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ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

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ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 
QUANDO SURGIU NO BRASIL? 
- A estratégia que envolve a APS foi iniciada em junho de 1991, com a implantação no Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde (PACS). Em 1994, por iniciativa do MS, foram formadas as primeiras equipes do Programa de 
Saúde da Família (PSF), incorporando e ampliando a atuação dos agentes comunitários. A Estratégia de Saúde da Família 
(ESF), por fim, se consolidou em 2006 e ampliou sua cobertura pelo país todo – em Palmas, por exemplo, é constatada 
uma cobertura de 100% pela ESF. 
- É uma política de saúde que incorpora e reafirma princípios básicos do SUS para a Atenção Básica, destacando-se: 
universalização (todos têm acesso), equidade no acesso (cuidado por necessidade – mais para quem tem menos), 
integralidade de ações (todos os serviços disponíveis) e participação da comunidade. 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – PNAB 
- A PNAB está disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017. Publicada em 2011 (Portaria 
2488 de 21/10/2011) e alterada em 2017 (Portaria 2436 de 21/09/2017) → O conceito da PNAB foi revogada pela 
portaria de consolidação – dentro dessa portaria, o Ministério trouxe várias políticas para dentro de um só instrumento 
para facilitar o acesso e o entendimento. 
- Art. 1º (Parágrafo Único): A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos “Atenção Básica” (AB) e “Atenção 
Primária à Saúde” (APS), nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a associar ambos os princípios e 
as diretrizes definidas neste documento (PRT MS/GM 2436/17). 
Principais mudanças na PNAB 2017: 
 Estratégia Saúde da Família/Equipe de Atenção Básica (antes era focada na ESF) 
 Agentes Comunitários de Saúde 
 Integração da AB e Vigilância Sanitária 
 Oferta nacional de serviços essenciais e ampliados 
 Gerente de atenção básica 
 Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica 
Estratégia de Saúde da Família na PNAB: 
- A ESF é tida como modelo prioritário para atenção básica no Brasil. 
 Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção 
Básica. 
Parágrafo único. Serão reconhecidas outras estratégias de Atenção Básica, desde que observados os princípios 
e diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter transitório, devendo ser estimulada sua conversão em 
Estratégia Saúde da Família. 
 Art. 6º Todos os estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços de Atenção Básica, no âmbito do 
SUS, de acordo com esta portaria serão denominados Unidade Básica de Saúde – UBS → OBS.: uma portaria 
recente afirma que os estabelecimentos devem ser denominados Unidades de Saúde da Família. 
Parágrafo único. Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de educação, formação de recursos 
humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a RAS → É obrigação do SUS o 
fornecimento de todos esses caracteres. 
EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) 
PNAB 2011 PNAB 2017 
 EAB não era reconhecida; 
 EAB não tinha financiamento federal; 
 EAB passa a ser reconhecida; 
 EAB deve atender aos princípios e diretrizes da AB; 
atencao primaria a saude 
Funcionamento: 
- Carga horária mínima de 40 horas/semana, no mínimo 5 dias da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando o 
acesso facilitado à população. 
- A população adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) deve ser de 2000 a 3500 pessoas 
e localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica. Além disso, devem existir 
(no máximo) quatro equipes por UBS, para que possam atingir seu potencial resolutivo. 
- Fica estipulado para cálculo do teto máximo de eABs e eSFs, com ou sem os profissionais de saúde bucal, pelas quais 
o Município e o Distrito Federal poderão fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos, conforme a 
seguinte fórmula: população/2000 
Composição das equipes: 
 
OBS.: tanto a PNAB de 2011 quanto a de 2017 explicitavam critérios para o NASF. Recentemente, dentro do programa 
Previne Brasil, essa política foi revogada → Ainda há uma equipe multiprofissional atendendo no município; isso 
acontece porque, apesar de o MS ter acabado com sua forma de financiamento, manteve o financiamento municipal e, 
portanto, o gestor local tem liberdade de manter a equipe multiprofissional nas unidades (e de escolhê-la) para apoiar 
o cuidado à população. 
