Buscar

Fisiologia Veterinária visão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA SENSORIAL - ESPECIAIS 
 
 
VISÃO 
Os olhos fazem parte dos órgãos especiais dos sentidos 
e permitem que o animal perceba o ambiente no qual se 
insere, possibilitando não só sua orientação como sua 
defesa, caça e reprodução. As imagens visuais que são 
obtidas por meio da refração da luz provenientes das 
superfícies, objetos plantas, animais e etc. os 
componentes visuais que participam do processo da 
visão variam entre as espécies. 
Os dois olhos são necessários para visão periférica mais 
ampla e a percepção de profundidade. 
Os animais têm uma visão periférica mais ampla que dos 
humanos. 
 
O olho é formado pelo globo ocular, nervo óptico e 
estruturas acessórias (pálpebras, conjuntiva, aparelho 
lacrimal e músculos extraoculares). A estrutura do globo 
ocular é composta por uma túnica fibrosa, por uma túnica 
vascular e por uma túnica nervosa. A túnica fibrosa do 
globo consiste em uma porção externa (anterior) 
transparente denominada córnea e em uma porção 
branca chamada de esclera ou esclerótica. A túnica 
vascular é a túnica média do globo, sendo composta pela 
coróide, corpo ciliar e íris. Já a túnica nerbosa ou retina é 
mais interna sendo composta pela fóvea, que apresenta 
neurônios sensoriais sensíveis a luz e pelo disco óptico 
que é por onde os vasos sanguíneos entram e o nervo 
óptico sai. 
 
Córnea- Essa camada, que é a primeira atingida pela luz, 
é formada por tecido transparente e resistente. Ela 
protege o globo ocular contra traumas e contaminações, 
além de ajudar a dar formato ao globo e atuar na refração 
da luz. Essa estrutura é frequentemente limpa pelas 
lágrimas, que são espalhadas pelas pálpebras. 
A córnea consiste em um arranjo especializado de fibrilas 
de colágeno com camadas epiteliais sobrepostas, 
estratificadas e escamosas. Dessa forma, a ausência de 
vasos sanguíneos nessa estrutura confere transparência 
possibilitando a refração da luz, junto com o humor 
aquoso, humor vítreo e a lente ocular. No entanto, ela que 
será responsável por maior parte da convergência dos 
raios, enquanto a lente fará o ajuste e refinação local 
 
Esclera ​– Conhecida como o branco dos olhos, essa 
região é formada principalmente por fibras colágenas. 
Atua como barreira para o conteúdo intraocular e é um 
local de fixação para os músculos extraoculares, que 
garantem a movimentação dos olhos. Além disso, possui 
função de proteção mecânica. 
Coróide ​– Revestimento membranoso e vascularizado 
localizado dentro da esclera. Sua principal função é nutrir 
as camadas dos olhos. 
Íris – Facilmente diferenciada, a íris é a parte colorida dos 
olhos e está localizada logo atrás da córnea. Essa 
estrutura funciona como um diafragma de uma câmera, 
 
