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10 Alexandre Xavier Armando Munguambe Jaime Cuna Marta Domingos Macamo Licenciatura em Ensino de Química - 4 ano Tema Transversal IV Tema: Formas de Argumentação Moral Universidade Pedagógica Maputo 2021 Alexandre Xavier Armando Munguambe Jaime Cuna Marta Domingos Macamo Licenciatura em Ensino de Química - 4ano Trabalho de Tema Transversal IV, a apresentar na Faculdade de Matemática e Ciências Naturais Departamento de Química Delegação de Maputo, sob a orientação para efeitos de avaliação, docente: Mestre Boane Universidade Pedagógica Maputo 2021 Índice Introdução 4 Objectivos 4 Metodologias do trabalho 4 Formas de Argumentação Moral 5 Factos 5 Sentimentos 6 Resultados 7 Consciência 7 Código moral 8 Autoridade 8 Introdução O presente trabalho falar-se-á sobre factos, sentimentos, resultados , consciência moral, código moral e autoridade moral, que são temas de extrema relevância, neste percurso de formação de estudante na medida, ganhará subsídios para melhor enquadramento no campo das ciências como também na sociedade. O presente trabalho esta dividido em introdução, fundamentação teórica, conclusão e referencias bibliográficas. Objectivos Geral · Conhecer as formas de argumento moral. Específicos · Definir conceitos das formas de argumento moral · Mencionar as estratégias de argumentação moral; · Descrever as respectivas formas de argumento moral. Metodologias do trabalho Para o efeito do presente trabalho foi na base de consulta bibliográficas e também o uso de internet. Formas de Argumentação Moral Uma das características do fenómeno moral é a argumentação para justificar ou criticar atitudes, acções ou juízos morais, tanto próprios quanto alheios. Argumentar é expor as razões pertinentes para corroborar ou desqualificar uma atitude, uma acção ou um juízo. Annemarie Pieper distinguiu seis tipos de estratégias argumentativas destinadas a mostrar boas razões: Factos Referência a um facto: acontece, quando se diz que se ajudou alguém, porque é nosso amigo. Mas, neste caso o facto refere-se a uma norma que diz que se deve ajudar os amigos. A alusão a factos só pode ser considerada um argumento válido se está subjacente uma norma correcta. Para que uma norma seja correcta algumas condições são exigidas dependendo da teoria ética: estar de acordo com a prática de uma virtude (Aristotelismo); promover maior bem para o maior número (utilitarismo); defender interesses universalizáveis (kantismo). «As pessoas têm opiniões diferentes, mas no que concerne à moral não há "factos", e ninguém está "certo". As pessoas simplesmente sentem de forma diferente e é tudo.» «Este é o pensamento de base por detrás do subjectivismo ético. O subjectivismo ético é a ideia segundo a qual as nossas opiniões morais se baseiam nos nossos sentimentos e nada mais. Nesta perspectiva, o "objectivamente" certo ou errado é coisa que não existe.»(James Rachels, Elementos de Filosofia Moral, Gradiva, pags 56-57). Rachels é, indiscutivelmente, um filósofo confuso, que nem sequer se apercebeu das múltiplas facetas do termo subjectivismo. Confusos são também os autores de manuais que o seguem quase à letra (Pedro Galvão, Luís Rodrigues, Desidério Murcho, etc). Rachels liga subjectivismo a cepticismo, fazendo com que a noção de subjectivismo desemboque no niilismo moral. Mas por que razão não seria possível que as múltiplas subjectividades tivessem razão, em simultâneo, isto é, fossem formas de apropriação da verdade desde diversos ângulos? Porque há-de o subjectivismo conduzir inevitavelmente ao cepticismo? É falso que não haja factos morais segundo o subjectivismo. Um exemplo de factos morais no subjectivismo é o amor: toda a gente ama alguém, é um facto sociologicamente objectivo e ética e esteticamente subjectivo. No amor, onde reina o mais absoluto subjectivismo, cada pessoa está convicta, a cada momento, de que ama a pessoa perfeita, a mais bela, ou a mais doce e sedutora ainda que seja imperfeita e com vícios evidentes. Ao contrário do que sustenta James Rachels e, com ele, as centenas de milhar de professores de filosofia que, irreflectidamente, o seguem, subjectivismo é compatível com dogma, com certeza "infalível" e pressupõe a existência de factos morais. Sentimentos Referência a sentimentos: justifica-se uma atitude, acção ou juízo mediante o recurso aos próprios sentimentos ou aos do interlocutor. Ele é totalmente insuficiente, porque apenas explica as causas psicológicas, mas não é suficiente para justificar uma acção como moralmente correcta. Mais uma vez é preciso recorrer à análise de uma norma dada nesta situação, que está por trás do sentimento. O sentimento surge, porque a consciência se remete a uma norma. O sentimento moral: Hume. Ele compreende a razão ou o entendimento como uma faculdade exclusivamente cognoscitiva, cujo âmbito termina onde deixa de existir a questão da verdade ou da falsidade de juízos, os quais só podem ser referidos ao âmbito da experiência sensível. A moralidade é alheia à experiência sensível que diz respeito a factos, enquanto que a moral está referida a sentimentos subjectivos de agrado ou desagrado. O papel da razão no terreno moral concerne unicamente ao conhecimento do dado, mas é totalmente insuficiente para produzir efeitos práticos. Hume delega as funções morais a outras faculdades menos importantes que a razão, as paixões e o sentimento. A razão não está encarregada de estabelecer juízos morais. Para ele, as acções morais se produzem em virtude das paixões orientadas para atingir fins propostos não pela razão, mas pelo sentimento. Nesse sentido, a bondade e a maldade das acções dependem dos sentimentos de agrado ou desagrado que provocam em nós. Por isso, o fundamento das normas e dos juízos morais é a utilidade e a simpatia. Hume critica também quem quer extrair juízos morais de juízos fácticos, concluindo um “deve” a partir de um “é”. Ele chama esta atitude de falácia naturalista. Resultados Referência a possíveis consequências: Para a ética utilitarista é o único critério relevante e definitivo. Mas a teoria ética utilitarista não está restrita ao puro ato, engloba igualmente o “utilitarismo da regra”, defendendo que o cumprimento de normas historicamente comprovadas e eficazes para produzir benefícios também deve ser levado em consideração como consequência. Hoje nenhuma teoria ética pode desconsiderar as consequências a serem responsavelmente assumidas. Formas de argumentação moral. Uma das características do fenómeno moral é a argumentação para justificar ou criticar atitudes, acções ou juízos morais, tanto próprios quanto alheios. Argumentar é expor as razões pertinentes para corroborar ou desqualificar uma atitude, uma acção ou um juízo. Consciência Referência à consciência Em princípio, esse tipo de argumentação goza de grande prestígio na tradição moral do ocidente. Mas logo é necessário dizer que a consciência não é infalível, pois se pode recorrer a ela para justificar caprichos ou seguir ditames dados por autoridades que influenciaram o processo de socialização dessa pessoa. Por isso, os ditames da consciência precisam ser submetidos a normas racionalmente válidas. Código moral Referência a um código moral: A maneira mais comum de justificar uma ação é aduzir uma norma determinada, considerada obrigatória, nesse caso concreto. Normas fazem parte de códigos morais mais amplos. Para que esse recurso seja válido é necessário verificar a) se a norma efectivamente faz parte desse código moral para que a interpretação não seja incongruente; b) se o próprio código está suficientemente fundamentado para ser racionalmente obrigatório. Autoridade Referência à competência moral de certa autoridade: O recurso à autoridade de uma pessoa ou de uma instituição pode ser aduzido como argumento que justifica uma ação. Esta razão é sumamente frágil, pois a confiabilidade de uma norma não vem de quem a dita, mas da sua validade racional. ConclusãoPara concluir nesta linha argumentativa, será interessante apontar uma outra especificidade da consciência moral por ocasião da sentença final. Enquanto no tribunal real exterior, o desacordo pode permanecer após a sentença proferida, isto é os agentes envolvidos, acusador, defensor podem continuar a considerar válidas as respectivas argumentações e justificações, no tribunal interior o veredicto final apaga qualquer dissensão, restando apenas única e absolutamente impositiva a voz do juiz. 4. Referências bibliográficas www.projeto.unisionos.br Internet: m.brasilescola.uol.com.br
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