Gerente de Atenção Básica: 
- Tem papel diferente do gerente administrativo; ele deve discutir a questão da continuidade do cuidado, da organização 
e dos protocolos, por exemplo. Por isso, inclusive, deve ter nível superior e não pode fazer parte da equipe da ESF. 
- A inclusão desse profissional deve ser avaliada pelo gestor, segundo a necessidade do território e cobertura de AB. 
Oferta Nacional de Serviços e Ações: 
- Para que as equipes que atuam na Atenção Básica possam atingir seu potencial resolutivo, de forma a garantir a 
coordenação do cuidado, ampliando o acesso, é necessário adotar estratégias que permitam a definição de um amplo 
escopo dos serviços a serem ofertados na UBS, de forma que seja compatível com as necessidades e demandas de saúde 
 Município podia compor da forma que lhe fosse 
conveniente, incluindo definição de composição e 
carga horária; 
 EAB não enviava produção de saúde. 
 EAB tem caráter transitório em direção à ESF; 
 Definida carga horária mínima semanal (40h) e 
composição das equipes (máximo 3 profissionais 
por categoria / CH mínima 10h) → diferente da ESF, 
em que todos os profissionais devem, 
obrigatoriamente, fazer 40h/semanais. Na EAB, 
pode ser fracionada. 
PNAB 2011 PNAB 2017 
ESF mínima: médico, enfermeiro, técnico/auxiliar de 
enfermagem e ACS 
ESF mínima: médico, enfermeiro, técnico/auxiliar de 
enfermagem e ACS 
ESF complementar: saúde bucal, NASF ESF complementar: ACE, saúde bucal, NASF 
EAB não havia definição – a critério do gestor local EAB deve seguir parâmetros da ESF 
PNAB 2011 PNAB 2017 
Não reconhecia este trabalhador Reconhece a figura do gerente de UBS, recomendando 
sua inserção na equipe, a depender da necessidade local 
Gerente de AB deve ter nível superior, preferencialmente 
da área da saúde. Caso seja enfermeiro, a UBS deverá ter 
outro enfermeiro para as ações de cunho clínico. 
PNAB 2011 PNAB 2017 
Não possuía 
 
- A oferta de ações e serviços da Atenção Básica deverá 
estar disponível aos usuários de forma clara, concisa e de 
fácil visualização, conforme padronização pactuada nas 
instâncias gestoras 
da população adscrita, seja por meio da Estratégia Saúde da Família ou outros arranjos de equipes de Atenção Básica 
(eAB), que atuem em conjunto, compartilhando o cuidado e apoiando as práticas de saúde nos territórios. 
Territorialização e vínculo: 
- Essa mudança veio para possibilitar, de acordo com a necessidade e conformação do território, através de pactuação 
e negociação entre gestão e equipes, que o usuário possa ser atendido fora de sua área de cobertura, mantendo o 
diálogo e a informação com a equipe de referência. 
- Toda UBS deve monitorar a satisfação de seus usuários, oferecendo o registro de elogios, críticas ou reclamações, por 
meio de livros, caixas de sugestões ou canais eletrônicos. 
- As UBS deverão assegurar o acolhimento e escuta dos usuários, mesmo que não sejam da área de abrangência da 
unidade, com classificação de risco e encaminhamento responsável de acordo com as necessidades apresentadas, 
articulando-se com outros serviços de forma resolutiva, em conformidade com as linhas de cuidado estabelecidas. 
Regulação: 
OBS.: Essa regulação acontece, por exemplo, quando os profissionais encaminham (devida ou indevidamente) o 
paciente a outro serviço, ordenando o fluxo de pessoas nos pontos da rede. Se eu faço um encaminhamento indevido 
para uma especialidade indevida ou se encaminho um caso que não deveria encaminhar, acabopodendo sobrecarregar 
o sistema. Então, além do ordenamento desse fluxo, o profissional também precisa gerir essa referência e contra 
referência. 
