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Zoologia - Completo Todas as Apostilas UNEC FUNEC Agronomia

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA – FUNEC 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ZOOLOGIA BÁSICA 
Patrícia da Silva Santos 
AGRONOMIA 
 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: ZOOLOGIA GERAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 2 
Professora: Patrícia Santos – patriciasantos234@gmail.com 
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO - DIVERSIDADE ANIMAL 
E SISTEMÁTICA ZOOLÓGICA 
 
1.1. INTRODUÇÃO 
 
Considerando a etimologia da palavra Zoologia (do idioma Grego: zoon, animal 
e logos, estudo), este ramo da Biologia é um vasto domínio que pode englobar todos 
os aspectos da biologia animal, inclusive relações entre animais e ambiente. Estima-
se que mais de 2.000.000 de espécies são conhecidas englobando os vários grupos 
de animais, no entanto, conhece-se apenas uma fração de espécies atuais existentes. 
A compreensão da diversidade animal passa pelo entendimento do que é biodiversi-
dade, que inclui a variedade de estruturas e funções nos níveis genético, de espécie, 
de população, de comunidade e de ecossistema, uma definição tão ampla quanto a 
própria Biologia. Basicamente três áreas são analisadas na atualidade quanto se 
pensa no termo diversidade: diversidade genética, diversidade taxonômica ou de es-
pécies e diversidade de ecossistema. 
Na Zoologia alguns conceitos são importantes: 
SISTEMÁTICA: 
• Simpson (1961): é o estudo científico dos tipos e da diversidade dos 
organismos e de toda e qualquer relação entre eles; 
• Wiley (1981): é o estudo da diversidade dos organismos na medida em 
que ela é relevante para algum tipo de relação que se acredita haver 
entre populações, espécies ou táxons superiores. 
• Systematic Agenda 2000 (1994): é a ciência dedicada ao descobri-
mento, descrição e compreensão das espécies terrestres. 
• É a ciência dedicada ao inventariamento e descrição da biodiversidade, 
e à compreensão das relações históricas (evolutivas) entre os organis-
mos. 
TAXONOMIA: 
• Simpson (1961): é o estudo teórico da classificação, incluindo suas ba-
ses, princípios, procedimentos e normas. 
• Wiley (1981): é a teoria e a prática da descrição e classificação dos or-
ganismos. 
 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: ZOOLOGIA GERAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 3 
Professora: Patrícia Santos – patriciasantos234@gmail.com 
• Systematic Agenda 2000 (1994): é a ciência da descoberta, descrição e 
classificação das espécies ou grupo de espécies. 
CLASSIFICAÇÃO: 
• Sistema de organização de objetos em classes, de acordo com critérios 
pré-estabelecidos; 
• Processo de classificar. 
• Função da classificação zoológica: organizar e sintetizar o nosso conhe-
cimento sobre os animais. 
FILOGENIA: 
• História das relações de parentesco evolutivo de um grupo de organis-
mos (história evolutiva); 
• A partir da construção de uma filogenia pode-se “classificar” os organis-
mos de acordo com suas relações de parentesco (Sistemática Filogené-
tica → classificação natural). 
 
1.2. HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO ANIMAL 
O homem primitivo já classificava, já distribuía os seres vivos em dois grupos: 
comestíveis e não comestíveis. Tal classificação pode ser considerada uma classifi-
cação artificial, ou seja, não levava em conta o grau de parentesco evolutivo entre os 
organismos. A classificação pode ser reconhecida também em livros cristãos que ci-
tam alguma forma de colocar os organismos em grupos: “19 Então o Senhor Deus 
formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e os trouxe ao 
ser humano para ver como ele os chamaria; cada ser vivo teria o nome que o ser 
humano lhe desse. 20a E o ser humano deu nomes a todos os animais selvagens.” 
Estudiosos como Aristóteles (384-322 a.C.), reconhecido como “o pai da Zoo-
logia”, reconheceu pela 1ª vez dois reinos, o vegetal e animal e foi o primeiro a agrupar 
os animais com base em suas características morfológicas. Assim ele criou os 
“Enaima”, animais vertebrados com sangue vermelho que incluía os vivíparos (ser 
 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: ZOOLOGIA GERAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 4 
Professora: Patrícia Santos – patriciasantos234@gmail.com 
humano, baleias, outros mamíferos) e os ovíparos: aves, anfíbios e a maioria dos rép-
teis, serpentes, peixes e os “Anaima”, invertebrados sem sangue vermelho (cefaló-
podes, crustáceos, insetos e aracnídeos, outros moluscos, equinodermos, esponjas, 
cnidários). Sua classificação foi utilizada durante cerca de 2000 anos. John Ray (1627-
1705), foi o primeiro a ter um conceito moderno de espécie e a fazer esforços para 
classificar alguns grupos de animais. 
No século XXVIII, Carl Von Linné (Carollus Linnaeus ou Carlos Lineu; 1707-
1778) lançou as bases reais para a classificação e nomenclatura zoológicas moder-
nas, criando 7 categorias de classificação: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gê-
nero e Espécie. Dividiu o Reino Animalia até o nível de espécies com base na sua 
morfologia, dando a cada espécie um nome distintivo, formado por duas palavras (no-
menclatura binomial), estabeleceu o uso do latim (língua “morta”). Assim sua obra, O 
Sistema Naturae publicado em 1735, propôs a seguinte classificação aos animais: 
Classe Mammalia, Classe Aves, Classe Amphibia (anfíbios + répteis),Classe Pisces, 
Classe Insecta e Classe Vermes, sendo, no entanto, menos criterioso que Aristóteles 
quanto aos invertebrados. 
Georges Cuvier (1769-1832), pai da Paleontologia Moderna, dividiu os animais 
em quatro ramos (1829): Vertebrata (mamíferos até peixes), Mollusca (moluscos e 
cirripédios), Articulata (artrópodes e anelídeos) e Radiata (cnidários, equinodermos, 
“vermes”). O século XX foi marcado pelo grande em anatomia, embriologia e classifi-
cação, e em virtude disto diversos sistemas de classificação foram propostos: La-
marck (1801, 1812), Leuckart (1848), Richard Owen (1855), Milne-Edwards (1855), 
Louis Agassiz (1859), E. Ray Lankaster (1877) e Ernst Haeckel (1864, 1880), que 
propôs o Reino Protista. Em 1859: “A Origem das Espécies” de Charles Darwin pro-
moveu a popularização da Biologia Evolutiva, dos princípios da seleção natural e do 
gradualismo e instituiu a ideia do “parentesco” entre os seres vivos. Darwin foi o pri-
meiro a construir uma árvore da vida evolutiva, mas foi muito cauteloso acerca da 
possibilidade de reconstruir em pormenor a história da vida. No capítulo VI de "Origem 
das Espécies" apresenta um diagrama abstrato de uma hipotética árvore da vida re-
presentativa da evolução das espécies (Figura 1). 
 
 
 
 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: ZOOLOGIA GERAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 5 
Professora: Patrícia Santos – patriciasantos234@gmail.com 
FIGURA 1 – A árvore de Darwin. 
 
Fonte: http://www.nano-macro.com/2013/04/a-arvore-de-darwin.html. 
 
 
 Ernst Haeckel (1834-1919) foi o primeiro a introduzir legendas na árvore da 
vida, incluindo o nome das espécies e um esquema mais linear, desde a base até ao 
alto, em sua publicação"Pedigree of Man" de 1876. 
No início do séc. XX, com a redescoberta dos trabalhos de Gregor Mendel ocor-
reu o advento do estudo da hereditariedade ou Genética, contexto em que foram im-
portantes conceitos como o da mutação. Na década de 1930 foi postulada a “Teoria 
Sintética da Evolução” ou “Neodarwinismo”, a qual baseia-se na teoria proposta por 
Darwin e reconhece como principais fatores evolutivos a mutação, a recombinação 
gênica e a seleção natural. Assim, o neodarwinismo é uma complementação da teoria 
de Darwin em relação às fontes de variabilidade das populações, possibilitada a partir 
de 1910 com o desenvolvimento da genética e o conhecimento do material hereditário 
(ácidos nucléicos). 
Na segunda metade do séc. XX, Willi Hennig (1885-1965), introduziu os estu-
dos em Filogenia. A sistemática filogenética, proposta inicialmente pelo entomólogo 
alemão lida diretamente com a descrição da diversidade natural e propõe um método 
que reflete os resultados do processo evolutivo e implementa o conceito de ancestra-
lidade comum. No século XX com o aparecimento do microscópio electrónico e com 
o avanço de algumas técnicas bioquímicas, foi possível compreender que as bactérias 
têm características muito distintas dos fungos e dos protozoários. E em 1956, Herbert 
“Darwin imaginou como seria a relação 
de todos os organismos da Terra. Para 
tanto, ele imaginou uma árvore, com 
seus galhos em todas as direções. O 'eu 
acho', que Darwin escreveu acima, 
nunca esteve tão certo. Hoje, a cladística 
trabalha em relacionar os organismos 
vivos em uma grande árvore da vida.” 
 
