Buscar

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DA BAHIA 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
MONIQUE DOS SANTO SILVA 
NICOLLE RAFAELA BATISTA SANTOS 
ODAIZA DE MELLO 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO COM 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE 
HEMODIÁLISE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALAGOINHAS/BA 
2021 
2 
 
MONIQUE DOS SANTOS SILVA 
NICOLLE RAFAELA BATISTA SANTOS 
ODAIZA DE MELLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO COM 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE 
HEMODIÁLISE 
 
Artigo apresentado a Faculdade de Tecnologia e 
Ciências da Bahia, como requisito parcial da 
disciplina Processo de Cuidar na Saúde do Adulto 
e Idoso em Enfermagem, solicitado pela Profª. 
Adriana Antônia de Oliveira. 
 
Orientador (a): Profª. Esp. Mestra Adriana Antônia 
de Oliveira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALAGOINHAS/BA 
2021 
3 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO COM 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE 
HEMODIÁLISE 
 
NURSING ASSISTANCE TO THE ELDERLY PATIENT WITH CHRONIC KIDNEY 
FAILURE IN TREATING HEMODIALYSIS 
 
 
 
 
Adriana Antônia de Oliveira1 
Monique dos Santos Silva; Nicolle Rafaela Batista Santos, Odaiza de Mello Carvalho2 
 
 
 
RESUMO: 
Introdução: O número de idosos vem crescendo no Brasil e também dos que desenvolvem o 
risco de doença renal crônica, fazendo com que esse público represente, aproximadamente 
10% das pessoas acometidas de IRC, e a hemodiálise é a principal forma de tratamento para 
os pacientes que estão no último estágio da doença. Objetivo: O objetivo desta pesquisa é 
analisar os métodos de intervenção do Enfermeiro na abordagem aos idosos em tratamento de 
hemodiálise. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, visando discorrer sobre a 
atuação do enfermeiro na assistência ao paciente idoso em, utilizando dissertações e artigos 
científicos pesquisados nas bases de dados LILACS, MEDLINE, Scielo, EBSCO por meio 
dos descritores: “Enfermeiro” “Hemodiálise” “idoso”, excluindo todos os artigos que não 
fossem do período e temática abordados. Resultado: O enfermeiro possui uma atuação 
fundamental no cuidado do paciente idoso em tratamento de hemodiálise, o que exige atenção 
e responsabilidade, sendo importante que o enfermeiro entenda que a população idosa faz 
parte do grupo de risco e propensão ao desenvolvimento de doenças renais e 
consequentemente ao tratamento de hemodiálise. Considerações Finais: É dever dos 
profissionais de saúde estar atento às necessidades do paciente em terapia hemodialítica e 
neste contexto o enfermeiro está inserido de forma direta e como peça chave no 
estabelecimento de sua melhora, logo essa pesquisa é de suma importância por identificar as 
formas possíveis de intervenção do Enfermeiro na promoção do cuidado e melhoria da 
qualidade de vida dessas pessoas, bem como o estabelecimento de melhorias econômicas ao 
Estado. 
 
- Palavras-chave: Idoso; Hemodiálise; Enfermagem. 
 
 
 
1Enfermeira do município de Entre Rios, professora das Faculdades Santo Antônio e FATEC de 
Alagoinhas, Bahia, Brasil, Mestra em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social pela UCSal 
2 Graduandas da Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia – FATEC , Alagoinhas, Bahia, Brasil. 
4 
 
ABSTRACT: 
Introduction: The number of elderly people has been growing in Brazil and also of those 
who develop the risk of chronic kidney disease, making this public represent approximately 
10% of people with CKD, and hemodialysis is the main form of treatment for patients who 
are in the last stage of the disease. Objective: The objective of this research is to analyze the 
nurse's intervention methods in approaching the elderly undergoing hemodialysis treatment. 
Methodology: This is a qualitative research, aiming to discuss the role of nurses in assisting 
elderly patients in, using dissertations and scientific articles researched in the databases 
LILACS, MEDLINE, Scielo, EBSCO through the descriptors: “Nurse” “ Hemodialysis "" 
elderly ", excluding all articles that were not of the period and theme addressed. Result: The 
nurse has a fundamental role in the care of elderly patients undergoing hemodialysis, which 
requires attention and responsibility, and it is important that nurses understand that the elderly 
population is part of the risk group and is prone to the development of kidney diseases and 
consequently hemodialysis treatment. Final Considerations: It is the duty of health 
professionals to be attentive to the needs of the patient undergoing hemodialysis therapy and 
in this context the nurse is directly inserted and as a key part in establishing his improvement, 
therefore this research is of paramount importance for identifying the possible ways Nurse's 
intervention in promoting care and improving the quality of life of these people, as well as the 
establishment of economic improvements to the State. 
 
