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4. METODOLOGIA CIENTÍFICA (1)

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Gestão em Segurança Pública e 
Privada 
Metodologia Científica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA 
PÚBLICA E PRIVADA 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 
 
 
Sumário 
 
1. Introdução ............................................................................................................................ 4 
1.1. Metodologia ................................................................................................................. 5 
1.2. Conhecimento Do Senso Comum ........................................................................... 6 
1.3. Senso comum e a propagação de informações .................................................... 8 
1.4. Conhecimento Científico ........................................................................................... 9 
1.5. Caráter hipotético do conhecimento científico ..................................................... 10 
2. Metodologia e TCC – Trabalho de Conclusão de Curso ........................................... 11 
2.1. TCC ............................................................................................................................. 12 
2.2. Orientações Do Tcc Na Instituição ...................................................................... 14 
2.3. Competências Do Professor Co-Orientador De TCC ....................................... 15 
2.4. Competências Do Professor Orientador ............................................................. 16 
2.5. Competências Do Aluno Orientado ....................................................................... 17 
2.6. Competências Da Coordenação De Tcc ............................................................ 18 
3. Processo De Orientação ................................................................................................ 18 
3.1. TCC-I .......................................................................................................................... 18 
3.2. TCC-II ......................................................................................................................... 19 
3.3. A Escrita Científica ................................................................................................... 20 
3.4. Orientações Para Elaboração Do Projeto De Pesquisa ..................................... 0 
3.5. Características Da Pesquisa Científica ................................................................... 5 
3.6. Classificação Das Pesquisas .................................................................................... 7 
4. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) .............................. 17 
4.1. Citações Diretas ....................................................................................................... 18 
4.2. Citações Indiretas ..................................................................................................... 19 
4.3. Estrutura Do Projeto De Pesquisa ......................................................................... 20 
4.4. Estrutura Do Artigo Científico ................................................................................. 22 
4.5. Normas De Apresentação Gráfica Do Artigo - Papel, Formato E Impressão . 30 
5. Referências ....................................................................................................................... 39 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
 
A disciplina de Metodologia Científica está presente em praticamente 
todas as grades de aulas de todos os cursos acadêmicos, sejam estes cursos 
englobados nas áreas de Humanas, Biológicas ou Exatas. A partir de tal 
disciplina, o estudante entra em contato com a normatização para a produção 
de trabalhos científicos e com as técnicas de coleta e análise de dados obtidos 
com a realização de pesquisas. 
No entanto, outras dimensões são apresentadas. Realizar uma pesquisa 
é muito mais do que aplicar técnicas de coleta, analisar dados e escrever no 
final do processo um trabalho seguindo uma normatização predeterminada. 
Para a confecção de um trabalho científico é necessário primeiramente se 
pensar na postura que deve ser adotada pelo pesquisador, nas diferentes 
formas de ver o mundo, no tipo de conhecimento que almeja ser construído. 
Um pesquisador deve se fazer o tempo todo, algumas perguntas para 
não correr o risco de que o resultado final de sua produção seja invalidado. 
Estou sendo imparcial ou parcial na condução desse estudo? Essa opinião 
caracteriza-se por ser determinista? O material produzido utiliza-se de fontes 
adequadas ou está bebendo do senso comum? É necessário que no final das 
contas eu confirme a minha hipótese inicial de pesquisa para que o que eu fiz 
seja válido? 
__________________ 
http://culturacolaborativa.socialbase.com.br/metodologia-de-comunicacao-interna/ 
 
Estas são algumas das perguntas que devem ser feitas constantemente 
no ato de se pesquisar. Ou pelo menos deveriam ser feitas. 
O aluno, em alguns casos, é colocado diretamente em contato com a 
técnica, com o instrumento de coleta de dados, com a urgência de se fazer 
logo “um bom Referencial Teórico”, sem antes estabelecer uma discussão 
metodológica do que é senso comum, do que é determinismo, do que são ou 
não fontes confiáveis de informações ou mesmo o que é um Referencial 
Teórico. Assim, o aluno aprende o que tem que fazer para a construção do 
trabalho científico, mas nem sempre aprende a conectar corretamente as 
partes do trabalho. 
Para compreender os diferentes componentes presentes na metodologia 
de uma pesquisa realizada na atualidade, é necessário inicialmente olhar para 
o passado e compreender as várias discussões metodológicas estabelecidas 
em diferentes períodos da história humana. 
 
1.1. Metodologia 
 
Metodologia é uma palavra derivada de “método” do latim “methodus” 
cujo significado é “caminho ou a via para a realização de algo”. Método é o 
processo para se atingir determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. 
Dessa forma, metodologia é o campo em que se estudam os melhores 
métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento. 
Assim sendo, para compreender esse campo de estudo é necessário 
compreender primeiramente os diferentes tipos de conhecimento. 
O ser humano é um ser jogado no mundo, condenado a viver sua 
existência. Por ser existencial, tem que interpretar a si e ao mundo em que 
vive, atribuindo-lhes significação. Cria intelectualmente representações 
significativas da realidade, representações estas chamadas de conhecimento. 
Dependendo da forma pela qual se chega a uma determinada representação 
significativa, o conhecimento pode ser, em linhas gerais, classificado em 
diversos tipos: mítico, ordinário, artístico, filosófico, religioso, dentre outros. As 
duas formas que estão mais presentes e que mais interferem nas decisões da 
vida diária do homem são o conhecimento do senso comum e o científico. 
 
 
Ambas as formas partem da necessidade de se compreender o mundo, 
mas os caminhos que percorrem são diferentes. Não só os caminhos são 
diferentes, como os instrumentos utilizados para a produção de significados 
também são. Até mesmo quando as representações dos significados são os 
mesmos, o processo de validação e propagação de tais representações 
apresentam características particulares. 
 
1.2. Conhecimento Do Senso Comum 
 
A forma mais usual utilizada para interpretar a si mesmo, o seu mundo 
e o universo como um todo, produzindo interpretações significativas é a do 
senso comum (conhecimento ordinário, comum ou empírico). Essa forma de 
conhecimento surge como consequência da necessidade de resolver 
problemas imediatos, que aparecem na vida prática e decorrem do contato 
direto com os fatos e fenômenos que vão acontecendo no dia a dia, percebidos 
principalmente através da percepção sensorial. 
Não é um conhecimento programado ou planejado, pois à medida que a 
vida vai acontecendoele se desenvolve, sendo caracterizado por ser 
espontâneo e instintivo. Por ser vivencial é também superficial, sem 
aprofundamento crítico ou racionalista, é um “viver sem conhecer”. 
 
_________________ 
https://www.ensinar.info/ciencia-versus-senso-comum-comentarios-a-boaventura-e-nagel-75/ 
 
Apresenta um caráter predominantemente utilitarista, não especificando 
as razões ou fundamentos teóricos que demonstram ou justificam o seu uso, 
possível correção ou confiabilidade. Por se basear em soluções de problemas 
imediatos, sem compreender ou conhecer as explicações a respeito do seu 
sucesso, o senso comum transforma-se em convicção, em crença, que é 
repassada de indivíduo para indivíduo, de geração para geração. A utilização 
de ervas medicinais, por exemplo, é reproduzida sem a devida reflexão a 
respeito das razões que levam a tal utilização. 
Sabe-se apenas o uso de erva X possibilita o benefício Y, ou pelo menos 
imagina-se que possibilita o benefício Y, pois nem isso pode ser confirmado já 
que não existe um estudo rigoroso a respeito. O açúcar cristal, por exemplo, é 
utilizado para a cicatrização de ferimentos. Ninguém, a não ser quem tenha 
obtido a informação de alguma fonte científica, sabe dizer por que esse açúcar 
possui esse poder bactericida e cicatrizante. Aliás, baseado exclusivamente no 
senso comum, sequer é possível comprovar se o açúcar possui realmente 
essas capacidades. 
Na maioria dos casos as pessoas conhecem apenas o efeito benéfico, 
ou mesmo reproduz o que outros falaram, instituindo uma tradição, um 
costume que é passado adiante. Esse tipo de conhecimento é muito subjetivo e 
tem baixo poder de crítica, subordinado a um envolvimento afetivo e emotivo 
do sujeito que o elabora/reproduz. É incapaz de ser isento, pois baseia-se em 
interpretações sustentadas apenas por crenças pessoais e não resiste quando 
submetido a crítica sistemática. 
 