 
 
http://www.nano-macro.com/2013/04/a-arvore-de-darwin.html
 
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UNEC / EAD DISCIPLINA: ZOOLOGIA GERAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 6 
Professora: Patrícia Santos – patriciasantos234@gmail.com 
Copeland (1902-1968), apresenta uma classificação que se aproxima mais da reali-
dade natural. Separa num novo reino, Monera, os seres vivos procariontes – com cé-
lulas sem núcleo individualizado. Segundo Copeland, no reino Protista incluem-se to-
dos os fungos e algas vermelhas e castanhas, no reino Plantae os organismos que 
possuíssem clorofila (pigmento fotossintético), que produzissem amido, celulose e sa-
carose e no reino Protista os organismos eucariontes que não eram animais nem plan-
tas. 
 Whittaker (1920-1980), em 1969 propõe um sistema de classificação em cinco 
reinos, estabelecendo um reino independente para os fungos, o reino Fungi. O novo 
sistema apresentado tinha subjacente três critérios principais: a) nível de organização 
celular – diferencia as células procarióticas das eucarióticas e a unicelularidade da 
multicelularidade; b) modo de nutrição – modo como o organismo obtém o alimento e 
c) interações nos ecossistemas – respeitante às relações alimentares que o orga-
nismo estabelece com os restantes organismos no ecossistema. Os organismos po-
dem ser classificados em produtores, e consumidores (macro e micro consumidores). 
Whittaker viria a reformular os eu próprio sistema em 1979. O reino Protista passou a 
incluir os fungos flagelados e as algas (uni e multicelulares). Assim, propôs os reinos 
Monera (bactérias), Protista (protozoários e algas), Fungi (fungos), Plantae e Animalia. 
Woese, em 1977, propôs uma classificação baseada em dados moleculares 
(RNA ribossômico) dos diversos organismos vivos e propôs os Domínios Eubacteria, 
Archaea e Eukarya. O domínio Archaea é representado por organismos geralmente 
quimiotróficos e procariontes, que não possuem membrana nuclear. Muitos represen-
tantes são extremófilos, ou seja, organismos que são capazes de viver em condições 
extremas, como fontes termais e locais ricos em enxofre, extremamente quentes ou 
repletos de sal. O domínio Eubacteria abarca organismos unicelulares e procariontes 
que anteriormente eram classificados como eubactérias, como aquelas causadoras 
doenças ao homem e aquelas encontradas em ambientes como a água e o solo. Em 
Eukarya estão apenas organismos eucariontes, ou seja, que possuem núcleo delimi-
tado por membrana nuclear. O domínio Eukarya engloba organismos unicelulares, 
como é o caso dos protozoários, ou multicelulares, como ocorre em animais, fungos 
e plantas. 
 
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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 7 
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Atualmente, os sistemas de classificação consideram um conjunto de caracte-
res homólogos, os quais permitem verificar as relações de parentesco evolutivo e es-
tabelecer a filogenia dos diferentes grupos, ou seja, estabelecer as principais linhas 
de evolução desses grupos. São conhecidas por sistemas naturais, pois ordenam na-
turalmente os organismos, visando o estabelecimento das relações de parentesco 
evolutivo. 
Recentemente, em 2020 foi proposta um novo sistema de classificação dos 
organismos vivos. A nova proposta, publicada nos livros PhyloCode e Phylonym, foi 
organizada por cerca de 200 especialistas, na qual permanecem apenas dois taxas: 
a espécie e o clado. 
 
 
 
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ATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
1) (SEDUC-CE) - UECE-CEV (2018)(Modificada). Estima-se que atualmente 
existem entre 5 e 50 milhões de tipos de animais, plantas e micro-organismos no pla-
neta Terra. Essa estimativa é discrepante, pois apenas pouco menos de 2 milhões 
foram registradas formalmente como espécie. Considerando a taxonomia dos seres 
vivos, assinale a opção que preenche correta e respectivamente as lacunas do se-
guinte enunciado: 
“Para classificar um ser vivo são necessárias três etapas funda-
mentais: 1) ________ , que consiste em reconhecer um táxon como igual 
ou semelhante a outro, normalmente utilizando descrições; 2) ________ , 
que consiste em empregar corretamente os nomes dos táxons obedecendo 
a um conjunto de regras e recomendações; e 3) ________ , que consiste em 
ordenar os táxons dentro de um sistema de classificação enquadrando-
a num determinado gênero, que faz parte de uma família, que pertence 
a uma determinada classe e assim por diante”. 
 
A) nomenclatura, classificação, identificação 
B) classificação, identificação, nomenclatura 
C) classificação, nomenclatura, identificação 
D) identificação, nomenclatura, classificação 
 
2) (ITEP - RN) - Ciências Biológicas - Instituto AOCP (2018) (Modificada). A no-
menclatura taxonômica formal tem início com Carolus Linnaeus, naturalista sueco que 
criou um sistema de classificação para os seres vivos. Em relação ao assunto, assi-
nale a alternativa correta. 
 
A) Nesse sistema, existe uma hierarquia de táxons e uma hierarquia de categorias. 
B) O trabalho de Linnaeus, foi publicado em uma única edição chamada de Flora Na-
turae. 
C) O Systema Naturae inclui dois Reinos: Vegetal e Animal. 
D) O sistema Lineano é formado por nove categorias. 
E) O sistema de classificação não é fundamentado pela lógica de Aristóteles. 
 
 
 
3) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IF-SC) 
- Professor - Biologia - IF-SC (2017). Com relação à classificação dos seres vivos, 
tema que desafia estudantes e professores de Biologia, avalie o acertodas afirmações 
adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. 
 
( ) A classificação biológica, ou taxonomia, que distribui os seres vivos em agrupa-
mentos genericamente chamados de táxons, tem como base as semelhanças exis-
tentes entre eles. 
( ) Os grupos taxonômicos são idealizados pelos cientistas em hierarquias, o que 
significa que há grupos mais abrangentes contendo grupos mais específicos. 
 
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UNEC / EAD DISCIPLINA: ZOOLOGIA GERAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 9 
Professora: Patrícia Santos – patriciasantos234@gmail.com 
( ) Um dos táxons menos abrangentes da taxonomia tradicional, o reino, é constituído 
por táxons maiores, os filos. 
( ) A classificação dos seres vivos feita atualmente está relacionada a processos 
evolutivos. 
( ) Os sistemas de classificação que não se baseiam em relações de parentesco 
evolutivo entre os grupos de seres vivos são considerados naturais. 
 
Marque a opção que contenha a sequência CORRETA, de cima para baixo: 
 
A) F, F, F, V, V 
B) V, V, F, F, F 
C) V, V, V, F, V 
D) F, V, F, V, F 
E) V, V, F, V, F 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
PAPAVERO N. (org.). Fundamentos práticos de taxonomia zoológica. São Paulo: 
Editora da Universidade Estadual Paulista, 2a. edição.1994. 285 p. 
 
RUPPERT, Edward E.; BARNER, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma abor-
dagem funcional-evolutiva. São Paulo: Roca,7.ed. 2005. 1145p. 
FIXANDO O CONTEÚDO: CONSTRUÇÃO DO MAPA MENTAL 
 
Após a leitura deste capítulo faça o seu mapa mental. Para saber como fazer 
um mapa mental assista ao vídeo “Como fazer um mapa mental”, disponível no 
tópico “Vídeos complementares”. Se julgar necessário, você pode ainda procu-
rar e assistir a outros vídeos sobre como fazer mata mental disponíveis na in-
ternet. 
 
PARA CONTINUAR SEUS ESTUDOS, POSTE O MAPA MENTAL DESTE CA-
PÍTULO NO ITEM “FIXAÇÃO DO CONTEÚDO – MAPA MENTAL 1”. 
 
 
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UNEC / EAD DISCIPLINA: ZOOLOGIA BÁSICA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 10 
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CAPÍTULO 2: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA 
 
2.1. INTRODUÇÃO 
O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, também conhecido como 
O Código ICZN, o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (International 
Code of Zoological Nomenclature) é um documento que regula a nomenclatura cien-
tífica na zoologia. Constitui um sistema de regras e recomendações regendo o modo 
correto de compor e aplicar os nomes zoológicos. 
Na nomenclatura zoológica dá-se atribuição de nomes aos diferentes táxons 
das classificações. Alguns conceitos dentre desta área são importantes: 
• Táxon (plural taxa): o táxon é a unidade básica da classificação e pode 
ser definido como: “grupo de organismos reais reconhecido como uma 
unidade formal a qualquer nível de uma classificação hierárquica” (Sim-
pson, 1962). 
• Categoria: nome associado a um determinado táxon e que demonstra o 
nível de generalidade desse táxon em relação aos demais táxons (hie-
rarquia). Como visto no Cap. 1, Carl Von Linné (Carollus Linnaeus ou 
Carlos Lineu; 1707-1778) lançou as bases reais para a classificação e 
nomenclatura zoológicas modernas, criando as categorias Reino, Filo, 
Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. 
• Identificar: colocar um espécime em uma categoria taxonômica pré-exis-
tente; 
• Classificar: criar um novo táxon (ex. nomear a espécie). 
• Filogenia: história das relações de parentesco evolutivo de um grupo de 
organismos (história evolutiva). A partir da construção de uma filogenia 
pode-se “classificar” os organismos de acordo com suas relações de pa-
rentesco (Sistemática Filogenética → classificação natural). 
 