- Keywords: Elderly; Hemodialysis; Nursing. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Todo indivíduo com 60 anos ou mais, segundo a Organização Mundial de Saúde 
(OMS), é considerado idoso. O número de idosos no Brasil vem crescendo de forma 
exponencial e de acordo com o censo IBGE de 2019 essa população passava de 32 milhões de 
pessoas, o que representa um aumento de 29,5% em relação ao censo anterior. Com o 
aumento da expectativa de vida da população, vem crescendo também o número de idosos 
que desenvolvem o risco de doença renal crônica, uma vez que nem sempre esses idosos 
tiveram acesso a informações adequadas e estabeleceram estilos de vida que maximizaram o 
risco para desenvolvimento desses perfis de adoecimento, fazendo com que esse público 
represente, segundo o IBGE, aproximadamente 10% das pessoas acometidas de Insuficiências 
renais crônicas (IRC). 
As (IRC) são um termo geral para alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura 
quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de risco. Constituem uma 
epidemia silenciosa, que ao longo do tempo vem se multiplicando no Brasil e no mundo, 
5 
 
chegando segundo o Instituto Pró Rim (2019) a atingir cerca de 190 milhões de pessoas em 
todo o planeta. 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) a hemodiálise é um 
procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do 
trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos 
prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial 
e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina. 
É um tratamento feito no último estágio da doença renal crônica. 
É importante que o enfermeiro fique presente nas sessões de hemodiálise para 
coordenar a equipe e identificar as características de cada paciente, neste sentido, o papel do 
enfermeiro para melhor desempenhá-lo, apropria-se da Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE), para basicamente poder aplicar conhecimentos na assistência ao paciente 
e caracterizar sua prática profissional, contribuindo na definição de sua função da melhor 
forma possível. 
O objetivo desta pesquisa é analisar os métodos de intervenção do Enfermeiro na 
abordagem aos idosos em tratamento de hemodiálise. Como objetivos específicos: Identificar 
o papel do enfermeiro durante a sessão de hemodiálise; Descrever como as intervenções da 
equipe de enfermagem interferem na melhora do paciente idoso em hemodiálise. 
METODOLOGIA 
 Trata-se de uma pesquisa qualitativa. O método de abordagem é o de análise e síntese. 
 A finalidade é discorrer sobre a atuação do enfermeiro na assistência domiciliar 
prestada ao paciente idoso no período 2017 a 2021 utilizando as palavras chave de forma 
aleatoriamente associadas “Enfermeiro” “Hemodiálise” “idoso” excluindo-se todos os artigos 
que não sefossem do período estudado e com a temática abordada. 
 Foi utilizada a análise de conteúdo ou revisão integrativa, que por ser muito 
didático, facilita a sequência de tarefas e atividades a serem seguidas para fazer a análise dos 
dados qualitativos. De acordo com Bardin (2011, p. 15) desenvolve-se em 3 fases: 
- Pré-analítica: Essa é a primeira etapa que a autora apresenta para a organização da Análise 
de Conteúdo, onde, é possível avaliar o que faz sentido analisar e o que ainda precisa ser 
coletado. Para Bardin, nesta fase, devemos fazer: a) Uma leitura flutuante do material, para 
6 
 