- A gestão municipal deve articular e criar condições para que a referência aos serviços especializados ambulatoriais, 
sejam realizados preferencialmente pela Atenção Básica, sendo de sua responsabilidade: 
 Ordenar o fluxo das pessoas nos demais pontos de atenção da RAS; 
 Gerir a referência e contrarreferência em outros pontos de atenção; e 
 Estabelecer relação com os especialistas que cuidam das pessoas do território. 
Estratégia de Saúde da Família na PNAB: 
- Tipos de equipe: Equipe de Saúde da Família (eSF), Equipe da Atenção Básica (eAB), Equipe de Saúde Bucal (eSB) e 
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) 
- Especificidades da Estratégia de Saúde da Família: Equipes de Saúde da Família para o atendimento da População 
Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantaneira, Equipe de Consultório na Rua (eCR) e Equipe de Atenção Básica Prisional 
(eABP). 
- Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS (ANEXO I do ANEXO XXII – PNAB – Operacionalização): 
 Identificação e horário de atendimento; 
 Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe; 
 Identificação do Gerente da Atenção Básica no território e dos componentes de cada equipe da UBS; 
 Relação de serviços disponíveis; e 
 Detalhamento das escalas de atendimento de cada equipe. 
PNAB 2011 PNAB 2017 
Usuário só podia se vincular a uma UBS 
 
Usuário pode se vincular a mais de uma UBS 
PNAB 2011 PNAB 2017 
Tratado de forma superficial (aparece 3 vezes) 
 
Acrescenta, nas atribuições dos membros da equipe, a 
função de participar e contribuir com os processos de 
regulação do acesso a partir da AB 
Sinaliza o Telessaúde e a utilização de protocolos como 
ferramentas de apoio e aperfeiçoamento do processo de 
regulação. 
- Seção I – Das Responsabilidades: 
 Art. 9º Compete às secretarias estaduais de saúde e ao Distrito Federal a coordenação do componente estadual 
e distrital da Atenção Básica, no âmbito de seus limites territoriais e de acordo com as políticas, diretrizes e 
prioridades estabelecidas, sendo responsabilidades dos estados e do Distrito Federal: (Origem: PRT MS/GM 
2436/2017, Art. 9º) 
II - destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite da Atenção Básica, de modo regular e 
automático, prevendo, entre outras formas, o repasse fundo a fundo para custeio e investimento das ações e 
serviços; 
VII - prestar apoio institucional aos municípios no processo de implantação, acompanhamento e qualificação 
da Atenção Básica e de ampliação e consolidação da Estratégia Saúde da Família; 
 Art. 10. Compete às secretarias municipais de saúde a coordenação do componente municipal da Atenção 
Básica, no âmbito de seus limites territoriais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas, 
sendo responsabilidades dos municípios e do Distrito Federal: (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 10) 
III - organizar o fluxo de pessoas, inserindo-as em linhas de cuidado, instituindo e garantindo os fluxos definidos 
na Rede de Atenção à Saúde entre os diversos pontos de atenção de diferentes configurações tecnológicas, 
integrados por serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a integralidade do cuidado; 
XVIII.- organizar o fluxo de pessoas, visando à garantia das referências a serviços e ações de saúde fora do 
âmbito da Atenção Básica e de acordo com as necessidades de saúde das mesmas; e 
XIX.- assegurar o cumprimento da carga horária integral de todos os profissionais que compõem as equipes 
que atuam na Atenção Básica, de acordo com as jornadas de trabalho especificadas no Sistema de Cadastro 
Nacional de Estabelecimentos de Saúde vigente e a modalidade de atenção. 