 
_____________________ 
https://www.estudopratico.com.br/conhecimento-cientifico-e-senso-comum/ 
 
1.3. Senso comum e a propagação de informações 
 
Essa forma de conhecimento superficial encontra-se também na 
reprodução de informações dentro da sociedade. Discursos são 
constantemente reproduzidos, mas não são analisados. Na atualidade, onde o 
mundo encontra-se “conectado”, a quantidade de informações disponibilizadas 
é muito grande, mas a forma como são tratadas ainda é muito precária. Nas 
redes sociais, discursos são instituídos de maneira muito rápida. Uma notícia 
ganha força ao ser compartilhada, mas nem todos buscam a veracidade da 
fonte ou mesmo analisam o conteúdo do que está sendo reproduzido. 
Passar adiante uma chamada bombástica está a “um clique” de 
distância. Agora, analisar o que está sendo lido, associar com um contexto 
maior, refletir a respeito do que está sendo falado pode levar mais tempo, 
tempo este que nem todos estão dispostos a “perder”. Diante dessa postura, o 
senso comum vai ganhando força, pois ele é rápido, exige menos crítica e é 
cômodo, pois ele encontra respaldo em uma coletividade. 
Seguir a maioria, o que todos estão falando, pode oferecer mais conforto 
do que, por exemplo, pensar por si mesmo e chegar a uma conclusão diferente 
por meio da reflexão constante. Fontes não científicas ganham força, pois não 
existe debate. A mídia aparece como uma fonte totalmente verídica e o que ela 
fala ganha rapidamente pesam de verdade, pois o confronto de ideias pode 
não encontrar espaço para ser praticado. Costumes, tabus e preconceitos são 
estabelecidos a partir dessa ausência de discussão e, consequentemente, 
ausência de reflexão. 
De certa forma é impossível afirmar que determinada pessoa é livre 
por completo do senso comum, pois a informação contida nesse conhecimento 
é mais imediata e fácil de ser acessada. Como dito anteriormente, remete a um 
envolvimento afetivo e emotivo do sujeito que o elabora/reproduz. No entanto, 
como será exposto mais adiante, aquilo que é tido como verdade só se 
mantém com tal status aos olhos da ciência quando é constantemente exposto 
a um método rigoroso de análise. Ciências exatas, humanas e biológicas 
trabalham com a exposição do objeto estudado à constante verificação de sua 
veracidade. 
 
No campo das ideias, essa verificação passa pelo livre debate, pela 
exposição de diferentes opiniões na tentativa de se produzir novas formas de 
conhecimento e não pela simples e mecânica reprodução do que a maioria 
está dizendo. A produção do conhecimento científico trata-se, portanto, de uma 
tarefa mais árdua, que exige concentração, disciplina, rigor metodológico e da 
mente aberta por parte do pesquisador, pois as respostas obtidas por ele 
dentro de uma pesquisa nem sempre estarão de acordo com o mundo e as 
informações que constituem a sua subjetividade, sendo necessário sempre se 
reinventar diante da descoberta de novos paradigmas, de novas técnicas, de 
novos conceitos e de diferentes perspectivas. 
 
1.4. Conhecimento Científico 
 
 
 
O conhecimento científico surge da necessidade de o homem não 
assumir uma posição meramente passiva, de testemunha dos fenômenos, sem 
poder de ação ou controle dos mesmos. Cabe ao ser humano, otimizando o 
uso da sua racionalidade, propor uma forma sistemática, metódica e crítica da 
sua função de desvelar o mundo, compreendê-lo, explica-lo e dominá-lo. O que 
impulsiona o homem em direção à ciência é a necessidade de compreender a 
cadeia de relações que se esconde por trás das aparências sensíveis dos 
objetos, fatos ou fenômenos, captadas pela percepção sensorial e analisadas 
de forma superficial e subjetiva pelo senso comum. 
____________________ 
https://www.estudopratico.com.br/conhecimento-cientifico-senso-comum-ciencia-e-terminologia/ 
 
Sócrates, por volta de 469 a 399 a.C, já fazia a distinção entre um 
Mundo Sensível e um Mundo das Ideias. Para ele, o Mundo Sensível é o lugar 
que leva ao erro, leva à percepção errada das coisas, baseado apenas no que 
cada um vê ou escuta, sem procurar enxergar a essência real das coisas. É um 
lugar onde impera o preconceito, a imagem, o estereótipo, a superficialidade, o 
ato de ver apenas a fachada das coisas, o ato de julgar um livro pela capa. Por 
outro lado, o Mundo das Ideias é um lugar à parte onde só é possível se 
chegar por meio da constante reflexão, predominando a busca pelo 
conhecimento, pela verdade das coisas. 
Apesar da força do alcance e do comodismo do senso comum, o ser 
humano quer ir além dessa forma de ver a realidade imediatamente percebida 
por meio dos olhos e ouvidos e descobrir os princípios explicativos que servem 
de base para a compreensão da organização, classificação e ordenação da 
natureza em que está inserido. Através dessa particularidade, a realidade 
passa a ser percebida aos olhos da ciência não de uma forma desordenada, 
fragmentada, como ocorre na visão subjetiva do senso comum, mas sob o 
enfoque de um critério orientador, de um princípio explicativo que esclarece e 
proporciona a compreensão do tipo de relação que se estabelece entre fatos, 
coisas e fenômenos, unificando a visão de mundo. 
O conhecimento científico é produto resultante da investigação científica, 
investigação esta iniciada a partir do momento que se tem uma dúvida, uma 
pergunta que ainda não tem resposta ou cujo o conhecimento já existente é 
insuficiente ou inadequado para apresentar uma resposta satisfatória. 
 
1.5. Caráter hipotético do conhecimento científico 
 
O conhecimento científico, assim como o senso comum, embora mais 
seguro do que esse último, também é falível. Pode o investigador, por exemplo, 
a luz do seu referencial teórico, elaborar hipóteses inadequadas, excluindo 
fatores significativos relacionados com a situação problema, não planejar 
corretamente o processo de testagem de suas hipóteses, não prever a 
utilização de instrumentos e técnicas de observação e de medida adequados, 
válidosou fidedignos, não perceber provas contrárias ou ainda, influenciado 
 
pela sua subjetividade, que jamais é eliminada ou anulada, ou levado pela 
precipitação e por um raciocínio incorreto, extrair uma conclusão imprópria. 
Por se reconhecer a natureza hipotética do conhecimento científico, ele 
deve ser constantemente submetido a uma revisão crítica, tanto na consciência 
lógica interna de suas teorias, quanto na validade de seus métodos e técnicas 
de investigação. O que distingue essa forma de conhecimento das demais não 
é o assunto, o tema ou o problema, e sim a forma especial que adota para 
investigar os problemas. Como será exposto no decorrer dessa disciplina, a 
ciência esteve presa durante muito tempo a uma concepção 
determinista/positivista do universo, incorporando em si o status de que “o que 
é científico é uma verdade absoluta”. 
Apesar de combater o dogmatismo religioso, durante o final da Idade 
Média e Início do Renascimento, o conhecimento científico durante muito 
tempo se apresentou com ares de dogmatismo. No entanto, essa concepção 
foi abandonada e hoje se trabalha com a noção de falibilidade da própria 
ciência. O que é verdade hoje, amanhã pode não ser a partir da descoberta de 
novas informações, de novas técnicas de investigação. A resposta de hoje, 
amanhã pode já não mais satisfazer frente à luz de novas perspectivas, de 
novas perguntas a serem respondidas, de novos paradigmas. 
 
2. Metodologia e TCC – Trabalho de Conclusão de Curso 
 
No âmbito das universidades brasileiras exige-se, de maneira geral, a 
realização de pesquisa e a elaboração de um artigo científico ou de uma 
monografia como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Na pós-graduação, 
apesar do modelo de texto exigido ser outro, também existe a obrigação de 
produção de pesquisa. Em todos os casos, a utilização da metodologia 
científica se faz necessária. 
Para a conclusão do curso superior o estudante deve desenvolver um 
projeto de pesquisa (TCCI). Posteriormente, o estudante desenvolve a 
pesquisa e com os resultados produz um artigo científico ou monografia (TCC 
II). Em ambas as etapas, o estudante é orientado por um professor que o 
 
auxilia na estruturação da investigação, nas discussões teóricas, na coleta e 
análise dos dados, na forma de escrita, dentre outros aspectos. 
No projeto de pesquisa deve-se informar o objeto que se pretende 
estudar, a forma como se pretende estudá-lo, o problema de pesquisa que será 
investigado, os métodos e as técnicas que serão empregadas na investigação, 
as bases teóricas da pesquisa, o cronograma de desenvolvimento da pesquisa, 
dentre outros pontos. Realizada a pesquisa, o nível de detalhamento deve ser 
mantido na construção do artigo científico/monografia. 
Deve-se informar novamente o objeto que foi estudado, o problema de 
pesquisa que procurou-se responder e os métodos e as técnicas que foram 
utilizados, além de analisar os dados coletados comunicando essa análise com 
a base teórica do estudo. Durante a realização das etapas do TCC, espera-se 
que os acadêmicos demonstrem a capacidade de aplicação das competências 
e habilidades adquiridas de acordo com o Projeto Pedagógico de Curso (PPC). 
Espera-se que desperte o interesse pela investigação científica, 
possibilitando a compreensão dos fundamentos da abordagem metodológica, 
enfatizando a sistematização do estudo para o trabalho de pesquisa, 
propiciando ao aluno um pensamento crítico/ científico. 
 