ver do que se trata; b) Escolher os documentos que serão analisados (a priori) ou selecionar os 
documentos que foram coletados para a análise (a posteriori); c) Constituir o corpus com base 
na exaustividade, representatividade, homogeneidade e pertinência; d) Formular hipóteses e 
objetivos (sim, a Bardin usa o termo hipótese); e e) Preparar o material. 
- Exploração do material: Dentro desta fase, ocorrem as etapas de codificação e 
categorização do material. Na codificação, deve ser feito o recorte das unidades de registro e 
de contexto. As unidades de registro podem ser a palavra, o tema, o objeto ou referente, o 
personagem, o acontecimento ou o documento. Para selecionar as unidades de contexto, deve-
se levar em consideração o custo e a pertinência. Também deve ser feita a enumeração de 
acordo com os critérios estabelecidos anteriormente e por último deve ser feita a 
categorização, que seguirá algum dos seguintes critérios: semântico, sintático, léxico ou 
expressivos (BARDIN, 2006). 
- Tratamento dos resultados obtidos e interpretação: A terceira fase do processo de análise 
do conteúdo é denominada tratamento dos resultados – a inferência e interpretação. Calcado 
nos resultados brutos, o pesquisador procurara torná-los significativos e válidos (CÂMARA, 
2013). Para Bardin (1977, p. 133), a inferência poderá “apoiar-se nos elementos constitutivos 
do mecanismo clássico da comunicação: por um lado, a mensagem (significação e código) e o 
seu suporte ou canal; por outro, o emissor e o receptor”, sendo, portanto, necessário atentar 
para: a) O emissor ou produtor da mensagem; b) O indivíduo (ou grupo) receptor da 
mensagem; c) A mensagem propriamente dita; e d) O médium, o canal por onde a mensagem 
foi enviada e com base nisso foram gerados as Categorias 1: Insuficiência renal em idosos, na 
categoria 2: “Assistência de Enfermagem ao idoso em tratamento de hemodiálise” na 
avaliação do quadro 1 abaixo: 
Quadro I: Análise de Artigos Selecionados no período de março a abril 
 
Título do Estudo 
 
 
Autores/País/Ano 
 
Tipo de 
Pesquisa 
 
Objetivo 
O Papel da 
Enfermagem na 
Sessão de 
Hemodiálise 
 
ROCHA, Maria 
Tereza Ferreira 
Barros; et.al, (2017). 
 
 revisão de 
literatura 
identificar o papel do enfermeiro 
na sessão de hemodiálise, 
considerando suas atribuições para 
com o paciente 
Qualidade de vida e 
espiritualidade de 
pacientes com 
doença renal 
crônica: análise pré e 
pós-transplante. 
ERBS, Gislene 
Carla; et al., (2020). 
Estudo 
prospectivo, 
de abordagem 
quantitativa, 
com amostra 
de 27 
pacientes. 
comparar a qualidade de vida 
(QV) de pacientes renais em 
diálise e após transplante renal; 
correlacionar a QV dos 
pacientes transplantados às 
variáveis sociodemográficas, 
mórbidas e de 
espiritualidade/religiosidade. 
7 
 
Diagnósticos de 
enfermagem em 
idosos com doença 
renal crônica em 
hemodiálise. 
DEBONE, Mayara 
Cristina; et al., 
(2017). 
Pesquisa 
exploratória 
utilizando 
estudos de 
casos na 
coleta de 
dados 
realizada por 
entrevista e 
exame físico 
dos idosos 
Identificar os principais 
diagnósticos de enfermagem 
(DE) em idosos que recebem 
tratamento hemodialítico. 
Idosos em 
hemodiálise: 
características 
sociodemográficas 
e epidemiológicas. 
COSTA MS; et al., 
(2018). 
estudo do tipo 
quantitativo, 
descritivo, 
transversal, 
realizado em 
clínicas de 
hemodiálise 
com 80 idosos, 
de ambos os 
sexos. 
 
traçar o perfil socioeconômico e 
epidemiológico 
de idosos em hemodiálise 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Insuficiência Renal em Idosos 
 As alterações normais do envelhecimento não indicam doença, contudo as chances de 
que elas apareçam aumentam significativamente com o avançar da idade, uma vez que o 
envelhecimento faz com que aumente a vulnerabilidade no que tange ao aparecimento de 
patologias, processo normal da senescência humana (JUCHEM; DALTROSO; CARNIEL, 
2016). Esses processos, advindos de diversos fatores, podem levar o idoso a adquirir 
patologias de diversos tipos e motivações, como as cardiovasculares, respiratórias, 
neoplásicas, cerebrovasculares, osteoarticulares e endócrinas, que podem ou não estar 
interligadas, e esses processos são chamados de comorbidades. 
 Segundo Dantas e Santos (2017), alterações renais anatômicas e fisiológicas vêm 
sendo relatadas a partir dos 40 anos de idade, entretanto, não está claro se tais mudanças são 
universais. De acordo com o Jornal Brasileiro de Nefrologia (2009) no censo sobre diálise 
realizado em 2008 pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), entre os pacientes 
prevalentes, 36,3% tinham idade igual ou superior a 60 anos. Uma pessoa com idade média de 
80 anos tem sua função renal reduzida pela metade e, se acometida por uma patologia crônica 
8 
 
