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Aula 9 - Financiamento da Inovação

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1 
 
 
CURSO: Engenharia de Produção 
DISCIPLINA: Gestão da Inovação 
PROFESSOR: ANTONIO IACONO 
 
Aula 9 
Políticas Públicas e Financiamento para a Inovação 
 
Meta 
Nesta aula vamos apresentar e discutir o papel das políticas públicas na 
promoção da inovação. 
Objetivos 
O objetivo principal desta aula é mostrar a importância e o papel das políticas 
públicas para a inovação. Para isso, vamos explorar os seguintes pontos: 
• Identificar de que maneira as políticas públicas podem influenciar as 
empresas; 
• Apresentar os principais mecanismos de financiamento e incentivos à 
inovação no Brasil. 
Após esta aula, você será capaz de: 
• Compreender o papel das políticas públicas para a promoção da inovação; 
• Identificar os principais programas de apoio e financiamento voltados para a 
inovação no Brasil. 
 
2 
 
Introdução 
Temos buscado ao longo dos capítulos mostrar a dinâmica da inovação, e por 
meio de suas várias abordagens compreender seus diferentes aspectos. 
Fundamentalmente, vimos que o desenvolvimento tecnológico e o sucesso da 
inovação são influenciados por fatores internos e externos à organização. 
Pudemos também evidenciar que a promoção da inovação envolve um 
conjunto de atores e agentes econômicos. A interação entre empresas e 
instituições geradoras de conhecimento são cruciais para seu sucesso. 
Todavia, as interações, apesar de fundamentais, não são suficientes para 
promover a inovação. Dada a incerteza, inerente de seus processos, e aos 
elevados custos, a inovação vai exigir graus elevados de investimento e apoio. 
É nesse contexto que o Governo, por meio do financiamento e de políticas 
públicas de apoio, passa a ter um papel fundamental na promoção da inovação 
no país. As políticas públicas de apoio à inovação são conhecidas como 
Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação (PCTI). 
Neste capítulo vamos discutir a importância e o papel das políticas públicas 
para a promoção da inovação e apresentar as principais ações de PCTI 
adotadas pelo Brasil a partir dos anos 2000. 
1. A importância e o papel das políticas públicas para a inovação 
As experiências históricas de crescimento econômico sustentado têm 
relacionado um conjunto de instituições complementares e políticas públicas. 
Um elemento fundamental dos países que conseguiram sucesso semelhante 
aos dos países líderes, reside no apoio do governo ao processo de catching-
up, envolvendo várias formas de proteção e subsídios diretos e indiretos 
(IACONO, 2015). 
Corroborando este entendimento, Cassiolato e Lastres (2014) afirmam que em 
países de industrialização tardia, como o Brasil, a política se faz necessária, 
em especial, por dois fatores: primeiro, porque as situações de atraso se 
caracterizam pela ausência de elos centrais na estrutura produtiva e 
institucional. Tal condição exige uma ação estruturante do Estado para induzir 
(ou mesmo assumir a responsabilidade direta por meio de empresas estatais) a 
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montagem de determinados setores na matriz produtiva, envolvendo uma 
ruptura radical das rotinas preexistentes. Segundo, porque é necessário criar 
capacitações nas atividades essenciais para a existência da produção 
industrial. 
As políticas públicas podem influenciar as empresas tanto internamente quanto 
do ponto de vista externo. Internamente, as políticas públicas podem impactar 
significativamente no processo de aprendizado tecnológico, por meio de 
políticas industriais, de comércio e de ciência e tecnologia. Externamente, as 
políticas públicas influenciam as interações das organizações tanto do ponto de 
vista de mercado internacional, por exemplo, ao regulamentar o fluxo de 
tecnologias estrangeiras, como no de mercado doméstico, quando, por 
exemplo, agem sobre as instituições de apoio nacionais e sobre a qualidade 
das instituições educacionais. Em outras palavras, essas políticas definem os 
ambientes macroeconômicos em que as empresas operam, afetando de 
maneira direta e indireta no processo de aprendizado tecnológico (KIM, 2005) 
As políticas públicas têm sido importantes elementos estratégicos de 
desenvolvimento nacional, especialmente em países em processo de catching-
up, com apoio e promoção do processo de aprendizado tecnológico (CIMOLI et 
al., 2006). Os diferentes domínios de intervenção das políticas, e como eles se 
projetam em diferentes medidas de políticas estão representados no Quadro 1, 
a seguir. 
Vale destacar que nos dias de hoje os países desenvolvidos apresentam 
elevados graus de intervenção, sejam eles conscientemente concebidos como 
políticas industriais ou não. 
As políticas influenciam na construção das capacidades tecnológicas das 
empresas e o ritmo em que elas conseguem aprender. Podemos afirmar que 
combinações adequadas de políticas podem promover novas trajetórias de 
desenvolvimento. 
 