 
 
 
 
 
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UNEC / EAD DISCIPLINA: ZOOLOGIA BÁSICA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 11 
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2.2. SISTEMA LINEANO DE CLASSIFICAÇÃO 
 
Seguindo o Sistema Lineano de classificação algumas regras devem ser con-
sideradas ao se designar uma espécie: 
A) Uso de palavras latinas ou latinizadas: o latim é um Idioma universal dos 
antigos sábios e cientistas europeus além de ser uma língua que não sofre modifica-
ções (língua morta). Assim a espécie é reconhecida em todo o mundo (padronização), 
uma vez que a mesma espécie pode ter nomes populares diferentes no mesmo idi-
oma. Ex.: Puma concolor, a suçuarana, na América do Norte é conhecida como cou-
gar, puma, leão da montanha, pantera Americana. 
B) Nomenclatura binomial para a espécie: o primeiro nome deve ter sua inicial 
maiúscula e diz respeito ao gênero. O segundo nome é o epíteto específico e deve 
ser escrito com inicial minúscula. Ex: Sicalis flaveola (canário da terra). 
 O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica disciplina nomes dos tá-
xons do grupo da Família, do grupo do Gênero e do grupo da Espécie. Nomes de 
categorias superiores ao grupo da Família não são regulamentados pelo Código. 
Abaixo encontram-se as categorias reguladas pelo ICZN: 
 
1) Táxons do grupo da Família: são uninominais e as categorias apresentam 
as seguintes terminações como indicado no quadro abaixo: 
 
Ex. Abelha melífera – Apis melífera: Superfamília Apoidea, Família Apidae, 
Subfamília Apinae, Tribo Apini, Sutribo Apina. 
 
 
 
 
 
 
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2) Táxons do Gênero: uninominais e sempre destacados, com inicial maiús-
cula. Para indicar os subgêneros, estes devem vir sempre após o nome genérico e 
entre ( ). Ex. Acromyrmex (Muellerius) balzani. 
 
 
3) Táxons do grupo da espécie: sempre destacados, com epíteto específico 
com inicial minúscula e epíteto sub específico com inicial minúscula. 
 
 
 
A regra permite que ao longo de um texto, após a 1ª citação o nome do gênero 
pode vir abreviado, ex.: A. mellifera. Quando o 2º e o 3º termos do nome sub específico 
são iguais, pode-se abreviar o 2º termo. Ex.: Hypsioma gibbera gibbera = 
Hypsioma g. gibbera. Quando o nome do subgênero for idêntico ao do gênero, pode 
vir abreviado, ex.: Glenea (Glenea) viridis = Glenea (G.) viridis. 
Nas formas tetranominais , como Gênero + subgênero + espécie + subespécie, 
a escrita deve ser feita como nos exemplos destes insetos: Acromyrmex (Muellerius) 
balzani heyeri e Taricanus (Microcanus) truquii mexicanus. 
 
2.3 PUBLICAÇÃO DE NOMES CIENTÍFICOS 
 
 Os trabalhos devem ser de domínio público, impressos em papel e com 
tinta que garantam sua preservação em numerosas cópias idênticas, possíveis de se-
rem obtidas por compra, doação ou permuta, ou como ocorre com grande frequência 
atualmente: publicados em revistas on-line que tenham um número mínimo de cópias 
impressas em bibliotecas (a partir dos anos 2000). A partir de 2012 por uma diretriz 
da ICZN, os novos nomes das entidades pertencentes a um determinado táxon devem 
 
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ser registrados no Zoobank (artigo Art. 8.5.3 do ICZN). O Zoobank é um banco de 
dados eletrônico dos nomes científicos, as publicações científicas e os espécies tipo 
em taxonomia zoológica que pode ser acessado em http://zoobank.org/Contact?re-
gion=pt. 
 O nome de nova entidade (gênero novo, espécie nova, etc...) quando 
publicado, deve ter logo após a indicação clara, abreviada, da categoria a qual per-
tence: “sp. nov.”, “gen. nov.”. Como exemplo temos Hylodes perere sp. nov., uma nova 
espécie de rá de riacho, descoberta na Serra da Mantiqueira do estado de Minas Ge-
rais (disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbzool/v25n1/13.pdf). 
 
2.3.1. REGRAS REFERENTES AOS NOMES DE AUTORES (QUEM PUBLICOU O 
NOME PELA PRIMEIRA VEZ) 
 A apresentação dos nomes dos autores é facultativa e normalmente 
aparecem na primeira citação do nome em um trabalho (por ex., lista de espécies). 
Abaixo são descritas algumas situações e as regras cabíveis: 
• Autor único -> aparece logo após o nome da espécie, sem vírgula ou destaque, 
ex: Musca domestica Linnaeus = Musca domestica L. 
• Autores em colaboração -> coloca-se o símbolo “&” entre os sobrenomes dos 
autores, ex: Merostenus Marioni & Monné 
• Autores separados por “in” = a espécie foi descrita por um autor e seu nome foi 
publicado por outro: Hexoplon integrum Napp in Fragoso 
• Data da publicação do nome = aparece separada do nome do autor por uma 
vírgula, ex.: Sphaerion Newman, 1832; Leptodactylus Fitzinger, 1826 ; Dryado-
saura Rodrigues, Freire, Pellegrino & Sites Jr, 2005; Hylodidae Günther, 1858 
• Nomes de autores entre ( ) = ocorre devido à mudança do gênero original da 
espécie, ex.: Adenomera marmorata Steindachner, 1867 e Leptodactylus mar-
moratus (Steindachner, 1867). 
• Nomes de autores entre [ ] = Indica que o nome foi publicado anonimamente 
e o nome do autor original foi descoberto posteriormente, ex.:Smodicum ame-
ricanus [Rossi]. No entanto, tal situação só é válida para nomes estabelecidos 
até 1950. 
 
http://zoobank.org/Contact?region=pt
http://zoobank.org/Contact?region=pt
https://www.scielo.br/pdf/rbzool/v25n1/13.pdf
 
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2.3.2. PRINCÍPIO DA PRIORIDADE 
 
 O princípio da prioridade estabelece que dentre todos os nomes propostos para 
um mesmo táxon, o mais antigo é o que tem validade (o nome que consta na descrição 
original) e assim todos os nomes referentes a um táxon são considerados sinônimos. 
O nome válido (o mais antigo) é o sinônimo sênior e os demais são os sinônimos 
juniores. Ex.: Fabricius, em 1798, descreveu o Gênero Prionus. O mesmo gênero 
voltou a ser descrito em 1840, por Dalman, como Saperda e, ainda mais uma vez, por 
Bates, em 1900, como Tomopterus. Constatou-se que todos esses nomes se aplicam 
ao mesmo táxon, são, portanto, sinônimos e o nome válido é Prionus Fabricius. A 
forma correta de escrita apara os sinônimos júniores é: Saperda Dalman, 1840 , Syn. 
n. e Tomopterus Bates, 1900 , Syn. n.). 
 
 2.3.3. LEI DA HOMONÍMIA 
 
 Dois animais completamente diferentes podem receber, por coincidência, no-
mes idênticos (homônimos). Quando isto ocorrer o homônimo mais recente deve ser 
rejeitado e assim o nome válido é o homônimo mais antigo. Vale ressaltar que estra 
regra não se aplica para nomes de plantas ou bactérias que sejam iguais a nomes de 
animais. Um exemplo de homonímia é descrito a seguir: Georges Cuvier, em 1797, 
propôs o gênero Echidna para o táxon E. aculeatus (mamífero monotremado), entre-
tanto, Johann Reinhold Forster já tinha publicado o termo Echidna em 1777 como 
gênero de peixes (moréias) da família Muraenidae. Forster utilizando-se do Princípio 
da Prioridade, considerou o termo de Cuvier como homônimo júnior. Posteriormente, 
Johann Iliger, em 1811, publicou o nome substituto Tachyglossus para a espécie ma-
mífera. 
 
