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Resenha descritiva - Doping

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RESENHA DESCRITIVA
Artigo: DOPING: CONSAGRAÇÃO OU PROFANAÇÃO
Acadêmico(a):
O artigo escrito pela professora Méri Rosane Santos da Silva, da Universidade Federal do Rio Grande, teve como intuito identificar os elementos fundamentais para o empreendimento do debate sobre o doping, em suas perspectivas éticas e bioéticas. O estudo trata-se de um artigo teórico e bibliográfico, que analisa o doping a partir de diferentes contextos e perspectivas. Na primeira parte do trabalho, a autora levanta a discussão sobre o doping, a partir de seus determinantes políticos, sociais e financeiros envoltos ao tema. 
Segundo a autora, o doping na atualidade é conceituado pela Declaração Final da Conferência Mundial sobre Doping no Esporte, que definiu o termo como o “uso de um artifício, substância ou método, potencialmente perigoso para a saúde do atleta e/ou capaz de aumentar sua performance, ou a presença no corpo do atleta de uma substância ou a constatação do uso de um método presente na lista anexa ao Código do Movimento Olímpico Antidoping”. O termo teve sua origem a partir da utilização em festas religiosas africanas, ao qual denominavam a prática como “dop”, no idioma Boers; e na língua inglesa o termo surgiu no final do século XIX, a partir de uma mistura de narcóticos ministrado em cavalos, sendo que em humanos tem-se como primeiro registro a utilização de anfetamina visando a melhoria da capacidade humana, no ano de 1938. 
Na segunda parte do texto, a autora aborda o doping a partir da perspectiva de rendimento, com enfoque nas atividades físicas e esportivas, ao qual o tema é centro constante de debates. Em todas as competições oficiais, é realizado o controle da dopagem em atletas, que consiste em um exame de urina realizado após as competições esportivas, no sentido de verificar se os atletas cometeram o doping, que é ato de utilizar-se de substâncias ilegais com o propósito de aumentar seu desempenho mental e/ou físico. A autora também destaca ao longo do texto, especialmente nessa parte, os interesses econômicos acerca da temática, onde o doping muitas vezes é tolerado e até incentivado, principalmente pela indústria farmacêutica, que lucra com a utilização das substâncias que potencializam o desempenho esportivo. 
Nessa tessitura, na terceira parte do artigo são destacados os aspectos éticos e bioéticos que são necessários nesse contexto, para o enfrentamento e o amplo debate a respeito dessa prática ilícita, o doping. De acordo com a autora e com os preceitos da prática esportiva de rendimento, o doping fere os princípios morais que envolvem as atividades físicas socialmente aceitas; principalmente pela credibilidade das grandes competições esportivas, que movimentam a economia no mundo todo. 
Diante disso, o texto dá ênfase à ética e a bioética enquanto áreas do conhecimento, que tentam legitimar a atividade física e as competições esportivas de modo a configurar o esporte e as atividades físicas como atividades moralmente aceitáveis, pois elas se caracterizam como fenômenos culturais e sociais que estão enraizados na sociedade, e no mundo todo. Assim, considerando o exposto, o artigo possibilita reflexões importantes acerca da temática, que para a área de Educação Física, a autora considera que deve ser enfrentado de forma consequente e responsável, contemplando as áreas da ética e da bioética para enriquecer e consolidar as discussões, e valorizar a Educação Física enquanto área do conhecimento, e o esporte e as práticas esportivas enquanto eventos moralmente consolidados. 
REFERÊNCIAS
SILVA, M. R. S. DOPING: CONSAGRAÇÃO OU PROFANAÇÃO. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 27, n. 1, p. 9-22, set. 2005. Disponível em: http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/131. Acesso em: 17 de maio de 2021.

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