NOVO MODELO DE FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 
- Principais critérios atuais de alocação do repasse federal em APS: 
 
- Modelo misto de financiamento, com os seguintes componentes: 
1. Capitação ponderada; 
Critérios de ponderação: 
 População cadastrada em equipe de saúde da família e atenção primária credenciadas 
 Vulnerabilidade socioeconômica – Considerando a proporção de pessoas cadastradas nas ESF e que recebam 
benefício financeiro do Programa Bolsa Família (PBF), Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou benefício 
previdenciário no valor máximo de dois saláriosmínimos 
 Ajuste demográfico – Ajustada por faixa etária com maiores necessidades e gastos de saúde – população 
cadastrada nas ESF com até 5 anos e a partir de 65 anos de idade 
 Ajuste do tamanho e distância municipal – Classificação dos municípios de acordo com a tipologia rural-urbana 
definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
 
2. Pagamento por desempenho; 
Indicadores: o Programa Previne Brasil indica que serão monitorados 21 indicadores da saúde da população, 
no contexto da APS. A proposta prevê que, em 2020, serão monitorados 7 indicadores, mais 7 em 2021 e mais 
7 em 2022. O monitoramento de indicadores será feito a cada quatro meses, a partir de setembro de 2020. 
 § 1º São indicadores para o ano de 2020: 
I – proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 20ª semana 
de gestação; 
II – proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV; 
III – proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado; 
IV – cobertura de exame citopatológico; 
V – cobertura vacinal de poliomielite inativada e de pentavalente; 
VI – percentual de pessoas hipertensas com pressão arterial aferida em cada semestre; e 
VII – percentual de diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada 
 
3. Incentivos a programas específicos/estratégicos; 
 
Prioritários Programa Saúde na Hora 
Informatização 
Formação e residência médica e multiprofissional 
Saúde Bucal Saúde Bucal 
CEO 
Laboratório de Prótese Dentária 
UOM 
Promoção da Saúde Programa Saúde na Escola 
Academia de Saúde 
Especificidades Consultório na Rua 
Equipes Ribeirinhas 
UBS Fluviais 
Microscopistas 
Prisional 
Saúde do Adolescente 
 
4. Provimento de profissionais. 
 Novo provimento médico – Programa Médicos pelo Brasil (critérios abaixo) 
o Equidade de alocação de recursos 
o Contrato federal CLT 
o Distribuição em direção aos pequenos e remotos munícipios 
o Formação em Medicina de Família em larga escala e com qualidade 
o Pagamento por desempenho com mesmos indicadores do novo modelo de financiamento 
 Estratégia dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS (aumento do piso previsto em lei) 
- Síntese dos resultados: 
 Ganho: 
o Maior parte dos municípios apresenta ganho com o novo modelo 
o Ganho total na ordem de 2,2 a 2,5 bilhões de reais 
o Corresponde a 9 a 11% do Orçamento 2020 da SAPS 
 Perda: 
o Parcela mínima dos municípios apresenta perda com o novo modelo 
o Perda total na ordem de 300 a 400 milhões de reais 
o Corresponde a 1 a 2% do Orçamento 2020 da SAPS 
Transição de modelos: 
- Municípios que ganham na simulação da mudança: (em 2020 já vale o novo modelo) 
 Capitação ponderada: 
o Receberão 100% do recurso (como se todos os usuários estivessem cadastrados) por 4 meses (1º 
quadrimestre) 
o A partir do 2º quadrimestre receberão pelos cadastrados alcançados 
 Per capita fixo: 
o Valor fixo de base populacional (IBGE 2019) por 12 meses 
 Pagamento por desempenho: 
o Receberão de acordo com a certificação do 3º ciclo do PMAQ por 8 meses (até o 2º quadrimestre) 
o A partir do 3º quadrimestre receberão pelos resultados dos indicadores alcançados. Neste momento, 
vale para todas as equipes implantadas 
- Municípios que perdem na simulação da mudança: 
 As perdas serão compensadas 
 Receberão valor (médio ou máximo) de 2019 por 12 meses 
 Os municípios poderão mudar para o novo modelo a qualquer momento em 2020 
INCENTIVOS A PROGRAMAS ESPECÍFICOS/ESTRATÉGICOSEquipes de Atenção Primária e Saúde Bucal: 
- São equipes de 20-30h semanais que devem observar os atributos essenciais de APS e às diretrizes da PNAB, sendo a 
Equipe de Atenção Primária composta por medico e enfermeiro, e a Equipe de Saúde Bucal composta por cirurgião 
dentista e auxiliar ou técnico em saúde bucal. 
