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AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL Faculdade de Minas 2 Sumário FACULESTE .................................................................................................. 4 Definições/Conceito........................................................................................ 5 Desenvolvimento Sustentavél ........................................................................ 5 A Utilização Eficiente dos Recursos Naturais .............................................. 5 Ecoequidade e Ecoeficiência .......................................................................... 6 Economia e Meio Ambiente ........................................................................ 7 Certificação .................................................................................................... 7 ISO 14001 e 14004 ........................................................................................ 9 Requisitos gerais da ISO 14001 ................................................................ 10 Auditoria Ambiental ...................................................................................... 12 Tipos de Auditoria Ambiental .................................................................... 13 Etapas de Auditoria Ambiental .................................................................. 14 SISTEMA BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO – SBC ................................... 15 Credenciamento (acreditação) .................................................................. 16 Certificação de Conformidade ................................................................... 16 Tipos de Certificação: ................................................................................... 17 Certificação Compulsória .......................................................................... 17 Certificação Voluntária .............................................................................. 17 Avaliação do Fornecedor .......................................................................... 18 INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia..... 18 Finalidades ............................................................................................... 18 Responsabilidades .................................................................................... 18 O INMETRO atua no SBC com as seguintes funções e responsabilidades: ............................................................................................................................ 18 Organismo de Certificação Credenciado (Acreditado) – OCC ................... 19 Finalidades ............................................................................................... 19 Organismo de Certificação de Sistemas da Qualidade – OCS .................. 19 Organismo de Certificação de Sistema de Gestão Ambiental – OCA ....... 19 Organismo de Certificação de Produto – OCP .......................................... 20 Organismo de Certificação de Pessoal – OPC .......................................... 20 Responsabilidades .................................................................................... 20 Organismo de Treinamento Acreditado – OTC ......................................... 21 Finalidades ............................................................................................... 21 Responsabilidades .................................................................................... 21 Regulamento do Credenciamento (acreditação) ....................................... 21 Recursos advindos do SBC ...................................................................... 22 Promoção do SBC .................................................................................... 22 Educação para o consumo ....................................................................... 22 Reconhecimento Internacional .................................................................. 23 AUDITORIAS DA QUALIDADE E AMBIENTAL ........................................ 23 O QUE É AUDITADO EM UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ........ 25 Política Ambiental ..................................................................................... 25 Planejamento ............................................................................................ 26 Faculdade de Minas 3 Aspectos ambientais ................................................................................. 26 Identificação e avaliação de impactos relacionados a aspectos ambientais ............................................................................................................................ 26 Exemplos de identificação e avaliação de impactos ambientais................ 27 Exemplos de objetivos e metas ambientais .............................................. 27 Programa de Gestão Ambiental ................................................................ 28 Exemplo de Programa de Gestão Ambiental ............................................ 28 Referências .................................................................................................. 