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Quadro 1: Áreas de intervenção e medidas de políticas 
Áreas de intervenção de políticas Medidas de políticas 
(i) Oportunidades de inovação científica 
 e tecnológica 
 
Políticas científicas, cursos de pós-graduação, 
projetos tecnológicos “de fronteira”. 
 
(ii) Aprendizado e aptidões tecnológicas 
socialmente distribuídos. 
 Políticas educacionais e de treinamento em sentido 
amplo. 
 
(iii) Medidas de apoio direcionadas à 
indústria, afetando, por exemplo, os tipos 
de firmas, etc. – primordialmente a 
estrutura, a propriedade e as formas de 
governança das firmas mercantis (locais 
versus estrangeiras, empresas de 
propriedade familiar versus companhias 
de capital aberto, etc.) 
 
Da formação de empresas de propriedade do Estado 
à privatização das mesmas, das políticas para 
“campeões nacionais” a políticas que afetam os 
investimentos de empresas transnacionais, passando 
por toda a legislação relativa à governança 
empresarial. 
 
(iv) As capacidades dos agentes 
econômicos (em primeiro lugar as formas 
mercantis) em termos de conhecimentos 
tecnológicos incorporados a eles, a 
eficiência e velocidade com que buscam 
o acesso a novos avanços tecnológicos e 
organizacionais, etc. 
 
Cf. especialmente os pontos (ii), (iii) e também as 
políticas de P&D e políticas que afetam a adoção de 
novos equipamentos, etc. 
 
(v) Os sinais e os incentivos econômicos 
percebidos pelos agentes com fins 
lucrativos (incluindo preços e taxas de 
lucratividade reais e esperados, 
condições para a apropriabilidade de 
inovações, barreiras à entrada, etc.) 
 
Regulações de preços, tarifas e quotas no comércio 
internacional, regimes de Direitos de Propriedade 
Intelectual, etc. 
 
(vi) Mecanismos de seleção (superpostas 
às acima mencionadas). 
 Políticas e legislação antitruste e que regulam a 
concorrência, o ingresso no mercado e as falências; 
alocação de financiamento; mercados para 
propriedade empresarial, etc. 
 