 
ajudando a controlar a abertura e o fechamento da pupila. 
Para ajudar no controle do tamanho da pupila, essa 
região possui músculos lisos que atuam nessa 
movimentação. 
Pupila – Abertura localizada na região central dos olhos e 
por onde ocorre a entrada de luz. O diâmetro médio 
dessa estrutura é de 2-4mm. 
Cristalino ou Lente ​– Estrutura responsável por ajustar o 
foco de luz e é formada por água, proteínas e minerais. A 
lente destaca-se por sua capacidade de acomodação, 
modificando seu formato e garantindo, assim, a 
focalização em objetos de diferentes distâncias. 
*​Na maioria das espécies domésticas a acomodação é feita pela 
alteração do cristalino. Algumas espécies de peixes acomodam 
a visão ​alongando o globo ocular ou fazendo profusão do 
cristalino. 
Acredita-se que o equino tenha pouco poder de acomodação, 
defendendo alguns a hipótese de que ele possui a retina “em 
rampa”. O conceito é o de que a retina do equino forma uma 
rampa excêntrica, de maneira que o foco verdadeiro de luz tanto 
fica perto quanto longe na mesma pos​i​ção. O efeito seria o 
seguinte: ao pastar, o equino focalizaria simultaneamente os 
objetos no pasto e os distantes, o que não foi comprovado por 
estudos anatômico nem funcionais. 
Retina ​– Região localizada na parte interna do olho e rica 
em fotorreceptores. É nessa região que a luz é focalizada 
e os impulsos nervosos são gerados em direção ao 
sistema nervoso central. Na retina, é possível diferenciar 
dois tipos de receptores: bastonetes e cones. Esses 
últimos permitem a visão em cores, e os bastonetes são 
usados, principalmente, na visão no escuro. 
Nervo óptic​o – Nervo responsável por levar os impulsos 
nervosos do olho para o cérebro para que os sinais sejam 
processados. É formado por aproximadamente um milhão 
de axônios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Refração da luz ​é um fenômeno óptico que ocorre 
quando a luz sofre mudança do meio de propagação, ou 
seja, do meio de incidência para o meio de refração, onde 
há variação de velocidade da propagação. Lembrando 
que a luz é uma forma de onda que se propaga em 
determinada velocidade e essa velocidade dependerá do 
meio no qual ela se propaga. 
Resumindo sobre refração da luz: 
 → Referentes a ​diferentes ​velocidades da luz nos 
diversos​ meios. ​No ar a velocidade da luz é 300.00km/s. 
→ O índice refratário de determinada substância 
transparente é a relação da​ velocidade da luz no ar 
para a​ velocidade na substância​. 
→ Quanto ​menor​ a velocidade da luz no meio, ​maior 
será o índice refratário desse meio. 
→ Se um feixe de luz adentrar a uma superfície 
perpendicular​, não ocorrerá desvio de seu trajeto. 
Ocorre apenas a ​redução​ da velocidade de transmissão 
e do ​comprimento​ das ondas. 
→ Nos casos em que a incidência sobre uma interface 
angulada​ não​ é perpendicular, ocorre ​desvio​ da luz. Isso 
se os índices refratários dos meios forem ​diferentes​. 
→ Também há diminuição de velocidade e do 
comprimento de onda. 
→ Esse​ ​desvio dos raios de luz é chamado de ​refração​. 
→ O grau de refração pode aumentar pela razão dos 
índices refratários dos meios e pelo grau de angulação 
da interface em relação ao feixe. Exemplo da foto 
seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS REFRATIVOS ÀS 
LENTES 
→ Os raios que incidem no centra da lente convexa são 
perpendiculares​,​ ​e​ ​por isso não sofrem refração. Nas 
bordas, a interface da lente é mais angulada e por isso, 
os raios perpendiculares sofrem refração ao incidirem 
sobre ela, e se curvam em direção ao centro. 
→​ ​Metade​ ​da​ ​curvatura​ ​se​ ​dá​ ​na​ ​entrada​ ​da​ ​luz​ ​na​ ​lente​ ​e 
a​ ​outra​ ​metade​ ​no​ ​outro​ ​lado​ ​da​ ​lente,​ ​durante​ ​a saída. 
→ A zona de ​convergência​ de todos os raios é dito 
ponto focal​ e a ​distância​ da lente a esse ponto é dito 
distância focal​. 
 
 
 
 
 
 
 
 
As lentes côncavas causam efeito oposto das lente 
convexas, ​divergindo​ os raios luminosos. 
Também há divisão no processo de curvatura da luz, 
sendo que há​ maior​ ângulo de divergência na​ saída​ da 
luz da lente. 
 
DIVERGÊNCIA FOCAL DE UMA LENTE 
Trata-se da distância​ ​entre o início​ ​da​ ​convergência dos 
raios​ ​luminosos e o ponto de​ ​encontro​ ​desses raios. 
Pode-se aferir 3 diferentes situações: 
. ​Fonte luminosa com raios paralelos​ → a lente 
converge os raios gerando uma determinada distância 
focal. 
 
 
. ​Fonte luminosa pontual ​→ os raios já chegam na lente 
de forma divergente, necessitando de uma distância focal 
muito maior. A lente e sua distância focal não mudam, 
mas o objetivo é visto, fora de foco porque o feixe de luz 
não é focado sobre a retina. 
 
