja. Terá realmente piado a coruja? 
Será a mesma que piava há dois anos? Talvez seja até o mes-
mo pio daquele tempo.
Agora seu Ribeiro esta conversando com D. Glória no salão. 
Esqueço que eles me deixaram e que esta casa está quase 
deserta.
– Casimiro!
Penso que chamei Casimiro Lopes. A cabeça dele, com 
o chapéu de couro de sertanejo, assoma de quando em 
quando à janela, mas ignoro se a visão que me dá é atual 
ou remota.
Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis: encolerizo-me 
e enterneço-me; bato na mesa e tenho vontade de chorar.
Aparentemente estou sossegado: as mãos continuam cru-
zadas sobre a toalha e os dedos parecem de pedra. Entre-
tanto ameaço Madalena com o punho. Esquisito. Distingo 
no ramerrão da fazenda as mais insignificantes minudên-
cias. Maria das Dores, na cozinha, dá lição ao papagaio. Tu-
barão rosna acolá no jardim. O gado muge no estábulo.
O salão fica longe: para irmos lá temos de atravessar um 
corredor comprido. Apesar disso a palestra de seu Ribeiro 
e D. Glória é bastante clara. A dificuldade seria reproduzir 
o que eles dizem. É preciso admitir que estão conversando 
sem palavras.
Padilha assobia no alpendre. Onde andará Padilha?
Se eu convencesse Madalena de que ela não tem razão... Se 
lhe explicasse que é necessário vivermos em paz... Não me 
entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será 
muito diferente do que esperamos.
Absurdo.
Há um grande silêncio. Estamos em julho. O nordeste não 
sopra e os sapos dormem. Quanto às corujas,
unIdade I | INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) 
PORTUGUÊS12
Marciano subiu ao forro da igreja e acabou com elas a pau. 
E foram tapados os buracos de grilos.
Repito que tudo isso continua a azucrinar-me.
O que não percebo é o tique-taque do relógio. Que horas 
são? Não posso ver o mostrador assim às escuras. Quando 
me sentei aqui, ouviam-se as pancadas do pêndulo, ou-
viam-se muito bem. Seria conveniente dar corda ao relógio, 
mas não consigo mexer-me.
(Ramos, Graciliano, SÃO BERNARDO, Rio de Janeiro, Record, 
1989)
34. Escolha a alternativa que explica melhor o que se está pas-
sando com a personagem-narrador, Paulo Honório.
a) Abandonado há pouco pela amada, encontra-se numa 
fase transitória de solidão.
b) Preocupado em compreender o que se passou, busca 
recompor a imagem difusa da amada.
c) Trata-se simplesmente de um sadomasoquista a escara-
funchar sentimentos idos e vividos.
d) Percebe-se a existênciade um homem de extrema sen-
sibilidade, esmagado por um golpe da fatalidade.
e) Entre ele e a amada havia tal quantidade de problemas 
que a convivência se tornou impossível.
35. A leitura do texto mostra uma interpenetração de pessoas, 
fatos objetos e atos que se misturam, enquanto revelam 
uma escrita dificultosa na apreensão de uma realidade difu-
sa. Dentre as respostas a seguir, qual seria a mais adequada 
para dar conta dessa aparência de caos?
a) Visando ao refinamento da escrita, o romancista emba-
ralha intencionalmente os acontecimentos.
b) Trata-se de técnica modernista, empregada para tradu-
zir confusão e embaralhamento.
c) A dificuldade decorre da natureza do assunto e do esta-
do psicológico do narrador.
d) A interpretração é provocada pela complexidade do as-
sunto e distanciamento dos fatos.
e) Homem rude e agreste, afeito ao trabalho bruto, o nar-
rador não é capaz de ordenar acontecimentos.
36. Escolha a alternativa que retrata melhor, à luz do texto e do 
próprio romance, o sentido da expressão “sou forçado”, pre-
sente no 2º parágrafo.
a) É uma obrigação moral de reparar erro cometido no 
passado.
b) Há uma imposição externa que obriga o narrador a re-
velar seu drama.
c) Existe uma vontade de autopunir-se para livrar se do re-
morso pelo mal cometido.
d) O narrador tem necessidade de escrever para provar sua 
capacidade.
e) Trata-se de um impulso interior, que leva o narrador a 
escrever para autoconhecer-se.
37. “Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis: encolerizo-me 
e enterneço-me: bato na mesa e tenho vontade de chorar.”
Momento central do texto em questão, ajuda a compreen-
der a personalidade e Paulo Honório, personagem-narrador 
do romance. Podemos dizer que se trata de:
a) personagem fraca, abatida pelas circunstâncias.
b) personalidade rica de humanidade, que se perturba 
diante da adversidade.
c) personalidade complexa, perturbada diante dos acon-
tecimentos.
d) homem forte, revoltado contra tudo e contra todos.
e) homem sentimental e lírico, incapaz de conciliar os pró-
prios sentimentos.
38. “A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. 
Também já não a vejo com os olhos.”
A leitura atenta do texto permite dizer que:
a) em virtude de sua perturbação psicológica, o narrador 
não consegue recordar com nitidez os acontecimentos.
b) é puro jogo de palavras sem outra intenção que a de 
confundir aos acontecimentos.
c) a confusão provocada pelo estado de choque do narra-
dor possibilita a recuperação da consciência.
d) fragilizada, a personagem não consegue operar a distin-
ção entre real e imaginário.
e) tudo é possível no estado de convulsão em que se en-
contra o mundo do narrador.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
“O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou 
restituir-se, por sua própria força, contanto que o faça logo.” 
Ao trazer a discussão para o campo jurídico, o antigo magis-
trado tentou amenizar o que dissera; a rigor, no entanto, sus-
citou dúvidas cruéis; que quer dizer “por sua própria força?” 
Será a força física do posseiro, ou essa mais aquela que a ela 
se soma pelo emprego das armas? O parágrafo único do Có-
digo Civil admite dúvidas: “Os atos de defesa, ou de desforço, 
não podem ir além do indispensável à manutenção ou resti-
tuição da posse”. Se o invasor vem armado, o posseiro pode 
usar armas? Se o invasor é plural, vem em bandos, o posseiro 
pode contar com a ajuda de amigos ou contratar seguranças 
(ou até jagunços) para defender o que é seu?
(O Estado de S. Paulo, 04/06/94, A 3)
39. A formulação de uma série de perguntas
a) intenta destacar as contradições do texto legal.
b) visa a pôr o leitor em dúvida sobre a exatidão da citação.
c) pretende representar as inquietações infundadas do 
editorialista.
d) procura chamar a atenção para a injustiça do texto legal.
e) busca desacreditar o argumento representado pela ci-
tação da lei.
40. A frase “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá man-
ter-se, ou restituir-se, por sua própria força, contanto que 
o faça logo”. poderá ser corretamente substituída, SEM que 
haja alteração das relações lógicas, por:
a) Assim que o fez, o possuidor turbado, ou esbulhado, 
pode manter-se, ou restituir-se, por sua própria força.
b) Podendo manter-se, ou restituir-se, por sua própria for-
ça, o possuidor turbado, ou esbulhado, fá-lo-á logo.
c) Fazendo-o logo, o possuidor turbado, ou esbulhado, 
poderá manter-se, ou restituir-se, por sua própria força.
d) O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou 
restituir-se, por sua própria força, mesmo que o faça logo.
INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) | unIdade I
PORTUGUÊS 13
e) O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá, manter-se, 
ou restituir-se, por sua própria força, antes que o façam.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES.
– Primo Argemiro!
E, com imenso trabalho, ele gira no assento, conseguindo 
pôr-se de-banda, meio assim.
Primo Argemiro pode mais: transporta uma perna e se es-
cancha no cocho.
– Que é, Primo Ribeiro?
– Lhe pedir uma coisa... Você faz?
– Vai dizendo, Primo.
– Pois então, olha: quando for a minha hora você não deixe 
me levarem p’ra o arraial... Quero ir mais é p’ra o cemitério 
do povoado... Está desdeixado, mas ainda é chão de Deus... 
Você chama o padre, bem em-antes... E aquelas coisinhas 
que estão numa capanga bordada, enroladas em papel-de-
-venda e tudo passado com cadarço, no fundo da canastra... 
se rato não roeu... você enterra junto comigo... Agora eu não 
quero mexer lá... Depois tem tempo... Você promete?...
– Deus me livre e guarde, Primo Ribeiro... O senhor ainda vai 
durar mais do que eu.
– Eu só quero saber é se você promete...
– Pois então, se tiver de ser desse jeito de que Deus não há-
-de querer, eu prometo.
– Deus lhe ajude, Primo Argemiro.
E Primo Ribeiro desvira o corpo e curva ainda mais a cara. 
Quem sabe se ele não vai morrer mesmo? Primo
Argemiro tem medo do silêncio.
– Primo Ribeiro, o senhor gosta d’aqui?...
– Que pergunta! Tanto faz... É bom p’ra se acabar mais ligei-
ro... O doutor deu prazo de um ano... Você lembra?
– Lembro! Doutor apessoado, engraçado... Vivia atrás dos 
mosquitos, conhecia as raças lá deles, de olhos fechados, 
só pela toada da cantiga... Disse que não era das frutas e 
nem da água... Que era o mosquito que punha um bichinho 
amaldiçoado no sangue da gente... Ninguém não acredi-
tou... Nem o arraial. Eu estive 1á com ele...
– Primo Argemiro o que adianta...
– ... E então ele ficou bravo, pois não foi? Comeu goiaba, co-
meu melancia da beira do rio, bebeu água do Pará e não 
teve nada...
– Primo Argemiro...
– ... Depois dormiu sem cortinado, com janela aberta... Apa-
nhou a intermitente; mas o povo ficou acreditando...
– Escuta! Primo Argemiro... Você está falando de carreira, só 
para não me deixar falar!
– Mas, então, não fala em morte Primo Ribeiro!... Eu, por 
nada que não queria ver o senhor se ir primeiro do que eu...
– P’ra ver!... Esta carcaça bem que está agüentando...
Mas, agora, já estou vendo o meu descanso, que está chega-
-não-chega, na horinha de chegar...
– Não fala isso Primo!... Olha aqui: não foi pena ele ter ido 
s’embora? Eu tinha fé em que acabava com a doença...
– Melhor ter ido mesmo... Tudo tem de chegar e de ir 
s’embora outra vez... Agora é a minha cova que está me cha-
mando... Aí é que eu quero ver! Nenhumas ruindades deste 
mundo não têm poder de segurar a gente p’ra sempre, Pri-
mo Argemiro...
– Escuta Primo Ribeiro: se alembra de quando o doutor deu 
a despedida p’ra o povo do povoado? Foi de manhã cedo, 
assim como agora... O pessoal estava todo sentado nas por-
tas das casas, batendo queixo. Ele ajuntou a gente... Estava 
muito triste... Falou: – ‘Não adianta tomar remédio, porque 
o mosquito torna a picar... Todos têm de se, mudar daqui... 
Mas andem depressa pelo amor de Deus!’ -... -Foi no tempo 
da eleição de seu Major Vilhena... Tiroteio com três mortes...
– Foi seis meses em-antes-de ela ir s’embora...
De branco a mais branco, olhando espantado para ooutro, 
Primo Argemiro se perturbou. Agora está vermelho, muito.
Desde que ela se foi, não falaram mais no seu nome. Nem 
uma vez. Era como se não tivesse existido. E, agora...
João Guimarães Rosa, “Sarapalha”, do livro SAGARANA.
41. “Disse que não era das frutas e nem da água...
Que era o mosquito que punha um bichinho amaldiçoado 
no sangue da gente...”
“O pessoal estava todo sentado nas portas das casas, baten-
do o queixo”.
Estas duas passagens apresentam a causa e os sintomas da 
doença nomeada: “Apanhou a intermitente’’.
Qual das alternativas identifica a doença?
a) febre amarela
b) maleita
c) tifo
d) esquistossomose
e) doença de Chagas
42. “Foi seis meses em-antes-de ela ir- s’embora...” “Desde que 
ela se foi, não falaram mais no seu nome. Nem uma vez. Era 
como se não tivesse existido.”
Estas duas passagens fazem referência explícita ao motivo 
central da narrativa:
a) Primo Ribeiro é casado com Luísa por quem Argemiro 
se apaixona, a ponto de matar o primo.
b) Primo Argemiro é casado com Luísa por quem Ribeiro 
se apaixona, a ponto de provocar a morte do primo.
c) Luísa é casada com Ribeiro, mas apaixona-se por um boia-
deiro que Argemiro mata, em consideração ao primo.
d) Luísa é casada com Ribeiro; o Primo Argemiro é apaixo-
nado por ela, mas ela foge com um boiadeiro.
e) Um boiadeiro, que passa duas vezes pela casa dos pri-
mos Ribeiro e Argemiro, casa-se com Luísa, que morava 
com eles.
43. “Canta, canta, canarinho, ai, ai, ai... Não cantes fora de hora 
ai, ai, ai...
A barra do dia aí vem, ai, ai, ai... Coitado de quem namora!...”
Esta quadrinha é a epígrafe do conto Sarapalha. Ela aponta 
para o clímax da estória que se dá por ocasião:
a) da eleição de seu Major Vilhena: tiroteio com três mortes.
b) da confissão de Argemiro e sua expulsão da casa de Ri-
beiro.
unIdade I | INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) 
PORTUGUÊS14
c) do casamento de Luísa com o boiadeiro e despedida 
dos primos.
d) da morte do boiadeiro, que Argemiro mata em respeito 
ao primo.
e) da declaração de Ribeiro e ruptura deste com o boiadeiro.
44. João Guimarães Rosa, em Sagarana, permite ao leitor obser-
var que:
a) explora o folclórico do sertão.
b) em episódios muitas vezes palpitantes surpreende a re-
alidade nos mais leves pormenores e trabalha a lingua-
gem com esmero.
c) limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro.
d) é muito sutil na apresentação do cotidiano banal do ja-
gunço.
e) é intimista hermético.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Em nossa última conversa, dizia-me o grande amigo que 
não esperava viver muito tempo, por ser um “cardisplicente”
– O quê?
– Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio coração.
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário.
– “Cardisplicente” não existe, você inventou – triunfei.
– Mas se eu inventei, como é que não existe? – espantou-se 
o meu amigo.
Semanas depois deixou em saudades fundas companhei-
ros, parentes e bem-amadas. Homens de bom coração não 
deveriam ser cardisplicentes.
45. “– Mas se eu inventei, como é que não existe?”
Segundo se deduz da fala espantada do amigo do narrador, 
a língua, para ele, era um código aberto,
a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso popular.
b) a ser enriquecido pela criação de gírias.
c) pronto para incorporar estrangeirismos.
d) que se amplia graças à tradução de termos científicos.
e) a ser enriquecido com contribuições pessoais.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES.
“Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e 
interna, e de tamanha carência de objetivos firmes, que a 
simples confissão de nossas convicções pode ser importan-
te, mesmo que essas convicções, como todo julgamento de 
valor, não possam ser provadas por deduções lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar 
a busca da verdade – ou, para dizer mais modestamente, 
nossos esforços para compreender o universo cognoscível 
através do pensamento lógico construtivo – como um obje-
to autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da verda-
de deve ser subordinada a algum outro objetivo, de caráter 
prático, por exemplo? Essa questão não pode ser resolvida 
em bases lógicas. A decisão, contudo, terá considerável in-
fluência sobre nosso pensamento e nosso julgamento mo-
ral, desde que se origine numa convicção profunda e inaba-
lável Permitam-me fazer uma confissão:
para mim, o esforço no sentido de obter maior percepção 
e compreensão é um dos objetivos independentes sem os 
quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude 
consciente e positiva ante a vida.
Na própria essência de nosso esforço para compreender o 
fato de, por um lado, tentar englobar a grande e complexa 
variedade das experiências humanas, e de, por outro lado, 
procurar a simplicidade e a economia nas hipóteses básicas. 
A crença de que esses dois objetivos podem existir paralela-
mente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimen-
to científico, uma questão de fé. Sem essa fé eu não poderia 
ter uma convicção firme e inabalável acerca do valor inde-
pendente doconhecimento.
Essa atitude de certo modo religiosa de um homem engajado 
no trabalho científico tem influência sobre toda sua personali-
dade. Além do conhecimento proveniente da experiência acu-
mulada, e além das regras do pensamento lógico, não existe, 
em princípio, nenhuma autoridade cujas confissões e decla-
rações possam ser consideradas “Verdade “ pelo cientista. Isso 
leva a uma situação paradoxal: uma pessoa que devota todo 
seu esforço a objetivos materiais se tornará, do ponto de vista 
social, alguém extremamente individualista, que, a princípio, 
só tem fé em seu próprio julgamento, e em nada mais. É possí-
vel afirmar que o individualismo intelectual e a sede de conhe-
cimento científico apareceram simultaneamente na história e 
permaneceram inseparáveis desde então. “
(Einstein, in: “O Pensamento Vivo de Einstein”, p. 13 e 14, 5a. 
edição, Martin Claret Editores)
46. Leia as frases a seguir:
I. A lógica tem base no pensamento e no julgamento moral.
II. As pessoas que pensam podem adotar uma atitude 
consciente e positiva ante a vida.
III. Os seres humanos tentam ou englobar as experiências 
ou buscar a simplicidade para entender a vida.
IV. O cientista não acredita que a “verdade” exista.
V. Apesar de ser um contra-senso, o cientista é ao mesmo 
tempo individualista intelectualmente e sedento por 
conhecimento.
Para o autor são falsas as afirmações:
a) I, II, III, IV
b) I, II, V
c) III e V.
d) II e IV
e) I, II, III, IV e V.
47. No último parágrafo, o autor quer transmitir essencialmen-
te a idéia de que
a) a personalidade e o trabalho científico são coisas distintas.
b) a verdade provém da autoridade.
c) o conhecimento científico é exclusivamente individua-
lista.
d) o conhecimento é extremamente materialista.
e) o conhecimento científico e o individualismo material 
são inseparáveis.
48. Em “A crença de que ESSES dois objetivos podem existir pa-
ralelamente é, devido ao estágio primitivode nosso conhe-
cimento científico, uma questão de fé”, o autor empregou a 
palavra em destaque porque
a) é uma indicação da distância espacial entre o escritor e 
o leitor.
INTERPRETAçãO DE TExTOS (LITERáRIOS E NãO LITERáRIOS) | unIdade I
PORTUGUÊS 15
b) é uma indicação da proximidade
c) temporal entre o escritor e o leitor.
d) é uma indicação da distância temporal entre o escritor e 
o leitor.
e) é uma referência coesiva a elementos da frase posterior.
f ) é uma referência coesiva a elementos da frase anterior.
49. Na primeira frase do segundo parágrafo, há dois travessões 
que indicam
a) mudança de interlocutor.
b) explicação complementar de dados.
c) diálogo.
d) explicação da opinião de outra pessoa que não a do autor.
e) explicação absolutamente desnecessária.
50. No primeiro parágrafo, o autor repete as palavras “tamanha” 
e “convicções” para dar ao leitor a idéia de
a) dúvida.
b) ênfase.
c) condição.
d) proporção.
e) efeito.
GABARITO
1. C
2. D
3. A
4. A
5. D
6. 01 + 02 + 16 = 19
7. 01 + 04 + 08= 13
8. C
9. E
10. A
11. E
12. B
13. D
14. B
15. A
16. E
17. B
18. B
19. E
20. A
21. E
22. C
23. D
24. B
25. D
26. B
27. E
28. C
29. C
30. A
31. C
32. A
33. E
34. B
35. C
36. E
37. C
38. A
39. E
40. C
41. B
42. D
43. B
44. B
45. E
46. A
47. E
48. E
49. B
50. B
149
VERBO
Verbo é a palavra que indica ação, movimento, fenô-
menos da natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se 
em número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e 
terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas 
nominais: gerúndio, infinitivo e particípio), tempo (presente, 
passado e futuro) e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva). 
De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados 
em três conjugações:
1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular. 2ª conjugação – 
er: beber, correr, entreter. 3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor, com-
por, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem 
latina poer.
Elementos Estruturais do Verbo: As formas verbais apre-
sentam três elementos em sua estrutura: Radical, Vogal Te-
mática e Tema.
Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o 
significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da 
1ª conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses 
verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela 
está o significado real do verbo.
cont é o radical do verbo contar; esper é o radical do 
verbo esperar; brinc é o radical do verbo brincar.
Se tiramos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos ver-
bos, teremos o radical desses verbos. Também podemos ante-
por prefixos ao radical: des nutr ir / re conduz ir.
Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual 
conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª 
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i.
Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal 
temática: contar: -cont (radical) + a (vogal temática) = tema. 
Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o radical: 
contei = cont ei.
Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou 
ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências 
modo temporais e número pessoa, desinências número pessoais.
Contávamos
Cont = radical
a = vogal temática
va = desinência modo temporal
mos = desinência número pessoal
Flexões Verbais: Flexão de número e de pessoa: o verbo 
varia para indicar o número e a pessoa.
– eu estudo – 1ª pessoa do singular;
– nós estudamos – 1ª pessoa do plural;
– tu estudas – 2ª pessoa do singular;
– vós estudais – 2ª pessoa do singular;
– ele estuda – 3ª pessoa do singular;
– eles estudam – 3ª pessoa do plural.
– Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de 
forma diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, 
ou seja, tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, 
tu tens. O pronome vós aparece somente em textos literários 
ou bíblicos. Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 
3ª pessoa, é o mais usado no Brasil.
– Flexão de tempo e de modo – os tempos situam o 
fato ou a ação verbal dentro de determinado momento; pode 
estar em plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas 
três possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, pre-
térito, futuro.
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação 
ao fato que enuncia. São três os modos:
– Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, 
precisão: o fato é ou foi uma realidade; Apresenta presente, 
pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do 
presente e futuro do pretérito.
– Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incer-
teza, de dúvida, exprime uma possibilidade; O subjuntivo 
expressa uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. 
Apresenta presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha 
paciência, Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro 
zero; Quando o vir, dê lembranças minhas.
– Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, 
um desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma or-
dem, um pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirma-
tivo e imperativo negativo
Emprego dos Tempos do Indicativo
Presente do Indicativo: Para enunciar um fato momen-
tâneo. Ex: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que ocor-
re com frequência. Ex: Eu almoço todos os dias na casa de 
minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes, 
verdades universais. Ex: A água é incolor, inodora, insípida.
– Pretérito Imperfeito: Para expressar um fato pas-
sado, não concluído. Ex: Nós comíamos pastel na feira; Eu 
cantava muito bem.
– Pretérito Perfeito: É usado na indicação de um fato 
passado concluído. Ex: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi...
– Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato 
passado anterior a outro acontecimento passado. Ex: Nós 
cantáramos no congresso de música.
UNIDADE VIIVerbo, Substantivo e Adjetivo
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS150
– Futuro do Presente: Na indicação de um fato re-
alizado num instante posterior ao que se fala. Ex: Cantarei 
domingo no coro da igreja matriz.
– Futuro do Pretérito: Para expressar um aconte-
cimento posterior a um outro acontecimento passado. Ex: 
Compraria um carro se tivesse dinheiro
1ª conjugação: -AR
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, dan-
çam.
Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, 
dançastes, dançaram.
Pretérito imperfeito: dançava, dançavas, dançava, dan-
çávamos, dançáveis, dançavam.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras, dança-
ra, dançáramos, dançáreis, dançaram.
Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará, dança-
remos, dançareis, dançarão.
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, dan-
çaríamos, dançaríeis, dançariam.
2ª Conjugação: -ER
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, co-
mem.
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, co-
mestes, comeram.
Pretérito imperfeito: comia, comias, comia, comíamos, 
comíeis, comiam.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, comera, 
comêramos, comêreis, comeram.
Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá, comere-
mos, comereis, comerão.
Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria, come-
ríamos, comeríeis, comeriam.
3ª Conjugação: -IR
Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, par-
tistes, partiram.
Pretérito imperfeito: partia, partias, partia, partíamos, 
partíeis, partiam.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira, 
partíramos, partíreis, partiram.
Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá, partire-
mos, partireis, partirão.
Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria, partiría-
mos, partiríeis, partiriam.
Emprego dos Tempos do Subjuntivo
Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou 
duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição: Du-
vido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos 
políticos.
Pretérito imperfeito: é empregado para indicar uma condi-
ção ou hipótese: Se recebesse o prêmio, voltaria à universidade.
Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético, 
pode ou não acontecer. Quando/Se você fizer o trabalho, será 
generosamente gratificado.
1ª Conjugação –AR
Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que 
nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
Pretérito imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se 
ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles 
dançassem.
Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando 
ele dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, 
quando eles dançarem.
2ª Conjugação -ER
Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que 
nós comamos, que vós comais, que eles comam.
Pretérito imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, se 
ele comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles 
comessem. Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, 
quando ele comer, quando nós comermos, quando vós co-
merdes, quando eles comerem.
3ª conjugação – IR
Presente: que eu parta, que tu partas,que ele parta, que 
nós partamos, que vós partais, que eles partam.
Pretérito imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele 
partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles partissem.
Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele 
partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, quando 
eles partirem.
Emprego do Imperativo
Imperativo Afirmativo:
– Não apresenta a primeira pessoa do singular.
– É formado pelo presente do indicativo e pelo pre-
sente do subjuntivo.
– O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o 
“s”.
– O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.
Presente do indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós 
amamos, vós amais, eles amam.
Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que 
ele ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos 
nós, amai vós, amem vocês.
Imperativo Negativo:
– É formado através do presente do subjuntivo sem a 
primeira pessoa do singular.
– Não retira os “s” do tu e do vós.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 151
Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que 
ele ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, 
não amemos nós, não ameis vós, não amem vocês.
Além dos três modos citados, os verbos apresentam ainda 
as formas nominais: infinitivo – impessoal e pessoal, gerún-
dio e particípio.
Infinitivo Impessoal: Exprime a significação do verbo 
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de 
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta); É 
indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente 
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exem-
plo: É preciso ler este livro; Era preciso ter lido este livro.
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impes-
soal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou in-
definido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é 
invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal. Por 
exemplo: Amar é sofrer; O infinitivo pessoal, por sua vez, 
apresenta desinências de número e pessoa.
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª 
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo 
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pesso-
as do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto 
da frase). Por exemplo: Para ler melhor, eu uso estes óculos. 
(1ª pessoa); Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
As regras que orientam o emprego da forma variável ou 
invariável do infinitivo não são todas perfeitamente defini-
das. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o 
infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se 
usar este último sempre que for necessário dar à frase maior 
clareza ou ênfase.
O Infinitivo Impessoal é usado:
– Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem 
se referir a um sujeito determinado; Por exemplo: Querer é 
poder; Fumar prejudica a saúde; É proibido colar cartazes 
neste muro.
– Quando tiver o valor de Imperativo; Por exemplo: 
Soldados, marchar! (= Marchai!)
– Quando é regido de preposição e funciona como 
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da ora-
ção anterior; Por exemplo: Eles não têm o direito de gritar 
assim; As meninas foram impedidas de participar do jogo; 
Eu os convenci a aceitar.
No entanto, na voz passiva dos verbos “contentar”, “to-
mar” e “ouvir”, por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) 
deve ser flexionado. Por exemplo: Eram pessoas difíceis de 
serem contentadas; Aqueles remédios são ruins de serem to-
mados; Os CDs que você me emprestou são agradáveis de 
serem ouvidos.
Nas locuções verbais; Por exemplo:
– Queremos acordar bem cedo amanhã.
– Eles não podiam reclamar do colégio.
Vamos pensar no seu caso.
Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da 
oração anterior; Por exemplo:
– Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
– Devemos sorrir ao invés de chorar.
– Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
Quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou 
estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente), 
pode ser flexionado para melhor clareza do período e tam-
bém para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por 
exemplo:
– Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agra-
decemos.
– Foram dois amigos à casa de outro, a fim de joga-
rem futebol.
– Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
– Antes de nascerem, já estão condenadas à fome 
muitas crianças.
Com os verbos causativos “deixar”, “mandar” e “fazer” e 
seus sinônimos que não formam locução verbal com o infi-
nitivo que os segue; Por exemplo: Deixei-os sair cedo hoje.
Com os verbos sensitivos “ver”, “ouvir”, “sentir” e sinôni-
mos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exem-
plo: Vi-os entrar atrasados; Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
É inadequado o emprego da preposição “para” antes dos 
objetos diretos de verbos como “pedir”, “dizer”, “falar” e si-
nônimos;
– Pediu para Carlos entrar (errado),
– Pediu para que Carlos entrasse (errado).
– Pediu que Carlos entrasse (correto).
Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo, 
como na oração “Este trabalho é para eu fazer”, pede-se o 
emprego do pronome pessoal “eu”, que se revela, neste caso, 
como sujeito. Outros exemplos:
– Aquele exercício era para eu corrigir.
– Esta salada é para eu comer?
– Ela me deu um relógio para eu consertar.