(vii) Padrões de distribuição de 
informações e de interação entre os 
diferentes tipos de agentes, tais como 
clientes, fornecedores, acionistas, 
administradores, trabalhadores, bancos 
etc.) 
 Governança dos mercados de trabalho, dos mercados 
de produtos, relações entre os bancos e o setor 
produtivo, etc., passando por todos os arranjos 
coletivamente compartilhados para o controle e a 
mobilidade do compartilhamento de informações no 
interior das firmas, formas de cooperação e 
concorrência entre as firmas rivais, etc. 
Fonte: Cimoli et al. (2006) 
Podemos afirmar então, que as intervenções governamentais são de grande 
importância para determinar a estrutura e a capacitação tecnológica das 
empresas. Suas ações têm por objetivo compensar falhas de mercado na 
construção das capacidades necessárias para o desenvolvimento industrial. O 
Estado, nesses termos, possibilita a competição de sua indústria em setores de 
maior conteúdo tecnológico, possibilitando a ampliação do mercado egeração 
de externalidades. 
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2. Políticas recentes de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil 
Conforme já destacamos, as intervenções governamentais são de grande 
importância para determinar a estrutura e a capacitação tecnológica das 
empresas. Elas são necessárias para superar falhas de mercado na construção 
das capacidades necessárias para o desenvolvimento industrial. O Estado, 
nesse sentido, pode impulsionar sua indústria a competir em setores de maior 
conteúdo tecnológico, promover um maior ciclo de aprendizagem e possibilitar 
a ampliação do mercado e geração de externalidades. 
A política de ciência e tecnologia, centrada na inovação, tem início no final da 
década de 1990. Há o reconhecimento da importância dos investimentos em 
ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento do país. Mas é a partir 
dos anos 2000 que as políticas de inovação passam a ser mais efetivas. É 
importante destacar que anteriormente a esse período, havia no Brasil também 
uma política tecnológica, só que baseada no modelo de substituição de 
importações e com barreiras à entrada de produtos de outros países. Esse 
modelo trouxe um importante benefício como o do desenvolvimento de um 
sólido parque industrial, mas por outro lado houve pouco desenvolvimento 
tecnológico quando comparado ao da fronteira tecnológica. Como 
consequência, quando o mercado se abriu, na década de 1990, a indústria 
brasileira encontrava-se distante do cenário competitivo internacional. Sendo 
assim, surge a necessidade de se criar uma política que incentivasse a 
pesquisa e estimulasse o setor empresarial a investir e desenvolver novas 
tecnologias para o mercado internacional. 
Início do Box de explicação 
Substituição de importações, em economia, é um processo que leva ao 
aumento da produção interna de um país e a diminuição das suas 
[importações] . Ao longo da história econômica mundial, os processos de 
substituição de importações foram desencadeados por fatores políticos ou 
econômicos, e foram resultado de ações planejadas ou imposição das 
circunstâncias. Suas principais ideias são "Produzir internamente tudo aquilo 
que antes era importado ou aquilo que iríamos importar", fomentando a 
indústria nacional. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
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O processo de substituição de importações, quando fruto de política 
econômica, é geralmente obtido por controle de taxas de importação e 
manipulação da taxa de câmbio. 
Entre as décadas de 1960 e 1970 a Comissão Econômica para a América 
Latina e o Caribe (CEPAL) defendia que o desenvolvimento das economias do 
Terceiro Mundo passava pela adoção da política de substituição de 
importações. Esta política permitiria a acumulação de capitais internos que 
poderiam gerar um processo de desenvolvimento autossustentável e 
duradouro. 
No Brasil a política de substituição de importações foi implementada com o 
objetivo de desenvolver o setor manufatureiro e resolver os problemas de 
dependência de capitais externos. Muitos analistas acreditam que a recente 
fase de prosperidade das economias asiáticas é resultado da adoção de 
políticas que estimularam a substituição de importações e que permitiram o 
desenvolvimento de uma indústria voltada para a exportação... 
A substituição das importações foi implantado em muitos países da América 
Latina, como o Brasil, o México, a Argentina e na África, a África do Sul. Tais 
países viram na industrialização por substituição de importações a grande 
chance para evoluírem tecnológica e socialmente. 
Aproveitando para explorar uma grande quantidade de mão-de-obra barata e 
desqualificada, as transnacionais se instalaram e se beneficiaram de políticas 
de isenções de tributos, sem a pressão de sindicatos, leis ambientais ou 
conflitos étnicos. Tais países, grande territorialmente e ricos em recursos 
minerais e energéticos, conseguiram avançar tecnologicamente mas ficariam à 
mercê das decisões externas do FMI e do BIRD e das oscilações do mercado 
externo que ditavam de fora os passos para o tratamento das políticas sociais. 
De fato, foi um período de crescimento econômico destes países e de grande 
avanço tecnológico. Mesmo assim, não foi suficiente para proporcionar uma 
efetiva redução dos índices de desigualdades sociais internas. Países como 
Brasil e México alcançaram um nível de desenvolvimento econômico e 
tecnológico suficiente para serem classificados como países subdesenvolvidos 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_econ%C3%B4mica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_econ%C3%B4mica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_c%C3%A2mbio
https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1960
https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1970
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Econ%C3%B4mica_para_a_Am%C3%A9rica_Latina_e_o_Caribe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Econ%C3%B4mica_para_a_Am%C3%A9rica_Latina_e_o_Caribe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_Mundo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tigres_asi%C3%A1ticos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9xico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Argentina
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transnacionais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Incentivo_fiscal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sindicato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_minerais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_minerais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_energ%C3%A9ticos
https://pt.wikipedia.org/wiki/FMI
https://pt.wikipedia.org/wiki/BIRD
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_externo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_externo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_social
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desigualdades_sociais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_econ%C3%B4mico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_subdesenvolvidos
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industrializados tardiamente ("países emergentes") e com grandes 
desigualdades sociais e alto custo ambiental. Fonte: Wikpédia, 2018 
Fim do Box de explicação 
Em 2003, então, a fim de se promover o progresso técnico e a competição 
internacional, é elaborada a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e 
Inovação – PNCT&I, sob coordenação do Ministério da Ciência e Tecnologia 
(MCT). Vale destacar que a PNCT&I surge como uma nova abordagem, 
caracterizada pela alocação de recursos públicos em atividades empresariais 
voltadas para a inovação, em especial, pelas agências de fomento CNPq 
(Conselho Nacional e Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Finep 
(Financiadora de Estudos e Projetos). Além do CNPq e Finep, outra importante 
fonte de financiamento para a inovação é o BNDES – Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social). 
Como muitos países, o Brasil utiliza um conjunto de instrumentos de apoio à 
P&D e inovação, dentre os quais podemos destacar os incentivos fiscais e 
subvenções, considerados apoios diretos e indiretos, respectivamente. 
Início do Verbete 
Incentivo fiscal fazem parte do conjunto de políticas econômicas que visam a 
facilitar o aporte de capitais em uma determinada área através da cobrança de 
menos impostos ou de sua não cobrança, visando ao aquecimento econômico 
do respectivo território principalmente com capitais exógenos (de fora). 
Aparece frequentemente na forma de isenção fiscal. 
Subvenção é um auxílio pecuniário, em geral concedido pelo poder público. É 
uma modalidade de transferência de recursos financeiros públicos, para 
instituições privadas e públicas, de caráter assistencial, sem fins lucrativos, 
com o objetivo de cobrir despesas de seus custeios. Fonte: Wikpédia, 2018 
Fimdo Verbete 
De acordo com MCT (2007), as prioridades estratégicas da PNCT&I podem ser 
resumidas em quatro eixos, conforme mostrado, a seguir: 
a) Expansão e Consolidação do Sistema Nacional de C,T&I: expandir, integrar, 
modernizar e consolidar o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_emergentes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desigualdades_sociais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_econ%C3%B4mica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Isen%C3%A7%C3%A3o_fiscal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_p%C3%BAblico
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Inovação (SNCTI); 
b) Promoção da Inovação Tecnológica nas Empresas: intensificar as ações de 
fomento à inovação e de apoio tecnológico nas empresas. Acelerar o 
desenvolvimento de um ambiente favorável à inovação nas empresas; 
c) Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Áreas Estratégicas: fortalecer as 
atividades de pesquisa e inovação em áreas estratégicas para a soberania 
do País; e 
d) Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Social: promover a 
popularização e o aperfeiçoamento do ensino de ciências nas escolas, bem 
como a produção e a difusão de tecnologias e inovações para a inclusão e 
o desenvolvimento social. 
Quadro 2: Prioridades estratégicas, linhas de ação e programas da PNCT&I 
Prioridades estratégicas Linhas de ação e programas 
Expansão e Consolidação 
do Sistema Nacional de 
C,T&I: 
1. Consolidação institucional do Sistema Nacional de C,T&I 
• Consolidação institucional do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação (SNCTI) 
2. Formação de recursos humanos para C,T&I 
• Formação, qualificação e fixação de recursos humanos para C,T&I. 
3. Infraestrutura e fomento da pesquisa científica e tecnológica 
• Apoio à infraestrutura das Instituições Científicas e Tecnológicas 
(ICTs) e de Institutos de Pesquisa Tecnológica (IPTs). 
• Fomento ao desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação. 
• Programa Nova RNP – internet avançada para educação e pesquisa. 
• Unidades de pesquisa científica de tecnológica do MCT. 
Promoção da Inovação 
Tecnológica nas Empresas 
1. Apoio à Inovação Tecnológica nas Empresas 
• Apoio financeiro às atividades de P,D&I e à inserção de pesquisadores 
nas empresas. 
• Apoio à cooperação entre empresas e ICTs. 
• Iniciativa nacional para inovação. 
• Capacitação de recursos humanos para inovação. 
• Implementação de centos de P,D&I empresariais. 
2. Tecnologia para a inovação nas empresas 
• Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATEC 
3. Incentivo à Criação e à Consolidação de Empresas Intensivas em 
Tecnologia 
• Programa Nacional de Apoio às Incubadoras e aos Parques 
Tecnológicos. 
• INOVAR – Fomento à criação de à ampliação da indústria de capital 
empreendedor no Brasil. 
• Uso do poder de compra para estimular o desenvolvimento tecnológico 
nas empresas nacionais de tecnologia. 
Fonte: Elaborado a partir de MCT (2007) 
9 
 