29 Faculdade de Minas 4 FACULESTE A história do Instituto Faculeste, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Faculeste, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A Faculeste tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. Faculdade de Minas 5 Definições/Conceito Desenvolvimento Sustentavél O conceito de desenvolvimento sustentável ficou conhecido em 1987 através do relatório Brundtland que apontou a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os atuais padrões de produção e consumo e a composição entre meio ambiente e questões sociais o relatório de Brundtland define desenvolvimento como processo que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. (BRUNDTLAND, 1987). A Utilização Eficiente dos Recursos Naturais Com o crescimento da economia mundial e o aumento da população (9 bilhões de habitantes até 2050) os recursos naturais vão se esgotar( CAVALCANTI, 2012, p.1). A água, o solo, o ar puro são recursos vitais para a saúde e a qualidade de vida, mas a sua disponibilidade é limitada. O crescente aumento da obtenção de alguns recursos vai contribuir para a sua escassez e para o aumento dos preços, que afetarão a economia mundial. É necessária uma gestão mais eficiente dos recursos durante todo o seu ciclo de vida, desde a extração até à eliminação, passando pelo transporte, a transformação e o consumo. Neste contexto é necessário promover a eficiência na utilização de recursos, produzindo mais valia utilizando menos matéria prima e alterando os padrões de consumo. Deste modo, os riscos de escassez de recursos serão minimizados, mantendo os impactos ambientais dentro de níveis aceitáveis. Os custos sociais e ambientais advindos da produção em escala mundialpela moderna indústria são enormes, mas a sociedade civil começou a resistir e a exigir a internalização dos custos ambientais causados pelas atividades econômicas. A pressão de ONG’s e movimentos populares sobre empresas e governos tem sido Faculdade de Minas 6 intensa ao exigirem proteção contra dejetos tóxicos, fumaça, água e ar poluído somados a obsolescência de equipamentos industriais e processos geradores de insustentabilidade. As inovações tecnológicas na indústria trouxeram consigo a possibilidade de manipulação de matérias primas e um sem numero de problemas socioambientais chamados de “custos sociais”. Dado a gravidade do problema, a sociedade começou a pressionar e resistir exigindo a incorporação dos custos ambientais ocasionados pelas atividades econômicas. As questões envolvendo os problemas ambientais, o esgotamento de recursos naturais não renováveis e o crescimento econômico desvinculado do desenvolvimento sustentável tornaram-se uma grande preocupação mundial nos últimos anos, o que tem levado tanto governantes quanto as sociedades civis e as próprias organizações a proporem diferentes medidas para a preservação do planeta e, consequente, sobrevivência das gerações futuras (LUNARDI, 2012, p.1). O uso ineficiente de insumos prejudica o meio ambiente, além de resultar em maiores custos para as organizações e perder vantagens competitivas. Organizações que não buscam a eficiência e a atualização de conhecimentos referentes à sustentabilidade econômica de suas atividades tende a aumentar os custos de produção e de operação, prejudicando o resultado financeiro da empresa (KIM; KO, 2010 p 8). Por outro lado, as organizações que seus processos industriais afetam o meio ambiente sofrem pressões externas para a solução do problema e passam a ser responsáveis pela redução de impactos e adoção de posturas menos degradantes (LUCAS, 2010). Ecoequidade e Ecoeficiência Com o rápido avanço tecnológico nos sistemas informacionais a literatura tem destacado diferentes vantagens de ser verde. Segundo Brooks et.al. (2010), existem duas grandes categorias de benefícios: os ambientais e os financeiros. Os benefícios ambientais relacionam-se aos objetivos de ecoequidade que refere-se à igualdade de direitos entre as gerações atuais e futuras aos recursos ambientais disponíveis. A ecoequidade é a maneira pela qual se faz o gerenciamento dos impactos causados no meio ambiente, suprindo as necessidades de agora sem Faculdade de Minas 7 comprometer as de amanhã. Por sua vez, a ecoeficiência refere-se à entrega de produtos e serviços com preços competitivos que satisfazem as necessidades e trazem qualidade de vida, reduzindo progressivamente os 5 impactos ecológicos e a quantidade de recursos utilizados no ciclo de vida dos produtos e serviço (LUCAS, 2010). Economia e Meio Ambiente A degradação do meio ambiente está associada aos interesses de quem produz, ou seja, do grande capital, que não leva em consideração a questão ambiental nos investimentos e na produção (LUNARDI, 2014). No mercado global os interesses do grande capital estão acima da preservação ambiental ainda que neste século surjam organizações sinceramente preocupadas com o meio ambiente e o cuidado com as gerações futuras, e invariavelmente convertem a natureza em um produto, dentro da lógica da ampliação ao consumo, existindo uma contradição entre mercado e preservação ambiental, neste sentido, Lucas afirma: [...] o capitalismo para nutrir capacidade de manter-se coerente com seus instintos expansivos parece conceder ao longo da história pouca seriedade e prioridade fundamental para associar-se o ambientalismo com o combate à pobreza. O calcanhar de Aquiles da política ambientalista consiste em proporcionar qualidade de vida em termos de igualdade de acesso e proteção aos bens naturais não renováveis. Ou seja, a pobreza tem se pautado na