Em orações como “Esta carta é para mim!”, a preposição 
está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar oblí-
quo tônico.
Infinitivo Pessoal: É o infinitivo relacionado às três pes-
soas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresen-
ta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas 
demais, flexiona- se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES. Ex.: teres (tu)
1ª pessoa do plural: Radical + mos. Ex.: termos (nós) 2ª 
pessoa do plural: Radical + dês. Ex.: terdes (vós) 3ª pessoa 
do plural: Radical + em. Ex.: terem (eles)
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa 
colocação.
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, 
isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, 
flexionando- se.
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS152
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
– Quando o sujeito da oração estiver claramente ex-
presso; Por exemplo: Se tu não perceberes isto...; Convém 
vocês irem primeiro; O bom é sempre lembrarmos desta re-
gra (sujeito desinencial, sujeito implícito = nós).
– Quando tiver sujeito diferente daquele da oração 
principal; Por exemplo: O professor deu um prazo de cinco 
dias para os alunos estudarem bastante para a prova; Perdôo-
-te por me traíres; O hotel preparou tudo para os turistas 
ficarem à vontade; O guarda fez sinal para os motoristas pa-
rarem.
– Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado 
na terceira pessoa do plural); Por exemplo: Faço isso para não 
me acharem inútil; Temos de agir assim para nos promove-
rem; Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da 
sua conduta.
– Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade 
de ação; Por exemplo: Vi os alunos abraçarem-se alegremen-
te; Fizemos os adversários cumprimentarem- se com genti-
leza; Mandei as meninas olharem-se no espelho.
Como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexiona-
do é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da 
ação expressa pelo verbo.
– Se o infinitivo de um verbo for escrito com “j”, esse 
“j” aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo:
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferru-
jarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o substanti-
vo ferrugem é grafado com “g”.).
Viajar: viajou, viajaria, viajem (3ª pessoa do plural do 
presente do subjuntivo, não confundir com o substantivo 
viagem) viajarão, viajasses, etc.
– Quando o verbo tem o infinitivo com “g”, como em 
“dirigir” e “agir”este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas 
na primeira pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: 
eu dirijo/ eu ajo
– O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas ma-
neiras distintas com o infinitivo. Quando “parecer” é verbo 
auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir. Elas parece 
mentirem. Neste exemplo ocorre, na verdade, um período 
composto. “Parece” é o verbo de uma oração principal cujo 
sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida 
de infinitivo “elas mentirem”. Como desdobramento dessa 
reduzida, podemos ter a oração “Parece que elas mentem.”
Gerúndio: O gerúndio pode funcionar como adjetivo ou 
advérbio. Por exemplo: Saindo de casa,
encontrei alguns amigos. (função de advérbio); Nas ruas, 
havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em cur-
so; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: 
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro; Tendo traba-
lhado, aprendeu o valor do dinheiro.
Particípio: Quando não é empregado na formação dos 
tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado 
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número 
e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos 
saíram. Quando o particípio exprime somente estado, sem 
nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a fun-
ção de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna 
escolhida para representar a escola.
1ª Conjugação –AR
infinitivo impessoal: dançar.
infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, 
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles.
Gerúndio: dançando.
Particípio: dançado.
2ª Conjugação –ER
infinitivo impessoal: comer.
infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele, co-
mermos nós, comerdes vós, comerem eles.
Gerúndio: comendo.
Particípio: comido.
3ª Conjugação –IR
infinitivo impessoal: partir.
infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, partir-
mos nós, partirdes vós, partirem eles.
Gerúndio: partindo.
Particípio: partido.
Verbos Auxiliares: Ser, Estar, Ter, Haver Ser
Modo Indicativo
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Pretérito imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, 
vós éreis, eles eram.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós 
fomos, vós fostes, eles foram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, 
nós fôramos, vós fôreis, eles foram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, 
nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós sere-
mos, vós sereis, eles serão.
Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
Modo Subjuntivo
Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós 
sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
Pretérito imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, 
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele 
for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Futuro Composto: tiver sido.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 153
Modo Imperativo
imperativo afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede 
vós, sejam eles.
imperativo negativo: não sejas tu, não seja ele, não seja-
mos nós, não sejais vós, não sejam eles.
infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, 
por sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
Formas Nominais Infinitivo: ser Gerúndio: sendo Par-
ticípio: sido
Estar
Modo Indicativo
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós 
estais,eles estão.
Pretérito imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós 
estávamos, vós estáveis, eles estavam.
Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele es-
teve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu es-
tiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles esti-
veram.
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele 
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão.
Futuro do Presente Composto: terei estado.
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele 
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.
Futuro do Pretérito Composto: teria estado.
Modo Subjuntivo
Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que 
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam.
Pretérito imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se 
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles es-
tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres, 
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós esti-
verdes, quando eles estiverem.
Futuro Composto: Tiver estado.
Modo Imperativo
imperativo afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, 
estai vós, estejam eles.
imperativo negativo: não estejas tu, não esteja ele, não 
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.
infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar 
ele, por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.
Formas Nominais Infinitivo: estar Gerúndio: estando 
Particípio: estado
Ter
Modo Indicativo
Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós ten-
des, eles têm.
Pretérito imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós 
tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, 
nós tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tive-
ras, ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, 
nós teremos, vós tereis, eles terão.
Futuro do Presente: terei tido.
Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria, 
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: teria tido.
Modo Subjuntivo
Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que 
nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Pretérito imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele 
tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele 
tiver, quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles 
tiverem.
Futuro Composto: tiver tido.
Modo Imperativo
imperativo afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós, 
tende vós, tenham eles.
imperativo negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não 
tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por 
termos nós, por terdes vós, por terem eles.
Formas Nominais Infinitivo: ter Gerúndio: tendo Par-
ticípio: tido
Haver
Modo Indicativo
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, 
eles hão.
Pretérito imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós 
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele 
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu 
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles 
houveram.
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS154
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele 
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.
Futuro do Presente Composto: terei havido.
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele 
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.
Futuro do Pretérito Composto: teria havido.
Modo Subjuntivo
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós 
hajamos, que vós hajais, que eleshajam.
Pretérito imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se 
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles 
houvessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido.
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres, 
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós hou-
verdes, quando eles houverem.
Futuro Composto: tiver havido.
Modo Imperativo
imperativo afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
hajam eles.
imperativo negativo: não hajas tu, não haja ele, não ha-
jamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver 
ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
Formas Nominais Infinitivo: haver Gerúndio: havendo 
Particípio: havido
Verbos Regulares: Não sofrem modificação no radical 
durante toda conjugação (em todos os modos) e as desinên-
cias seguem as do verbo paradigma (verbo modelo)
Amar: (radical: am) Amo, Amei, Amava, Amara, Amarei, 
Amaria, Ame, Amasse, Amar.
Comer: (radical: com) Como, Comi, Comia, Comera, 
Comerei, Comeria, Coma, Comesse, Comer.
Partir: (radical: part) Parto, Parti, Partia, Partira, Partirei, 
Partiria, Parta, Partisse, Partir.
Verbos Irregulares: São os verbos que sofrem modifica-
ções no radical ou em suas desinências.
Dar: dou, dava, dei, dera, darei, daria, dê, desse, der
Caber: caibo, cabia, coube, coubera, caberei,
caberia, caiba, coubesse, couber.
Agredir: agrido, agredia, agredi, agredira, agredirei, agre-
diria, agrida, agredisse, agredir.
Anômalos: São aqueles que têm uma anomalia no radical.
Ser, Ir
Ir
Modo Indicativo
Presente: eu vou, tu vais, ele vai, nós vamos, vós ides, eles
despedi de mamãe e parti sem olhar para o passado.
Verbos Abundantes: “São os verbos que têm duas ou mais 
formas equivalentes, geralmente de particípio.” (Sacconi)
Infinitivo: Aceitar, Anexar, Acender, Desenvolver, Emer-
gir, Expelir.
Particípio Regular: Aceitado, Anexado, Acendido, De-
senvolvido, Emergido, Expelido.
Particípio Irregular: Aceito, Anexo, Aceso, Desenvolto, 
Emerso, Expulso.
vão.
Pretérito imperfeito: eu ia, tu ias, ele ia, nós íamos, vós 
íeis, eles iam.
Pretérito Perfeito: eu fui, tu foste, ele foi, nós
Tempos Compostos: São formados por locuções verbais 
que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como prin-
cipal, qual- quer
fomos, vós fostes, eles foram.
Pretérito Mais-que-Perfeito: eu fora, tu foras, ele fora, 
nós fôramos, vós fôreis, eles foram.
Futuro do Presente: eu irei, tu irás, ele irá, nós iremos, 
vós ireis, eles irão.
Futuro do Pretérito: eu iria, tu irias, ele iria, nós iríamos, 
vós iríeis, eles iriam.
Modo Subjuntivo
Presente: que eu vá, que tu vás, que ele vá, que nós va-
mos, que vós vades, que eles vão.
Pretérito imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, 
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Futuro: quando eu for, quando tu fores, quando ele for, 
quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Modo Imperativo
imperativo afirmativo: vai tu, vá ele, vamos nós, ide vós, 
vão eles.
imperativo negativo: não vás tu, não vá ele, não vamos 
nós, não vades vós, não vão eles.
infinitivo Pessoal: ir eu, ires tu, ir ele, irmos nós, irdes 
vós, irem eles.
Formas Nominais: infinitivo: ir Gerúndio: indo Parti-
cípio: ido
Verbos Defectivos: São aqueles que possuem um defeito. 
Não têm todos os modos, tempos ou pessoas.
Verbo Pronominal: É aquele que é conjugado com o 
pronome oblíquo. ex: eu me
verbo no particípio. São eles:
– Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a 
formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no 
Presente do Indicativo e o principal no particípio, indican-
do fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Por 
exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente.
– Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É 
a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver 
no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, 
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 155
indicando desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo: 
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir 
a aprovação.
– Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do indicati-
vo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou 
haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no 
particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais- que-
-Perfeito do Indicativo simples. Por exemplo: Eu já tinha es-
tudado no Maxi, quando conheci Magali.
– Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Sub-
juntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter 
ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal 
no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfei-
to do Subjuntivo simples. Por exemplo: Eu teria estudado no 
Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. Perceba que todas 
as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A 
frase Se eu estudasse, aprenderia é completamente diferente 
de Se eu tivesse estudado, teria aprendido.
– Futuro do Presente Composto do indicativo: É
a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no 
Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no 
particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do
Presente simples do Indicativo. Por exemplo: Amanhã, 
quando o dia amanhecer, eu já terei partido.
– Futuro do Pretérito Composto do indicativo: É
a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no 
Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no 
particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito 
simples do Indicativo. Por exemplo: Eu teria estudado no 
Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.
– Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação
de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do 
Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo o mes-
mo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo: 
Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu ca-
minharei 6 Km. Veja os exemplos:
Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. 
Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Ma-
nuel.
Perceba que o significado é totalmente diferente em am-
bas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei “você” 
praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segun-
do, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio 
“já”. Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir:
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a 
Manuel. Quando você tiver terminado o trabalho, já terei 
telefonado a Manuel.
– infinitivo Pessoal Composto: É a formação de lo-
cução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal 
simples e o principal no particípio, indicando ação passada 
em relação ao momento da fala. Por exemplo: Para você ter 
comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 161
EXERCÍCIOS 
VERBO, SUBSTANTIVO E ADJETIVO
1) Assinale o item quecompleta corretamente as lacunas.
 havido um acréscimo na violência urbana e,
se este quadro, , em um futuro breve, mais 
vítimas inocentes.
a) Tem – mantivermos – existirão
b) Tem – mantermos – existirão
c) Tem – mantermos – existirá
d) Têem – mantivermos – existirão
e) Têm – mantivermos – existirão
2) Relacione as frases cujos verbos sublinhados estão no mes-
mo tempo, modo e pessoa gramatical.
1. Que todo homem é um diabo não há mulher que o<
negue>.
2. <Vem>, eu te farei da minha vidaparticipar. 3.< Ide> em 
paz, o Senhor vos acompanhe.
4. Estou preso à vida e< olho> meus companheiros.
5. Tu não me <tiraste> a natureza... Tu mudaste a natureza.
( ) <Cala> essa canção soturna.
( ) <Interrogai>-as agora que os reis tremem no seu tro-
no.
( ) <Debruço>-me na grade da banca e respiro penosa-
mente.
( ) <Trouxeste>-a para o pé de mim.
( ) Mesmo assim elas procuram um diabo que as
<carregue>.
A seqüência correta é: a) 3, 2, 4, 5 e 1
b) 4, 3, 2, 1 e 5
c) 5, 1, 4, 2 e 3
d) 1, 4, 5, 3 e 2
e) 2, 3, 4, 5 e 1
3) Assinale a alternativa correta no quese refere ao uso dos
pronomes:
a) Nãoacredito que entre mim e você surjam problemas
deste tipo.
b) Espere-me, pois estarei consigo na próxima semana.
c) Não há qualquer afinidade entre eu e eles.
d) Estas flores chegaram para tu.
e) Pedi que deixasse o documento para mim assinar.
4) Excertos do Documento “Pacto pela Educação” Marco Ma-
ciel
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS162
Um sistema político eficaz é aquele capaz de fazer dos 
postulados democráticos o compromisso cotidiano da ci-
dadania, não apenas por sua garantia formal, mas por seu 
exercício efetivo. Uma sociedade democrática, por sua vez, 
não se esgota na proteção jurídica dos direitos e garantias 
individuais. Ela se consuma na efetivação dos direitos eco-
nômicos e sociais, sem os quais teremos sempre e fatalmen-
te uma sociedade dualista.
Considerados sob este aspecto, Política e Educação estão 
submetidas aos mesmos princípios e exigem respeito à li-
berdade individual, acatamento à diversidade humana e 
preservação do pluralismo.
Parodiando o velho dilema para saber se os países são ricos 
porque são educados, ou são educados porque são ricos, 
existe a convicção de que um bom sistema político depen-
de essencialmente de um sistema educacional universali-
zando, eficiente e dinâmico.
Hoje, sabemos que não são apenas o crescimento material, 
o desenvolvimento econômico o aprimoramento social e
o desfrute dos bens culturais e espirituais que levam uma
sociedade adequadamente educada e apta a transformar
em benefícios coletivos as conquistas da ciência e do co-
nhecimento. Mais do que isso, temos consciência de que
a própria sobrevivência humana está condicionada pela
possibilidade de acesso a todas as formas de conhecimento 
produzidas pelo homem.
A manutenção e a expansão em todos os países do mundo, 
estão associadas à possibilidade de adquirirmos e aprimo-
rarmos o conhecimento e as técnicas que vêm revolucio-
nando formas tradicionais de produção industrial, de inten-
sificação do comércio, de criação intelectual e do próprio 
lazer, Sociedades prósperas , portanto, são, necessáriamen-
te, não apenas sociedades educadas, mas aquelas capazes 
de se educarem permanentemente.
Nenhuma fragilidade, por isso mesmo, é mais cruel, nenhu-
ma gera mais exclusão e injustiça do que a incapacidade de 
dar a todos a possibilidade de realização de suas próprias 
potencialidades, por meio do conhecimento, da educação 
e do acesso aos bens culturais. Este é o desafio que, neste 
fim de milênio, ainda estamos por vencer.
O dualismo que nos separa sobrevive, porque não fomos 
capazes de vencer o único problema estrutural brasileiro, 
que é o da educação.
Não me refiro aos aspectos formais, a que incluem a dimi-
nuição das taxas de evasão e repetência e a ampliação dos 
benefícios proporcionados pela qualidade de ensino, mas 
sim a algo mais abrangente e substantivo, que é a educação 
como instrumento vital da preparação para a vida.
Não basta alfabetizar. Educar é muito mais do que isso. É, 
sobretudo, instrumentalizar o ser humano como cidadão, 
proporcionando-lhe, por meio de sistema educacional uni-
versalizado, eficiente e de alto padrão de qualidade e rendi-
mento, perspectivas de progresso pessoal e de mobilidade 
social. [...] A questão educacional
é, efetivamente, o verdadeiro desafio estrutural que esta-
mos sendo chamados a vencer neste fim de século. Cer-
tamente há muitas profundas razões para o nosso atraso. 
Uma de caráter histórico, cultural e sociológico, de que é 
exemplo a circunstância de termos sido o último país a abo-
lir a chaga terrível da escravidão [...]. Da escravidão, decor-
rem, em grande parte, o dualismo e a exclusão social de que 
hoje somos uma das principais vítimas em todo o mundo, 
em razão da expressão política, econômica e demográfica 
que atingimos no conceito universal.
Outras razões são incontestavelmente políticas, como o 
modelo elitista que timbramos em não sepultar e que he-
sitamos muitas vezes em simplesmente reformar. Dele de-
correm os males atávicos do Estado brasileiro, barreira e 
proteção para os privilégios que beneficiam a poucos em 
detrimento de quase todos.
É necessário [...] um pacto de Estado para termos uma socie-
dade mais justa, uma economia mais próspera e um sistema 
político que reflita as permanentes aspirações nacionais por 
democracia, desenvolvimento e solidariedade social.
São exemplos da voz passiva: Assinale V ou F.
( ) A sobrevivência humana é condicionada pela possibi-
lidade de acesso ao conhecimento.
( ) O modelo elitista não foi sepultado pelas reformas 
constitucionais.
( ) Não me refiro aos seus aspectos formais [...] ( ) O du-
alismo e a exclusão social decorrem da escravidão.
( ) A manutenção e a expansão do emprego parecem es-
tar diretamente ligadas à possibilidade de adquirir co-
nhecimentos.
5) “ Narizinho correu os olhos pela assistência. Não podia ha-
ver nada mais curioso. Besourinhos de fraque e flores na
lapela conversavam com baratinhas de mantilha e miosótis 
nos cabelos. Abelhas douradas, verdes e azuis, falavam mal
das vespas de cintura fina – achando que era exagero usa-
rem coletes tão apertados. Sardinhas aos centos criticavam
os cuidados excessivos que as borboletas de toucados de
gaze tinham com o pó das suas asas. Mamangavas de fer-
rões amarrados para não morderem. E canários cantando,
e beija-flores beijando flores, e camarões camaronando, e
caranguejos caranguejando, tudo que é pequenino e não
morde, pequeninando e não mordendo.”
LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. São Paulo: 
Brasiliense, 1947.
No último período do trecho, há uma série de verbos no ge-
rúndio que contribuem para caracterizar o ambiente fantás-
tico descrito. Expressões como “camaronando”,
“caranguejando” e “pequeninando e não mordendo” criam, 
principalmente, efeitos de
a) esvaziamento de sentido.
b) monotonia do ambiente.
c) estaticidade dos animais.
d) interrupção dos movimentos.
e) dinamicidade do cenário.
6) A morte do livro
FERREIRA GULLAR
A morte do livro como veículo da literatura já foi profetizada 
várias vezes na chamada época moderna. E não por inimi-
gos da literatura, mas pelos escritores mesmos. Até onde
me lembro, o primeiro a fazer essa profecia foi nada menos
que o poeta Guillaume Apollinaire, no começo do século 20.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 163
Entusiasmado com a invenção do gramofone (ou vitrola), 
acreditou que os poetas em breve deixariam de imprimir 
seus poemas em livros para gravá-los em discos, com a van-
tagem — segundo ele, indiscutível — de o antigo leitor, tor-
nado ouvinte, ouvi-los na voz do próprio poeta. [...]
De qualquer modo, Apollinaire, que foi um bom poeta, 
revelara-se um mau profeta, já que os poetas continuaram 
a se valer do livro para difundir seus poemas enquanto o 
disco veio servir mesmo foi aos cantores e compositores de 
canções populares, [...].
O mais recente profeta do fim do livro é o romancista norte-
-americano Philip Roth, que, numa entrevista, fez o prenún-
cio. Na verdade, ele anunciou o fim da própria literatura e 
não por falta de escritores, mas de leitores. Certamente, re-
feria-se a certo tipo de literatura, pois obras de ficção como 
“O Código Da Vinci” e “Harry Potter” alcançam tiragens de 
milhões de exemplares em todos os idiomas.
Outro fenômeno que contradiz a tese de que as pessoas 
lêem cada vez menos é o crescente tamanho dos “best- sel-
lers”: ultimamente, os volumes ultrapassam as 400 ou 500 
páginas, havendo os que atingem mais de 800. Tais dados 
põem em dúvida, mais uma vez, as previsões da morte do 
livro e da literatura. [...]
A visão simplificadora consiste em não levar em conta al-
guns fatores que estão ocultos, mas atuantes na sociedade 
de massa: fatores qualitativos que a avaliação meramente 
quantitativa ignora. Começa pelo fato de que são as obras 
literárias de qualidade, e não as que constituem mero pas-
satempo, que influem na construção do universo imagi-
nário da época. É indiscutível que tais obras atingem, ini-
cialmente, umnúmero reduzido de leitores, mas é verdade 
também que, através deles, com o passar do tempo, influem 
sobre um número cada vez maior de indivíduos — e espe-
cialmente sobre aqueles que constituem o núcleo social 
irradiador das idéias.
Costumo, a propósito desta discussão, citar o exemplo de 
um livro de poemas que nasceu maldito: “As Flores do Mal”, 
de Charles Baudelaire, cuja primeira edição, em reduzida ti-
ragem, data de 1857. Naquela mesma época havia autores 
cujos livros alcançavam tiragens consideráveis, que às vezes 
chegavam a mais de 30 mil exemplares. Esses livros cum-
priram sua missão, divertiram os leitores e depois foram 
esquecidos, como muitos “best- sellers” de nossa época. En-
quanto isso, o livro de poemas de Baudelaire — cuja venda 
quase foi proibida pela Justiça
—, que vem sendo reeditado e traduzido em todas as lín-
guas, já deve ter atingido, no total das tiragens, muitos mi-
lhões de exemplares. O verdadeiro “best-seller” é ele ou não 
é? [...]
(Folha de São Paulo, 19/03/2006)
De qualquer modo, Apollinaire, que foi um bom poeta, 
revelara-se um mau profeta, já que os poetas continuaram 
a se valer do livro para difundir seus poemas enquanto o 
disco veio servir mesmo foi aos cantores e compositores de 
canções populares [...].
Sobre a relação semântica dos tempos verbais no trecho 
acima e sua integração no texto, é correto afirmar que:
a) “Revelara-se” se refere a um momento posterior a “veio 
servir”.
b) “Difundir” se refere a um momento anterior a “revelara- 
se”.
c) “Revelara-se” se refere a um momento anterior a “foi”.
d) “Continuaram” se refere a um mesmo momento que “di-
fundir”.
e) “Foi” se refere a um momento atemporal.
7) Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo 
e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, 
encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por 
ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, 
e descansou no chão o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não es-
tava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, 
mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, 
sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Estendeu-se mais um pouco, deitado agora na calçada, o 
cachimbo a seu lado tinha apagado. Um rapaz de bigode 
pediu ao grupo que se afastasse, deixando-o respirar. E 
abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando 
lhe retiraram os sapatos, Dario roncou pela garganta e um 
fio de espuma saiu do canto da boca.
Cada pessoa que chegava se punha na ponta dos pés, em-
bora não pudesse ver. Os moradores da rua conversavam 
de uma porta à outra, as crianças foram acordadas e vieram 
de pijama às janelas. O senhor gordo repetia que Dario sen-
tara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo 
e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via 
guarda-chuva ou cachimbo ao lado dele.
Uma velhinha de cabeça grisalha gritou que Dario estava 
morrendo. Um grupo transportou-o na direção do táxi es-
tacionado na esquina. Já tinha introduzido no carro metade 
do corpo, quando o motorista protestou: se ele morresse na 
viagem? A turba concordou em chamar a ambulância. Dario 
foi conduzido de volta e encostado à parede – não tinha os 
sapatos e o alfinete de pérola na gravata.
(Dalton Trevisan)
Assinale a forma errada do imperativo:
a) põe-te na ponta dos pés / não te ponhas na ponta dos pés.
b) ponha-se na ponta dos pés / não se ponha na ponta dos 
pés.
c) ponhamo-nos na ponta dos pés / não nos ponhamos na 
ponta dos pés.
d) ponhais-vos na ponta dos pés / não vos ponhais na pon-
ta dos pés.
e) ponham-se na ponta dos pés / não se ponham na ponta 
dos pés.
8) Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo 
e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, 
encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por 
ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, 
e descansou no chão o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não es-
tava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, 
mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, 
sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Estendeu-se mais um pouco, deitado agora na calçada, o 
cachimbo a seu lado tinha apagado. Um rapaz de bigode 
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS164
pediu ao grupo que se afastasse, deixando-o respirar. E 
abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando 
lhe retiraram os sapatos, Dario roncou pela garganta e um 
fio de espuma saiu do canto da boca.
Cada pessoa que chegava se punha na ponta dos pés, em-
bora não pudesse ver. Os moradores da rua conversavam 
de uma porta à outra, as crianças foram acordadas e vieram 
de pijama às janelas. O senhor gordo repetia que Dario sen-
tara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo 
e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via 
guarda-chuva ou cachimbo ao lado dele.
Uma velhinha de cabeça grisalha gritou que Dario estava 
morrendo. Um grupo transportou-o na direção do táxi es-
tacionado na esquina. Já tinha introduzido no carro metade 
do corpo, quando o motorista protestou: se ele morresse na 
viagem? A turba concordou em chamar a ambulância. Dario 
foi conduzido de volta e encostado à parede – não tinha os 
sapatos e o alfinete de pérola na gravata.
(Dalton Trevisan) “Dario abriu a boca”. Passando para a voz 
passiva:
a) a boca foi aberta por Dario.
b) a boca abriu-a Dario.
c) abriu-se a boca.
d) à boca abriu Dario.
e) Dario – ele mesmo – abriu a boca.
9) Durante este período de depressão contemplativa uma coi-
sa apenas magoava-me: não tinha o ar angélico do Ribas, 
não cantava tão bem como ele. Que faria se morresse, entre 
os anjos, sem saber cantar?
Ribas, quinze anos, era feio, magro, linfático. Boca sem lá-
bios, de velha carpideira, desenhada em angústia – a súpli-
ca feita boca, a prece perene rasgada em beiços sobre den-
tes; o queixo fugia-lhe pelo rosto, infinitamente, como uma 
gota de cera pelo fuste de um círio...
Mas, quando, na capela, mãos postas ao peito, de joelhos, 
voltava os olhos para o medalhão azul do teto, que senti-
mento! que doloroso encanto! que piedade! um olhar pe-
netrante, adorador, de enlevo, que subia, que furava o céu 
como a extrema agulha de um templo gótico!
E depois cantava as orações com a doçura feminina de uma 
virgem aos pés de Maria, alto, trêmulo, aéreo, como aquele 
prodígio celeste de garganteio da freira Virgínia em um ro-
mance do conselheiro Bastos.
Oh! não ser eu angélico como o Ribas! Lembro-me bem de 
o ver ao banho: tinha as omoplatas magras para fora, como 
duas asas!
O ATENEU. Raul Pompéia
Numa descrição, os verbos estão, em sua maioria no:
a) presente do indicativo
b) futuro do indicativo
c) pretérito mais que perfeito do indicativo
d) pretérito perfeito do indicativo
e) pretérito imperfeito do indicativo
10) Barcos de Papel
Quando a chuva cessava e um vento fino franzia a tarde tí-
mida e lavada,
eu saía a brincar pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
Fazia de papel toda uma armada
e, estendendo meu braço pequenino, eu soltava os barqui-
nhos, sem destino, ao longo das sarjetas, na enxurrada...
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles, que não são barcos 
de ouro os meus ideais: são feitos de papel, tal como aque-
les, perfeitamente, exatamente iguais...
– que os meus barquinhos, lá se foram eles! foram-se em-
bora e não voltaram mais!
Guilherme de Almeida
Assinale a forma errada do imperativo:
a) faze tu uma armada e solta os barquinhos.
b) faça você uma armada e solte os barquinhos.
c) façamos nós uma armada e soltemos os barquinhos.
d) façais vós uma armada e soltai os barquinhos.
e) façam vocês uma armada e soltem os barquinhos.
11) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
a) Devem haver outras razões para ele ter desistido.
b) Foi então que começou a chegar um pessoal estranho.
c) Queria voltar a estudar, mas faltava-lhe recursos.
d) Não se admitirá exceções.
e) Basta-lhe dois ou três dias para resolverisso.
12) TEXTO III O que faz você feliz?
A lua, a praia, o mar A rua, a saia, amar...
Um doce, uma dança, um beijo, Ou é a goiabada com quei-
jo?
Afi nal, o que faz você feliz?
Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde, Arroz com 
feijão, matar a saudade...
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis Ou são os 
sonhos que te fazem feliz?
Um fi lme, um dia, uma semana Um bem, um biquíni, a gra-
ma... Dormir na rede, matar a sede, ler...