Uma explanação maior dos eixos Expansão e Consolidação do Sistema 
Nacional de C,T&I e Promoção da Inovação Tecnológica nas Empresas, 
podem ser vistos no Quadro 2, acima. 
3. Políticas de incentivo à inovação tecnológica no Brasil: fontes de 
financiamento 
As políticas recentes de incentivo à inovação tecnológica no Brasil, quando 
comparadas a períodos anteriores, mostram um avanço considerável. De 
acordo com os dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, os investimentos 
com atividades de CTI passaram de R$ 9,5 bilhões em 2002, para R$ 15 
bilhões para 2006. Se considerarmos a parcela de participação sobre o PIB, os 
investimentos brasileiros em C,T&I, em 2005, atingiram 1,28%. Não há dúvida 
que os investimentos têm sido importantes, mas é importante ressaltar que 
ainda não alcançaram patamares desejados, há décadas, de 2% do PIB. 
Com destaque, apresentam-se os investimentos do CNPq para a pesquisa, que 
passou de menos de R$ 50 milhões, em 1996, para mais de R$ 350 milhões 
em 2006. 
Em relação aos recursos da Finep (reembolsáveis e não reembolsáveis) houve 
também um avanço importante. Em 1999 eram de R$ 278 milhões e passaram 
para aproximadamente R$ 1,5 bilhões, em 2006 (MCT, 2007). 
Vamos agora apresentar os principais programas para promoção da inovação 
delineados pelo CNPq, pela Finep e pelo BNDES. 
3.1 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - 
CNPq 
As atividades do CNPq para o fomento à inovação têm fundamentalmente duas 
orientações: uma voltada à pesquisa científica e tecnológica, e outra 
direcionada para a formação de recursos humanos para pesquisa no Brasil, 
representando uma parcela significativa dos recursos do Ministério da Ciência 
e Tecnologia. Os recursos são aplicados através da concessão de bolsas de 
pesquisa, para pesquisadores e instituições científicas e tecnológicas. 
Dentre os programas de fomento para o desenvolvimento de inovações 
tecnológicas podemos destacar quatro: 
10 
 