2.1. TCC 
 
O TCC é um trabalho científico e como tal deve ser elaborado com 
rigorosidade metodológica adequada ao campo da ciência no qual está 
inserido. Sua construção é uma etapa fundamental na formação científica do 
discente, pois demonstra se o mesmo desenvolveu competências acadêmicas 
mínimas para sua atuação profissional após a graduação. Portanto, o TCC 
deve ser também priorizado no processo de formação profissional, não sendo 
relegado a algo de menor valor, ou como uma tarefa meramente burocrática e 
desinteressante necessária para finalização do curso. 
Todos os professores da Faculdade estão aptos para prestarem 
orientação aos discentes, conforme tema de sua formação, atuação ou 
especialização. Cabe ao professor orientador não só fornecer informações 
técnicas relativas ao desenvolvimento do TCC, mas, sobretudo, estimular os 
 
alunos a desenvolverem proatividade, autonomia e espírito crítico na busca de 
soluções para os problemas científicos levantados. 
Este documento serve como guia orientador para a importante etapa de 
elaboração do TCC. Nele estão contidas orientações básicas dos processos 
administrativos e pedagógicos adotados pela Fajolca para normatizar a 
elaboração dos trabalhos de conclusão de curso, contendo uma visão geral dos 
trâmites necessários, as competências dos alunos e orientadores, orientações 
sobre projeto de pesquisa e elaboração do artigo científico, e os critérios 
fundamentais de avaliação dos trabalhos. 
Espera-se que a partir das orientações deste documento o processo de 
elaboração dos trabalhos de conclusão de curso seja facilitado transcorrendo 
com objetividade, clareza e eficiência, atendendo com rigor as competências 
acadêmicas necessárias para essa tão importante etapa de formação e 
aprimoramento científico de discentes e docentes. 
 
 
 
_______________________ 
Fonte: http://www.portaldotcc.com.br/ 
 
 
 
2.2. Orientações Do Tcc Na Instituição 
 
Todos os alunos para finalização da sua graduação devem submeter à 
instituição um artigo científico como produto final do seu trabalho de 
conclusão de curso (TCC). Mais que um mero documento escrito, o TCC é um 
processo rico de aprendizagem, onde o aluno com ajuda do seu professor 
orientador desenvolve habilidades acadêmicas fundamentais para sua 
formação humana, científica e profissional. 
O trabalho pode ser desenvolvido em dupla ou individualmente, 
sempre com a orientação de professores da instituição dentro de um processo 
regularmente formalizado que será acompanhando sistematicamente pela 
Coordenação de Trabalhos de Conclusão de Curso. Como processo, o 
Trabalho de Conclusão de Curso inicia-se na disciplina TCC-I, onde os alunos 
terão a oportunidade de elaborar o Projeto de Pesquisa que norteará todo o 
processo. O sucesso de um TCC depende então da qualidade do projeto 
de pesquisa construído na disciplina TCC-I. 
Nesse sentido, o aluno só poderá ser aprovado nesta disciplina e seguir 
adiante para o TCC-II se seu projeto for positivamente qualificado 
apresentando os elementos essenciais de uma pesquisa, a saber: delimitação 
de um tema específico, objetivos (geral e específicos), hipóteses (quando 
aplicáveis), justificativa, metodologia. 
As disciplinas para construção do TCC são obrigatórias, e devem ser 
cursadas de forma sequencial, iniciando na disciplina de Metodologia Científica 
I, até o último semestre com a Orientação do TCC. A discussão acadêmica 
para a elaboração do TCC inicia quando os estudantes cursam a disciplina de 
Metodologia Científica I (40 horas-aula). Nesta disciplina, apresenta-se aos 
estudantes o tema da pesquisa, além de iniciar a instrumentalização para o 
processo de escrita. 
Posteriormente os estudantes dão continuidade ao desenvolvimento do 
pensamento acadêmico nas disciplinas subsequentes a fim de proporcionar 
aos estudantes definição dos temas que irão desenvolver e usarão o espaço da 
disciplina no último semestre para potencializar o debate e preparar o TCC. A 
orientação do TCC é realizada pelo professor orientador durante o último 
período, constituindo-se na elaboração de um Projeto de Pesquisa, sob a 
 
orientação deste profissional, que compõe o corpo docente do curso. O 
Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatório para todos os graduandos como 
requisito para conclusão do curso e obtenção da titulação. O tema do trabalho 
é de escolha do aluno, de acordo com as linhas de pesquisado curso. 
O TCC consiste na elaboração individual de trabalho acadêmico, dentro 
de padrões científico-metodológicos, sendo válidas pesquisas qualitativas e 
quantitativas, nos seus mais variados tipos e natureza entregues na forma de 
monografia ou artigo científico. 
 
2.3. Competências Do Professor Co-Orientador De TCC 
 
Cronograma, referências e orçamento (opcional) de forma coerente e 
adequada com os princípios epistemológicos da área de conhecimento onde se 
insere. Na disciplina TCC-II os alunos executarão o projeto de pesquisa sob 
auxílio do professor orientador que os ajudarão na construção do artigo 
científico. O artigo científico será então o principal meio de publicação dos 
resultados e produto final da disciplina TCC-II. A figura abaixo representa 
esquematicamente o fluxograma do processo de construção de TCC entre as 
duas disciplinas da área. 
 
 
____________________ 
 Fluxograma básico do processo de elaboração do TCC na Fajolca. 
 
2.4. Competências Do Professor Orientador 
 
 Elaborar Plano de Ensino das disciplinas de TCC (I e II); 
 Atender os alunos sob sua orientação em dias e horários previamente 
fixados; 
 Registrar os encontros de orientação mediante ficha 
padrão a ser encaminhada à Coordenação de TCC mensalmente; 
 Acompanhar o TCC, registrando as ocorrências pertinentes e 
necessárias; 
 Orientar a elaboração do TCC com rigor teórico e metodológico; 
 Acompanhar e avaliar o desempenho do aluno, mediante registros, 
anotações e observações pertinentes; 
 Auxiliar o aluno na resolução de problemas conceituais, técnicos e de 
relacionamento decorrentes da atividade; 
 Comunicar por escrito à Coordenação de TCC possíveis irregularidades 
quanto ao processo de orientação e não cumprimento de prazos e 
tarefas pelos alunos sob sua orientação; 
 Ser apenas um orientador (guia) dos trabalhos e nunca fazer ou entregar 
o trabalho pronto para os alunos; 
 Frequentar as reuniões convocadas pela Coordenação do TCC; 
 Verificar com rigorosa atenção a existência de plágio total ou parcial, 
direto ou indireto nos trabalhos apresentados pelos alunos buscando 
coibir esta prática. 
 Atender os alunos quando for solicitado em dias e horários previamente 
fixados; 
 Registrar os encontros de co-orientação mediante ficha padrão a ser 
encaminhada à Coordenação de TCC mensalmente; 
 Co-orientar a elaboração do TCC com rigor teórico e metodológico; 
 Auxiliar o aluno na resolução de problemas conceituais, técnicos e de 
relacionamento decorrentes da atividade; 
 Respeitar os aspectos teóricos e metodológicos do professor orientador; 
 
 
 Comunicar por escrito à Coordenação de TCC possíveis irregularidades 
quanto ao processo de orientação e não cumprimento de prazos e 
tarefas pelos alunos sob sua orientação; 
 Frequentar as reuniões convocadas pela Coordenação do TCC; 
 Verificar com rigorosa atenção a existência de plágio total ou parcial, 
direto ou indireto nos trabalhos apresentados pelos alunos buscando 
coibir esta prática; 
 O professor co-orientador não será remunerado, porém, receberá uma 
declaração expedida pela Coordenação do Curso. 
 
2.5. Competências Do Aluno Orientado 
 
 Comparecer às aulas e atividades de orientação do TCC (I e II) com no 
mínimo 75% de frequência; 
 Elaborar o projeto de pesquisa na disciplina TCC I e apresentá-lo ao 
professor orientador, dentro dos prazos e normas estabelecidas; 
 Executar projeto de pesquisa elaborado e aprovado na disciplina de 
TCC I sob orientação do professor da disciplina TCC-II; 
 Elaborar artigo científico na disciplina TCC-II sob orientação do 
professor orientador dentro dos prazos e normas estabelecidas; 
 Responsabilizar-se pela revisão gramatical do trabalho científico 
elaborado, inclusive o abstract; 
 Emitir três (3) cópias do artigo científico contendo os resultados da 
pesquisa para banca examinadora após aprovação prévia do trabalho 
na disciplina TCC-II; 
 Depositar na Secretaria uma (1) cópia do TCC impresso encadernado e 
duas 
 (2) cópias em CD ROM com capa após a aprovação final pela banca 
examinadora contendo as devidas correções quando solicitadas; 
 Comunicar à Coordenação do TCC por escrito possíveis irregularidades 
quanto ao processo de orientação. 
 
 
 
2.6. Competências Da Coordenação De Tcc 
 
 Esclarecer sobre o conjunto de atividades a ser desenvolvido no 
decorrer do Trabalho de Conclusão aos professores e alunos; 
 Acompanhar os docentes no desenvolvimento de suas atividades; 
 Promover palestras e encontros focados na temática TCC aos 
professores e também alunos quando necessários; 
 Auxiliar aos alunos na escolha do orientador; 
 Receber mensalmente a ficha de acompanhamento, devidamente 
preenchida e assinada pelo professor orientador; 
 Programar a Banca Final de Qualificação do Artigo Científico de acordo 
com o cronograma de atividades da faculdade e as coordenações dos 
cursos; 
 Tomar no âmbito de sua competência as medidas necessárias ao efetivo 
cumprimento deste Manual. 
 