Ou viver um romance? O que faz você feliz? Um lápis, uma 
letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir à toa, Um pássaro, ser dono do 
seu nariz... Ou será um choro que te faz feliz?
A causa, a pausa, o sorvete, Sentir o vento, esquecer o tem-
po, O sal, o sol, um som
O ar, a pessoa ou o lugar? Agora me diz,
O que faz você feliz?
(Anúncio publicitário do Grupo Pão de Açúcar, veiculado 
na Revista VEJA, edição de 21 de março de 2007)
Nesse texto publicitário predomina um padrão de lingua-
gem coloquial, no qual podem ocorrer desvios do padrão 
culto da língua. Assinale a alternativa contendo desvio(s).
a) “Ou é a goiabada com queijo?”.
b) “O aumento, a casa, o carro que você sempre quis”.
c) “O que faz você feliz?”.
d) “Um cafuné, café com leite, rir à toa”.
e) “Agora me diz, o que faz você feliz?”.
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PORTUGUÊS 165
13) Assinalar a alternativa que completa corretamente as lacu-
nas das seguintes orações:
I. Nós a Brasília e a Praça dos Três Poderes.
II. O professor a prova a pedido do aluno.
III. eles os objetos que haviam perdido?
a) vimos – viemos – reveu – reouveram.
b) revimos – vimos – reviu – reaveram.
c) viemos – vemos – reveu – reouveram.
d) vimos – viemos – reviu – reaveram.
e) viemos – vimos – reviu – reouveram.
14) Observe com atenção as seguintes frases e depois assinale a 
alternativa correta:
I. Meu irmão pediu para mim ficar em silêncio.
II. Meu irmão pediu para eu ficar em silêncio.
a) Somente a frase 2 está correta, pois o sujeito de FICAR 
deve ser um pronome do caso reto.
b) Somente a frase 2 está correta, pois a preposição PARA 
exige o pronome do caso reto.
c) Somente a frase 1 está correta, pois a preposição PARA 
exige o pronome do caso oblíquo.
d) Uma vez que a preposição PARA aceita tanto o prono-
me do caso oblíquo quanto o pronome do caso reto, as 
duas frases estão corretas.
e) Somente a frase 1 está correta, pois o pronome oblíquo 
faz parte do complemento nominal.
15) Assinalar a alternativa que contém errono emprego da for-
ma verbal:
a) Ele reouvera os bens que lhe tinham sidoroubados.
b) Se ela intervisse em nosso favor, ganharíamos a ques-
tão.
c) Quando você expuser seus trabalhos, mande-me avisar.
d) O partido previu a vitória docandidato.
e) Pressupus que todos chegariam a tempo.
16) Assinale a alternativa errada quanto ao uso da forma ver-
bal.
a) Se ela fizer o trabalho, ficarei livre.
b) Caso você quiser, iremos vê-lo.
c) Quando elas chegarem, avisem-nas.
d) Embora se esforçassem, nada conseguiam.
e) Quanto mais estudava, mais ia aprendendo.
17) (FGV-2002) Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre 
ovelhinha de lhe haver furtado um osso.
– Para que furtaria eu esse osso – ela – se sou herbívora e 
um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?
– Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou levá- la 
aos tribunais.
E assim fez.
Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O 
gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para 
isso doze urubus de papo vazio.
Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com 
razões muito irmãs das do cordeirinho que o lobo em tem-
pos comeu.
Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber 
de nada e deu a sentença:
– Ou entrega o osso já e já, ou condenamos você à mor-
te! A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e 
não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la 
em pagamento do que não furtara.
Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, re-
servou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes 
famintos, a título de custas…
(Monteiro Lobato. Fábulas e Histórias Diversas)
No início, o narrador utiliza verbos no pretérito perfeito do 
indicativo. Em certo momento, passa a utilizar o presente 
do indicativo. Esse recurso produz efeito na narrativa?
Explique.
18) Dê o plural de:
a) gavião-de-penacho;
b) espostejou-a.
19) Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre ovelhinha 
de lhe haver furtado um osso.
– Para que furtaria eu esse osso – ela – se sou herbívora e 
um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?
– Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou 
levá- la aos tribunais.
E assim fez.
Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O 
gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para 
isso doze urubus de papo vazio.
Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com 
razões muito irmãs das do cordeirinho que o lobo em tem-
pos comeu.
Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber 
de nada e deu a sentença:
– Ou entrega o osso já e já, ou condenamos você à mor-
te! A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e 
não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la 
em pagamento do que não furtara.
Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, re-
servou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes 
famintos, a título de custas…
(Monteiro Lobato. Fábulas e Histórias Diversas)
Por que, no texto, o narrador usa o pretérito mais-que- per-
feito do indicativo furtara?
20) Complete a frase abaixo com as formas corretas dos verbos 
que estão entre parênteses.
Amanhã, quando os candidatos (VIR) ao nos-
so bairro e (VER) a pobreza em que (VIVER), 
hoje, as nossas famílias,
 (SENTIR) o nosso drama e, certamente,
 (FAZER) suas promessas; se (MANTER) a pala-
vra, (ATENDER + NOS) logo e não (DE-
CEPCIONAR-NOS).
21) Leia atentamente o fragmento de texto abaixo, de O Cor-
tiço, de Aluísio Azevedo. Depois, responda à questão nele 
baseada.
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS166
E depois da meia-noite dada, ela e Piedade ficaram sozi-
nhas, velando o enfermo. Deliberou-se que este iria pela 
manhã para a Ordem de Santo Antônio, de que era irmão. 
E, com efeito, no dia imediato, enquanto o vendeiro e seu 
bando andavam lá às voltas com a polícia, e o resto do corti-
ço formigava, tagarelando em volta do conserto das tinas e 
jiraus, Jerônimo, ao lado da mulher e da Rita, seguia dentro 
de um carro para o hospital.
Na última linha do texto, o que justifica utilizar no pretérito 
imperfeito do indicativo o verbo seguir?
22) “É bom que vocês se precavenham deles.” Diga se essa frase 
está certa ou errada e por quê. Se a considerar errada, pro-
ponha uma correção.
23) 
Observando os três primeiros quadrinhos, pode-se perce-
ber que, no diálogo entre Calvin e sua mãe, uma das formas 
verbais não condiz com as demais. Trata-se de:
a) Ides.
b) Tenhais.
c) Julgais.
d) Pretendes.
e) Segui.
24) Assinale a alternativa em que não haja erro de conjugação 
de verbo.
a) Em pouco mais de três meses, a lesão do jogador pode-
rá estar curada, se ele manter adequadamente o trata-
mento.
b) O moderador interviu assim que ficou a par dos proble-
mas técnicos.
c) Se a Patrícia previr tempo seco para o litoral, haveremos 
de descer a serra antes de o sol nascer.
d) Leocádia estava terrivelmente irritada. Tinha ganas de 
dizer a Alberto tudo o que ele merecia; mas se deteu, 
esperando oportunidade melhor.
e) Quando o negociador propor uma saída honrosa, será o 
momento de todos o aplaudirmos.
25) Complete as frases com os verbos indicados entre parênte-
ses.
“Se você (vir) à exposição e 
se (dispor) a visitar o terceiro an-
dar, poderá notar duas grandes fotos iluminadas. Quando 
as (ver),observe seus efeitos de luz e sombra. para 
bem comparar a técnica utilizada, será conveniente que 
você (manter-se) a uma boa distância. Se isso 
não(satisfazer) sua curiosidade, poderá ado-
tar outra perspectiva.
26) Em cada um dos períodos abaixo, há palavras ou expressões 
cujo emprego os gramáticos recomendam evitar. Identifi-
que essas palavras ou expressões e transcreva os períodos, 
fazendo as substituições adequadas.
a) A nível de eficiência, ele é ótimo.
b) Este funcionário não se adéqua ao perfil da empresa.
c) Durante a entrevista, ele colocou que a questão salarial 
seria adiada.
d) Na próxima semana, vamos estar enviando nosso pro-
grama de atividades a todos os associados.
27) O tratamento utilizado no diálogo abaixo corresponde à 
segunda pessoa do plural. As marcas desse tratamento apa-
recem destacadas em negrito.
– Vosso passado vos condena. Saí daqui antes que eu 
vos mate.
– Esperai, que já vos mostro. Não tenteis amedrontar- 
me!…
Se utilizarmos o tratamento correspondente à segunda pes-
soa do singular, obteremos, respectivamente:
a) Seu passado o condena. Saia daqui antes que eu o 
mate./ Espere, que já lhe mostro. Não tente amedron-
tar- me!…
b) Teu passado te condena. Sai daqui antes que eu te 
mate./ Espera, que já te mostro. Não tenta amedrontar- 
me!…
c) Teu passado te condena. Sai daqui antes que eu te 
mate./ Espera, que já te mostro. Não tentes amedron-
tar- me!…
d) Seu passado lhe condena. Saia daqui antes que eu o 
mate./ Espere, que já te mostro. Não tente amedrontar- 
me!…
e) Teu passado o condena. Saí daqui antes que eu te 
mate./ Espera, que já te mostro.Não tentes amedron-
tar- me!…
28) Nas frases abaixo, os termos destacados podem estar cor-
retos ou incorretos. Se estiverem corretos, limite-se a copiá-
-los no espaço apropriado; se estiverem incorretos, reescre-
va-os na forma correta.
Estamos anciosos porque o Diretor pode vim à qualquer 
momento.
Estamos porque o Diretor pode _ qual-
quer momento.
29) Nas frases abaixo, os termos destacados podem estar cor-
retos ou incorretos. Se estiverem corretos, limite-se a copiá-
-los no espaço apropriado; se estiverem incorretos, reescre-
va-os na forma correta.
Apenas duas candidatas requereram inscrição no concurso 
para telefonista da Associação Paulista de Beneficência.
Apenas duas candidatas inscrição no concurso para 
telefonista da Associação Paulista de .
30) Nas frases abaixo, os termos destacados podem estar cor-
retos ou incorretos. Se estiverem corretos, limite-se a copiá-
-los no espaço apropriado; se estiverem incorretos, reescre-
va-os na forma correta.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 167
Como não estivesse ao par do assunto, o gerente não in-
terveio.
Como não do assunto, o gerente não .
31) Nas frases abaixo, os termos destacados podem estar cor-
retos ou incorretos. Se estiverem corretos, limite-se a copiá-
-los no espaço apropriado; se estiverem incorretos, reescre-
va-os na forma correta.
Quando se tratam de problemas tão graves, não devem ha-
ver tantos empecilhos burocráticos.
Quando se de problemas tão graves, 
não haver tantos burocráticos.
32) Nas frases abaixo, os termos destacados podem estar
corretos ou incorretos. Se estiverem corretos,
limite-se a copiá-los no espaço apropriado; se estiverem in-
corretos, reescreva-os na forma correta.
Neste país, sempre houveram cidadãos capazes de comba-
ter os esteriótipos racistas.
Neste país, cidadãos capazes de combater os
 racistas.
33) Nas frases abaixo, os termos destacados podem estar cor-
retos ou incorretos. Se estiverem corretos, limite-se a copiá-
-los no espaço apropriado; se estiverem incorretos, reescre-
va-os na forma correta.
Procura-se cabeças inteligentes para atuarem como asses-
sores na seção de câmbio.
 cabeças inteligentes para atuarem como
 na de câmbio.
34) Em cada uma das frases abaixo, preencha o espaço com o
verbo indicado, na forma verbal adequada. Exemplo:
Frase: Se o representante da empresa (chegar) na hora, não 
precisaríamos estar agora aguardando por ele. Resposta: Se 
o representante da empresa tivesse chegado na hora, não
precisaríamos estar agora aguardando por ele.
1. Se você observar e (antever) que deverá oportunidade 
de tocar no assunto, prepare-se adequadamente.
2. Se o redator (reaver) rapidamente o material perdido,
poderá em tempo voltar a trabalhar nele.
3. Quando for o caso de o candidato (provir) de outro
Estado, deverá ele utilizar formulário de inscrição dife-
rente do habital.
4. Se o autor retornar e (manter) a proposta, deveremos
estar preparados para adotar estratégia diferente da
inicial.
5. Ontem, por falta de oportunidade, não (intervir)
nos comentários a respeito da nova legislação. Mas agora
quero manifestar-me.
6. Quando foi necessário, os diretores, que até então es-
tavam quietos, (intervir) com veemência.
7. O fornecedor do material só poderia ter questionado o 
pagamento se (intervir) no processo antes de seu des-
fecho.
8. Quando o mediador (intervir) na discussão, deverá
fazê-lo com muito cuidado, para não acirrar os ânimos.
9. Se ela mantiver a calma e (conter-se), poderá chegar,
sem conflitos, ao resultado desejado.
10. Terão assegurado o contrato os três profissionais que
primeiro organizarem e (propor) um projeto.
35) Figurou recentemente, num jornal da cidade, a frase abaixo:
“Embora fosse prolixo, o apresentador ultrapassou o tempo 
previsto.”
Examine atentamente o sentido dessa frase. Se for o caso,
corrija-a no que for necessário e explique o porquê da cor-
reção.
Caso você considere correta a frase, escreva apenas: A frase
está correta.
36) Nas questões abaixo, ocorrem espaços vazios. Para preen-
chê-los, escolha um dos seguintes verbos: fazer, transpor,
deter, ir. Utilize a forma verbal mais adequada.
1) Se dias frios no inverno, talvez as coisas fossem 
diferentes.
2) Quando o cavalo todos os obstáculos, a corrida 
terminará.
3) Se o cavalo mais facilmente os obstáculos, alcan-
çaria com mais folga a linha de chegada.
4) Se a equipe econômica não se nos aspectos re-
gionais e considerar os aspectos globais, a possibilidade 
de solução será maior.
5) Caso ela ( ) ao jogo amanhã, deverá pagar anteci-
padamente o ingresso.
37) Dentre os tempos verbais, existe um que se chama futuro
do presente composto do indicativo; um exemplo é terei 
partido. Explique em que circunstância esse tempo verbal
é utilizado. Redija uma frase em que ele seja corretamente
empregado, mas use verbo diferente de partir.
38) Examine o termo sublinhado nos períodos abaixo.
O frasco maior contém mais líquido, é evidente. O relato 
da testemunha não condiz com os fatos apontados pe-
los peritos.
Ele não intervirá na questão entre o árbitro e o atleta.
Assinale a alternativa correta a respeito desses verbos,
colocados no pretérito perfeito, mas mantida a pessoa
gramatical.
a) Conteve, condiria, interveio.
b) Conteu, condizia, interveio.
c) Conteve, condisse, interveio.
d) Conteu, condisse, interviu.
e) Continha, condizeu, interviu.
39) Assinale a alternativa que contenha, corretamente, os ver-
bos das orações abaixo no futuro do subjuntivo.
a) Se o menino se entretiver com o cão que passear na
rua…Se não couber na bolsa o frasco que você me em-
prestar…
b) Se o menino se entreter com o cão que passear na rua…
Se não caber na bolsa o frasco que vocême emprestar…
c) Se o menino se entretiver com o cão que passear na
rua…Se não caber na bolsa o frasco que você me em-
prestar...
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS168
d) Se o menino se entreter com o cão que passear na rua…
Se não couber na bolsa o frasco que você me empres-
tar...
e) Se o menino se entretesse com o cão que passeava na 
rua…Se não cabesse na bolsa o frasco que você me em-
prestasse...
40) Assinale a alternativa em que o particípio sublinhado está 
corretamente utilizado.
a) O diretor tinha suspenso a edição do jornal antes da pu-
blicação da notícia.
b) Lourival tinha chego ao mercado. Marli o esperava pró-
xima da barraca de frutas.
c) O coroinha havia já disperso a multidão que estava em 
volta da Matriz.
d) A correspondêncianão foi entregue no escritório.
e) Diogo tinha expulso os índios que cercavam o povoado.
41) Na língua portuguesa, às vezes, verbos diferentes assumem 
a mesma forma verbal. Isso NÃO OCORRE em:
a) Fui, pretérito perfeito do indicativo de ir e de ser.
b) Viemos, pretérito perfeito do indicativo de vir e presen-
te do indicativo de ver.
c) Vimos, pretérito perfeito do indicativo de ver e presente 
do indicativo de vir.
d) For, futuro do subjuntivo de ir e de ser.
e) Fora, pretérito mais-que-perfeito do indicativo de ir e de 
ser.
42) Explique a diferença de sentido entre as construções abai-
xo.
a) A língua foi perdendo e ganhando.
b) A língua perdeu e ganhou.
43) Observe o fragmento seguinte: “Há palavras que ninguém 
emprega”. Na frase abaixo, transcreva as formas verbais su-
blinhadas, mas adapte-as à nova situação.
Seria preciso que não palavras que nin-
guém .
44) Observe a seguinte oração:
“...os portugueses não haviam sido por uma tempestade 
empurrados para a terra de Santa Cruz.”
a) Nessa oração, há uma locução verbal. Identifique-a.
b) Em que voz ela está?
c) Qual é o verbo principal dessa oração?
45) Estamos comemorando a entrega de mais de mil imóveis. 
São mais de 1000 sonhos realizados. Mais de oito imóveis 
são entregues todo dia. Quer ser o próximo? Então vem 
para a X Consórcios. Entre você também para o consórcio 
que o Brasil inteiro confia. (Texto de anúncio publicitário, 
editado.)
Há quebra da uniformidade de tratamento no emprego das 
formas verbais quer e vem.
a) Em qual pessoa verbal essas formas estão conjugadas?
b) Reescreva o trecho – Quer ser o próximo? Então vem 
para a X Consórcios – compatibilizando o tratamento 
com a sequência do texto.
46) O artista Juan Diego Miguel apresenta a exposição “Arte e 
Sensibilidade”, no Museu Brasileiro da
Escultura (MUBE) de suas obras que acabam de chegar no 
país. Seu sentido de inovação tanto em temas como em 
materiais que elege é sempre de uma sensação extraordi-
nária para o espectador. Juan Diego sensibiliza-se com os 
materiais que nos rodeam e lhes da vida com uma natura-
lidade impressionante, encontrando liberdade para buscar 
elementos no fauvismo de Henri Matisse, no cubismo de 
Pablo Picasso e do contemporâneo de Juan Gris. Uma arte 
que está reservada para poucos.
Exposição: de 03 de agosto à 02 de setembro, das 10 às 19h.
A conjugação do verbo rodear está correta no texto? Justi-
fique sua resposta.
47) Leia atentamente os dois fragmentos abaixo extraídos de 
Vidas Secas de Graciliano Ramos, e desenvolva a questão 
que segue:
Texto 1: “Alcançou o pátio, enxergou a casa baixa e escura, 
de telhas pretas, deixou atrás os juazeiros, as pedras onde 
jogavam cobras mortas, o carro de bois. As alpercatas dos 
pequenos batiam no chão branco e liso. A cachorra Baleia 
trotava arquejando, a boca aberta.”
“Fabiano” em: Ramos, G. Vidas Secas. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 1947
Texto 2: “Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo 
cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano 
enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com 
ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo 
ficaria cheio de preás, gordos, enormes.”
“Baleia” em: Ramos, G. Vidas Secas. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 1947
A expressividade do discurso de Vidas Secas ocorre por 
meio da forma singular com que são trabalhados todos os 
níveis gramaticais, mas encontra nos nomes (substantivos e 
adjetivos) e nos tempos verbais, lugar especial na constru-
ção dos sentidos. Analise essa afirmação relacionando com-
parativamente os dois fragmentos selecionados.
48) O primeiro passo para aprender a pensar, curiosamente, é 
aprender a observar. Só que isso, infelizmente, não é ensina-
do. Hoje nossos alunos são proibidos de observar o mundo, 
trancafiados que ficam numa sala de aula, estrategicamente 
colocada bem longe do dia-a-dia e da realidade. Nossas esco-
las nos obrigam a estudar mais os livros de antigamente do 
que a realidade que nos cerca. Observar, para muitos profes-
sores, significa ler o que os grandes intelectuais do passado 
observaram – gente como Rousseau, Platão ou Keynes. Só 
que esses grandes pensadores seriam os primeiros a dizer 
“esqueçam tudo o que escrevi”, se estivessem vivos. Na época 
não existia internet nem computadores, o mundo era total-
mente diferente. Eles ficariam chocados se soubessem que 
nossos alunos são impedidos de observar o mundo que os 
cerca e obrigados a ler teoria escrita 200 ou 2000 anos atrás – 
o que leva os jovens de hoje a se sentir alienados, confusos e 
sem respostas coerentes para explicar a realidade.
Não que eu seja contra livros, muito pelo contrário. Sou a fa-
vor de observar primeiro, ler depois. Os livros, se forem bons, 
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 169
confirmarão o que você já suspeitava. Ou porão tudo em or-
dem, de forma esclarecedora. Existem livros antigos maravi-
lhosos, com fatos que não podem ser esquecidos, mas preci-
sam ser dosados com o aprendizado da observação.
Ensinar a observar deveria ser a tarefa número 1 da educa-
ção. Quase metade das grandes descobertas científicas sur-
giu não da lógica, do raciocínio ou do uso de teoria, mas da 
simples observação, auxiliada talvez por novos instrumentos, 
como o telescópio, o microscópio, o tomógrafo, ou pelo uso 
de novos algoritmos matemáticos. Se você tem dificuldade 
de raciocínio, talvez seja porque não aprendeu a observar di-
reito, e seu problema nada tem a ver com sua cabeça.
Ensinar a observar não é fácil. Primeiro você precisa elimi-
nar os preconceitos, ou pré-conceitos, que são a carga de 
atitudes e visões incorretas que alguns nos ensinam e nos 
impedem de enxergar o verdadeiro mundo. Há tanta coi-
sa que é escrita hoje simplesmente para defender os inte-
resses do autor ou grupo que dissemina essa idéia, o que 
é assustador. Se você quer ter uma visão independente, 
aprenda correndo a observar você mesmo. Quantas vezes 
não participamos de uma reunião e alguém diz “vamos pa-
rar de discutir”, no sentido de pensar e tentar “ver” o proble-
ma de outro ângulo? Quantas vezes a gente simplesmente 
não “enxerga” a questão? Se você realmente quiser ter idéias 
novas, ser criativo, ser inovador e ter uma opinião indepen-
dente, aprimore primeiro os seus sentidos. Você estará no 
caminho certo para começar a pensar.
(Stephen Kanitz, Observar e pensar. Veja, 04.08.2004. 
Adaptado)
Ou porão tudo em ordem, de forma esclarecedora.
...e seu problema nada tem a ver com sua cabeça. Assinale a 
alternativa em que os verbos derivados de pôr, ter e ver, em 
destaque nas frases acima, estão corretamente conjugados.
a) Não aprovaríamos o orçamento, a menos que eles se 
dispusessem a negociar, que se detivessem na análise 
do assunto e revissem os custos.
b) Quando se propuserem a ajudar-nos, não se ativerem a 
detalhes e reverem sua atitude, haverá acordo.
c) Os que previram seu insucesso não se ateram ao poten-
cial do rapaz; tampouco supuseram que eleresistiria.
d) Mantiveram a justiça porque recomporam os fatos e re-
viram as provas.
e) O contrato será renovado se preverem problemas mas 
não se indisporem com os inquilinos e manterem acalma.
49) A última das três abordagens, entre as teorias idealistas, 
é a que considera cultura como sistemas. simbólicos. Esta 
posição foi desenvolvida nos Estados Unidos principalmen-
te por dois antropólogos: o já conhecido Clifford Geertz e 
David Schneider. O primeiro deles busca uma definição de 
homem baseada na definição de cultura. Para isto, refuta a 
idéia de uma forma ideal de homem, decorrente do ilumi-
nismo e da antropologia clássica, perto da qual as demais 
eram distorções ou aproximações, e tenta resolver o para-
doxo (...) de uma imensa variedade cultural que contrasta 
com a unidade da espécie humana. Para isto, a cultura deve 
ser considerada “não um complexo de comportamentos 
concretos mas um conjunto de mecanismos de controle, 
planos, receitas, regras, instruções (que os técnicos de com-
putadoreschamam programa) para governar o comporta-
mento”. Assim, para Geertz, todos os homens são genetica-
mente aptos para receber um programa, e este programa é 
o que chamamos cultura. E esta formulação – que conside-
ramos uma nova maneira de encarar a unidade da espécie 
– permitiu a Geertz afirmar que “um dos mais significativos 
fatos sobre nós pode se finalmente a constatação de que 
todos nascemos com um equipamento para viver mil vidas, 
mas terminamos no fim tendo vivido uma só!”
Roque de Barros Laraia. Cultura, um conceito antropológi-
co. 16. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003, p. 62.
Assinale a alternativa em que um verbo, tomando outro 
sentido, tem alterada a sua predicação.
a) O alfaiate virou e desvirou o terno, à procura de um de-
feito. / Francisco virou a cabeça para o lado, indiferente.
b) Clotilde anda rápido como um raio. / Clotilde anda ado-
entada ultimamente.
c) A mim não me negam lugar na fila. / Neguei o acesso ao 
prédio, como me cabia fazer.
d) Não assiste ao prefeito o direito de julgar essa questão. / 
Não assisti ao filme que você mencionou.
e) Visei o alvo e atirei. / As autoridades portuárias visaram 
o passaporte.
50) A última das três abordagens, entre as teorias idealistas, 
é a que considera cultura como sistemas. simbólicos. Esta 
posição foi desenvolvida nos Estados Unidos principalmen-
te por dois antropólogos: o já conhecido Clifford Geertz e 
David Schneider. O primeiro deles busca uma definição de 
homem baseada na definição de cultura. Para isto, refuta a 
idéia de uma forma ideal de homem, decorrente do ilumi-
nismo e da antropologia clássica, perto da qual as demais 
eram distorções ou aproximações, e tenta resolver o para-
doxo (...) de uma imensa variedade cultural que contrasta 
com a unidade da espécie humana. Para isto, a cultura deve 
ser considerada “não um complexo de comportamentos 
concretos mas um conjunto de mecanismos de controle, 
planos, receitas, regras, instruções (que os técnicos de com-
putadores chamam programa) para governar o comporta-
mento”. Assim, para Geertz, todos os homens são genetica-
mente aptos para receber um programa, e este programa é 
o que chamamos cultura. E esta formulação – que conside-
ramos uma nova maneira de encarar a unidade da espécie 
– permitiu a Geertz afirmar que “um dos mais significativos 
fatos sobre nós pode se finalmente a constatação de que 
todos nascemos com um equipamento para viver mil vidas, 
mas terminamos no fim tendo vivido uma só!”
Roque de Barros Laraia. Cultura, um conceito antropológi-
co. 16. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003, p. 62.
Assinale a alternativa em que o uso dos verbos fazer, haver 
e ser está de acordo com a norma culta.
a) Ele não se olhava no espelho haviam três dias. A esposa 
se queixava muito daquela situação.
b) Faziam dias alegres naquele verão. Muito calor e muita 
mulher bonita.
c) Não houveram mais casos de dengue nas redondezas, 
desde a intervenção do médico.
d) Meu maior incômodo são as aves noturnas que vêm fa-
zer ninho no forro da casa.
e) Agora são meio-dia. As pessoas que fazem a sesta se di-
rigem a casa.
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS170
51) Amor de Salvação
Escutava o filho de Eulália o discurso de D. José, lardeado de 
facécias, e, por vezes, atendível por umas razões que se lhe 
cravavam fundas no espírito. As réplicas saíam-lhe frouxas 
e mesmo timoratas. Já ele se temia de responder coisa de 
fazer rir o amigo. Violentava sua condição para o igualar na 
licença da idéia, e, por vezes, no desbragado da frase. Sen-
tia-se por dentro reabrir em nova primavera de alegrias para 
muitos amores, que se haviam de destruir uns aos outros, a 
bem do coração desprendido salutarmente de todos. A sua 
casa de Buenos Aires aborreceu-a por afastada do mundo, 
boa tão somente para tolos infelizes que fiam do anjo da 
soledade o despenarem-se, chorando. Mudou residência 
para o centro de Lisboa, entre os salões e os teatros, entre 
o rebuliço dos botequins e concurso dos passeios. Entrou 
em tudo. As primeiras impressões enjoaram-no; mas, à bei-
ra dele, estava D. José de Noronha, rodeado dos próceres 
da bizarriz (sic), todos porfiados em tosquiarem um dro-
medário provinciano, que se escondera em Buenos Aires a 
delir em prantos uma paixão calosa, trazida lá das serranias 
minhotas. Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da vir-
tude, que já muito a medo lhe segredava os seus antigos 
ditames, que expor-se à irrisão de pessoas daquele quila-
te. É verdade que às vezes duas imagens lagrimosas se lhe 
antepunham: a mãe, e Mafalda. Afonso desconstrangia-se 
das visões importunas, e a si se acusava de pueril visionário, 
não emancipado ainda das crendices do poeta inesperto da 
prosa necessária à vida.
Escrever, porém, a Teodora, não vingaram as sugestões de 
D. José. Porventura, outras mulheres superiormente belas, e 
agradecidas às suas contemplações, o traziam preocupado 
e algum tanto esquecido da morgada da Fervença.
