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Mecânica dos solos II Leandro Rosatto Moda Eng Agrônomo Doutor em Ciência do Solo - UNESP S. J. RIO PRETO – SP 2021 Tensões nos solos Parte Teórica Conceito de tensões num meio particulado Tensões devidas ao próprio peso do solo Pressão neutra e conceito de tensões efetivas Tensões horizontais Parte Prática (grupos) Lista de Exercícios Leitura complementar: capítulo 5 do Livro “Curso básico de mecânica dos solos” (Pinto, C.S.) Conceito de tensões num meio particulado Solos: constituídos de partículas (granulometria) logo as forças aplicadas a eles são transmitidas de partícula a partícula, além das que são suportadas pela água dos espaços vazios Forma como as forças são transmitidas de partícula-partícula depende do tipo de mineral (variedade de minerais) Partículas maiores (areias, siltes): dimensões ortogonais são aproximadamente iguais, essa transmissão se dá diretamente de mineral-mineral; Nas argilas (maioria delas) as forças de contato são muito pequenas e a transmissão pode ocorrer através da água quimicamente adsorvida De qualquer modo essa transmissão se faz nos pontos de contatos, logo em área muito reduzida em relação ao total da área envolvida Tensões no solo Diversos grãos transmitirão força à placa as quais podem ser decompostas em normais e tangenciais à superfície da placa Como é impossível desenvolver modelos matemáticos com base nas inúmeras forças, a sua ação é substituída pelo conceito de tensões Tensões no solo A somatória dos componentes normais ao plano (verticais) dividido pela área total que abrange as partículas em que o contato ocorre é definida como tensão normal. A somatória das forças tangenciais/pela área é referida como tensão de cisalhamento. Tensões no solo As tensões assim definidas, são muito menores do que as tensões que ocorrem nos contatos reais entre as partículas; Considera toda a área, porém sem haver contato em toda área Problemas em engenharia de solos: tensões raramente chegam a 1 MPa Áreas de contato reais estão em torno de 1% da área total considerada Mas o conceito de tensão é igual ao aplicado a um meio contínuo: portanto não se cogita se um ponto no sistema particulado está ocupado por um grão ou vazio. Tensões devidas ao peso próprio do solo Nos solos → tensões provém da aplicação de cargas e próprio peso do solo NO SOLO: TENSÕES DEVIDAS AO PRÓPRIO PESO TÊM VALORES CONSIDERÁVEIS NÃO PODE SER DESCONSIDERADO!!! → Quando sup. do terreno é HORIZONTAL aceita-se (intuitivamente) que a tensão atuante a uma certa profundidade seja NORMAL ao plano → Não há tensão de cisalhamento (como se as forças tangenciais se anulassem) Tensões devidas ao peso próprio do solo No plano A (plano horizontal acima do nível d’água) o peso atuante/área indica a tensão vertical. Em uma situação de tensões geostáticas, portanto, a tensão normal vertical inicial (σv) no ponto “A” pode ser obtida considerando o peso do solo acima do ponto “A” dividido pela área. Tensões devidas ao peso próprio do solo Geralmente o solo pode ser constituído de várias camadas horizontais. A tensão vertical resulta da somatória do efeito dessas várias camadas Pressão Neutra e Tensões Efetivas A tensão no Plano B, abaixo do lençol freático = resultado das somas dos efeitos das camadas superiores (Zw → nível do lençol freático) A água no interior dos vazios, abaixo do nível d’água estará sob uma pressão