 
 
. ​Fonte luminosa pontual com maior convexidade​ → 
os mesmos raios divergentes da fonte luminosa pontual 
podem ter a mesma distância focal dos raios paralelos, 
desde que se muda a convexidade da lente ​(fica 
arredondada) 
 
 
FORMAÇÃO DE IMAGEM POR LENTE CONVEXALEMBRANDO 
 côncavo convexo 
 
superfície que se curva superfície/contorno 
 para dentro que se curva para fora 
→ Qualquer objeto em frente a uma lente é um mosaico 
de fontes luminosas em ponto. 
→ Alguns dos raios desse ponto irão cruzar a lente, de 
modo a forma a imagem. 
→ A imagem é formada na mesma distância do objeto 
(ponto luminoso) até a lente. 
→ Os pontos focais também possuem a mesma distância 
do objeto à lente. 
→ Enquanto que alguns raios de luz que cruzam o centro 
da lente não sofrem refração, os raios que não incidem na 
porção central são refratados. Dessa forma, a imagem 
gerada é invertida ​- mecanismo usado pelas lentes das câmeras 
fotográficas para focalizar a imagem no filme. 
 
 
 
 
MEDIDA DE PODER REFRATIVO DE UMA LENTE 
- “DIOPTRIA” 
Dioptria é uma unidade de medida que se refere ao poder 
de refração das lentes em um sistema óptico, ou seja, o 
“grau” dos óculos popularmente conhecido. 
(1 grau = 1 dioptria) 
→ Quanto ​maior​ a capacidade de uma lente de curvar os 
raios de luz, maior é seu “​poder refrativo​” 
→ Esse poder refrativo é medido em dioptrias, sendo 
definido como ​1 metro dividido por sua distância focal​. 
→ Logo, a distância focal de 1 metro resulta em um poder 
refrativo de 1 dioptria; 0,5 metros, a potência será de 2 
dioptrias ou 0,1 m, em 10 dioptrias. 
 
 
 
ÓPTICA DO OLHO 
 
O ​OLHO COMO CÂMERA 
→ O olho, assim como uma câmera, possui sistemas de 
lentes, um sistema de abertura variável (pupila) e a retina 
(filme). 
→ O sistema de lentes do olho possui 4 interfaces 
refrativas: 
. Interface entre o ar e a superfície anterior da córnea 
. Interface entre a superfície posterior da córnea e o 
humor aquoso 
. Interface entre o humor aquoso e a superfície anterior do 
cristalino 
. Interface entre a superfície posterior do cristalino e o 
humor vítreo *lens = cristalino 
 
 
 
→ Se todas as superfícies refrativas do olho forem 
somadas e consideradas como uma ​lente única​, o olho 
poderá ser considerado “​olho reduzido​” 
→No olho reduzido, tem-se uma superfície refrativa única 
e central, localizada a 17mm da retina e com poder total 
de 59 dioptrias, estando o cristalino acomodado para a 
visão à distância. 
→ Cerca de ⅔ das 59 dioptrias do poder refratário é dado 
pela superfície anterior da córnea, por haver grande 
diferença de poder refratário entre a córnea e o ar. No 
caso do cristalino, não há grande diferença de poder 
refrativo em relação aos humores. 
→ O poder refrativo total do cristalino é de apenas 20 
dioptrias, cerca de ⅓ do PRT do olho. Mas ele é 
importante em resposta ao ​estímulo nervoso​, já que 
pode modificar sua curvatura, causando​ acomodação 
visual​. 
 
FORMAÇÃO DA IMAGEM NA RETINA 
→ O sistema de lentes do olho é capaz de focalizar uma 
imagem na retina. 
→ A imagem formada é invertida e reversa, porém o 
cérebro a vê normalmente pois está treinado a enxergá-la 
como normal. ​(como na imagem do jogador de baseball) 
 