Mas, um dia, Afonso, numa roda de mancebos a quem dava 
de almoçar, recebeu esta carta de Teodora: “Compadeceu-
-se o Senhor. Passou o furacão. Tenho a cabeça fria da beira 
da sepultura, de onde me ergui. Aqui estou em pé diante do 
mundo. Sinto o peso do coração morto no seio; mas vivo eu, 
Afonso. Meus lábios já não amaldiçoam, minhas mãos estão 
postas, meus olhos não choram. O meu cadáver ergueu-se 
na imobilidade da estátua do sepulcro. Agora não me te-
mas, não me fujas. Pára aí onde estás, que as tuas alegrias 
devem ser muito falsas, se a voz duma pobre mulher pode 
perturbá-las.
Olha... se eu hoje te visse, qual foste, ao pé de mim, anjo 
da minha infância, abraçava-te. Se me dissesses que a tua 
inocência se baqueara à voragem das paixões, repelia-te. Eu 
amo a criança de há cinco anos, e detesto o homem de hoje.
Serena-te, pois. Esta carta que mal pode fazer-te, Afonso? 
Não me respondas; mas lê. À mulher perdida relanceou o 
Cristo um olhar de comiseração e ouviu-a. E eu, se visse pas-
sar o Cristo, rodeado de infelizes, havia de ajoelhar e dizer-
-lhe: Senhor! Senhor! É uma desgraçada que vos ajoelha e 
não uma perdida. Infâmias, uma só não tenho que a justiça 
da terra me condene. Estou acorrentada a um dever imoral, 
tenho querido espadaçá-lo, mas estou pura. Dever imoral... 
por que, não, Senhor! Vós vistes que eu era inocente; minha 
mãe e meu pai estavam convosco.’’
“Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, (...) 
que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.” (L. 12- 13)
Assinale a alternativa que corresponde ao sentido dessa 
frase e, ao mesmo tempo, respeita a norma culta da língua 
portuguesa.
a) Ora, Afonso de Teive preferia renegar da virtude, (...) do 
que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.
b) Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, (...) 
ao invés de expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.
c) Ora, Afonso de Teive preferia renegar da virtude, (...) a 
expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.
d) Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, (...) 
sem expor-se à irrisão de pessoas daquelequilate.
e) Ora, Afonso de Teive queria antes renegar da virtude, (...) 
por expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.
52) A única frase em que as formas verbais estão corretamente 
empregadas é:
a) Especialistas temem que órgãos de outras espécies po-
dem transmitir vírus perigosos.
b) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de ajus-
te fiscal imediato, o Brasil ainda estará muito longe de 
tornar-se um participante ativo do jogo mundial.
c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do mes-
mo partido, embora nenhum fará a sociedade em que 
eu acredito.
d) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só não 
causará problema se o suprir de carne e o manter na jaula.
e) O nome secreto de Deus era o princípio ativo da criação, 
mas dizê-lo por completo equivalia a um sacrilégio, ao 
pecado de saber mais do que nos convinha.
53) (…) e tudo ficou sob a guarda de Dona Plácida, suposta,e, a 
certos respeitos, verdadeira dona da casa. Custou-lhe muito 
a aceitar a casa; farejara a intenção, e doía-lhe o ofício; mas 
afinal cedeu. Creio que chorava, a princípio: tinha nojo de si 
mesma. Ao menos, é certo que não levantou os olhos para 
mim durante os primeiros dois meses; falava-me com eles 
baixos, séria, carrancuda, às vezes triste. Eu queria angariá-
-la, e não me dava por ofendido, tratava-a com carinho e 
respeito; forcejava por obter-lhe a benevolência, depois a 
confiança. Quando obtive a confiança, imaginei uma histó-
ria patética dos meus amores com Virgília, um caso anterior 
ao casamento, a resistência do pai, a dureza do marido, e 
não sei que outros toques de novela. Dona Plácida não re-
jeitou uma só página da novela; aceitou-as todas. Era uma 
necessidade da consciência. Ao cabo de seis meses quem 
nos visse a todos três juntos diria que Dona Plácida era 
minha sogra. Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco 
contos, – os cinco contos achados em Botafogo, – como um 
pão para a velhice. Dona Plácida agradeceu-me com lágri-
mas nos olhos, e nunca mais deixou de rezar por mim, todas 
as noites, diante de uma imagem da Virgem, que tinha no 
quarto. Foi assim que lhe acabou o nojo.
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas)
Em relação a “Custou-lhe muito a aceitar a casa”, as formas 
verbais farejara e doía expressam, respectivamente,
a) posterioridade e simultaneidade.
b) simultaneidade e anterioridade.
c) posterioridade e anterioridade.
d) anterioridade e simultaneidade.
e) simultaneidade e posterioridade.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 171
54) Leia o excerto, observando as diferentes formas verbais.
Chegou. Pôs a cuia no chão, escorou-a com pedras, matou 
a sede da família. Em seguida acocorou-se, remexeu o aió, 
tirou o fuzil, acendeu as raízes de macambira, soprou-as, in-
chando as bochechas cavadas. Uma labareda tremeu, ele-
vou-se, tingiu-lhe o rosto queimado, a barba ruiva, os olhos 
azuis. Minutos depois o preá torcia-se e chiava no espeto 
de alecrim.
Eram todos felizes. Sinha Vitória vestiria uma saia larga de 
ramagens. A cara murcha de sinha Vitória remoçaria (…). 
(…)
A fazenda renasceria – e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para 
bem dizer seria dono daquele mundo. (Graciliano Ramos, 
Vidas secas)
a) Considerando que no primeiro parágrafo predomina o 
pretérito perfeito, justifique o emprego do imperfeito 
em “o preá torcia-se e chiava no espeto de alecrim”.
b) Explique o efeito de sentido produzido no excerto pelo 
emprego do futuro do pretérito.
55) Um historiador da nossa língua, creio que João de Barros, 
põe na boca de um rei bárbaro algumas palavras mansas, 
quando os portugueses lhe propunham estabelecer ali ao 
pé uma fortaleza; dizia o rei que os bons amigos deviam fi-
car longe uns dos outros, não perto, para se não zangarem 
como as águas do mar que batiam furiosas no rochedo que 
eles viam dali. Que a sombra do escritor me perdoe, se eu 
duvido que o rei dissesse tal palavra nem que ela seja verda-
deira.
Provavelmente foi o mesmo escritor que a inventou para 
adornar o texto, e não fez mal, porque é bonita; realmente, 
é bonita. Eu creio que o mar então batia na pedra, como é 
seu costume, desde Ulisses e antes. Agora que a compara-
ção seja verdadeira é que não.
Seguramente há inimigos contíguos, mas também há ami-
gos de perto e do peito. E o escritor esquecia (salvo se ainda 
não era do seu tempo) esquecia o adágio: longe dos olhos, 
longe do coração.
[Machado de Assis, Dom Casmurro]
No trecho, “... eu duvido que o rei dissesse tal palavra nem 
que ela seja verdadeira”, o termo DISSESSE expressa uma:
a) continuidade.
b) improbabilidade.
c) simultaneidade.
d) impossibilidade.
e) alternância.
56) Estas duas estrofes encontram-se em O samba da minha 
terra, de Dorival Caymmi:
Quem não gosta de samba bom sujeito não é,
é ruim da cabeça ou doente do pé.
Eu nasci com o samba, no samba me criei,
do danado do samba nunca me separei.
a) Reescreva a primeira estrofe, iniciando-a com a frase 
afirmativa Quem gosta de samba e fazendo as adapta-
ções necessárias para que se mantenha a coerência do 
pensamento de Caymmi. Não utilize formas negativas.
b) Reescreva os dois primeiros versos da segunda estrofe, 
substituindo as formas nasci e me criei, respectivamen-
te, pelas formas verbais correspondentes de provir e 
conviver e fazendo as alterações necessárias.
57) As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como 
cigarras, desde longos anos, em Oliveira, eram elas as es-
quadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas 
as maledicências, as tecedeiras de todas as intrigas. E na 
desditosa cidade, não existia nódoa, pecha, bule rachado, 
coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, po-
eira a um canto, vulto a uma esquina, bolo encomendado 
nas Matildes, que seus olhinhos furantes de azeviche sujo 
não descortinassem e que sua solta língua, entre os dentes 
ralos, não comentasse com malícia estridente.
(Eça de Queirós, A ilustre Casa de Ramires)
A correlação de tempos que, neste texto, se verifica entre 
as formas verbais existia, descortinassem e comentasse, 
mantém-se apenas em:
a) não existe; não descortinem; não comente.
b) não existiu; não teriam descortinado; nãoteria comentado.
c) não existira; não tinham descortinado; não tinha co-
mentado.
d) não existirá; não tiverem descortinado; não tiver co-
mentado.
e) não existiria; não descortinavam; não comentava.
58) Assinale a alternativa em que a correlação de tempos e mo-
dos verbais NÃO é adequada ao contexto.
a) Ainda aparecerá no Congresso alguém disposto a apre-
sentar um projeto que fixe conseqüências para aqueles 
que enganem a sociedade.
b) Tudo leva a crer que nesses cruzamentos de culturas a 
situação das áreas coloniais apresente um convívio de 
extremos.
c) Não há dúvida de que, nos traumas sociais, os sujeitos 
da cultura popular sofrem abalos graves.
d) More alguém nos bairros pobres da periferia de uma ci-
dade grande e verá no que resultou essa condição do 
migrante.
e) A sua conduta será de inconformismo e violência, até 
que um dia certas condições poderiam reconstituir sua 
vida familiar.
59) A única frase em que a correlação de tempos e modos NÃO 
foi corretamente observada é:
a) Segundo os Correios, se a greve terminar amanhã, as 
entregas serão normalizadas em 13 dias.
b) Para que o agricultor não se limitasse aos recursos oficiais, 
as fábricas também criaram suas próprias linhas de crédito.
c) Um dos seus projetos de lei exigia que os professores e ser-
vidores das universidades fizessem examesantidoping.
d) Na discussão do projeto, o deputado duvidou que o co-
lega era o autor da emenda.
e) A Câmara Municipal aprovou a lei que concede descon-
tos a multas e juros que estão em atraso.
60) Conta Rubem Braga o conselho que um amigo lhe deu certa 
vez: “Olhe, Rubem, faça como eu, não tope parada com a 
gramática.”
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS172
Tratando Rubem por TU e respeitando o padrão culto, o 
amigo deveria dizer:
a) Olhai, Rubem, faz como eu, não enfrente agramática.
b) Olhai, Rubem, faze como eu, não te vás atemorizar com 
a gramática.
c) Olha, Rubem, faças como eu, cuide de seguir a gramáti-
ca.
d) Olhe, Rubem, faças como eu, evita fugir àgramática.
e) Olha, Rubem, faz como eu, não desafies agramática.
61) Dos verbos assinalados, só está corretamente empregado o 
que aparece na frase:
a) A atual administração quer crescer a arrecadação do 
IPTU em 40%.
b) A economia latino-americana se modernizou sem que a 
estrutura de renda da região acompanhou as transfor-
mações.
c) Se fazer previsões sobre a situação econômica já era 
difícil antes das eleições, agora ficou ainda mais compli-
cado.
d) A indústria ficará satisfeita só quando vender metade 
do estoque e transpor o obstáculo dos juros.
e) Por mais que os leitores se apropriam de um livro, no 
final, livro e leitor tornam-se uma só coisa.
62) Entre as mensagens abaixo, a únicaque está de acordo com 
a norma escrita culta é:
a) Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clica 
aqui!
b) Mostra que você tem bom coração. Contribua para a 
campanha do agasalho!
c) Cura-te a ti mesmo e seja feliz!
d) Não subestime o consumidor. Venda produtos de boa 
procedência.
e) Em caso de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de 
um policial.
63) “(...) O antropólogo Claude Lévi-Strauss detestou a Baía de 
Guanabara
Pareceu-lhe uma boca banguela.
E eu, menos a conhecera mais a amara?
Sou cego de tanto vê-la, de tanto tê-la estrela O que é uma 
coisa bela?”
[CAETANO VELOSO, ‘O Estrangeiro’]
a) Na linguagem literária, muitas vezes, o mais-que- per-
feito do indicativo substitui outras formas verbais, como 
no verso: “E eu, menos a conhecera mais a amara?. Re-
escreva-o, usando as formas que o mais-que-perfeito 
substituiu.
b) Tanto ‘sou’ como ‘é’ são formas do presente do indicati-
vo. Apesar disso, a visão do tempo que elas transmitem 
não é a mesma em uma e outra. Em que consiste essa 
diferença?
64) Às seis da tarde Ás seis da tarde
As mulheres choram No banheiro
Não choravam por isso Ou por aquilo
Choravam porque o pranto subia Garganta acima
Mesmo se os filhos cresciam Com boa saúde
se havia comida no fogo e se o marido lhes dava do bom 
e do melhor choravam porque no céu além do basculante
o dia se punha porque uma ânsia uma dor
uma gastura
era só o que sobrava dos seus sonhos.
Agora
Ás seis da tarde
As mulheres regressam do trabalho O dia se impõe
Os filhos crescem O fogo espera
E elas não podem Não querem
Chorar na condução.
(Marina Colasanti – Gargantas abertas) Basculante = um 
tipo de janela.
Gastura = inquietação nervosa, aflição, mal-estar.
a) O texto faz ver que mudanças históricas ocorridas na 
situação de vida das mulheres não alteraram substan-
cialmente sua condição subjetiva. Concorda com essa 
afirmação? Justifique sucintamente.
b) No poema, o emprego dos tempos do imperfeito e do 
presente do indicativo deixa claro que apenas um deles 
é capaz de indicar ações repetidas, durativas ou habi-
tuais. Concorda com essa afirmação? Justifique sucinta-
mente.
65) O anúncio luminoso de um edifício em frente, acendendo e 
apagando, dava banhos intermitentes de sangue na pele de 
seu braço repousado, e de sua face. Ela estava sentada junto 
à janela e havia luar; e nos intervalos desse banho vermelho 
ela era toda pálida e suave.
Na roda havia um homem muito inteligente que falava mui-
to; havia seu marido, todo bovino; um pintor louro e nervo-
so; uma senhora recentemente desquitada, e eu. Para que 
recensear a roda que falava de política e de pintura? Ela não 
dava atenção a ninguém. Quieta, às vezes sorrindo quando 
alguém lhe dirigia a palavra, ela apenas mirava o próprio 
braço, atenta à mudança da cor. Senti que ela fruía nisso um 
prazer silencioso e longo. “Muito!”, disse quando alguém lhe 
perguntou se gostara de um certo quadro – e disse mais al-
gumas palavras; mas mudou um pouco a posição do braço 
e continuou a se mirar, interessada em si mesma, com um 
ar sonhador.
Rubem Braga, “A mulher que ia navegar”.
“‘Muito!’, disse quando alguém lhe perguntou se gostara de 
um certo quadro.”
Se a pergunta a que se refere o trecho fosse apresentada em 
discurso direto, a forma verbal correspondente a “gostara” 
seria
a) gostasse.
b) gostava.
c) gostou.
d) gostará.
e) gostaria.
66) Muitos políticos olham com desconfiança os que se articu-
lam com a mídia.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 173
Não compreendem que não se faz política sem a mídia. Ja-
cques Ellul, no século passado, afirmava que um fato só se 
torna político pela mediação da imprensa. Se 20 índios iano-
mâmis são assassinados e ninguém ouve falar, o crime não se 
torna um fato político. Caso apareça na televisão, o que era 
um mistério da floresta torna-se um problema mundial.
Adaptado de Fernando Gabeira, Folha de S.Paulo.
a) Explique a distinção, explorada no texto, entre dois ti-
pos de fatos: um, relacionado a “mistério da floresta”; 
outro, relacionado a “problema mundial”.
b) Reescreva os dois períodos finais do texto, começando 
com “Se 20 índios fossem assassinados...” e fazendo as 
adaptações necessárias.
67) Assinale a alternativa em que os verbos prever, intervir, pro-
por e manter estão corretamente conjugados.
a) Previu / interviu / propuser / mantesse.
b) Prevesse / intervisse / proposse / mantesse.
c) Previu / interveio / propusesse / mantera.
d) Preveu / intervim / propuser / mantivesse.
e) Previsse / intervier / propusesse / mantinha.
68) Assinale a alternativa em que os verbos impregnar, optar, 
suar e estrear preenchem corretamente as lacunas das fra-
ses abaixo.
Esse tipo de tinta de cheiro acre a roupa da loja.
O coronel sempre pelo praça de maior destreza para 
dirigir a viatura.
Nos dias de calor, ele o demais; por isso. o ar condi-
cionado do carro.
O cantor no teatro da Barra ontem, à noite. Um su-
cesso!
a) Impreguina, opta, sua, estreiou.
b) Impregna, opta, soa, estreiou.
c) Impregna, opta, sua, estreou.
d) Impreguina, opita, soa, estreiou.
e) Impregna, opita, sua, estreiou.
69) 
Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma campina tão 
desamparada que não principia nem também termina, e 
onde nunca é noite e nunca madrugada.
(Pastores da terra, vós tendes sossego, que olhais para o sol 
e encontrais direção. Sabeis quando é tarde, sabeis quando 
é cedo. Eu, não.)
Cecilia Meireles
Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, in-
titulado Destino, uma espécie de profissão de fé da autora.
O tratamento utilizado na 2ª estrofe do poema se caracte-
riza por ser
a) indireto de 3ª pessoa do singular.
b) direto de 1ª pessoa do singular.
c) direto de 2ª pessoa do plural.
d) indireto de 2ª pessoa do plural.
e) direto de 3ª pessoa do plural.
70) Eu amo a noite solitária e muda, Quando no vasto céu fitan-
do os olhos,
Além do escuro, que lhe tinge a face, Alcanço deslumbrado
Milhões de sóis a divagar no espaço, Como em salas de es-
plêndido banquete Mil tochas aromáticas ardendo
Entre nuvens d’incenso! (...)
Eu amo a noite solitária e muda; Como formosa dona em 
régios paços,
Trajando ao mesmo tempo luto e galas Majestosa e sentida;
Se no dó atentais, de que se enluta, Certo sentis pesar de a 
ver tão triste; Se o rosto lhe fitais, sentis deleite De a ver tão 
bela e grave!
Gonçalves Dias – “A Noite”
“fitais/sentis”
Passando as formas verbais acima para a 3ª pessoa do plural 
do imperativo afirmativo, teremos, respectivamente:
a) fitem – sintam.
b) fitem – sentissem.
c) fitai – senti.
d) fitam – sentem.
e) fitam – sintam.
71) Leia atentamente o texto e responda à questão que a ele se 
refere.
Pode-se abordar o estudo das organizações asseverando 
a unicidade de toda estrutura social e evitando qualquer 
generalização, até que se tenha à mão prova empírica de 
similaridade bem aproximada. Foi esse o ponto de vis-
ta aconselhado à equipe de pesquisa da Universidade de 
Michigan pelos líderes de quase todas as organizações 
estudadas.- Nossa organização é única; de fato, não pode-
mos ser comparados a qualquer outro grupo, declarou um 
líder ferroviário. Os ferroviários viam seus problemas orga-
nizacionais como diferentes de todas as demais classes; o 
mesmo acontecia com os altos funcionários do governo. Os 
dirigentes das companhias de seguros reagiam da mesma 
forma, o que também era feito pelos diretores de empresas 
manufatureiras, grandes e pequenas.
Entretanto, no momento em que começavam a falar de 
seus problemas, as reivindicações que faziam de sua unici-
dade tornavam-se invalidadas. Através de uma análise de 
seus problemas teria sido difícil estabelecer diferença entre 
o diretor de uma estrada de ferro e um alto funcionário pú-
blico, entre o vice-presidente de uma companhia segura-
dora e seu igual de uma fábrica de automóveis. Conquanto 
haja aspectos únicos em qualquer situação social, também 
existem padrões comuns e, quanto mais nos aprofunda-
mos, maioresse tornam as similaridades genotípicas.
Por outro lado, o teorista social global pode ficar tão envolvido 
em certas dimensões abstratas de todas as situações sociais 
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS174
que ele será incapaz de explicar as principais origens de va-
riação em qualquer dada situação. O bom senso indica para 
esse problema a criação de uma tipologia. Nesse caso, são 
atribuídos às organizações certos tipos a respeito dos quais 
podem ser feitas generalizações. Assim, existem organizações 
voluntárias e involuntárias, estruturas democráticas e autocrá-
ticas, hierarquias centralizadas e descentralizadas, associações 
de expressão e aquelas que agem como instrumentos. As or-
ganizações são classificadas de maneira ainda mais comum, 
de acordo com suas finalidades oficialmente declaradas, tais 
como educar, obter lucros, promover saúde, religião, bem-es-
tar, proteger os interesses dos trabalhadores e recreação.
Adaptado de KATZ, Daniel e KAHN, Robert L., p. 134-135. 
Psicologia Social das Organizações. São Paulo: Atlas, 1970. 
Obs.: Asseverando significa afirmando com certeza, asse-
gurando.
Observe o seguinte período: “Nesse caso, são atribuídos às 
organizações certos tipos a respeito dos quais podem ser 
feitas generalizações”. Nele, ocorre voz passiva analítica; a 
voz ativa correspondente está indicada em:
a) Nesse caso, são atribuídos (por alguém) certos tipos a
respeito dos quais podem fazer-se certas generaliza-
ções.
b) Nesse caso, (alguém) pode atribuir às organizações cer-
tos tipos a respeito dos quais podem ser feitas generali-
zações.
c) De fato, (alguém) não pode nos comparar aqualquer
outro grupo.
d) Nesse caso, (alguém) atribui às organizações certos ti-
pos a respeito dos quais (alguém) pode fazer generali-
zações.
e) Nesse caso, atribuem-se às organizações certos tipos a
respeito dos quais se podem fazer generalizações.
72) Em qual das alternativas não há a necessária correlação
temporal das formas verbais?
a) A festa aconteceu no mesmo edifício em que transcor-
rera o passamento de José Mateus, vinte anos antes.
b) Quando Estela descer da carruagem, poderia aconte-
cer- lhe uma desgraça se o cocheiro não dispuser ade-
quadamente o estribo.
c) Tendo visto o pasto verde, o cavalo pôs-se a correr sem
que alguém pudesse controlá-lo.
d) Pelo porte, pelo garbo, todos perceberam que Antônio
Sé fora militar de alta patente.
e) Se o policial não tivesse intervindo a tempo, teria ocorri-
do a queda do canhão.
73) Assinale a alternativa em que todos os verbos estejam em-
pregados de acordo com a norma culta.
a) Você quer, depois de tudo o que me fez, que eu vou ao
jantar com sua amiga?
b) Não faz isso, que os meninos estão para chegar eeu ain-
da não preparei o almoço.
c) Tende dó, meus filhos! Todos nós, pecadores, estamos
sujeitos a essas tentações. Tende dó!
d) Quem haveria de dizer que ele pode vim fazer esse con-
serto sem nenhuma dificuldade?
e) Sai, que esse dinheiro é meu. Não me venha dizer que o 
viu primeiro.
74) Sapos, desculpas e proxenetas Do “vão ter que me engolir” 
à cafetina Jane: fecundos capítulos da novela do mensalão
(fragmento)
Em Zagallo já era feio. O então técnico da seleção tinha o
rosto transtornado de fúria, a voz cheia de rancor, e enca-
rava a câmera de TV com ganas de pit bull ferido, quando
despejou sua famosa frase: “ VOCÊS VÃO TER QUE ME ENGO-
LIR!”. No presidente da República fica muito pior. O “eles vão 
ter que engolir” destinado pelo presidente Lula aos adversá-
rios na semana passada inscreve-se na galeria das grandes
grosserias já disparadas pelos presidentes do Brasil. Lembra 
o “Me esqueçam” do general João Figueiredo quando, em
sua última entrevista como presidente, o jornalista Alexan-
dre Garcia lhe perguntou que palavras gostaria de endere-
çar naquele momento ao
povo brasileiro. Com a ameaça de adentrar goela abaixo 
de uma parcela de brasileiros, o “Lulinha paz e amor” dava 
abrupta marcha a ré em direção aos tempos espinhudos do 
sapo barbudo.
O presidente Lula tem andado exaltado em seus pronuncia-
mentos. Um dia diz que “ninguém tem mais moral e ética” do 
que ele, no outro que a “elite brasileira” não vai fazê-lo baixar 
a cabeça. Por duas vezes, bateu na tecla de que, se se deve in-
vestigar até o fim as denúncias que sacodem o país e punir os 
culpados, deve-se, também, absolver os inocentes e pedir-lhes 
desculpas. “Que pelo menos a imprensa brasileira divulgue e 
peça desculpas àqueles que foram acusados injustamente”, 
disse, no mesmo discurso do “vão ter que me engolir”. É nes-
sa hora que eleva o tom de voz e embica num fraseado com-
passado, sinal para a claque dos comícios de que é hora de 
aplaudir. Fica a impressão de que a pregação que veio antes, 
de punição aos culpados, foi, além de obrigatório tributo à ob-
viedade, mero contraponto ao apelo à absolvição, o ponto que 
realmente interessa ao presidente. “Vamos inocentar!”, isso, na 
verdade, é o que ele mais está querendo dizer.
(TOLEDO, Roberto Pompeu de. Revista Veja. Ensaio. São Pau-
lo. Editora Abril. Ano 38, Nº- 32, 10 de agosto de 2005. p.142)
Assinale a alternativa que apresenta exemplo de verbo usa-
do no sentido figurado caracterizando predicado nominal.
a) “‘Vamos inocentar!’”
b) “‘eles vão ter que engolir’”
c) “O presidente Lula tem andado exaltado em seus pro-
nunciamentos.”
d) “… quando despejou sua famosa frase…”
e) “… ‘ninguém tem mais moral e ética’ do que ele…”
75) JUVENTUDE ENCARCERADA
“Não adianta vocês fazerem rebeliões e quebrarem tudo
porque dinheiro para realizar reformas e prendê-los apare-
ce repidamente”. Ao fazer essa declaração em caráter infor-
mal a um adolescente que cumpria medida sócio-educativa 
de internação, jamais poderia imaginar que essa mensagem 
passaria a nortear suas atitudes dali em diante.
As experiências vividas em unidades de internação e de se-
miliberdade do Degase (Departamento Geral de Ações Só-
cio-Educativas), órgão responsável pelos adolescentes em
cumprimento de medidas sócio-educativas no Estado do
Rio de Janeiro, respaldam minhas palavras sobre o tema em 
voga na mídia: a redução da maioridade penal para 16 anos.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 175
Poderia falar de vários fatos para justificar a minha opinião 
contrária à redução da maioridade penal e também da ado-
ção do Direito Penal Juvenil. Ambas, a meu ver, destoam das 
conquistas da sociedade brasileira garantidas pelo Estatuto 
da Criança e do Adolescente e por outros diplomas.
Adolescentes são apresentados à sociedade como mento-
res de crimes hediondos, traficantes perigosos, perturbado-
res da ordem pública e outras qualificações que em nada re-
novam as expressões utilizadas no início do século passado 
para justificar o encarceramento de adolescentes oriundos 
de classes populares.
A triste conclusão a que chego é a de que, infelizmente, não 
há um plano de inclusão na sociedade brasileira para essa 
enorme população de crianças e adolescentes originários 
das classes menos favorecidas. Portanto, surgem como al-
ternativas o encarceramento, o extermínio e a exploração 
sexual e do trabalho dessa população.
Estamos sensibilizados com a dor dos pais dos jovens assas-
sinados em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Maranhão e em 
todos os recantos deste Brasil onde crianças, adolescentes, 
jovens, adultos e idosos são assassinados diariamente por 
pessoas de todas as classes sociais que se organizam em 
quadrilhas para ceifar vidas pelos motivos mais fúteis.
Quando tomo conhecimento de notícias envolvendo ado-
lescentes e até mesmo crianças pergunto-me: quem estará 
semeando o desamor nesses corações? Por que não conse-
guimos impedir que os mentores dessa tragédia continuem 
atuando? Por que servimos banquetes a corruptos? Por que 
não anistiamos os adolescentes que cometeram atos leves 
e não reincidiram para que possamos cuidar com respon-
sabilidade de casos mais graves? Por que as instituições 
responsáveis pelo atendimento não têm atenção devida do 
estadoe de toda a sociedade?
“— É verdade, seu Sidney, para prender a gente o dinhei-
ro aparece rapidinho. Eu não me meto nessa furada. Eu 
vou é pra escola.”
Ele foi para a escola, não aconteceu a rebelião e a sociedade 
ganhou mais um crítico do sistema. Jogado no sistema pe-
nitenciário, aquele jovem não teria tempo para desenvolver 
sua consciência crítica. Reduzir a maioridade penal signifi-
ca, também, anular a possibilidade de corrigirmos nossas 
falhas pelo desrespeito aos direitos de todas as crianças e 
adolescentes do Brasil.