 2.3.4. CONCEITO DE TIPOS 
 O Tipo é o padrão de referência para a aplicação de um nome científico. Cada 
uma das espécies conhecidas foi descrita ou ilustrada originalmente com base em um 
exemplar (ou parte dele), que lhe serviu de padrão, ou seja, Tipo é o objeto zoológico 
que serve de base ao nome de um táxon. Os exemplares que se constituem tipos 
 
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estão depositados em coleções zoológicas reconhecidas no país e podem ser consul-
tados por pesquisadores quando necessário, seguindo protocolos próprios de cada 
coleção. Podem apresentar tipos qualquer categoria, como exemplo espécie, gênero 
e família, sendo que na série de espécie ocorrem especificações como apresentado 
abaixo: 
• Tipo: é um exemplar (ou parte dele) que pode ser o único exemplar original 
disponível ou um exemplar escolhido dentre os exemplares de uma série origi-
nal. 
• Série - tipo: conjunto de todos os exemplares nos quais o autor baseou a des-
crição da espécie; 
• Holótipo: é o exemplar designado pelo autor como o Tipo da espécie, na des-
crição original da mesma; o holótipo deve ser descrito em detalhes no trabalho; 
• Parátipos: são os demais exemplares da série-tipo original; os parátipos são 
úteis para se caracterizar a variação intraespecífica. 
• Síntipos: são todos os exemplares de uma série-tipo, quando o autor não sele-
ciona um holótipo; 
• Lectótipo: é o exemplar selecionado dentre os síntipos para fazer o “papel” de 
holótipo, posteriormente. Os demais exemplares da série são os paralectótipos; 
• Neótipo: é o exemplar designado por um autor, quando o holótipo (ou todos os 
síntipos) foi destruído ou perdido, com a finalidade de substituí-lo. 
 Outro conceito importante nas descrições de novos táxons é a localidade-tipo, 
que é a localidade onde o holótipo foi coletado. Exemplares provenientes de uma lo-
calidade-tipo denominam-se topótipos (sem valor nomenclatural). 
 O Tipo de cada Gênero é uma espécie que se denomina espécie-tipo do gê-
nero, como por exemplo Caparaonia itaiquarai, que é o tipo do gênero Caparaonia. 
 O Tipos da categoria da Família é o Gênero no qual está baseado o nome da 
Família. Recomenda o Código que o Gênero escolhido para tipo seja bastante conhe-
cido e que represente bem a Família. Um exemplo é o tipo da família Apidae que é o 
gênero Apis. 
 
 
 
 
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ATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
1. (PUC-RJ) – Um entomólogo estudando a fauna de insetos da Mata Atlântica en-
controu uma espécie cujos caracteres não se encaixavam naqueles característicos 
dos gêneros de sua família. Isso levará o cientista a criar: 
 
a) uma nova família com um novo gênero. 
b) somente uma nova espécie. 
c) um novo gênero com uma nova espécie. 
d) uma subespécie. 
e) uma nova ordem com uma nova família.2. (Unitins/2014) – O sistema binomial de nomenclatura biológica, publicado por Li-
neu em 1735, é utilizado até hoje para a designação científica de qualquer espécie 
de ser vivo. Das alternativas a seguir, qual contém as espécies grafadas de acordo 
com as regras do sistema binomial? 
*Considere as palavras em itálico, como sublinhadas. 
 
a) Turdus rufiventris, Zea mays, Canis familiaris, Mus musculus, Lumbricus terrestris. 
b) Turdus rufiventris, Zea mays, Canis familiaris, Mus musculus, Lumbricus terrestris. 
c) Turdus Rufiventris, Zea Mays, Canis Familiaris, Mus Musculus, Lumbricus Terres-
tris. 
d) turdus rufiventris, zea mays, canis familiaris, mus musculus, lumbricus terrestris. 
e) turdus Rufiventris, zea Mays, canis Familiaris, mus Musculus, lumbricus Terrestris. 
 
 
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3. (UPE/2018) – A classificação atual dos seres vivos considera as semelhanças ana-
tômicas, a composição química e estrutura genética. Assim, o nome de cada espécie 
deve ser constituído por duas palavras: a primeira designando o gênero; e a segunda, 
a espécie. No Brasil, existem cerca de 118 espécies de primatas, sendo considerado 
o país com o maior número de espécies. A Amazônia é o bioma com a maior diversi-
dade, onde é possível se encontrarem três delas: Alouatta belzebul, Ateles belzebuth 
e Ateles paniscus. Com base nessas considerações e nos princípios que regem essa 
classificação, é CORRETO afirmar que: 
a) Alouatta belzebul e Ateles belzebuth possuem o maior grau de parentesco que 
entre Ateles paniscus e Ateles belzebuth. 
b) Ateles paniscus e Ateles belzebuth são espécies com grau de parentesco no nível 
de gênero. 
c) Alouatta belzebul e Ateles belzebuth são espécies com grau de parentesco no ní-
vel de espécie. 
d) Ateles paniscus e Ateles belzebuth possuem o mesmo gênero, mas são de famí-
lias diferentes. 
e) Alouatta belzebul e Ateles belzebuth, apesar de gêneros diferentes, pertencem à 
mesma espécie. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
PAPAVERO N. (org.). Fundamentos práticos de taxonomia zoológica. São Paulo: 
Editora da Universidade Estadual Paulista, 2a. edição.1994. 285 p. 
 
RUPPERT, Edward E.; BARNER, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma abor-
dagem funcional-evolutiva. São Paulo: Roca,7.ed. 2005. 1145p. 
FIXANDO O CONTEÚDO: CONSTRUÇÃO DO MAPA MENTAL 
 
Após a leitura deste capítulo faça o seu mapa mental. 
 
PARA CONTINUAR SEUS ESTUDOS, POSTE O MAPA MENTAL DESTE CA-
PÍTULO NO ITEM “FIXAÇÃO DO CONTEÚDO – MAPA MENTAL 2”. 
 
 
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CAPÍTULO 3: SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA 
 
3.1. INTRODUÇÃO 
A Filogenia é uma hipótese acerca das relações de parentesco entre os seres 
vivos e é representada por meio de árvores filogenéticas, representando, assim, a 
história das relações de parentesco evolutivo de um grupo qualquer de organismos 
(Reino, Filo, Classe etc.). 
A Sistemática Filogenética ou Cladística, propõe que a classificação deve re-
fletir as relações de parentesco entre os táxons, ou seja a sua filogenia e utiliza so-
mente as “novidades evolutivas” para formar os grupos taxonômicos, trabalhando com 
métodos para se testar as hipóteses de parentesco. O resultado l de uma análise cla-
dística é obtido na forma de árvore ou cladograma, um dendograma que expressa 
hipóteses de relações filogenéticas entre táxons de determinado grupo. Uma análise 
cladística pode ser baseada em tantas informações quanto o investigador quiser utili-
zar. 
Em um cladograma todos os organismos são colocados sobre as extremidades 
terminais dos ramos, e cada nó interior é idealmente binário, gerando dois táxons ter-
minais. Os dois táxons de cada ramo são chamados taxa irmãs ou grupos irmão. Cada 
subárvore, independentemente de quantos elementos ela contenha, é chamada clado 
(Figura 1). 
 Figura 1: Partes que com-
põem um cladograma: raiz, ra-
mos, nós e terminais. Os ramos 
são as linhas do cladograma. Nó: 
ponto de onde partem as ramifi-
cações. O nó representa o ances-
tral comum hipotético para todos 
os grupos acima dele. Os grupos 
acima de cada nó são monofiléti-
cos. Cada nó simboliza um evento 
cladogenético. Os grupos de seres 
vivos compõem os terminais nos 
cladogramas 
 
 
Fonte: http://filogeniaufvjm.blogspot.com/2015/05/cladogramas-o-que-sao-pra-que-serve-e.html. 
 
http://filogeniaufvjm.blogspot.com/2015/05/cladogramas-o-que-sao-pra-que-serve-e.html
 
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3.2. CONCEITOS 
Para o entendimento desta área da sistemática alguns conceitos são importan-
tes: 
A) Caráter ou caractere: é a diferença entre partes ou entre estruturas de orga-
nismos diferentes, ou seja, quando há modificações envolvidas. É, portanto, um con-
ceito abstrato e corresponde àquilo que foi modificado em uma estrutura; é a diferença 
entre a condição derivada e a primitiva. 
B) Apomorfia (=derivado): a condição mais recente (no sentido temporal) de 
uma estrutura em uma série de transformação, surgida por modificação de uma con-
dição anterior. 
C) Sinapomorfia: caráter derivado ( compartilhado por um grupo de táxons. Ex.: 
presença de pelos é um caráter sinapomórfico dos mamíferos em relação aos outros 
animais. Na Figura 2 abaixo, “dedos nas patas” é uma sinapomorfia dos táxons B e 
C; “antenas” é uma sinapomorfia dos táxons A, B, e C. 
 
