Radioactive- resenha crítica- documento original

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COLÉGIO EMÍLIO DE ROUSSEAU
RADIOACTIVE
Longa metragem referente a vida de Marie Curie
SÃO PAULO,
2021
COLÉGIO EMÍLIO DE ROUSSEAU
NICOLLE RAYANE DE BARROS FERREIRA
RADIOACTIVE
Longa metragem referente a vida de Marie Curie
Resenha do filme Radioactive elaborado para avaliação do professor Aldair Arantes, como requisito de compor a nota do segundo bimestre na disciplina de biologia, no Colégio Emílio de Rousseau.
Professor: Aldair Arantes.
SÃO PAULO,
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................01
2. RESENHA DO FILME RADIOACTIVE.....................................02
3. CONCLUSÃO...........................................................................05
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1. INTRODUÇÃO:
O presente trabalho se refere a uma breve análise do longa-metragem Radioactive, existente na plataforma de séries e filmes estadunidense Netflix, esse que retrata a vida da química e física polonesa Marie Sklodowska-Curie (1867- 1934), e sua contribuição para o estudo da radioatividade. Filha de um professor em física e matemática e de uma pianista, cantora e professora, Marie esteve em contato com o ambiente de estudos desde muito cedo e principalmente, com a área científica. Mesmo com uma vida marcada por perdas e dificuldades, conquistou destaque mundial pela descoberta dos elementos: polônio e rádio.
São objetivos deste trabalho destacar as aprendizagens adquiridas com a biografia de Marie e com o filme em questão e desenvolver a análise crítica do longa-metragem.
Está organizado em três partes: a introdução, esta que esclarece brevemente o que será tratado; o desenvolvimento; este que descreve a análise da obra somado com informações da existência da Marie Curie e por fim; a conclusão, a qual apresenta uma síntese do processo do trabalho.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com os fatos contidos no filme e o conhecimento prévio científico.
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2. RESENHA DO FILME RADIOACTIVE:
“Radioactive” é um filme biográfico de Marie Skalodowska-Curie, lançado em abril de 2021 e dirigido por Marjane Sapatri. Para representar a genialidade da química e física, a atriz britânica Rosamund Pike renasce na personalidade forte da física e química polonesa Marie Skalodowska. Já o ator britânico Sam Riley, ilustra o admirável físico francê Pierre Curie. Além destas duas brilhantes atuações, o filme também contou com Aneurin Barnard interpretando o físico francês Paul Langevin, Anya Taylor-Joy sendo a filha do casal Irene e o Simon Rusell Beale trazendo a personalidade do físico franco Gabriel Lippman. 
Os cenários usados são bastante verossímeis à Paris do final do século XIX e início do século XX. Os tons mais frios e escuros no longa metragem trazem o aspecto mais antigo das ruas. Aliás, a filmagem também contribui para gerar emoção e certas vezes, tons esverdeados e azulados são usados para dar alusão a radiação e consequentemente, impactar sobre o risco da exposição e a maravilha de ter sido estudada e “descoberta”.
Desde o início a obra é impecável. O estilo escolhido de iniciar pela morte de Marie, em um tempo mais psicológico do que propriamente cronológico, torna a obra ainda mais especial e fascinante de ser assistida. Em muitos momentos a sequência das cenas são interrompidas para demonstrar fatos futuros, tanto sobre a vida dos personagens quanto da própria realidade mundial. 
A centralidade do longa metragem está nas figuras de Marie e Pierre Curie, focando no trabalho árduo para isolar o minério do urânio, a “pechblenda”, e assim, encontrar os elementos químicos que posteriormente seriam designados de polônio e rádio. 
Como tática de aproveitamento do tempo de 1 hora e 40 minutos, a vida da cientista é mostrada em flashbacks. Uma infância complicada em seu país natal, a Polônia, devido a trágica morte de sua mãe; um período de faculdade marcado pelos empecilhos para obter verbas e um laboratório de estudo, e, por ser umas das escassas 23 mulheres na universidade, era constantemente subestimada pelos seus professores e superiores que pouco a ajudavam; por fim, um relacionamento com o químico Pierre Curie, que proporcionou importantes revoluções no estudo sobre átomos e radiação, e, duas filhas do casal.
Esse relacionamento é retratado no longa como uma dádiva a Skalodowska, visto que ao conhecer Pierre, ela conseguiu um laboratório para retomar seus estudos referentes a radioatividade. Juntos, além de terem nutrido um mútuo amor e consolidado uma relação amorosa que teve como benesses duas filhas, encontraram os elementos radioativos polônio e rádio. 