(Silva, Sidney Teles da. “Revista Ocas” saindo das ruas. Nú-
mero 19, fevereiro de 2004, p. 30)
O uso de verbos e pronomes na primeira pessoa do plural, 
no sexto parágrafo, evidencia, analogicamente, que o “nós” 
é equivalente a:
a) o Estado.
b) o sistema penitenciário.
c) a sociedade.
d) as instituições responsáveis.
e) a família.
76) Assinale a alternativa correta quanto ao emprego das for-
mas verbais.
a) Para vires à minha casa, é preciso que vires à direita logo 
que vires a creche municipal.
b) O advogado interviu no depoimento posto que as acu-
sações voltavam-se contra seu cliente.
c) Aceitaremos a proposta se ela nos convir.
d) Pagarei minha dívida se eu reaver a somaroubada.
e) O lançamento errado será facilmente encontrado se to-
dos refazerem as contas.
77) Não há erro de conjugação verbal na alternativa
a) Os ambientalistas vêm com bons olhos as causas indí-
genas.
b) Por falta de oportunidade, o funcionário não interviu 
nos comentários do consultor.
c) Se a testemunha depor a favor do réu, certamente ele 
será absolvido.
d) Eles reaveram tudo o que tinham perdido.
e) Se eu dispusesse de algum dinheiro, poderia ajudá-lo.
78) Verbos defectivos não têm a conjugação completa.
Leia atentamente os períodos a seguir e assinale a alternati-
va em que o verbo, por ser defectivo, não pode ser conjuga-
do na l.ª pessoa do singular do presente do indicativo, nem 
no presente do subjuntivo.
a) Creio que eu mais que isso. (valer)
b) Como presidente desta organização, eu o 1.° ar-
tigo do Regimento. (abolir)
c) Eu sempre coube neste lugar. Por que dizem que eu não 
agora? (caber)
d) Eu me a todo instante. (contradizer)
e) Hoje mesmo eu minha matrícula nesta escola. 
(requerer)
79) Samba do avião (Tom Jobim) Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades Rio, seu mar, praias sem fim, 
Rio, você foi feito pra mim Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar Rio de sol, de céu, de mar Dentro 
de um minuto estaremos no Galeão
Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar Aperte o cinto vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando E vamos nós
aterrar
Levando em consideração o contexto, de acordo com a norma 
culta, os versos “Aperte o cinto vamos chegar/ Água brilhando, 
olha a pista chegando”, deveriam ser substituídos por:
a) Aperta o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olhea 
pista chegando
b) Aperte o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olhea 
pista chegando
c) Aperte o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olhaa 
pista chegando
d) Aperta o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olha a 
pista chegando
e) Apertas o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olhasa 
pista chegando
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS176
80) Luísa, ao voltar para casa, veio a refletir naquela cena. Não
– pensava -, já não era a primeira vez que ele mostrava um
desprendimento muito seco por ela, pela sua reputação,
pela sua saúde! Queria-a ali todos os dias, egoistamente.
Que as más línguas falassem; que as soalheiras a matassem, 
que lhe importava? E para quê?... Porque enfim, saltava aos
olhos, ele amava-a menos... As suas palavras, os seus beijos
arrefeciam cada dia, mais e mais!... Já não tinha aqueles ar-
rebatamentos do desejo em que a envolvia toda numa ca-
rícia palpitante, nem aquela abundância de sensação que o 
fazia cair de joelhos com as mãos trêmulas como as de um
velho!... Já se não arremessava para ela, mal ela aparecia à
porta, como sobre uma presa estremecida!... Já não havia
aquelas conversas pueris, cheias de risos, divagadas e ton-
tas, em que se abandonavam, se esqueciam, depois da hora 
ardente e física, quando ela ficava numa lassitude doce,
com o sangue fresco, a cabeça deitada sobre os braços nus! 
– Agora! Trocado o último beijo, acendia o charuto, como
num restaurante ao fim do jantar! E ia logo a um espelho pe-
queno que havia sobre o lavatório dar uma penteadela no
cabelo com um pentezinho de algibeira. (O que ela odiava o 
pentezinho!) Às vezes até olhava o relógio!... E enquanto ela 
se arranjava não vinha, como nos primeiros tempos, ajudá-
-la, pôr-lhe o colarinho, picar-se nos seus alfinetes, rir em
volta dela, despedir-se com beijos apressados da nudez dos 
seus ombros antes que o vestido se apertasse. Ia rufar nos
vidros – ou sentado, com um ar macambúzio, bamboleava
a perna!
E depois positivamente não a respeitava, não a considera-
va... Tratava-a por cima do ombro, como uma burguesinha, 
pouco educada e estreita, que apenas conhece o seu bairro. 
E um modo de passear, fumando, com a cabeça alta, falando 
no “espírito de madame de tal”, nas “toaletes da condessa de 
tal”! Como se ela fosse estúpida, e os seus vestidos fossem 
trapos! Ah, era secante! E parecia, Deus me perdoe, parecia 
que lhe fazia uma honra, uma grande honra em a possuir...
Imediatamente lembrava-lhe Jorge, Jorge que a amava com 
tanto respeito! Jorge, para quem ela era decerto a mais lin-
da, a mais elegante, a mais inteligente, a mais cativante!... E 
já pensava um pouco que sacrificara a sua tranqüilidade tão 
feliz a um amor bem incerto!
Enfim, um dia que o viu mais distraído, mais frio, explicou- 
se abertamente com ele. Direita, sentada no canapé de pa-
lhinha, falou com bom senso, devagar, com um ar digno e 
preparado: Que percebia bem que ele se aborrecia; que o 
seu grande amor tinha passado; que era portanto humi-
lhante para ela verem-se nessas condições, e que julgava 
mais digno acabarem...
Basílio olhava-a, surpreendido da sua solenidade; sentia um 
estudo, uma afetação naquelas frases; disse muito tranqüi-
lamente, sorrindo:
– Trazias isso decorado!
Luísa ergueu-se bruscamente; encarou-o, teve um movi-
mento desdenhoso dos lábios.
– Tu estás doida, Luísa?
– Estou farta. Faço todos os sacrifícios por ti; venho aqui
todos os dias; comprometo-me, e para quê? Para te ver mui-
to indiferente, muito secado...
– Mas meu amor...
Ela teve um sorriso de escárnio.
– Meu amor! Oh! São ridículos esses fingimentos! Basílio
impacientou-se.
– Já isso cá me faltava, essa cena! – exclamou impetuosa-
mente. E cruzando os braços diante dela: – Mas que queres
tu? Queres que te ame como no teatro, em São Carlos? To-
das sois assim! Quando um pobre diabo ama naturalmente, 
como todo o mundo, com o seu coração, mas não tem ges-
tos de tenor, aqui del rei que é frio, que se aborrece, é ingra-
to... Mas que queres tu? Queres que me atire de joelhos, que 
declame, que revire os olhos, que faça juras, outras tolices?
– São tolices que tu fazias...
– Ao princípio! – respondeu ele brutalmente. – Já nos co-
nhecemos muito para isso, minharica.
E havia apenas cinco semanas!
– Adeus! – disse Luísa.
(Eça de Queirós, O primo Basílio)
Analise as formas verbais destacadas nos fragmentos a se-
guir:
I. “E já pensava um pouco que sacrificara a sua tranqüili-
dade tão feliz a um amor bem incerto!”
II. “Que percebia bem que ele se aborrecia; que o seu
grande amor tinha passado...”
É correto afirmar que
a) todos os verbos estão conjugados no pretérito imper-
feito do modo indicativo e expressam a idéia de ação
concluída.
b) “pensava”, ao contrário de “sacrificara”, expressa, no tex-
to, uma ação habitual no passado.
c) os dois verbos destacados no enunciadoI expressam
eventos posteriores à fala da personagem.
d) “sacrificara” está conjugado no mesmo tempo verbal
que “tinha passado”: pretérito mais que perfeito do
modo indicativo.
e) “percebia” reforça a noção de simultaneidade e “aborre-
cia” revela a idéia de anterioridade a “tinha passado”.
81) 
a) Nas frases a seguir há erros ou impropriedades. Rees-
creva-as e justifique a correção. “A polícia não interviu a
tempo de evitar oroubo.”
b) “Havia bastante razões para confiarmos no teu amigo.”
82) Nas frases a seguir há erros ou impropriedades. Reescreva-
-as e justifique a correção.
a) “Se você requeresse e o seu amigo intervisse, talvez
você reavesse esses bens.”
b) “A algum tempo, São Paulo era quasi uma provincia.”
83) Nas frases a seguir há erros ou impropriedades. Reescreva-
-as e justifique acorreção.
a) “Enviamos anexo os dados solicitados por V. Sa. e nos
colocamos à vossa inteira disposição para qualquer ou-
tros pedidos.”
b) “O diretor havia aceito a tarefa de reformar a escola.”
84) O trecho publicitário a seguir apresenta uma transgressão
gramatical bastante comum:
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 177
Esta empresa se preocupa com economia de energia muito 
antes que você se preocupasse com isso.
Leia as frases abaixo e assinale a opção adequada ao padrão 
formal da língua:
I. Esta empresa se preocupava com energia muito antes 
que você se preocupasse com isso.
II. Esta empresa se preocuparia com economia de energia 
muito antes que você se preocupasse com isso.
III. Esta empresa se preocupou com economia deenergia 
muito antes que você se preocupe com isso.
IV. Esta empresa se preocupara com economia de energia 
muito antes que você se preocupasse com isso.
V. Esta empresa se preocupa com economia de energia 
muito antes que você tivesse se preocupado com isso.
a) Apenas I.
b) I, II e III..
c) I e III.
d) II, III e V.
e) II e IV
85) Ela saltou no meio da roda, com os braços na cintura, rebo-
lando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a es-
querda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo 
carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já 
correndo de barriga empinada; já recuando de braços es-
tendidos, a tremer toda, como se fosse afundando num pra-
zer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca 
encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida soltava um 
gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando 
as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar os quadris, 
e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, 
erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora 
outro, sobre a nuca enquanto a carne lhe fervia toda, fibra 
por fibra, titilando. (AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço, 25ª ed. São 
Paulo, Ática, 1992, p. 72-3.)
Neste trecho, o efeito de movimento rápido é obtido por 
verbos empregados no tempo ou modo:
a) pretérito perfeito do indicativo.
b) pretérito imperfeito do subjuntivo.
c) presente do indicativo.
d) infinitivo.
e) gerúndio.
86) Os versos abaixo são da letra da música Cobra, de Rita Lee e 
Roberto de Carvalho:
Não me cobre ser existente Cobra de mim que sou serpente
Com relação ao emprego do imperativo nos versos, pode-
mos afirmar que
a) a oposição imperativo negativo e imperativo afirmativo 
justifica a mudança do verbo cobre/cobra.
b) a diferença de formas (cobre/cobra) não é registrada 
nas gramáticas normativas, portanto há inadequação 
na flexão do segundo verbo (cobra).
c) a diferença de formas (cobre/cobra) deve-se ao desloca-
mento da 3ª para a 2ª pessoa do sujeito verbal.
d) o sujeito verbal (3ª pessoa) mantém-se o mesmo, por-
tanto o emprego está adequado.
e) o primeiro verbo no imperativo negativo opõe-se ao se-
gundo verbo que se encontra no presente doindicativo.
87) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas.
Se as consequência, não na discus-
são. Entretanto não , e .
a) previsse – teria intervindo – titubeou – interveio.
b) prevesse – interviria – se conteve – interviu.
c) tivesse previsto – interferiria – hesitou – interviu.
d) predissesse – teria intervido – se absteve – interveio
e) previsse – se intrometeria – titubiou – interferiu.
88) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas.
Quando os dirigentes às funcionárias que 
se das cervejinhas e que seus passatempos 
e diversões , muitas delas não se ; pegaram 
seus pertences e retiraram-se.
a) proporam – abstessem – revessem – preferidos – conti-
veram
b) propuseram – abstivessem – revissem – preferidos – 
conteram
c) proporam – abstenham – revejam – preferidas – conte-
ram
d) proporem – abstenhem – revejam – preferidos – con-
têm
e) propuseram – abstivessem – revissem – preferidos – 
contiveram
89) Assinale a alternativa quepreenche corretamente as lacu-
nas.
I. os amigos, jamais sua atenção e confian-
ça.
II. dos políticos que dizem que os recursos públi-
cos não do povo.
a) destratando – se granjeiam – divirjamos – provêm
b) distratando – se granjeiam – divirjamos – provêm
c) distratando – granjeamos – diverjamos – provêem
d) destratando – grangeamos – divirjamos – provêem
e) distratando – se granjeia – diverjamos – provêm
90) Indique a alternativa em que há erro gramatical:
a) Eles se entreteram, contando piadas.
b) Entrevi uma solução em todo este emaranhado.
c) Para que não caiais em tentação, rezai.
d) Ele se proveu do necessário e partiu.
e) Quando o vir de novo, reconhecê-lo-ei.
91) João e Maria Agora eu era herói
E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cawboy
Era você além das outras três Eu enfrentava os batalhões Os 
alemães e os seus canhões Guardava o meu bodoque
Ensaiava o rock Para as matinês (...)
(CHICO BUARQUE DE HOLANDA)
Quanto ao tempo verbal, é CORRETO afirmar que, no texto 
anterior,
a) a relação cronológica, no primeiro verso, entre o mo-
mento da fala e “ser herói” é deanterioridade.
b) o pretérito imperfeito indica um processo concluído 
num período definido no passado.
c) o pretérito imperfeito é usado para instaurar um mundo 
imaginário, próprio do universo infantil.
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS178
d) o conflito entre a marca do presente – no advérbio “ago-
ra” – e a do passado – nos verbos – leva à intemporalida-
de.
e) o pretérito imperfeito é usado para exprimir cortesia.
92) Embalo da canção 01 Que a voz adormeça 02 que canta a 
canção! 03 Nem o céu floresça 04 nem floresça o chão.
05 (Só – minha cabeça, 06 Só – meu coração. 07 Solidão.)
08 Que não alvoreça 09 nova ocasião!
10 Que o tempo se esqueça 11 de recordação!
12 (Nem minha cabeça 13 nem meu coração. 14 Solidão!)
Cecília Meireles
Assinale a alternativa correta sobre o texto.
a) As formas verbais presentes na primeira estrofe expres-
sam certezas.
b) A redundância de paralelismos concretiza o ritmo suge-
rido no título do poema.
c) O uso dos travessões (versos 5 e 6) atenua o sentido de 
solidão.
d) Na terceira estrofe, a recordação do passado é ironizada 
pelo eu.
e) Na terceira estrofe, nova ocasião e recordação referem- 
se a experiências vividas num mesmo momento do pas-
sado.
93) Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor 
tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio; O mundo todo abarco e 
nada aperto. Camões
No verso Que em vivo ardor tremendo estou de frio NÃO ocor-
re:
a) paradoxo.
b) ordem inversa dos termos na oração.
c) relação de consequência com a oração anterior.
d) emprego de verbo no gerúndio.
e) equivalência sintática entre de frio e “poema de Ca-
mões”.
94) A MENINA E A CANTIGA
... trarilarára... traríla...
A meninota esganiçada magriça com a sáia voejando por 
cima dos joelhos em nó vinha meia dansando cantando no 
crepúsculo escuro. Batia compasso com a varinha na poeira 
da calçada.
... trarilarára... traríla...
De repente voltou-se prá negra velha que vinha trôpega 
atrás, enorme trouxa de roupas na cabeça:
– Qué mi dá, vó?
– Naão.
... trarilarára... traríla...
Mário de Andrade
De repente voltou-se prá negra velhaque vinha trôpega 
atrás, enorme trouxa de roupas na cabeça.
O fragmento acima apresenta:
a) aliteração expressiva, que intensifica o modo de andar 
da personagem.
b) antítese na caracterização da negra velha.
c) eufemismo na caracterização de trouxa de roupas.
d) uso de expressão irreverente na caracterização daavó.
e) tempo e modo verbais que expressam ações contínuas 
no passado.
95) Assinale a alternativa que apresenta total correção quanto 
à ortografia e à acentuação ortográfica dos verbos destaca-
dos.
a) Quando você o VIR, notará que, no passado, elecreu nos 
homens, já PÔDE portanto, ser feliz um dia.
b) Os tios PROVÊM a casa com alimentos e frutas, convém 
que as crianças dêem valor a tudo.
c) Ele INTERVEIO na discussão para que nós REAVÊSSEMOS 
o dinheiro perdido e VÍSSEMOS uma saída.
d) Se você REPUSER o que gastou, prometo que o advoga-
do não mais INTERVIRÁ em nossas vidas, como também 
DESFAZERÁ os mal-entendidos com a sua família.
e) Hoje, enquanto ENXAGÚO a louça, ABENÇÔO a água e 
REÚNO forças para enfrentar a luta.
96) I – Quando ele vir para cá e ver que os convidados ainda 
não chegaram, ficará desapontado. II – Ele não interviu na 
discussão, porque era amigo de ambos.
III – Quando o governo propor reformas, o Congresso deve-
rá ponderar muito antes de votá-las.
Quanto aos períodos anteriores, assinale:
a) se apenas I está correta.
b) se todas estão incorretas.
c) se apenas II está correta.
d) se apenas III está correta.
e) se todas estão corretas.
97) 01Aurélia pousara a mão no ombro do marido (...), colocou-se
02 diante de seu cavalheiro e entregou-lhe a cintura mimosa.
03 Era a primeira vez, e já tinham mais de seis meses de ca-
sados; era
04 a primeira vez que o braço de Seixas enlaçava a cintura 
de Aurélia. Explica-
05 se pois o estremecimento que ambos sofreram ao mútuo 
contacto (...).
06 As senhoras não gostam da valsa, senão pelo prazer de
07 sentirem-se arrebatadas no turbilhão.(...) Mas é justa-
mente aí que o
08 está perigo. Esse enlevo inocente da dança entrega a 
mulher
09 palpitante, inebriada, às tentações do cavalheiro, delica-
do embora,
10 mas homem, que ela sem querer está provocando com 
o casto requebro
11 de seu talhe e traspassando com as tépidas emanações 
de seu corpo.
José de Alencar
Assinale a alternativa correta.
a) No primeiro parágrafo, entregou é forma verbal que ex-
pressa ação realizada no passado antes de outra ocorri-
da também no passado.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 179
b) O advérbio já (linha 03) está empregado com o mesmo 
sentido de “ainda”.
c) As expressões de Seixas (linha 04), de Aurélia (linha 04) 
e da valsa (linha 06) exercem a mesma função sintática: 
objeto indireto.
d) Substituindo senão (linha 06) por “unicamente”, o senti-
do original não é prejudicado.
e) O emprego de justamente (linha 07) revela o desejo de 
precisão na indicação feita.
98) Euclides da Cunha morreu, aos 43 anos de idade, em 15 de 
agosto de 1909, por volta das dez e meia de uma manhã 
chuvosa de domingo, em tiroteio com os cadetes Dinorá e 
Dilermando Cândido de Assis, amante de sua mulher. Saía 
no mesmo dia a entrevista que dera para Viriato Corrêa, da 
Ilustração Brasileira, em sua casa na Rua Nossa Senhora de 
Copacabana. A entrevista foi dada em um domingo, Viriato 
e Euclides conversaram, almoçaram e passearam descalços 
na praia. Era sol e era azul.
Sobre as formas verbais morreu ,saía e dera, é correto afir-
mar:
a) as ações a que se referem ocorreram na ordem em que 
as formas aparecem no texto.
b) as duas primeiras expressam ações anteriores à descrita 
pela última.
c) saía, ao contrário de morreu, expressa, no texto, uma 
ação habitual no passado.
d) saía reforça a noção de simultaneidade e dera expressa 
anterioridade em relação a morreu.
e) morreu e dera expressam eventos posteriores ao descri-
to em saía.
99) Texto I
(...) estás sempre aí, bruxo alusivo e zombeteiro, que revol-
ves em mim tantos enigmas.
Carlos Drummond de Andrade (em poema dedicado a Ma-
chado de Assis)
Texto II
Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que 
olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro
(...). Há casos, por exemplo, em que um simples botão de 
camisa é a alma exterior de uma pessoa; – e assim também 
a polca, o voltarete, um livro, uma máquina, um par de bo-
tas (...). Há cavalheiros, por exemplo, cuja alma exterior, nos 
primeiros anos, foi um chocalho ou um cavalinho de pau, 
e mais tarde uma provedoria de irmandade, suponhamos.
Machado de Assis
Em Há casos e Há cavalheiros (texto II), o verbo “haver” foi 
usado de forma impessoal, de acordo, portanto, com a nor-
ma culta da língua.
Assinale a alternativa em que também se encontra forma 
verbal adequada a essa norma.
a) Deve haver cavalheiros.
b) Devem haver cavalheiros.
c) Deve existir cavalheiros.
d) Existe cavalheiros.
e) Haviam cavalheiros.
100) Capítulo 1
De como Itaguaí ganhou uma casa de Orates
As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remo-
tos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho 
da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Por-
tugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos 
trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei 
alcançar dele que ficasse em
Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo 
os negócios da monarquia.
— A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego 
único; Itaguaí é o meu universo.
Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e 
alma ao estudo da ciência [...]. Foi então que um dos recan-
tos desta [da medicina] lhe chamou especialmente a aten-
ção, — o recanto psíquico, o exame da patologia cerebral. 
Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade 
em semelhante matéria, mal explorada ou quase inexplora-
da. Simão Bacamarte compreendeu que a ciência lusitana, 
e particularmente a brasileira, podia cobrir-se de “louros 
imarcescíveis”, — expressão usada por ele mesmo, mas em 
um arroubo de intimidade doméstica; exteriormente era 
modesto, segundo convém aos sabedores.
Machado de Assis — O alienista Obs.: orate = indivíduo louco 
imarcescível = que não murcha
Assinale a alternativa correta.
a) Transpondo-se a frase — A ciência, disse ele a Sua Ma-
jestade, é o meu emprego único (linha 05) para o discur-
so indireto, a forma correta é: “Ele disse a Sua Majestade: 
a ciência é o meu emprego único”.
b) Para que não se altere o sentido original, considerado 
o contexto, a oração Dito isso (linha 06) só pode ser de-
senvolvida desta forma: “Porque disse isso”.
c) Em mal explorada (linhas 08 e 09), o termo em negrito 
está empregado de acordo com a norma padrão, assim 
como em “Ele é notório pelo seu mal humor”.
d) O vocábulo compreendeu (linha 09) está corretamente 
separado em sílabas assim: com-preen-deu.
e) Se o verbo “convir” (linha 11) fosse empregado na tercei-
ra pessoa do plural, a forma correta seria “convêm”.
101) Os ponteiros do relógio imitam as jornadas do Sol e da Lua 
e a seqüência cíclica das estações do ano. Ninguém acre-
dita, no entanto, na falsa promessa de renovação que eles 
expressam a cada 12 horas, quando voltam inconseqüen-
temente ao ponto de partida. O mundo está cheio de fer-
ramentas que enferrujaram, tecidos que desbotaram e ca-
belos que embranqueceram a mostrar que o tempo avança, 
não roda, e que ele deixa marcas indeléveis. A humanidade 
há muito aprendeu que o único instrumento cronométrico 
digno de confiança é a memória e, para frear a volatilização 
de suas lembranças e preservar sua noção do tempo, em-
pregou todos os recursos a sua disposição, desde marcas 
em troncos de árvores até calendários precisos e tratados 
enciclopédicos de história.
Nas últimas décadas, o advento de outra memória, a dos 
computadores, teve impactos sem precedentes sobre nos-
sa concepção do tempo. Sem que percebêssemos, um novo 
ritmo se apossou das mentes e já começa a alterar o com-
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS180
portamento.É ainda cedo para prever as dimensões da mu-
dança que está a caminho, mas não para refletir sobre sua 
origem e suas primeiras manifestações.
Luiz Nunes de Oliveira
No texto,
a) o segmento A humanidade há muito aprendeu que o 
único instrumento cronométrico digno de confiança é 
a memória (linhas 07 a 09) deve ser lido com tom de se-
vera advertência, como se estivesse explícita a seguinte 
idéia: “e isso não deve ser esquecido”.
b) a correlação entre desde e até (linha 11) foi empregada 
para caracterizar os recuos da humanidade na constru-
ção de seus precisos objetos de medição do tempo.
c) o autor valeu-se da expressão está cheio (linha 05) para 
denotar, em linguagem coloquial, que as pessoas não 
suportam mais produzir objetos que se revelam sensí-
veis à passagem do tempo.
d) a mostrar (linha 06) é oração que introduz a finalidade 
das ações referidas anteriormente.
e) a caracterização de ferramentas, tecidos (linha 05) e ca-
belos (linha 06) se realizou com a utilização de verbos 
que implicam a idéia de processo.
102) Quando morre algum dos seus põem-lhe sobre a sepultura 
pratos, cheios de viandas, e uma rede (...) mui bem lavada. 
Isto, porque crêem, segundo dizem, que depois que mor-
rem tornam a comer e descansar sobre a sepultura. Deitam-
-nos em covas redondas, e, se são principais, fazem-lhes 
uma choça de palma. Não têm conhecimento de glória nem 
inferno, somente dizem que depois de morrer vão descan-
sar a um bom lugar. (...) Qualquer cristão, que entre em suas 
casas, dão lhe a comer do que têm, e uma rede lavada em 
que durma. São castas as mulheres a seus maridos.
Padre Manuel da Nóbrega
Assinale a alternativa correta.
a) Substituindo-se o verbo “crer” pelo verbo “ver”, em por-
que crêem (linha 02), teríamos, de acordo com a norma 
culta, a forma verbal “vêm”.
b) Em Quando morre algum dos seus põem-lhe (linha 01), 
a forma verbal destacada evidencia caso de sujeito ine-
xistente.
c) A distinção entre os pronomes nos (linha 04) e lhes (li-
nha 05) sinaliza que são diferentes os seres a que se re-
ferem.
d) Em São castas as mulheres (linhas 08 e 09), o adjetivo 
destacado, no contexto em que se insere, significa “es-
peciais”.
e) A forma verbal durma (linha 08) pode sersubstituída por 
“possa dormir”, sem prejuízo do sentido original.
103) José Leal fez uma reportagem na Ilha das Flores, onde fi-
cam os imigrantes logo que chegam. E falou dos equívocos 
de nossa política imigratória. As pessoas que ele encontrou 
não eram agricultores e técnicos, gente capaz de ser útil. 
Viu músicos profissionais, bailarinas austríacas, cabeleirei-
ras lituanas. (...) Tudo gente para o asfalto, “para entulhar as 
grandes cidades”, como diz o repórter.
(...) Mas eu peço licença para ficar imaginando uma porção 
de coisas vagas, ao olhar essas belas fotografias que ilus-
tram a reportagem. (...) – não, essa gente não vai aumentar 
a produção de batatinhas e quiabos nem plantar cidades 
no Brasil Central.
É insensato importar gente assim. Mas o destino das pesso-
as e dos países também é, muitas vezes, insensato: princi-
palmente da gente nova e países novos. A humanidade não 
vive apenas de carne, alface e motores. (...) e se o jovem Cha-
plin quisesse hoje entrar no Brasil acaso poderia? Ninguém 
sabe que destino terão no Brasil essas mulheres louras, 
esses homens de profissões vagas. Eles estão procurando 
alguma coisa: emigraram. Trazem pelo menos o patrimônio 
de sua inquietação e de seu apetite de vida.
Rubem Braga, Rio de Janeiro, janeiro de 1952
Assinale a alternativa correta.
a) Em onde ficam os imigrantes (linhas 01 e 02), a substi-
tuição do pronome relativo por “que” mantém a corre-
ção gramatical da frase.
b) Em Ninguém sabe que destino terão no Brasil essas 
mulheres louras, esses homens de profissões vagas, a 
substituição do verbo assinalado por “haverão de ter” 
mantém a correção gramatical da frase.
c) No contexto, as palavras imigrantes (linha 02) e emi-
graram (linha 17) poderiam, sem prejuízo do sentido 
original, ser substituídas por “emigrantes” e “imigraram”, 
respectivamente.
d) Nas palavras insensato e imigrar os prefixos assinalados 
expressam o mesmo sentido.
e) O substantivo que tem a mesma raiz do adjetivo insen-
sato está corretamente grafado assim:“insensatês”.
104) Leia atentamente o texto abaixo, a fim de responder às duas 
questões que o seguem. Yahoo tenta comprar AOL e bar-
rar avanço do Google O Yahoo negocia com a Time Warner 
a compra do site America Online (AOL), segundo a revista 
Fortune. A compra seria uma tentativa de chamar atenção 
dos investidores e tirar o foco do Google. O Yahoo era líder 
em buscas na internet até a chegada do Google, que detém 
o domínio desse mercado.