Programa RHAE-Inovação 
O Programa RHAE é um programa de formação de recurso humanos para 
áreas estratégicas, cujo objetivo é o de estimular a inserção de pesquisadores 
(mestres e doutores) em atividades de P&D nas empresas. Através de editais a 
empresa apresenta um projeto de pesquisa tecnológica e de inovação, que 
esteja alinhado às áreas da política industrial e tecnológica brasileira. 
Programa DCR – Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional 
O Programa DCR está inserido no programa geral de fortalecimento da 
capacitação científica e tecnológica. Consiste na concessão de bolsas e têm 
por objetivo promover a fixação de recursos humanos, com experiência em 
ciência, tecnologia e inovação em empresas públicas de P&D, empresas 
privadas que atuem em investigação científica ou tecnológica. 
Bolsas de Pós-Graduação para Pesquisadores de Empresas 
O programa de bolsas de pós-graduação para pesquisadores de empresas é 
constituído por dois tipos, a saber: PDI e SWI. 
A Bolsa PDI refere-se a uma bolsa de pós-doutorado, voltada para o ambiente 
empresarial e industrial, que visa possibilitar ao pesquisador a consolidação e 
atualização de seus conhecimentos, assim como agregar competência às 
ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação das empresas no país. 
A Bolsa SWI, por sua vez, corresponde a uma bolsa de doutorado sanduíche 
empresarial, que tem como finalidade incentivar o pesquisador em curso de 
doutorado, a realizar a parte experimental de sua tese em um ambiente 
empresarial, participando de ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação 
em empresas no país. 
Além das Bolsas Empresariais, outras bolsas de apoio às atividades de 
extensão, desenvolvimento tecnológico e inovação, tais como as Bolsas 
Tecnológicas e as Bolsas de Extensão, se destacam. As Bolsas Tecnológicas 
são utilizadas por estudantes universitários, técnicos de laboratório, 
pesquisadores, especialistas e consultores, participantes de projetos 
tecnológicos apoiados pelo CNPq. As principais modalidades são a (i) Iniciação 
Tecnológica e Industrial (ITI), destinada a alunos de graduação e ensino médio, 
11 
 