 
FIGURA 2: Cladograma hi-
potético indicando as sina-
pomorfias dos táxons ter-
minais. 
 
 
Fonte: da autora. 
 
 
C) Grupo irmão: os grupos de táxons que compartilham sinapomorfias são cha-
mados de grupos irmãos (Figura 3). 
 
 
 
 
 
 
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Figura 3. Grupos irmãos hipotéticos. 
 
Fonte: https://docplayer.com.br/76289578-Contexto-e-historico-arvores-filogeneticas-leitura-de-cladograma-constru-
cao-de-cladograma.html. 
D) Autapomorfia: caráter derivado presente em um único táxon terminal em um 
cladograma. Ex.: presença de pelos é um caráter autapomórfico do táxon Mammalia 
(mamíferos) em relação aos outros vertebrados. 
E) Simplesiomorfia: condição plesiomórfica (primitiva) de uma estrutura, com-
partilhada por um grupo de táxons. Ex.: a presença de vértebras é um caráter simple-
siomórfico de todos os animais vertebrados, quando comparados somente entre si, 
mas quando comparados com os outros animais (invertebrados), a presença de vér-
tebras passa a ser uma sinapomorfia. Portanto, as condições “primitiva” e “derivada” 
são relativas; qualquer caráter pode ser tanto uma quanto a outra, dependendo do 
nível da árvore filogenética ou da classificação que está sendo examinada. 
 
3.3. CLADÍSTICAX TAXONOMIA TRADICIONAL (LINEANA) 
Ao se sobrepor a classificação tradicional de um grupo de táxons com a sua 
filogenia, observa-se que existem grupos naturais (com um ancestral comum exclu-
sivo) e artificiais (não reúnem todos os descendentes de um mesmo ancestral). Assim, 
um grupo monofiléticos agrupa todos os táxons que possuam um ancestral comum 
exclusivo, é o mesmo que clado ou grupo natural (Figura 4). Por outro lado, um grupo 
parafilético, não incluiu todos os descendentes de um único ancestral. 
 
 
 
 
https://docplayer.com.br/76289578-Contexto-e-historico-arvores-filogeneticas-leitura-de-cladograma-construcao-de-cladograma.html
https://docplayer.com.br/76289578-Contexto-e-historico-arvores-filogeneticas-leitura-de-cladograma-construcao-de-cladograma.html
 
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Figura 4. Representações do que pode ser considerado um clado 
 
Fonte: http://www2.ib.usp.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=59&Itemid=98. 
 
 Na Figura 5, um táxon que agrupe X, A e B é parafilético e um táxon que 
agrupe C e D é monofiléticos, constituindo assim um clado. 
Figura 5. Representação de grupo parafilético 
 
 
Um grupo polifilético é aquele que agrupa os descendentes de mais de um an-
cestral, ou mais de uma linhagem derivada, como exemplificado na Figura 6. São tá-
xons cujos caracteres diagnósticos são homoplásicos, ou seja, representam casos de 
semelhança derivada adquirida independentemente em grupos distintos (espécies ou 
outros táxons). 
 
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Figura 6. Representação de grupos 
monofiléticos, parafilético e polifilé-
tico. 
 
 
 
 
Fonte: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/ofici-
nas/ed_ciencias/peixes/porque/organi-
zando/img/05_11.gif. 
 
 
 
 
3.4. CONSTRUÇÃO DE CLADOGRAMAS 
O cladograma é um dendrograma que expressa relações filogenéticas apenas 
entre táxons terminais (espécies ou grupos supra-específicos), evidenciadas por ca-
racteres derivados compartilhados – sinapomorfias. No processo de montagem alguns 
passos são determinantes: 
• 1º passo: estudar os caracteres dos grupos de táxons em questão, pro-
curando pelas apomorfias dos táxons terminais e montar uma matriz de 
caracteres: presença = 1; ausência = 0; 
• 2º passo: encontrar as sinapomorfias que juntam os táxons e grupos de 
táxons. 
• 3º passo: polarizar os caracteres encontrados. A polarização de um ca-
ráter de fine o sentido de transformação de um estado de caráter em 
outro. Polarizar significa determinar o que é plesiomórfico e o que é apo-
mórfico. Na etapa de polarização usa-se um grupo externo que é um 
táxon que não faz parte do grupo que se quer analisar (o grupo interno), 
assim, comparação com um grupo externo permite conhecer a polari-
dade de um caráter. 
Abaixo segue um exemplo de construção de cladograma construído com base 
em uma matriz de caracteres: 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/ed_ciencias/peixes/porque/organizando/img/05_11.gif
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/ed_ciencias/peixes/porque/organizando/img/05_11.gif
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/ed_ciencias/peixes/porque/organizando/img/05_11.gif
 
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(Fonte: Lopes e Rosso. Biologia, Ensino Médio, 2016) 
 
E se entre os caracteres levantados existirem homoplasias? Mais de uma hipó-
tese (cladograma) será possível e então deve-se incluir mais caracteres. Após isso, 
escolher o cladograma com o menor número de passos evolutivos (homoplasias), ou 
seja, aquele que apresentar uma maior “economia das hipóteses”, aplicando, assim o 
Princípio da Parcimônia. Esse princípio é básico para toda ciência e nos diz para es-
colher a explicação cientifica mais simples que convir com as evidências. Para cons-
trução de árvores, isso significa que a melhor hipótese é aquela que requer o menor 
número de alterações evolutivas. 
 
Por exemplo, nós podemos comparar as seguintes hipóteses sobre relações 
de vertebrados utilizando o princípio da parcimônia: 
 
 
Fonte: http://ecologia.ib.usp.br/evosite/evo101/IIC1aUsingparsimony2.shtml acessado em 11/08 
 
 
http://ecologia.ib.usp.br/evosite/evo101/IIC1aUsingparsimony2.shtml
 
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A hipótese 1 requer seis alterações (passos) evolutivas enquanto a hipótese 2 
precisa de sete alterações, com o esqueleto ósseo evoluindo independentemente 
duas vezes (homoplasias). Apesar de ambas servirem aos dados disponíveis, o prin-
cípio da parcimônia diz que a hipótese 1 é melhor – visto que ela não cria mudanças 
complicadas e desnecessárias. 
 
. 
 
 
 
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ATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
1) (UEL 2013) Muitas vezes, o processo de evolução por seleção natural é alvo de 
interpretações distorcidas. E quando o assunto é a evolução humana, a distorção 
pode ser ainda maior, pois o Homo sapiens é apresentado como o ápice do desenvol-
vimento. As ilustrações mais conhecidas da evolução estão todas direcionadas no 
sentido de reforçar uma cômoda concepção da inevitabilidade e da superioridade hu-
manas. A principal versão dessas ilustrações é a série evolutiva ou escada de pro-
gresso linear. Esse avanço linear ultrapassa os limites das representações e alcança 
a própria definição do termo evolução: a palavra tornou-se sinônimo de progresso. A 
história da vida não é uma escada em que o progresso se faz de forma previsível e 
sim um arbusto ramificado e continuamente podado pela tesoura da extinção. 
(Adaptado de: GOULD, S. J. Vida maravilhosa: o acaso na evolução e a natureza da história. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1989. p.23-31.) 
A árvore filogenética, represen-
tada na figura a seguir, é construída 
com base nas comparações de DNA e 
proteínas. Com base na análise dessa 
árvore filogenética, assinale a alterna-
tiva correta. 
 
a) O grupo formado pelos lêmures é o 
mais recente, porque divergiu há mais 
tempo de um ancestral comum. 
b) Os chimpanzés apresentam maior 
proximidade filogenética com os gorilas 
do que com os humanos. 
 c) Os gorilas compartilham um ances-
tral comum mais recente com os gibões 
do que com o grupo formado por chim-
panzés e seres humanos. 
d) Os gorilas são os ancestrais comuns 
mais recentesdo grupo formado por chimpanzés e seres humanos. 
 e) Os macacos do Velho Mundo e do Novo Mundo apresentam grande proximidade 
filogenética entre si. 
 
 
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2) Resolver os exercícios propostos nos slides referentes ao capítulo 3. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AMORIM, Dalton de Souza. Fundamentos de sistemática filogenética. Ribeirão 
Preto: Editora Holos. 2002.156p. 
 
PAPAVERO N. (org.). Fundamentos práticos de taxonomia zoológica. São Paulo: 
Editora da Universidade Estadual Paulista, 2a. edição.1994. 285 p. 
 
FIXANDO O CONTEÚDO: CONSTRUÇÃO DO MAPA MENTAL 
 
Após a leitura deste capítulo faça o seu mapa mental. 
 
PARA CONTINUAR SEUS ESTUDOS, POSTE O MAPA MENTAL DESTE CA-
PÍTULO NO ITEM “FIXAÇÃO DE CONTEÚDO – MAPA MENTAL 3”. 
 