modernidade também como uma das circunstancias de degradação ambiental qualificada. Ora, esta reflexão esta evidenciada aqui jamais com o intuito de servir para a discriminação dos pobres ou criminalização da pobreza (LUCAS, 2010, p.37). A deterioração ambiental resultou da aceleração do processo de produção e consumo dos países centrais baseados na exploração intensa do trabalho e dos recursos naturais disponíveis. Para os ambientalistas a destruição do meio ambiente está associada a falta de consciência por parte de governos e empresas preocupados com o desenvolvimento a qualquer custo, o que gera um passivo ambientam de enormes proporções (FOSTER, 2010). Certificação As preocupações com o meio ambiente fizeram com que fossem criadas normas técnicas visando à melhoria continua da qualidade ambiental. Assim, as organizações administram seus produtos e processos com o objetivo de evitar Faculdade de Minas 8 agressões ao meio ambiente, gerenciando riscos e resíduos gerados nos processos produtivos. Com sede em Genebra, Suíça, a International Organization for Standardization (ISO) é uma organização não governamental especializada com membros de 111 países. Suas normas são voluntárias, no entanto, os associados frequentemente as tornam obrigatórias. (FORTE, 2007). Com a crescente preocupação da sociedade em relação aos danos ambientais provocados pela industrialização crescente, a ISO começou a trabalhar os aspectos da gestão ambiental. Em 1996 foram criadas as normas relativas a gestão ambiental dentro da série 14000, publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) revisadas em 1999 e concluídas em 2006 identificadas como NBR ISO 14001: 2004 – Sistema de Gestão Ambiental (SGA): requisitos com orientações para uso. O quadro 1 apresenta esta e as demais normas relativas às organizações. O quadro 1 aponta que normas de um SGA indicam os meios para que o produto, serviço e ou processo sejam ambientalmente sustentáveis, ou ainda, não possam alterar ou agredir o meio ambiente. Faculdade de Minas 9 ISO 14001 e 14004 A norma ISO 14001 está fundamentada na metodologia PDCA (Plan - Do - Check - Act), isto é, no ciclo planejar, fazer, checar e agir. Este ciclo pôde ser observado na Figura 2. Esta metodologia é uma ferramenta eficaz para as organizações identificarem e gerenciarem riscos ambientais como parte de sua prática cotidiana. A norma faz com que as organizações se comprometam com a prevenção da poluição e cuidados com seus processos produtivos como parte do ciclo normal de gestão empresarial. Cajazeira (1998) apud Forte (2007) entende a ISO 14001 como “parte do Sistema de Gerenciamento Global que inclui a estrutura organizacional, o planejamento de atividades, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para o desenvolvimento, implantação, alcance, revisão e manutenção da política ambiental”. Esta norma é de adesão voluntária que contem os requisitos para implantação de um sistema de gestão ambiental em uma organização, podendo ser aplicado em qualquer atividade, tanto em grandes ou pequenas empresas. As empresas que a adotam promovem melhoria contínua em seu desempenho ambiental. A ISO 14001 é uma norma de gerenciamento e não de produto, ela não estabelece indicadores pré-definidos havendo a necessidade da própria empresa construa metas e indicadores conforme o ramo de atividade, condição material ou financeira. O processo de certificação é resultado de uma série de ações empresariais visando a diminuição dos impactos ambientais. Após a primeira certificação da ISO 14001, semestralmente ocorrem auditorias externas de manutenção. Entretanto, a renovação da certificação ocorre a cada três anos. A organização que possui certificação ISSO 14001 preenche os requisitos da norma funcionando dentro de padrões exigidos, mas não garante desempenho ambiental excelente, mas sim tem compromissocom a melhoria contínua. Para obter a certificação, a empresa deve implementar todos os requisitos da ISO 14001 mesmo que tenha que buscar conceitos e informações na ISO 14004. A ISO 14004 é uma norma de orientação baseadas em exemplos e descrições Faculdade de Minas 10 relacionadas a implantação de 9 sistemas de gestão ambiental. A ISO 14001 e ISO 14004 compartilham conceitos e definições. A seguir serão listados os requisitos indicados pela ISO 14001 uma vez que a Auditoria Ambiental está pautada nestes. Requisitos gerais da ISO 14001 A organização que pretende obter a certificação ISO 14001, deve estabelecer, documentar, programar, manter e sempre melhorar o SGA, promovendo melhoria contínua e conformidade ambiental e demonstrando- a terceiros. Segundo Forte (2007) “a empresa tem liberdade e flexibilidade para programar o SGA em departamentos específicos, ou em atividades específicas ou em toda organização”. A norma é viável e pode ser obtida por qualquer empresa, independente do porte ou da atividade desenvolvida. Nesse processo a ISO 14001 requer que a organização programe um SGA que: Promova uma política ambiental apropriada; Encontre os aspectos ambientais decorrentes de suas atividades, produtos e serviços passados, existentes ou planejados, para determinar os impactos ambientais significativos; Identifique os requisitos legais aplicáveis e outros subscritos; Determine prioridades e estabeleça objetivos e metas ambientais apropriadas; Estabeleça uma estrutura e programas para implementar a política e atingir