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Aula 03
1000 Questões Comentadas - Leis Penais Extravagantes, Dir Penal e Dir Processual
Penal p/ PC-PA
Professor: Alexandre Herculano
1000 Questões Comentadas - Leis Penais, D. penal e D. Processual Penal p/ PCPA ʹ 2016 
Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 03 
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Aula 03 - Estatuto do Desarmamento (Lei n.º 10.826/03). 
Do Crime. Imputabilidade. Extinção da punibilidade. Ação 
Penal. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Questões propostas 2 
3. Questões comentadas 35 
3.1. Da Ação Penal. 35 
3.2. Do Crime. Imputabilidade. Extinção da 
punibilidade. 
60 
3.3. Estatuto do Desarmamento (Lei n.º 10.826/03). 77 
4. Gabarito 118 
 
 
Olá, meus amigos! 
Hoje vou abordar questões sobre os seguintes tópicos: Estatuto do 
Desarmamento (Lei n.º 10.826/03); Do Crime; Imputabilidade; Extinção 
da Punibilidade; e Ação Penal. 
 Meus amigos, primeiramente, façam as questões e depois leiam os 
comentários, mesmo que tenham acertado! 
 
 
 
 
 
 
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1000 Questões Comentadas - Leis Penais, D. penal e D. Processual Penal p/ PCPA ʹ 2016 
Teoria e Exercícios 
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Questões propostas 
 
1) (2016 ± FUNCAB - SEGEP-MA - Agente Penitenciário) Sobre a 
ação penal, é correto afirmar que: 
A) a ação pública condicionada exige a satisfação da condição de 
procedibilidade no prazo de oito meses, a contar da data em que o 
ofendido toma ciência da autoria do crime por ele sofrido. 
B) a ação privada personalíssima pode ser oferecida pelo ofendido, ou, 
em caso de óbito, por seu representante legal. 
C) a ação privada subsidiária pressupõe inércia do Ministério Público ou 
manifestação do órgão pelo arquivamento de inquérito policial. 
D) quando a lei não específica o tipo de ação penal atinente a 
determinado crime, esta é pública incondicionada. 
E) a ação privada é oferecida através de notitia criminis. 
 
2) (2015 ± FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No que se refere à 
ação penal, é correto dizer que: 
A) a ação penal nas contravenções poderá ser iniciada por meio de 
portaria expedida pela autoridade judiciária. 
B) no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por 
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação 
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passará ao Ministério Público, na qualidade de substituto processual 
necessário. 
C) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal pelo Ministério Público, cabendo ao Ofendido, se 
necessário, aditar a queixa, não podendo o MP retomar a ação como parte 
principal. 
D) a representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. 
E) a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos 
autores do crime, a todos se estenderá. 
 
3) (2013 - CESPE - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) Com referência à ação penal, assinale a opção correta. 
A) Em caso de falecimento do ofendido, o direito de oferecer queixa não 
poderá ser exercido pelos cônjuges, ascendentes, descendentes ou 
colaterais. 
B) É de legitimidade exclusiva do MP, condicionada à representação do 
ofendido, a ação penal por crime contra a honra de servidor público em 
razão do exercício de suas funções, conforme entendimento sumulado do 
STF. 
C) O direito de queixa não poderá ser exercido quando dele o ofendido 
tiver renunciado expressa ou tacitamente. 
D) Na ação penal privada, é admissível o perdão mesmo depois de 
transitada em julgado a sentença condenatória. 
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E) Mesmo antes do oferecimento da denúncia, a representação do 
ofendido, nos crimes de ação penal condicionada, não pode ser retratada. 
 
4) (2012 - CESPE - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Com relação à representação, como condição de procedibilidade 
da ação penal pública nos casos expressos em lei, no tocante à 
prescrição e ao perdão, assinale a opção correta. 
A) O perdão, nos crimes cuja ação é de iniciativa privada, seja expresso, 
seja tácito, anterior ou posterior à instauração da ação penal, aproveita a 
todos os querelados mesmo que concedido a somente um deles, mas, se 
concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos demais de 
dar prosseguimento à ação penal. 
B) O crime de injúria é passível de perdão do ofendido, mas a ele não se 
aplica o perdão judicial. 
C) A representação é irretratável depois de recebida a denúncia; a 
requisição é sempre irretratável, mesmo antes de iniciada a ação penal. 
D) O prazo prescricional, embora sujeito a causas interruptivas, 
impeditivas ou suspensivas, é improrrogável, devendo ser contado do 
mesmo modo como se conta o prazo de cumprimento da pena privativa 
de liberdade. 
E) São causas interruptivas do curso da prescrição, entre outras, a 
decisão confirmatória da pronúncia, o acórdão confirmatório da 
condenação prolatada em primeira instância, o início do cumprimento da 
pena e a publicação da sentença condenatória. 
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5) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
Ação Penal, Julgue o itens abaixo. 
É admissível o perdão do ofendido mesmo depois que passa em julgado a 
sentença condenatória. 
 
6) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
ação penal, Julgue o itens abaixo. 
Implica renúncia tácita do direito de queixa o fato de receber o ofendido a 
indenização do dano causado pelo crime. 
 
7) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
ação penal, Julgue o itens abaixo. 
É admissível a renúncia tácita, mas o perdão do ofendido deve ser 
expresso. 
 
8) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
ação penal, Julgue o itens abaixo. 
A renúncia constitui causa de extinção da punibilidade relativa às ações 
penais privadas e públicas condicionadas. 
 
9) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
ação penal, Julgue o itens abaixo. 
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Concedido o perdão por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos 
outros. 
 
10) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue o itens abaixo. 
A ação penal pública é promovida mediante queixa oferecida pelo 
Ministério Público. 
 
11) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,Julgue os itens abaixo. 
A ação pública é promovida pelo Ministério Público, mediante 
representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. 
 
12) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue os itens abaixo. 
A ação de iniciativa privada pode ser utilizada nos crimes de ação pública, 
se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal. 
 
13) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue os itens abaixo. 
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A vítima ou quem tenha qualidade para representá-la poderá intentar 
ação penal privada mediante denúncia. 
 
14) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue os itens abaixo. 
No caso de morte do autor do crime, o ofendido tem o direito de oferecer 
queixa ou de prosseguir na ação contra o cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão do agressor. 
 
15) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
Segundo estabelece o Código de Processo Penal o prazo para 
oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado 
da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do 
inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No 
último caso, mesmo que haja devolução do inquérito à autoridade policial 
para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia, 
contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público recebeu 
pela primeira vez vista dos autos. 
 
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16) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser 
aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os 
termos subsequentes do processo. 
 
17) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em 
que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se 
pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, 
prosseguindo-se nos demais termos do processo. 
 
18) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores 
do crime, a todos se estenderá. 
 
19) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
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A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. 
 
20) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, 
requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de 
informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao 
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia ou designará outro órgão 
do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de 
arquivamento, ao qual não será o juiz obrigado a atender. 
 
21) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá 
intentar a ação privada. No caso de morte do ofendido ou quando 
declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou 
prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou 
irmão. 
 
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22) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá 
preferência o ascendente, e em seguida, o parente mais próximo na 
seguinte ordem: cônjuge, descendente e irmão. 
 
23) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo. 
A representação feita pelo ofendido é retratável até o momento do 
recebimento da denúncia. 
 
24) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo.Seja qual for o crime, quando praticado em 
detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado ou Município, a 
ação penal será pública. 
 
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25) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo. 
O direito de representação não possui uma forma predeterminada, 
podendo ser exercido mediante declaração pessoal do ofendido ou de 
procurador com poderes gerais, de maneira escrita ou oral, feita ao juiz, 
ao órgão do Ministério Público ou à autoridade policial. 
 
26) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo. 
No caso de morte do ofendido, se a ação penal de natureza privada não 
for classificada como personalíssima, o direito de oferecer queixa ou 
prosseguir na ação passará ao cônjuge, companheiro, ascendentes e 
descendentes, mas não ao irmão. 
 
27) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministroda 
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Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo. 
O perdão independe de aceitação do querelado, tácita ou expressa. 
 
28) (FGV ± 2008 ± PC-RJ ± Oficial de Cartório - adaptada) Em 
relação à ação penal, julgue os itens. 
A requisição do Ministro da Justiça, nos crimes de ação pública em que a 
lei assim o exige constitui condição de procedibilidade. 
 
29) (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) A respeito da ação penal no direito processual 
brasileiro, julgue os itens abaixo. 
A ação penal é indisponível, vedada sua desistência pelo Ministério 
Público. 
 
30) (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) A respeito da ação penal no direito processual 
brasileiro, julgue os itens abaixo. 
Oferecida denúncia em ação penal pública condicionada à representação, 
a retratação só poderá ocorrer antes do recebimento da denúncia. 
 
31) (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) A respeito da ação penal no direito processual 
brasileiro, julgue os itens abaixo. 
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Tratando-se de crime de ação penal pública condicionada, a 
representação poderá ser exercida por escrito, pessoalmente pelo 
ofendido ou por procurador com poderes especiais, ou oralmente, caso 
em que se exige ato personalíssimo do ofendido. 
 
32) (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) A respeito da ação penal no direito processual 
brasileiro, julgue os itens abaixo. 
A capacidade postulatória perante a justiça criminal é exercida 
exclusivamente pelos membros do MP, pelos defensores públicos e pelos 
advogados, sejam esses últimos constituídos pela parte interessada ou 
nomeados pelo juiz. 
 
33) (CESPE ± 2012 ± TJ-RO ± Analista Processual) Acerca da ação 
penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo. 
Somente a autoridade policial ² delegados de polícia e delegados federais 
² tem primazia e exclusividade na investigação de fatos alegadamente 
criminosos, cabendo a estes, por força constitucional, promover atividade 
pré-processual por meio do inquérito policial. 
 
34) (CESPE ± 2012 ± TJ-RO ± Analista Processual) Acerca da ação 
penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo. 
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Nos crimes de competência do juizado especial criminal, é obrigatória a 
instauração do competente inquérito policial, antes da remessa do feito à 
análise do Poder Judiciário. 
 
35) (CESPE ± 2012 ± TJ-RO ± Analista Processual) Acerca da ação 
penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo. 
É cabível a perempção na ação penal subsidiária da pública, no caso de 
desídia do querelante 
 
36) (CESPE ± 2012 ± TJ-RO ± Analista Processual) Acerca da ação 
penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo. 
Nas ações penais privadas, o inquérito policial é peça indispensável e 
necessária à fundamentação da queixa-crime. 
 
37) (2016 - FAURGS - TJ-RS - Juiz de Direito Substituto - adptada) 
Considere as afirmações abaixo, sobre extinção da punibilidade. 
I - É taxativo o rol das causas de extinção da punibilidade previsto 
no artigo 107 do Código Penal. 
II - No caso de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um 
deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena 
resultante da conexão, conforme dispõe o Código Penal. 
Quais estão corretas? 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
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C) I e II. 
D) Nenhum 
 
38) (2016 - CAIP-IMES - Câmara Municipal de Atibaia - SP) 
Assinale a alternativa incorreta. Extingue-se a punibilidade: 
A) pela morte do agente; pela anistia, graça ou indulto. 
B) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como 
criminoso. 
C) pelo perdão judicial, concedido a critério da autoridade judicial ou, pelo 
perdão, ainda que não aceito, nos crimes de ação privada nos casos 
previstos em lei. 
D) pela prescrição, decadência ou perempção; pela renúncia do direito de 
queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada. 
 
39) (2015 - FGV - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública - 
Analista em Psicologia) O Sr. Pedro, 88 anos, diagnosticado com 
doença de Alzheimer, empurrou violentamente a cuidadora que 
dava banho nele. Ela se desequilibrou e, na queda, bateu com a 
cabeça no chão, vindo a falecer após uma semana no CTI. Do 
ponto de vista penal, o Sr. Pedro é: 
A) inimputável em decorrência da idade avançada; 
B) semi-imputável em virtude da interdição civil; 
C) inimputável em função de sua demência neurodegenerativa; 
D) semi-imputável já que não houve intenção de matar; 
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E) imputável por ser a vítima fatal do sexo feminino. 
 
40) (2016 - FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - 
Processual) Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o 
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é 
culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por 
imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto 
afirmar que: 
A) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de 
consequências necessárias; 
B) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a 
culpabilidade; 
C) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta 
negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo; 
D) o crime culposo admite como regra a forma tentada; 
E) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas 
com ele não se importa. 
 
41) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir. 
A embriaguez completa, culposa por imprudência ou negligência ² aquela 
que resulta na perda da capacidade do agente de entender o caráter ilícito 
de sua conduta ², no momento da prática delituosa, não afasta a 
culpabilidade. 
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42) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir. 
A doença mental e o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, 
por si só, afastam por completo a responsabilidade penal do agente. 
 
43) (2015 -CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) A 
respeito do direito penal, julgue o item a seguir. 
O erro de proibição pode ser direto ² o autor erra sobre a existência ou 
os limites da proposição permissiva ², indireto ² o erro do agente recai 
sobre o conteúdo proibitivo de uma norma penal ² e mandamental ² 
quando incide sobre o mandamento referente aos crimes omissivos, 
próprios ou impróprios. 
 