3. Processo De Orientação 
 
As orientações abaixo deverão ser atendidas e seguidas rigorosamente 
pelos professores e alunos, visando padronizar os procedimentos 
administrativos e pedagógicos dos trabalhos de conclusão de curso dentro da 
Instituição. 
 
3.1. TCC-I 
 
 O aluno deve escolher um tema no TCC-I que continuará no TCC-II 
sendo desenvolvido, sob orientação do professor orientador; 
 O professor de TCC-I será o orientador do processo de elaboração do 
projeto de pesquisa. Seu foco deverá ser a construção do projeto; 
 O trabalho de TCC-I deve estar de acordo com as normas da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) aplicáveis à elaboração de 
projetos de pesquisa; 
 
 O aluno é obrigado a cumprir no mínimo 75% (setenta e cinco por cento) 
da carga horária presencial referente à disciplina de TCC-I ofertadas 
pela Instituição. 
 
3.2. TCC-II 
 
 O professor de TCC-II será o orientador do processo de execução do 
projeto de pesquisa que culminará na elaboração do artigo científico. 
Seu foco deverá ser o acompanhamento da execução da pesquisa e 
elaboração do artigo; 
 O professor de TCC-II será considerado corresponsável pelo trabalho e 
responderá juntamente com o aluno pela execução e qualidade 
acadêmica do trabalho de conclusão de curso; 
 No processo de orientação o aluno deve solicitar do professor material 
de apoio para realização do trabalho; 
 Os encontros de orientação deverão ser presenciais de acordo com 
agenda pré-estabelecida entre professor e aluno, não sendo 
consideradas orientações formais aquelas realizadas por e-mail, web-
conferência, telefone, ou outros meios de comunicação; 
 As orientações formais mediante os encontros presenciais serão 
registradas em formulário padrão e entregues mensalmente à 
coordenação do TCC (ver modelo padrão em anexo); 
 Os encontros de orientação serão computados como frequência, onde o 
aluno deverá participar no mínimo de 75% das atividades; 
 O aluno deverá participar da orientação sempre munido das questões e 
dúvidas a serem tratadas com o orientador, ou seja, não deverá 
participar dos encontros de orientação sem estar preparado; 
 Caso o processo de orientação não se realize por ausência, falta de 
comprometimento, impossibilidade do orientador ou orientando, ou 
quaisquer outras razões a parte prejudicada deverá informar por escrito 
à Coordenação de TCC os fatos ocorridos para que este tome 
providências e evite problemas de continuidade do processo; 
 Cada professor orientador poderá no máximo orientar 10 trabalhos; 
 
 Cada professor orientador poderá distribuir as horas de orientação como 
desejar sempre combinando com o aluno; 
 O trabalho de TCC-II deverá estar de acordo com as normas da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) aplicáveis à elaboração de 
artigos científicos. 
 
 
 
3.3.A Escrita Científica 
 
Apesar de existirem normas que visam estabelecer regras gerais para 
“se fazer ciência”, a escrita científica deve contar com o “estilo” do autor. 
Apesar da linguagem adotada ter que ser predominantemente formal, 
conferindo certa uniformidade ao texto acadêmico, há espaço para que o 
estudante incorpore o seu estilo própria de escrita. O pesquisador deve ter 
curiosidade sobre o que já foi publicado sobre o tema que está investigando. 
 
_____________________ 
 Fonte: http://www.comofazerumtcc.net.br/como-elaborar-um-tcc/ 
Deve ter também o desejo de aprender para visualizar o tema sob 
diferentes perspectivas. Não lhe pode faltar confiança em si próprio ao mesmo 
tempo em que deve exercitar sempre a sua capacidade de se autojulgar e 
aceitar críticas. Na graduação e na especialização, as modalidades de texto 
científico para a avaliação acadêmica costumam ser projeto de pesquisa, artigo 
e monografia. 
No mestrado, a modalidade é a dissertação, enquanto que o Doutorado, 
a de tese. Esses diferentes modalidades de texto visam verificar a capacidade 
do estudante em identificar, raciocinar e concluir um problema na sua área de 
estudo. Seja na categoria de projeto de pesquisa, monografia, artigo, 
dissertação ou tese, o texto produzido deve ser objetivo, claro, conciso, contar 
com coerência interna, correção gramatical e ser escrito em linguagem 
adequada. 
Ao apresentar uma linguagem clara, o texto não deixa margem para 
ambiguidades. Para tanto, é bom evitar o rebuscamento e excesso de termos 
que compliquem a compreensão da mensagem que se deseja passar. Para a 
configuração de um texto objetivo é bom evitar a construção de frases longas. 
A utilização de períodos mais curtos permite tratar as questões de maneira 
mais direta e simples. 
Tendo por base a necessidade de se utilizar a linguagem adequada, é 
importante não misturar os tempos de verbos nem os pronomes pessoais. 
Recomenda-se que empregue mais frequentemente uma forma mais 
impessoal, utilizando-se da voz passiva. Por exemplo: “parte-se do pressuposto 
de que...”. O Projeto de Pesquisa consiste em uma sistematização de uma 
pesquisa que ainda será realizada. Dessa forma, o tempo verbal recomendado 
é o futuro uma vez que indica uma intenção ainda a ser realizada. 
 
 
3.4. Orientações Para Elaboração Do Projeto De Pesquisa 
 
O pressuposto essencial para elaboração de um Artigo Científico inicia- 
se com a elaboração de um projeto de pesquisa. É impossível uma pesquisa 
sem que se faça antes o seu projeto que consiste no planejamento das 
diversas etapas a serem seguidas com a definição da metodologia a ser 
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1 
 
empregada ao longo da pesquisa. Os modelos dos projetos variam, mas 
essencialmente eles devem conter os seguintes elementos: 
 
Delimitação do Tema 
O resultado de uma pesquisa depende da adequada escolha do tema, 
ou seja, o problema a ser investigado. Um bom tema é aquele sobre o qual há 
fontes acessíveis aos interesses teóricos do pesquisador. O pesquisador 
precisa demonstra um razoável grau de curiosidade, dispor de condições para 
alcançar amplitude e profundidade do problema, considerar a relevância do 
conteúdo abordado, bem como, avaliar o tempo que será disponibilizado para a 
realização da pesquisa. 
A delimitação do tema também chamada de problema ou situação-
problema consiste na indicação, de modo breve (no máximo 20 linhas), do 
assunto a ser pesquisado. Além de breve, esta indicação deve ser clara e 
precisa, tanto para o pesquisador quanto para o leitor. 
Uma delimitação deve ser a mais específica possível, definindo 
claramente o campo do conhecimento a que pertence o assunto, bem como o 
lugar e o período de tempo considerado na abordagem de estudo. 
 
Objetivos (geral e específicos) 
É a espinha dorsal do projeto de pesquisa. O objetivo geral demonstra o 
que se pretende conseguir como resultado no final da investigação. Os 
objetivos específicos são objetivos intermediários necessários para se alcançar 
ao final da pesquisa o objetivo geral. O enunciado dos objetivos deve iniciar 
sempre por um verbo no infinitivo exprimindo uma ação precisa ser executada 
na pesquisa. Exemplos: estudar, analisar, questionar, comparar, introduzir, 
elucidar, explicar, discutir, apresentar, verificar, identificar, descrever, etc. 
 
Hipóteses 
É uma proposição que se faz na tentativa de verificar as possíveis 
respostas existentes para um problema de pesquisa. É uma suposição que 
antecede a constatação dos fatos sendo uma formulação provisória. Deve ser 
testada para que a sua validade seja determinada. Correta ou errada, de 
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2 
 
acordo ou contrária ao senso comum, a hipótese sempre conduz a uma 
verificação prática. 
Portanto, a hipótese é uma resposta antecipada, suposta, provável e 
provisória que o pesquisador levanta e que funciona como um guia para os 
passos seguintes do projeto e para o percurso da pesquisa. Pode ser 
confirmada ou não ao final da pesquisa, precisando ser testada para 
verificação de sua validade. 
 
Justificativa 
O pesquisador procura demonstra o valor do seu objeto de estudo. Para 
tanto, destacará a relevância do assunto, tanto em termos acadêmicos quanto 
nos seus aspectos de utilidade social, mostrará a viabilidade do tema enquanto 
objeto de pesquisa e indicará as razões de ordem pessoal que o levaram a 
eleger este tópico do conhecimento. Deve ser redigida a partir das seguintes 
perguntas: 
 O que esta pesquisa pode acrescentar à ciência onde se inscreve? 
(Relevância Científica); 
 Que benefício pode trazer a comunidade com a divulgação dos 
resultados? (Relevância Social); 
 O que levou o pesquisador a se interessar e, por fim, escolher por este 
tema? (Interesse). 
 