 
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CAPÍTULO 4: PROTOZOÁRIOS - PARTE 1 
 
4.1. INTRODUÇÃO 
 
Os protozoários são organismos que contribuem em todos os níveis tróficos. 
Atuam como decompositores no processo de ciclagem da matéria orgânica promo-
vendo a devolução de nutrientes ao substrato e no controle da densidade populacional 
de outros seres vivos (por meio do parasitismo e predação). Muitos são agentes etio-
lógicos de doenças em humanos e animais, como a Doença de Chagas, malária, leish-
maniose, giardíase, tripanossomias em cavalos, coccidioses em coelhos e causado-
res de tumores em peixes e abelhas. 
São cerca de 92.000 “espécies” de protozoários descritas (muitas ainda por 
descrever), a maioria microscópica (2 a 300 µm) com outras espécies unicelulares 
(alguns coloniais). A maioria das espécies apresenta tamanho em torno de 250 µm, 
os foraminíferos, grupo marinho, é o que apresenta espécies observáveis a olho nu. 
Alguns assumem tamanho maior como por exemplo Spirostomum (ciliado-3 mm), Po-
rospora gigantea (esporozoário -16 mm e algumas formas fósseis chegam a 15 cm de 
diâmetro. 
Podem ocorrer espécies marinhas, dulcícolas, terrestres, simbiontes e parasi-
tas (sempre associados à água ou meio líquido). 
Os protistas representam diversas linhagens evolutivas sem uma relação de 
ancestralidade comum exclusiva. 
 
4.2. CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
Protozoários são organismo eucariontes unicelulares e a o processo de difusão 
de substâncias representa uma limitação ao tamanho celular. Como não formam teci-
dos as organelas executam processos vitais particulares, sendo análogas aos siste-
mas de órgãos dos metazoários. Ocorre no citoplasma destes organismos a formação 
de vesículas delimitadas por membrana celular, processo comum, ligado à digestão e 
eliminação de excretas. 
 
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As espécies de água doce podem apresentar vacúolos pulsáteis ou contráteis 
que são vesículas de expulsão de água, importantes na manutenção do equilíbrio os-
mótico entre o organismo e o meio. 
A membrana plasmática promove trocas com o ambiente, proteção e integri-
dade estrutural. Nos organismos em que encontramos a membrana apenas, esta é 
responsável pela flexibilidade e plasticidade estrutural (ex. amebas). Alguns represen-
tantes apresentam carapaças (tecas) que estão relacionadas com a proteção e forma 
constante, sendo seus constituintes mais comuns o carbonato de cálcio e a sílica. 
A locomoção está ligada à interações entre a superfície celular e o meio circundante, 
sendo observadas estruturas como cílios, flagelos e pseudópodos. A mecanorrecep-
ção (sensibilidade ao tato) é fornecida pelos cílios e flagelos. A termorrecepção é co-
nhecida entre alguns protozoa, mas não é bem compreendida. Muitos protozoários 
apresentam fototaxia (resposta à luz) positiva, como os fitoflagelados (algas) e nega-
tiva, como nos protozoários em geral. 
 
4.3. NUTRIÇÃO E DIGESTÃO 
 
A nutrição ocorre de forma variada, podendo ser autotrófica (holofítica) como 
ocorre em flagelados fotossintetizantes (algas unicelulares) à cloroplastos (ex. Eu-
glena e Volvox) e heterotrófica, quando os organismos adquirem nutrientes de intera-
ções entre a superfície celular e o meio. Os saprofíticos absorvem matéria orgânica 
dissolvida por difusão, transporte ativo ou pinocitose e os holozóicos absorvem ali-
mentos sólidos, como detritos orgânicos e presas inteiras, por fagocitose. 
A formação de vacúolos digestivos pode ocorrer em qualquer ponto da célula 
(ex. amebas) ou a partir do citóstoma (“boca celular”; ciliados fixos ou não). As etapas 
da digestão incluem: 1. englobamento e formação do vacúolo digestivo; 2. fusão de 
lisossomos e entrada de enzimas e aumento da acidez; 3. ao longo da digestão – 
diminuição da acidez; 4. absorção dos nutrientes pelo citoplasma e 5. eliminação dos 
resíduos por exocitose. A exocitose pode ocorrer em qualquer ponto da célula (ex. 
amebas) ou pelo citoprocto, um poro permanente (ex. protozoários com carapaça e 
ciliados). 
 
 
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4.4. REPRODUÇÃO 
 
A reprodução assexuada (clonal) ocorre por brotamento ou gemulação ou por-
plasmotomia, que é quando uma célula multinucleada origina duas também multinu-
cleadas. A reprodução sexuada ocorre por de meiose – divisão reducional com for-
mação de células (ou núcleos) haploides (N). Com relação aos gametas a reprodução 
sexuada pode ser do tipo: singamia (produção e posterior fusão de gametas) e aniso-
gamia (gametas de tipos distintos). Na conjugação ocorre troca de núcleos haploides 
(micronúcleos), sem a formação de gametas e na autogamia há formação de um nú-
cleo geneticamente “novo” no interior de um único indivíduo (sem fusão de gametas 
ou troca de micronúcleos). 
 
4.5. CLASSIFICAÇÃO 
 
Os protozoários apresentam uma classificação complexa e em constante mu-
dança, o que é um reflexo do aumento de conhecimento nos campos da microscopia 
e biologia molecular. Classificações atuais têm abandonado as categorias Lineanas 
em favor de propostas baseadas em filogenias à busca por táxons monofiléticos. Ao 
longo do século XX o grupo foi classificação em quatro filos, baseada nos modos de 
locomoção e nutrição. 
 
4.3.1. CLASSIFICAÇÃO PROTOZOÁRIOS SEGUNDO RUPPERT & BAR-
NES (1996) & RUPPERT ET AL. (2005): 
1) Protozoários Flagelados (antigo Filo Mastigophora ou Sarcomastigophora) 
• Classe Kinetoplastida: 600 espécies; tripanossomos e seus parentes . 
• Classe Diplomonadea: 100 espécies; 8 flagelos; diplomonadinos; Ente-
romonas, Giardia; 
• Classe Parabasilea: 300 espécies; alguns ou até milhares de flagelos; 
hipermastigotos e tricomonadinos; ex. Trichomonas. 
2) Filo Choanoflagellata: 
Inclui cerca de 600 espécies; coanoflagelados; evocado como ancestral diretodos metazoários (semelhanças com células de esponjas); 
 
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3) Protozoários que se locomovem por pseudópodes (antigo Filo Sarcodina ou 
Sarcomastigophora) 
• Táxon “Amoebozoa”: amebas e seus parentes (polifilético); 
• Filo Actinopoda: + de 4200 espécies; radiolários e seus parentes; 
• Filo Foraminiferea: foraminíferos; 45.000 espécies, 40.000 fósseis; 
4) Protozoários que se locomovem por cílios 
• Subfilo Ciliophora: + de 8.000 espécies; ciliados em geral (Balantidium; 
Paramecium, Stentor, Vorticella, etc.); 
5. Protozoários parasitas sem estrutura locomotora óbvia 
• Subfilo Sporozoa ou Apicomplexa: cerca de 5.000 espécies e inclui as 
gregarinas, coccídios, piroplasmas (Gregarina, Plasmodium, Toxo-
plasma, etc.); 
• Filo Opalinata ou Opalinida: Opalinas (Opalina sp.), que são comensais 
de anfíbios, antes agrupados no antigo filo Sarcomastigophora. 
 
A) PROTOZOÁRIOS FLAGELADOS (“MASTIGÓFOROS”) 
Os protistas representam diversas linhagens evolutivas sem uma relação de 
ancestralidade comum exclusiva. O Filo Mastigophora, classificação comum no século 
XX, foi dividido em duas classes: Phytomastigophorea, que inclui algas unicelulares 
com um ou dois flagelos (ex. Euglena) e Zoomastigophorea, os zoomastigóforos, com 
um a muitos flagelos; heterotróficos. Na classificação atual (somente dos “zoomas-
tigóforos” e de acordo com Ruppert et al., 2005) são conhecidas as Classes Kineto-
plastida, Diplomonadea, Parabasilea, Oxymonadea e o Filo Choanoflagellata. 
Os protozoários flagelados possuem diferentes tipos de hábitos de vida: vida 
livre, simbióticos, comensais e parasitas. A locomoção ocorre por ondulações dos fla-
gelos que pode ocorrer da base para a ponta, empurrando a célula, ou da ponta para 
a base, puxando puxam a célula (mais raro). Algumas crisomonas podem desprender 
seus flagelos e assumir uma locomoção totalmente ameboide. 
 