que independe da porosidade (está saturado) e dependerá apenas da profundidade em relação ao nível freático Logo, no plano considerado, a pressão da água (u) é representada por: γw = peso específico da água Pressão Neutra e Tensões Efetivas Terzaghi trabalhando com as diferentes naturezas dos elementos envolvidos constatou que a Tensão Normal Total (σ) num plano qualquer deve ser considerado como a soma de duas parcelas: 1) a tensão transmitida pelos contatos entre as partículas = Tensão efetiva (σ’) 2) a pressão da água = Pressão Neutra (u) A partir desta constatação, Terzaghi estabeleceu o princípio das Tensões Efetivas, dividida em 2 partes: 1) Tensão Efetiva para solos saturados 2) todos os efeitos mensuráveis resultantes de variações de tensões nos solos, como compressão, distorção e resistência ao cisalhamento são devidos a variações de tensões efetivas. Pressão Neutra e Tensões Efetivas As deformações nos solos apresentam importantes diferenças da maioria dos outros materiais. Nos solos: deformações correspondem com variação de forma e também de volume (resultante do deslocamento de partículas e redução dos vazios) Logo admite-se que as deformações do solo sejam devido somente as variações de tensão efetiva (partícula/partícula) Pressão exercida pela água não deforma o solo Implicação do conceito de tensões efetivas Na prática da Mecânica dos Solos define-se tensão efetiva como a tensão que efetivamente atua nos contatos grão a grão, respondendo pelas características de deformabilidade e resistência ao cisalhamento dos solos. A tensão deixa de ser calculada pela equação equilíbrio de esforços, mas continua sendo conceitualmente considerada a tensão no esqueleto mineral; Ao passo que, com poucas exceções, toda a deformação nos solos está relacionada a variação na tensão efetiva, o solo pode sofrer deformação sem sofrer acréscimo de tensão total, basta que haja variação da pressão neutra; Solos argilosos podem apresentar comportamento viscoso, sujeitos a creep (adensamento secundário), manifestando deformações lentas a tensão efetiva constante; A resistência ao cisalhamento dos solos é em parte devido ao atrito entre as partículas, função das tensões de contato entre as partículas. Exemplo para o entendimento Conceito pode ser visualizado com uma esponja cúbica, de 10 cm de aresta, colocada num recipiente: Na posição a: com água até a superfície superior →as tensões resultam de seu peso e da pressão da água → Ela está em repouso Exemplo para o entendimento Na posição b: coloca-se sobre a esponja um peso de 10N, pressão aplicada de 1kPa (10N/0,01m2) → As tensões no interior da esponja são acrescidas no mesmo valor → A esponja se deforma sob ação do peso, expulsando água do seu interior → O acréscimo de tensão foi EFETIVO Exemplo para o entendimento Na situação c: ao invés de colocar o peso, o nível d’água foi elevado em 10 cm, a pressão atuante na esponja seria também 1 kPa (10kN/m3 x 0,1m) → As tensões no interior da esponja seriam acrescidas no mesmo valor, mas a esponja não se deforma → A pressão da água atua também nos vazios da esponja, e a estrutura sólida não “sente” a alteração das pressões → O acréscimo de pressão foi NEUTRO O MESMO FENÔMENO OCORRE NOS SOLOS!!! → SE UM CARREGAMENTO É FEITO NA SUPERFÍCIE DE UM TERRENO, AS TENSÕES EFETIVAS AUMENTAM (SITUAÇÃO B), O SOLO SE COMPRIME E ALGUMA ÁGUA É EXPULSA DE SEUS VAZIOS (AINDA QUE