 
MECANISMO DE ACOMODAÇÃO 
→ O cristalino é formado por forte cápsula elástica forte, 
cheia de líquido viscoso, proteináceo, mas transparente. 
→ Quando relaxado, sem tensão sobre sua cápsula, 
possui formato praticamente esférico. 
→ Entretanto, pode ser “esticado” por cerca de 70 
ligamentos suspensores, radialmente distribuídos, sendo 
tensionados por fixações na borda anterior da coróide e 
retina. A tensão sobre os ligamentos mantém o cristalino 
relativamente plano, em condições normais. 
→ Há ainda, fixações laterais dos ligamentos do cristalino 
ao globo ocular, os músculos ciliares com fibras circulares 
e radiais. 
→ As fibras radiais vão dos ligamentos suspensores, até 
a junção corneoescleral e quando se contraem, puxam 
medialmente os ligamentos do cristalino em direção a 
córnea, liberando a tensão sobre o cristalino. 
→ As fibras circulares, com ação semelhante a um 
esfíncter, diminuindo o diâmetro e reduzindo a tensão dos 
ligamentos sobre a cápsula do cristalino. 
→ Assim, a contração de qualquer uma das fibras causa 
o relaxamento do cristalino, assumindo uma forma mais 
esférica. 
 
A acomodação é controlada pela inervação 
parassimpática 
→ O músculo ciliar é controlado por sinais do 
SNParassimpático transmitidos para o olho pelo nervo III. 
→ A estimulação parassimpática contrai as fibras do 
músculo ciliar, relaxando os ligamentos do cristalino, 
fazendo com que ele fique mais bojudo e aumentando 
seu poder refrativo. Isso permite que o olho focalize 
objetos mais próximos. 
→ Assim, a medida que um objeto se aproxima do olho, 
ocorre maior número de impulsos parassimpáticos, 
mantendo constante o foco. 
→ O estímulo simpático possui efeito no relaxamento do 
músculo, porém com intensidade insignificante no 
mecanismo de acomodação. 
 
 
 
 
PRESBIOPIA - PERDA DE ACOMODAÇÃO PELO 
CRISTALINO 
→ Com a idade, o cristalino fica maior, mais espesso e 
muito menos elástico, principalmente devido à 
desnaturação progressiva de duas proteínas. 
→ Além disso, ele perde a capacidade de mudar seu 
tamanho (acomodação). 
→ Na presbiopia, o olho continua focalizando os objetos a 
uma determinada distância específica, sendo que esta 
distância depende das características físicas dos olhos de 
cada pessoa. 
→ Para enxergar claramente, necessita-se de óculos 
bifocais que permitem uma focalização para a visão à 
distância e para perto. 
 
ERROS DE REFRAÇÃO 
 
EMETROPIA (visão normal) 
O olho é considerado emetrópico se os raios de luz 
paralelos de objetos distantes estiverem em foco nítido na 
retina, o músculo ciliar se encontra completamente 
relaxado. Portanto, o olho emetrópico pode ver todos os 
objetos distantes com músculo ciliar relaxado. Mas no 
caso dos objetos próximo, haverá acomodação a partir da 
contração desse músculo. 
 
HIPEROPIA (visão boa para longe) 
Neste caso, o globo ocular é muito curto ou o sistema de 
lentes muito fraco. Assim, não há convergência dos raios 
suficientemente pelo sistema de lentes relaxado para 
alcançar a retina. Logo, o músculo ciliar precisa ser 
contraído para aumentar a força do cristalino. 
Através do mecanismo de acomodação, a focalização de 
objetos distantes ainda assim pode ser feita té 
determinada proximidade, não sendo possível para 
objetos muito próximos devido a contração limiar do 
músculo ciliar. 
Nos casos de hipermetropia associada a presbiopia, a 
pessoa não é capaz de enxergar nem os objetos mais 
distantes. 
 
MIOPIA (visão boa para perto) 
Com o músculo ciliar completamente relaxado, há 
convergência dos raios de luz provenientes de objetos 
distantes antes da retina. Neste caso, o globo ocular é 
muito longo ou há um poder refrativo muito grande no 
sistema de lentes. A focalização de objetos a longa 
distância não ocorre. Porém, a medida que um objeto se 
aproxima suficientemente da lente a imagem consegue 
ser focalizada na retina, através do mecanismo de 
acomodação. 
 
 
 
 
SISTEMA DE LÍQUIDOS DO OLHO - LÍQUIDO 
INTRAOCULAR 
 
O olho é preenchido com um líquido intraocular que 
mantém pressão no globo ocular suficiente para 
conservá-lo distendido. Esse líquido é dividido em duas 
partes: 
. Humor aquoso → se situa na frente do cristalino e retina. 
Possui fluxo livre, sendo continuamente formado e 
absorvido, esse seu balanço (entrada e saída) regula o 
volume e a pressão do líquido intraocular. 
. Humor vítreo → entre o cristalino, a superfície do 
cristalino e retina. Também chamado de corpo vítreo, é 
uma massa gelatinosa que se mantém unida por uma 
rede fibrilar fina bastante alongada. É composta por 
moléculas de proteoglicanos, águas e substâncias 
dissolvidas. Podem se difundir lentamente, porém há 
pouco fluxo do líquido. 
 
