Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA E DIREITOS HUMANOS Paulo Gilberto Gubert Direitos humanos nas situações de fronteira Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os atuais conflitos sociais mundiais e as propostas da cultura da paz. Analisar a proposta cristã do desenvolvimento humano por meio do diálogo e da paz. Explicar no que consistem a dignidade da pessoa humana e os direitos humanos nas questões imigratórias. Introdução O conflito e a divergência de ideias são comuns à natureza humana. Con- tudo, quando se tornam violentos e acarretam guerras, invertemos um dos valores mais caros ao cristianismo: a sacralidade e a dignidade da vida humana. A cobiça pelo poder, associada à ganância para ter sempre mais dinheiro, levam a humanidade à uma corrida armamentista autodestrutiva. Por conta disso, a Igreja Católica se opõe aos conflitos armados e à guerra. Nesse contexto, na sua encíclica Pacem in Terris, João XXIII es- tabelece princípios para a gradativa construção da paz na Terra. Esses princípios estão baseados nos direitos e nos deveres humanos. Para o Papa Francisco, a dignidade da pessoa humana e o bem comum estão acima da tran quilidade de alguns que não querem renunciar aos seus privilégios, sobretudo daqueles que detém o poder econômico e político. Diante disso, destaca-se a necessidade do diálogo para a construção de uma cultura de paz. O bem comum só será possível se houver diá- logo interpessoal, inter-religioso e internacional. Nesse contexto, há uma situação particular muito importante, que diz respeito à acolhida e ao cuidado com os migrantes. Trata-se de um desafio assumido pela Igreja, que convida os cristãos do mundo inteiro a se engajarem, por meio de quatro princípios: acolher, proteger, promover e integrar. Neste capítulo, você vai estudar os atuais conflitos sociais mundiais e as propostas da cultura da paz, bem como analisar a proposta cristã do desenvolvimento humano por meio do diálogo e da paz, e verificar no que consistem a dignidade da pessoa humana e os direitos humanos nas questões imigratórias. Conflitos sociais mundiais e propostas da cultura da paz Os confl itos armados entre os povos estão se intensifi cando e aumentando o número de vítimas a cada dia. O Papa Francisco entende que essa série de confl itos corresponde a uma Terceira Guerra Mundial fragmentada. Os fi nan- ciadores das guerras, isto é, os fabricantes e comerciantes de armas, aliados a líderes políticos populistas, são portadores de morte e destruição. Segundo o Deutsche Welle (2018, documento on-line), “É importante que os jovens saibam como nasce um populismo. Penso em Hitler no século passado, que havia prometido o desenvolvimento da Alemanha. Sabemos como começam os populismos: semeando o ódio. Não se pode viver semeando ódio”. Para o Papa Francisco, a guerra é uma loucura, fruto da irracionalidade. Segundo Rellandini (2014, documento on-line), o Papa considera que: [...] mesmo hoje, após um segundo fracasso de uma guerra mundial, algumas pessoas falam de uma terceira guerra, uma que está fragmentada, com crimes, massacres e destruição [...]. A guerra é irracional. Seu único plano é causar destruição. Ela busca crescer ao destruir. [...] Ganância, intolerância, a cobiça pelo poder. Esses são os motivos que estão por trás da decisão de ir à guerra e eles são muito frequentemente justificados por uma ideologia. O Papa João XXIII, na sua encíclica Pacem in Terris (Paz na Terra), afirma que um dos argumentos para justificar a corrida armamentista é o de que a paz só será possível se houver equilíbrio de forças por meio das armas. Isso, na verdade, faz com que as comunidades políticas se armem cada vez mais para garantir esse suposto equilíbrio, inclusive com a produção de armas atômicas, de alto poder destrutivo. Para João XXIII (1963, documento on-line), “[...] o resultado é que os povos vivem em terror permanente, como sob a ameaça de uma tempestade que pode rebentar a cada momento em avassaladora destruição”. Nesse sentido, também Einstein (1879–1955) profetizou que a