44) (2015 - CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico) Com 
relação à teoria do crime e culpabilidade penal, julgue o seguinte 
item. 
Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do crime, 
estará caracterizado crime impossível. 
 
45) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) Acerca da 
aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão 
de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue. 
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Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito 
brasileiro, foi adotada como regra, no CP, a teoria da causalidade 
adequada, também conhecida como teoria da equivalência dos 
antecedentes causais. 
 
46) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) Acerca da 
aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão 
de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue. 
A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é 
aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade de fugir da agressão 
injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento. 
 
47) (CESPE - 2009 - DPE-ES - Defensor Público) Com relação a 
direito penal, julgue os seguintes itens. 
A tentativa incruenta não é punível, pois considera-se que o agente não 
iniciou a fase executória do iter criminis. 
 
48) (Polícia Civil - 2014 - adaptada) Os elementos do fato típico 
são conduta (ação e omissão), resultado, relação da causalidade e 
tipicidade. Diante dessa constatação, julgue os itens. 
Entende-se por iter criminis a trajetória do crime, dividida em cogitação, 
atos preparatórios, atos de execução e consumação. 
 
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49) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Agente de Polícia - adaptada) Com 
base na Lei Penal e nas principais jurisprudências, julgue os itens 
abaixo. 
É isento de pena o agente que, ao tempo da ação ou da omissão, era 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento, em virtude de 
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior. 
 
50) (CONSULPLAN - 2013 - PM-TO - Soldado da Polícia Militar - 
adaptada) Com base na Lei Penal e nas principais jurisprudências, 
julgue os itens abaixo. 
De acordo com a teoria do Direito Penal, a inimputabilidade exclui a 
culpabilidade. 
 
51) (FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar - 
Combatente) Um menor de dezesseis anos pegou uma arma de 
fogo e atirou, com intenção de matar, contra outro menor, 
conseguindo atingi-lo, mas não o matou. Julgue o item abaixo com 
base no caso apresentado. 
Há tipicidade no fato hipotético, mas não há culpabilidade, uma vez que o 
menor é inimputável. 
 
52) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - 
Agente de Polícia Legislativa) Paulo e João foram surpreendidos 
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nas dependências da Câmara dos Deputados quando subtraíam 
carteiras e celulares dos casacos e bolsas de pessoas que ali 
transitavam. Paulo tem dezessete anos e teve acesso ao local por 
intermédio de João, que é servidor da Casa. 
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir. 
O fato de Paulo ser inimputável impede que se reconheça o concurso de 
pessoas no caso narrado. 
 
53) (CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Acerca do crime e da 
imputabilidade penal, julgue o item. 
Na hipótese de desistência voluntária, em que o agente, por vontade 
própria, desiste de prosseguir na execução do crime, a pena será reduzida 
na proporção prevista em lei. 
 
54) (2014 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal - adaptada) Com base 
na Lei Penal e nas principais jurisprudências, julgue os itens 
abaixo. 
O arrependimento posterior implica causa de diminuição da pena do 
agente, e apenas é aplicável aos crimes praticados sem violência ou grave 
ameaça à pessoa. 
 
55) (2015 - FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No que se refere ao 
Estatuto do desarmamento, é correto afirmar que: 
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A) o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é inafiançável, sendo 
irrelevante o fato de a arma de fogo estar registrada em nome do agente. 
B) o agente que importa ou exporta arma de fogo de uso permitido, sem 
autorização da autoridade competente, comete o delito de contrabando. 
C) a conduta de portar arma de uso permitido é equiparada a de portar 
arma de uso restrito para efeito da aplicação da pena, quando a referida 
arma estiver com a numeração, marca ou qualquer outro sinal de 
identificação raspado, suprimido ou adulterado. 
D) o crime de deixar de observar as cautelas necessárias para impedir 
que menor se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse admite 
tentativa. 
E) será responsabilizado apenas administrativamente o proprietário ou 
diretor de empresa de segurança que não registrar ocorrência policial e 
não comunicar à Polícia Federal nas primeiras vinte e quatro horas depois 
de ocorrido a perda, o furtou ou roubo de arma de fogo, acessório ou 
munição, que estejam sob sua guarda. 
 
56) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) 
Acerca dos crimes em espécie, assinale a opção correta. 
A) Em se tratando de crime ambiental, não se admite a incidência do 
princípio da insignificância. 
B) A apreensão de arma de fogo na posse do autor dias após o 
cometimento de crime de roubo não constitui crime autônomo, sendo fato 
impunível. 
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C) A nulidade do exame pericial na arma de fogo descaracteriza o crime 
de porte ilegal, mesmo diante de conjunto probatório idôneo, conforme 
entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
D) O particular não pode responder pela prática do crime de abuso de 
autoridade, nem mesmo como partícipe. 
E) Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, é possível a 
condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, mesmo 
que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargos de presidência ou 
direção. 
 
57) (2016- CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) No tocante à interpretação dos crimes de perigo 
abstrato e dos crimes contra a organização do trabalho, contra a 
administração pública e contra a dignidade sexual, consoante a 
jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta. 
A) Por se tratar de delito de perigo abstrato, o abandono de incapaz 
dispensa a prova do efetivo risco de dano à saúde da vítima. 
B) O crime de porte ilegal de arma de fogo, classificado como delito de 
perigo abstrato, não dispensa a prova pericial para estabelecer a sua 
eficiência na realização de disparos, necessária para demonstrar o risco 
potencial à incolumidade física das pessoas. 
C) O agente que não é funcionário público não pode figurar como sujeito 
ativo do crime de peculato. 
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D) No crime de aliciamento para o fim de emigração, pune-se a conduta 
de recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para 
território estrangeiro, como forma de se garantir a proteção à organização 
do trabalho. 
E) Para a caracterização do crime de concussão, a conduta do servidor 
público deve consistir na exigência de vantagem indevida, 
necessariamente em dinheiro, para si ou para outrem, em razão da 
função que o servidor exerce. 
 
58) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Aponte a 
alternativa CORRETA. O proprietário de um bar mantinha, sob sua 
guarda, há semanas, no referido estabelecimento comercial, arma 
de fogo de uso permitido, municiada e funcionando perfeitamente, 
em desacordo com autorização legal e regulamentar. Para fazer 
uma demonstração do funcionamento da arma a seus clientes, o 
proprietário do bar a disparou em direção à via pública, situada do 
lado de fora do bar, praticando, assim: 
A) Crimes de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e disparo 
de arma de fogo, em concurso. 
B) Crime de disparo de arma de fogo, sendo a manutenção da arma de 
fogo considerada fato anterior impunível. 
C) Crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de 
arma de fogo, em concurso. 
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D) Crime de posse irregular de arma de fogo, sendo o disparo de arma de 
fogo considerado fato posterior impunível. 
E) Crime de porte ilegal de arma de fogo, sendo o disparo de arma de 
fogo considerado fato posterior impunível. 
 
59) (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia) Considere a 
seguinte situação hipotética. 
Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um revólver de 
calibre 38, quando foi abordado em uma operação policial de 
trânsito. A diligência policial resultou na localização da arma, 
desmuniciada, embaixo do banco do motorista. Em um dos bolsos 
da mochila de Alfredo, foram localizados 5 projéteis do mesmo 
calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou não possuir 
autorização legal para o porte da arma nem o respectivo 
certificado de registro. O fato foi apresentado à autoridade policial 
competente. 
Nessa situação, caberá à autoridade somente a apreensão da arma e das 
munições e a imediata liberação de Alfredo, visto que, estando o 
armamento desmuniciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de 
arma de fogo. 
 
60) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador) Com base nas disposições do Estatuto do 
Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criança e 
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do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue os itens 
subsequentes. 
De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunstância 
qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou munição o 
fato de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto. 
 
61) (IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de Cartório - adaptada) No que 
se refere ao Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/2003), 
julgue os itens. 
Comete crime cuja pena se equipara à do delito omissão de cautela o 
proprietário de empresa de segurança e de transporte de valores que 
deixa de registrar ocorrência policial e de comunicar a Polícia Federal furto 
ou roubo de arma de fogo sob sua guarda, nas primeiras vinte e quatro 
horas após o ocorrido. 
 
62) (FCC - 2013 - TJ-PE ± Juiz - adaptada) No que se refere ao 
Estatuto do Desarmamento, julgue os itens. 
Quem deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor 
de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de 
arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade, 
comete o crime de omissão de cautela. 
 
63) (CESPE± 2013 - PC-BA ± Delegado de Polícia) Servidor público 
alfandegário que, em serviço de fiscalização fronteiriça, permitir a 
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determinado indivíduo penalmente imputável adentrar o território 
nacional trazendo consigo, sem autorização do órgão competente e sem o 
devido desembaraço, pistola de calibre 380 de fabricação estrangeira, 
deverá responder pela prática do crime de facilitação de contrabando, 
com infração do dever funcional excluída a hipótese de aplicação do 
Estatuto do Desarmamento. 
 
64) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado ± 
Segurança) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas 
(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir. 
Compete ao SINARM informar às secretarias de segurança pública dos 
estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de 
armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro 
atualizado para consulta. 
 
65) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) 
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento), julgue os itens abaixo. 
Será aplicada multa à empresa de produção ou comércio de armamentos 
que realizar publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado de 
armas de fogo, exceto nas publicações especializadas. 
 
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66) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) 
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento), julgue os itens abaixo. 
Durante o prazo de que a população dispõe para entregá-la à Polícia 
Federal, o delito de posse de arma de fogo foi claramente abolido pela 
referida norma. 
 
67) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) 
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento), julgue os itens abaixo. 
É amplamente admissível a consideraçãoda arma desmuniciada como 
majorante no delito de roubo, porquanto, ainda que desprovida de 
potencialidade lesiva, sua utilização é capaz de produzir temor maior à 
vítima. 
 
68) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) 
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento), julgue os itens abaixo. 
A utilização de arma de brinquedo durante um assalto acarreta a 
majoração, de um terço até metade, da pena eventualmente aplicada ao 
criminoso. 
 
69) (CESPE ± 2012 ± Escrivão ± Polícia Civil/AL) A posse de arma de 
brinquedo ou a utilização de qualquer outro instrumento simulador de 
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arma de fogo configura, segundo expressamente previsto na norma de 
regência, crime de porte de arma. 
 
70) (CESPE ± 2012 - Técnico Judiciário) Considere a seguinte 
situação hipotética. 
Antônio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares, que o 
flagraram portando três cartuchos intactos de munição de calibre 40, de 
uso restrito das forças policiais. Indagado a respeito de sua conduta, 
Antônio informou não possuir autorização para portar as munições, 
alegando, no entanto, não possuir arma de fogo de qualquer calibre. 
Nessa situação, a conduta de Antônio é atípica, pois a munição, por si só, 
não oferece qualquer potencial lesivo. 
 
71) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à 
legislação especial, julgue o item que se segue. 
De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o simples 
fato de portar arma de fogo de uso permitido com numeração raspada 
viola o previsto no art. 16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito 
de mera conduta ou de perigo abstrato, cujo objeto imediato é a 
segurança coletiva. 
 
72) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à 
legislação especial, julgue o item que se segue. 
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As armas de fogo apreendidas após a elaboração do laudo pericial e sua 
juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal, 
serão encaminhadas pelo juiz competente à Secretaria de Segurança 
Pública do respectivo estado, no prazo máximo de 48 horas, para 
destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças 
Armadas, na forma da lei. 
 
73) (CESPE ± 2012 - Analista ± TJ RR) Jonas, policial militar em 
serviço velado no interior de uma viatura descaracterizada em 
estacionamento público próximo a uma casa de eventos, onde 
ocorria grande espetáculo de música, percebeu a presença de 
Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que já ostentava 
condenação transitada em julgado por crime de receptação. Na 
oportunidade, Jonas viu que Mauro usou um pequeno canivete 
para abrir um automóvel e neste ingressou rapidamente. Fábio, 
com dezessete anos de idade, e que acompanhava Mauro, entrou 
pela porta direita do passageiro e sentou-se no banco. Mauro usou 
o mesmo canivete para dar partida na ignição do motor e se 
evadir do local na condução do veículo. Jonas informou sobre o 
fato a outros agentes em viaturas policiais, os quais, em 
diligências, localizaram o veículo conduzido por Mauro e 
prenderam-no cerca de dez minutos depois da abordagem. Em 
revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro, foi 
apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um 
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revólver de calibre 38, municiado com dois projéteis, do qual o 
portador não tinha qualquer registro ou porte legalmente válido 
em seu nome. O canivete foi encontrado na posse de Fábio. 
Com referência à situação hipotética acima relatada, julgue os 
itens que se seguem. 
Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso 
permitido, previsto na lei que dispõe sobre o registro, a posse e a 
comercialização de armas de fogo e munição. 
 
74) (CESPE ± Polícia Civil) Comete o crime de disparo de arma de fogo 
(artigo 15 da Lei nº. 10.826/2003), o agente que disparar arma de fogo 
ou aciona munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via 
pública ou em direção a ela, independentemente dessa conduta ter como 
finalidade a prática de outro crime. 
 
75) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
A fim de verificar a classificação e a definição de armas de fogo, deve-se 
consultar a parte final do Estatuto do Desarmamento, eis que, em suas 
Disposições Gerais, consta o rol de armamentos restritos, permitidos e 
proibidos. 
 
76) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
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O Estatuto do Desarmamento não prevê a criminalização da posse de 
arma de fogo de uso permitido, desde que no interior de residência. 
 
77) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
O crime de posse irregular de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/03) 
não distingue, no seu apenamento, se a arma, acessório ou munição são 
de uso permitido ou restrito. 
 
78) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
O Estatuto do Desarmamento equipara a conduta de porte de arma de 
fogo de uso restrito à de porte de arma de fogo de uso permitido que 
tenha seus sinais identificadores suprimidos ou alterados. 
 
79) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
Segundo a Lei nº 10.826/03, o porte ilegal de arma de fogo de uso 
permitido é punível com penas mais graves que as cominadas para a 
posse de munição destinada a arma de fogo de uso permitido. 
 
80) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
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O agente que mantém em sua residência arma de fogo de uso permitido, 
sem o devido registro em seu nome, incorre no delito de porte ilegal de 
arma, previsto no art. 14 da Lei n. 10.826, de 22 dezembro de 2003. 
 
81) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
A lei expressamente consagra a proibição deporte de arma de fogo em 
todo o território nacional, ressalvadas algumas hipóteses específicas, 
como os integrantes das Forças Armadas e as empresas de segurança 
privada e de transporte de valores, os quais poderão portar armas de 
fogo, desde que obedecidos os requisitos legais e regulamentares. 
 
82) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
Constitui figura equiparada ao crime de posseou porte ilegal de arma de 
fogo de uso restrito e, portanto, com as mesmas penas, a conduta de 
portar arma de fogo com numeração adulterada, independentemente do 
agente ter sido, ou não, também o responsável pela mencionada 
alteração. 
 
83) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
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Constitui causa de aumento de pena, nos crimes de disparo de arma de 
fogo e porte ilegal de arma de fogo, sua prática por parte de integrantes 
das empresas de segurança privada e de transporte de valores. 
 
84) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
A Lei nº 10.826/03 prevê a criminalização da posse irregular de arma de 
fogo em residência, desde que se trate de arma de uso privativo das 
Forças Armadas. 
 
85) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
Com o advento da Lei nº 10.826/03, a contravenção de porte ilegal de 
arma, prevista no art. 19 da Lei das Contravenções Penais, passou a ter 
como objeto apenas munições em geral e armas brancas. 
 
86) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado ± 
Segurança) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas 
(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir. 
As armas de fogo de uso restrito devem ser registradas no Comando do 
Exército. 
 
87) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
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Ceder, gratuitamente, arma de fogo, acessório ou munição, de uso 
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, não tipifica a conduta penal de que trata o art. 14 do 
Estatuto do Desarmamento. 
 
88) (2014 ± FUNCAB - PC-RO - Delegado de Polícia Civil) De 
acordo com a Lei n° 10.826/2003, Estatuto do Desarmamento, 
aquele que, em via pública, porta arma de fogo de uso permitido 
com numeração suprimida responde: 
A) como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de 
uso permitido, disposto no artigo 14 do referido Estatuto. 
B) como incurso nas penas do crime de posse ou porte ilegal de arma de 
fogo de uso restrito, disposto no artigo 16 do referido estatuto. 
C) como incurso nas penas do crime de posse irregular de arma de fogo 
de uso permitido, disposto no artigo 12 do referido Estatuto. 
D) como incurso nas penas do crime de disparo de arma de fogo, disposto 
no artigo 15 do referido Estatuto. 
E) como incurso nas penas do crime de omissão de cautela, disposto no 
artigo 13 do referido Estatuto. 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas 
 
Da Ação Penal 
 
1) (2016 ± FUNCAB - SEGEP-MA - Agente Penitenciário) Sobre a 
ação penal, é correto afirmar que: 
A) a ação pública condicionada exige a satisfação da condição de 
procedibilidade no prazo de oito meses, a contar da data em que o 
ofendido toma ciência da autoria do crime por ele sofrido. 
B) a ação privada personalíssima pode ser oferecida pelo ofendido, ou, 
em caso de óbito, por seu representante legal. 
C) a ação privada subsidiária pressupõe inércia do Ministério Público ou 
manifestação do órgão pelo arquivamento de inquérito policial. 
D) quando a lei não específica o tipo de ação penal atinente a 
determinado crime, esta é pública incondicionada. 
E) a ação privada é oferecida através de notitia criminis. 
 
Comentários: 
Na leWUD�³%´��R�H[DPLQDGRU�FLWD�SUD]R�GH���PHVHV��1DGD�D�YHU��7HP�TXH�
respeitar os prazos prescricionais. Vejamos alguns conceitos para 
HQWHQGHUPRV�RV�HUURV�GDV�RXWUDV�RSo}HV�H�R�DFHUWR�GD�OHWUD�³'´��� 
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A Ação Penal Privada é a ação titularizada pela vítima ou por seu 
representante legal, na condição de substitutos processuais, já que atuam 
em nome próprio pleiteando direito alheio, qual seja, o dever de punir do 
Estado. A Ação Privada Personalíssima é privativamente exercida pela 
vítima. Não há intervenção do representante legal, nem sucessão por 
morte ou ausência. Restringe-se, atualmente, ao crime de induzimento a 
erro essencial e ocultação de impedimento ao casamento. 
A Ação Penal Pública pode ser Condicionada e Incondicionada. No 
primeiro caso, é preciso saber que aquela ação é titularizada pelo 
Ministério Público e depende, todavia, de uma manifestação de vontade 
do legítimo interessado para que seja iniciada, até mesmo, a persecução 
penal. A Ação Penal Pública Incondicionada é aquela a ser exercida ex 
officio pelo Ministério Público, sem a necessidade de manifestação de 
vontade de terceiros. É a regra geral, salvo quando a lei dispuser 
expressamente em sentido contrário, exigindo autorização para o 
exercício da ação pública, ou conferindo o direito de ação à própria vítima 
(ações ele iniciativa privada). 
Gabarito: D. 
 
2) (2015 ± FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No que se refere à 
ação penal, é correto dizer que: 
A) a ação penal nas contravenções poderá ser iniciada por meio de 
portaria expedida pela autoridade judiciária. 
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B) no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por 
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação 
passará ao Ministério Público, na qualidade de substituto processual 
necessário. 
C) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal pelo Ministério Público, cabendo ao Ofendido, se 
necessário, aditar a queixa, não podendo o MP retomar a ação como parte 
principal. 
D) a representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. 
E) a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos 
autores do crime, a todos se estenderá. 
 
Comentários: 
1D� OHWUD�³$´��D�SHVDU�GH�VHJXLU�R�DUW�����GR�&33��D�&RQVWLWXLomR Federal 
não recepcionou este texto�� 1D� OHWUD� ³%´�� Qo caso de morte do 
ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. 1D� OHWUD� ³&´�� será admitida ação privada nos 
crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo 
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia 
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos 
de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do 
querelante, retomar a ação como parte principal. 1D� OHWUD� ³'´�� D 
representação será irretratável,depois de oferecida a denúncia. E na 
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OHWUD�³(´��Vegundo as disposições do Código de Processo Penal relativas à 
ação penal, a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um 
dos autores do crime, a todos se estenderá. 
Gabarito: E. 
 
3) (2013 - CESPE - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) Com referência à ação penal, assinale a opção correta. 
A) Em caso de falecimento do ofendido, o direito de oferecer queixa não 
poderá ser exercido pelos cônjuges, ascendentes, descendentes ou 
colaterais. 
B) É de legitimidade exclusiva do MP, condicionada à representação do 
ofendido, a ação penal por crime contra a honra de servidor público em 
razão do exercício de suas funções, conforme entendimento sumulado do 
STF. 
C) O direito de queixa não poderá ser exercido quando dele o ofendido 
tiver renunciado expressa ou tacitamente. 
D) Na ação penal privada, é admissível o perdão mesmo depois de 
transitada em julgado a sentença condenatória. 
E) Mesmo antes do oferecimento da denúncia, a representação do 
ofendido, nos crimes de ação penal condicionada, não pode ser retratada. 
 
Comentários: 
Na letra "A", o art. 31 do CPP menciona que no caso de morte do 
ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
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oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. Já na letra "B", temos a Súmula 714 do STF: "é 
concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério 
Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por 
crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas 
funções". Na letra "D", não é admissível o perdão depois que passa em 
julgado a sentença condenatória. E para fechar, a letra "E", está errada 
,também, pois a representação será irretratável depois de oferecida a 
denúncia. 
Gabarito: C. 
 
4) (2012 - CESPE - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Com relação à representação, como condição de procedibilidade 
da ação penal pública nos casos expressos em lei, no tocante à 
prescrição e ao perdão, assinale a opção correta. 
A) O perdão, nos crimes cuja ação é de iniciativa privada, seja expresso, 
seja tácito, anterior ou posterior à instauração da ação penal, aproveita a 
todos os querelados mesmo que concedido a somente um deles, mas, se 
concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos demais de 
dar prosseguimento à ação penal. 
B) O crime de injúria é passível de perdão do ofendido, mas a ele não se 
aplica o perdão judicial. 
C) A representação é irretratável depois de recebida a denúncia; a 
requisição é sempre irretratável, mesmo antes de iniciada a ação penal. 
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D) O prazo prescricional, embora sujeito a causas interruptivas, 
impeditivas ou suspensivas, é improrrogável, devendo ser contado do 
mesmo modo como se conta o prazo de cumprimento da pena privativa 
de liberdade. 
E) São causas interruptivas do curso da prescrição, entre outras, a 
decisão confirmatória da pronúncia, o acórdão confirmatório da 
condenação prolatada em primeira instância, o início do cumprimento da 
pena e a publicação da sentença condenatória. 
 
Comentários: 
Segundo o art. 106, o perdão, no processo ou fora dele, expresso ou 
tácito: 
9 se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; 
9 se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos 
outros; 
9 se o querelado o recusa, não produz efeito. 
Seguindo, no crime de injúria (art. 140 do CP), o juiz pode deixar de 
aplicar a pena: quando o ofendido, de forma reprovável, provocou 
diretamente a injúria; e no caso de retorsão imediata, que consista em 
outra injúria. Na letra "C", a representação será irretratável depois de 
oferecida a denúncia. E para fechar, é preciso saber os casos que 
interrompem a prescrição. Vejamos: 
9 pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
9 pela pronúncia; 
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9 pela decisão confirmatória da pronúncia; 
9 pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
9 pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
9 pela reincidência. 
Gabarito: D. 
 
5) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
Ação Penal, Julgue o itens abaixo. 
É admissível o perdão do ofendido mesmo depois que passa em julgado a 
sentença condenatória. 
 
Comentários: 
Trata-se de ato extintivo do processo criminal. Ocorre depois do 
recebimento da ação penal privada exclusiva. Equivale à desistência da 
ação e, ao contrário da renúncia, caracteriza-se pela bilateralidade, já que 
exige aceitação (mesmo tácita) do querelado, a qual poderá ser realizada 
por meio de procurador com poderes especiais, advogado ou não. Pode 
ser concedido a qualquer tempo, desde que antes do trânsito em julgado 
da sentença condenatória. 
Gabarito: E. 
 
6) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
ação penal, Julgue o itens abaixo. 
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Implica renúncia tácita do direito de queixa o fato de receber o ofendido a 
indenização do dano causado pelo crime. 
 
Comentários: 
A renúncia classifica-se em expressa e tácita. Diz-se expressa quando 
constar de declaração assinada pelo ofendido, seu representante legal ou 
procurador com poderes especiais. É, por outro lado, tácita quando o 
ofendido: 
9 Deixa de dar curso ao prazo decadencial sem ajuizar a queixa-
crime; 
9 Sendo instado a aditar a inicial para a inclusão de coautores ou 
partícipes, mantém-se inerte; 
9 Realiza a composição dos danos cíveis da infração penal com o 
autor do fato no âmbito dos juizados especiais criminais mediante 
acordo judicialmente homologado; 
9 Promove atos, fatos e circunstâncias que revelem a ausência de 
seu interesse em promover a responsabilização penal do ofensor. 
Gabarito: E. 
 
7) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
ação penal, Julgue o itens abaixo. 
É admissível a renúncia tácita, mas o perdão do ofendido deve ser 
expresso. 
 
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Comentários: 
O perdão pode ser expresso ou tácito. Será expresso quandoconstar de 
declaração nos autos ou termo assinados pelo ofendido ou por procurador 
com poderes especiais. Será tácito quando atos patrocinados pelo 
querelante forem incompatíveis com o desejo de prosseguir na ação 
penal. 
Gabarito: E. 
 
8) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
ação penal, Julgue o itens abaixo. 
A renúncia constitui causa de extinção da punibilidade relativa às ações 
penais privadas e públicas condicionadas. 
 
Comentários: 
Como decorrência do princípio da indivisibilidade da ação penal privada, 
se o ofendido renunciar ao exercício da ação penal contra qualquer dos 
ofensores, todos os demais serão alcançados pela extinção da 
punibilidade, conforme reza o art. 49 do CPP. 
Gabarito: E. 
 