objetivos e metas; Ajude as atividades de planejamento, controle, monitoramento, ação preventiva e corretiva, auditoria e análise, para assegurar que a política seja obedecida e que o SGA permaneça apropriado; e Seja competente de adaptar-se às mudanças de circunstâncias (FORTE, 2007). Faculdade de Minas 11 A política ambiental da organização tem que ter uma apresentação clara e objetiva que seja de fácil divulgação pela mídia, devendo todos seus stakeholders ter conhecimento da mesma. A finalidade da norma é a transparência das ações da organização. Os requisitos do SGA, conforme a norma ISO 14001:2004, estão expostos no Quadro 2, exceto os requisitos gerais já apresentados. A norma ISO14001 foi idealizada com o propósito de compatibilizar a proteção ambiental e prevenção à poluição com o crescimento socioeconômico de uma organização. Na prática, consiste numa forma eficaz da soma do desenvolvimento organizacional com a gestão ambiental. A introdução do sistema de gestão ambiental resulta no aprimoramento do desempenho ambiental. Atualmente, as normas sobre auditorias ambientais no Brasil são as NBR 19011/2002 e CONAMA 306/2002 e apresentam os seguintes benefícios em comparação com as ISO 14000: Maior aplicabilidade à realização de auditorias internas e também maior utilização pelas empresas de pequeno e médio porte; Faculdade de Minas 12 Abordagem mais flexível das qualificações do auditor e da seleção da equipe de auditoria; Aplicabilidade a auditorias unificadas, encurtando assim a lacuna entre as ferramentas de gestão da qualidade e as ferramentas de gestão ambiental (CAMPOS; LERÍPIO, 2009). Pode-se observar a partir daí que gestão ambiental nada mais é que o planejamento das atividades, matéria prima, recursos e ações sob controle de diretrizes que estarão analisando o impacto de cada decisão no meio ambiente. Para a população, clientes, funcionários e sociedade no geral, a certificação é um documento que comprova que a empresa possui implantado um Sistema de gestão ambiental tendo como propósito a melhoria contínua. Auditoria Ambiental A auditoria surge como técnica utilizada para apurar a dignidade das demonstrações para que terceiros interessados pudessem ter segurança em suas tomadas de decisões. Rodrigues; Mirek; Rosa, 2011 traz a seguinte definição: A auditoria como um importante elemento de gestão das organizações procura manter a empresa informada sobre suas atividades operacionais, úteis e suficientes para a sustentação ao processo de tomada de decisão(Rodrigues; Mirek; Rosa, 2011). A auditoria surgiu nos EUA a partir “da realização de auditoria voluntária na década de 1970” (Campos; Leripio, 2009). Hoje vários autores procuram definir a auditoria ambiental, pois são consideradas grandes ferramentas de gestão ambiental. Para Machado apud Forte (2007) a auditoria ambiental “é o procedimento de exame e avaliação periódica ou ocasional do comportamento de uma empresa em relação o meio ambiente. Pode ser pública ou privada, conforme seja determinada e/ou realizada pelo Poder Público ou pela própria empresa” A NBR ISO 14010 fornece um conceito mais completo que é usado pela Resolução CONAMA 306/2002, em seu anexo I, que define auditoria como um: Faculdade de Minas 13 Processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria estabelecidos nesta Resolução, e para comunicar os resultados desse processo (RODRIGUES, MIREK, ROSA, 2014 p. 3 apud BRASIL, 2002). Esta definição permite compreender a abrangência da auditoria ambiental e sua importância na avaliação da gestão das empresas, além de sua importância para a fiscalização dos processos a serem seguidos pela empresa. O processo de auditoria é sempre documentado, para futuras revisões e avaliação para aprimoramento da gestão ambiental. Tipos de Auditoria Ambiental A auditoria ambiental pode ser apresentada de diversas formas de acordo com seu objetivo principal. Cada tipo de auditoria avalia uma área, segue as tipologias aplicáveis nas entidades privadas no Quadro 3, que mostra os tipos de auditoria e discrimina o que avalia. Faculdade de Minas 14 As tipologias citadas mostram que auditoria ambiental pode ter várias finalidades legais, políticas, econômicas e gerenciais. Cada tipo de auditoria tem ligação com uma finalidade, é obrigação do auditor, definir o tipo de auditoria que a empresa necessita para que possa alcançar seus objetivos. Etapas de Auditoria Ambiental A auditoria ambiental é feita por intermédio de etapas, que podem variar de acordo com o tipo de auditoria, abaixo segue as etapas da auditoria ambiental: 1° Etapa: Segundo Cardoso, Amaral (2011) “primeiramente é importante a definição de um escopo da auditoria entre o cliente e a equipe de auditoria, pois isto configura o tipo de auditoria que será realizada”. Rodrigues, Mirek e Rosa apud Campos e Lerípio (2009) definem a primeira etapa como: Planejamento da auditoria. Contempla a definição dos objetivos e escopo (foco) da auditoria, a definição dos critérios a serem utilizados como referência e a definição dos recursos necessários. O seu objetivo define o tipo de auditoria a ser realizada (RODRIGUES, MIREK, ROSA apud CAMPOS, LERÍPIO, 2009 p.15). Nesta etapa o auditor definirá o que o cliente quer quais as áreas da empresa a ser estudada, e quais caminhos seguir, será feito também o planejamento da auditoria com prazo estimado para o término da mesma e as áreas de observação. 