LENTAMENTE...); → SE O NÍVEL DE ÁGUA NUMA LAGOA SE ELEVA, O AUMENTO DA TENSÃO TOTAL PROVOCADO PELA ELEVAÇÃO É IGUAL AO AUMENTO DA PRESSÃO NEUTRA NOS VAZIOS E O SOLO NÃO SE COMPRIME (SITUAÇÃO C); → POR ESTA RAZÃO, UMA AREIA OU UMA ARGILA NA PLATAFORMA MARÍTIMA, AINDA QUE ESTEJA A 100 OU 1000 m DE PROFUNDIDADE, PODE SE ENCONTRAR TÃO FOFA OU MOLE QUANTO O SOLO NO FUNDO DE UM LAGO DE PEQUENA PROFUNDIDADE!!! Exemplos Calcular a tensão vertical (σv), pressão neutra (u) e tensão efetiva vertical (σv’)nos contatos de todos os estratos do perfil de terreno abaixo: FAZER O GRÁFICO!! Cálculos: Cota -1 σv = (17.1) = 17 kPa u = 0 σv’ = σv – u = 17 – 0 = 17 kPa Cota -3 σv = 17 + (19.2) = 55 kPa u = (3-1).10 = 20 kPa σv’ = σv – u = 55 – 20 = 35 kPa Cota -7 σv = 55 + (16.4) = 119 kPa u = (7-1).10 = 60 kPa σv’ = σv – u = 119 – 60 = 59 kPa Cota -10 σv = 119 + (21. 3) = 182 kPa u = (10 – 1).10 = 90 kPa σv’ = σv – u = 182 – 90 = 92 kPa Gráfico Cota σv (kPa)u (kPa) 0 0 0 -1 17 0 -3 55 20 -7 119 60 -10 182 90 Tensões vertivais, pressão neutra e tensões verticais efetivas (kPa) 0 50 100 150 200 P ro fu n id a d e ( m ) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tensão vertical Pressão neutra Exemplos OBS: E se o nível da água for rebaixado para a cota -3 → Vamos refazer os cálculos e reposicionar no gráfico... → O que acontece??? Exemplos Calcular a tensão vertical (σv), pressão neutra (u) e tensão efetiva vertical (σv’)nos contatos de todos os estratos do perfil de terreno abaixo: FAZER O GRÁFICO!! Cálculos: Cota -3 σv = (17.3) = 51 kPa u = 0 σv’ = σv – u = 51 – 0 = 51 kPa Cota -7 σv = 51 + (16.4) = 115 kPa u = (7-3).10 = 40 kPa σv’ = σv – u = 115 – 40 = 75 kPa Cota -10 σv = 115 + (21. 3) = 178 kPa u = (10 – 3).10 = 70 kPa σv’ = σv – u = 178 – 70 = 108 kPa Gráfico: com o rebaixamento do freático Cota σv (kPa) u (kPa) 0 0 0 -1 17 0 -3 51 0 -7 115 40 -10 178 70 Tensões vertivais, pressão neutra e tensões verticais efetivas (kPa) 0 50 100 150 200 P ro fu n id a d e ( m ) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tensão vertical Pressão neutra original Pressão neutra após rebaixamento Exemplos Calcular a tensão vertical (σv), pressão neutra (u) e tensão efetiva vertical (σv’)nos contatos de todos os estratos do perfil de terreno abaixo: FAZER O GRÁFICO!! OBS: E se o nível da água for rebaixado para a cota -3 → Vamos posicionar dentro do gráfico... → O que acontece??? R: as tensões totais pouco se alteram (pois o peso específico do solo permanece o mesmo). A pressão neutra diminui, e consequentemente a tensão efetiva aumenta. Ahhhh... E daí??? Analogia: este fenômeno pode ser facilmente entendido quando se carrega uma pessoa dentro de uma piscina (da parte mais funda para mais rasa → tem-se a sensação que o peso da pessoa AUMENTA... Analogia: Na realidade, foi o seu peso EFETIVO que aumentou, pois a pressão da água nos contatos de apoio diminuiu a medida que a posição relativa da água baixou... Exercício ENADE 2019 Cálculo das tensões efetivas com o peso específico aparente submerso (γsub) Peso Específico do Solo Submerso (γsub): Considera-se a existência do empuxo de água no solo Logo o peso específico do solo submerso será equivalente ao peso específico do solo saturado menos o peso específico da água. Desta forma o acréscimo de tensão efetiva também pode ser calculado por meio do peso específico submerso γs𝑢𝑏 = γsat - γw σ𝑣′= γsub . z Questão 1) Mas por que??? R: Porque essa é a forma que os engenheiros mais utilizam para calcular a tensão efetiva... Questão 2) Mas qual é o método que Prof. vai pedir na prova? R: Sem comentários... Exemplos → Cálculo das tensões efetivas verticais (σv’)com o peso específico aparente submerso (γsub) Cálculos: 1º Determino o γsub (lembre-se: só faz isso para γsat) Areia fina: γsub = γsat – γw = 19 – 10 = 9 kN/m 3 Argila mole: γsub = γsat – γw = 16 – 10 = 6 kN/m 3 Pedregulho: γsub = γsat – γw = 21 – 10 = 11 kN/m 3 Pronto, agora é só calcular direto as tensões efetivas verticais (σv’) Cota -1: σv’ = 17.1 = 17 kPa Cota -3: σv’ = 17 + (9.2) = 35 kPa Cota -7: σv’ = 35 + (6.4) = 59 kPa Cota -10: σv’ = 59 + (11.3) = 92 kPa Cálculo da Tensão Efetiva Comentário... A tensão efetiva é responsável pelo comportamento mecânico dos solos, e só através de ANÁLISE DE TENSÕES EFETIVAS se consegue estudar os fenômenos de resistência e deformação dos solos... Exercícios: 1. Um terreno é constituído de uma camada de areia fina e fofa com γn = 16 kN/m 3; γsat = 17 kN/m 3, com 3 m de espessura, acima de uma camada de areia grossa compacta, com γsat = 19 kN/m 3 e espessura de 4 m, apoiada sobre um solo de alteração de rocha, como se mostra na figura ao lado. O nível d’água encontra-se a 1 m de profundidade. a) Calcule as tensões verticais (σv), pressões neutras (u) e tensões efetivas verticais (σv’) nos contatos entre todos os estratos. b) Se ocorrer uma enchente que eleve o nível d’água até a cota +2,5 m acima do terreno, calcule quais seriam as tensões verticais (σv), pressões neutras (u) e tensões efetivas (σv’) em todos os contatos entre os estratos. c) Recalcule as tensões efetivas do exercício a e b com os pesos específicos submersos (γsub). d) Represente graficamente as tensões verticais, pressão neutra e tensões efetivas. γn = 16 kN/m 3 γsat = 17 kN/m 3 γsat = 19 kN/m 3 Cálculos: Cota -1 σv = (16.1) = 16 kPa u = 0 σv’ = σv – u = 16 – 0 = 16 kPa Cota -3 σv = 16 + (17.2) = 50 kPa u = (3-1).10 = 20 kPa σv’ = σv – u = 50 – 20 = 30 kPa Cota -7 σv = 50 + (19.4) = 126 kPa u = (7-1).10 = 60 kPa σv’ = σv – u = 126 – 60 = 66 kPa γn = 16 kN/m 3 a) Calcule as tensões verticais (σv), pressões neutras (u) e tensões efetivas verticais (σv’) nos contatos entre todos os estratos. γsat = 17 kN/m 3 γsat = 19 kN/m 3 Cálculos: Cota 0 σv = (10.2,5) = 25 kPa u = (2,5+0).10 = 25 kPa σv’ = σv – u = 25 – 25 = 0 kPa Cota -3 σv = 25 + (17.3) = 76 kPa u = (2,5+3).10 = 55 kPa σv’ = σv – u = 76 – 55 = 21 kPa Cota -7 σv = 76 + (19.4) = 152 kPa u = (2,5+7).10 = 95 kPa σv’ = σv – u = 152 – 95 = 57 kPa γsat = 17 kN/m 3 γsat = 19 kN/m 3 b) Se ocorrer uma enchente que eleve o nível d’água até a cota +2,5 m acima do terreno, calcule quais seriam as tensões verticais (σv), pressões neutras (u) e tensões efetivas (σv’) em todos os contatos entre os estratos. c) Recalcule as tensões efetivas do exercício a e b com os pesos específicos submersos (γsub). Cálculos: 1º Determino o γsub (lembre-se: só faz isso para γsat) Areia fina: γsub = γsat – γw = 17 – 10 = 7 kN/m 3 Argila mole: γsub = γsat – γw = 19 – 10 = 9 kN/m 3 Pronto, agora é só calcular direto as tensões efetivas verticais (σv’) Cota -1: σv’ = 16.1 = 16 kPa Cota -3: σv’ = 16 + (7.2) = 30 kPa Cota -7: σv’ = 30 + (9.4) = 66 kPa γn = 16 kN/m 3 γsat = 17 kN/m 3 γsat = 19 kN/m 3 c) Recalcule as tensões efetivas do exercício a e b com os pesos específicos submersos (γsub). Cálculos: 