9) (2015 ± FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à 
ação penal, Julgue o itens abaixo. 
Concedido o perdão por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos 
outros. 
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Comentários: 
Como consequência do princípio da indivisibilidade da ação penal privada, 
expressa o art. 51 do CPP que o perdão concedido a um dos querelados 
aproveitará a todos, não produzindo efeitos apenas àquele que o recusar. 
Gabarito: C. 
 
10) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue o itens abaixo. 
A ação penal pública é promovida mediante queixa oferecida pelo 
Ministério Público. 
 
Comentários: 
 
A ação penal pública incondicionada é iniciada mediante denúncia do 
Ministério Público para apuração de infrações penais que interferem 
diretamente no interesse geral da sociedade. Todavia, ao contrário do que 
ocorre na ação penal pública incondicionada, nos crimes de ação penal 
pública condicionada vincula-se o Ministério Público à existência prévia de 
representação. Queixa é para ação privada! 
Gabarito: E. 
 
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11) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue os itens abaixo. 
A ação pública é promovida pelo Ministério Público, mediante 
representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. 
 
Comentários: 
Nos crimes de ação penal pública condicionada vincula-se o Ministério 
Público à existência prévia de representação. 
Gabarito: E. 
 
12) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue os itens abaixo. 
A ação de iniciativa privada pode ser utilizada nos crimes de ação pública, 
se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal. 
 
Comentários: 
Trata-se da ação penal privada subsidiária da pública, que corresponde a 
uma ação penal privada ajuizada em relação a crime de ação pública, 
quando esgotado o prazo do Ministério Público, e este não ofereceu a 
denúncia. 
Gabarito: C. 
 
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13) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue os itens abaixo. 
A vítima ou quem tenha qualidade para representá-la poderá intentar 
ação penal privada mediante denúncia. 
 
Comentários: 
Vimos que ação privada é queixa! 
Gabarito: E. 
 
14) (2014 ± FEPESE - Prefeitura de Florianópolis ± SC - Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal, 
Julgue os itens abaixo. 
No caso de morte do autor do crime, o ofendido tem o direito de oferecer 
queixa ou de prosseguir na ação contra o cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão do agressor. 
 
Comentários: 
Pessoal, nesse caso será extinta a punibilidade! 
Gabarito: E. 
 
15) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
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Segundo estabelece o Código de Processo Penal o prazo para 
oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado 
da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do 
inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No 
último caso, mesmo que haja devolução do inquérito à autoridade policial 
para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia, 
contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público recebeu 
pela primeira vez vista dos autos. 
 
Comentários: 
O erro na assertiva está quando diz que o prazo para o oferecimento da 
denúncia em caso devolução do inquérito à autoridade policial será 
contado a partir da data em que o órgão do MP recebeu pela primeira vez 
a vista dos autos. O art. 46 do CPP menciona que em caso de devolução 
do IP ao delegado de polícia será o prazo contado a partir de quando o MP 
receber novamente os autos. 
Gabarito: E. 
 
16) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser 
aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os 
termos subsequentes do processo. 
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Comentários: 
O DUW�����GR�&33�SUHYr�TXH�³D�TXHL[D�SRGHUi�VHU�DGLWDGD pelo Ministério 
3~EOLFR�DLQGD�TXDQGR�D�DomR�SHQDO�IRU�SULYDWLYD�GR�RIHQGLGR´��1D�PHVPD�
linha, o art. 46, § 2.º, do CPP dispõe que o Ministério Público terá o prazo 
de três dias para o aditamento da queixa-crime e o art. 48 do CPP refere 
que o parquet velará pela indivisibilidade da ação penal. 
Gabarito: C. 
 
17) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em 
que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se 
pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, 
prosseguindo-se nos demais termos do processo. 
 
Comentários: 
Isso! O CPP dispõe que o Ministério Público terá o prazo de três dias para 
o aditamento da queixa-crime e o art. 48 do CPP refere que o parquet 
velará pela indivisibilidade da ação penal. 
Gabarito: C. 
 
 
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18) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores 
do crime, a todos se estenderá. 
 
Comentários: 
A renúncia ao direito de queixa é o ato impeditivo do processo criminal; 
caracteriza-se pela unilateralidade; ocorre antes do recebimento da 
inicial; pode ser expresso ou tácito; operada quanto a um dos ofensores, 
será aproveitada a todos. 
Gabarito: C. 
 
19) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. 
 
Comentários: 
A pegadinha da banca da sua prova foi querer te confundir ao ler rápido 
colocando que a retratação será irretratável depois de recebida a 
denúncia, porém será esta irretratável depois de oferecida a denúncia. 
Gabarito: E. 
 
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20) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, 
requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de 
informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao 
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia ou designará outro órgão 
do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de 
arquivamento, ao qual não será o juiz obrigado a atender. 
 
Comentários: 
Caso o PGJ insista no pedido de arquivamento, o juiz será obrigado a 
atender, como diz o art.28 do CPP. 
³Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a 
denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer 
peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as 
razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao 
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do 
Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, 
DR�TXDO�Vy�HQWmR�HVWDUi�R�MXL]�REULJDGR�D�DWHQGHU´. 
Gabarito: E. 
 
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21) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá 
intentar a ação privada. No caso de morte do ofendido ou quando 
declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou 
prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou 
irmão. 
 
Comentários: 
,VVR�PHVPR��$TXL�WHPRV�R�†�ž�GR�DUW�����GR�&33��³1R�FDVR�GH�PRUWH�GR�
ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
UHSUHVHQWDomR�SDVVDUi�DR�F{QMXJH��DVFHQGHQWH��GHVFHQGHQWH�RX�LUPmR�´ 
Gabarito: C. 
 
22) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens 
abaixo. 
Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá 
preferência o ascendente, e em seguida, o parente mais próximo na 
seguinte ordem: cônjuge, descendente e irmão. 
 
Comentários: 
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Comparecendo mais de uma pessoa com direito de queixa terá a 
preferência o cônjuge e em seguida o parente mais próximo na 
seguinte ordem: ascendente descendente ou irmão. 
Gabarito: E. 
 
23) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo. 
A representação feita pelo ofendido é retratável até o momento do 
recebimento da denúncia. 
 
Comentários: 
A representação será irretratável após o oferecimento da denúncia, nos 
termos do art. 25 do CPP. Contrario sensu, será retratável até este 
momento. 
Gabarito: E. 
 
 
24) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
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julgue os itens abaixo.Seja qual for o crime, quando praticado em 
detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado ou Município, a 
ação penal será pública. 
 
Comentários: 
Já vimos anteriormente que a representação será retratável até o 
momento do oferecimento da denúncia. 
Gabarito: C. 
 
25) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo. 
O direito de representação não possui uma forma predeterminada, 
podendo ser exercido mediante declaração pessoal do ofendido ou de 
procurador com poderes gerais, de maneira escrita ou oral, feita ao juiz, 
ao órgão do Ministério Público ou à autoridade policial. 
 
Comentários: 
O direito de representação poderá ser exercido pessoalmente ou por 
procurador com poderes especiais e não gerais mediante declaração 
escrita ou oral, como diz o art. 39 do CPP. 
Gabarito: E. 
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26) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo. 
No caso de morte do ofendido, se a ação penal de natureza privada não 
for classificada como personalíssima, o direito de oferecer queixa ou 
prosseguir na ação passará ao cônjuge, companheiro, ascendentes e 
descendentes, mas não ao irmão. 
 
Comentários: 
O direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação em caso de morte do 
ofendido passará ao cônjuge, ascendente, descendente e inclusive 
também irmão. 
Gabarito: E. 
 
27) (FGV ± 2013 ± MPE-MS ± Analista ± Direito) As ações penais 
podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas 
condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da 
Justiça ou ação penalprivada. A respeito dessas modalidades, 
julgue os itens abaixo. 
O perdão independe de aceitação do querelado, tácita ou expressa. 
 
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Comentários: 
O perdão apenas produzirá efeitos àquele que o aceitar conforme dispõe o 
art. 51 do CPP. 
Gabarito: E. 
 
28) (FGV ± 2008 ± PC-RJ ± Oficial de Cartório - adaptada) Em 
relação à ação penal, julgue os itens. 
A requisição do Ministro da Justiça, nos crimes de ação pública em que a 
lei assim o exige constitui condição de procedibilidade. 
 
Comentários: 
A condição de fato que deve estar presente para que o processo possa ser 
iniciado. Sem essa condição, a requisição do Ministro da Justiça, não 
poderá a ação iniciar por não estar presente a condição específica para o 
devido ajuizamento. 
Gabarito: C. 
 
29) (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) A respeito da ação penal no direito processual 
brasileiro, julgue os itens abaixo. 
A ação penal é indisponível, vedada sua desistência pelo Ministério 
Público. 
 
Comentários: 
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Não são todas ações penais tem possuem o princípio da indisponibilidade, 
sendo esse aplicado na ação pública. Na ação penal privada a ação 
penal é disponível podendo o ofendido desistir da ação. 
Gabarito: E. 
 
 
30) (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) A respeito da ação penal no direito processual 
brasileiro, julgue os itens abaixo. 
Oferecida denúncia em ação penal pública condicionada à representação, 
a retratação só poderá ocorrer antes do recebimento da denúncia. 
 
Comentários: 
 
Já vimos também que a retratação na ação penal pública condicionada à 
representação só poderá ocorrer antes de oferecida a denúncia! 
Gabarito: E. 
 
 
31) (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) A respeito da ação penal no direito processual 
brasileiro, julgue os itens abaixo. 
Tratando-se de crime de ação penal pública condicionada, a 
representação poderá ser exercida por escrito, pessoalmente pelo 
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ofendido ou por procurador com poderes especiais, ou oralmente, caso 
em que se exige ato personalíssimo do ofendido. 
 
Comentários: 
A banca quis te confundir acerca do texto legal, onde diz que a 
representação oral é ato personalíssimo do ofendido, porém o 
procurador com poderes especiais poderá fazer a representação, 
mediante declaração escrita ou oral ao juiz, ao MP ou ao delegado de 
polícia. 
Gabarito: E. 
 
 
32) (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) A respeito da ação penal no direito processual 
brasileiro, julgue os itens abaixo. 
A capacidade postulatória perante a justiça criminal é exercida 
exclusivamente pelos membros do MP, pelos defensores públicos e pelos 
advogados, sejam esses últimos constituídos pela parte interessada ou 
nomeados pelo juiz. 
 
Comentários: 
A capacidade postulatória perante a justiça criminal não é exclusiva do 
MP, defensores e advogados, constituídos estes últimos pela parte 
interessada ou nomeado pelo juiz. Exemplo disso é o habeas corpus que 
14734677727
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pode ser impetrado por qualquer do povo sem mesmo a necessidade de 
ser assistido por advogado. 
Gabarito: E. 
 
 
33) (CESPE ± 2012 ± TJ-RO ± Analista Processual) Acerca da ação 
penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo. 
Somente a autoridade policial ² delegados de polícia e delegados federais 
² tem primazia e exclusividade na investigação de fatos alegadamente 
criminosos, cabendo a estes, por força constitucional, promover atividade 
pré-processual por meio do inquérito policial. 
 
Comentários: 
No art.4º, P.U do CPP menciona que existem outros procedimentos de 
investigação criminal extrapolicial que se destinam à apuração de 
infrações penais ocasionando a propositura da ação penal. 
Gabarito: E. 
 
34) (CESPE ± 2012 ± TJ-RO ± Analista Processual) Acerca da ação 
penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo. 
Nos crimes de competência do juizado especial criminal, é obrigatória a 
instauração do competente inquérito policial, antes da remessa do feito à 
análise do Poder Judiciário. 
 
Comentários: 
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Nos crimes de competência do juizado especial criminal não é obrigatória 
a instauração de IP, mas sim a sua substituição pelo termo 
circunstanciado. 
Gabarito: E. 
 
35) (CESPE ± 2012 ± TJ-RO ± Analista Processual) Acerca da ação 
penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo. 
É cabível a perempção na ação penal subsidiária da pública, no caso de 
desídia do querelante 
 
Comentários: 
A ação penal subsidiária vislumbra o princípio da indivisibilidade e caso o 
querelante seja desidioso tentando com isso acarretar a perempção 
assumirá em seu lugar o MP dando prosseguimento à ação. 
Gabarito: E. 
 
 
36) (CESPE ± 2012 ± TJ-RO ± Analista Processual) Acerca da ação 
penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo. 
Nas ações penais privadas, o inquérito policial é peça indispensável e 
necessária à fundamentação da queixa-crime 
 
Comentários: 
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como já sabemos que o inquérito policial não é indispensável poderá a 
ação privada ser ajuizada com base em elementos de prova produzidas 
sem a necessidade do IP. 
Gabarito: E. 
 
 
 Do Crime, imputabilidade e extinção da punibilidade 
 
 
37) (2016 - FAURGS - TJ-RS - Juiz de Direito Substituto - adptada) 
Considere as afirmações abaixo, sobre extinção da punibilidade. 
I - É taxativo o rol das causas de extinção da punibilidade previsto 
no artigo 107 do Código Penal. 
II - No caso de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um 
deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena 
resultante da conexão, conforme dispõe o Código Penal. 
Quais estão corretas? 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) I e II. 
D) Nenhum 
 
Comentários: 
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Pessoal, no item I, está errado afirmar que o rol das causas de extinção 
da punibilidade é taxativo, pois, trata-se de rol exemplificativo. Existem 
outras normas que podem dispor sobre a extinção da punibilidade. Bem 
tranquilo o item II, pois trata-se de literalidade do CP. O art. 108 
menciona que "a extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, 
elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende 
a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não 
impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão." 
Gabarito: B. 
 