2° Etapa: Na segunda etapa é elaborado o plano de auditoria que segundo Rodrigues, Mirek e Rosa apud Campos e Lerípio (2009) constituem na: Preparação da auditoria. Compreende a definição da equipe de auditoria, análise preliminar de documentos, elaboração do plano de auditoria e dos instrumentos para sua realização (protocolo e lista de verificação) e estudo da legislação e normas aplicáveis à auditoria. A preparação ou elaboração dos instrumentos necessários, cartas, memorandos, questionários,listas de verificação, ou a adaptação dos instrumentos já existentes são fundamentais ao sucesso da auditoria (RODRIGUES, MIREK e ROSA apud CAMPOS e LERÍPIO 2009 p.15). Nesta etapa é feito um estudo do tipo de auditoria que será realizado, quais serão os instrumentos, legislações e diretrizes a serem usadas. Esta etapa é importante, pois ela que indicará se a próxima etapa estará sendo cumprida com qualidade. 3° Etapa: Na terceira etapa é executada a auditoria que conforme Rodrigues, Mirek e Rosa apud Campos e Lerípio (2009) é: Faculdade de Minas 15 Constituída por quatro atividades: reunião de abertura; coleta e avaliação das evidências; constatações (de conformidade ou não conformidade); e reunião de encerramento e de apresentação dos resultados. Seu objetivo é obtenção, análise e avaliação de evidências (informações física, documentais, comportamentais, verbais) em relação ao cumprimento dos critérios estabelecidos para a auditoria. A coleta de evidências pode envolver o exame de documentos, entrevistas e observações (RODRIGUES, MIREK e ROSA apud CAMPOS e LERÍPIO 2009 p. 15). Nesta fase será feita a reunião de abertura e haverá também a coleta de dado da organização para avaliar as conformidades e não conformidades da organização, tudo deve ser registrado pelo auditor. 4° Etapa: Na quarta e última etapa é executado o relatório final de auditoria que conforme Rodrigues, Mirek e Rosa apud Campos e Lerípio (2009) é a... Fase de informação dos resultados da auditoria. Contempla a definição do conteúdo, formato e distribuição do relatório e a definição do plano de ação. O Plano de Ação deve conter as não conformidades, as ações corretivas e seu acompanhamento pela equipe de auditoria. (RODRIGUES, MIREK e ROSA apud CAMPOS e LERÍPIO 2009 p. 15). Nesta última fase o relatório redigido pelo auditor tem que ser imparcial, ou seja, não pode haver a opinião do mesmo, deve haver um plano de ação conciso e objetivo, as conformidades e não conformidades também devem estar redigidas de acordo com a situação da organização, e os procedimentos devem ser acompanhados pela equipe de auditoria. SISTEMA BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO – SBC O SBC foi instituído pelo CONMETRO pela Resolução 08/1992 (revista pela Resolução 02/1997) para estabelecer uma estrutura de certificação de conformidade adequada às necessidades do Brasil. O SBC é um poderoso instrumento para o desenvolvimento industrial, para o incremento das exportações e para a defesa do consumidor. A certificação de conformidade induz à busca contínua da melhoria da qualidade. As empresas que se engajam neste movimento orientam-se para assegurar a qualidade dos seus produtos, processos e serviços, beneficiando-se com a melhoria da produtividade e aumento da competitividade. Faculdade de Minas 16 A CERTIFICAÇÃO é um indicador para os consumidores de que o produto, processo ou serviço atende a padrões mínimos de qualidade Em relação às trocas comerciais, no âmbito dos blocos econômicos, é particularmente importante a certificação de conformidade. É cada vez mais usual o caráter compulsório da certificação para a comercialização de produtos que se relacionam com a saúde, a segurança e o meio ambiente. A livre circulação de bens e serviços só se viabiliza integralmente se os países envolvidos mantiverem sistemas de certificação compatíveis e mutuamente reconhecidos. Credenciamento (acreditação) É o reconhecimento formal, concedido por um organismo autorizado, de que uma entidade tem competência técnica para realizar serviços específicos. O organismo de credenciamento do SBC é o INMETRO, cabendo às entidades por ele credenciadas a condução das atividades de certificação de conformidade e de treinamento de pessoal. Certificação de Conformidade Documento emitido pelo organismo de certificação, acreditado pela Coordenação Geral de Credenciamento do INMETRO, de acordo com as regras de um sistema de certificação e que atesta a qualidade de um sistema, processo, produto ou serviço. O documento é emitido com base em normas elaboradas por entidades reconhecidas Mesmo no caso de certificação de conformidade usando regulamentação técnica, as normas elaboradas por entidades reconhecidas no âmbito do SINMETRO devem ser utilizadas como sua base no âmbito do SINMETRO ou com base em regulamentos técnicos emitidos por órgãos regulamentadores oficiais. A CERTIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE é um documento de espectro abrangente que pode certificar qualquer material, componente, equipamento, interface, protocolo, procedimento, função, método e atividade de organismos ou pessoas. Faculdade de Minas 17 As entidades ou empresas interessadas na certificação de conformidade de seus processos, produtos ou serviços, no âmbito do SBC, devem procurar a orientação de um organismo de certificação acreditado pela Coordenação Geral de Credenciamento