Referencial teórico 
Parte principal e mais extensa da pesquisa. Deve conter a 
fundamentação teórica (usar os conceitos essenciais da teoria que visam 
explicar ou esclarecer o problema de pesquisa). Usar tópicos e subtópicos para 
fundamentar a pesquisa. 
Fazer uso de citações diretas longas e curtas e citações indiretas, para reforçar 
e fundamentar as ideias apresentadas. 
 
Metodologia 
Deve-se explicar o(s) método(s) que serão adotados na pesquisa do 
TCC, indicando também a forma de coleta de dados. Quando o objeto do 
estudo está bem definido e bem elaborado já deixa transparente para o 
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3 
 
pesquisador quais os métodos que deverão ser utilizados e o instrumento de 
coleta de dados mais adequado. É bom lembrar que não existe um único 
método. O método mais apropriado deve estar coerente com a maneira como o 
problema foi formulado, com os objetivos definidos, considerando as limitações 
práticas de tempo, custo e dados disponíveis. 
É normal que se explore, na fase inicial de elaboração do projeto, o 
ambiente a ser pesquisado para se identificar mais claramente o problema, 
com a adoção de uma postura de ouvir o que o público alvo da pesquisa tem a 
dizer, sem que isso possa influenciar os respondentes ou o processo da 
pesquisa que está em andamento. Em uma fase seguinte, buscar-se-á medir 
os fatos de forma mais sistemática. 
Deve-se também, definir a natureza da pesquisa (abordagem), cujos 
modelos básicos são: 
 Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável ou 
traduzido em números para posteriormente classificar e analisar. É muito 
comum neste tipo de abordagem o uso de métodos estatísticos 
(percentagem, média, mediana, desvio padrão, coeficiente de 
correlação, análise de regressão, análise de variância, etc.). Na coleta 
de dados quantitativos utilizam-se instrumentos que buscam a 
mensuração da realidade observada como objeto de investigação. 
 Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relaçãodinâmica entre o 
mundo real e aquilo que está sendo estudado a partir do pressuposto de 
que há um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a sua 
subjetividade, que não pode ser traduzido em números. Ou seja: 
o A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são 
essenciais no processo de pesquisa qualitativa; 
o Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas, mas pode 
usá-los apenas como suporte; 
o O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o 
pesquisador é o instrumento chave nesse processo; 
Os instrumentos comuns de coleta de dados da pesquisa qualitativa são: 
a observação participante, a entrevista, o questionário, o estudo de caso e os 
grupos focais. Detalhar os procedimentos metodológicos significa justificar os 
caminhos que orientam e dão suporte ao estudo: 
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4 
 
 Tipo de pesquisa (natureza e método); 
 Escolha do local da pesquisa; 
 Escolha da categoria a ser pesquisa; 
 Estabelecimento dos critérios de amostragem; 
 Definição dos instrumentos e procedimentos para coleta de dados. 
 Definição do método de análise dos dados. 
De acordo com procedimentos técnicos existem três Tipos de Pesquisa 
Científica que são: 
 Pesquisa Bibliográfica: elaborada a partir de material já publicado: 
livros, artigos de periódicos e internet (trabalhos científicos online). 
 Pesquisa Descritiva ou Exploratória: visa descrever as características 
de determinada população ou fenômeno ou relações entre variáveis. 
Exige o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados. 
 Pesquisa Experimental: busca identificar fatores que determinam ou 
contribuem para a ocorrência de determinados fenômenos. Requer o 
uso de métodos experimentais em condições controladas pelo 
pesquisador. 
 
Cronograma 
Consiste em relacionar as atividades ao tempo disponível, ou seja, 
planejar o tempo em função das atividades previstas para a conclusão do 
trabalho proposto. 
 
Orçamento (opcional): 
Quando for necessário devem ser especificados os recursos humanos e 
materiais indispensáveis para a realização do projeto com uma estimativa dos 
custos. 
 
Referências: 
Conter uma lista ordenada de todas as obras citadas no artigo. 
Obedecer as Normas da ABNT. 
 
 
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5 
 
 
3.5. Características Da Pesquisa Científica 
 
A pesquisa científica é uma atividade humana, cujo objetivo é conhecer 
e explicar os fenômenos, fornecendo respostas às questões significativas para 
a compreensão da natureza. Para essa tarefa, o pesquisador utiliza o 
conhecimento anterior acumulado e manipula cuidadosamente os diferentes 
métodos e técnicas para obter resultado pertinente às suas indagações. 
Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 157), em referência a Ander-Egg (1978, 
p. 28), a pesquisa é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e 
crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em 
qualquer campo do conhecimento”. 
Esse procedimento fornece ao investigador um caminho para o 
conhecimento da realidade ou de verdades parciais. O termo “pesquisa” por 
vezes é usado indiscriminadamente, confundindo-se com uma simples 
indagação, procura de dados ou certos tipos de abordagens exploratórias. 
___________________ 
Fonte: http://www.uema.br/2014/02/acadmicos-do-darcy-ribeiro-recebem-segunda-orientao-de-tcc/ 
____________________ Grupo ITEG Educação a Distância ________________ 
6 
 
A pesquisa, como atividade científica completa, é mais do que isso, pois 
percorre, desde a formulação do problema até a apresentação dos resultados, 
a seguinte sequência de fases: 
a) Preparação da pesquisa: seleção, definição e delimitação do tópico ou 
problema a ser investigado; planejamento de aspectos logísticos para a 
realização da pesquisa; formulação de hipóteses e construção de 
variáveis; 
b) Trabalho de campo (coleta de dados); 
c) Processamento dos dados (sistematização e classificação dos dados); 
d) Análise e interpretação dos dados; 
e) Elaboração do relatório da pesquisa. 
Seja qual for a natureza de um trabalho científico, ele precisa preencher 
algumas características, para ser considerado como tal. Assim, um estudo é 
realmente científico quando: 
a) Discute ideias e fatos relevantes relacionados a determinado assunto, a 
partir de um marco teórico bem-fundamentado; 
b) O assunto tratado é reconhecível e claro, tanto para o autor quanto para 
os leitores; 
c) Tem alguma utilidade, seja para a ciência, seja para a comunidade; 
d) Demonstra, por parte do autor, o domínio do assunto escolhido e a 
capacidade de sistematização, recriação e crítica do material coletado; 
e) Diz algo que ainda não foi dito; 
f) Indicam com clareza os procedimentos utilizados, especialmente as 
hipóteses (que devem ser específicas, plausíveis, relacionadas com uma 
teoria e conter referências empíricas) com que trabalhamos na pesquisa; 
g) Fornece elementos que permitam verificar, para aceitar ou contestar, as 
conclusões a que chegou; 
h) Documenta com rigor os dados fornecidos, de modo a permitir a clara 
identificação das fontes utilizadas; 
i) A comunicação dos dados é organizada de modo lógico, seja dedutiva, 
seja indutivamente; 
Após o balanço crítico preliminar das condições ora mencionadas, a 
pesquisa pode ter início desenvolvendo-se através das etapas que mais 
adiante serão enumeradas. 
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7 
 
 
3.6. Classificação Das Pesquisas 
 
A Pesquisa Científica visa a conhecer cientificamente um ou mais 
aspectos de determinado assunto. Para tanto, deve ser sistemática, metódica e 
crítica. O produto da pesquisa científica deve contribuir para o avanço do 
conhecimento humano. Na vida acadêmica, a pesquisa é um exercício que 
permite despertar o espírito de investigação diante dos trabalhos e problemas 
sugeridos ou propostos pelos professores e orientadores. 
Destacamos que “o planejamento de uma pesquisa depende tanto do 
problema a ser estudado, da sua natureza e situação espaço-temporal em que 
se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do pesquisador.” 
(KÖCHE, 2007, p. 122). Isso significa que podem existir vários tipos de 
pesquisa. Cada tipo possui, além do núcleo comum de procedimentos, suas 
peculiaridades próprias. A seguir, serão caracterizados a pesquisa bibliográfica, 
a experimental e os vários tipos de pesquisa descritiva. 
 
 
Do ponto de vista da sua natureza 
A pesquisa, sob o ponto de vista da sua natureza, pode ser: 
 Pesquisa básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o 
avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e 
interesses universais; 
__________________ 
Fonte: adaptado de Silva (2004) 
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8 
 
 Pesquisa aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática 
dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e 
interesses locais. 
 