38) (2016 - CAIP-IMES - Câmara Municipal de Atibaia - SP) 
Assinale a alternativa incorreta. Extingue-se a punibilidade: 
A) pela morte do agente; pela anistia, graça ou indulto. 
B) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como 
criminoso. 
C) pelo perdão judicial, concedido a critério da autoridade judicial ou, pelo 
perdão, ainda que não aceito, nos crimes de ação privada nos casos 
previstos em lei. 
D) pela prescrição, decadência ou perempção; pela renúncia do direito de 
queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada. 
 
Comentários: 
O rol do art. 107 do CP é muito importante, mas fiquem atentos, pois se 
trata de um rol exemplificativo. Vejamos: 
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"Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia, graça ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como 
criminoso; 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos 
crimes de ação privada; 
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei." 
Gabarito: C. 
 
39) (2015 - FGV - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública - 
Analista em Psicologia) O Sr. Pedro, 88 anos, diagnosticado com 
doença de Alzheimer, empurrou violentamente a cuidadora que 
dava banho nele. Ela se desequilibrou e, na queda, bateu com a 
cabeça no chão, vindo a falecer após uma semana no CTI. Do 
ponto de vista penal, o Sr. Pedro é: 
A) inimputável em decorrência da idade avançada; 
B) semi-imputável em virtude da interdição civil; 
C) inimputável em função de sua demência neurodegenerativa; 
D) semi-imputável já que não houve intenção de matar; 
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E) imputável por ser a vítima fatal do sexo feminino. 
 
Comentários: 
O art. 26 do CP menciona que "é isento de pena o agente que, por 
doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se 
de acordo com esse entendimento." 
Gabarito: C. 
 
40) (2016 - FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - 
Processual) Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o 
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é 
culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por 
imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto 
afirmar que: 
A) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de 
consequências necessárias; 
B) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a 
culpabilidade; 
C) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta 
negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo; 
D) o crime culposo admite como regra a forma tentada; 
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E) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas 
com ele não se importa. 
 
Comentários: 
O dolo de primeiro grau consiste na vontade do agente, direcionada a 
determinado resultado, efetivamente perseguido, englobando os meios 
necessários para tanto. Há a intenção de atingir um único bem jurídico. Já 
no dolo de segundo grau ou de consequências necessárias é a 
vontade do agente dirigida a determinado resultado, efetivamente 
desejado, em que a utilização dos meios para alcançá-lo inclui, 
obrigatoriamente, efeitos colaterais de verificação praticamente certa. 
Gabarito: A. 
 
41) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir. 
A embriaguez completa, culposa por imprudência ou negligência ² aquela 
que resulta na perda da capacidade do agente de entender o caráter ilícito 
de sua conduta ², no momento da prática delituosa, não afasta a 
culpabilidade. 
 
Comentários: 
 
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De acordo com o Código Penal, a única embriaguez que caracteriza uma 
excludente de culpabilidade é a embriaguez involuntária completa. Ou 
seja, o sujeito se embriagou sem saber que estava se embriagando, na 
ocasião de caso fortuito ou de força maior. Em todos os demais casos não 
há excludente de culpabilidade por conta da embriaguez. 
Gabarito: C. 
 
42) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir. 
A doença mental e o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, 
por si só, afastam por completo a responsabilidade penal do agente. 
 
Comentários: 
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou 
de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Gabarito: E. 
 
 
43) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) A 
respeito do direito penal, julgue o item a seguir. 
O erro de proibição pode ser direto ² o autor erra sobre a existência ou 
os limites da proposição permissiva ², indireto ² o erro do agente recai 
sobre o conteúdo proibitivo de uma norma penal ² e mandamental ² 
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quando incide sobre o mandamento referente aos crimes omissivos, 
próprios ou impróprios. 
 
Comentários: 
O erro de proibição está disciplinado no art. 21 do CP, que o chama de 
³HUUR� VREUH� D� LOLFLWXGH� GR� IDWR´��Funciona como causa de exclusão da 
culpabilidade, quando escusável, ou como causa de diminuição da pena, 
quando inescusável. O erro de proibição pode ser definido como a falsa 
percepção do agente acerca do caráter ilícito do fato por ele praticado. O 
sujeito conhecea existência da lei penal, mas desconhece ou interpreta 
mal seu conteúdo, ou seja, não compreende adequadamente seu caráter 
ilícito. 
Alguns doutrinadores mencionam que o erro de proibição comporta três 
espécies: 
9 Erro de proibição direto ± o agente erra quanto ao conteúdo da 
norma proibitiva, seja porque desconhece a existência do tipo penal 
incriminador ou porque não compreende seu âmbito de incidência; 
9 Erro de proibição indireto ± ocorre quando o agente atua 
conhecendo a tipicidade de sua conduta, porém supõe estar ela 
acobertada por alguma excludente da ilicitude; 
9 Erro mandamental ± o erro recai sobre uma norma mandamental. 
Uma norma que determina que o agente realize uma conduta 
positiva e este, por desconhecer o dever de agir, acaba ficando 
inerte e infringindo o tipo penal. 
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Gabarito: E. 
 
 
44) (2015 - CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico) Com 
relação à teoria do crime e culpabilidade penal, julgue o seguinte 
item. 
Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do crime, 
estará caracterizado crime impossível. 
 
Comentários: 
 
Isso mesmo! Súmula 145 do STF, "não há crime, quando a preparação do 
flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação". 
Gabarito: C. 
 
 
45) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) Acerca da 
aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão 
de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue. 
Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito 
brasileiro, foi adotada como regra, no CP, a teoria da causalidade 
adequada, também conhecida como teoria da equivalência dos 
antecedentes causais. 
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Comentários: 
O Código Penal adota a teoria da equivalência dos antecedentes 
causais, em que toda e qualquer conduta que, de algum modo, tiver 
contribuído para a produção do resultado deve ser considerada sua causa. 
A teoria da causalidade adequada busca o antecedente imprescindível à 
existência do dano que guarde, com ele, concomitantemente, a mais 
estreita relação. 
Gabarito: E. 
 
 
46) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) Acerca da 
aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão 
de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue. 
A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é 
aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade de fugir da agressão 
injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento. 
 
Comentários: 
Segundo inciso II do art. 23 do CP, a legítima defesa é uma típica causa 
de exclusão da ilicitude da conduta. Entretanto, para a sua verificação 
acima, faz-se necessário o preenchimento de algumas condições, as quais 
podem ser melhor entendidas com a leitura do art. 25 do CP: "entende-se 
em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios 
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necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou 
de outrem." 
Deve-se considerar as circunstâncias em que a agressão se fez - sua 
gravidade e os meios de que o agente podia dispor. Aqui não há fuga, 
isso não modifica. 
Gabarito: E. 
 
 
47) (CESPE - 2009 - DPE-ES - Defensor Público) Com relação a 
direito penal, julgue os seguintes itens. 
A tentativa incruenta não é punível, pois considera-se que o agente não 
iniciou a fase executória do iter criminis. 
 
Comentários: 
Vejamos as classificações: 
Tentativa branca ou incruenta - nesta espécie de tentativa, o objeto 
material não é atingido pela conduta delituosa. Recebe essa denominação 
ao relacionar-se com a tentativa de homicídio, por exemplo, em que não 
se produzem ferimentos na vítima, não acarretando no derramamento de 
sangue, logo, como vimos a fase executória é punível. 
Tentativa cruenta ou vermelha - nesta espécie de tentativa, o objeto 
material é alcançado pela atuação do agente. 
Tentativa perfeita, acabada ou crime falho - na tentativa perfeita, o 
agente esgota todos os meios executórios que estavam à sua disposição, 
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e mesmo assim não sobrevém a consumação por circunstâncias alheias à 
sua vontade. Pode ser cruenta ou incruenta. 
Tentativa imperfeita, inacabada ou tentativa propriamente dita - na 
tentativa imperfeita, o agente inicia a execução sem, contudo, utilizar 
todos os meios que tinha ao seu alcance, e o crime não se consuma por 
circunstâncias alheias à sua vontade. 
Gabarito: E. 
 
48) (Polícia Civil - 2014 - adaptada) Os elementos do fato típico 
são conduta (ação e omissão), resultado, relação da causalidade e 
tipicidade. Diante dessa constatação, julgue os itens. 
Entende-se por iter criminis a trajetória do crime, dividida em cogitação, 
atos preparatórios, atos de execução e consumação. 
 
Comentários: 
O iter criminis corresponde às etapas percorridas pelo agente para a 
prática de um fato previsto em lei como ilícito penal. Segundo a doutrina 
possui duas fases: uma interna e outra externa. A primeira é 
representada pela cogitação. Já a segunda se divide em outras três: 
preparação, execução e consumação. Fiquem atentos pois o 
exaurimento não integra o iter criminis. 
Gabarito: C. 
 
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49) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Agente de Polícia - adaptada) Com 
base na Lei Penal e nas principais jurisprudências, julgue os itens 
abaixo. 
É isento de pena o agente que, ao tempo da ação ou da omissão, era 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento, em virtude de 
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior. 
 
Comentários: 
Vejamos o esquema abaixo. Trata-se de embriaguez acidental: 
 
Gabaritos: C. 
 
50) (CONSULPLAN - 2013 - PM-TO - Soldado da Polícia Militar - 
adaptada) Com base na Lei Penal e nas principais jurisprudências, 
julgue os itens abaixo. 
De acordo com a teoria do Direito Penal, a inimputabilidade exclui a 
culpabilidade. 
 
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Comentários: 
 
O Código Penal prevê causas que excluem a culpabilidade pela 
ausência de um de seus elementos, ficando osujeito isento de pena, 
ainda que tenha praticado um fato típico e antijurídico. Vejamos um 
resumo abaixo: 
9 inimputabilidade: 
x doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado (art. 26); 
x desenvolvimento mental incompleto por presunção legal, do 
menor de 18 anos (art. 27); 
x embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força 
maior (art. 28, § 1º). 
9 inexigibilidade de conduta diversa: 
x coação moral irresistível (art. 22, 1ª parte); 
x obediência hierárquica (art. 22, 2ª parte). 
9 inexistência da possibilidade de conhecimento da ilicitude: 
x erro de proibição (art. 21). 
A legislação penal apresenta como causas de inimputabilidade: 
9 menoridade (art. 27); 
9 doença mental (art. 26, caput); 
9 desenvolvimento mental incompleto (arts. 26, caput, e 27); 
9 desenvolvimento mental retardado (art. 26, caput); e 
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9 embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior 
(art. 28, § 1.º). 
Gabarito: C. 
 
51) (FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar - 
Combatente) Um menor de dezesseis anos pegou uma arma de 
fogo e atirou, com intenção de matar, contra outro menor, 
conseguindo atingi-lo, mas não o matou. Julgue o item abaixo com 
base no caso apresentado. 
Há tipicidade no fato hipotético, mas não há culpabilidade, uma vez que o 
menor é inimputável. 
 
Comentários: 
A imputabilidade penal é um dos elementos da culpabilidade. Esta é a 
capacidade mental, inerente ao ser humano de, ao tempo da ação ou da 
omissão, entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo 
com esse entendimento. 
Ao completar 18 anos de idade todo ser humano presume-se imputável. 
Essa presunção, todavia, é relativa (iuris tantum), pois admite prova em 
contrário. E para a aferição da inimputabilidade existem três sistemas ou 
critérios: 
9 Biológico: basta, para a inimputabilidade, a presença de um 
problema mental, representado por uma doença mental, ou então 
por desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Não importa 
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que tenha o sujeito, no caso concreto, se mostrado lúcido ao tempo 
da prática da infração penal para entender o caráter ilícito do fato e 
determinar-se de acordo com esse entendimento. O decisivo é o 
fator biológico, a formação e o desenvolvimento mental do ser 
humano; 
9 Psicológico: para esse sistema pouco importa se o indivíduo 
apresenta ou não alguma deficiência mental. Será inimputável ao 
se mostrar incapacitado de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento; 
9 Biopsicológico: resulta da fusão dos dois anteriores: é 
inimputável quem, ao tempo da conduta, apresenta um problema 
mental, e, em razão disso, não possui capacidade para entender o 
caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com esse 
entendimento. Esse sistema conjuga as atuações do magistrado e 
do perito. 
Nosso Código Penal, em seu art. 26, caput, acolheu como regra o 
sistema biopsicológico, ao estabelecer que: 
"Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental 
ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao 
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento." 
 
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Excepcionalmente foi adotado o sistema biológico no tocante aos 
menores de 18 anos, bem como o sistema psicológico, em relação à 
embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior. 
Gabarito: C. 
 
52) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - 
Agente de Polícia Legislativa) Paulo e João foram surpreendidos 
nas dependências da Câmara dos Deputados quando subtraíam 
carteiras e celulares dos casacos e bolsas de pessoas que ali 
transitavam. Paulo tem dezessete anos e teve acesso ao local por 
intermédio de João, que é servidor da Casa. 
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir. 
O fato de Paulo ser inimputável impede que se reconheça o concurso de 
pessoas no caso narrado. 
 
Comentários: 
 
Pessoal, não impede! O concurso de pessoas é o cometimento da infração 
penal por mais de um pessoa. Tal cooperação da prática da conduta 
delitiva pode se dar por meio da coautoria, participação, concurso de 
delinquentes ou de agentes, entre outras formas. 
Veja parte de um julgado do STJ: "...Ademais, o fato de o crime de roubo 
ter sido supostamente praticado na companhia de inimputável não 
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impede o reconhecimento da causa de aumento do concurso de 
agentes...". 
Gabarito: E. 
 
53) (CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Acerca do crime e da 
imputabilidade penal, julgue o item. 
Na hipótese de desistência voluntária, em que o agente, por vontade 
própria, desiste de prosseguir na execução do crime, a pena será reduzida 
na proporção prevista em lei. 
 
Comentários: 
 Não é redução, responderá pelos atos praticados! 
Gabarito: E. 
 
 
54) (2014 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal - adaptada) Com base 
na Lei Penal e nas principais jurisprudências, julgue os itens 
abaixo. 
O arrependimento posterior implica causa de diminuição da pena do 
agente, e apenas é aplicável aos crimes praticados sem violência ou grave 
ameaça à pessoa. 
 
Comentários: 
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O arrependimento posterior é a causa pessoal e obrigatória de diminuição 
da pena que ocorre quando o responsável pelo crime praticado sem 
violência à pessoa ou grave ameaça, voluntariamente e até o recebimento 
da denúncia ou queixa, restitui a coisa ou repara o dano provocado por 
sua conduta. 
Gabarito: C. 
 
 
 Estatuto do Desarmamento (Lei n.º 10.826/03) 
 
 
55) (2015 - FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No que se refere ao 
Estatuto do desarmamento, é correto afirmar que: 
A) o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é inafiançável, sendo 
irrelevante o fato de a arma de fogo estar registrada em nome do agente. 
B) o agente que importa ou exporta arma de fogo de uso permitido, sem 
autorização da autoridade competente, comete o delito de contrabando. 
C) a conduta de portar arma de uso permitido é equiparada a de portar 
arma de uso restrito para efeito da aplicação da pena, quando a referida 
arma estiver com a numeração, marca ou qualquer outro sinal de 
identificação raspado, suprimidoou adulterado. 
D) o crime de deixar de observar as cautelas necessárias para impedir 
que menor se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse admite 
tentativa. 
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E) será responsabilizado apenas administrativamente o proprietário ou 
diretor de empresa de segurança que não registrar ocorrência policial e 
não comunicar à Polícia Federal nas primeiras vinte e quatro horas depois 
de ocorrido a perda, o furtou ou roubo de arma de fogo, acessório ou 
munição, que estejam sob sua guarda. 
 
Comentários: 
Na letra "A", já está mais do que batido que o STF declarou a 
inconstitucional a redação do P.U do art. 14. No caso da letra "B", o 
agente comete o crime do art. 18 do Estatuto (tráfico internacional de 
arma de fogo), pois, aplica-se o princípio da especialidade e não o crime 
de contrabando, tipificado no CP. Na letra "D", temos crime omissivo 
próprio, dessa forma não cabe a tentativa. Já na letra "E", o proprietário 
responderá criminalmente, assim menciona o P.U do art. 13. 
Gabarito: C. 
 
56) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) 
Acerca dos crimes em espécie, assinale a opção correta. 
A) Em se tratando de crime ambiental, não se admite a incidência do 
princípio da insignificância. 
B) A apreensão de arma de fogo na posse do autor dias após o 
cometimento de crime de roubo não constitui crime autônomo, sendo fato 
impunível. 
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C) A nulidade do exame pericial na arma de fogo descaracteriza o crime 
de porte ilegal, mesmo diante de conjunto probatório idôneo, conforme 
entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
D) O particular não pode responder pela prática do crime de abuso de 
autoridade, nem mesmo como partícipe. 
E) Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, é possível a 
condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, mesmo 
que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargos de presidência ou 
direção. 
 
Comentários: 
Na letra "A", temos uma decisão STF afirmando ser possível a aplicação 
do princípio da insignificância nos crimes ambientais. Na letra "B", 
segundo o STJ, poderá haver condenação pelo crime de porte em 
concurso material com o roubo se ficar provado nos autos que o agente 
portava ilegalmente a arma de fogo em outras oportunidades antes 
ou depois do crime de roubo e que ele não se utilizou da arma tão 
somente para cometer o crime patrimonial. Na letra "C", é preciso saber 
que o crime de porte ilegal de munição de uso permitido, assim como o 
crime de porte ilegal de armas é, conforme se tem entendido, de mera 
conduta e de perigo abstrato, que independe da ocorrência de qualquer 
prejuízo efetivo para a sociedade, sendo suficiente para a caracterização 
da conduta elencada no artigo 14 da Lei nº 10.826 /2003, o simples fato 
de portar arma, munição ou acessórios de uso permitido sem autorização 
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A probabilidade de vir a ocorrer algum dano, pelo mau uso do artefato, é 
presumida pelo próprio tipo penal, não sendo necessário que se 
demonstre eventual perigo concreto para que o crime reste configurado. 
A ausência de laudo pericial não descaracteriza o crime de porte irregular 
de munição de uso permitido. Na letra "D", o particular pode responder 
por abuso de autoridade desde que cometa o crime juntamente com uma 
autoridade e, desde que, saiba da qualidade de autoridade do comparsa. 
E na letra "E", temos uma decisão do STJ, pois a jurisprudência não mais 
adota a chamada teoria da "dupla imputação".͒ 
Gabarito: E. 
 
57) (2016 - CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) No tocante à interpretação dos crimes de perigo 
abstrato e dos crimes contra a organização do trabalho, contra a 
administração pública e contra a dignidade sexual, consoante a 
jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta. 
A) Por se tratar de delito de perigo abstrato, o abandono de incapaz 
dispensa a prova do efetivo risco de dano à saúde da vítima. 
B) O crime de porte ilegal de arma de fogo, classificado como delito de 
perigo abstrato, não dispensa a prova pericial para estabelecer a sua 
eficiência na realização de disparos, necessária para demonstrar o risco 
potencial à incolumidade física das pessoas. 
C) O agente que não é funcionário público não pode figurar como sujeito 
ativo do crime de peculato. 
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D) No crime de aliciamento para o fim de emigração, pune-se a conduta 
de recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para 
território estrangeiro, como forma de se garantir a proteção à organização 
do trabalho. 
E) Para a caracterização do crime de concussão, a conduta do servidor 
público deve consistir na exigência de vantagem indevida, 
necessariamente em dinheiro, para si ou para outrem, em razão da 
função que o servidor exerce. 
 
 
Comentários: 
Na letra "A", trata-se de crime de perigo concreto. Na letra "B", não é 
necessária a perícia para configurar o crime. Na letra "C", o particular 
pode cometer o crime de peculato, desde que a condição pessoal do autor 
ingresse na esfera do seu conhecimento. Na letra "E", para configurar o 
crime de concussão, pode ser qualquer vantagem, não apenas em 
dinheiro. 
Gabarito: D. 
 
58) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Aponte a 
alternativa CORRETA. O proprietário de um bar mantinha, sob sua 
guarda, há semanas, no referido estabelecimento comercial, arma 
de fogo de uso permitido, municiada e funcionando perfeitamente, 
em desacordo com autorização legal e regulamentar. Para fazer 
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uma demonstração do funcionamento da arma a seus clientes, o 
proprietário do bar a disparou em direção à via pública, situada do 
lado de fora do bar, praticando, assim: 
A) Crimes de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e disparo 
de arma de fogo, em concurso. 
B) Crime de disparo de arma de fogo, sendo a manutenção da arma de 
fogo considerada fato anterior impunível. 
C) Crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de 
arma de fogo, em concurso. 
D) Crime de posse irregular de arma de fogo, sendo o disparo de arma de 
fogo considerado fato posterior impunível. 
E) Crime de porte ilegal de arma de fogo, sendo o disparo de arma de 
fogo considerado fato posterior impunível. 
 
Comentários: 
Não há um julgado dos tribunais superiores sobre o assunto abordado.O 
que temos é uma decisão do TJDF aplicando o concurso num caso 
parecido a este. Por ter uma arma em desacordo com a autorização legal, 
o comerciante irá responder pela posse ilegal (art. 12). Muito cuidado 
aqui, pois não há que se falar em porte, ok? Na sequência ocorre o 
disparo, assim, responderá, também, pelo crime de disparo (art. 15), pois 
foi em direção da via pública. Dessa forma, responderá pelos crimes em 
concurso material. 
Gabarito: A. 
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59) (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia) Considere a 
seguinte situação hipotética. 
Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um revólver de 
calibre 38, quando foi abordado em uma operação policial de 
trânsito. A diligência policial resultou na localização da arma, 
desmuniciada, embaixo do banco do motorista. Em um dos bolsos 
da mochila de Alfredo, foram localizados 5 projéteis do mesmo 
calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou não possuir 
autorização legal para o porte da arma nem o respectivo 
certificado de registro. O fato foi apresentado à autoridade policial 
competente. 
Nessa situação, caberá à autoridade somente a apreensão da arma e das 
munições e a imediata liberação de Alfredo, visto que, estando o 
armamento desmuniciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de 
arma de fogo. 
 
Comentários: 
 
Então, meus caros, para responder essa questão faz-se necessário o 
conhecimento das decisões do STF. O STF já se posicionou pela 
ocorrência de crime mesmo quando a arma está sem munição. Além 
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disso, o simples porte de munição, também, caracteriza o delito de porte 
ilegal. Mas, não é pacífico esse entendimento, ok? Vejamos: 
³$UPD�GHVPXQLFLDGD��QR�FDVR�GD�DUPD�GHVPXQLFLDGD��67)��+&�
81.057-SP, rel. Min. Sepúlveda Pertence) não há que se 
falar em delito (de posse ou de porte de arma) porque, sem 
munição, não conta ela com potencialidade lesiva real. Nesse 
mesmo sentido, confira RHC 90.197-DF, Primeira Turma do 
67)�H��DJRUD��WDPEpP�R�+&��������´ 
Assim, essa questão dos crimes de posse ou porte ilegal de arma 
desmuniciada ainda gera inúmeras discussões no âmbito do Pretório 
Excelso. Divergem ambas as Turmas sobre a tipicidade da conduta, 
havendo precedentes tanto a favor quanto contra o reconhecimento 
da atipicidade. 
Gabarito: E. 
 
60) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador) Com base nas disposições do Estatuto do 
Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criança e 
do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue os itens 
subsequentes. 
De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunstância 
qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou munição o 
fato de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto. 
 
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Comentários: 
Pessoal, o Estatuto não faz menção sobre essa qualificadora. O que temos 
é um aumento de pena no caso de os crimes de porte, posse não, quando 
praticados por integrante dos órgãos e empresas elencadas nos artigos 
6o, 7o e 8o do Estatuto. 
³$UW�� ���� 3RVVXLU� RX� PDQWHU� VRE� VXD� JXDUGD� DUPD� GH� IRJR��
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua 
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de 
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do 
estabelecimento ou empresa: 
 Pena ± detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em 
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar 
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena ± reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, 
salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do 
agente. (Vide Adin 3.112-1) 
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Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a 
pena é aumentada da metade se forem praticados por 
integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 
8 o GHVWD�/HL�´ 
Gabarito: E. 
 
61) (IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de Cartório - adaptada) No que 
se refere ao Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/2003), 
julgue os itens. 
Comete crime cuja pena se equipara à do delito omissão de cautela o 
proprietário de empresa de segurança e de transporte de valores que 
deixa de registrar ocorrência policial e de comunicar a Polícia Federal furto 
ou roubo de arma de fogo sob sua guarda, nas primeiras vinte e quatro 
horas após o ocorrido. 
 
Comentários: 
No crime de omissão de cautela, temos um crime próprio, já que exige 
uma condição (ser proprietário empresa de transporte de valor) especial 
de ser. Nesse delito, o sujeito passivo é o Estado. No tipo penal temos 
dois casos: aquele que deixar de registrar a ocorrência; e aquele que não 
comunicar o órgão de segurança competente. Logo, se faltar qualquer um 
dos casos acima, o indivíduo estará cometendo o crime. Outra informação 
importante é que os objetos desse crime são armas, munições e 
acessórios, ainda que de uso restrito. Lembrando que esse crime só pode 
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ser consumado depois de 24h, logo, antes desse tempo, não há o crime e 
exige, nesse caso, a forma dolosa. 
Outra informação é que as armas de fogo utilizadas pelos empregados 
das empresas de segurança privada e de transporte de valores, 
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade 
e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas 
quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de 
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado 
de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em 
nome da empresa. 
Meus caros, os empregados das empresas de segurança privada e de 
transporte de valores responderão criminalmente pelo abuso que 
cometerem ao utilizarem arma. Os diretores e gerentes devem 
requerer o certificado de registro, a autorização de porte à Polícia Federal, 
juntando cópia do contrato empresarial firmado entre a empresa 
prestadora e as empresas para as quais prestará o serviço de segurança e 
de transporte de valores. 
A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentardocumentação comprobatória do preenchimento dos requisitos, os quais 
elencamos no início da aula, quanto aos empregados que portarão arma 
de fogo. A listagem dos empregados das empresas deverá ser 
atualizada semestralmente junto ao Sinarm. 
Gabarito: C. 
 