 
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 COANOFLAGELADOS 
Os protozoários coanoflagelados (Filo Choanoflagellata) possuem um “colari-
nho” cilíndrico de microvilosidades ao redor da base do único flagelo. São filtradores 
de bactérias e partículas; o flagelo cria corrente de água que permite a filtração no 
colarinho. Podem ser marinhos ou dulcícolas, solitários ou coloniais (sésseis ou li-
vres). As formas sésseis (fixas) apresentam um pedúnculo silicoso e nas livres os 
indivíduos estão unidos por uma matriz extracelular. Os coanoflagelados são consi-
derados grupo irmão dos metazoários (animais), apresentando presença de um único 
flagelo, que seria uma sinapomorfia com os animais mais primitivos e também seme-
lhanças no RNAr. Alguns cientistas acreditam serem esponjas “degeneradas”. 
 
PROTOZOÁRIOS CINETOPLASTÍDEOS - CLASSE KINETOPLASTIDA 
Esta Classe é composta por espécies de vida livre comuns e muitos parasitas 
importantes. Todos possuem o cinetoplasto – uma massa evidente de DNA localizada 
no interior de uma mitocôndria alongada, grande e única. Possuem um ou dois flage-
los surgindo de um orifício, com os corpos basais próximos à região do cinetoplasto. 
Os tripanossomatídeos são um importante grupo dentro da classe uma vez que 
são parasitas intestinais de insetos e sanguíneos. Apresentam flagelo anterior e um 
segundo flagelo na forma de corpo basal. A membrana ondulatória que ocorre nos 
organismos deste grupo forma uma conexão do flagelo com um dos lados da célula. 
Espécies de Leishmania e Trypanosoma, pertencentes a classe, são importantes 
agentes causadores de numerosas doenças em humanos e animais, nas regiões tro-
picais e subtropicais. 
Tripanossomatídeos apresentam um ciclo de vida generalizado: no inseto 
transmissor (hematófago) estes parasitas ficam aderidos às células intestinais ou den-
tro destas, neste caso estágios sem flagelos. No hospedeiro vertebrado: parasitas fla-
gelados na corrente sanguínea, leucócitos ou células linfoides, podendo invadir outros 
tecidos. As espécies de Leishmania provocam a Leishmaniose (“calazar”) que pode 
causar lesões cutâneas e interferência nas respostas imunes do homem e em animais 
de estimação; tem como transmissor o mosquito pólvora (Lutzomyia sp.) (Figura 1). 
 
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Figura 1: Ciclo de vida da Leishmania sp. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Trypanosoma cruzi¸ causador da Doença de Chagas na América tropical, 
pode causar danos ao sistema circulatório à ataque às células sanguíneas, danos 
graves no baço, fígado e músculo cardíaco. Os transmissores são barbeiros hemató-
fagos (Triatoma, Rhodnius, Panstrongylus). O Trypanosoma, eliminados nas fezes do 
barbeiro depois do repasto, entra no corpo humano quando este coça a região da 
picada destes insetos (Figura 2). Contaminação oral em certas condições também 
pode ocorrer. 
 
 
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FIGURA 2- Ciclo da doença de chagas. 
 
FONTE: https://www.microbiologybook.org/Portuguese/para-port-chapter3.htm. 
 
 PROTOZOÁRIOS MULTIFLAGELADOS - CLASSE PARABASELEA 
São flagelados hipermastigotos, possuindo até milhares de flagelos. Vivem em 
simbiose intestinal com cupins, sendo anaeróbicos e digerem a madeira, liberando 
produtos para o inseto. A ingestão do alimento realizada na região posterior, por meio 
de pseudópodes (semelhante às amebas). 
 
B) PROTOZOÁRIOS QUE EMITEM PSEUDÓPODES (SARCODINOS) 
 
 A denominação de Filo Sarcodina trata-se de uma classificação comum no sé-
culo XX, incluindo os protozoários que se locomovem por pseudópodes. Atualmente 
são considerados os seguintes grupos taxonômicos: “Amoebozoa” (amebas e seus 
parentes), Filo Actinopoda (radiolários e heliozoários) e Filo Foraminiferea, que inclui 
os foraminíferos. Estes protozoários presentam corpo celular assimétrico ou simetria 
https://www.microbiologybook.org/Portuguese/para-port-chapter3.htm
 
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esférica/radial e as formas adultas emitem pseudópodes, os quais são utilizados para 
captura de alimento e locomoção. 
AMEBAS 
As amebas podem ser nuas ou com carapaças (que podem também ser cha-
madas de testas), compostas por material orgânico ou sílica. São assimétricas, uma 
vez que apresentam forma constantemente mutável devido à presença dos pseudó-
podes. Existem algumas formasgigantes que alcançam vários milímetros. São en-
contradas em água doce e salgada, solo úmido, sobre os liquens. Algumas espécies 
podem ser comensais (ex. Entamoeba coli) e outras são parasitas (ex. E. histolytica) 
As espécies dulcícolas possuem estruturas denominadas vacúolos contráteis que 
são responsáveis pelo equilíbrio hídrico do protozoário que possui o citoplasma mais 
concentrado que o líquido ao redor. Há, então, constante entrada de água na célula, 
pelo fenômeno de osmose, sendo o excesso devolvido ao exterior por meio dos vacú-
olos contrateis, que recebem água coletada na célula e a transferem ritmicamente 
para fora (Figura 3). 
 
 Figura 3 - Estrutura geral de uma ameba com presença de pseudópo-
dos, vacúolos alimentar e contrátil e regiões do citoplasma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.infoescola.com/reino-protista/protozoarios-ameboides-rizopodes 
 
https://www.infoescola.com/reino-protista/protozoarios-ameboides-rizopodes/
 
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O citoplasma das amebas pode ser dividido em ectoplasma (mais externo, claro e 
rígido) e endoplasma (interno e mais fluido) (Figura 3). A locomoção ocorre pelos 
pseudópodes, que podem ser de dois tipos: a) lobópodos ou lobopódios: largos, tubu-
lares, com pontas arredondadas e compostos de tanto de ecto e endoplasma e b) 
filópodos ou filopódios: estreitos, claros e ramificados. 
FORAMINÍFEROS 
Os foraminíferos são protozoários macroscópicos, primariamente marinhos, ben-
tônicos ou planctônicos. Podem realizar simbiose com algas unicelulares. Eles secre-
tam uma concha de diversos tipos morfológicos, de material orgânico ou mineral 
(CaCO3), bem preservadas no registro fóssil (maior parte das espécies conhecidas é 
fóssil). Esta concha pode apresentar uma câmara apenas ou ser multicameral, com 
várias câmaras produzidas ao longo do crescimento (Figura 4). À medida que a célula 
cresce, o citoplasma flui por uma abertura na primeira câmara e secreta outro com-
partimento, processo que é contínuo e resulta em conchas distintas. A locomoção dá-
se por meio de reticulópodos que são emitidos a partir de poros na concha (os fora-
mens), formando uma rede ramificada. 
 
Figura 4 - Tipos morfológicos de conchas de foraminíferos. Conchas 
deste grupo podem ser observadas em areia de regiões praianas com 
o uso de microscópio estereoscópico. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.usp.br/aunantigo/exibir?id=7834&ed=1377&f=27 
http://www.usp.br/aunantigo/exibir?id=7834&ed=1377&f=27
 
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RADIOLÁRIOS 
Os radiolários são marinhos e planctônicos (componentes do plâncton) e geral-
mente esféricos, podendo atingir vários milímetros de diâmetro. Os corpos celulares 
são divididos em partes interna e externa; a parte interna é limitada por uma cápsula 
central membranosa, com muitas aberturas, e pode conter vários núcleos e a parte 
externa possui um citoplasma vacuolizado chamado de calima, que está relacionado 
com a flutuação (Figura 5). Algumas espécies podem fazer simbiose com algas. A 
locomoção ocorre por meio da formação de pseudópodes dos tipos filópodos e axó-
podos, que são finos, em forma de agulha, com um bastão axial central de microtúbu-
los (axonema), recoberto por citoplasma adesivo. 
Observa-se neste grupo a presença de exoesqueleto geralmente de sílica, de vá-
rios tipos: a) com espinhos partindo do centro e b) na forma de uma treliça esférica ou 
bilateral, ornamentada com espinhos e farpas. Conchas de radiolários e foraminíferos 
são constituintes primários de muitos sedimentos marinhos, o chamado lodo forami-
nífero ou radiolário. Existe um grande registro fóssil devido à formação de depósitos 
de cré (giz) e calcário, como nas pedreiras-base das pirâmides do Egito e nos depó-
sitos de cré em Dover na Inglaterra. Estes fósseis são extremamente utilizados no 
processo de prospecção de petróleo, uma vez que indicam camadas sedimentares 
distintas: sedimentos da mesma idade contêm os mesmos tipos de foraminíferos, si-
nalizando os pontos de prospecção. 
 
 
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Figura 5 - Estrutura geral de radiolá-
rio. 
Fonte: Ruppert & Barnes (1996). 
 