cujo objetivo é estimular o interesse para a pesquisa tecnológica; e (ii) 
Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), voltada a profissionais com 
experiência em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O aumento de 
concessão de a concessão de bolsas nessas modalidades, entre 2002 e 2006 
foi de 75% e 86%, respectivamente. O CNPq oferece ainda as modalidades 
Especialista Visitante, de longa duração e de curta duração, e 
Estágio/Treinamento no País e no exterior. 
Programa TIB – Tecnologia Industrial Básica 
O Programa TIB tem por objetivo adequar e expandir a infraestrutura de 
serviços tecnológicos em metrologia, normalização, tecnologias de gestão e 
serviços de suporteà propriedade intelectual, e à informação tecnológica. O 
Programa TIB é importante para a adequação técnica ao comércio 
internacional, decorrente da crescente sofisticação do mercado e das 
exigências de certificação da qualidade. Está estruturado em dois 
subprogramas: i) Infraestrutura de Tecnologia Industrial Básica; e ii) Serviços 
Tecnológicos para Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia. 
em resumo, as ações de fomento têm por objetivo consolidar uma rede de 
serviços tecnológicos, conduzida pelos institutos e centros de pesquisa e 
desenvolvimento tecnológico e entidades tecnológicas setoriais. Buscam 
oferecer suporte a estrutura produtiva brasileira, no que se refere ao 
atendimento aos requisitos de qualidade em produtos, serviços e sistemas de 
gestão, de forma a aumentar a capacidade das empresas de competir tanto no 
mercado interno como no externo. Por outro lado, contribui para a proteção do 
mercado interno da entrada de produtos e serviços que não atendam aos 
critérios de qualidade requeridos (LAPLANE ET AL., 2007). 
3.2 Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP 
A Financiadora de Estudos e Projetos – Finep é uma empresa pública de 
direito privado, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e integra 
o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) como uma de 
suas principais agências. Tem como propósito promover e financiar a inovação 
e a pesquisa científica e tecnológica em empresas e Instituições Científicas e 
Tecnológicas (ICTs), por meio de recursos financeiros, sejam reembolsáveis e 
12 
 
não reembolsáveis. 
Em especial, a Finep destina financiamento a todos os segmentos que o 
compõem - universidades, institutos de pesquisas, instituições governamentais, 
organizações não governamentais e empresas. Possibilita a utilização de 
diferentes tipos de recursos financeiros, ou seja, recursos próprios, de terceiros 
e recursos de amplo uso no financiamento de atividades ligadas à inovação, 
incluindo desde a pesquisa básica até a popularização da ciência. A Finep atua 
com três modalidades de apoio: (i) apoio financeiro não reembolsável; (ii) 
financiamentos; e (iii) investimentos. 
Apoio financeiro não reembolsável 
Essa modalidade de apoio, inicialmente, foi destinada apenas às instituições 
sem fins lucrativos, para a realização de projetos de pesquisa científica, 
tecnológica ou de inovação, e realização de estudos, eventos e seminários 
voltados ao intercâmbio e difusão de conhecimentos. As instituições elegíveis 
para esse tipo de financiamento são as ICTs, que incluem universidades e 
outras instituições de ensino e pesquisa públicas ou privadas. A partir de 2006, 
o apoio financeiro não reembolsável passou a ser aplicado também a 
empresas, por meio de concessão de subvenção econômica. 
Financiamento reembolsável 
Referem-se às operações de crédito para financiamento de projetos de 
empresas. Essa modalidade de financiamento também pode incluir o 
mecanismo de equalização de juros, para reduzir os encargos totais a serem 
desembolsados pelas empresas. As empresas e outras organizações 
interessadas em obter crédito podem apresentar suas propostas à Finep a 
qualquer tempo. 
Investimentos 
Esta modalidade é destinada para as empresas inovadoras com alto potencial 
de crescimento através de investimento em fundos de capital de risco (capital 
empreendedor), do tipo fundos de venture capital e fundos de capital semente. 
A FINEP fomenta a construção de fundos nos quais participa de forma 
minoritária, junto com outros investidores. 
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Os principais programas das três modalidades de apoio, acima destacadas, 
são apresentados no Quadro 3. 
Quadro 3: Modalidades e principais programas da Finep 
Modalidades Programas Foco dos Programas 
Recursos 
reembolsáveis 
 