 
 
 
O humor aquoso é formado no olho e secretado pelos 
processos ciliares, que são prega lineares que se 
projetam do corpo ciliar para o espaço atrás da íris, onde 
os ligamentos do cristalino e músculo ciliarse fixam ao 
globo ocular. 
Possui um sistema de dobras, sua superfície possui 
células epiteliais altamente secretoras e logo abaixo delas 
uma área altamente vascular. 
A secreção inicia com o transporte ativo de sódio para os 
espaços entre as células epiteliais, puxando íons cloreto e 
bicarbonato. Estes, em conjunto, promovem osmose da 
água, proveniente dos capilares sanguíneos situados 
abaixo dos espaços intercelulares epiteliais. Também são 
transportados por transporte ativo ou difusão facilitada de 
alguns nutrientes como aminoácidos, ácido ascórbico e 
glicose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois que é formado pelos processos ciliares, o humor 
aquoso flui pela pupila, entrando na câmara anterior do 
olho. Então, o líquido flui na direção anterior do cristalino 
e entra no ângulo entre a córnea e a íris, atravessando 
uma tela de trabéculas e finalmente entrando no canal de 
Schlemm, que desemboca em veias extra-oculares. 
O canal de Schlemm é uma veia com parede fina que se 
estende de modo circular por todo o trajeto em torno do 
olho. Seu endotélio poroso que deixa-se passar desde 
grandes moléculas proteica até o pequeno material 
particulado, do tamanho de hemácias. 
Embora seja um vaso sanguíneo venoso, fica cheio de 
humor aquoso e não de sangue. As pequenas veias que 
levam do canal de Schlemm aos vasos maiores são 
chamados de veias aquosas pois carregam apenas 
humor aquoso. 
 
 
 
 
 
ANATOMIA E FUNÇÃO DOS ELEMENTOS DA 
RETINA 
 
CAMADAS DA RETINA 
Função receptora = receber luz 
Na foto seguinte vemos as camadas da retina, de fora 
para dentro estão dispostas da seguinte maneira: 
1º Camada pigmentar 
2º Camada de bastonetes e cones que se projeta na 
camada pigmentar 
3º Camada nuclear externa contendo os corpos celulares 
dos bastonetes e cones 
4º Camada plexiforme externa 
5º Camada nuclear interna 
6º Camada plexiforme interna 
7º Camada ganglionar 
8º Camada de fibras do nervo óptico 
9º Membrana limitante interna 
 
 
 
 
 
 
 
A luz passa o sistema de lentes do​ ​olho​ ​→​ ​atravessa o 
humor vítreo → entra na retina pela camada​ ​mais interna 
do olho - atravessa primeiro as células​ ​ganglionares e 
depois as camadas plexiforme e nuclear antes de chegar 
a camada de bastonetes e cones que ocupa a retina até a 
borda mais externa. 
Ocorre a diminuição da acuidade visual​ ​em função da luz 
atravessar esse tecido não homogêneo​ ​e isso​ ​é corrigido 
na região central da fóvea​ ​da retina,​ ​onde​ ​as camadas 
internas são deslocadas lateralmente para reduzir a perda 
da acuidade. 
A região da fóvea retiniana tem importância para 
visão acurada. 
A fóvea é uma pequena área no centro da retina que é 
capaz de uma visão acurada e detalhada. 
A fóvea central é composta por cones que tem estrutura 
importante para a detecção de detalhes na imagem 
visual. 
Os cones da fóvea distinguem-se dos cones maiores 
localizados nas periferias da retina. Possuem corpos 
celulares longos e delgados. 
Os vasos sanguíneos, células ganglionares, camada 
nuclear interna e plexiforme são deslocadas para um lado 
para não causarem impedimento na passagem da luz até 
os cones. 
 