- Benefício: ampliação da cobertura populacional de APS no Brasil e ênfase nos atributos de acesso, longitudinalidade, 
integralidade e coordenação. 
- Valores de repasse: 
Carga horária eAP eSB Mod. I Total 
20h R$ 3.565,00 R$ 1.115,00 R$ 4.680,00 
30h R$ 5.347,00 R$ 1.672,50 R$ 7.019,50 
Saúde na Hora: 
- São Unidades de Saúde da Família que funcionam 60 ou 75h, com pelo menos 11h ininterruptas e com possibilidade 
de funcionar aos finais de semana. 
- Benefícios: (1) ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família, (2) ampliação do acesso e do número de 
usuários nos serviços da USF e (3) redução do volume de atendimentos de baixo risco em pronto atendimento e 
emergências hospitalares. 
- Valores de repasse: incentivo de adesão 
 
Informatiza APS: 
Ou seja, receberão em 2020 de 
acordo com o modelo anterior 
- É um fomento à informatização das Unidades por meio de custeio para implantação e manutenção de prontuário 
eletrônico. Há contratação livre pelos municípios, que escolhem a solução mais adequada à sua realidade, e obrigação 
de envio de dados no formato e volume adequados para recebimento do custeio (aumento progressivo das exigências). 
- Benefícios: (1) melhora nos registros (acompanhamento contínuo em ótima granularidade das condições de saúde da 
população, com induções focadas – por grupo populacional e/ou região), (2) aumento da produtividade e capacidade 
de acompanhar o indivíduo por equipes e gestores e (3) o Ministério, hoje, possui uma capacidade muito baixa de uso 
de dados secundários, necessitando de inquéritos e outras pesquisas com grande frequência. 
- Valores de repasse: 
 Custeio – média de R$ 2.000/equipe (varia conforme a caracterização do município) 
 Incentivo de adesão e prazo de implantação em definição 
Residência da APS: 
- É o custeio repassado aos municípios que possuírem Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade 
e/ou Multiprofissional em Odontologia e Enfermagem na Saúde da Família. 
 Para residentes de 1º e 2º anos que compõe a equipe de Saúde da Família 
 É necessária a adesão do município e o credenciamento da SAPS 
- Benefícios: (1) ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família no Brasil e (2) qualificação da assistência. 
- Valores de repasse: 
 MFC: R$ 4.500,00 mensais por vaga de residente ocupada que compõe a equipe de Saúde da Família 
 Multiprofissional: R$ 1.500,00 mensais por vaga de residente ocupada que compõem a equipe ESF/SB (além 
do valor da bolsa) 
ALGUMAS DISPUTAS NO CONTEXTO DA PNAB 
- Existem concepções populares sobre a atenção básica de que ela se resume a um “postinho de saúde” que oferta 
cuidados simplificados com foco central na promoção e prevenção e com profissionais de menor qualidade. O que não 
cabe à realidade. As estratégias aplicadas à AB levam a cuidados abrangentes, resolutivos e variados (inclusive 
complexos) e com profissionais valorizados. 
- Antes, era possível perceber uma rigidez na Estratégia de Saúde da Família quanto a formatos e organização do 
trabalho. Hoje, a Atenção Básica é ampliada (diretrizes comuns, ESF como estratégia principal e diferentes formatos). 
- Há uma necessidade de fugir do discurso de que a AB é uma prioridade ao sistema e traduzir essa prioridade à 
realidade. Sem uma AB muito organizada, não há uma rede organizada. 