Quarta Guerra Mundial será feita com paus e pedras, porque a Terceira Guerra Mundial destruirá tudo. Direitos humanos nas situações de fronteira2 Semear ódio é colher violência. Hitler, com um discurso inflamado contra os migrantes e em favor da pureza da raça, foi responsável, no século passado, por um dos maiores genocídios da raça humana. Diante desse cenário, a Igreja se posiciona contra a guerra e favorável à construção de uma cultura de paz. Em Hamburgo, no ano de 2017, ao discursar ao G20, o Papa Francisco pediu que os líderes das nações presentes impedissem a corrida armamentista e que não se envolvessem em conflitos armados, porque a guerra nunca é a solução. O G20 foi criado em 1999 para fortalecer a economia mundial. É formado por ministros das finanças e chefes de bancos de 19 nações e mais a União Europeia em bloco, que constitui o membro de número 20. Leia mais sobre o G20 no link a seguir. https://goo.gl/ZaBjAi Proposta cristã para o desenvolvimento humano pacífico Na encíclica Pacem in Terris, João XXIII se propõe a estabelecer princípios para a gradativa construção da paz na terra. Para tanto, ele assinala que é preciso observar a ordem no universo e a ordem nos seres humanos. A ordem no universo é a ordem instituída por Deus. A paz na terra somente poderá se estabelecer se essa ordem for respeitada. Os avanços da ciência demonstram que há uma ordem entre os seres vivos e as forças da natureza. O ser humano é capaz de desvendar essa ordem e utilizá-la em seu proveito. Além disso, os avanços da ciência testemunham a grandeza de Deus, criador do universo e do ser humano. Foi Deus quem criou o universo a partir do nada, presenteando-lhe com a sua bondade e sabedoria. Por isso, de acordo com o Papa João XXIII (1963, documento on-line): O salmista enaltece a Deus com estas palavras: “Senhor, Senhor, quão admirá- vel é o teu nome em toda a terra” (Sl 8, 1). “Quão numerosas são as tuas obras, Senhor! Fizeste com sabedoria todas as coisas” (Sl 103, 24). Foi igualmente Deus quem criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1, 26), dotado de inteligência e liberdade, e o constituiu senhor do universo, como exclama 3Direitos humanos nas situações de fronteira ainda o Salmista: “Tu o fizeste pouco menos do que um deus, coroando-o de glória e beleza. Para que domine as obras de tuas mãos sob seus pés tudo colocaste” (Sl 8, 5-6). Por outro lado, há um imenso contraste entre a ordem universal e a desordem humana, entre indivíduos e povos, passando a impressão de que as pessoas só podem ser reguladas pela força. Entretanto, Deus imprimiu no mais íntimo do coração humano uma ordem, que se manifesta pela consciência, conforme relata São Paulo, na Carta aos Romanos: “[Os seres humanos] mostram a obra da lei gravada em seus corações, dando disto testemunho a sua consciência e seus pensamentos” (BÍBLIA, 1976, Rm 2, 15). Por conseguinte, João XXIII entende que não adianta buscar na irraciona- lidade do universo — por mais ordenado que ele seja — as leis para governar a comunidade humana. Se o Criador inscreveu uma ordem no ser humano, é na natureza humana que se devem buscar suas leis. São de fato essas leis que indicam claramente como regular na convivência humana as relações das pessoas entre si, as dos cidadãos com as respectivas autoridades públicas, as relações entre os diversos Estados, bem como as dos indivíduos e comunidades políticas com a comunidade mundial, cuja criação é hoje urgentemente postulada pelo bem comum universal (JOÃO XXIII, 1963, documento on-line). Ora, se existem leis, significa que somos todos sujeitos a direitos e deveres. É dessa forma que se estabelece a ordem entre os humanos. Por princípio, deve-se aceitar que cada pessoa é dotada de inteligência e vontade livre. Daí resulta que cada pessoa tem direitos e deveres quesão oriundos de sua própria natureza. Para cada direito, um dever correspondente. Esses direitos devem ser universais, invioláveis e inalienáveis. O primeiro e fundamental direito é o direito à existência e a um padrão de vida digna. A partir dessas