 
 
Lembrando: 
Cones → células do olho que têm capacidade de 
reconhecer as cores 
Bastonetes → célula do olho que têm capacidade de 
reconhecer a luminosidade 
 
 
 
 
 
 
CONES E BASTONETES 
 
 
São responsáveis por gerar a visão. 
Os bastonetes e cones são mais espessos na parte 
periférica e na porção central da retina, ambos são mais 
delgadas. 
Os principais segmentos funcionais de um bastonete ou 
de um cone são: 
. Segmento externo 
. Segmento interno 
. Núcleo 
. Corpo sináptico 
 
A substância fotoquímica sensível a luz é encontrada no 
segmento externo​. No caso dos bastonetes, a 
substância é a rodopsina, já nos cones, é uma das três 
substâncias fotoquímicas coloridas chamadas de 
pigmentos coloridos​, que funcionam quase do mesmo 
modo que a rodopsina, exceto por diferenças na 
sensibilidade espectral. 
A rodopsina e os pigmentos coloridos são proteínas 
conjugadas. Incorporadas às membranas dos discos 
presentes nos segmentos externos, sob a forma de 
proteínas transmembranas. 
Os pigmentos possuem concentrações muito elevadas e 
chegam a constituir cerca de 40% de toda a massa do 
segmento externo. 
O segmento interno do bastonete ou do cone contém 
citoplasma habitual com organelas, principalmente 
mitocôndrias ​(fornecem energia para o funcionamento dos 
fotorreceptores) 
O corpo sináptico é a parte do bastonete ou cone que se 
liga às células neuronais subsequentes, as células 
horizontais e bipolares, que representam os estágios 
seguintes da cadeia celular responsável pela visão. 
 
 
 
 
 
Em animais diurnos, os bastonetes são mais densos na 
parte periférica da retina. 
Em alguns animais noturnos são mais densos nas partes 
centrais da retina. 
 
 
 
 
 
 
 
A camada pigmentar da retina armazena a melanina (pigmento negro) 
que impede a reflexão da luz por todo o globo ocular; isso é 
extremamente importante para a visão clara (nítida) 
Sem melanina os raios de luz seriam refletidos em todas as direções 
dentro do globo ocular e causariam iluminação difusa da retina ao invés 
do contraste normal entre manchas claras e escuras, que é fundamental 
para a formação de uma imagem precisa. Lembrando que este 
pigmento está ausente em albinos. 
A camada pigmentar também armazena grandes quantidade de 
vitamina A, que é precursora das substâncias fotossensíveis dos 
bastonetes e cones. Essa vitamina difunde-se livremente pelas 
membranas celulares dos segmentos externos dos bast e cones. 
 
 
 
 
FOTOQUÍMICA DA VISÃO 
Bastonetes e cones contém substâncias químicas que se 
decompõem pela exposição a luz e no processo, excitam 
as fibras do nervo óptico. 
Nos bastonetes a substância sensível a luz é a rodopsina, 
já os cones possuem os pigmentos coloridos ou 
pigmentos dos cones. 
 
RODOPSINA E SUA DECOMPOSIÇÃO PELA ENERGIA 
LUMINOSA 
→ O segmento externo do bastonete projeta-se para a 
camada pigmentar da retina, que tem concentração de 
40% do pigmento fotossensível rodopsina ou púrpura 
visual. 
→ A rodopsina é uma combinação da proteína 
escotopsina e o pigmento carotenóide retinal (também 
chamado de retineno) 
→ O retinal é um tipo particular denominado 
11-ces-retinal e essa forma é importante pois é o único 
que pode se ligar à ectopsina para sintetizar a rodopsina. 
→ Quando a energia luminosa é absorvida pela 
rodopsina, essa começa a se decompor devida à 
 
 
 
 
 
 
fotoativação de elétrons na parte retinal da rodopsina, o 
que leva a mudança instântanea da forma cis do retinal 
para uma forma todo-trans que ainda tem a mesma 
estrutura química que a forma cis, mas tem estrutura 
física diferente - molécula reta e não uma angulada. 
→ O produto imediato do afastamento do retinal 
todo-trans da escotopsina é a batorrodopsina, uma 
combinação parcialmente degradada do retinal todo-trans 
e da escotopsina. 
→ A batorrodopsina é extremamente instável e cai para 
lumirrodopsina. Esse cai para metarrodopsina I e depois, 
para metarrodopsina II, e finalmente, para os produtos de 
degradação completos da escotopsina e retinal 
todo-trans. 
→ É a metarrodopsina II (também chamada de rodopsina 
ativada) que provoca alterações elétricas nos bastonetes, 
que então, transmitem a imagem visual para o SNC sob a 
forma de PA do nervo óptico. 
 