(O Estado de São Paulo, 30 out. 2006)
Em relação aos verbos destacados no texto, é possível afir-
mar que
a) todos estão no modo subjuntivo e, por isso, expressam 
os fatos como possibilidades.
b) todos estão no modo indicativo, no entanto,“seria” ex-
pressa o fato como possibilidade.
c) “negocia” e “detém” estão no modo indicativo, aopasso 
que “seria” e “era” estão no subjuntivo; por isso, os pri-
meiros expressam os fatos como verdades, enquanto os 
últimos os expressam como possibilidades.
d) “negocia” e “detém” estão no modo imperativo, ao passo 
que “seria” e “era” estão no modo indicativo; por isso, os 
primeiros expressam os fatos como ordens, enquanto 
os últimos os expressam como verdades.
e) “negocia”, “era” e “detém” estão no modo indicativo, ao 
passo que “seria” está no modo subjuntivo; por isso, os 
primeiros expressam os fatos como possibilidades, en-
quanto o último o expressa como verdade.
105) Considere o trecho “...que detém o domínio desse mercado”. 
Se o sujeito do verbo deter estivesse no plural, a escrita cor-
reta para o trecho seria
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 181
a) ...que detém o domínio dessemercado.
b) ...que detem o domínio dessemercado.
c) ...que detéem o domínio desse mercado.
d) ...que detêm o domínio desse mercado.
e) ...que detêem o domínio desse mercado.
106) Indique a frase em que o verbo (indicado entre parênteses) 
esteja conjugado INCORRETAMENTE.
a) Poderia haver acordo se eles repusessem aquantia gas-
ta indevidamente. (REPOR)
b) Queria pedir-lhe que revisse minha última questão da 
prova. (REVER)
c) Se eles intervissem com mais calma, não teria ocorridoo 
tumulto. (INTERVIR)
d) Poderíamos ter ido todos juntos, se coubéssemos no 
meu carro. (CABER)
e) Se eles sempre nos contradissessem, já esperaríamos 
seu indeferimento ao projeto, mas nunca houve discor-
dâncias entre nós. (CONTRADIZER)
107) A frase em que o verbo está incorretamente conjugado é:
a) O aparelho mal regulado não mói direito oscereais.
b) Até que enfim reouvemos tudo o que havíamos perdido 
indevidamente.
c) Se você o ver antes de mim, conduza-o ao salão nobre.
d) Eles se mantiveram calados praticamente durante todo 
o julgamento.
e) Espero que caibamos todos naquele espaço tão restrito.
108) OUTRO NOME DO RACISMO
Odeio surtos de bom-mocismo, remorsos súbitos, arrastões 
morais. Abomino a retórica politicamente correta, paterna-
lismos vesgos, equívocos bem- intencionados.
Assisto pois com fastio e espanto às discussões sobre a im-
plantação de um sistema de cotas, na
universidade, para estudantes de pele negra. No Ceará, 
baseado no mesmo voluntarismo míope, tramita na As-
sembléia projeto que garante cotas no vestibular para es-
tudantes da escola pública. As duas propostas padecem do 
mesmo pecado original: pretendem remediar uma injustiça 
histórica através de outra.
A perversa desigualdade brasileira tem raízes profundas, 
construídas ao longo de 500 anos de exploração, precon-
ceito e exclusão. Portanto, não será resolvida na base de 
decretos e canetadas oficiais. O tal sistema de cotas aponta 
no alvo errado. Em vez de combater o problema em suas 
causas primeiras, procura apaziguar nossas consciências 
cívicas investindo contra o que, na verdade, é só uma con-
seqüência.
Se queremos,de fato, estabelecer políticas compensatórias 
a favor dos excluídos, que apontemos então nossa indig-
nação para o coração da desigualdade: é preciso investir 
maciçamente na educação básica, elevando efetivamente 
o nível da escola pública.
Ao adotarmos cotas e cursinhos pré-universitários exclu-
sivos para negros, estaríamos na verdade estabelecendo 
um retrocesso histórico, institucionalizando o questionável 
conceito de raça. Ressuscitaríamos assim, quem sabe, as 
teses de Nina Rodrigues. Reforçaríamos a idéia anacrônica 
de que as raças são naturais e, por conseqüência, que uma 
pode realmente ser superior às outras. Assim, só alimenta-
ríamos ainda mais o preconceito. Oficializaríamos o gueto e 
a discriminação.
Os adeptos da idéia se defendem com nova pérola do pen-
samento politicamente correto. Falam de uma tal ‘’discri-
minação positiva’’. Em bom português, não passa de uma 
outra forma de racismo. Um racismo às avessas. Mas o mais 
puro e insuportável racismo.
(Lira Neto. O POVO: 14/9/2001)
Sobre o uso dos tempos verbais no quinto parágrafo , pode-
-se afirmar:
I. o futuro do pretérito poderia ser substituído pelo futuro 
do presente sem prejuízo para o sentido do texto
II. a alta freqüência de formas verbais no futuro do pretéri-
to imprime às informações um caráter de possibilidades 
remotas, o que reforça o espanto revelado pelo autor no 
segundo parágrafo
III. no discurso de Nina Rodrigues, que é referido pelo au-
tor, as formas do presente do indicativo – são e pode (...) 
ser – expressam verdades universais
Está correto o que se afirma
a) em I e II
b) apenas em II
c) apenas em III
d) em II e III
109) PARA QUEM QUER APRENDER A GOSTAR
01 “Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nun-
ca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu 
amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.
Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é 
tão fácil que ninguém aceita aprender.
02 Tenho visto muito amor por aí. Amores mesmo, bra-
vios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios 
de entrega, doação e dádiva. Mas esbarram na dificuldade 
de se tornar bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embe-
lezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores 
levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
03 Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e desco-
munais de repente se percebem ameaçados apenas e tão 
somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem; 
rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; 
necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que 
atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é 
o maior perigo do amor. Quem tem razão sempre se sente 
no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, eqüida-
de, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez 
passe por um momento de sua vida no qual não possa ter 
razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia 
o amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada. 
Amar bonito é saber a hora de ter razão.
04 Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que 
está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do 
gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria 
do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possí-
vel? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do 
amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessi-
tadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valo-
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS182
rizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode 
trazer. Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa 
de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, 
criança. E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.
05 Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opi-
nião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça 
de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomen-
dam-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando; 
não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivên-
cia com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, 
‘aquela conversa importante que precisamos ter’; arquivar, 
se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. 
Para quem ama, toda atenção é sempre pouca. Quem ama 
feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção 
possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa aten-
ção cobrando a que deixou de ter.
06 Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres 
escritores que vemos a vida como a criança de
nariz encostado na vitrina cheia de brinquedos dos nossos 
sonhos); não teorize sobre o amor; ame. Siga o destino dos 
sentimentos aqui e agora.
07 Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, 
como: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofre-
rá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do 
tamanho do amor que sente.
08 Jogue por alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, 
espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser 
sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carên-
cia, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja 
você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando 
besteira, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo 
coração bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo 
os carinhos que intuiu em criança. Sem medo de dizer eu 
quero, eu gosto, eu estou com vontade.
09 Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer 
bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, ou amar 
fazendo o seu amor bonito (a ordem das frases não altera o 
produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão 
de tudo o que você é, e nunca: deixaram, conseguiu, soube, 
pôde, foi possível, ser.
10 Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se 
preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da 
formas. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cui-
de do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser 
capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar 
fazer o outro feliz”.
(TÁVOLA, Arthur da. Para quem quer aprender a amar. In: 
COSTA, Dirce Maura Lucchetti et al. Estudo de texto: estru-
tura, mensagem, re-criação. Rio, DIMAC, 1987. P. 25- 6)
Flexiona-se como “enfeia”, parágrafo 3, o verbo:
a) afiar.
b) agraciar.
c) balbuciar.
d) galantear.
110) AS IRACEMAS DO CEARÁ
Em pleno domingo, ao pino do sol, procurávamos, entre o 
pouco verde que ainda resta, entre as pequenas estradas de 
Caucaia, a índia que recebera o mesmo nome da virgem dos 
lábios de mel de José de Alencar. Ao encontrá-la, algumas se-
melhanças nos vêm à mente. Os cabelos são negros como 
asa de graúna só que ficam presos no topo da cabeça. O pé 
é pequeno e grácil, mas não aparece nu e sim calçado em 
uma chinela de borracha. Está ali uma outra Iracema, está ali 
também o retrato das índias de agora, longe do traço roma-
nesco do poeta- romancista.Esta Iracema, de sobrenome Ma-
tos Mesquita, traça uma história diferente daquela dos seus 
antepassados (...).Até pouco tempo atrás ensinava os guris da 
aldeia da Lagoa, embaixo de uma cajazeira. Iracema trocou 
os livros e as cantigas de meninos para tornar-se agente de 
saúde. “O trabalho da índia não é mais diferente do da mu-
lher branca. Antes, ela ia para a mata, plantava e fazia arte-
sanato. Agora, algumas vendem frutas e peixes em Fortaleza 
e outras ou são professoras ou apenas domésticas”, explica 
Iracema. Da antiga imagem das mulheres de seios de fora, 
saia de palha e cocar na cabeça resta muito pouco. As mu-
lheres indígenas não esperam mais aquilo que a terra sob os 
pés tem a oferecer. (...) Apenas algumas índias conhecem a 
saga da virgem dos lábios de mel. “Nós fomos abandonados 
como a Iracema do livro. Só que abandonados pelas autori-
dades. Hoje, a situação está mudando um pouco porque não 
ficamos mais calados e descobrimos que temos direitos. E es-
tamos lutando por eles”, enfatiza a Iracema dos Tapebas. (Ana 
Naddaf e Marisa A. de Britto Xavier. O POVO. (18/4/1999)
No texto, que constitui um relato, supõe-se que todos os 
fatos referidosocorreram num tempo anterior ao da enun-
ciação (o momento da produção do relato).
Considerando-se então a perspectiva das autoras, pode-se 
dizer que as formas verbais procurávamos, recebera e vêm 
indicam, respectivamente,
a) passado remoto, passado recente, passado intermediário
b) passado intermediário, passado remoto,presente
c) passado remoto, passado intermediário, presente
d) passado intermediário, passado remoto,passado recente
111) HERANÇA
– Vamos brincar de Brasil? Mas sou eu quem manda
Quero morar numa casa grande
... Começou desse jeito a nossa história. Negro fez papel de 
sombra.
E foram chegando soldados e frades Trouxeram as leis e os 
Dez-Mandamentos Jabuti perguntou:
“- Ora é só isso?”
Depois vieram as mulheres do próximo Vieram imigrantes 
com alma a retalho Brasil subiu até o 10º andar
Litoral riu com os motores
Subúrbio confraternizou com a cidade Negro coçou piano 
e fez música
Vira-bosta mudou de vida
Maitacas se instalaram no alto dos galhos
No interior
o Brasil continua desconfiado A serra morde as carretas
Povo puxa bendito pra vir chuva
Nas estradas vazias
cruzes sem nome marcam casos de morte As vinganças 
continuam
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 183
Famílias se entredevoram nas tocaias Há noites de reza e 
cata-piolho
Nas bandas do cemitério
Cachorro magro sem dono uiva sozinho
De vez em quando
a mula-sem-cabeça sobe a serra ver o Brasil como vai
Raul Bopp
Considerando-se as formas verbais empregadas no poema, 
constata-se que o pretérito perfeito dialoga com o presen-
te, de modo a permitir a divisão do texto em duas partes: a 
primeira parte, do verso 1 ao 17 , e a segunda, do verso 18 
ao 31. Sobre essas duas partes podemos afirmar:
a) a primeira retrata a realidade brasileira do tempo da co-
lonização; a segunda, os primeiros anos do século XX
b) a primeira sugere o processo de formação da cultura 
brasileira; a segunda, a manifestação, no presente, de 
valores do passado
c) a primeira enfoca o passado numa perspectiva a- históri-
ca; a segunda, o presente em contradição com o passado
d) a primeira focaliza o legado cultural herdado pelo povo 
brasileiro; a segunda, as marcas de um passado esquecido
112) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-
nas da frase apresentada.
Todos esperam que, reaberto o diálogo entre Governo e 
professores, os ânimos se .............
a) apaziguem.
b) apazigúem.
c) apazigüem.
d) apazíguem.
e) apaziguém.
113) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-
nas da frase apresentada.
Assim que ...... o resultado do concurso, ....... aqui te informar.
a) vermos – viremos.
b) virmos – viéssemos.
c) vejamos – viéramos.
d) vejamos – viemos.
e) virmos – viremos.
114) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-
nas da frase apresentada.
Se os diretores ...... e ...... as partes interessadas, é possível 
que não mais...... a punição.
a) intervierem – satisfazerem – receemos.
b) intervirem – satisfizerem – receiemos.
c) intervierem – satisfizerem – receemos.
d) intervirem – satisfazerem – receiemos.
e) intervirem – satisfizerem – receemos.
115) Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche 
corretamente as lacunas da frase apresentada. Eles se ......... 
conosco quando os ......... em casa para sondar suas inten-
ções.
a) indispuseram – retivemos.
b) indispuseram – retemos.
c) indisporam – retivemos.
d) indisporam – retemos.
e) indispuseram – retêramos.
116) Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche 
corretamente as lacunas da frase apresentada.
Se você não ............... o que sacou da minha conta e se eu não 
.................. meu crédito junto à gerência, ................ responder 
a um processo.
a) repuser – reaver – caber-lhe-á.
b) repuser – reouver – caber-lhe-á.
c) repor – reouver – couber-lhe-á.
d) repor – reaver – caber-lhe-á.
e) repuser – reouver – couber-lhe-á.
117) Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche 
corretamente as lacunas da frase apresentada.
O professor, ................. que alguém .................. resultados ne-
gativos, ................ a tempo.
a) receando – previsse – interveio.
b) receiando – prevesse – interveio.
c) receiando – previsse – interviu.
d) receando – prevesse – interviu.
e) receando – previsse – interviu.
118) Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche 
corretamente as lacunas da frase apresentada.
Daquela escola .............. recursos para que os funcionários se 
.................. contra novas crises e ................ a cantina.
a) provieram – precavissem – provissem.
b) provieram – precavessem – provessem.
c) proviram – precavessem – provessem.
d) proviram – precavissem – provissem.
e) provieram – precavissem – provessem.
119) Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche 
corretamente as lacunas da frase apresentada.
Tomar medidas tão violentas me ....................; creio que me-
lhor ...................... com toda a diplomacia.
a) parecem imprudentes – seria negociarmos.
b) parece imprudente – seríamos negociar.
c) parece imprudente – seria negociarmos.
d) parecem imprudentes – seríamos negociar.
e) parece imprudente – seríamos negociarmos.
120) Filho de Eriberto, o motorista que desmontou o esquema 
PC Farias e foi peça chave no impeachment do presidente 
Fernando Collor de Mello, André Vinícius colheu bem mais 
elogios do que hostilidades. Na época, ele tinha cinco anos 
e não entendia o que acontecia. Sofria, apenas, porque os 
pais o levavam para dormir com os avós, por precaução. “Eu 
não gostava da noite porque me separava deles. Era triste”, 
relembra.
Com o tempo, ele passou a ser cumprimentado pela atitude 
heróica do pai. “Tenho orgulho. Ele foi corajoso. Mexeu com 
gente importante e era a parte mais fraca. Normalmente, as 
pessoas falam dele de forma respeitosa. Exceto um ‘seu pai 
é dedo-duro!’, dito de brincadeira, o resto é elogio.”
(Os filhos do país dos escândalos. 
In: Istoé, n. 1868, p. 40, 30 ago. 2005.)
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS184
Assinale a alternativa que transmite apenas idéias de ações 
realizadas no passado, de forma duradoura e repetitiva.
a) “O motorista que desmontou o esquema PC Farias e foi 
peça chave”...
b) “Tenho orgulho. Ele foi corajoso”.
c) “Eu não gostava da noite porque me separava deles. Era 
triste.”
d) “Normalmente, as pessoas falam dele de forma respei-
tosa.”
e) “Mexeu com gente importante e era a parte maisfraca.”
121) “Se não houver um basta nesta desenfreada corrupção, va-
mos dar razão a quem afirmou um dia que este país cresce 
quando a grande maioria dos gestores públicos e políticos 
dormem”.
(Correio da Paraíba, 24/05/05)
Analise a flexão número/pessoal do verbo DORMIR nesse 
excerto, e, em seguida, assinale a alternativa que justifica 
corretamente a concordância nas construções partitivas:
a) De acordo com a norma gramatical, a única possibilida-
de de concordância nas construções partitivas é a flexão 
do verbo com o adjunto adnominal, de forma que a es-
trutura citada está correta.
b) De acordo com a norma gramatical, a única possibilida-
de de concordância nas construções partitivas é a flexão 
do verbo com o núcleo do sujeito, de forma que a estru-
tura citada está errada.
c) De acordo com a norma gramatical, o verbo nas cons-
truções partitivas tanto pode concordar com o adjunto 
como com o núcleo do sujeito, de forma que a estrutura 
citada está correta.
d) A norma gramatical estabelece que nas construções 
partitivas o verbo deve permanecer sempre no singular, 
de forma que a estrutura citada está errada.
e) A norma gramatical estabelece que nas construções 
partitivas o verbo sempre, por atração, concorda com o 
adjunto, de forma que a estrutura citada está correta.
122) 
Frase Modo gramatical
Tempo 
gramatical
Atitude 
do falante
Vou arder com os 
galhos das marés, 
quando ela chegar.
(1) Presente Intenção
Amanhã, já tenho 
encontrado minha 
amada e farei uma 
serenata paraela
Indicativo (2) Certeza
Quem me dera, 
amada, que estives-
ses aqui, agora. 
Subjuntivo Pretérito (3)
Onde estará minha 
amada agora?
Indicativo Futuro Dúvida
Observe o quadro, em que, para cada frase apresentada, são 
dados o modo e tempo gramaticais, a atitude do falante e 
a idéia de tempo.
Assinale a opção que completa as lacunas do quadro na se-
qüência correta:
a) (1) indicativo, (2) presente, (3) dúvida, (4) futuro;
b) (1) subjuntivo, (2) futuro, (3) dúvida, (4) presente;
c) (1) subjuntivo, (2) futuro, (3) intenção, (4) futuro;
d) (1) indicativo, (2) pretérito, (3) desejo, (4) futuro;
e) (1) indicativo, (2) pretérito, (3) desejo, (4) presente.
50) Texto 1
Leitor, veja o grande azar do nordestino emigrante que 
anda atrás de melhorar as sua terra distante nos centros 
desconhecidos depressa vê corrompidos os seus filhos ino-
centes na populosa cidade de tanta imoralidade e costumas 
diferentes
A sua filha querida vai pra uma iludição padecer prostituída
na vala de perdição e além da grande desgraça das priva-
ções que ela passa que lhe atrasa e lhe enflama sabe que é 
preso em flagrante por coisa insignificante seu filho a quem 
tanto ama
ASSARÉ, Patativa do. Emigração. In: . Cordéis e outros 
poemas. Fortaleza: Edições UFC, 2006, p. 114.
Texto 2
Pobre mãe! Mulher da vida, vendendo o corpo por uma mi-
galha! Aquilo, saber daquilo, ouvir falar naquilo, magoava-o 
fundamente. Mas a mãe era uma mulher boa, limpa, hones-
ta. Que podia fazer? Abandonada no mundo pelos pais que 
fugiram na seca, errou de casa em casa, molecota solta, sem 
rumo, sem uma pessoa para cuidar dela. Dizem que era bo-
nita, muito bonita. E terminou resvalando, caindo.
BEZERRA, João Clímaco. A vinha dos esquecidos. Fortaleza: 
Edições UFC, 2005, p. 26.
O termo resvalando (texto 2, linha 04) pode ser substituído, 
mantendo o significado, por:
a) escorregando.
b) amaldiçoando.
c) lamentando.
d) resgatando.
e) chorando.
123) Cecília Meireles escreveu: “Eu não lhe DIGO nada...”
a) Acrescentando apenas um prefixo ao verbo em maiús-
culo na frase anterior, forme outros CINCO verbos que 
lhe sejam cognatos.
b) Escolha QUATRO destes verbos e escreva uma frase com 
cada um dos escolhidos, observando a conjugação ade-
quada.
124) Texto I
OS TUMULTOS DA PAZ
O amor ao próximo está longe de representar um devaneio 
beato e piedoso, conto da carochinha para enganar crian-
ças, desavisados e inquilinos de sacristia.
Trata-se de uma essencial exigência pessoal e política, sem 
cujo atendimento não nos poremos a serviço, nem de nós 
mesmos, nem de ninguém. Amar ao Próximo como a si 
mesmo é, por excelência, a regra de ouro, cânon fundador 
da única prática pela qual poderemos chegar a um pleno 
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 185
amor por nós próprios. Sou o primeiro e mais íntimo Pró-
ximo de mim, e esta relação de mim para comigo passa, 
inevitavelmente, pela existência do Outro. Este é o termo 
terceiro, a referência transcendente por cuja mediação pas-
so a construir a minha auto-estima.
Eis aí o modelo da paz.
(PELLEGRINO, Hélio. A burrice do demônio. Rio de Janeiro: 
Rocco, 1989. p. 94)
Texto II
PENSAMENTO DE AMOR
Quero viver de esperança Quero tremer e sentir!
Na tua trança cheirosa Quero sonhar e dormir.
Álvares de Azevedo
..........................................................................
Todo o amor que em meu peito repousava, Como o orvalho 
das noites ao relento,
A teu seio elevou-se, como as névoas, Que se perdem no 
azul do firmamento.
Aqui...além...mais longe, em toda a parte, Meu pensamento 
segue o passo teu.
Tu és a minha luz, – sou tua sombra, Eu sou teu lago, – se tu 
és meu céu.
..................................................................
À tarde, quando chegas à janela,
A trança solta, onde suspira o vento, Minha alma te contem-
pla de joelhos... A teus pés vai gemer meu pensamento.
..................................................................
Oh! diz’ me, diz’ me, que ainda posso um dia De teus lábios 
beber o mel dos céus;
Que eu te direi, mulher dos meus amores:
– Amar-te ainda é melhor do que ser Deus! Bahia, 1865.
(ALVES, Castro. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 
1976. p. 415-6)
Texto III
RONDÓ PRA VOCÊ
De você, Rosa, eu não queria Receber somente esse abraço 
Tão devagar que você me dá, Nem gozar somente esse bei-
jo Tão molhado que você me dá... Eu não queria só porque
Por tudo quanto você me fala Já reparei que no seu peito 
Soluça o coração bem feito De você.
Pois então eu imaginei
Que junto com esse corpo magro
Moreninho que você me dá, Com a boniteza a faceirice A 
risada que você me dá
E me enrabicham como o que, Bem que eu podia possuir 
também
O que mora atrás do seu rosto, Rosa, O pensamento a alma 
o desgosto
De você.
(ANDRADE, Mário de. Poesias completas. São Paulo / Belo 
Horizonte: Martins / Itatiaia, 1980. V. 1. p. 121)
Texto IV
O AMOR E O TEMPO
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo di-
gere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármo-
re, quanto mais a corações de cera ! São as afeições como 
as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar 
pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que 
partem do centro para a circunferência, que quanto mais 
continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabia-
mente pintaram o amor menino; porque não há amor tão 
robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos 
com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-
-lhe o arco, com que já não atira; embota- lhe as setas, com 
que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; 
e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural 
de toda esta diferença é porque o tempo tira a novidade 
às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto, e 
basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-
-se o ferro com o uso, quanto mais o amor ?! O mesmo amar 
é causa de não amar e o ter amado muito, de amar menos.
(VIEIRA, Antônio. Apud: PROENÇA FILHO, Domício. Portu-
guês. Rio de Janeiro: Liceu, 1972. V5. p.43)
Assinale a opção em que o fragmento sublinhado não é um 
exemplo de locução verbal:
a) “ faz-lhe crescer as asas”
b) “certo sinal de haverem de durar pouco”
c) “que terem durado muito”
d) “não há amor tão robusto que chegue a ser velho”
e) “basta que sejam usadas”
125) Texto I
OS TUMULTOS DA PAZ
O amor ao próximo está longe de representar um devaneio 
beato e piedoso, conto da carochinha para enganar crian-
ças, desavisados e inquilinos de sacristia.
Trata-se de uma essencial exigência pessoal e política, sem 
cujo atendimento não nos poremos a serviço, nem de nós 
mesmos, nem de ninguém. Amar ao Próximo como a si
mesmo é, por excelência, a regra de ouro, cânon fundador 
da única prática pela qual poderemos chegar a um pleno 
amor por nós próprios. Sou o primeiro e mais íntimo Pró-
ximo de mim, e esta relação de mim para comigo passa, 
inevitavelmente, pela existência do Outro. Este é o termo 
terceiro, a referência transcendente por cuja mediação pas-
so a construir a minha auto-estima.
Eis aí o modelo da paz.
(PELLEGRINO, Hélio. A burrice do demônio. Rio de Janeiro: 
Rocco, 1989. p. 94)
Texto II
PENSAMENTO DE AMOR
Quero viver de esperança Quero tremer e sentir!
Na tua trança cheirosa Quero sonhar e dormir.
Álvares de Azevedo
..........................................................................
Todo o amor que em meu peito repousava, Como o orvalho 
das noites ao relento,
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS186
A teu seio elevou-se, como as névoas, Que se perdem no 
azul do firmamento.
Aqui...além...mais longe, em toda a parte, Meu pensamento 
segue o passo teu.
Tu és a minha luz, – sou tua sombra, Eu sou teu lago, – se tu 
és meu céu.
..................................................................
À tarde, quando chegas à janela,
A trança solta, onde suspira o vento, Minha alma te contem-
pla de joelhos... A teus pés vai gemer meu pensamento.
..................................................................Oh! diz’ me, diz’ me, que ainda posso um dia De teus lábios 
beber o mel dos céus;
Que eu te direi, mulher dos meus amores:
– Amar-te ainda é melhor do que ser Deus! Bahia, 1865.
(ALVES, Castro. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 
1976. p. 415-6)
Texto III
RONDÓ PRA VOCÊ
De você, Rosa, eu não queria Receber somente esse abraço
Tão devagar que você me dá, Nem gozar somente esse bei-
jo Tão molhado que você me dá... Eu não queria só porque
Por tudo quanto você me fala Já reparei que no seu peito 
Soluça o coração bem feito De você.
Pois então eu imaginei
Que junto com esse corpo magro Moreninho que você me 
dá, Com a boniteza a faceirice
A risada que você me dá
E me enrabicham como o que, Bem que eu podia possuir 
também
O que mora atrás do seu rosto, Rosa, O pensamento a alma 
o desgosto
De você.
(ANDRADE, Mário de. Poesias completas. São Paulo / Belo 
Horizonte: Martins / Itatiaia, 1980. V. 1. p. 121)
Texto IV
O AMOR E O TEMPO
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo di-
gere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármo-
re, quanto mais a corações de cera ! São as afeições como 
as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar 
pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que 
partem do centro para a circunferência, que quanto mais 
continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabia-
mente pintaram o amor menino; porque não há amor tão 
robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos 
com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-
-lhe o arco, com que já não atira; embota- lhe as setas, com 
que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; 
e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural 
de toda esta diferença é porque o tempo tira a novidade 
às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto, e 
basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-
-se o ferro com o uso, quanto mais o amor ?! O mesmo amar 
é causa de não amar e o ter amado muito, de amar menos.
(VIEIRA, Antônio. Apud: PROENÇA FILHO, Domício. Portu-
guês. Rio de Janeiro: Liceu, 1972. V5. p.43)
Assinale a opção correta para a reescritura dos versos 15 
e 16, do texto II, na terceira pessoa do singular, segundo a 
norma culta.
a) Que eu vos direi, mulher dos meus amores:
 – Amar-vos ainda é melhor do que ser Deus !
b) Que eu lhe direi, mulher dos meus amores:
 – Amá-la ainda é melhor do que ser Deus !
c) Que eu a direi, mulher dos meus amores:
 – Amar-lhe ainda é melhor do que ser Deus !
d) Que eu te direi, mulher dos meus amores:
 – Amar-te ainda é melhor do que ser Deus !
e) Que eu a direi, mulher dos meus amores:
 – Ama-a ainda é melhor do que ser Deus!
126) Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não can-
tarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão tacitur-
nos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a 
enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afas-
temos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi 
os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fu-
girei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens 
presentes,
a vida presente.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e Prosa. Rio de 
Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p.68
Toda noite – tem auroras, Raios – toda a escuridão. Moços, 
creiamos, não tarda A aurora da redenção.
Castro Alves. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 
1976. p. 212
a) O fragmento de Castro Alves e o poema de Carlos 
Drummond de Andrade apresentam verbos no modo 
imperativo:
 “ Moços, creiamos, não tarda” (v.3)
 
“ Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.” (v.7) Jus-
tifique o emprego do imperativo, correlacionando as seme-
lhanças temáticas entre os versos destacados.
b) Explique, com frases completas, que características da 
poesia socialmente engajada do Romantismo estão 
presentes no texto de Castro Alves e no de Carlos Drum-
mond de Andrade.