Limites nacionais de ação para o seu fortalecimento até o momento: 
 Ampliação do acesso à atenção básica 
 Aumento do financiamento 
 Ampliação e melhoria da infraestrutura das UBS 
 Incentivo à melhoria do acesso e da qualidade da atenção 
 Valorização dos trabalhadores – Programas de provimento e fixação 
PRINCIPAIS AVANÇOS NA PNAB 
 A capilaridade e a expansão da cobertura: Saúde da Família (1ª onda) e Mais Médicos (2ª onda); 
 O crescimento do financiamento federal da atenção básica (100% nos últimos 4 anos); 
 Priorização pelo MS e pelo governo; 
 A criação e magnitude do Requalifica-UBS; 
 O PMAQ (contratualização, avaliação, aporte de recusos e outros); 
 O esforço de contemplar diferentes realidades/públicos/necessidades; 
 A ampliação e as novas diretrizes do Telessaúde; 
 A universalização dos NASF; 
 Mais Médicos 
PNAB: PERSPECTIVAS E DESAFIOS 
 Consolidar a reestruturação das Unidades Básicas de Saúde (reformas, ampliações, construções, 
informatização, conectividade e equipamentos); 
 Expandir, junto com o E-SUS AB, a utilização do prontuário eletrônico da AB; 
 Ampliar a integração das Unidades Básicas de Saúde com outros pontos de atenção das redes (coordenação e 
continuidade do cuidado); 
 Intensificar a oferta de dispositivos de qualificação do trabalho na atenção básica (educação permanente, 
telessaúde, matriciamento, formação de estudantes e residentes, protocolos clínicos e de encaminhamento e 
outros); 
 Garantir financiamento tripartite compatível com os custos de uma atenção básica mais resolutiva e 
considerando diferenças regionais; 
 Garantir apoio/suporte à gestão municipal nas regiões de saúde; 
 Consolidar uma política sustentável de gestão do trabalho; 
 Ampliar o acesso, a resolutividade e a capacidade de cuidado da AB. 
 
ATIVIDADE 
QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS E DESAFIOS ATUAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NOS MUNICÍPIOS? 
 Financiamento insuficiente da Atenção Básica; 
 Infraestrutura das UBS inadequada; 
 Baixa informatização dos serviços e pouco uso das informações disponíveis para a tomada de decisões na 
gestão e a atenção à saúde; 
 Necessidade de ampliar o acesso, reduzindo tempos de espera e garantindo atenção, em especial, para grupos 
mais vulneráveis; 
 Necessidade de melhorar a qualidade dos serviços incluindo acolhimento, resolubilidade e longitudinalidade 
do cuidado; 
 Pouca atuação na promoção da saúde e no desenvolvimento de ações intersetoriais; 
 Desafio de avançar na mudança do modelo de atenção e na mudança de modelo e qualificação da gestão; 
 Inadequadas condições e relações de trabalho, mercado de trabalho predatório, déficit de provimento de 
profissionais e contexto de baixo investimento nos trabalhadores; 
 Necessidade de contar com profissionais preparados, motivados e com formação específica para atuação na 
Atenção Básica; 
 Importância de ampliar a legitimidade da Atenção Básica junto aos usuários e de estimular a participação da 
sociedade. 
EM QUE MEDIDA AS POL ÍTICAS E ESTRATÉGIAS NACIONAIS TÊM CONSEGUIDO ENFRENTÁ-LOS OU INFLUENCIÁ-LOS? 
- A partir da compreensão de que esses são os desafios a serem enfrentados na AB, buscou-se promover discussões e 
construir consenso acerca desse entendimento nas esferas de pactuação tripartite do SUS. Nesse contexto, em abril do 
mesmo ano, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou a Resolução nº 439 sobre a AB, que serviu para revisão da 
PNAB. Na Resolução, o CNS ressalta que as ações de AB são de responsabilidade das três esferas de gestão do SUS e 
aponta a necessidade de: "aumentar a destinação de recursos financeiros para a Atenção Básica"; garantir ações 
necessárias para que a Rede de Atenção Básica se efetive como a "principal porta de entrada do SUS"; "fortalecer o 
controle social, a participação da comunidade em cada serviço", realizar "coletas sistemáticas da opinião e satisfação 
do usuário"; "garantir profissionais de saúde em todas as regiões e localidades do País"; que o MS e as Secretarias 
Estaduais e Municipais "aprimorem e qualifiquem os mecanismos de controle, fiscalização do cumprimento de 
responsabilidades [...] e avaliação da qualidade dos serviços de Atenção Básica". 