Como o processo de estudo e testes demandaram muito tempo, tanto Pierre quanto Marie ficaram expostos a quantidades graves de radiação. Consequentemente, ambos tiveram um sistema imunológico mais frágil e Marie desenvolveu leucemia, doença que fora a causa de sua morte em 1934.
Inicialmente, o prêmio Nobel de Física (1903) só ofereceu um destaque realmente notável a Pierre, apesar de contar com o nome do casal. Já em 1910, período em que seu marido já falecera, o Nobel de química história é concedido a Marie Curie. Vale ressaltar que esta foi a primeira vez na história mundial que um Nobel foi destinado à uma mulher e até a atualidade, ela é a única mulher que possui dois prêmios em áreas diferentes: Nobel de química e o Nobel de física.
	Revolucionando o conceito de átomo, ao apresentar que nem todos são estáveis e que alguns em sua instabilidade emitem raios em forma de luz; o casal Curie também ampliou os estudos do francês Henri Becquerel sobre radioatividade. Entretanto, todas essas inovações no âmbito científico já causavam algumas preocupações quanto ao seu uso. No longa, o discurso de Pierre retrata que os elementos são um terrível meio de destruição quando estão nas mãos de “grandes criminosos” que podem levar à guerra.
	Este debate, trazido brevemente em Radioactive, promove reflexão no espectador sobre o impacto gerado pela aplicação inadequada de novos saberes da natureza. Para aprimorar esses questionamentos sobre o poder científico com fins de destruição, a trama mostra flashfowards (ações que ocorreriam posteriormente a cena) do estado estadunidense Nevada em 1961, o qual realizava testes de bombas nucleares, o acidente nuclear em Chernobyl e também foram vistos os fragmentos dos explosivos atômicos lançados em Hiroshima e Nagasaki, no Japão.
	Ainda sobre a vida de Marie, a abordagem da difícil existência e resistência de uma mulher no mundo acadêmico científico também ganha notoriedade. Os julgamentos de sua vida pessoal são tratados popularmente com mais importância que a própria genialidade da química. Mesmo tendo que conviver com difíceis comentários sobre si, principalmente devido sua descendência judia e sua fé agnóstica; ela recebe apoio do movimento feminino em Estocolmo e na atualidade, seu nome é um dos nomes femininos mais famosos na área científica. 
	Logo nos momentos finais do filme, o encerramento se concentra em Marie Curie e sua filha Irene. Juntas, oferecem apoio aos soldados feridos durante a Primeira Guerra mundial. A ilustre Marie inventa unidades móveis de radiografia com o objetivo de evitar a amputação de membros desnecessários dos homens machucados pela guerra. Além disso, uma parte biográfica não foi revelada no longo: para ter condições de construir estas unidades, ela comprou títulos de guerra por meio de recursos financeiros que recebeu com os prêmios. 
	Seus conhecimentos em radioterapia e unidades móveis de raio-x constituíram saberes tão importantes que na contemporaneidade, existe a curieterapia na França e mundialmente, são reconhecidos como auxílios aos tratamentos mais eficientes do câncer, justamente por conta de Marie Curie.
	O falecimento da química ocorre em 1934 e seu enterro ocorre ao lado de Pierre Curie, este que falecera por volta de 1906 em um atropelamento. Em Radioactive, o final é descrito do modo mais belo possível: Marie se encontra após a morte com Pierre e juntoscaminham pelos corredores do hospital em que ela falecera. 
	Assim, é inadmissível deixar de enaltecer a obra. Com certeza, o par romântico Curie revolucionara a ciência e serviram e ainda servem de inspiração à muitas pessoas. Personagens fantásticos, amor, criatividade, resistência feminina, dores, estudos, vitórias, pensamentos, questionamentos e descobertas: isto é, Radioactive.
3. CONCLUSÃO:
Neste trabalho foi abordado a vida de Marie Curie no filme Radioactive. Pode ser concluído que sua relevância para humanidade está além do descobrimento dos elementos polônio e rádio e do desenvolvimento de unidades móveis de radiografia; Marie trouxe a figura feminina como também capaz de revolucionar diversas áreas.
Cumpri todos os objetivos propostos, seguindo a introdução, o desenvolvimento e a presente conclusão. As exigências foram úteis para organização do conteúdo e para uma melhor reflexão da ciência.
Este trabalho foi muito importante para aprofundar o conhecimento de uma das químicas mais conhecidas mundialmente. Além de ter permitido o aperfeiçoamento de competências de seleção e organização de informações.