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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU CAMILA LIBÓRIO CAVALCANTI CURSO DE DESIGN DE INTERIORES ERGONOMIA APLICADA Petrolina 2020.2 CURSO DE DESIGN DE INTERIORES CAMILA LIBÓRIO CAVALCANTI Petrolina Relatório apresentado à Universidade Maurício de Nassau na disciplina Ergonomia Aplicada, solicitado pela docente Patrícia Acioli como 2020.2 requisito parcial de avaliação ERGONOMIA APLICADA CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU Matrícula 01342131 Atividade Aula prática O primeiro passo para realizar a análise foi utilizar a regra do triângulo na planta baixa da cozinha em análise. A regra básica do triângulo ajuda na elaboração de cozinhas procurando manter relacionadas as áreas de preparo (pia), armazenamento (geladeira/freezer) e cozimento (fogão), sendo que as duas primeiras devem estar mais próximas entre si. A cozinha em análise apresenta o correto uso da regra básica do triângulo, seguindo a forma de distribuição preparo, armazenamento de cozimento nos sentidos e distâncias mínimas entre as áreas, não ultrapassando 6 metros de distância entre elas. O presente trabalho tem o objetivo de realizar uma análise ergonômica de uma cozinha, utilizando a própria cozinha residencial como estudo de caso. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é avaliar o desempenho ergonômico da cozinha com base nas normas de ergonomia, levando em consideração a integração geral, distância mínima, fluxo, espaço, satisfação e segurança. ANÁLISE ERGONÔMICA COZINHA RESIDENCIAL De acordo com Souza (2002), a escolha do tipo de layout deve estabelecer um fluxo racional de trabalho, evitando deslocamentos desnecessários de pessoas e de materiais, além de proporcionar conforto e segurança aos usuários. Figura 01 - Regra básica do triângulo para cozinhas Fonte: www.bestmarmores.com.br Figura 02 - Planta de layout da cozinha em análise Fonte: Acervo Camila Libório CIRCULAÇÃO Em relação a circulação da cozinha, as dimensões existentes contemplam o fluxo de uma pessoa por vez, seguindo a distância mínima recomendada. Porém, a circulação destinada a abertura do forno do fogão não possui espaço suficiente para abertura com uma posição confortável. Fonte: www.slideshare.com Figura 03 - Dimensionamento recomendável para circulação Figura 05 - Planta de layout cozinha Fonte: Acervo Camila Libório PARA ABERTURA DA PORTA DO FORNO ESPAÇO INSUFICIENTE (figura 04) CIRCULAÇÃO COM DIMENSIONAMENTO RECOMENDÁVEL PARA 01 PESSOA LOCAÇÃO DA MESA NÃO É IDEAL, VISTO QUE ATRAPALHA A CIRCULAÇÃO COM PESSOAS SENTADAS E ABERTURAS DE PORTAS 55 8040 Figura 04 - Dimensionamento recomendável para circulação Fonte: www.slideshare.com UTILIZAÇÃO DA BANCADA DE TRABALHO De acordo com as dimensões mínimas para utilização da bancada de trabalho, a cozinha em análise contempla espaço suficiente para realização de trabalhos (preparo, cozimento, assar/fritar e lavar) dentro das dimensões mínimas de ergonomia. Na bancada de manipulação é importante verificar na superfície de trabalho o alcance frontal, sendo indicada como zona confortável a dimensão de 45,7 de profundidade e 76,2cm de largura, baseado no percentil 5 do sexo feminino (PANERO, 2001). Também é necessária a existência de uma área de trabalho apropriada para uso dos eletrodomésticos, possuindo espaços para armazenamento para alguns eletrodomésticos já montados, plugados e prontos para uso. Diante disso, na cozinha em análise foi verificado que há espaço suficiente na bancada para manuseio de eletrodomésticos como cafeteira, liquidificador, air fryer. Figura 06 - Dimensionamento recomendável para preparo na bancada da cozinha Fonte: www.slideshare.com Figura 07 - Área de preparo da cozinha em análise Fonte: www.slideshare.com PREPARAR COZINHAR ASSAR/FRITAR LAVAR LAVAR PREPARAR ASSAR/ FRITAR ALTURAS MÍNIMAS NA COZINHA Uma bancada de lanches pode ter a mesma altura de uma mesa ou ser mais alta para que seja usada com banquetas. Já uma bancada de pia deve ser um pouco mais alta do que uma mesa padrão. A altura da bancada onde está a pia pode ter de 85 a 95cm (para alturas medianas), mas depende da altura da pessoa que trabalha mais na cozinha. A maioria das vezes tem entre 85 e 90. BANCADA Fonte: arquitete - arquitetura e interiores Figura 08 - Dimensionamento recomendável para preparo na bancada da cozinha e alcance dos armários Figura 09 - Tabela comparativa de altura da pessoa e altura correspondente da bancada. Fonte: Linha Yep Projetando sua cozinha - Tok & Stok Os módulos superiores dos armários devem ser instalados, em média, a 60 cm acima da bancada, na altura dos olhos, facilitando ver o que há dentro do armário (aproximadamente 1,50m do piso - esta medida pode variar em função do projeto e da altura dos moradores). ALTURAS MÍNIMAS NA COZINHA A altura da bancada da cozinha em análise é de 90cm (do piso até o final do tampo da bancada). A altura média dos usuários da cozinha é de no máximo 1.72m (escala humana na imagem), permanecendo dentro dos padrões ergonômicos. BANCADAS E ARMÁRIOS Fonte: Acervo Camila Libório Figura 10 - Vista da bancada da cozinha em análise Bancada cozinha Figura 10 - Medidas padrão para cozinha Fonte: Pinterest Altura entre bancada e móveis superiores As medidas dos móveis para cozinha são padrão. De acordo com o espaço disponível e as características de cada projeto, elas podem ser adaptadas. Para os móveis inferiores, a medida padrão é de 50 a 60cm (mais profundos). Para os móveis superiores e prateleiras, a medida é 35cm (mais rasos, permitindo acesso livre à bancada, com mais segurança). Móveis superiores A cozinha em análise, possui armários superiores com distância de 77cm da bancada, dificultando o acesso, tendo que utilizar por vezes, um apoio como uma cadeira para acessar a prateleira mais alta do armário. Os armários inferiores atendem as medidas padrão de ergonomia, sem causar desconforto aos usuários. Móveis inferiores Quanto ao fluxo de pessoas embora em alguns pontos possua a dimensão mínima adequada para uma pessoa, é estrangulado em outras áreas como a área do forno, e abertura de portas dos armários enquanto a mesa está sendo utilizada pelos usuários, sendo necessário uma relocação da mesa ou optar por uma mesa com dimensões menores. Um dos problemas primordiais é a posição de pé. Nesse caso, sugere-se a alternância de posturas entre posição de pé e posição sentada. As atividades que puderem ser executadas na posição sentada à mesa devem ser priorizadas. Para a mesa sugere-se a altura entre 73,7cm e 76,2cm (PANERO, 2001). Porém, a mesa existente no local possui altura de 79cm não sendo a altura ideal para realização dessas atividades e considerando a estatura dos usuários do espaço. Os principais equipamentos estão dispostos para atender à hieraquização dos fluxos existentes entre o fogão, a bancada e a pia. A bancada de manipulação está disposta entre o fogão e a pia promovendo um fluxo de materiais, de equipamentos e de pessoas de forma prática e limpa. A cozinha analisada com a aplicação do regra do triângulo e estudo do fluxo , pode-se verificar que existe uma boa distribuição do layout em relação as áreas de preparo (pia), armazenamento (geladeira/freezer) e cozimento (fogão). Nesse ambiente de trabalho são realizadas várias tarefas de ciclos variados, assim é importante a proximidade dos processos similares. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar de possuir uma quantidade razoável de armários para armazenamento de objetos e eletrodomésticos, faz-se necessária uma organização desses eletrodomésticos nos armários inferiorespara que possa liberar mais espaço na bancada de manuseio e para que não cause desconforto ou acidentes ao tentar alcançá-los nos armários superiores. Com este estudo, ressalta-se a necessidade de um layout que promova a integração de indivíduos, materiais, máquinas, com fluxo eficiente, seguro e transmita satisfação aos usuários. Além disso, ao ser planejado com base na ergonomia, pode facilitar no desenvolvimento das atividades melhorando a postura, além de otimizar tarefas. www.pinterest.com www.slideshare.com.br - Nr17 Ergonomia NEUFERT, Ernst. A arte de projetar em arquitetura. Gili, 1974 SOUZA, Dulce América de. Ergonomia aplicada. Porto Alegre: SAGAH, 2018 MANCUSO, Clarice. Arquitetura de Interiores e Decoração. Porto Alegre: Sulina, 2007 GURGEL, Mirian. Projetando espaços. São Paulo: Senac, 2002 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sites:
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