127) SE NÃO HOUVESSE montanhas! Se não houvesse paredes!
Se o sonho tecesse malhas
e os braços colhessem rêdes!
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 187
Se a noite e o dia passassem como nuvens, sem cadeias, e os 
instantes da memória fossem vento nas areias!
Se não houvesse saudade, solidão nem despedida...
Se a vida inteira não fôsse, além de breve, perdida!
Eu tinha um cavalo de asas, que morreu sem ter pascigo. 
E em labirintos se movem os fantasmas que persigo. (Can-
ções – Cecília Meireles)
Na(s) questão(ões) a seguir assinale nos parênteses (V) se 
for verdadeiro e (F) se for falso.
Julgue os itens.
( ) Trocando o verbo haver (v. 1) pelo verbo existir, ficaria: 
Se não existisse montanhas.
( ) O sujeito do verbo haver no segundo verso é paredes.
( ) As formas verbais houvesse (v. 1) e tinha (v. 13) estão no 
mesmo tempo, mas não no mesmomodo.
128) “Concordei, para dizer alguma coisa, para sair da espécie 
de sono magnético, ou o que quer que era que me tolhia a 
língua e os sentidos. Queria e não queria acabar a conversa-
ção: fazia esforço para arredar os olhos dela, e arredava-os 
por um sentimento de respeito; mas a idéia de parecer que 
era aborrecimento, quando não era, levava- me os olhos ou-
tra vez para Conceição. A conversa ia morrendo. Na rua, o 
silêncio era completo.” (Missa do Galo – Machado de Assis)
A forma verbal mais usada (pretérito imperfeito do indicati-
vo) traduz no texto:
a) incerteza
b) fatos passados em relação ao momento da narração e 
presentes em relação ao momento da conversação.
c) ações repetidas.
d) fatos presentes em relação ao momento da narração, 
passados em relação a outros fatos
e) fatos totalmente passados.
129) Observe os fragmentos (CARTA AO PREFEITO, de Rubem 
Braga, com adaptações). Assinale o par de frases cujos ver-
bos estejam atendendo ao tratamento de 2ª pessoa do plu-
ral.
a) - Sou um destes estranhos animais com “habitat” no Rio 
de Janeiro.
 – O carioca é, antes de tudo, um forte.
b) - Ouvi-me, pois, com o devido respeito.
 – Prometestes, senhor, acabar em 30 dias com as inun-
dações do Rio de Janeiro.
c) - ... para agradecer a providência que vossa administra-
ção tomou nestas últimas quatro noites.
 – Embora vós administreis à maneira suíça...
d) - Para dizer isto, escrevo a Vossa Excelência...
 – Não sei se a fizestes adquirir na Suíça para vosso uso 
permanente...
e) - Sabeis que o (...) ar dos escapamentos abertos...
 – É que atacaste, senhor, o mal pela raiz.
130) Assinale a alternativa em que a forma verbal esteja de acor-
do com a norma-padrão.
a) Presentei com amor!
b) O Governador pediu que o Secretário intervissena libe-
ração dos recursos.
c) Saborei os nossos petiscos.
d) Se o treinador vir o nível dos atletas, com certeza não irá 
aceitá-los.
e) As crianças entreteram-se com o espetáculo de danças.
131) Almeida e Costa comprão para remeterem para fora da Pro-
víncia, huma escrava que seja perfeita costureira, engoma-
deira, e que entenda igualmente de cozinha, sendo mossa, 
de bôa figura, e afiançada conduta para o que não terão 
duvida pagala mais vantajosamente; quem a tiver e queira 
dispor, pode dirija-se ao escriptorio dos mesmos na rua da 
fonte dos Padres, N. 91.
(Gazeta Commercial da Bahia, 19 de setembro de 1832)
Do Texto:
a) selecione 2 (dois) verbos e 2 (dois) substantivos que 
apresentem forma ou emprego diferentes da atual;
b) reescreva-os na forma vigente.
132) O sentido do tempo mudou. Essa transformação definiu o 
século XX e dentro de seu campo de possibilidades pode-
-se pensar no ingresso no novo milênio. O instantâneo, o 
imediato, o encurtamento da espera (...) (Beatriz Sarlo)
Todos os textos desta prova relacionam-se, em alguma me-
dida, ao conteúdo do fragmento acima, no que se refere à 
percepção do sentido do tempo pelo homem. Vamos aos 
textos; não percamos tempo!
TEXTO I
Na contramão dos carros ela vem pela calçada, solar emu-
sical, pára diante de um pequeno jardim, uma folhagem, na 
entrada de um prédio, colhe uma flor inesperada, inspira 
e ri, é a própria felicidade – passando a cem por hora pela 
janela. Ainda tento vela no espelho mas é tarde, o eterno 
relance. Sua imagem quase embriaga, chego no trabalho e 
hesito, por que não posso conhecer aquilo? – a plenitude, o 
perfume inusitado no meio do asfalto, oculto e óbvio. Sem-
pre minha cena favorita.
Ela chegaria trazendo esquecimentos, a flor no cabelo. Eu 
estaria à espera, no jardim.
E haveria tempo.
(CASTRO, Jorge Viveiros de. De todas as únicas maneiras & 
outras. Rio de Janeiro: 7Letras, 2002. p.113)
Ao longo do texto I, utilizam-se dois tempos verbais. Identi-
fique-os e justifique o emprego de cada um, considerando 
a experiência narrada no texto.
134)
(QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 
264.)
Para que um ato de comunicação obtenha sucesso, é muito 
importante que haja um conhecimento comum, partilhado 
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS188
entre as pessoas. A graça nos quadrinhos apresentados re-
side no fato de haver informações não partilhadas entre as 
personagens.
a) Considerando todas as informações da história, expli-
cite o que a personagem Susanita quis dizer, com sua 
frase no quarto quadrinho, e o que a personagem Ma-
nolito entendeu.
b) Percebe-se, no quarto quadrinho, uma oscilação no 
emprego de pessoas gramaticais. Reescreva a frase da 
personagem, utilizando uma única pessoa gramatical.
135) O trocano ribombou, derramando longe pela amplidão dos 
vales e pelos ecos das montanhas a pocema do triunfo.
Os tacapes, vibrados pela mão pujante dos guerreiros, ba-
teram nos largos escudos retinindo. Mas a voz possante da 
multidão dos guerreiros cobriu o imenso rumor, clamando:
– Tu és Ubirajara, o senhor da lança, o vencedor de Poju-
cã, o maior guerreiro da nação tocantim.
(...)
Quando parou o estrondo da festa e cessou o canto dos 
guerreiros, avançou Camacã, o grande chefe dos araguaias. 
(...)
Assim falou o ancião:
– Ubirajara, senhor da lança, é tempo de empunhares o 
grande arco da nação araguaia, que deve estar na mão do 
mais possante. Camacã o conquistou no dia em que esco-
lheu por esposa Jaçanã, a virgem dos olhos de fogo, em 
cujo seio te gerou seu primeiro sangue. Ainda hoje, ape-
sar da velhice que lhe mirrou o corpo, nenhum guerreiro 
ousaria disputar o grande arco ao velho chefe, que não 
sofresse logo o castigo de sua audácia. Mas Tupã ordena 
que o ancião se curve para a terra, até desabar como o tron-
co carcomido; e que o mancebo se eleve para o céu como a 
árvore altaneira. Camacã revive em ti; a glória de ser o maior 
guerreiro cresce com a glória de ter gerado um guerreiro 
ainda maior do que ele.
(ALENCAR, José de. Ubirajara. 8. ed. São Paulo: Ática, 1984, p. 
31-2.)
Vocabulário:
– pocema: canto selvagem, clamor.
No texto de Alencar, registra-se o discurso do índio.
a) Na fala do chefe Camacã, vê-se que ele se projeta numa 
terceira pessoa, como se falasse de um outro. Reescre-
va o trecho destacado em negrito no texto, passando-o 
para a primeira pessoa.
b) Atualmente, nota-se cada vez mais um emprego reduzi-
do do pronome “cujo”. Que forma gramatical tem subs-
tituído esse pronome? Reescreva o trecho “a virgem dos 
olhos de fogo, em cujo seio te gerou seu primeiro san-
gue”, substituindo “cujo” por essa forma gramatical.
136) As pessoas que admitem, por razões que consideram mo-
ralmente justificáveis, a eutanásia, o fato de acelerar ou 
mesmo de provocar a morte de um ente querido, para lhe 
abreviar os sofrimentos causados por uma doença incurá-
vel ou para terminar a existência miserável de uma criança 
monstruosa, ficam escandalizadas com o fato de que, do 
ponto de vista jurídico, a eutanásia seja assimilada, pura e 
simplesmente, a um homicídio. Supondo-se que, do ponto 
de vista moral, se admita a eutanásia, não se atribuindo um 
valor absoluto à vida humana, sejam quais forem as condi-
ções miseráveis em que ela se prolonga, devem-se pôr os 
textos legais em paralelismo com o juízo moral? Seria uma 
solução perigosíssima, pois, em direito, como a dúvida nor-
malmente intervém em favor do acusado, corre- se o risco 
de graves abusos, promulgando uma legislação indulgente 
nessa questão de vida ou de morte. Mas constatou- se que, 
quando o caso julgado reclama mais a piedade do que o 
castigo, o júri não hesita em recorrer a uma ficção, qualifi-
cando os fatos de uma forma contrária à realidade, decla-
rando que o réu não cometeu homicídio, e isto para evitar 
a aplicação da lei. Parece-me que esse recurso à ficção, que 
possibilita em casos excepcionais evitar a aplicação da lei – 
procedimento inconcebível em moral -, vale mais do que o 
fato de prever expressamente, na lei, que a eutanásia cons-
titui um caso de escusa ou de justificação.
(Perelman, Ética e Direito.)
Assinale a alternativa em que está empregado o mesmo 
modo verbal de se admita a eutanásia.
a) que admitem
b) para lhe abreviar
c) sejam quais forem
d) devem-se pôr os textos legais
e) seria uma solução perigosíssima
137) Monsenhor Caldas interrompeu a narração do desco-
nhecido:
— Dá licença? é só um instante.
Levantou-se, foi ao interior da casa, chamou o preto velho 
que o servia, e disse-lhe em voz baixa:
— João, vai ali à estação de urbanos, fala da minha parte ao 
comandante, e pede-lhe que venha cá com um ou dois ho-
mens, para livrar-me de um sujeito doido. Anda, vai depressa.
E, voltando à sala:
— Pronto, disse ele; podemos continuar.
— Como ia dizendo a Vossa Reverendíssima, morri no dia 
vinte de março de 1860, às cinco horas e quarenta e três mi-
nutos da manhã. Tinha então sessenta e oito anos de idade. 
Minha alma voou pelo espaço, até perder a terra de vista, 
deixando muito abaixo a lua, as estrelas e o Sol; penetrou 
finalmente num espaço em que não havia mais nada, e era 
clareado tão-somente por uma luz difusa.
Continuei a subir, e comecei a ver um pontinho mais lumino-
so ao longe, muito longe. O ponto cresceu, fez-se sol. Fui por 
ali dentro, sem arder, porque as almas são incombustíveis.
A sua pegou fogo alguma vez?
— Não, senhor.
— São incombustíveis. Fui subindo, subindo; na distância 
de quarenta mil léguas, ouvi uma deliciosa música, e logo 
que cheguei a cinco mil léguas, desceu um enxame de al-
mas, que me levaram num palanquim feito de éter e plu-
mas.
(Machado de Assis, A segunda vida. Obras Completas, vol. 
II, p. 440-441.)
O imperativo utilizado por Monsenhor Caldas, ao dar as or-
dens ao preto velho, emprega
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 189
a) uma forma indireta.
b) a terceira pessoa do singular.
c) a primeira pessoa do plural.
d) a segunda pessoa do singular.
e) a segunda pessoa do plural.
138) Suave Mari Magno Lembra-me que, em certo dia,
Na rua, ao sol de verão, Envenenado morria Um pobre cão.
Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão, Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.
Nenhum, nenhum curioso Passava, sem se deter, Silencioso,
Junto ao cão que ia morrer, Como se lhe desse gozo Ver padecer.
(Machado de Assis, Obra Completa, vol. III, p. 161.)
Seqüência
Eu era pequena. A cozinheira Lizarda
tinha nos levado ao mercado, minha irmã, eu. Passava um 
homem com um abacate na mão e eu inconsciente:
“Ome, me dá esse abacate...”
O homem me entregou a fruta madura.
Minha irmã, de pronto: “vou contar pra mãe que ocê pediu 
abacate na rua.”
Eu voltava trocando as pernas bambas. Meus medos, cres-
cidos, enormes...
A denúncia confirmada, o auto, a comprovação dodelito. O im-
pulso materno...conseqüência obscura da escravidão passada,
o ranço dos castigos corporais. Eu, aos gritos, esperneando.
O abacate esmagado, pisado, me sujando toda. Durante 
muitos anos minha repugnância por esta fruta trazendo a 
recordação permanente do castigo cruel.
Sentia, sem definir, a recreação dos que ficaram de fora, as-
sistentes, acusadores.
Nada mais aprazível no tempo, do que presenciar a criançaindefesa
espernear numa coça de chineladas.
“é pra seu bem,” diziam, “doutra vez não pedi fruita na rua.”
(Cora Coralina, Vintém de cobre, p. 131-132.)
No poema de Cora Coralina, há uma frase sem verbo: Du-
rante muitos anos minha repugnância por esta fruta.
a) Qual o sentido dessa frase?
b) “Reconstrua” essa frase, colocando um verbo.
139) 
(O recruta Zero)
Ocorre quebra da uniformidade de tratamento no texto, 
própria de soluções da língua coloquial,
a) na escolha do tratamento “você” para referir-se aos dois 
interlocutores.
b) na combinação de “-los” (em “distraí-los”) com“cobrir você”.
c) no emprego de “vai” associado ao pronome de 3.ª pes-
soa “você”.
d) no emprego indistinto de verbos em 3.ª pessoa para os 
dois interlocutores.
e) na intercalação de frases declarativas e exclamativas, 
aleatoriamente.
140) Tenho desprezo por gente que se orgulha da própria raça. 
Nem tanto pelo orgulho, sentimento menos nobre, porém 
inerente à natureza humana, mas pela estupidez. Que mé-
rito pessoal um pobre de espírito pode pleitear por haver 
nascido branco, negro ou amarelo, de olhos azuis ou lilases?
Tradicionalmente, o conceito popular de raça está ligado 
a características externas do corpo humano, como cor da 
pele, formato dos olhos e as curvas que o cabelo faz ou dei-
xa de fazer. Existe visão mais subjetiva?
Na Alemanha nazista, bastava ter a pele morena para o ci-
dadão ser considerado de uma raça inferior à dos que se 
proclamavam arianos. Nos Estados Unidos, são classificadas 
como negras pessoas que no Brasil consideramos brancas; 
lá, os mineiros de Governador Valadares são rotulados de 
hispânicos. Conheci um cientista português que se orgulha-
va de descender diretamente dos godos!
Há cerca de 100 mil anos, seres humanos de anatomia se-
melhante à da mulher e à do homem moderno migraram 
da África, berço de nossa espécie, para os quatro cantos do 
mundo. Tais ondas migratórias criaram forte pressão seleti-
va sobre nossos ancestrais. Não é difícil imaginar as agruras 
de uma família habituada ao sol da savana etíope, obrigada 
a adaptar-se à escuridão do inverno russo; ou as dificulda-
des de adaptação de pessoas acostumadas a dietas vegeta-
rianas ao migrar para regiões congeladas.
Apesar de primatas aventureiros, éramos muito mais ape-
gados à terra natal nessa época em que as viagens precisa-
vam ser feitas a pé; a maioria de nossos antepassados pas-
sava a existência no raio de alguns quilômetros ao redor da 
aldeia natal. Como descendemos de um pequeno grupo de 
hominídeos africanos e o isolamento favorece o acúmulo 
de semelhanças genéticas, traços externos como a cor da 
pele, dos olhos e dos cabelos tornaram-se característicos de 
determinadas populações.
Mas seria possível estabelecer critérios genéticos mais ob-
jetivos para definir o que chamamos de raça? Em outras 
palavras: além dessa meia dúzia de aspectos identificáveis 
externamente, o que diferenciaria um negro de um branco 
ou de um asiático?
Para determinar o grau de parentesco entre dois indivíduos, 
os geneticistas modernos fazem comparações entre certos 
genes contidos no DNA de cada um.
Lembrando que os genes nada mais são do que pequenos 
fragmentos da molécula de DNA, a tecnologia atual permite 
que semelhanças e disparidades porventura existentes en-
tre dois genes sejam detectadas com precisão.
Tecnicamente, essas diferenças recebem o nome de poli-
morfismos. É na análise desses polimorfismos que se baseia 
o teste de DNA para exclusão de paternidade, por exemplo.
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS190
Na Universidade de Stanford, Noah Rosemberg e Jonathan 
Pritchard testaram 375 polimorfismos genéticos em 52 gru-
pos de habitantes da Ásia, África, Europa e das Américas. 
Através da comparação, conseguiram dividilos em cinco 
grupos étnicos cujos ancestrais estiveram isolados por bar-
reiras geográficas, como desertos extensos, montanhas in-
transponíveis ou oceanos: os africanos da região abaixo do 
deserto do Saara, os asiáticos do leste, os europeus e asiáti-
cos que vivem a oeste dos Himalaias, os habitantes da Nova 
Guiné e Melanésia e os indígenas das Américas.
No entanto, quando os autores tentaram atribuir identida-
de genética aos habitantes do sul da Índia, verificaram que 
seus traços eram comuns a europeus e a asiáticos, observa-
ção consistente com a influência exercida por esses povos 
naquela área do país.
A conclusão é que só é possível identificar grupos de indiví-
duos com semelhanças genéticas ligadas a suas origens ge-
ográficas quando descendem de populações isoladas por 
barreiras que impediram a miscigenação. Mas o conceito 
popular de raça está distante da complexidade das análises 
de polimorfismos genéticos: para o povo, raça é questão de 
cor da pele, tipo de cabelo e traços fisionômicos.
Nada mais primário!
Essas características sofreram forte influência do processo 
de seleção natural que, no decorrer da evolução de nossa 
espécie, eliminou os menos aptos. Pessoas com mesma cor 
de pele podem apresentar profundas divergências genéti-
cas, como é o caso de um negro brasileiro comparado com 
um aborígene australiano ou com um árabe de pele escura.
Ao contrário, indivíduos semelhantes geneticamente, quan-
do submetidos a forças seletivas distintas, podem adquirir 
aparências diversas. Nos transplantes de órgãos, ninguém 
é louco de escolher um doador apenas por ser fisicamente 
parecido ou por ter cabelo crespo como o do receptor.
Excluídos os gêmeos univitelinos, entre os 6 bilhões de se-
res humanos não existem dois indivíduos geneticamente 
idênticos. Dos 30 mil genes que formam nosso genoma, os 
responsáveis pela cor da pele e pelo formato do rosto não 
passam de algumas dezenas.
Como as combinações de genes maternos e paternos ad-
mitem infinitas alternativas, teoricamente pode haver mais 
identidade genética entre dois estranhos do que entre pri-
mos consangüíneos; entre um negro brasileiro e um branco 
argentino, do que entre dois negros sul- africanos ou dois 
brancos noruegueses.
Dráuzio Varela. Folha de S. Paulo, 1º de abril de 2006.
No primeiro período do 5º parágrafo, o pretérito imperfeito 
do indicativo é usado para indicar que os fatos
a) eram permanentes.
b) aconteciam habitualmente.
c) ocorreram antes dos outros fatos relatados.
d) foram concluídos no passado.
141) Certos verbos recebem um “i” eufônico depois da última vo-
gal do tema toda vez que sobre ela incide a tônica. Eis dois 
exemplos nas palavras em maiúsculo:
a) “Namorado não PRECISA ser o mais bonito...” – “... sua frio 
e quase DESMAIA.”
b) “... quem se deixa ACARICIAR sem vontade...” – “... ânsia 
enorme de VIAJAR...”
c) “... quem não gosta de DORMIR agarrado...” – “... nem de 
FICAR horas e horas olhando...”
d) “... quem não se CHATEIA com o fato...” – “... PASSEIE de 
mãos dadas...”
e) “... SAIA do quintal de si mesma...” – “... SORRIA lírios para 
quem passe debaixo de sua janela.”
142) O tabaco consome dinheiro público. Bilhões de reais saem do 
bolso do contribuinte para tratar a dependência do tabaco e 
as graves doenças que ela causa. A dependência do tabaco 
também aumenta as desigualdades sociais porque muitos 
trabalhadores fumantes, além de perderem a saúde, gas-
tam com cigarros o que poderia ser usado em alimentação 
e educação. Em muitos casos, com o dinheiro de um maço 
de cigarros pode-se comprar, por exemplo, um litro de leite e 
sete pães. Para romper com esse perverso círculo de pobreza, 
países no mundo inteiro estão se unindo através da Conven-
ção-Quadro de Controle do Tabaco para conter a expansão 
do tabagismo e os graves danos que causa, sobretudo nos 
países em desenvolvimento. Incluir o Brasil nesse grupo in-
teressa a todos os brasileiros. É um passo importante para 
criar uma sociedade mais justa. (Propaganda do Ministério 
da Saúde. Brasil um país de todos. Governo Federal, 2004.)
“A dependência do tabaco também aumenta as desigualda-
des sociais porque muitos trabalhadores fumantes, além de 
perderem a saúde, gastamcom cigarros o que poderia ser 
usado em alimentação e educação.”
Os tempos verbais assumem vários valores semânticos. Na 
passagem acima, a forma verbal “poderia” exprime:
a) ação costumeira e habitual.
b) ação relativa ao passado.
c) ação de suposição.
d) ação definitiva.
e) ação de ordem ou pedido.
143) Cair no vestibular é muito mais do que um escritor menos-
-que-perfeito pode aspirar na vida. Escritores menos-que-
-perfeitos, caso você não saiba, são aqueles que se negam 
a usar a forma sintética do mais- que-perfeito. Um escritor 
menos-que-perfeito jamais “fizera”, nunca “ouvira” e em hi-
pótese nenhuma “falara”.
E no Brasil, se você é um sujeito que “escrevera”, você é res-
peitado; mas, se você apenas “tinha escrito”, então você não 
é nada, e só cai no vestibular por engano. (FREIRE, Ricardo. 
Xongas. Época. São Paulo, 28 jun 2004.)
a) No texto, o autor distingue escritores menos-que- per-
feitos de escritores mais-que-perfeitos. Por que o autor 
se define como um escritor menos-que-perfeito? Que 
justificativa o autor teria para optar por uma forma ver-
bal coloquialmente mais simples?
b) “Cair no vestibular é muito mais do que um escritor me-
nos-que-perfeito pode aspirar na vida.”
Explique o emprego do termo aspirar no fragmento acima.
144) Levando em consideração seus conhecimentos lingüísticos, 
preencha CORRETAMENTE as lacunas abaixo, utilizando a 
forma adequada dos verbos entre parênteses. Faça as alte-
rações necessárias:
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 191
a) Só com muita paixão é possível fazer o que mil exércitos 
não (conseguir): conquistar Atenas. A Brasil Tele-
com parabeniza e agradece a seus atletas patrocinados 
por terem chegado a Atenas e (poder) propor-
cionar o sonho de vitória a todos os brasileiros.
b) O filme O Dia depois de Amanhã retrata não só uma 
ficção, mas uma realidade do que será nosso planeta 
caso não (haver) uma preocupação maior por 
parte dos governantes de se (propor) a fazer 
uma política de preservação ambiental, e não apenas 
(ter) ambições econômicas.
145) Antes que elas cresçam
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos pró-
prios filhos. É que as crianças crescem. Independentes de 
nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, elas 
crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação inde-
pendente do governo e da vontade popular. Entre os estu-
pros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das 
estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às ve-
zes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira: crescem, 
de repente. Um dia se assentam perto de você no terraço e 
dizem uma frase de tal maturidade, que você sente que não 
pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e de-
sobediência civil. E você agora está ali, na porta da discote-
ca esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali 
estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfu-
ziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são 
as nossas filhas, em pleono cio, lindas potrancas.
(...) Essas são as filhas que conseguimos gerar apesar dos 
golpes dos ventos, das colheitas das notícias e das ditadu-
ras das horas. E elas crescem, meio amestradas, vendo como 
redigimos nossas teses e nos doutorados nos nossos erros.
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos pró-
prios filhos.
(...) Passou o tempo do balé, da cultura francesa e inglesa. 
Saíram do banco de trás e passaram para o volante das pró-
prias vidas. (...)
Deveríamos ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer, para 
ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os 
lençóis da infância e os adolescentes cobertos naquele quarto 
cheio de colagens, posters e agendas coloridas de pilot. (...)
No princípio, subiam a serra ou iam à casa de praia entre 
embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, 
piscinas e amiguinhas. (...) Depois chegou à idade em que 
subir para a casa de campo com os pais começou a ser um 
esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma 
aqui na praia e os primeiros namorados. (...) Agora é hora de 
os pais nas montanhas terem a solidão que queriam, mas, 
de repente, exalarem contagiosa saudade daquelas pestes.
O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O 
neto é a hora do caminho ocioso e estocado, não exercido 
nos próprios filhos, e que não pode morrer conosco. Por isto 
os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolá-
vel afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar 
o nosso afeto.
Por isto é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que 
elas cresçam.
SANT’ANA, Affonso Romano de. Antes que elas cresçam. 
Diálogo Médico. S. Paulo, Ano 20, n. 5, p. 52, nov./dez. 1994.
“E elas crescem, meio amestradas, vendo como redigimos 
nossas teses e nos doutoramos nos nossos erros.”
O trecho em destaque contém:
1) uma forma verbal flexionada no modo subjuntivo.
2) duas formas nominais de gerúndio.
3) três formas verbais flexionadas no plural.
4) quatro formas verbais no presente do indicativo.
5) todas as formas verbais de 1ª conjugação.
146) Em 28/11/2003, quando muito se noticiava sobre a reforma 
ministerial, a Folha de S. Paulo publicou uma matéria inti-
tulada “Lula sugere que Walfrido e Agnelo ficam.”. Conside-
rando as relações entre as palavras que compõem o título 
da matéria, justifique o uso do verbo “ficar” no presente do 
indicativo.
147) Leia a seguinte passagem de Os Cus de Judas, de António 
Lobo Antunes:
Deito um centímetro mentolado de guerra na escova de den-
tes matinal, e cuspo no lavatório a espuma verde- escura dos 
eucaliptos de Ninda, a minha barba é a floresta do Chalala a 
resistir ao napalm da gillete, um grande rumor de trópicos 
ensangüentados cresce-me nas vísceras, que protestam.
(Antonio Lobo Antunes, Os cus de Judas. Rio de Janeiro: 
Objetiva, 2003, p. 213.)
a) A que guerra se refere o narrador?
b) Por que o narrador utiliza o presente do indicativo ao 
falar sobre a guerra?
c) Que recurso estilístico ele utiliza para aproximar a guer-
ra de seu cotidiano? Cite dois exemplos.
148) A questão a seguir baseia-se em duas tirinhas de quadri-
nhos, de Maurício de Sousa (1935-), e na “Canção do exílio”, 
de Gonçalves Dias(1823-1864).
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS192
Canção do Exílio
(...)
Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flo-
res, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Mi-
nha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em 
cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.
(Antônio Gonçalves Dias, Primeiros Cantos)
Na frase “Cada um tem o time que quiser”, da segunda tiri-
nha, o verbo querer se apresenta conjugado:
a) no infinitivo impessoal.
b) no modo subjuntivo, tempo pretérito imperfeito, pri-
meira pessoa do singular.
c) no modo indicativo, tempo futuro do pretérito, terceira 
pessoa do singular.
d) no modo subjuntivo, tempo futuro, terceira pessoa do 
singular.
e) no infinitivo pessoal, terceira pessoa dosingular.
149) A questão a seguir toma por base a primeira estrofe de “O 
menino da porteira”, de Teddy Vieira (1922-1965) e Luís Rai-
mundo (1916-), o Luisinho, e a letra de “Meu bem- querer”, 
de Djavan(1949-).
O Menino da Porteira Toda a vez que eu viajava Pela estra-
da de Ouro Fino, De longe eu avistava
A figura de um menino, Que corria abri[r] a porteira Depois 
vinha me pedindo:
– Toque o berrante, seu moço, Que é p’ra mim ficá[ar] ou-
vindo.
...............................................
(Luisinho,Limeira e Zezinha, 1955)
Meu bem querer
Meu bem-querer
É segredo, é sagrado, Está sacramentado Em meu coração.
Meu bem-querer
Tem um quê de pecado Acariciado pela emoção.
Meu bem-querer, meu encanto, Tô sofrendo tanto, amor.
E o que é o sofrer Para mim, que estou
Jurado p’ra morrer de amor?