do INMETRO. Tipos de Certificação: Certificação Compulsória A CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA é um serviço prestado aos órgãos regulamentadores oficiais. Deve ser executada com base no regulamento técnico indicado no documento que a criou e complementada por regra específica de certificação. A certificação compulsória dá prioridade às questões de segurança, de interesse do país e do cidadão, abrangendo as questões relativas aos animais, vegetais, proteção da saúde, do meio ambiente e temas correlatos. Pode ser aceita a participação de organismos estrangeiros na certificação compulsória, desde que haja equivalência comprovada ou acordo de reconhecimento recíproco entre o sistema que o credenciou e o sistema de acreditação administrado pelo INMETRO. Certificação Voluntária A CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA é decisão exclusiva do solicitante e tem como objetivo garantir a conformidade de processos, produtos e serviços às normas elaboradas por entidades reconhecidas no âmbito do SINMETRO. Portanto, a certificação voluntária, no âmbito do SBC, deve ser executada com base nas normas brasileiras, regionais ou internacionais, dentro do conceito de níveis de normalização. Em situações específicas, normas estrangeiras e de consórcios podem também ser utilizadas. Faculdade de Minas 18 Avaliação do Fornecedor As empresas e associações de classe que desejarem ter seus fornecedores certificados, no âmbito do SBC, incluindo requisitos adicionais próprios, devem: -Utilizar os diversos organismos acreditados no âmbito do SINMETRO. -Utilizar metodologias, critérios e procedimentos compatíveis com aqueles estabelecidos no âmbito do SBC. INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Finalidades O INMETRO é o ÚNICO organismo de acreditação e responsável pelo reconhecimento internacional do SBC – Sistema Brasileiro de Certificação. O Brasil segue o exemplo dos sistemas mais modernos, onde somente um organismo de acreditação por país ou economia é reconhecido e onde há uma clara separação entre as atividades de certificação e de acreditação. Responsabilidades O INMETRO atua no SBC com as seguintes funções e responsabilidades: Exerce a função de organismo de acreditação do SBC de forma transparente, não discriminatória e independente das demais atividades referentes à sua área de competência, em harmonia com as práticas internacionais vigentes e em conformidade com os princípios e políticas adotadas no âmbito do Sistema. Representa o SBC nos foros nacionais, regionais e internacionais, visando o reconhecimento internacional do sistema. Adota princípios, implementa políticas, estabelece critérios e prepara os documentos necessários ao credenciamento dos organismos de certificação de produtos, sistemas, serviços, pessoal e de organismos de treinamento, no âmbito do SBC. Concede, mantém, reduz, suspende e cancela o credenciamento de organismos de certificação,no âmbito do SBC. Faculdade de Minas 19 Exerce a secretaria executiva do CBAC. Coordena, no âmbito do governo, a certificação compulsória. Articula, com os demais órgãos públicos as ações que garantam o efetivo cumprimento da certificação compulsória. Organismo de Certificação Credenciado (Acreditado) – OCC Finalidades Os OCC são as entidades que conduzem e concedem a certificação de conformidade. São organismos acreditados com base nos princípios e políticas adotados no âmbito do SBC e nos critérios, procedimentos e regulamentos estabelecidos pelo INMETRO. Os organismos de certificação acreditados pelo INMETRO podem fazer acordos de reconhecimento de suas atividades com organismos de outros sistemas estrangeiros, para que suas certificações sejam aceitas mutuamente, desde que haja garantia de que tais certificações sejam realizadas segundo regras equivalentes às utilizadas no SBC. São organismos de certificação integrantes do SBC os descritos a seguir. Organismo de Certificação de Sistemas da Qualidade – OCS São organismos que conduzem e concedem a certificação de conformidade com base na norma ABNT ISO 9001. Os critérios adotados pelo INMETRO para a acreditação desses organismos são baseados no ABNT ISO/IEC Guia 62 e orientações específicas. Os OCS ainda podem ser acreditados segundo critérios adicionais das montadoras automotivas. Organismo de Certificação de Sistema de Gestão Ambiental – OCA São organismos que conduzem e concedem a certificação de conformidade, com base na norma ISO 14001. Faculdade de Minas 20 Os critérios adotados pelo INMETRO para a acreditação desses organismos, são baseados no ABNT-ISO/IEC Guia 62 e demais orientações internacionais. Organismo de Certificação de Produto – OCP São organismos que conduzem e concedem a certificação de conformidade de produtos nas áreas voluntária e compulsória, com base em regulamentos técnicos ou normas nacionais, regionais e internacionais, estrangeiras e de consórcio. Os critérios adotados pelo INMETRO para a acreditação desses organismos são baseados no ABNT ISO/IEC Guia 65 e orientações internacionais específicas. Organismo de Certificação de Pessoal – OPC São organismos que conduzem e concedem a certificação do pessoal utilizado no SBC. O INMETRO tem como base dos critérios para o credenciamento desses organismos, aqueles estabelecidos no ABNT ISO/IEC Guia 62 e orientações internacionais específicas. Responsabilidades Cabe ao OCC: Exercer e acompanhar as