- A nova PNAB engloba diversas iniciativas que dialogam com osdesafios apontados pelo governo federal e com as 
propostas do CNS. Neste contexto, destacam-se: o Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde (UBS); a 
criação do novo Sistema de Informação da Atenção Básica e a estratégia e-SUS AB; o Programa Telessaúde Brasil Redes; 
o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ); a reestruturação do Programa 
Saúde na Escola; a criação do Programa Academia da Saúde; a nova Política Nacional de Alimentação e Nutrição; a 
Política de Educação Permanente do SUS; o Plano Nacional de Educação Médica; o Programa de Valorização e Atenção 
Básica e o Programa Mais Médicos, além de medidas para adequação do financiamento da AB. 
O QUE PODEMOS ESPERAR DA ATENÇÃO BÁSICA NO CONTEXTO DAS REDES DE ATENÇÃO DO SUS? 
- As Redes de Atenção caracterizam-se por arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades 
tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a 
integralidade do cuidado. (BRASIL, 2010). Encontramos como principais características das RAS: a formação de relações 
horizontais entre os pontos de atenção, tendo a Atenção Básica como centro de comunicação; a centralidade nas 
necessidades de saúde da população; a responsabilização por atenção contínua e integral; o cuidado multiprofissional; 
o compartilhamento de objetivos e o compromisso com resultados sanitários e econômicos. 
- A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a 
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos 
e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e 
autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2011n). 
Eixo de Ações Específicas: 
- Financiamento com Equidade: Ao optar por estimular a lógica da equidade, a Política diferencia os valores repassados 
aos municípios, conforme o PIB per capita, que apresentam percentual de população com plano de saúde, percentual 
de população com Bolsa Família, percentual de população em extrema pobreza e densidade demográfica. 
- Infraestrutura e Condições de Trabalho: O Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (Requalifica-
UBS), instituído em 2011, já contemplou 3.835 municípios, com 10.042 construções; 3.182 municípios, com 8.482 
ampliações e 2.882 municípios, com 8.334 reformas habilitadas. Destaca-se também o cadastramento de 64 propostas 
para construção de UBS fluviais, das quais a de Borba/AM foi inaugurada em 2013. 
- Núcleos de Apoio à Saúde da Família: Ao compreender e reconhecer que outras ações, além das realizadas pelas 
equipes das UBS, têm impacto direto sobre a saúde e bem-estar das pessoas, a política estimula a ampliação do número 
de Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasfs), em dezembro de 2012, foi publicada a Portaria nº 3.124/2012 (BRASIL, 
2013) que redefiniu os parâmetros de vinculação dos núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasfs) modalidades 1 e 2 às 
equipes de Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas, cria a Modalidade Nasf 3, e 
dá outras providências. 
- Acesso com Qualidade: O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (Pmaq-AB) é 
um dos componentes da Estratégia “Saúde Mais Perto de Você” e visa à instituição de processos que ampliem a 
capacidade da gestão federal, estadual e municipal e das equipes de Atenção Básica (EABs) em ofertarem serviços que 
assegurem maior acesso e qualidade, de acordo com as necessidades concretas da população. O Programa busca induzir 
a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da Atenção Básica, estabelecendo padrão de qualidade comparável 
nacional, regional e local, de maneira a permitir maior transparência e efetividade das ações governamentais 
direcionadas à Atenção Básica em Saúde em todo o Brasil. 
Eixo de Ações Transversais às Redes Temáticas: 
- Atenção Básica e a Rede de Atenção Psicossocial: A Política Nacional de Atenção Básica dialoga amplamente com o 
conjunto de políticas instituídas para as Redes de Atenção à Saúde, compreendendo a centralidade de seu papel para a 
gestão do cuidado integral à saúde do usuário. Em 2011, são incorporados dados sobre saúde mental no Sistema de 
Informação da Atenção Básica (Siab). 