não-transmissível, que pode prejudicar ainda mais a função renal, provavelmente evoluirá 
para a Insuficiência Renal Crônica (IRC), que é comum no idoso. 
 Vale a pena ressaltar que independente do diagnóstico etiológico da IRC, a presença 
de dislipidemia, obesidade e tabagismo acelera a progressão da doença. De acordo com o 
Ministério da Saúde (2006) todo paciente pertencente ao chamado grupo de risco, mesmo que 
assintomático deve ser avaliado anualmente com exame de urina, creatinina sérica e 
depuração estimada de creatinina e microalbuminúria. Para os pacientes idosos, deve haver 
uma individualização de acordo com fatores como expectativa de vida, efeitos adversos dos 
medicamentos e tolerância do paciente (NOGUEIRA, 2021). 
 Para Gomes et al. (2019) quando os rins estão próximos do estágio final, com função 
renal menor que 10%, a terapia renal substitutiva (TRS) ou o transplante renal são 
necessários, pois a perda progressiva da função renal acarreta o acúmulo de produtos da 
degradação metabólica no sangue (SALATI; HOSSNE; PESSINI, 2011). Logo, ao cuidar do 
paciente idoso com IRC, é necessário buscar incessantemente atrasar o avanço da doença para 
os estágios terminais, uma vez que a evolução para o tratamento dialítico acarreta limitações e 
impactos negativos, que causam redução da qualidade de vida dessas pessoas. 
Assistência de Enfermagem ao idoso em tratamento de hemodiálise 
 O enfermeiro possui uma atuação fundamental no cuidado do paciente idoso em 
tratamento de hemodiálise. O profissional acolhe o paciente idoso e a família em sua chegada 
ao hospital, sendo responsável pela classificação de risco de saúde, através de uma análise do 
estado no qual o indivíduo se encontra, além de realizar suporte e procedimentos básicos e 
avançados de atendimento de vida, o que exige atenção e responsabilidade. Desta forma a 
enfermagem possui grande importância no tratamento de hemodiálise no que tange a 
observação ininterrupta dos pacientes idosos no período em que ocorrem as sessões, vindo a 
desempenhar papel fundamental na manutenção da saúde e ajudando a salvar vidas, além de 
poder também evitar as possíveis complicações, à medida que se realiza o diagnóstico precoce 
e preciso de intercorrências (ROCHA et al., 2017). De acordo com Costa (2018) a função da 
equipe de enfermagem não está reduzida apenas em executar técnicas ou procedimentos com 
eficiência, devendo apresentar uma postura que vise promover uma estabilidade ao paciente 
idoso que em suamaioria já estão visivelmente fragilizados pelo tratamento. 
 É importante que o enfermeiro entenda que a população idosa faz parte do grupo de 
risco e propensão ao desenvolvimento de doenças renais, pois há uma diminuição fisiológica 
9 
 
da filtração glomerular (RFG) com o avanço da idade, além disso, ocorre o desenvolvimento 
de lesões renais secundárias a doenças crônicas, as quais são comuns em idosos. Faz-se 
necessário saber que o enfermeiro exerce o papel de dá assistência ao paciente de forma 
integral, contemplando-o como um todo, criando uma relação mútua de confiança e de 
segurança entre paciente e enfermeiro, dando prioridade aos cuidados necessários ao seu 
tratamento. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante do quadro desses pacientes idosos com insuficiência renal crônica, é dever de 
todo profissional de saúde estar atento às suas necessidades identificando e tratando os 
fenômenos decorrentes da terapia hemodialítica, implantando métodos estratégicos de 
assistência consonantes com um acompanhamento holístico do paciente, no qual todas as suas 
necessidades sejam atendidas e neste contexto o enfermeiro está inserido de forma direta e 
como peça chave no estabelecimento da melhora desses indivíduos, uma vez que a 
enfermagem traz em sua essência a busca pelo cuidado e manutenção da saúde dos 
indivíduos, através de técnicas que permitem a prevenção e o correto tratamento dos mesmos. 
Logo, essa pesquisa é de suma importância identificando as formas possíveis de 
intervenção do Enfermeiro no que tange a promoção do cuidado e melhoria da qualidade de 
vida dessas pessoas, bem como o estabelecimento de melhorias econômicas ao Estado, já que 
quanto menos acessarem o serviço menores serão os custos com esse paciente, que já 
necessitam em sua maioria de constante uso de hemodiálise. 
 
REFERÊNCIAS 
BARDIN, L. Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 
70, (1977, 2006, 2011). 
 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Prevenção clínica de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais / Ministério da 
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: 
Ministério da Saúde, 2006. 
 