considerações sobre a origem das leis e dos direitos e deveres que devem nortear as condutas humanas, passemos à Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, na qual o Papa Francisco afirma que a paz social não pode ser entendida meramente como ausência de violência, que se origina da imposição de uma parte sobre as outras. Além disso, outro tipo de paz falsa é aquela oriunda de organizações sociais que silenciam ou tranquilizam os pobres em sua luta por sobrevivência, ao passo que os que pertencem às classes mais abastadas possam manter seu estilo de vida sem se preocupar com ninguém (FRANCISCO, 2013). Direitos humanos nas situações de fronteira4 Você sabia que os documentos escritos pelos papas têm nomes diferentes, de acordo com a mensagem que eles querem transmitir? Falamos acima sobre encíclica e exorta- ção apostólica, mas existem também cartas apostólicas, bulas, constituições apostólicas e motu proprio. Leia mais no link a seguir. https://goo.gl/mF2bc8 De acordo com o Papa Francisco (2013, documento on-line), as reivin- dicações sociais, a distribuição de renda, a inclusão social dos pobres e os direitos humanos: [...] não podem ser sufocados com o pretexto de construir um consenso de escritório ou uma paz efêmera para uma minoria feliz. A dignidade da pessoa humana e o bem comum estão acima da tran quilidade de alguns que não querem renunciar aos seus privilégios. Quando estes valores são afetados, é necessária uma voz profética. Além disso, paz também não é tão somente ausência de guerra. Se a paz não é o resultado do desenvolvimento integral para todos, será passageira e dará lugar a novos conflitos e à violência. Existem quatro princípios de ação, oriundos da Doutrina Social da Igreja, que o Papa Francisco propõe para que possamos harmonizar as diferenças entre os povos, fazendo prevalecer o bem comum e a paz dentro de cada nação e no mundo inteiro. O primeiro princípio é o de que o tempo é superior ao espaço, isto é, a complexidade das problemáticas mundiais não permitem soluções que sejam, ao mesmo tempo, imediatas e efetivas. Por meio desse princípio, pode-se trabalhar em longo prazo, sem a obsessão por resultados instantâneos. O Sumo Pontífice considera que [...] um dos pecados que, às vezes, se nota na atividade sociopolítica é privi- legiar os espaços de poder em vez dos tempos dos processos. Dar prioridade ao espaço leva-nos a proceder como loucos para resolver tudo no momento presente, para tentar tomar posse de todos os espaços de poder e autoafirma- ção. É cristalizar os processos e pretender pará-los. Dar prioridade ao tempo é ocupar-se mais com iniciar processos do que possuir espaços (FRANCISCO, 2013, documento on-line). 5Direitos humanos nas situações de fronteira O segundo princípio é o de que a unidade prevalece sobre o con- flito. Não se pode negar, nem mesmo ignorar o conflito. Ele precisa ser aceito. Contudo, o perigo é ficarmos enredados no conflito e perdermos as perspectivas e nos atolarmos na lama da realidade fragmentada. Quando isso ocorre, perdemos o senso de unidade da realidade e nos tornamos frustrados. Existem também aqueles que ficam indiferentes, preferem não se importar, fingem que está tudo bem. Contudo, o Papa nos recorda que a forma correta de lidarmos com o conflito não é nos prendermos nele e nem o ignorar, mas: [...] aceitar suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de liga- ção de um novo processo [...]. Deste modo, torna-se possível desenvolver uma comunhão nas diferenças, que pode ser facilitada só por pessoas magnânimas que têm a coragem de ultrapassar a superfície conf litual e consideram os outros na sua dignidade mais profunda (FRANCISCO, 2013, documento on-line). O terceiro princípio é o de que a realidade é mais importante do que a ideia. A realidade existe, ao passo que a ideia é elaborada. Deve haver um diálogo constante entre as duas, para que a ideia permaneça vinculada à realidade, sem decair em projetos mais formais do que reais, ou em meros intelectualismos ausentes de sabedoria. A ideia deve estar a serviço “[...] da compreensão e da condução da realidade. A ideia desligada da realidade dá ori gem a idealismos e nominalismos ineficazes que, no máximo, classificam ou definem, mas não em penham. O que empenha é a realidade iluminada pelo raciocínio” (FRANCISCO, 2013, documento on-line). O quarto princípio é o de que o todo é superior às partes. Trata-se do fenômeno da globalização e da localização. Se nos “desligamos” da dimensão global, corremos o risco de nos perdermos na pequenez do cotidiano local. Mas, se nos perdermos da dimensão local, o risco é o de andarmos “nas nuvens”, só pensando nos outros e esquecendo de nossa própria realidade. Não devemos nos ocupar demasiadamente apenas com questões locais e particulares, mas observar as outras culturas para reconhecer o que elas têm Direitos humanos nas situações de fronteira6 de melhor e que pode ser agregado à nossa cultura. Isso tudo deve ser feito sem se desenraizar, porque o nosso lugar, a nossa cultura, é dom de Deus. A ideia é trabalhar no micro, no que está próximo, mas com o olhar no macro, percebendo horizontes mais amplos. Por último, vale ressaltar que não há paz social sem diálogo. O Papa Fran- cisco considera que, para o desenvolvimento pleno do ser humano em vista do bem comum, é necessário que os cristãos dialoguem com os Estados, com a sociedade, com as outras religiões — ecumenismo e diálogo inter-religioso — e que tenham uma atitude de acolhida para com os migrantes, que sofrem duplamente: por terem de abandonar seu país de origem e por não encontrarem oportunidades nos países de destino. Você sabe qual é a diferença entre ecumenismo e diálogo inter-religioso? O diálogo ecumênico é aquele que ocorre entre cristãos que professam a fé em Jesus, no mistério pascal, na trindade, na redenção e na graça, isto é, naquilo que está escrito no Novo Testamento. De acordo com o evangelista João, Cristo quer que todos aqueles que O seguem vivam em unidade: Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim (BÍ- BLIA, 1976, p. 21-23). Isso significa que a unidade entre os cristãos faz parte da vocação da Igreja. O diálogo inter-religioso, por sua vez, acontece entre as diferentes religiões, por exemplo, entre o judaísmo, o xintoísmo, o cristianismo, o islamismo e o budismo. 7Direitos humanos nas situações de fronteira Dignidade da pessoa humana nas questões imigratórias O Papa João XXIII, na encíclica Pacem in Terris, afi rma que cada pessoa deve ter o direito de fi xar domicílio em qualquer cidade dentro de seu país e mesmo em outros países. Isso se deve ao fato de que não é a nacionalidade que deve preponderar, pois o mais importante é que todos são membros da família humana; ou seja, são cidadãos da comunidade mundial. Para o Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, os migrantes constituem um desafio importante para a Igreja Católica, uma vez que se trata de uma Igreja sem fronteiras e que se sente mãe de todos. Em função disso, ele incentiva que os países acolham generosamente os imigrantes, sem medo de que isso possa significar uma aniquilação da própria identidade, mas que o encontro com o diferente produza novas sínteses culturais. Nesse sentido, o Sumo Pontífice exclama: [...] como são belas as cidades que superam a desconfiança doentiae integram os que são diferentes, fazendo desta integração um novo fator de progresso! Como são encantadoras as cidades que, já no seu projeto arquitetônico, estão cheias de espaços que unem, relacionam, favorecem o reconhecimento do outro (FRANCISCO, 2013, documento on-line). Você sabe quais são as diferenças entre migrante, imigrante e emigrante? Migrante é aquele que, em determinado momento, tem a ação de se deslocar de um país para outro. Emigrante é quando a pessoa sai do país em que reside para estabelecer residência em outro. E, no momento em que a pessoa entra em outro país, ela se torna uma imigrante. Na “Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado”, o Sumo Pontífice reitera sua preocupação com a situação difícil dos migrantes e refugiados, que são obrigados a deixar