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62) (FCC - 2013 - TJ-PE ± Juiz - adaptada) No que se refere ao 
Estatuto do Desarmamento, julgue os itens. 
Quem deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor 
de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de 
arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade, 
comete o crime de omissão de cautela. 
 
Comentários: 
Isso mesmo! O possuidor de arma de fogo deve ser muito cauteloso na 
sua guarda, pois a quebra do dever de cuidado pode permitir que menor 
de idade ou pessoa com doença mental se apodere da arma de fogo. 
Trata-se, portanto, de crime culposo tipificado no art. 13 da Lei 
10.826/2003. 
Gabarito: C. 
 
63) (CESPE± 2013 - PC-BA ± Delegado de Polícia) Servidor público 
alfandegário que, em serviço de fiscalização fronteiriça, permitir a 
determinado indivíduo penalmente imputável adentrar o território 
nacional trazendo consigo, sem autorização do órgão competente e sem o 
devido desembaraço, pistola de calibre 380 de fabricação estrangeira, 
deverá responder pela prática do crime de facilitação de contrabando, 
com infração do dever funcional excluída a hipótese de aplicação do 
Estatuto do Desarmamento. 
 
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Comentários: 
Meus amigos, no caso acima cabe a aplicação do Estatuto. O crime de 
tráfico internacional de armas de fogo prevê, também, a conduta de 
facilitar a entrada ou saída das armas de fogo do território nacional 
sem autorização. Vejamos a literalidade: 
 ³7UiILFR�LQWHUQDFLRQDO�GH�DUPD�GH�IRJR 
 
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída 
do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, 
acessório ou munição, sem autorização da autoridade 
competente: 
 Pena ± UHFOXVmR�GH����TXDWUR��D����RLWR��DQRV��H�PXOWD�´ 
Gabarito: E. 
 
64) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado ± 
Segurança) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas 
(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir. 
Compete ao SINARM informar às secretarias de segurança pública dos 
estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de 
armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro 
atualizado para consulta. 
 
Comentários: 
Opa! Vejamos as competências do Sinarm: 
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³$UW��o. Ao Sinarm compete: 
 I ± identificar as características e a propriedade de 
armas de fogo, mediante cadastro; 
 II ± cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas 
e vendidas no País; 
 III ± cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo 
e as renovações expedidas pela Polícia Federal; 
 IV ± cadastrar as transferências de propriedade, 
extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de 
alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de 
fechamento de empresas de segurança privada e de 
transporte de valores; 
 V ± identificar as modificações que alterem as 
características ou o funcionamento de arma de fogo; 
 VI ± integrar no cadastro os acervos policiais já 
existentes; 
 VII ± cadastrar as apreensões de armas de fogo, 
inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; 
 VIII ± cadastrar os armeiros em atividade no País, bem 
como conceder licença para exercer a atividade; 
 IX ± cadastrar mediante registro os produtores, 
atacadistas, varejistas, exportadores e importadores 
autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; 
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 X ± cadastrar a identificação do cano da arma, as 
características das impressões de raiamento e de 
microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e 
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; 
 XI ± informar às Secretarias de Segurança Pública 
dos Estados e do Distrito Federal os registros e 
autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos 
territórios, bem como manter o cadastro atualizado 
para consulta. 
 Parágrafo único. As disposições deste artigo não 
alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, 
bem como as demais que constem dos seus registros 
SUySULRV�´ 
Gabarito: C. 
 
65) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) 
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento), julgue os itens abaixo. 
Será aplicada multa à empresa de produção ou comércio de armamentos 
que realizar publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado de 
armas de fogo, exceto nas publicações especializadas. 
 
Comentários: 
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Então, viram o que o examinador cobrou? Fica comprovado que vocês não 
podem descartar nenhuma informação no Estatuto, sei que muitos só 
estudam os crimes, mas as bancas estão cobrando tudo, ok? Vejamos a 
literalidade: 
³$UW�� ���� 6HUá aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil 
reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme 
especificar o regulamento desta Lei: 
 I ± à empresa de transporte aéreo, rodoviário, 
ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, 
por qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o 
transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou 
com inobservância das normas de segurança; 
 II ± à empresa de produção ou comércio de 
armamentos que realize publicidade para venda, 
estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, 
exceto nas publicações especializadas. 
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com 
aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, sob 
pena de responsabilidade, as providências necessárias para 
evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos 
garantidos pelo inciso VI do art. 5o GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO�´ 
 Parágrafo único. As empresas responsáveis pela 
prestação dos serviços de transporte internacional e 
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interestadual depassageiros adotarão as providências 
necessárias para evitar o embarque de passageiros armados. 
Gabarito: C. 
 
66) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) 
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento), julgue os itens abaixo. 
Durante o prazo de que a população dispõe para entregá-la à Polícia 
Federal, o delito de posse de arma de fogo foi claramente abolido pela 
referida norma. 
 
Comentários: 
Está errado o que afirmou o examinador, pois não foi abolido, mas sim 
SHUPLWLGR�³D�SRVVH´�WUDQVLWyULD��DSyV�UHDOL]DGR�RV�GHYLGRV�SURFHGLPHQWRV� 
Gabarito: E. 
 
67) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) 
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento), julgue os itens abaixo. 
É amplamente admissível a consideração da arma desmuniciada como 
majorante no delito de roubo, porquanto, ainda que desprovida de 
potencialidade lesiva, sua utilização é capaz de produzir temor maior à 
vítima. 
 
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Comentários: 
 
Não há a majorante! A utilização de arma desmuniciada, como forma de 
intimidar a vítima do delito de roubo, caracteriza o emprego de violência, 
porém, não permite o reconhecimento da majorante de pena, já que esta 
está vinculada ao potencial lesivo do instrumento, pericialmente 
comprovado como ausente no caso, dada a sua ineficácia para a 
realização de disparos. Assim, etende o STJ. 
Entretanto, a posse ou o porte de arma de fogo desmuniciada configura 
crime da Lei nº 10.826/03! 
Trata-se, atualmente, de posição pacífica tanto no STF como no STJ. 
Para a jurisprudência, a simples posse ou porte de arma, munição ou 
acessório de uso permitido ² sem autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar ² configura os crimes previstos nos 
arts. 12 ou 14 da Lei nº 10.826/2003. Isso porque, por serem delitos de 
perigo abstrato, é irrelevante o fato de a arma apreendida estar 
desacompanhada de munição, já que o bem jurídico tutelado é a 
segurança pública e a paz social. 
STJ. 3ª Seção. AgRg nos EAREsp 260.556/SC, Rel. Min. Sebastião Reis 
Júnior, julgado em 26/03/2014. 
STF. 2ª Turma. HC 95073/MS, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, 
19/3/2013 (Info 699). 
Gabarito: E. 
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68) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) 
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento), julgue os itens abaixo. 
A utilização de arma de brinquedo durante um assalto acarreta a 
majoração, de um terço até metade, da pena eventualmente aplicada ao 
criminoso. 
 
Comentários: 
 
O erro está em afirmar essa majorante, já que a súmula 174 foi 
cancelada. Assim, não cabe esse aumento. Vejamos o julgado do STJ: 
³(P�TXH�SHVH�R�FDQFHODPHQWR�GD�6~PXOD�Qo 174, do Superior 
Tribunal de Justiça, que preconizava a possibilidade de 
aumento de pena na hipótese de intimidação com arma de 
brinquedo, ou ainda que se discuta a potencialidade ofensiva 
do instrumento utilizado para a realização do crime de roubo, 
cabe à Defesa comprovar que a causa especial de aumento da 
pena não restou configurada, pois a potencialidade ofensiva 
da arma utilizada no roubo é presumida. 
Precedente do STF. (STJ - HC 128383 / RJ ± Órgão Julgador: 
Quinta Turma - Relatora Min. Laurita Vaz ± Data do 
Julgamento: 05/05/2009). ROUBO PRATICADO MEDIANTE 
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CONCURSO DE AGENTES E EMPREGO DE ARMA DE 
BRINQUEDO. INCIDÊNCIA DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO 
DE PENA DE 3/8. IMPOSSIBILIDADE. CANCELAMENTO DA 
SÚMULA Nº 174 DESTA CORTE. (STJ - HC 30638 /SP ± 
Relator Min. PAULO GALLOTTI ± Órgão Julgador: Sexta Turma 
± Data de Julgamento: 23/03/2004 ± '-(�������������´ 
Gabarito: E. 
 
69) (CESPE ± 2012 ± Escrivão ± Polícia Civil/AL) A posse de arma de 
brinquedo ou a utilização de qualquer outro instrumento simulador de 
arma de fogo configura, segundo expressamente previsto na norma de 
regência, crime de porte de arma. 
 
Comentários: 
O Estatuto do Desarmamento veda a fabricação, a venda, a 
comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de 
armas de fogo, que com estas possam se confundir. Todavia, não há 
tipificação penal de tais de condutas e muito menos podemos falar na 
posse de arma de brinquedo. 
Gabarito: E. 
 
70) (CESPE ± 2012 - Técnico Judiciário) Considere a seguinte 
situação hipotética. 
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Antônio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares, que o 
flagraram portando três cartuchos intactos de munição de calibre 40, de 
uso restrito das forças policiais. Indagado a respeito de sua conduta, 
Antônio informou não possuir autorização para portar as munições, 
alegando, no entanto, não possuir arma de fogo de qualquer calibre. 
Nessa situação, a conduta de Antônio é atípica, pois a munição, por si só, 
não oferece qualquer potencial lesivo. 
 
Comentários: 
 
O porte de munição é apenado da mesma forma que o porte da arma de 
fogo. Vejamos a literalidade: 
³$UW�� ���� 3RUWDU�� GHWHU�� DGTXLULU�� IRUQHFHU�� UHFHEHU�� WHU� HP�
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar 
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
 
 Pena ± reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
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 Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é 
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada 
HP�QRPH�GR�DJHQWH�´ 
Gabarito: E. 
 
71) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à 
legislação especial, julgue o item que se segue. 
De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o simples 
fato de portar arma de fogo de uso permitido com numeração raspada 
viola o previsto no art. 16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito 
de mera conduta ou de perigo abstrato, cujo objeto imediato é a 
segurança coletiva. 
 
Comentários: 
 
 
Perfeito, meus amigos (as)! Aqui, você tem que perceber que mesmo 
sendo de uso permitido, enquadra-se nos crimes do parágrafo único do 
artigo 16, pois assim decidiu o STJ. 
³$UW������3RVVXLU��GHWHU��SRUWDU��DGTXLULU��IRUQHFHU��UHFHEHU��WHU�
em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou 
ocultararma de fogo, acessório ou munição de uso proibido 
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ou restrito, sem autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
 Pena ± reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
 Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: 
 I ± suprimir ou alterar marca, numeração ou 
qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou 
artefato; 
 II ± modificar as características de arma de fogo, de 
forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido 
ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo 
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; 
 III ± possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato 
explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar; 
 IV ± portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer 
arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal 
de identificação raspado, suprimido ou adulterado; 
 V ± vender, entregar ou fornecer, ainda que 
gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo 
a criança ou adolescente; e 
 VI ± produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização 
legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou 
H[SORVLYR�´ 
Gabarito: C. 
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72) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à 
legislação especial, julgue o item que se segue. 
As armas de fogo apreendidas após a elaboração do laudo pericial e sua 
juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal, 
serão encaminhadas pelo juiz competente à Secretaria de Segurança 
Pública do respectivo estado, no prazo máximo de 48 horas, para 
destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças 
Armadas, na forma da lei. 
 
Comentários: 
Secretaria de segurança? Vejamos: ³serão encaminhadas pelo juiz 
competente DR�&RPDQGR�GR�([pUFLWR´� 
 
³$UW����. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do 
laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais 
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo 
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo 
de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos 
órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma 
GR�UHJXODPHQWR�GHVWD�/HL�´� 
Gabarito: E. 
 
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73) (CESPE ± 2012 - Analista ± TJ RR) Jonas, policial militar em 
serviço velado no interior de uma viatura descaracterizada em 
estacionamento público próximo a uma casa de eventos, onde 
ocorria grande espetáculo de música, percebeu a presença de 
Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que já ostentava 
condenação transitada em julgado por crime de receptação. Na 
oportunidade, Jonas viu que Mauro usou um pequeno canivete 
para abrir um automóvel e neste ingressou rapidamente. Fábio, 
com dezessete anos de idade, e que acompanhava Mauro, entrou 
pela porta direita do passageiro e sentou-se no banco. Mauro usou 
o mesmo canivete para dar partida na ignição do motor e se 
evadir do local na condução do veículo. Jonas informou sobre o 
fato a outros agentes em viaturas policiais, os quais, em 
diligências, localizaram o veículo conduzido por Mauro e 
prenderam-no cerca de dez minutos depois da abordagem. Em 
revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro, foi 
apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um 
revólver de calibre 38, municiado com dois projéteis, do qual o 
portador não tinha qualquer registro ou porte legalmente válido 
em seu nome. O canivete foi encontrado na posse de Fábio. 
Com referência à situação hipotética acima relatada, julgue os 
itens que se seguem. 
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Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso 
permitido, previsto na lei que dispõe sobre o registro, a posse e a 
comercialização de armas de fogo e munição. 
 