atividades de certificação de acordo com os princípios e rotinas estabelecidos no âmbito do SBC. Atender continuamente aos requisitos de acreditação estabelecidos pelo INMETRO. Qualquer entidade, independentemente de sua origem, pode ser acreditada como organismo de certificação, desde que atenda aos princípios e políticas do SBC e os critérios, regulamentos e procedimentos estabelecidos pelo INMETRO. Na área de certificação voluntária, o OCC pode buscar o reconhecimento de entidades estrangeiras similares por meio de convênios, associações e subcontratações. Faculdade de Minas 21 É vedada a participação do OCC na atividade de CONSULTORIA, de acordo com as normas e guias ABNT ISO/IEC e as recomendações dos foros internacionais Organismo de Treinamento Acreditado – OTC Finalidades São organismos acreditados pelo INMETRO que conduzem o treinamento de pessoal no âmbito do SBC. O INMETRO tem como bases dos critérios para o credenciamento desses organismos, aqueles estabelecidos nas normas específicas internacionais. Responsabilidades Cabe ao OTC: Exercer e acompanhar as atividades de treinamento de acordo com os requisitos estabelecidos no âmbito do SBC. Atender continuamente os requisitos de credenciamento estabelecidos pelo INMETRO. O OTC pode buscar o reconhecimento mútuo com entidades estrangeiras similares, por meio de convênios, associações e subcontratações. Qualquer entidade, independentemente de sua origem, pode ser credenciada como organismo de certificação, desde que atenda aos princípios e políticas do SBC e os critérios, regulamentos e procedimentos estabelecidos pelo INMETRO. Regulamento do Credenciamento (acreditação) A Diretoria de Credenciamento e Qualidade – DQUAL do INMETRO é quem administra a concessão, manutenção, extensão, suspensão, redução e cancelamento do credenciamento, por delegação de poderes do presidente do INMETRO. A acreditação dos organismos do SBC é regida por contrato assinado entre a organização acreditada e o INMETRO, com validade de 4 anos. Faculdade de Minas 22 A acreditação está condicionada à realização de auditoria testemunha e à correção das não conformidades eventualmente constatadas. Esse processo tem prazo máximo de 180 dias para se encerrar, a contar da data do recebimento da solicitação. Os preços da concessão e manutenção do credenciamento estão à disposição de todos e podem ser obtidos junto ao INMETRO. Recursos advindos do SBC Visando manter a auto sustentação do sistema, os recursos aportados ao INMETRO por suas atividades são aplicados no próprio SBC. Fazem parte, também, dos recursos do INMETRO as receitas advindas de multas e taxas referentes à fiscalização da certificação compulsória. Promoção do SBC O poder de compra do estado é utilizado, sempre que possível, como elemento indutor do uso da certificação de conformidade. As entidades envolvidas no SBC têm o compromisso de promover a certificação de conformidade. O governo, através das suas instituições, apoia e fomenta as atividades do SBC visando a sua consolidação, fortalecimento e reconhecimento internacional. Educação para o consumo O INMETRO mantém um conjunto de ações integradas com os órgãos públicos e com a iniciativa privada, constituído de programas de educação para o consumo, com os seguintes objetivos: Consolidar na sociedade brasileira a valorização dos benefícios da certificação da qualidade de processos, produtos e serviços oferecidos aos consumidores. Faculdade de Minas 23 Reforçar, junto aos fornecedores, o compromisso de considerar as exigências da certificação da qualidade dos seus processos, produtos e serviços. O INMETRO apoia-se nas entidades integrantes do SBC para a implementação dos citados programas. Reconhecimento Internacional É meta prioritária do INMETRO o reconhecimento internacional dos programas de acreditação e certificação do SBC, visto que eles são cada vez mais necessários ao incremento do comércio internacional. Isto é possível, através de acordos bilaterais e multilaterais com organismos de outros países ou blocos regionais. Com esta finalidade o INMETRO representa o SBC nos seguintes foros internacionais de credenciamento e certificação: IAF – International Accreditation Forum. IAAC – Inter American Accreditation Cooperation. IATCA – International Auditor and Training Certification Association. AUDITORIAS DA QUALIDADE E AMBIENTAL Em Vancouver - Canadá, janeiro de 2002, promoveu-se o avanço em direção da harmonização das Normas de Gestão da Qualidade e Ambiental, visando atender aos setores produtivos que reivindicam regra única para implementação de Sistemas de Qualidade e Ambiental. A Norma ISO 19.011 oferece orientações para a Gestão de Programas de Auditorias, a condução de auditorias internas/externas de Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental, bem como avaliar a competência dos auditores. Ela juntou Faculdade de Minas 24 em uma única Norma todas as Normas de Auditoria da Qualidade (ISO 10.010 partes 1, 2 e 3) e ambiental (ISO 14.010, 14.011 e 14.012). As Normas Internacionais das Séries ISO 9000 e ISO 14000 enfatizam a importância das auditorias como ferramenta de gestão utilizadas nomonitoramento e verificação da implementação efetiva das políticas da qualidade e/ou ambientais de uma Organização. A ISO 19011 apresentou inovações como o “Managing an audit programme”, ilustrado com a aplicação do Fluxograma do ciclo PDCA, sendo aplicável