Do ponto de vista de seus objetivos 
A pesquisa, sob o ponto de vista de seus objetivos, pode ser: 
Pesquisa exploratória: quando a pesquisa se encontra na fase 
preliminar, tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto 
que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, 
facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a 
formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o 
assunto. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de 
caso. A pesquisa exploratória possui planejamento flexível, o que permite o 
estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos. Em geral, envolve: 
o Levantamento bibliográfico; 
o Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o 
problema pesquisado; 
o Análise de exemplosque estimulem a compreensão. 
Pesquisa descritiva: quando o pesquisador apenas registra e descreve 
os fatos observados sem interferir neles. Visa a descrever as características de 
determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre 
variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: 
questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de 
Levantamento. 
Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordenada os, sem manipula os, 
isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com 
que um fato ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com 
outros fatos. Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas, 
dentre as quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e 
a observação. 
A diferença entre a pesquisa experimental e a pesquisa descritiva é que 
esta procura classificar, explicar e interpretar fatos que ocorrem, enquanto a 
pesquisa experimental pretende demonstrar o modo ou as causas pelas quais 
um fato é produzido. Nas pesquisas descritivas, os fatos são observados, 
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9 
 
registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador 
interfira sobre eles, ou seja, os fenômenos do mundo físico e humano são 
estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador. 
Incluem-se, entre as pesquisas descritivas, a maioria daquelas 
desenvolvidas nas ciências humanas e sociais, como as pesquisas de opinião, 
mercadológicas, os levantamentos socioeconômicos e psicossociais. Podemos 
citar, como exemplo, aquelas que têm por objetivo estudar as características de 
um grupo: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, 
estado de saúde física e mental; as que se propõem a estudar o nível de 
atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de 
habitação de seus moradores, o índice de criminalidade; as que têm por 
objetivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população, bem como 
descobrir a existência de associações entre variáveis, por exemplo, as 
pesquisas eleitorais, que indicam a relação entre preferência político partidária 
e nível de rendimentos e/ou escolaridade. 
Uma das características mais significativas das pesquisas descritivas é a 
utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, como o questionário e 
a observação sistemática. As pesquisas descritivas são, juntamente com as 
pesquisas exploratórias, as que habitualmente realizam os pesquisadores 
sociais preocupados com a atuação prática. Em sua forma mais simples, as 
pesquisas descritivas aproximam-se das exploratórias, quando proporcionam 
uma nova visão do problema. 
Em outros casos, quando ultrapassam a identificação das relações entre 
as variáveis, procurando estabelecer a natureza dessas relações, aproximam-
se das pesquisas explicativas. 
Pesquisa explicativa: quando o pesquisador procura explicar os 
porquês das coisas e suas causas, por meio do registro, da análise, da 
classificação e da interpretação dos fenômenos observados. Visa a identificar 
os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos; 
“aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das 
coisas.” (GIL, 2010, p. 28). 
Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método 
experimental e, nas ciências sociais, requer o uso do método observacional. 
Assume, em geral, as formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex-post-
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10 
 
facto. As pesquisas explicativas são mais complexas, pois, além de registrar, 
analisar, classificar e interpretar os fenômenos estudados tem como 
preocupação central identificar seus fatores determinantes. 
Esse tipo de pesquisa é o que mais aprofunda o conhecimento da 
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas e, por esse motivo, está 
mais sujeita a erros. A maioria das pesquisas explicativas utiliza o método 
experimental, que possibilita a manipulação e o controle das variáveis, no 
intuito de identificar qual a variável independente que determina a causa da 
variável dependente, ou o fenômeno em estudo. 
Nas ciências sociais, a aplicação desse método reveste-se de 
dificuldades, razão pela qual recorremos a outros métodos, sobretudo, ao 
observacional. Nem sempre é possível realizar pesquisas rigorosamente 
explicativas em ciências sociais, mas, em algumas áreas, sobretudo na 
psicologia, as pesquisas revestem-se de elevado grau de controle, sendo 
denominadas de pesquisas “quase experimentais”. As pesquisas explicativas, 
em sua maioria, podem ser classificadas como experimentais (temos um 
experimento que se realiza depois do fato). 
A pesquisa explicativa apresenta como objetivo primordial a necessidade 
de aprofundamento da realidade, por meio da manipulação e do controle de 
variáveis, com o escopo de identificar qual a variável independente ou aquela 
que determina a causa da variável dependente do fenômeno em estudo para, 
em seguida, estudá-lo em profundidade. 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos Quanto aos 
procedimentos técnicos, ou seja, a maneira pela qual obtemos os dados 
necessários para a elaboração da pesquisa, torna-se necessário traçar um 
modelo conceitual e operativo dessa, denominado de design, que pode ser 
traduzido como delineamento, uma vez que expressa as ideias de modelo, 
sinopse e plano. 
O delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua 
dimensão mais ampla, envolvendo diagramação, previsão de análise e 
interpretação de coleta de dados, considerando o ambiente em que são 
coletados e as formas de controle das variáveis envolvidas. O elemento mais 
importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado 
para a coleta de dados. Assim, podem ser definidos dois grandes grupos de 
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delineamentos: aqueles que se valem das chamadas fontes de papel (pesquisa 
bibliográfica e pesquisa documental) e aqueles cujos dados são fornecidos por 
pessoas (pesquisa experimental, pesquisa ex-postfacto, o levantamento, o 
estudo de caso, a pesquisa-ação e a pesquisa participante). 
Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já 
publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em 
periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, 
teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador 
em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Em 
relação aos dados coletados na internet, devemos atentar à confiabilidade e 
fidelidade das fontes consultadas eletronicamente. Na pesquisa bibliográfica, é 
importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, 
observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam 
apresentar. 
Os dados bibliográficos são registrados em fichas documentais ou em 
arquivos (pastas) na memória do computador, distinguindo-se os mais 
significativos. Em seguida, o pesquisador organiza a redação provisória do 
trabalho (independente do tipo, nível ou da natureza), colocando em ordem os 
dados obtidos, a partir da preparação de um pré-sumário. Convém lembrar que 
o texto deve ser redigido para ser entendido tanto pelo leitor visado 
(orientador/banca) quanto pelo público em geral, utilizando-se citações que 
sustentem as afirmações, atentando às normas formais de apresentação de 
trabalho acadêmico e aos princípios de comunicação e expressão da língua 
portuguesa. 
Para a coleta dessas fontes, empregamos a técnica de fichamento. 
Pesquisa documental: a pesquisa documental, devido a suas características, 
pode ser confundida com a pesquisa bibliográfica. Gil (2008) destaca como 
principal diferença entre essestipos de pesquisa a natureza das fontes de 
ambas as pesquisas. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza 
fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre determinado 
assunto, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam 
ainda um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com 
os objetivos da pesquisa. 
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12 
 
Assim como a maioria das tipologias, a pesquisa documental pode 
integrar o rol de pesquisas utilizadas em um mesmo estudo ou se caracterizar 
como o único delineamento utilizado para tal (BEUREN, 2006). A utilização da 
pesquisa documental é destacada no momento em que podemos organizar 
informações que se encontram dispersas, conferindo-lhe uma nova importância 
como fonte de consulta. 
Nessa tipologia de pesquisa, os documentos são classificados em dois 
tipos principais: fontes de primeira mão e fontes de segunda mão. Gil (2008) 
define os documentos de primeira mão como os que não receberam qualquer 
tratamento analítico, como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, 
contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc. 
Os documentos de segunda mão são os que, de alguma forma, já foram 
analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas 
estatísticas, entre outros. Entendemos por documento qualquer registro que 
possa ser usado como fonte de informação, por meio de investigação, que 
engloba: observação (crítica dos dados na obra); leitura (crítica da garantia, da 
interpretação e do valor interno da obra); reflexão (crítica do processo e do 
conteúdo da obra); crítica (juízo fundamentado sobre o valor do material 
utilizável para o trabalho científico). 
Todo documento deve passar por uma avaliação crítica por parte do 
pesquisador, que levará em consideração seus aspectos internos e externos. 
No caso da crítica externa, serão avaliadas suas garantias e o valor de seu 
conteúdo. Normalmente, ela é aplicada apenas às fontes primárias e 
compreende a crítica do texto, da autenticidade e da origem. Pode ser: - Crítica 
do texto: verifica se o texto é autógrafo (escrito pela mão do autor). 
Trata-se de um rascunho? É original? Cópia de primeira ou de segunda 
mão? - Crítica de autenticidade: procura determinar quem é o autor, o tempo e 
as circunstâncias da composição. Podemos utilizar testemunhos externos ou 
analisar a obra internamente para descobrirmos sua data. - Crítica da origem: 
investiga a origem do texto em análise, já que ela fundamenta a garantia da 
autenticidade. Os locais de pesquisa, os tipos e a utilização de documentos 
podem ser: 
 Arquivos públicos (municipais, estaduais e nacionais); 
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13 
 