Comentários: 
Uma questão enorme para confundir a cabeça do candidato, assim, 
atenta-se para um pequeno detalhe: o crime cometido foi o de porte 
ilegal. 
Gabarito: E. 
 
74) (CESPE ± Polícia Civil) Comete o crime de disparo de arma de fogo 
(artigo 15 da Lei nº. 10.826/2003), o agente que disparar arma de fogo 
ou aciona munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via 
pública ou em direção a ela, independentemente dessa conduta ter como 
finalidade a prática de outro crime. 
 
Comentários: 
Segundo o Estatuto do Desarmamento, em seu art. 15, constitui crime 
disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas 
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta 
não tenha como finalidade a prática de outro crime. 
³$UW������'LVSDUDU�DUPD�GH�IRJR�RX�DFLRQDU�PXQLomR�HP�OXJDU�
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em 
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direção a ela, desde que essa conduta não tenha como 
finalidade a prática de outro crime: 
 Pena ± UHFOXVmR��GH����GRLV��D����TXDWUR��DQRV��H�PXOWD�´ 
Gabarito: E. 
 
 
75) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
A fim de verificar a classificação e a definição de armas de fogo, deve-se 
consultar a parte final do Estatuto do Desarmamento, eis que, em suas 
Disposições Gerais, consta o rol de armamentos restritos, permitidos e 
proibidos. 
 
Comentários: 
Não é comum esse tipo de questão. Perceba que para acertar é 
necessário que o candidato tenha lido TODA a lei. Mais uma vez fica 
notório que é preciso ler todo o Estatuto. 
"Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a 
definição das armas de fogo e demais produtos controlados, 
de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de 
valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder 
Executivo Federal, mediante proposta do Comando do 
Exército." 
Gabarito: E. 
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76) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
O Estatuto do Desarmamento não prevê a criminalização da posse de 
arma de fogo de uso permitido, desde que no interior de residência. 
 
Comentários: 
 
Tal conduta é caracterizada como típica no art. 12 do Estatuto do 
Desarmamento.Vejamos: 
³$UW�� ���� 3RVVXLU� RX� PDQWHU� VRE� VXD� JXDUGD� DUPD� de fogo, 
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua 
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de 
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do 
estabelecimento ou empresa: 
 
 Pena ± GHWHQomR��GH����XP��D����WUrV��DQRV��H�PXOWD�´ 
Gabarito: E. 
 
77) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
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O crime de posse irregular de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/03) 
não distingue, no seu apenamento, se a arma, acessório ou munição são 
de uso permitido ou restrito. 
 
Comentários: 
 
No Estatuto do desarmamento, há distinção e as penalizações são 
diferentes, vejamos: 
"Art. 12 - Posse irregular de arma de fogo de uso permitido 
(detenção de um a três anos); 
Art. 16 - Porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito 
(reclusão de três a seis anos)." 
Gabarito: E. 
 
78) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
O Estatuto do Desarmamento equipara a conduta de porte de arma de 
fogo de uso restrito à de porte de arma de fogo de uso permitido que 
tenha seus sinais identificadores suprimidos ou alterados. 
 
Comentários: 
O art. 16 do Estatuto do Desarmamento, ao utilizar a expressão "nas 
mesmas penas incorre", equipara as condutas. 
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Gabarito: C. 
 
79) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
Segundo a Lei nº 10.826/03, o porte ilegal de arma de fogo de uso 
permitido é punível com penas mais graves que as cominadas para a 
posse de munição destinada a arma de fogo de uso permitido. 
 
Comentários: 
Questão que quando aparece em prova ocasiona muita confusão aos 
candidatos. No caso, o crime do art. 14 tem pena superior ao delito do 
art. 12. Vejamos: 
Gabarito: C. 
 
80) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
O agente que mantém em sua residência arma de fogo de uso permitido, 
sem o devido registro em seu nome, incorre no delito de porte ilegal de 
arma, previsto no art. 14 da Lei n. 10.826, de 22 dezembro de 2003. 
 
Comentários: 
Negativo, já vimos bastante isso, incorre no delito de POSSE irregular de 
arma de fogo de uso permitido (art. 12). 
Gabarito: E. 
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81) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
A lei expressamente consagra a proibição deporte de arma de fogo em 
todo o território nacional, ressalvadas algumas hipóteses específicas, 
como os integrantes das Forças Armadas e as empresas de segurança 
privada e de transporte de valores, os quais poderão portar armas de 
fogo, desde que obedecidos os requisitos legais e regulamentares. 
 
Comentários: 
A questão está de acordo com o art. 6º do Estatuto do Desarmamento. 
Vejamos a literalidade, a qual destaquei pontos importantes: 
³$UW�� �o É proibido o porte de arma de fogo em todo o 
território nacional, salvo para os casos previstos em 
legislação própria e para: 
 I ± os integrantes das Forças Armadas; 
 II ± os integrantes de órgãos referidos nos incisos do 
caput do art. 144 da Constituição Federal (Polícia Civil, 
Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Polícia Militar, 
Bombeiros); 
 III ± os integrantes das guardas municipais das 
capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 
(quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no 
regulamento desta Lei; 
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 IV - os integrantes das guardas municipais dos 
Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos 
de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em 
serviço; (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004) 
 V ± os agentes operacionais da Agência Brasileira de 
Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança 
do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência 
da República; 
 VI ± os integrantes dos órgãos policiais referidos 
no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal 
(Polícia do Senado e da Câmara do Deputados); 
 VII ± os integrantes do quadro efetivo dos agentes e 
guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e 
as guardas portuárias; 
 VIII ± as empresas de segurança privada e de 
transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei; 
 IX ± para os integrantes das entidades de desporto 
legalmente constituídas, cujas atividades esportivas 
demandem o uso de armas de fogo, na forma do 
regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a 
legislação ambiental. 
 X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita 
Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, 
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cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação 
dada pela Lei nº 11.501, de 2007) 
 XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 
92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da 
União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de 
seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício 
de funções de segurança, na forma de regulamento a ser 
emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo 
Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP. (Incluído 
pela Lei nº 12.694, de 2012) 
 § 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do 
caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de 
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação 
ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do 
regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para 
aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada 
pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 1o-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos 
integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X 
do caput deste artigo está condicionada à comprovação do 
requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta 
Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. 
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) 
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 § 3o A autorização para o porte de arma de fogo das 
guardas municipais está condicionada à formação funcional de 
seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade 
policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de 
controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento 
desta Lei, observada a supervisão do Comando do Exército. 
(Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004) 
 § 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias 
federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os 
militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o 
direito descrito no art. 4o, ficam dispensados do cumprimento 
do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma 
do regulamento desta Lei. 
 § 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 
(vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de 
arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar 
será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, 
na categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso 
permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de 
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde 
que o interessado comprove a efetiva necessidade em 
requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes 
documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 
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 I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela 
Lei nº 11.706, de 2008) 
 II - comprovante de residência em área rural; e 
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei 
nº 11.706, de 2008) 
 § 6o O caçador para subsistência que der outro uso à 
sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações 
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por 
disparo de arma de fogo de uso permitido. (Redação dada 
pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 7o Aos integrantes das guardas municipais dos 
Municípios que integram regiões metropolitanas será 
autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. 
�,QFOXtGR�SHOD�/HL�Qž���������GH������´ 
Gabarito: C. 
 
82) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
Constitui figura equiparada ao crime de posse ou porte ilegal de arma de 
fogo de uso restrito e, portanto, com as mesmas penas, a conduta de 
portar arma de fogo com numeração adulterada, independentemente do 
agente ter sido, ou não, também o responsável pela mencionada 
alteração. 
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Comentários: 
A questão exige o conhecimento do art. 16 e seus incisos. Veja: 
 ³Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, 
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou 
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido 
ou restrito, sem autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
Pena ± reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: 
I ± suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer 
sinal de identificação de arma de fogo ou artefato�´ 
 
Gabarito: C. 
 
83) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
Constitui causa de aumento de pena, nos crimes de disparo de arma de 
fogo e porte ilegal de arma de fogo, sua prática por parte de integrantes 
das empresas de segurança privada e de transporte de valores. 
 
Comentários: 
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Questão que exige o conhecimento dos arts. 6o, 14 e 15. Pessoal, muita 
atenção aqui, no caso do crime de posse (art. 12) não cabe esse 
aumento, ok? Digo isso, pois é comum o examinado trocar na prova porte 
por posse, e na maioria das vezes o candidato escorrega. 
Gabarito: C. 
 
84) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
A Lei nº 10.826/03 prevê a criminalização da posse irregular de arma de 
fogo em residência, desde que se trate de arma de uso privativo das 
Forças Armadas. 
 
Comentários: 
Bem tranquila essa! As armas de uso permitido também caracterizam o 
crime. 
 Gabarito: E. 
 
85) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
Com o advento da Lei nº 10.826/03, a contravenção de porte ilegal de 
arma, prevista no art. 19 da Lei das Contravenções Penais, passou a ter 
como objeto apenas munições em geral e armas brancas. 
 
Comentários: 
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O porte de munições também é previsto como crime nos art. 14 e 16 do 
estatuto do desarmamento. Com relação ao porte de armas brancas 
(facas, canivetes etc.), há divergência se tal conduta continua sendo 
contravenção penal ou se configura conduta atípica. 
Gabarito: E. 
 
86) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado ± 
Segurança) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas 
(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir. 
As armas de fogo de uso restrito devem ser registradas no Comando do 
Exército. 
 
Comentários: 
Isso mesmo pessoal, vejamos: 
³$UW�� �o. É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão 
competente. 
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão 
registradas no Comando do Exército, na forma do 
UHJXODPHQWR�GHVWD�/HL�´ 
Gabarito: C. 
 
87) (CESPE ± Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do 
Desarmamento, julgue os itens. 
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Ceder, gratuitamente, arma de fogo, acessório ou munição, de uso 
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, não tipifica a conduta penal de que trata o art. 14 do 
Estatuto do Desarmamento. 
 
Comentários: 
A conduta descrita encontra previsão no art. 14 do Estatuto do 
Desarmamento. Vejamos: 
³Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em 
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar 
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena ± UHFOXVmR��GH����GRLV��D����TXDWUR��DQRV��H�PXOWD�´ 
Gabarito: E. 
 
88) (2014 ± FUNCAB - PC-RO - Delegado de Polícia Civil) De 
acordo com a Lei n° 10.826/2003, Estatuto do Desarmamento,aquele que, em via pública, porta arma de fogo de uso permitido 
com numeração suprimida responde: 
A) como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de 
uso permitido, disposto no artigo 14 do referido Estatuto. 
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B) como incurso nas penas do crime de posse ou porte ilegal de arma de 
fogo de uso restrito, disposto no artigo 16 do referido estatuto. 
C) como incurso nas penas do crime de posse irregular de arma de fogo 
de uso permitido, disposto no artigo 12 do referido Estatuto. 
D) como incurso nas penas do crime de disparo de arma de fogo, disposto 
no artigo 15 do referido Estatuto. 
E) como incurso nas penas do crime de omissão de cautela, disposto no 
artigo 13 do referido Estatuto. 
 
Comentários: 
O parágrafo único do art. 16 é muito importante. É aplicado, também, no 
caso de arma de uso permitido! Vejamos: 
³3DUiJUDIR�~QLFR��1DV�PHVPDV�SHQDV�LQFRUUH�TXHP� 
 
I ± suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de 
identificação de arma de fogo ou artefato; 
II ± modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-
la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para 
fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade 
policial, perito ou juiz; 
III ± possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou 
incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar; 
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IV ± portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma 
de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de 
identificação raspado, suprimido ou adulterado; 
V ± vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma 
de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; 
e 
VI ± produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou 
adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.´ 
Gabarito: B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1-D 2-E 3-C 4-D 5-E 
6-E 7-E 8-E 9-C 10-E 
11-E 12-C 13-E 14-E 15-E 
16-C 17-C 18-C 19-E 20-E 
21-C 22-E 23-E 24-C 25-E 
26-E 27-E 28-C 29-E 30-E 
31-E 32-E 33-E 34-E 35-E 
36-E 37-B 38-C 39-C 40-A 
41-C 42-E 43-E 44-C 45-E 
46-E 47-E 48-C 49-C 50-C 
51-C 52-E 53-E 54-C 55-C 
56-E 57-D 58-A 59-E 60-E 
61-C 62-C 63-E 64-C 65-C 
66-E 67-E 68-E 69-E 70-E 
71-C 72-E 73-E 74-E 75-E 
76-E 77-E 78-C 79-C 80-E 
81-C 82-C 83-C 84-E 85-E 
86-C 87-E 88-B 
 
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