(Djavan. Alumbramento. Emi-Odeon. 1980)
Há certos verbos cujas flexões se desviam do paradigma de 
sua conjugação. São considerados, por isso, irregulares.
Alguns deles são: dar, estar, fazer, ser e ir. Na estrofe de “O 
menino da porteira”, ocorrem verbos dessa natureza. A al-
ternativa que os contém é
a) “Toda vez que eu viajava” e “De longe eu avistava”.
b) “De longe eu avistava” e “Que corria abri[r] aporteira”.
c) “Que corria abri[r] a porteira” e “ – Toque o berrante, seu 
moço,”
d) “Que corria abri[r] a porteira” e “Que é p’ra mimficá[r] ou-
vindo.”
e) “Depois vinha me pedindo:” e “Que é p’ra mim ficá[r] ou-
vindo”.
150) (UNIFESP-2005) Senhor feudal
Se Pedro Segundo Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia. Oswald de Andrade
A correlação entre os tempos verbais está correta em:
a) Se Pedro Segundo viesse aqui com história eu botaria 
ele na cadeia.
b) Se Pedro Segundo vem aqui com história eu botava ele 
na cadeia.
c) Se Pedro Segundo viesse aqui com história eu boto ele 
na cadeia.
d) Se Pedro Segundo vinha aqui com história eu botara ele 
na cadeia.
e) Se Pedro Segundo vier aqui com história eu terei bota-
do ele na cadeia.
151) TEXTO 1
... a serpente mostrava ser a mais cautelosa de todos os animais 
selváticos do campo, que Jeová Deus havia feito. Assim, ela co-
meçou dizer à mulher: “É realmente assim que Deus disse, que 
não deveis comer de toda árvore do jardim?” A isso a mulher 
disse à serpente: “Do fruto das árvores do jardim podemos co-
mer. Mas quanto a comer do fruto da árvore que está no meio 
do jardim, Deus disse: ‘Não deveis comer dele, não, nem deveis 
tocar nele, para que não morrais.’ ” A isso a serpente disse à mu-
lher: “Positivamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no 
mesmo dia que em que comerdes dele, forçosamente se abri-
rão os vossos olhos e forçosamente sereis como Deus, saben-
do o que é bom e o que é mau.” Conseqüentemente, a mulher 
viu que a árvore era boa para alimento e que era algo para os 
olhos anelarem, sim, a árvore desejável para se contemplar. De 
modo que começou a tomar do seu fruto e a comê-lo. Depois 
deu também dele a seu esposo, quando estava com ela, e ele 
começou a comê-lo. Abriram-se então os olhos e começaram a 
perceber que estavam nus. Por isso coseram folhas de figueira 
e fizeram para si coberturas para os lombos.
(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.)
TEXTO 2
Você já ouviu a história de Adão e Eva?
Se não leu, certamente ouviu alguém contar, e deve se lem-
brar do que aconteceu com os dois. Com os dois e com a 
serpente, é claro.
Conta a Bíblia que Adão e Eva viviam muito felizes no Para-
íso, onde só havia uma proibição: eles não podiam experi-
mentar o gosto da maçã.
Adão, mais obediente, bem que não queria comer a tal da 
maçã. Mas Eva falou tão bem dela, fez com que parecesse 
tão gostosa, que o pobre coitado não resistiu.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 193
Foi dar a primeira mordida e perder o lugar no Paraíso... Se 
Eva vivesse hoje, seria uma ótima publicitária, uma profis-
sional de propaganda. Afinal, ela soube convencer Adão de 
que valia a pena pagar um preço tão alto por uma simples 
maçã.
Mas, se a gente pensar bem, Eva não foi a primeira publi-
citária.
Antes dela, houve uma outra, a serpente. Simbolizando o 
demônio, foi a serpente que criou, na mulher, o desejo de 
experimentar o fruto proibido.
E, assim, nasceu a propaganda.
(André Carvalho & Sebastião Martins. Propaganda.)
A frase “... Deus disse: ‘Não deveis comer dele, não, nem de-
veis tocar nele, para que não morrais.’ ”, em que há as falas de 
Eva e de Deus no texto 1, em discurso indireto corresponde 
a
a) Deus disse que não se deve comer dele, nem se deve 
tocar nele, para que não morríamos.
b) Deus disse que não devíamos comer dele, nem tocar 
nele, para que não morreremos.
c) Deus disse que não devemos comer dele, nem devemos 
tocar nele, para não morrermos.
d) Deus disse que não deveremos comer dele, nem deve-
remos tocar nele, para que nãomorrêssemos.
e) Deus disse que não devemos comer dele, nem tocar 
nele, para que não morremos.
152) Entrevista de Adélia Prado, em O coração disparado
Um homem do mundo me perguntou: O que você pensa 
de sexo?
Uma das maravilhas da criação, eu respondi.
Ele ficou atrapalhado, porque confunde as coisas E esperava 
que eu dissesse maldição,
Só porque antes lhe confiara: o destino do homem é a san-
tidade.
Assinale a alternativa em que a frase do segundo quadrinho 
está corretamente expressa na primeira pessoa do plural.
a) E se nós se concentrarmos em sexo e virmos como o or-
ganismo reage?!
b) E se nós nos concentrar em sexo e vir como o organismo 
reage?!
c) E se nós nos concentrarmos em sexo e virmos como o 
organismo reage?!
d) E se nós nos concentrarmos em sexo e vermos como o 
organismo reage?!
e) E se nós se concentrarmos em sexo e vermos como o 
organismo reage?!
153) Leia o poema de Bocage Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sor-
rir-se! Olha, não sentes Os Zéfiros brincar por entre flores?
Vê como ali, beijando-se, os Amores Incitam nossos ósculos 
ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas 
de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira, Ora nas folhas a abelhi-
nha pára, Ora nos ares, sussurrando, gira:
Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o 
que vês, se eu te não vira, Mais tristeza que a morte me cau-
sara.
Leia os versos e analise as considerações sobre as formas 
verbais neles destacadas.
I. Olha, Marília, as flautas dos pastores... — Como o eulí-
rico faz um convite à audição das flautas dos pastores, 
poderia ser empregada a forma Ouça, no lugar de Olha.
II. Vê como ali, beijando-se, os Amores... — A forma verbal, 
no imperativo, expressa um convite do eu-lírico para 
que a amada se delicie, junto a ele, com o belo cenário.
III. Mas ah! Tudo o que vês... — A forma verbal, também no 
imperativo, sugere que, neste ponto do poema, a ama-
da já viu tudo o que o seu amado lhe mostrou.
Está correto o que se afirma apenas em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
154) A questão abaixo refere-se ao texto retirado de “Dom Cas-
murro”, de Machado de Assis, transcrito abaixo.
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, 
encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que 
eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sen-
tou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou 
recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode 
ser que não fossem inteiramente maus.
Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os
olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele inter-
rompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
– Continue, disse eu acordando.
– Já acabei, murmurou ele.
– São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas 
não passou do gesto; estava amuado.
No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e aca-
bou alcunhando-me “Dom Casmurro”. Os vizinhos, que não 
gostam dos meus hábitos reclusos e
calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem 
por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da ci-
dade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em bi-
lhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” 
“ Vou para Petrópolis, Dom Casmurro; a casa é a 
mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho 
Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” “ Meu 
caro Dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro 
amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camaro-
te, dou- lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.”
Não consultes dicionários. “Casmurro” não está aqui no 
sentido que eles lhe dão, masno que lhe pôs o vulgo de 
homem calado e metido consigo. “Dom” veio por ironia, 
para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilan-
do! Também não achei melhor título para a minha narra-
ção se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai 
este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não 
lhe guardo ranço. E com pequeno esforço, sendo o título 
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS194
seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas 
terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.
Numere a 2a coluna de acordo com a 1a.
I. “...encontrei num trem da Central um rapaz aqui do 
bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.”
II. “Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclu-
sos e calados, deram curso à alcunha....”
III. “Há livros que apenas terão isso dos seus autores...”
IV. “...estava amuado...”
( ) o tempo verbal está sendo utilizado para denotar uma 
declaração que ocorre no momento em que se fala.
( ) o tempo verbal está sendo usado para denotar uma 
ação em curso no passado.
( ) o tempo verbal está sendo usado para indicar um fato 
consumado.
( ) o tempo verbal está sendo usado para denotar um fato 
provável, posterior ao momento em que se fala.
A seguir, assinale a alternativa que apresenta a seqüência 
correta.
a) II, I, IV, III
b) II, IV, I, III
c) I, III, IV, II
d) III, II, I, IV
155) INSTRUÇÃO: A questão abaixo toma por base as primeiras 
quatro estrofes da Canção do Tamoio, do poeta romântico 
Antônio Gonçalves Dias (1823-1864), um trecho da Oração 
aos Moços, de Rui Barbosa de Oliveira (1849-1923), e o 
Hino do Deputado, do poeta modernista Murilo Monteiro 
Mendes (1901- 1975).
Canção do Tamoio
I
Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate, Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos, Só pode exaltar.
II
Um dia vivemos!
O homem que é forte Não teme da morte; Só teme fugir;
No arco que entesa Tem certa uma presa, Quer seja tapuia, 
Condor ou tapir.
III
O forte, o cobarde Seus feitos inveja De o ver na peleja Gar-
boso e feroz;
E os tímidos velhos Nos graves concelhos, Curvadas as fron-
tes, Escutam-lhe a voz!
IV
Domina, se vive;
Se morre, descansa Dos seus na lembrança, Na voz do por-
vir.
Não cures da vida! Sê bravo, sê forte! Não fujas da morte, 
Que a morte há de vir!
(GONÇALVES DIAS, Antônio. Obras Poéticas.Tomo II. São 
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1944, p. 42-43.)
Oração aos Moços
Magistrados ou advogados sereis. Suas duas carreiras quase 
sagradas, inseparáveis uma da outra, e, tanto uma como a 
outra, imensas nas dificuldades, responsabilidades e utili-
dades.
Se cada um de vós meter bem a mão na consciência, certo 
que tremerá da perspectiva. O tremer próprio é dos que se 
defrontam com as grandes vocações, e são talhados para 
as desempenhar. O tremer, mas não o descorçoar. O tremer, 
mas não o renunciar. O tremer, com o ousar. O tremer, com 
o empreender. O tremer, com o confiar.
Confiai, senhores. Ousai. Reagi. E haveis de ser bem sucedi-
dos. Deus, pátria e trabalho. Metei no regaço essas três fés, 
esses três amores, esses três signos santos. E segui, com o 
coração puro. Não hajais medo a que a sorte vos ludibrie. [...]
Idealismo? Não: experiência da vida. Não há forças, que 
mais a senhoreiem, do que essas. Experimentai-o, como eu 
o tenho experimentado. Poderá ser que resigneis certas si-
tuações, como eu as tenho resignado. Mas meramente para 
variar de posto, e, em vos sentindo incapazes de uns, buscar 
outros, onde vos venha ao encontro o dever, que a Provi-
dência vos haja reservado.
(BARBOSA, Rui. Oração aos moços[discurso de paraninfo 
dos formandos da Faculdade de Direito de S.Paulo, em 
1920]. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1956, p. 58-59.)
Hino do Deputado
Chora, meu filho, chora.
Ai, quem não chora não mama, Quem não mama fica fraco, 
Fica sem força pra vida,
A vida é luta renhida, Não é sopa, é um buraco.
Se eu não tivesse chorado Nunca teria mamado,
Não estava agora cantando, Não teria um automóvel, Esta-
ria caceteado, Assinando promissória,
Quem sabe vendendo imóvel A prestação ou sem ela,
Ou esperando algum tigre Que talvez desse amanhã, Ou 
dando um tiro no ouvido, Ou sem olho, sem ouvido, Sem 
perna, braço, nariz.
Chora, meu filho, chora, Anteontem, ontem, hoje, Depois 
de amanhã, amanhã. Não dorme, filho, não dorme, Se você 
toca a dormir
Outro passa na tua frente, Carrega com a mamadeira. Abre 
o olho bem aberto, Abre a boca bem aberta, Chore até não 
poder mais.
(MENDES, Murilo. História do Brasil, XLIII. In: Poesia com-
pleta e prosa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994, p. 
177-178.)
Nos três textos apresentados identifica-se a presença re-
levante da função conativa da linguagem, como se pode 
verificar formalmente pelo emprego de numerosos verbos 
no modo imperativo. Em Canção do Tamoio e Hino do De-
putado, uma personagem aconselha outra a assumir certos 
comportamentos; em Oração aos Moços, o próprio orador 
faz aconselhamento a seus discípulos. Releia os três textos 
com atenção e, a seguir,
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 195
a) aponte a diferença existente entre os trechos da Can-
ção do Tamoio e da Oração aos Moços, no que diz res-
peito à flexão dos verbos no modo imperativo;
b) reescreva o verso 29 do poema Hino do Deputado, fa-
zendo com que o verbo “chorar” se flexione na mesma 
pessoa em que está flexionado o verbo “abrir”, nos ver-
sos 27 e 28.
156) INSTRUÇÃO:
As questões se baseiam nos parágrafos iniciais do romance 
Iracema, de José de Alencar (1829-1877), na letra da guarâ-
nia Índia, escrita em Língua Portuguesa pelo cantor, poeta e 
dramaturgo popular José Fortuna (1923-1983) e na letra de 
A Índia e o Traficante, realizada pelo escritor contemporâ-
neo Luiz Carlos Góes.
IRACEMA
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no hori-
zonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos 
mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu ta-
lhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a bauni-
lha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais 
rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o ser-
tão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, 
da grande nação Tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, 
alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as pri-
meiras águas.
(...)
Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a roreja, como 
à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto 
repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, 
e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próxi-
mo, o canto agreste.
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Saraiva, 1956, p. 13.
ÍNDIA
J.A.Flores/M.O.Guerrero/José Fortuna
Índia, seus cabelos nos ombros caídos, Negros como a noite 
que não tem luar; Seus lábios de rosa para mim sorrindo E a 
doce meiguice desse seu olhar.
Índia da pele morena, Sua boca pequena
Eu quero beijar.
Índia, sangue tupi, Tem o cheiro da flor;
Vem, que eu quero lhe dar, Todo o meu grande amor.
Quando eu for embora para bem distante, E chegar a hora 
de dizer-lhe adeus,
Fica nos meus braços só mais um instante, Deixa os meus 
lábios se unirem aos seus.
Índia, levarei saudade Da felicidade
Que você me deu. Índia, a sua imagem, Sempre comigo vai; 
entro do meu coração, Flor do meu Paraguai!
in: Sucessos Inesquecíveis de Cascatinha e Inhana. LP 
0.34.405.432, Phonodisc, 1987.
A ÍNDIA E O TRAFICANTE
Eduardo Dusek / Luiz Carlos Góes
Noite malandra, um luar de espelho, No meio da terra a ín-
dia colhe o brilho, Som de suor, cheirada musical,
Palmeira que se verga em meio ao vendaval. Sentia macia 
floresta,
Bolívia, montanha, seresta...
Índia guajira já colheu sua noite Volta para a tribo meio inju-
riada, Uma figueira numa encruzilhada
Felina, um olho de paixão danada, Era Leão, famoso trafi-
cante,
Um outdoor, bandido elegante,
Que a levou para um apart-hotel Que tem em Cuiabá.
Índia, na estrada, largou atribo Comprou um vestido, 
aprendeu a atirar,
Índia virada, alucinada pelo cara-pálida do Pantanal, Índia 
guajira e o traficante
Loucos de amor, trocavam o seu mel,
Era um amor tipo 45,
E tiroteios rasgando o vestido, Em quartos de motel.
Explode o amor, adiós para o pudor, Guajira e o traficante 
passam a escancarar, Rolam papéis, nos bares, nos bordéis,
Os dois de Bonnie and Clyde, assunto dos cordéis, Maíra, 
pivete, amazônia,
Esqueceu Tupã, a sem-vergonha...
Dentro de um Cessna, bebendo champagne Leão e seu 
bando a fazem sua chefona, Índia fichada, retrata falada,
A loto esperada pelos federais, Mas ela gosta de fotografia
E vira capa dos jornais do dia,
Enquanto espera uma tonelada da pura alegria. Índia, sujei-
ra, foi dedurada
Por um sertanista que era amigo seu, Índia traída – “mim tô 
passada” -
Ela lamentava num mal português,
A Índia, deu um ganho, num Landau negro, Chapa oficial, 
que era da Funai,
Passou batido pela fronteira, Uma rajada de metralhadora... 
Morta no Paraguai!
Dusek na Sua. LP 829218-1, PolyGram, 1986.
De acordo com a gramática normativa, a guarânia Índia 
apresentaria “erros” de concordância verbal. Revelando 
forte presença do registro informal da linguagem e sua es-
pontaneidade, formas de tratamento em segunda e terceira 
pessoas se mesclam no mesmo contexto, com vistas a um 
efeito estilístico de aproximação entre as personagens. To-
mando como modelo a concordância estabelecida na pri-
meira estrofe, releia cuidadosamente o texto e, a seguir:
a) identifique os versos que configurariam “erros” de con-
cordância verbal, na terceira estrofe;
b) reescreva os mesmos versos identificados no item a, de 
acordo com o que estabelece a gramática normativa.
157) As questão abaixo toma por base o poema Lisbon Revisi-
ted, do heterônimo Álvaro de Campos do poeta modernista 
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS196
português Fernando Pessoa (1888- 1935), e a letra da can-
ção Metamorfose Ambulante, do cantor e compositor brasi-
leiro Raul Seixas (1945-1989).
Lisbon Revisited
(1923)
Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões! A única conclusão é mor-
rer.
Não me tragam estéticas! Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem 
conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) – Das 
ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos? Se têm a verdade, guar-
dem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo. Com todo o 
direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? Que-
riam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. As-
sim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que havemos 
de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. Já 
disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul – o mesmo da minha infância – Eterna verdade 
vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo, Pequena verdade onde o 
céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... E en-
quanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
(Fernando Pessoa, Ficções do Interlúdio/4: poesias de 
Álvaro de Campos)
Metamorfose Ambulante
Prefiro ser essa metamorfose ambulante Eu prefiro ser essa 
metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do 
que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes Eu pre-
firo ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do 
que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Sobre o 
que é o amor
Sobre que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou Se hoje eu te 
odeio amanhã lhe tenho amor Lhe tenho amor
Lhe tenho horror Lhe faço amor eu sou um ator…
É chato chegar a um objetivo num instante
Eu quero viver nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do 
que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou Se hoje eu te 
odeio amanhã lhe tenho amor Lhe tenho amor
Lhe tenho horror Lhe faço amor eu sou um ator…
Eu vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes Eu prefi-
ro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do 
que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que 
ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha velha velha velha opinião formada 
sobre tudo…
Do que ter aquela velha velha opinião formada sobre 
tudo…
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo… 
(Raul Seixas, Os grandes sucessos de Raul Seixas)
Atentando para o fato de que a função conativa da lingua-
gem é orientada para o destinatário da mensagem,
a) identifique o modo verbal que, insistentemente empre-
gado pelo eu-poemático, torna muito intensa a orienta-
ção para o destinatário no poema de Fernando Pessoa;
b) considerando que, no verso de número 12, Raul Seixas, 
adotando o uso popular, empregou os pronomes te e 
lhe para referir-se a uma mesma pessoa, apresente duas 
alternativas que teria o poeta para escrever esse verso 
segundo a norma culta.
158) Texto para a questão a seguir.
Procura da Poesia
Não faças versos sobre acontecimentos, Não há criação 
nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol 
estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não 
contam.
(...)
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos. (...)
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta pobre ou terrível, 
que lhe deres: Trouxeste a chave?
(Carlos Drummond de Andrade)
Nos fragmentos do poema, há vários verbos empregados na 
2.a pessoa do modo imperativo, pressupondo o sujeito tu.
VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO | UniDaDe Vii
PORTUGUÊS 197
a) Transcreva esses verbos.
b) Ponha os verbos transcritos, na 3.a pessoa, pressupon-
do o sujeito você.
159) O Cabeleira
Eles atravessaram a vau o rio, e foram ter à graciosa habita-
ção (de Felisberto), que no meio daquele deserto atestava 
a existência de uma civilização rudimentar no lugar onde 
havia caído, sem tentativa de proveito para a sociedade que 
o sucedera, o gentilismo guarani digno de melhor sorte.
Do alto onde fora construída a habitação via-se o rio que 
corria na distância de umas dezenas de braças, e desapare-
cia por entre umas lajes brancas no rumo de leste; do lado 
do ocidente mostravam-se as lavouras de Felisberto desde 
as proximidades da casa até onde a vista alcançava.
Felisberto aplicava-se quase exclusivamente à cultura da 
roça. No perímetro de vinte léguas em derredor era o la-
vrador que desmanchava mais mandioca, que competia no 
mercado do Recife com a farinha de Moribeca, já então afa-
mada. Havia anos em que ele mandava para o Recife cerca 
de duzentos alqueires.
Um negro, uma negra, duas negrotas e três molecotes filhos 
dos dois primeiros faziam prodígios de valor na cultura das 
terras. Amanheciam no cabo da enxada e só se recolhiam 
quando faltava uma braça para o Sol se esconder no hori-
zonte. Estes escravos viviam porém felizes tanto quanto é 
possível viver feliz na escravidão. Não lhes faltava que co-
mer e que vestir. Dormiam bem, e nos domingos trabalha-
vam nos seus roçados. Em algum dia grande faziam seu ba-
tuque, ao qual concorriam os negros das vizinhanças.
Quando Felisberto se casou com a filha de Lourenço Ribeiro, 
mestre de açúcar do engenho Curcuranas, teve a felizidéia 
de ir estabelecer-se naquele sítio que comprara com algu-
mas economias que lhe legara um tio que vivera de arrema-
tar dízimos de gado. Essas economias deram-lhe também 
para comprar duas moradinhas de casas e o negro André. 
Com a negra Maria, que a mulher lhe trouxera em dote, ca-
sou Felisberto o seu negro, na esperança de que em poucos 
anos a família escrava estaria aumentada, e por conseguinte 
aumentada também a fortuna do casal. Essa esperança foi 
brilhantemente confirmada.
(...)
Frutos do trabalho honesto e esforçado, o qual é sempre fa-
vorecido pela Providência, não tinham sido de todo destru-
ídos pela grande seca os roçados do Felisberto. Ele já enu-
merava muitos prejuízos, mas olhando em torno de si via 
ainda muito com que contar na tremenda crise que reduzira 
o geral da população da província a extrema penúria.
(Franklin Távora, O Cabeleira. 1ª- edição: 1876.)
Vidas Secas
A vida na fazenda se tornara difícil. Sinhá Vitória benzia-se 
tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas 
desesperadas. Encolhido no banco do copiar, Fabiano espiava 
a catinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, tritu-
radas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, 
torrados. No céu azul as últimas arribações tinham desapareci-
do. Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carra-
pato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre.
Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava 
perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezer-
ro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou- se 
com a família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca 
liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao 
mundo, como negro fugido.
Saíram de madrugada. (...)
Desceram a ladeira, atravessaram o rio seco, tomaram rumo 
para o Sul. Com a fresca da madrugada, andaram bastante, 
em silêncio, quatro sombras no caminho estreito coberto 
de seixos miúdos – os meninos à frente, conduzindo trouxas 
de roupas, Sinhá Vitória sob o baú de folha pintada e a caba-
ça de água, Fabiano atrás defacão de rasto e faca de ponta, a 
cuia pendurada por uma correia amarrada ao cinturão, o aió 
a tiracolo, a espingarda de pederneira num ombro, o saco 
da matalotagem no outro. Caminharam bem três léguas an-
tes que a barra do nascente aparecesse.
Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou 
o céu, as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incer-
teza de que aquilo fosse realmente mudança.
Retardara-se e repreendera os meninos, que se adiantavam, 
aconselhara-os a poupar forças. A verdade é que não queria 
afastar-se da fazenda. A viagem parecia – lhe sem jeito, nem 
acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara 
a prepará-la, e só se resolvera a partir quando tudo estava 
definitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemi-
tério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar 
menos seco para enterrar-se.
(Graciliano Ramos, Vidas Secas. 1ª- edição: 1938.)
No último parágrafo de Vidas Secas, depois de empregar 
três verbos no pretérito perfeito, o enunciador utiliza uma 
sucessão de verbos flexionados no pretérito mais-que- per-
feito. Com base nessa constatação,
a) explique a diferença de emprego entre esses dois tem-
pos verbais e sua importância para o texto;
b) reescreva o segundo período desse último parágrafo do 
texto mencionado, flexionando os verbos no pretérito 
mais-que-perfeito.
160) Se os seus dotes culinários equivalem a seus conhecimen-
tos sobre química e física, das duas, uma: ou está na hora de 
colocá-los em prática — juntos — ou de aprender — e mis-
turar — os três. Unir essas diferentes áreas do conhecimen-
to é a proposta de uma nova forma de preparo de alimen-
tos, a “gastronomia molecular”, nome criado pelos cientistas 
Hervé This e Nicholas Kurti. O termo deu origem ao título 
de um livro sobre o tema, lançado nos Estados Unidos no 
começo do ano e ainda não publicado no Brasil.
Pode parecer assustador misturar culinária com duas áreas 
tantas vezes temidas e odiadas, mas trata-se de uma ótima 
maneira para descobrir que, por trás de cada ovo cozido 
borrachento e outros desastres corriqueiros, existe uma ex-
plicação científica. E que, entendendo um, pode-se evitar o 
outro. Mais que a preocupação com a composição e estru-
tura dos alimentos (área de estudo conhecida como “ciência 
gastronômica”), a gastronomia molecular lida com as trans-
formações culinárias e os fenômenos sensoriais associados 
ao paladar.
UniDaDe Vii | VERBO, SuBSTANTIVO E ADjETIVO
PORTUGUÊS198
Uma das formas de um texto se constituir como tal está no 
emprego de uma rede de termos de uma mesma área, que 
ajudam a identificar e a fixar o tema. Admitindo que, no 
fragmento transcrito, é possível observar essa característi-
ca, instaurada por meio do uso de vocábulos relacionados à 
culinária (alimentos, dotes culinários, preparo, paladar),
a) identifique um verbo, repetido nos dois parágrafos do tex-
to, o qual é normalmente utilizado na área deculinária;
b) explique qual o conceito que geralmente se tem de físi-
ca e química, segundo o enunciador do texto.
161) Um velho
– Por que empalideces, Solfieri? – A vida é assim. Tu o 
sabes como eu o sei. O que é o homem? É a escuma que 
ferve hoje na torrente e amanhã desmaia, alguma coisa de 
louco e movediço como a vaga, de fatal como o sepulcro! 
O que é a existência? Na mocidade é o caleidoscópio das 
ilusões, vive-se então da seiva do futuro. Depois envelhe-
cemos: quando chegamos aos trinta anos e o suor das ago-
nias nos grisalhou os cabelos antes do tempo e murcharam, 
como nossas faces, as nossas esperanças, oscilamos entre o 
passado visionário e este amanhã do velho, gelado e ermo 
– despido como um cadáver que se banha antes de dar à 
sepultura! Miséria! Loucura!
– Muito bem! Miséria e loucura! – interrompeu uma voz. 
O homem que falara era um velho. A fronte se lhe descalva-
ra, e longas e fundas rugas a sulcavam: eram as ondas que 
o vento da velhice lhe cavara no mar da vida... Sob espessas 
sobrancelhas grisalhas lampejavam-lhe olhos
pardos e um espesso bigode lhe cobria parte dos lábios. 
Trazia um gibão negro e roto e um manto desbotado, da 
mesma cor, lhe caía dos ombros.
– Quem és, velho? – perguntou o narrador.
– Passava lá fora, a chuva caía a cântaros, a tempestade 
era medonha, entrei. Boa noite, senhores! Se houver mais 
uma taça na vossa mesa, enchei-a até às bordas e beberei 
convosco.
– Quem és?
– Quem sou? Na verdade fora difícil dizê-lo: corri muito 
mundo, a cada instante mudando de nome e de vida. (...) – 
Quem eu sou? Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos 
trinta – sou um vagabundo sem pátria e sem crenças aos 
quarenta.
A linguagem do fragmento, a qual reflete o estilo român-
tico, caracteriza-se por um léxico típico, às vezes por um 
tratamento em segunda pessoa e por uma sintaxe peculiar. 
Com base nessa reflexão, aponte um segmento de Um ve-
lho em que há inversão na ordem sujeito-verbo. Reescreva 
o seguinte trecho, passando o verbo que está no imperativo 
para a terceira pessoa do plural e fazendo as adequações 
de concordância necessárias: Se houver mais uma taça na 
vossa mesa, enchei-a até às bordas e beberei convosco.
162) A velha contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. 
Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, 
com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfân-
dega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da 
velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o 
fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e 
então o fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo 
dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse 
saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e 
mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respon-
deu:
– É areia!
Aí quem riu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e 
mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco.

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