1º Determino o γsub (lembre-se: só faz isso para γsat) Areia fina: γsub = γsat – γw = 17 – 10 = 7 kN/m 3 Argila mole: γsub = γsat – γw = 19 – 10 = 9 kN/m 3 Pronto, agora é só calcular direto as tensões efetivas verticais (σv’) Cota -3: σv’ = (7.3) = 21 kPa Cota -7: σv’ = 21 + (9.4) = 57 kPa γsat = 17 kN/m 3 γsat = 19 kN/m 3 Cota (m) σv (kPa) u (kPa) 0 0 0 -1 16 0 -3 50 20 -7 126 60 Tensões verticais, pressão neutra e tensões verticais efetivas (kPa) 0 20 40 60 80 100 120 P ro fu n d id a d e ( m ) 0 1 2 3 4 5 6 7 Tensões verticais Pressão neutra Sem enchente Com enchente Cota (m) σv (kPa) u (kPa) 0 25 25 -3 76 55 -7 152 95 Tensões verticais, pressão neutra e tensões efetivas (kPa) 0 20 40 60 80 100 120 140 P ro fu n d id a d e ( m ) -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 Tensões verticais Pressão neutra 2. Traçar os diagramas das tensões verticais, pressões neutras e tensões efetivas para o terreno indicado abaixo. γn = 17,0 kN/m 3 γsat = 21,0 kN/m 3 γsat = 20,0 kN/m 3 Água capilar nos solos A água nos vazios do solo, na faixa logo acima do lençol freático está a uma pressão abaixo da pressão atmosférica, ou seja existe uma pressão negativa de ascensão (tensão superficial da água); Se u for negativo a tensão efetiva será maior que a tensão total (em casos de capilaridade); A pressão negativa provoca uma força maior nos contatos dos graos e aumenta a tensão efetiva... Água capilar nos solos A ascensão por capilaridade depende da granulometria, que influencia no diâmetro dos vazios (tubos capilares) Pedregulhos: poucos centímetros Areias: 1 a 2 metros Siltes: 3 a 4 metros Argilas: podem elevar acima de 10 metros de altura Exercícios: 3. Considere o perfil geotécnico abaixo Sabendo-se que a argila siltosa encontra-se saturada por capilaridade acima do nível da água (NA), calcule os valores das tensões efetivas nos pontos A, Be C Exercícios: 3. Considere o perfil geotécnico abaixo Cálculos: 1º Determino o γ do silte arenoso ρd = 1 g/cm 3 w = 60% γd = ρd . g = 1 . 10 = 10 kN/m 3 γ= γd.(1+w) = 10.(1+0,6) = 16 kN/m 3 Ponto A (Cota -2) σv = (16.1,5) + (18.0,5) = 33 kPa u = - (4-2).10 = -20 kPa σv’ = σv – u = 33 – (-20) = 53 kPa Exercícios: 3. Considere o perfil geotécnico abaixo Cálculos: Ponto B (Cota -4) σv = 33 kPa + (18.2) = 69 kPa u = 0 σv’ = σv – u = 69 – 0 = 69 kPa Ponto C (Cota -8) σv = 69 kPa + (18.4) = 141 kPa u = (8-4).10 = 40 kPa σv’ = σv – u = 141 – 40 = 101 kPa Tensões horizontais Até agora vimos as tensões verticais iniciais, totais e efetivas Porém é necessário determinar as tensões que atuam em dois planos ortogonais Devido ao peso próprio também ocorrem tensões horizontais, que são uma parcela da tensão vertical atuante σh = k0.σv k0 = coeficiente de empuxo em repouso Tipo de solo k0 Areia fofa 0,55 Areia compacta 0,40 Argila de baixa plasticidade 0,50 Argila de alta plastiicidade 0,65 Tensões horizontais σh = k0.σv k0 = coeficiente de empuxo em repouso Relações Tipo de solo Autor/Ano k0 = 1 - senφ solos granulares Jaky, 1944 k0 = 0,95 - senφ argilas normalmente adensadas Brooker e Ireland, 1965 k0 = (1 - senφ). 𝑅𝑆𝐴 argilas pré adensadas Meyerhof, 1976 k0 = (1 - senφ).𝑅𝑆𝐴 𝑠𝑒𝑛φ argilas pré adensadas Mayne e Kulhawy, 1981 Relações empíricas para determinação de k0 φ = ângulo de atrito interno do solo RSA = razão de pré adensamento = σ’vm/σ’ σ’vm = tensão de pré adensamento
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