a organizações de diversos tipos e portes. O documento encontra-se na forma de norma sob a titulação ISO 19011 – Auditoria em Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental. A AUDITORIA caracteriza-se basicamente por: Averiguar (preventiva). Prover exame analítico que segue o desenvolvimento das operações durante todo o ciclo. (Amostra). Tomar como base requisitos de normas – Modelo. Avaliar riscos. Agir por amostragem. Apontar conformidades ou não conformidades. Recomendar melhorias. Considerar informações existentes. Faculdade de Minas 25 As AUDITORIAS não são obrigatórias e são feitas normalmente por grandes empresas de forma voluntária. Em algumas situações podem ser usadas como uma ferramenta de gestão para melhorar seu desempenho ambiental ou seu sistema de gestão. Para tornar-se um auditor, faz-se necessário a realização de cursos, comprovação de conhecimentos e habilidades, mas, a norma específica não traz a necessidade de curso superior (NBR ISO 19011). Entretanto, no Brasil, foi regulamentada a questão da formação, instituindo se a necessidade da formação superior completa. Na realização das AUDITORIAS não há formalidades. O auditor é um profissional contratado e pago para realizar a auditoria, sendo que o cliente pode ser a própria empresa ou uma empresa interessada em conhecer as não conformidades e passivos de outra empresa (um fornecedor ou uma empresa a ser comprada). Quanto aos relatórios de auditoria, não há modelo pré-definido (a não ser que o cliente exija). São comuns o uso de fotos para auxiliar na explicação das não conformidades e quanto a roteiro específico, as AUDITORIAS normalmente dispõem de questionários, checklists, protocolos de legislação, mas, nenhum instrumento é obrigatório. O QUE É AUDITADO EM UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL Política Ambiental Uma organização deve definir sua política ambiental e assegurar comprometimento com melhoria do Meio Ambiente. y Ser apropriada à natureza e escala dos impactos ambientais de seus produtos, atividades ou serviços. Ser comprometida com prevenção à poluição. Atender à legislação ambiental. Faculdade de Minas 26 Prover estrutura para fixação e revisão dos objetivos e metas ambientais. Ser documentada, implementada, mantida e comunicada a todos da organização. Estar disponível para o público. Planejamento Uma organização deve formular um plano para satisfazer sua Política Ambiental. Aspectos Ambientais. Legislação. Objetivos e Metas. Programas de Gestão Ambiental. Aspectos ambientais Estabelecer e manter procedimentos para identificação dos aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços. Assegurar que as mitigações dos impactos ambientais relacionados aos aspectos ambientais sejam consideradas na fixação de objetivos e metas. Manter estas informações sempre atualizadas. Identificação e avaliação de impactos relacionados a aspectos ambientais A atividade selecionada deve ser a mais abrangente possível para um exame significativo e pequena o suficiente para o entendimento. Identificar, tanto quanto possível, os principais aspectos ambientais associados à atividade selecionada. Identificar, tanto quanto possível, atuais ou potenciais, positivos ou negativos, impactos associados aos aspectos ambientais. Faculdade de Minas 27 Avaliar a significância dos impactos ambientais. Exemplos de identificação e avaliação de impactos ambientais Exemplo 1: Atividade: manuseio de produtos perigosos Aspecto ambiental: risco de vazamento / acidente Impacto ambiental: contaminação do solo/água Exemplo 2: Atividade: manutenção de veículos Aspecto Ambiental: emissões pelo escapamento Impacto Ambiental: poluição do ar Exemplos de objetivos e metas ambientais Exemplo 1: Objetivo: redução de energia consumida Meta: reduzir 10% no próximo ano Exemplo 2: Objetivo: reusar/reciclar resíduos metálicos Meta: aumentar 10% neste ano o reuso/reciclagem de resíduos metálicos Faculdade de Minas 28 Programa de Gestão Ambiental Estabelecer e manter programas para satisfazer os objetivos e metas ambientais. Designar responsáveis em cada nível e função. Prover meios e estabelecer cronogramas. Exemplo de Programa de Gestão Ambiental Política: conservação de recursos naturais. Objetivo: minimizar uso de água. Meta: em um ano reduzir em 15% o consumo de água. Programa: reusar água. Ação: instalar equipamento para recircular a água do equipamento A para o equipamento B. Faculdade de Minas 29 Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001:1996 - sistemas de gestão ambiental - especificações e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, 1996. ATTIE; W. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1986. ______.______. Resolução CONAMA nº 306, de 5 de julho de 2002. Licenciamento Ambiental – Normas e procedimentos. Brasília, DF, D.O.U., n. 138, de 19 de julho de 2002, Seção I, p. 75-76. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001:1996 - sistemas de gestão ambiental - especificações e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, 1996. ATTIE; W. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1986. CAMPOS, L. M. S.; LERÍPIO, A. A. Auditoria Ambiental: uma ferramenta de gestão. São Paulo: Atlas, 2009. CAVALCANTI, C. 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Auditoria ambiental e sua contribuição no processo de gestão.
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