- Atenção Básica e as Ações de Prevenção e Controle do Câncer: Em 2012, foi finalizado o Caderno de Atenção Básica 
sobre o câncer de mama e o câncer do colo do útero, publicação conjunta da Coordenação-Geral de Áreas Técnicas 
(CGAT/DAB/SAS/ MS) em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). 
- Atenção Básica e a Rede de Urgência e Emergência (RUE): A Atenção Domiciliar – Melhor em Casa – é componente da 
Rede de Urgências e Emergências (RUE), portanto, tem sido debatida nos grupos condutores desta rede no âmbito dos 
estados. Para tanto, a Coordenação-Geral de Atenção Domiciliar (CGAD/DABSAS/MS) tem consolidado a parceria com 
o Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência (DAHU/SAS/MS), com a finalidade de que o tema da Atenção 
Domiciliar seja discutido de forma integrada à RUE, potencializando a ação do apoio institucional. 
- Atenção Básica e a Rede Cegonha: O Departamento de Atenção Básica (DAB/SAS/MS) compõe o grupo executivo da 
Rede Cegonha. A Rede Cegonha visa ampliar e qualificar o acesso às ações de planejamento reprodutivo, pré-natal, 
parto e nascimento, puerpério e cuidado da criança até os 2 anos. No que se refere à Atenção Básica, os planos de ação 
da Rede Cegonha contemplam ações voltadas para o planejamento reprodutivo, pré-natal, puerpério e saúda da 
criança. 
COMO A ATENÇÃO TEM ATUADO DIANTE DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA EM CURSO NO BRASIL? 
- No Brasil, a transição epidemiológica faz-se de forma singular e muito acelerada. A mortalidade proporcional, indica 
que, em 1930, nas capitais do País, as doenças infecciosas respondiam por 46% das mortes e decresceu para um valor 
abaixo de 5%, em 2000; ao mesmo tempo, as doenças cardiovasculares que representavam em torno de 12% das 
mortes, em 1930, responderam, em 2009, por quase 30% de todos os óbitos. Rapidamente, a participação relativa das 
condições de saúde modificou-se, indo de um predomínio claro das doenças infecciosas e parasitárias na metade do 
século passado para o predomínio hegemônico e crescente das doenças crônicas a partir da segunda metade do século 
passado. Essa complexa situação epidemiológica foi definida como tripla carga de doenças porque envolve ao mesmo 
tempo: uma agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva; o desafio das doenças 
crônicas e de seus fatores de riscos, como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo de álcool e outras 
drogas e alimentação inadequada; e o forte crescimento da violência e das causas externas. 
- Conscientes dessa situação, os gestores do SUS decidiram implantar no País as Redes de Atenção à Saúde (RAS) – 
Portaria GM/ MS n. 4.279/2010, na forma de redes temáticas, priorizando algumas linhas de cuidado, uma vez que a 
concepção de Redes de Atenção à Saúde acolhe e redefine os novos modelos de atenção à saúde que estão sendo 
experimentados e que têm se mostrado efetivos e eficientes no controle das condições crônicas. Para que a RAS cumpra 
seu papel, é imprescindível que a Atenção Primária à Saúde (APS) esteja organizada, coordenando o cuidado, 
responsável pelo fluxo do usuário na Rede de Atenção à Saúde. Nesse sentido, objetivando fortalecer as Secretarias 
Estaduais de Saúde para o apoio técnico aos municípios, o CONASS propôs e desenvolveu um conjunto de oficinas para 
o fortalecimento da APS, organizando-a de forma territorializada, com a população cadastrada, capacitando todos os 
profissionais que atuam na APS, contribuindopara a qualificação e a resolutividade desse nível de atenção, para dessa 
forma garantir o papel de coordenação da RAS.

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