seus países por muitos motivos, como a pobreza, os desastres naturais, as perseguições e as guerras (FRANCISCO, 2018). E, ao chegarem ao país no qual sonham encontrar um Direitos humanos nas situações de fronteira8 futuro melhor, por vezes, os migrantes se deparam com a xenofobia, isto é, a antipatia, a desconfiança e o medo em relação ao estrangeiro. O imigrante que chega em nossas cidades e que nos interpela representa uma ocasião de encontro com o próprio Cristo, que se identifica com o estrangeiro acolhido ou rejeitado: [...] porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de be- ber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então os justos lhe res- ponderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes (BÍBLIA, 1976, p. 35-40). Diante disso, o Papa Francisco afirma que é missão da Igreja e dos cristãos auxiliar quem é obrigado a deixar sua pátria em busca de um futuro melhor. É uma responsabilidade muito grande, que implica no empenho de todos os cristãos e de homens e mulheres de boa vontade, que precisam responder aos inúmeros desafios gerados a partir das migrações. Essa resposta deve ser generosa, com prontidão e sabedoria. Para tanto, o Papa propõe quatro princípios de ação: acolher, proteger, promover e integrar. Acolher significa garantir que o migrante possa entrar com segurança no país de destino, simplificando os processos de vistos humanitários e asse- gurando a reunificação familiar. Proteger implica em assegurar o acesso à dignidade e aos direitos humanos de todos os migrantes, independentemente de seu país de origem. Promover é dedicar-se para que todos os migrantes, bem como a sociedade que os acolhe, tenham condições de se realizar em todas as dimensões humanas que asseguram uma vida digna: cidadania, trabalho, educação e aprendizado da língua, assistência médica e social, bem como ter a liberdade de professarem e praticarem sua religião. Integrar é adentrar nas oportunidades de enriquecimento mútuo que o encontro intercultural favo- rece. Isso não quer dizer que se deve abandonar a própria identidade cultural, mas aprender com o outro a aperfeiçoar os bons costumes já existentes, para torná-los ainda melhores. 9Direitos humanos nas situações de fronteira BÍBLIA. Bíblia sagrada. São Paulo: Paulinas, 1976. DEUTSCHE WELLE. Papa alerta para avanço do populismo. Globo, 14 out. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/10/24/papa-alerta-para-avanco-do- -populismo.ghtml. Acesso em: 22 jan. 2019. FRANCISCO, Papa. Exortação apostólica: Evangelli Gaudium. 2013. Disponível em: http://m.vatican.va/content/dam/francesco/pdf/apost_exhortations/documents/ papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium_po.pdf. Acesso em: 22 jan. 2019. FRANCISCO, Papa. Mensagem do Papa Francisco para o dia mundial do migrante e do Refugiado. 2018. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/ migration/documents/papa-francesco_20170815_world-migrants-day-2018.html. Acesso em: 22 jan. 2019. JOÃO XXIII, Papa. Carta Encíclica Pacem in Terris. 1963. Disponível em: http://w2.vatican. va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_11041963_pacem. html. Acesso em: 22 jan. 2019. RELLANDINI, S. Papa Francisco diz que conflitos atuais pelo mundo são terceira guerra mundial fragmentada. Reuters, 13 set. 2014. Disponível em: https://br.reuters.com/ article/topNews/idBRKBN0H80ET20140913. Acesso em: 22 jan. 2019. Leituras recomendadas BENTO XVI, Papa. Mensagem do Papa Bento XVI para o 93º dia mundial do migrante e do refugiado 2007: A família migrante. 2006. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/ benedict-xvi/pt/messages/migration/documents/hf_ben-xvi_mes_20061018_world- -migrants-day.html. Acesso em: 22 jan. 2019. JOÃO PAULO II, Papa. Mensagem do Papa João Paulo II por ocasião do dia mundial do mi- grante e do refugiado. 2004. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/ messages/migration/documents/hf_jp-ii_mes_20041124_world-migration-day-2005. html. Acesso em: 22 jan. 2019. Direitos humanos nas situações de fronteira10
Compartilhar