PRÓ-
INOVAÇÃO 
Projetos de P,D&I e capacitação tecnológica, com 
prioridade para os setores da Política Industrial. 
JURO ZERO 
Inovação da produção à comercialização em Micro e 
Pequenas Empresas (MPEs), com parcerias 
regionais. 
FINEPSUL 
Apoio a projetos de infraestrutura de empresas 
brasileiras de consultoria de engenharia em Países 
da América do Sul. 
Recursos não 
reembolsáveis 
PAPPE 
Projetos de P&D de produtos e processos 
inovadores em fases que precedem a sua 
comercialização. Tem foco em pesquisadores e 
suas atividades desenvolvidas em empresas ou 
criação de MPEs tecnologicamente intensivas. 
SUBVENÇÃO 
ECONÔMICA 
PAPPE: Atividades inovadoras de empresas 
alinhadas à Política Industrial e setores estratégicos 
em parcerias com agentes regionais e estaduais, 
focando em MPEs. 
Inovação: Atividades inovadoras de empresas 
alinhadas à Política Industrial e setores estratégicos. 
Pesquisador na empresa: parcela da remuneração 
de mestres e doutores em atividades de inovação 
nas empresas. 
Investimentos 
INOVAR 
(Incubadora 
de Fundos) 
Capital empreendedor. 
INOVAR 
(Fórum de 
negócios) 
Capitalização de MPEs tecnologicamente 
intensivas. 
INOVAR 
SEMENTE 
Estruturação de fundos locais de capital semente. 
Fonte: Finep 
Vale salientar que, ao longo dos anos, a Finep revisou e ampliou seus 
programas de atuação de modo a adequá-los às demandas das políticas 
implantadas. 
3.3 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES 
O BNDES está vinculado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior – MDIC. O objetivo do BNDES é fomentar e apoiar 
operações associadas à formação de capacitações e ao desenvolvimento de 
ambientes inovadores, com o intuito de gerar valor econômico ou social e 
melhorar o posicionamento competitivo das empresas (BNDES,2018) 
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Os programas de apoio atuam em diferentes estáticos da atividade de 
inovação. De acordo com Távora Júnior e Távora (2015), essa característica é 
importante pois possibilita a combinação de diferentes instrumentos 
financeiros. Os modelos de apoio ao financiamento da inovação oferecidos 
pelo BNDES são: 
Linha Inovação Tecnológica 
A linha Inovação Tecnológica tem como objetivo apoiar projetos de pesquisa, 
desenvolvimento e inovação com risco tecnológico e oportunidade de mercado, 
considerando que o desenvolvimento de produtos/processos seja novos ao 
menos para o mercado nacional, ou significativamente aprimorados 
Fundos de Investimentos – CRIATEC 
Os fundos Criatec são fundos de investimento em participações em MPME 
inovadoras. É destinado à capitalização das micro e pequenas empresas 
inovadoras. Tem por finalidade capitalizar micro e pequenas empresas 
inovadoras de capital semente e de prover um adequado apoio gerencial. 
Fundo Tecnológico (FUNTEC) 
Apoiam projetos de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação 
(P, D & I). Destacamos alguns dos itens apoiáveis: 
• Aquisição de equipamentos novos de pesquisa, produzidos no País, 
necessários à realização do projeto de P, D & I; 
• Aquisição de equipamentos de pesquisa importados novos, sem similar 
nacional; 
• Aquisição de software desenvolvido com tecnologia nacional ou, quando 
não houver similar nacional, com tecnologia de procedência estrangeira; 
• Despesas com treinamento e capacitação tecnológica relacionadas ao 
projeto de P, D & I; 
• Aquisição, transferência e absorção de tecnologia a ser utilizada no projeto. 
 
Vale destacar que no levantamento dos programas de PD&I existentes no 
Brasil, verificamos iniciativas de várias instituições públicas, muitas delas com 
15 
 
mais de uma modalidade de apoio. Entretanto, pesquisas de inovação 
tecnológica no Brasil (Pintec) constatam que, aproximadamente um quinto das 
empresas industriais brasileiras que realizaram algum tipo de inovação, utilizam 
algum instrumento de apoio governamental, sendo a maior parte dos gastos 
com PD&I oriundos de recursos próprios. 
De acordo com Luna et al. (2008), as razões para a baixa aderência aos 
programas de incentivo são várias, dentreelas podemos destacar os gastos em 
pessoal e o grau de incerteza sobre os resultados. Quanto ao pessoal, os 
gastos são elevados em função da necessidade de se ter profissionais 
altamente qualificados para atuarem nas atividades de Pesquisa 
&Desenvolvimento (P&D). Para termos uma ideia da representatividade desses 
gastos, eles giram em torno de 50% do investimento em P&D, portanto, não é 
de fácil manutenção. Em relação à incerteza, o investimento precisa prever que 
nem sempre o processo de inovação resulta em um caso de sucesso. É preciso 
considerar que as percepções de risco entre empreendedores e investidores 
não é a mesma. Esta assimetria de informação gera uma diferença entre o 
custo de capital interno e de terceiros, e acaba sendo determinante na escolha 
do tipo de financiamento. 
Atividades 
1. Explique por que é importante o apoio governamental para a promoção da 
inovação? 
2. Quais as principias razões para o baixo índice adesão às políticas públicas 
de apoio a inovação no Brasil? 
3. De que forma as políticas públicas podem influenciar as empresas interna e 
externamente? 
 