 Documentos oficiais: anuários, editoriais, ordens régias, leis, atas, 
relatórios, ofícios, correspondências, panfletos etc.; 
 Documentos jurídicos: testamentos post mortem, inventários e todos os 
materiais oriundos de cartórios 
 Coleções particulares: ofícios, correspondências, autobiografias, 
memórias etc.; iconografia: imagens, quadros, monumentos, fotografias 
etc.; 
 Materiais cartográficos: mapas, plantas etc.; 
 Arquivos particulares (instituições privadas ou domicílios particulares): 
igrejas, bancos, indústrias, sindicatos, partidos políticos, escolas, 
residências, hospitais, agências de serviço social, entidades de classe 
etc.; 
 Documentos eclesiásticos, financeiros, empresariais, trabalhistas, 
educacionais, memórias, fotografias, diários, autobiografias etc. 
Pesquisa experimental: quando determinamos um objeto de estudo, 
selecionamos as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definimos as 
formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no 
objeto. Portanto, na pesquisa experimental, o pesquisador procura refazer as 
condições de um fato a ser estudado, para observá-lo sob controle. 
Para tal, ele se utiliza de local apropriado, aparelhos e instrumentos de 
precisão, a fim de demonstrar o modo ou as causas pelas quais um fato é 
produzido, proporcionando, assim, o estudo de suas causas e seus efeitos. A 
pesquisa experimental é mais frequente nas ciências tecnológicas e nas 
ciências biológicas. Tem como objetivo demonstrar como e por que 
determinado fato é produzido. 
A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as 
variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a 
manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e 
os efeitos de determinado fenômeno. Através da criação de situações de 
controle, procuramos evitar a interferência de variáveis intervenientes. 
Interferimos diretamente na realidade, manipulando a variável independente, a 
fim de observar o que acontece com a dependente. 
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14 
 
A pesquisa experimental estuda, portanto, a relação entre fenômenos, 
procurando saber se um é a causa do outro. Outro aspecto importante é a 
diferença entre pesquisa experimental e pesquisa de laboratório. Embora o 
experimento predomine no laboratório, é possível utilizá-lo também nas 
ciências humanas e sociais. Nesse caso, o pesquisador faz seu experimento 
em campo. 
Levantamento (survey): esse tipo de pesquisa ocorre quando envolve a 
interrogação direta das pessoas cujo comportamento desejamos conhecer 
através de algum tipo de questionário. Em geral, procedemos à solicitação de 
informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado 
para, em seguida, mediante análise quantitativa, obtermos as conclusões 
correspondentes aos dados coletados. 
Pesquisa de campo: pesquisa de campo é aquela utilizada com o 
objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema 
para o qual procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que queiramos 
comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. 
Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem 
espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de 
variáveis que presumimos relevantes, para analisá-los. 
As fases da pesquisa de campo requerem, em primeiro lugar, a 
realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão. Ela servirá, 
como primeiro passo, para sabermos em que estado se encontra atualmente o 
problema, que trabalhos já foram realizados a respeito e quais são as opiniões 
reinantes sobre o assunto. 
Como segundo passo, permitirá que estabeleçamos um modelo teórico 
inicial de referência, da mesma forma que auxiliará na determinação das 
variáveis e na elaboração do plano geral da pesquisa. Em segundo lugar, de 
acordo com a natureza da pesquisa, determinamos as técnicas que serão 
empregadas na coleta de dados e na definição da amostra, que deverá ser 
representativa e suficiente para apoiar as conclusões. Por último, antes que 
realizemos a coleta de dados, é preciso estabelecer as técnicas de registro 
desses dados como também as técnicas que serão utilizadas em sua análise 
posterior. 
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15 
 
Os estudos de campo apresentam muitas semelhanças com os 
levantamentos. Distinguem-se destes, porém, em relação principalmente a dois 
aspectos. “Primeiramente, os levantamentos procuram ser representativos de 
um universo definido e fornecer resultados caracterizados pela precisão 
estatística” (GIL, 2008, p. 57). 
Em relação aos estudos de campo, “procuram muito mais o 
aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das 
características da população segundo determinadas variáveis.” (GIL, 2008, p. 
57). Como consequência, o planejamento do estudo de campo apresenta muito 
mais flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam 
reformulados ao longo do processo de pesquisa. Outradistinção é a de que, no 
estudo de campo, estudamos um único grupo ou uma comunidade em termos 
de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a interação de seus componentes. 
Assim, “o estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de observação 
do que de interrogação.” (GIL, 2008, p. 57). Como qualquer outro tipo de 
pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico. Exige também a 
determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza do 
tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e 
a análise. 
Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, 
a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem 
predominantemente quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a 
abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição 
factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social. 
Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um 
ou poucos objetos de maneira que permita o seu amplo e detalhado 
conhecimento (YIN, 2001). O estudo de caso possui uma metodologia de 
pesquisa classificada como Aplicada, na qual se busca a aplicação prática de 
conhecimentos para a solução de problemas sociais (BOAVENTURA, 2004). 
Gil (2008) complementa afirmando que as pesquisas com esse tipo de 
natureza estão voltadas mais para a aplicação imediata de conhecimentos em 
uma realidade circunstancial, relevando o desenvolvimento de teorias. 
O estudo de caso consiste em coletar e analisar informações sobre 
determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de 
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16 
 
estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa. 
É um tipo de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa, entendido como uma 
categoria de investigação que tem como objeto o estudo de uma unidade de 
forma aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas, 
de uma comunidade etc. São necessários alguns requisitos básicos para sua 
realização, entre os quais, severidade, objetivação, originalidade e coerência. 
O estudo de caso refere-se ao estudo minucioso e profundo de um ou 
mais objetos (YIN, 2001). Pode permitir novas descobertas de aspectos que 
não foram previstos inicialmente. De acordo com Schramm (apud YIN, 2001), a 
essência do estudo de caso é tentar esclarecer uma decisão, ou um conjunto 
de decisões, seus motivos, implementações e resultados. 
Gil (2010, p. 37) afirma que o estudo de caso “consiste no estudo 
profundo e exaustivo de um ou mais objetos, de maneira que permita seu 
amplo e detalhado conhecimento.” Define-se, também, um estudo de caso da 
seguinte maneira: “[...] é uma estratégia de pesquisa que busca examinar um 
fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto. [...] Igualmente, estudos de 
caso diferem do método histórico, por se referirem ao presente e não ao 
passado.”. 
(YIN, 1981 apud ROESCH, 1999, p. 155). Este busca estudar um objeto 
com maior precisão, por exemplo: análise de casos sobre viabilidade 
econômico-financeira de investimentos, de um novo negócio, de um novo 
empreendimento. Por lidar com fatos/fenômenos normalmente isolados, o 
estudo de caso exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade 
de observação (‘olho clínico’), além de parcimônia (moderação) quanto à 
generalização dos resultados. 
De acordo com Yin (2001, p. 32), “um estudo de caso é uma 
investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de 
seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e 
contexto não estão claramente definidos.” Dito de outra forma, podemos utilizar 
o procedimento técnico estudo de caso quando deliberadamente quisermos 
trabalhar com condições contextuais acreditando que elas seriam significativas 
e pertinentes ao fenômeno estudado (YIN, 2001). 
Exemplificamos uma primeira possibilidade: uma testagem e/ou 
experimento podem deliberadamente separar um fenômeno de seu contexto, 
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17 
 
da maneira que se torna possível dedicar algum espaço e atenção para apenas 
algumas variáveis, visto que, de forma geral, o contexto é “controlado” pelo 
ambiente de laboratório. 
Também, como uma segunda possibilidade, destacamos algumas 
particularidades de estudos envolvendo fenômeno e contexto que “não são 
sempre discerníveis em situações da vida real” (YIN, 2001, p. 32), o que 
demandaria “um conjunto de outras características técnicas, como a coleta de 
dados e as estratégias de análise de dados.” (YIN, 2001, p. 32). Nessa 
segunda possibilidade, poderíamos enquadrar como estudos de caso, por 
exemplo, experimento psicológico, levantamento empresarial, análise 
econômica (viabilidade financeira etc.). 
Para esses casos mencionados, e outros similares, podemos inferir que 
esses se coadunariam mais especificamente como pesquisa indutiva (vide 
Método indutivo, seção 2.4.1.2), pois o estudo de caso único é utilizado como 
introdução a um estudo mais apurado ou, ainda, como caso-piloto para a 
investigação. Martins (2006, p. 11) ressalta que “como estratégia de pesquisa, 
um Estudo de Caso, independentemente de qualquer tipologia, orientará a 
busca de explicações e interpretações convincentes para situações que 
envolvam fenômenos sociais complexos”, e, também, a elaboração “de uma 
teoria explicativa do caso que possibilite condições para se fazerem inferências 
analíticas sobre proposições constatadas no estudo e outros conhecimentos 
encontrados.” (MARTINS, 2006, p. 12). 
 
4. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) 
 
Algumas normas devem ser seguidas para a estruturação e a escrita de 
um trabalho científico. Essas normas são estabelecidas pela Associação 
Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Algumas dessas normas tratam da 
construção de citações diretas e citações indiretas. Um texto deve conter em 
seu corpo, citações diretas e indiretas de outros autores para respaldar 
teoricamente as perspectivas tratadas no trabalho acadêmico. 
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Concluída a etapa da elaboração do projeto de pesquisa (planejamento 
do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC), o aluno executará o trabalho cujos 
resultados irão constituir o artigo científico. 
Artigo Científico é um trabalho realizado por um ou mais pesquisadores, 
sob a orientação ou não de um orientador, que visa relatar uma pesquisa 
científica com a utilização de processos bibliográficos ou de campo, redigida 
originalmente, ou constituindo uma síntese de um trabalho maior e mais 
elaborado. 
Segundo a norma NBR 6022 (ABNT, 2003), um artigo científico é parte 
de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, 
métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do 
conhecimento. Um artigo científico segue os mesmos passos de um trabalho 
monográfico para sua elaboração, sendo, porém, redigido com um formato 
diferenciado e num tamanho menor que as monografias. Segundo a NBR 6022 
(ABNT, 2003), o artigo possui sua estrutura de apresentação da seguinte 
forma: 
 
4.1. Citações Diretas 
 
Citações diretas são trechos transpostos para o texto tal como se 
apresentam na fonte. O estudante, por exemplo, lê um livro e retira uma parte 
desse material e o adiciona ao seu próprio texto exatamente como estava na 
fonte original. 
Citações diretas curtas (até 3 linhas) devem estar integradas no 
parágrafo normalmente. A única diferença do restante do texto será que essas 
citações estarão entre aspas. Exemplo de citação direta curta: 
“entender a política social no Brasil é conhecer as diversas 
transformações histórico-estruturais que o Estado atravessa ao longo de sua 
existência”. 
Citações diretas longas (mais de 3 linhas)devem estar destacadas do 
restante dos parágrafos, recuada 4 centímetros à direita, com espaçamento 
simples, fonte 10, justificada. 
No caso de citação direta, independente de ser curta ou longa, deve-se 
indicar no corpo do texto a fonte de onde ele foi retirado. A forma de fazer essa 
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19 
 
referência é indicando entre parênteses o sobrenome do autor do livro em 
caixa alta, seguido do ano do livro e da página de onde foi retirada a citação. 
Tudo deve ser separado por vírgula. 
Ex:(SOBRENOME DO AUTOR DO LIVRO, ano da obra, página). 
Exemplo de uma referência para citação direta curta no decorrer do 
texto: 
“entender a política social no Brasil é conhecer as diversas 
transformações histórico-estruturais que o Estado atravessa ao longo de sua 
existência” (LIMA, 1982, p.21). 
Mas ao iniciar o parágrafo com o sobrenome do autor, pode-se indicar 
entre parênteses apenas o ano e a página da obra utilizada; Ex: Segundo Lima 
(1982, p.21) “entender a política social no Brasil é conhecer as diversas 
transformações histórico-estruturais que o Estado atravessa ao longo de sua 
existência”. 
 
4.2. Citações Indiretas 
 
Citação indireta é aquela em que o sentido do texto original utilizado 
como base é mantido, no entanto, é escrito com outras palavras. O estudante 
lê uma obra e coloca com suas palavras as ideias contidas em tal obra. No 
caso em que a citação indireta é utilizada, a referência é feita indicando entre 
parênteses penas o sobrenome do autor em caixa alta e o ano da obra. 
Também é possível indicar entre parênteses apenas o ano da obra 
quando o nome do autor já está mencionado no decorrer do parágrafo. 
Exemplos de citações indiretas: 
 A compreensão da política brasileira passa pela compreensão das 
transformações ocorridas com o Estado brasileiro no decorrer dos anos. 
(LIMA, 1982). 
 Segundo Lima (1982) a compreensão da política brasileira passa pela 
compreensão das transformações ocorridas com o Estado brasileiro no 
decorrer dos anos. 
 
 
 
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20 
 
4.3. Estrutura Do Projeto De Pesquisa 
 
 Capa 
 Folha de rosto 
 Sumário 
 Apresentação 
 Tema/Problema 
 Objetivos 
 Justificativa 
 Revisão da Literatura/ Recorte Teórico/ 
 Fundamentação Teórica 
 Metodologia 
 Cronograma 
 Referencial Bibliográfico 
 
1- Apresentação: apesar de ser o primeiro elemento textual é o último 
item a ser redigido no projeto. A apresentação funciona como uma visão geral 
do que é proposto no projeto. Responde no texto questões como: 
 Qual o objetivo do projeto? 
 Qual o problema que foi levantado? 
 Qual a metodologia está sendo desenvolvida? 
 Que contribuições a pesquisa traz? 
 
2- Tema/Problema: em 2 ou 3 parágrafos apresenta-se exatamente o 
que se vai pesquisar. Um dos parágrafos deve ser produzido em forma de 
pergunta. Essa pergunta é o problema de pesquisa e será o elemento que irá 
nortear a investigação, pois a pesquisa tentará responder a tal pergunta. 
 Os outros dois parágrafos situam o leitor a respeito to tema em torno 
desse problema de pesquisa. 
Exemplos de perguntas de pesquisa: 
 Como é feito o descarte de resíduos na construção de edifícios em 
Goiânia? 
 Quais as principais patologias que afetam a 
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21 
 
 construção de edifícios? 
 Quais as principais técnicas de reaproveitamento dos resíduos na 
construção de edifícios? 
 
3- Objetivos: se dividem em dois subtópicos. 
 Objetivo Geral: definir, de modo geral, o que se pretende alcançar com a 
abrangência da pesquisa. 
 Objetivos específicos: elencar separadamente cada objetivo específico, 
ou seja, cada ação que será realizada para responder a pergunta de 
pesquisa. Deve estar redigido em forma de tópicos e com verbos no 
infinitivo. 
Exemplos de objetivos específicos: 
 Analisar os tipos mais comuns de resíduos produzidos na construção 
civil. 
 Descrever as p r i n c i p a i s técnicas de reaproveitamento de resíduos. 
 Verificar como é feito o tratamento dos resíduos em um cenário prático 
realizando um estudo de campo no local “X”. 
 
4- Justificativa: apresenta os motivos que justificam a realização da 
pesquisa. É o espaço onde o estudante deve “vender o seu peixe” relatando a: 
 Contribuição para a instituição na qual trabalha; 
 Contribuição pessoal; 
 Contribuição para a ciência; 
 Contribuição para a sociedade. 
 Orientações Básicas Para Elaboração Do Artigo Científico. 
 
5- Revisão da Literatura/ Recorte Teórico/ Fundamentação Teórica: 
Espaço para se fazer uma discussão teórica elaborando uma síntese 
logicamente estruturada das diferentes perspectivas de diferentes autores. É 
aqui que o estudante aborda o seu tema/pergunta de pesquisa historicamente 
e conceitualmente, tendo por base autores da área. 
 
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6- Metodologia: descreve como ocorrerá a investigação. Mostra o 
caminho que será percorrido durante a pesquisa. Indica: 
 A população e amostra da pesquisa; 
 Os instrumentos que serão adotados para a coleta de dados; 
 Descreve cada etapa que será percorrida na ordem como deverá 
acontecer. 
 
7- Cronograma: a pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo a 
previsão de passar de uma fase para outra. O cronograma consiste em uma 
tabela indicando cronologicamente as etapas que serão percorridas durante a 
realização da pesquisa. 
Exemplo de cronograma. 
 
8- Referências Bibliográficas: indicam-se quais fontes foram 
consultadas ao longo do processo de realização da pesquisa e elaboração dos 
textos. 
 
4.4. Estrutura Do Artigo Científico 
 
Segundo Teixeira (2008) A estrutura básica do artigo científico é a forma 
como o autor organiza os componentes do texto, da primeira a última página. É 
a ordenação coerente dos itens e dos conteúdos ao longo da sua redação 
geral. É a maneira como estruturam-se as partes objetivas/subjetivas, 
explícitas/implícitas, durante a elaboração do texto científico. O artigo tem a 
estrutura divido segundo tabela abaixo: 
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23 
 
 
 Capa 
 Folha de rosto 
 Folha de avaliação 
 Agradecimentos 
 Dedicatória 
 Epígrafe 
 Sumário 
 Resumo 
 Introdução 
 Desenvolvimento 
 Considerações Finais 
 Referências 
 
1- Introdução: apresentação de todos as etapas desenvolvidas durante 
a pesquisa. Consiste em uma “retomada” das informações apresentadas no 
projeto de pesquisa. É nessa parte que o leitor será situado a respeito do 
problema que conferiu um norte a pesquisa, da metodologia que foi adotada 
para a realização da investigação, dos objetivos específicos que foram 
anteriormente estabelecidos e que foram seguidos para a coleta e análise dos 
dados. 
 
2- Desenvolvimento: serão apresentados os resultados da pesquisa, 
analisando-se os dados coletados ao mesmo tempo que essa análise deve 
“comunicar” com a teoria a respeito do tema de pesquisa. 
 
3- Considerações finais: o autor do artigo apresenta suas conclusões 
gerais a respeito do tema abordado, deixando claro a(s) resposta(s) obtida(s) 
com a realização do estudo frente ao problema de pesquisa. 
 
Deve-se dar atenção ao elemento textual “Desenvolvimento”, cuja 
subestrutura varia de acordo com o tipo de pesquisa que originou o artigo. Um 
artigo pode ser originado de pesquisa bibliográfica, de pesquisa descritiva ou 
____________________ Grupo ITEG Educação a Distância ________________ 
24 
 
exploratória, ou de pesquisa experimental. Para cada tipo de pesquisa uma 
subestrutura é colocada no elemento textual “desenvolvimento” (quadro 1). 
 
Quadro1- Estruturas do Artigo Científico quanto ao tipo de pesquisa que o 
originou. 
 
Elementos

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