Processo da foto seguinte 
 
 
 
 
NOVA FORMAÇÃO DE RODOPSINA 
O primeiro estágio na neoformação da rodopsina é 
reconverter o retinal todo-trans em 11-cis retinal. Esse 
processo requer energia metabólica e é catalisado pela 
enzima retinal isomerase. 
Uma vez formado, o 11-cis retinal se recombina 
automaticamente com a escotopsina para formar 
novamente rodopsina, que permanece estável até sua 
decomposição ser novamente desencadeada por 
absorção de luz. 
 
PAPEL DA VITAMINA A PARA A FORMAÇÃO DE 
RODOPSINA 
Há ainda uma segunda via química pela qual o retinal 
todo-trans pode ser convertido em 11-cesretinal. Isso se 
dá por conversão do retinal todo-trans primeiro em retinol 
todo-trans, que é uma forma de vitamina A. Depois, o 
retinol todo-trans é convertido em 11-ces retinol sob 
influência da isomerase e enfim, convertido em 11-ces 
retinal, que se combina com a escotopsina para formar a 
nova rodopsina. 
 
 
 
EXCITAÇÃO DO BASTONETE QUANDO A 
RODOPSINA É ATIVADA PELA LUZ 
 
O POTENCIAL RECEPTOR DO BASTONETE É 
HIPERPOLARIZANTE E NÃO DESPOLARIZANTE 
A excitação do bastonete pela luz causa ​aumento da 
negatividade​ do potencial de membrana intrabastonetes, 
que é um estado de ​hiperpolarização​, significando que 
há mais negatividade do que o normal dentro da 
membrana do bastonete. Isso é exatamente oposto ao 
processo de despolarização que ocorre em quase todos 
os outros receptores sensoriais. 
A ativação da rodopsina causa a hiperpolarização pois 
quando ela se decompõe ocorre a diminuição da 
condutância da membrana dos bastonetes para íons 
sódio no segmento externo. Isso causa hiperpolarização 
da membrana inteira do bastonete. 
O segmento interno bombeia continuamente sódio de 
dentro para fora do bastonete e íons potássio são 
bombeados para dentro da célula criando assim um 
potencial negativo no interior da célula. 
No entanto, o segmento externo (onde estão localizados 
os discos fotorreceptores) no estado de escuridão, é 
muito permeável aos íons sódio que fluem pelos canais 
dependentes de GMPc. 
Na escuridão, os níveis de GMPc são muito elevados e 
isso permite que íons sódio, carregados positivamente, 
difundem-se continuamente para o interior do bastonete e 
assim, neutralizam grande parte da negatividade no 
interior. Deste modo, sob condições normais de 
escuridão, quando o bastonete não está excitado, há 
redução de eletronegatividade dentro da membrana. 
Quando a rodopsina do segmento externo é exposto a 
luz, ela é ativada e começa a se decompor. Os canais de 
sódio dependentes de GMPc se fecham. A partir disso, 
ocorre a diminuição da condutância da membrana do 
segmento externo, para o interior do bastonete, e essa 
redução ocorre em três etapas: 
→ A luz é absorvida pela rodopsina, causando 
fotoativação dos elétrons na porção retinal 
→ A rodopsina ativada estimula a proteína G, 
denominada transducina, que ativa a fosfodiesterase do 
GMPc 
→ A redução do GMPc fecha os canais dependentes de 
GMPc e reduz o influxo de sódio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTOQUÍMICA DA VISÃO EM CORES PELOS 
CONES 
As substâncias fotoquímicas dos cones se diferem das 
dos bastonetes por elas apresentarem porções proteicas 
ou psinas (fotopsinas nos cones) um pouco diferentes da 
escotopsina dos bastonetes. 
A parte retinal de todos os pigmentos visuais é igual nos 
cones e bastonetes. 
Os pigmentos sensíveis a cor dos cones são 
combinações dos retinais com fotopsinas. 
Apenas um dos três tipos diferentes dos pigmentos 
coloridos está presente em cada um dos diferentes cones 
e isso torna os cones seletivos das cores azul, verde ou 
vermelho. Esses pigmentos coloridos são denominados 
pigmento sensível ao azul, verde e vermelho. 
 