 
CAMARA, Rosana Hoffman. Análise de conteúdo: da teoria à prática em pesquisas sociais 
aplicadas às organizações. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 6 (2), jul - dez, 
10 
 
2013,179-191. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/gerais/v6n2/v6n2a03.pdf>. 
Acesso em 25/04/2021. 
 
COSTA MS; et al. Idosos em hemodiálise: características sociodemográficas e 
epidemiológicas. Rev.enferm. 2018. Disponível 
em:<http://www.revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/39678/42375>. Acesso 
em 03/04/21. 
 
 
DANTAS, Estélio Henrique Martin; SANTOS, César Augusto de Souza. Aspectos 
biopsicossociais do envelhecimento e a prevenção de quedas na terceira idade. Joaçaba: 
Editora Unoesc, 2017, p. 25-27,74-75,182. 
 
 
DEBONE, Mayara Cristina, et al. Diagnósticos de enfermagem em idosos com doença renal 
crônica em hemodiálise. Rev Bras Enferm. 2017;70(4):800-5.Disponível em: 
<http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0117>. Acesso em 04/04/21. 
 
 
ERBS, Gislene Carla et al. Qualidade de vida e espiritualidade de pacientes com doença renal 
crônica: análise pré e pós-transplante. Rev. Bras. Enferm. vol.73 supl.5 Brasília 2020. 
Disponível em: < https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0408>. Acesso em 02/04/21. 
 
 
GOMES, Glaycy Celeste Monteiro. Et al. Doença renal crônica: atuação do enfermeiro frente 
ao paciente geriátrico. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 
04, Ed. 03, Vol. 05, pp. 162-170. Março de 2019. ISSN: 2448-0959. Disponível em: < 
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/paciente-geriatrico>. Acesso em 
25/04/2021. 
 
 
JUCHEM, Joao Alberto Sampaio; DALTROSO, Cristiano Rodrigo; CARNIEL, Cassiane 
Antunes. OBSERVAÇÃO SOBRE SENESCÊNCIA E SENILIDADE EM INSTITUIÇÕES 
DE LONGA PERMANÊNCUA. Rev. salão conhec., 2016. Disponível em: < 
https://www.publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/viewFile/
6520/5296>. Acesso em 25/04/2021. 
 
 
KUSUMOTA, Luciana et al. Adultos e idosos em hemodiálise: avaliação da qualidade de 
vida relacionada à saúde. Acta Paul Enferm, 2008;21(Número Especial):152-9. Disponível 
em: < 
file:///C:/Users/user/Desktop/Adultos_e_idosos_em_hemodialise_avaliacao_da_quali.pdf>. 
Acesso em 04/04/21. 
 
 
NOGUEIRA, Felipe Vanderley. Como manejar a pressão arterial nos pacientes com 
doença renal crônica? “Sanar Med”, 2021 [INTERNET]. Disponível em: < 
https://www.sanarmed.com/como-manejar-a-pressao-arterial-nos-pacientes-com-doenca-
renal-cronica-atualizacoes-do-kdigo-2021>. Acesso em 25/04/2021. 
 
 
11 
 
PRO RIM, Instituto. Idoso: risco de doença renal é maior com o avanço da idade. 
Disponível em: <https://www.prorim.org.br/blog-artigos/idoso-risco-de-doenca-renal-e-
maior-com-o-avanco-da-
idade/#:~:text=%E2%80%9COs%20principais%20problemas%20que%20atingem,rim%20en
velhece%2C%20assim%20como%20n%C3%B3s>. Acesso em 03/04/21. 
 
 
ROCHA, Maria Tereza Ferreira Barros; et.al. O Papel da Enfermagem na Sessão de 
Hemodiálise. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ed. 11, Ano 
02, Vol. 04. pp 39-52, novembro de 2017. ISSN:2448-0959. 
 
 
SALATI, Maria Inês; HOSSNE, William Saad; PESSINI, Leocir. Vulnerabilidade referida 
pelos pacientes renais crônicos - considerações bioéticas. Revista Bioethikos- Centro 
Universitário São Camilo - 2011;5(4):434-442. Disponível em: < http://www.saocamilo-
sp.br/pdf/bioethikos/89/A10.pdf>. Acesso em 25/04/2021. 
 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Doença renal crônica em pacientes idosos. 
J. Bras. Nefrol. 2009;31(1 suppl. 1):59-65. Disponível em: < 
https://www.bjnephrology.org/en/article/doenca-renal-cronica-em-pacientes-idosos/>. Acesso 
em 25/04/2021.

Continue navegando