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Conclusão 
Podemos concluir nesta aula, que as políticas públicas são cruciais para o 
desenvolvimento da inovação, entretanto, ainda precisam superar obstáculos 
para sua implementação e maior adesão por parte das empresas. Disponililizar 
recursos financeiros, embora importantes, não são suficientes para a promoção 
da inovação no Brasil. É necessário avançar no desenvolvimento de um 
sistema nacional de inovação, no sentido de capacitar melhor as empresas, as 
instituições de ensino, a partir da formação de mão de obra especializada para 
a tecnologia, e outros agentes produtivos e econômicos. 
Resumo 
Nesta aula vimos a importância e o papel das políticas públicas para a 
promoção da inovação. Foi possível identificar os principais programas e linhas 
de financiamento disponíveis no Brasil para as empresas. Apesar de 
necessárias, as políticas públicas para a promoção da inovação no Brasil nem 
sempre estiveram presentes. Até o início da abertura econômica mundial, o 
Brasil optou por desenvolvimento baseados na substituição de importações. Tal 
modelo trouxe benefícios para o país, em termos de formação da estrutura 
industrial, mas não conseguiu avançar no desenvolvimento tecnológico e 
competir internacionalmente. 
Após este período de pouco incentivo para o desenvolvimento tecnológico, o 
Brasil retoma nos anos 2000 uma política industrial e tecnológica centrada no 
desenvolvimento da inovação. Para isso, vários programas de incentivo e 
linhas de financiamento têm sido disponibilizadas e passaram a desempenhar 
um papel importante na promoção da inovação no país. Embora ainda 
insuficientes para um desenvolvimento tecnológico competitivo, do ponto de 
vista internacional, houve um avanço importante nas últimas décadas. 
 
 
 
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Leitura recomendada 
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e empreendedorismo. Bookman, 2009. 
DAVILA, T.; EPSTEIN, M.J.; SHELTON, R. As regras da inovação. Bookman, 
2009. 
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras 
para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Gulf 
Professional Publishing, 2005. 
TIDD J, BESSANT J. Gestão da Inovação. Porto Alegre: Bookman, 2015. 
Referências Bibliográficas 
CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Inovação e desenvolvimento: a força 
e permanência das contribuições de Erber. Estratégias de desenvolvimento, 
política industrial e inovação: ensaios em memória de Fabio Erber. Rio de 
Janeiro: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, p. 379-414, 
2014. 
CHRISTENSEN, Clayton M. O dilema da inovação. São Paulo: Makron Books, 
2011. 
CIMOLI, M., DOSI, G., NELSON, R. R.; STIGLITZ, J. Institutions and Policies 
Shaping Industrial Development: An Introductory Note, LEM Working Paper 
Series, 2006. 
DODGSON, M.; GANN, D; SALTER, A. The management of technological 
innovation. New York: Oxford University Press, 2008. 
FIGUEIREDO, P.N. Gestão da inovação: conceitos, métricas e experiências de 
empresas no Brasil. Rio de Janeiro, LTC, 2015. 
IACONO, A. Análise dos elementos determinantes internos e externos para o 
acúmulo da capacidade tecnológica em empresas de bens de capital no Brasil. 
Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2015. 
KIM, L. Da imitação à inovação: a dinâmica do aprendizado tecnológico da 
Coréia. Campinas: editora da Unicamp, 2005. 
LAPLANE, M.F.; CASSIOLATO, J.E.; LASTRES, H. Projeto Política Brasileira 
18 
 
de Ciência, Tecnologia e Inovação: A Lei de Inovação e o Sistema Nacional de 
C & T & I. CGEE, Rio de Janeiro, 2007 
Luna, F.; Moreira, S.; Gonçalves, A.. "Financiamento à inovação." Políticas de 
incentivo à inovação tecnológica no Brasil. Brasília: Ipea, p.229-262, 2008. 
SARKAR, Soumodip. Empreendedorismo e inovação. Escolar Editora, 2014. 
TÁVORA JÚNIOR, J.L.; TÁVORA, L.E.M. Decisões de investimento em 
projetos de inovação. In: LACERDA, D. P., JÚNIOR, A., Valle, J. A., TÁVORA 
JUNIOR, J. L., & SALERNO, M. S. Gestão da inovação e competitividade no 
Brasil: da teoria para a prática, 2015. 
TIGRE, P. Gestão da Inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2006. 
TROTT, P. Gestão da Inovação e Desenvolvimento de Novos Produtos. 4. Ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2012.

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