 
O olho humano consegue detectar quase todas as 
graduações de cores quando somente luzes 
monocromáticas vermelhas, verdes e azuis são 
apropriadamente misturadas em diferentes combinações. 
Para isto, existem pigmentos coloridos presentes nos 
cones. Porém, apenas um pigmento está presente por 
cone, sendo um dentre os três: pigmento sensível azul, 
verde e vermelho. 
 
A partir dos testes de visão, a sensibilidade dos três tipos 
de cones demonstram são as mesmas curvas da 
absorção de luz para os três tipos de pigmentos 
encontrados nos cones. 
 
 
 
Como vimos nesse último gráfico, a luz monocromática 
laranja estimula os cones vermelhos, cerca de até 99% 
da estimulação máxima em comprimento da onda; 
estimula os cones verdes até o valor de 42, porém os 
cones azuis não são estimulados. 
As proporções de estimulação dos três tipos de cones 
são 99;42;0. O SN interpreta esse conjunto de proporções 
como a sensação de laranja. 
Esse raciocínio de interpretação segue o mesmo padrão 
para as cores azul, verde e amarelo. 
 
 
CIRCUITO NEURAL DA RETINA 
Os diferentes tipos celulares neurais da retinal são os 
seguintes: 
→ Os ​próprios fotorreceptores ​(bastonetes e cones)​ que 
transmitem sinais a camada plexiforme externa, onde 
fazem sinapse com células bipolares e horizontais. 
→ As ​células horizontais​ que transmitem sinais 
horizontais na camada plexiforme externa a partir de 
fotorreceptores para células bipolares. 
→ As ​células bipolares​ que transmitem sinais 
verticalmente dos fotorreceptores e células horizontais 
para a camada plexiforme interna, onde fazem sinapse 
com as células ganglionares e amácrinas. 
→ As ​células amácrinas​ que transmitem sinais em duas 
direções, diretamente de células bipolares para as células 
ganglionares ou horizontalmente dentro da camada 
plexiforme interna a partir dos axônios das células 
bipolares para os dendritos das células ganglionares ou 
para outras células amácrinas. 
→ As ​células ganglionares​ que transmitem sinais 
eferentess da retina através do nervo óptico para o 
cerébro. 
 
Há um sexto tipo de célula neural na retina denominado 
interplexiforme. Essa célula transmite sinais na direção 
retrógrada da camada plexiforme interna para a 
plexiforme externa. Esses sinais são inibitórios e seu 
papel é o de controlar o grau de contraste na imagem 
visual. 
 
 
 
RESUMÃO DE COMO OCORRE A TRANSMISSÃO 
A retina é parte integrante do SN e a sua porção laminar 
é composta de diversos tipos celulares. A informação 
luminosa captada pelos receptores localizados na células 
especializadas (bast. cone) segue para as células 
bipolares e então para as células ganglionares. As células 
amácrinas e horizontais modulam as respostas das 
células bipolares e ganglionares por meio de conexões 
laterais. 
 
Os axônios das células ganglionares formam uma via 
neural chamada de projeção retinofugal. Esta projeção 
começa pelos nervos ópticos que, primeiramente 
convergem no quiasma óptico e divergem na forma de 
tratos ópticos. 
Uma parte dos axônios deste trato estabelece conexão 
com células do hipotálamo, principalmente com os 
neurônios do relógio biológico central localizado nos 
núcleos supraquiasmáticos. No entanto, a maior parte dos 
axônios ópticos inerva o núcleo geniculado lateral do 
tálamo que envia projeções para diversas regiões do 
córtex, responsáveis pelo processamento da informação 
visual, sendo as mais importantes e conhecidas o feixe 
dorsal em direção ao lobo pariental e o feixe ventral em 
direção ao lobo temporal. Enquanto o primeiro feixe 
aparentemente importante na análise do movimento 
visual e para o controle visual da ação, o segundo feixe 
parece estar envolvido na percepção do mundo visual e 
no reconhecimento de objetos.

Outros materiais