 
 
 
 HELIOZOÁRIOS 
Estes organismos podem ser marinhos, dulcícolas, flutuantes ou fixados por uma 
haste. Locomovem-se por axópodes (semelhante aos radiolários) e apresentam o 
corpo celular dividido em córtex ectoplasmático (externo, bastante vacuolizado) e a 
medula interna de endoplasma denso, contendo de um a muitos núcleos e as bases 
dos bastões axiais. Podem ser nus ou possuir esqueleto orgânico ou silicoso, envolto 
por um revestimento gelatinoso. Os axópodes se projetam através de aberturas no 
esqueleto (Figura 6). 
 Figura 6. Morfologia geral de um heliozoário. 
 
Fonte: Rupert & 
Barnes(1996). 
 
 
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Nos foraminíferos, radiolários e heliozoários, os reticulópodos ou axópodes agem 
como uma “armadilha” na captura da presa. Os pseudópodes possuem uma substân-
cia adesiva com lisossomos, que descarregam as enzimas proteolíticas sobre a presa. 
A digestão ocorre de forma diferenciada de acordo com o grupo de protozoários: nas 
amebas ocorre em vacúolos digestivos (fases ácida e alcalina), nos radiolários na 
região da calima, nos heliozoários na região do córtex e nos foraminíferos começa 
fora da concha e termina em pequenos vacúolos dentro da concha. 
Algumas amebas nuas são endoparasitas do trato digestivo de anelídeos, insetos 
e vertebrados como a Entamoeba histolytica que é endoparasita humano, causando 
disenteria amebiana. Os parasitas são transmitidos por meio de cistos eliminados nas 
fezes e que contaminam a água e alimentos, reflexo de problemas com saneamento 
e higiene dos alimentos. 
Nas amebas, heliozoários e radiolários ocorre a fissão binária na qual ocorre a 
divisão do organismo em duas ou mais células-filhas semelhantes. Nas espécies mul-
tinucleadas ocorre uma fissão múltipla chamada de esquizogonia, onde o núcleo da 
célula-mãe (no caso o núcleo do protozoário) divide-se várias vezes com consequente 
repartição do citoplasma entre todos os núcleos-filhos. Dessa forma, formam-se várias 
células-filhas/protozoários iguais. 
Nas amebas com carapaça macia a concha divide-se em duas partes e as células 
filhas ficam com cada metade. Naquelas com conchas rígidas a massa de citoplasma 
é protraída da concha antes da divisão, secretando uma nova concha; após isso a 
célula se divide. 
 
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A reprodução sexuada não é observada frequentemente nas amebas. Nos helio-
zoários e radiolários é conhecida em alguns gêneros, com etapas flageladas que são 
os dispersores assexuados. A hologamia ocorre em radiolários (o indivíduo é o ga-
meta; nesse caso) e os indivíduos são haploides e a meiose ocorre então após a 
formação do zigoto, para restaurar o número cromossômico da espécie. Na autoga-
mia, que ocorre em heliozoários, uma única célula passa por meiose e origina outro 
indivíduo, sem a participação de outra célula (Figura 7). Em foraminíferos e em helio-
zoários observa-se a ocorrência de metagênese, caracterizada pela alternância entre 
gerações sexuadas e assexuadas. 
 
Figura 7 - Autogamia, processo de reprodução sexuada que ocorre em 
radiolários. 
 
Rupert & Barnes(1996). 
 
 
 
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ATIVIDADES DE FXIAÇÃO 
As atividades de fixação encontram-se disponíveis ao final do capítulo 4, na 
parte 2 do conteúdo. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. Editora Guanabara Koogan 
S.A., 2ed. 2007. 968p. 
RUPPERT, Edward E.; BARNERS, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma 
abordagem funcional-evolutiva. São Paulo: Roca,7.ed. 2005. 1145p. 
 
FIXANDO O CONTEÚDO: CONSTRUÇÃO DO MAPA MENTAL 
 
Após a leitura deste capítulo faça o seu mapa mental. 
 
PARA CONTINUAR SEUS ESTUDOS, POSTE O MAPA MENTAL DESTE CA-
PÍTULO NO ITEM “FIXAÇÃO DO CONTEÚDO – MAPA MENTAL 4”. 
 
 
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CAPÍTULO 4: PROTOZOÁRIOS - PARTE 2 
 
4.5. CLASSIFICAÇÃO 
 
C) PROTOZOÁRIOS ALVEOLADOS: CILIADOS E ESPOROZOÁRIOS 
 
O Filo Alveolata é um agrupamento monofilético, suportado pela presença de 
sequências semelhantes de DNA ribossômico e alvéolos abaixo da membrana celular. 
Os alvéolos são vesículas de membrana achatadas, componentes do citoesqueleto, 
localizadas imediatamente abaixo da membrana celular, formando uma camada con-
tínua. 
O Subfilo Dinoflagellata inclui as algas biflageladas de água doce ou marinhas 
(autotróficos), que possuem um pigmento chamado peridina (cor marrom averme-
lhado ou marrom dourado) e que são responsáveis pela formação das marés verme-
lhas, com liberação de toxinas na água. O Subfilo Ciliophora é formado por protozoá-
rios ciliados que se locomovem por cílios, estruturas derivadas dos microtúbulos que 
apresentam formação interna grupos de um conjunto de 9 + 2 pares de microtúbulos. 
O Subfilo Sporozoa ou Apicomplexa inclui os protozoários formadores de esporos, 
sem organela de locomoção característica. 
PROTOZOÁRIOS CILIADOS 
O Subfilo Ciliophora é um táxon monofilético e é o maior e mais homogênio 
grupo de protozoários. São semelhantes a pequenos animais (tamanho varia de 10 
µm a 4,5 mm), possuem estruturas celulares sofisticadas e comportamentos comple-
xos e muitos dos tecidos e órgãos dos animais (ex. músculos e intestinos) têm estru-
turas análogas na anatomia celular dos ciliados. São conhecidas mais de 8.000 espé-
cies conhecidas que ocupam ambientes de água doce, marinha e solos úmidos. Todos 
são heterotróficos e a Locomoção ocorre por cílios e estruturas modificadas (também 
utilizados na alimentação). 
A forma é constante, assimétrica ou radial. Podem ser livre-natantes ou sés-
seis, solitários ou coloniais. Apresentam relações de comensalismo, simbiose e para-
sitismo (ecto e endoparasitas). O corpo celular é revestido por uma película complexa 
 
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formada por uma membrana plasmática externa e alvéolos (promovem a estabilidade 
da película e impermeabilidade (Figura 8). Os tricocistos são organelas de defesa (não 
presentes em todos). Os cílios formam o sistema cinético e são formados pelos cor-
púsculos basais ou cinetossomos, unidos por fibrilas, as quais se unem e formam os 
cinetodesmas, que percorrem a base de uma fileira de cílios (cinetíade) 
 
Figura 8 - Película que envolve o corpo celular e estruturas asso-
ciadas. 
 
Fonte: Rupert & Barnes, 1996. 
 
A distribuição dos cílios (ciliatura) pode ocorrer de forma corporal ou somática 
(ao redor de todo o corpo) ou oral /bucal, quando ocorre apenas na região do citós-
toma. Protozoários mais rápidos alcançam até 2 mm/s e o batimento dos cílios pode 
ser aleatório ou sincronizado e revertido (movimento para trás). Os ciliados mais es-
pecializados possuem cirros, que são cílios agrupados em “tufos”, os quais batem 
juntos e ocorrem em regiões específicas da membrana celular. As formas sésseis 
possuem movimentos contráteis que ocorrem devido aos mionemas abaixo da pelí-
cula, que são fibrilas análogas a músculos. 
 
 
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O sistema de alimentação dos protozoários ciliados é semelhante aos animais (em 
escala microscópica). Há a presença do citóstoma (“boca” celular), com posição vari-
ável na célula, uma citofaringe (funil bucal), a partir de onde são formados os vacúolos 
alimentares. O citoprocto é o nome dado à região da membrana onde ocorre a elimi-
nação dos dejetos ou exocitose (análogo ao ânus) (Figura 9). 
Figura 9 - Morfologia geral de um ciliado. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.coladaweb.com/biolo-
gia/reinos/protozoarios 
Os ciliados livre-natantes possuem vários hábitos alimentares. Aqueles que são 
predadores por interceptação direta predam outros protozoários, algas unicelulares e 
pequenos invertebrados (ex. rotíferos). Os filtradores coletam microrganismos ou par-
tículas provenientes da corrente de água, natural ou criada por eles. Nos que são 
suctórios (sugadores de outras células) os cílios estão presentes apenas nos estágios 
imaturos; os adultos perdem os cílios e possuem tentáculos com haptocistos, organe-
las especializadas que se prendem à membrana do hospedeiro. Assim, o conteúdo 
da célula da presa é sugado pelo tentáculo, num processo de fagocitose rápida. 
https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/protozoarios
https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/protozoarios
 
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